Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Professor: EDUARDO AMENDOLA CAMARA- MSc CURRÍCULO MBA – Controladoria e Finanças; Mestrado em Economia e Finanças na UFSC; Doutorando em Economia pela UERJ Economista da CHESF (CAPATAÇÃO DE RECURSOS EXTERNOS); Pesquisador permanente do IPEA; Coordenador de Pós-graduação. OBJETIVOS Executar corretamente as técnicas de análise das demonstrações contábeis relacionando os diversos indicadores de natureza econômica e financeira; Compreender as políticas, estratégias e o planejamento a curto prazo das organizações; Compreender a finalidade dos diversos indicadores econômicos e financeiros; Aferir a performance econômica e financeira das organizações; Relacionar os indicadores calculados internamente com os obtidos no ambiente econômico que estão inseridas; Emitir parecer acerca da situação econômica e financeira das organizações. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Análise tradicional das demonstrações contábeis Análise vertical e horizontal; Análise de estrutura de capital; Análise de liquidez; Análise da lucratividade; Índices de rotação; Conclusão e elaboração do relatório. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Análise avançada das demonstrações contábeis Alavancagem financeira e total; Alavancagem pela estrutura gastos fixos; Alavancagem pela estrutura de capitais; EVA ( Economic Value Added); EBITDA; NOPAT e Conclusão e elaboração do relatório. BIBLIOGRAFIA IUDÍCIBUS, Sérgio de . Análise de balanços. São Paulo: Atlas, 2009. 10ª ed. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços. São Paulo: Atlas, 2010. 7ª ed. SILVA, José Pereira da . Análise financeira das empresas. São Paulo: Atlas, 2013. 12ª ed. ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços – um enfoque econômico-financeiro. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2012. (livro de exercícios) ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços – um enfoque econômico-financeiro. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2012. (livro de texto) ASSAF NETO, Alexandre. Valuation: Métricas de Valor & Avaliação de Empresas. 1ª. ed. São Paulo: Atlas, 2014 GITMAN, L. J. Princípios da administração financeira. 12ª. Ed. ed. São Paulo: Harbra, 2010. MATIAS, Alberto Borges. Finanças Corporativas de Curto Prazo: A Gestão do Valor do Capital de Giro - Vol.1. São Paulo: Atlas, 2007. A EMPRESA COMO UM SISTEMA ABERTO DINÂMICO As empresas ao longo do tempo estão cada vez mais associadas às ameaças e oportunidades provocadas pelo mercado globalizado. Diante do contexto precisam de estratégias que ajudem a interagir com o ambiente que estão inseridas. A EMPRESA COMO UM SISTEMA ABERTO DINÂMICO A empresa caracteriza-se como um sistema aberto e essencialmente dinâmico, isto, é, como um conjunto de elementos interdependentes que interagem entre si para a consecução de um fim comum, em constante inter-relação com seu ambiente . A empresa pode ser visualizada como um processo de transformação de recursos (materiais, humanos, financeiros, tecnológicos etc.) em produtos e serviços composto de diversos processos menores, interdependentes, que são suas atividades. A EMPRESA COMO UM SISTEMA ABERTO DINÂMICO A visão sistêmica da empresa permite aos gestores: Ferramentas para compreender de forma mais ampla o funcionamento das empresas e de sua intrincada abrangência e complexidade; Instrumentos que possibilitam uma avaliação analítica e, quando necessária, sintética das empresas; Visualização dos processos internos e externos com suas respectivas intensidades e relações; Meios para analisar a qualidade, produtividade e inovação tecnológica organizacional; A EMPRESA COMO UM SISTEMA ABERTO DINÂMICO A visão sistêmica da empresa permite aos gestores: Base para elaborar modelos de informações para auxiliar os processos decisórios empresariais; Produção de informações oportunas e geradores de conhecimento; Valores agregados e complementares à modernidade, perenidade, lucratividade e competitividade empresarial. INFORMAÇÃO CONTÁBIL A informação é fundamental para o tomador de decisão e sem ela não existe Administração eficaz. A Informação contábil é aquela proveniente da escrituração feita segundo os princípios e normas da Contabilidade, ou ainda, aquela que a lei exige. A contabilidade, na sua condição de ciência social, cujo objeto é o patrimônio, busca, por meio da coleta, da classificação do registro, da demonstração, da analise e exposição das mutações sofridas pelo patrimônio da entidade, a geração de informações quantitativas e qualitativas sobre a mesma. INFORMAÇÃO CONTÁBIL As informações geradas pela contabilidade devem propiciar aos seus usuários base segura às suas decisões, pela compreensão do grau em que se encontra a entidade, seu desempenho, sua evolução, riscos e oportunidades que oferece. Quem são os usuários da informação contábil? “Toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade empresa, ente de finalidades não lucrativas, ou mesmo patrimônio familiar.” Investidores atuais e potenciais, funcionários, governo, público em geral. São divididos em usuários: Internos e Externos. CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL As principais características são divididas em 2 grandes grupos com suas subcategorias: Características Fundamentais Características de Melhoria Relevância Comparabilidade Materialidade Verificabilidade Representação fidedigna Tempestividade Compreensibilidade CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL Características Fundamentais RELEVÂNCIA - É a informação capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários; MATERIALIDADE - A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar decisões; REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA - Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos, ser: Completa. Neutra. Livre de erro CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL Características de melhoria COMPARABILIDADE - Permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles. A comparação requer no mínimo 2 itens; VERIFICABILIDADE - Significa que diferentes observadores podem chegar a um consenso, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo; TEMPESTIVIDADE - Ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões; COMPREENSIBILIDADE - Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão. ATIVIDADE AVALIATIVA 1º PASSO: Escolher duas empresas do mesmo setor e suas demonstrações de no mínimo dois anos; 2º PASSO: Escolher um tipo de análise abaixo: Análise de estrutura de capital; Análise de liquidez; Análise da lucratividade. 3º PASSO: Executar a análise horizontal e vertical em conjunto a análise escolhida das demonstrações e confeccionar um parecer avaliativo. 4º PASSO: Incluir o parecer em “trabalhos” TEAMS. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONCEITO GERAIS BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO NO EXERCÍCIO ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBJETIVOS Todas as demonstrações contábeis devem ser analisadas. Porém daremos ênfase para o Balanço Patrimonial e a Demonstrações do Resultado do Exercício. Pois a primeira evidencia a situação financeira da organização e, em conjunto com a segunda, a situação econômica. A Análise de Balanços permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada; permite estimar o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBJETIVOS Segundo HUGO ROCHA BRAGA, a análise das demonstrações financeiras tem por objetivo observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando ao conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, a servir de ponto de partida para delinear o comportamentofuturo da empresa (p. 117). ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBJETIVOS ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONCEITO É um estudo realizado por meio das demonstrações contábeis com o intuito de identificar a situação econômica e financeira de uma empresa em um determinado período. Os tipos de análise das demonstrações Contábeis que são: análise estrutural ou vertical, análise temporal ou horizontal, e análise dos índices econômicos e financeiros e diagrama de índices. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE: POR ONDE COMEÇAR? O analista de balanços, ao contrário do contador, tem toda a liberdade de ajustar as contas das demonstrações contábeis para diagnosticar a situação da empresa. Para efetuar a análise dos demonstrativos, estes deverão ser preparados ou ajustados para análise. Os ajustes (ou reclassificações) são, na verdade, um novo reagrupamento de algumas contas. Estas adequações correspondem a um modelo básico de adequações para a execução de uma análise de demonstrações contábeis e serão utilizadas nas análises. Veja alguns exemplos: RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C Significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas contas nas D.C, sobretudo no Balanço Patrimonial e nas Demonstrações do Resultado do Exercício. São alguns ajustes necessários pata melhorar a eficiência da análise. Por meio de agrupamento de contas nas DC, pode-se melhorar a situação econômico-financeira da empresa usando-se de certa “esperteza”. Se uma empresa, por exemplo, dispõe vender um imóvel que até o momento estava classificado no Ativo Não Circulante, classificando essa conta no Ativo Circulante, o analista terá que reclassificá-lo. RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C Classificando-o no Ativo Circulante, evidentemente a situação financeira a curto prazo melhorará. Todavia, não é fácil vender o imóvel e receber no mesmo ano. O ideal seria Realizável a Longo Prazo, não obstante seja menos eficaz no momento de mensurar a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo. Nesse exemplo, o analista reagrupa “Imóveis à Venda” do Circulante para o Não Circulante. RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C Alguns Casos de Reclassificação das Demonstrações Contábeis. RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C Duplicadas Descontadas (Classificada Subtrativamente em Duplicatas a Receber no Ativo Circulante) Duplicadas Descontadas deverão ser reclassificadas no Passivo Circulante, pois pelas peculiaridades da operação, ainda há o risco da empresa reembolsar o dinheiro obtido se seu cliente não liquidar a dívida no banco. RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C EXEMPLO: RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C Veja que as peculiaridades das operações levaram a Empresa B ter menor capacidade de pagamento e maior endividamento em relação à empresa A. Não seria justo darmos um tratamento diferenciado para situações financeiras idênticas. Por isso, reclassificamos as duplicatas para que B fique em condição de igualdade com A, ou que todas as empresas que operem com empréstimos fiquem em condições de igualdade com aquelas que operam com descontos (tratamento padronizado). RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C Despesas do exercício seguinte (Classificada no Ativo Circulante) No grupo do Ativo Circulante, ele é o único grupo de contas que não se converterá em dinheiro, portanto, não servirá para pagar as dívidas da empresa. Por se tratar de um despesa antecipada que será consumida pela empresa, no próximo ano, ela é classificada no Ativo Circulante. No entanto, não se transformará em dinheiro. Essa despesa reduzirá o lucro do próximo exercício e, consequentemente, o Patrimônio Líquido. Por isso, os analistas mais conservadores preferem, na ocasião da análise, já deduzir do PL aquela despesa futura (excluindo-a do Ativo Circulante). RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C Se não depurássemos do Ativo Circulante a Despesa do Exercício Seguinte, a relação AC/PC seria de: 1,33 (20.000/15.000). A relação Capital Próprio/Capital de Terceiros seria de: 1,00 (15.000/15.000) Como, nesse caso, a Despesa do Exercício Seguinte é relevante (10% do Ativo Circulante), vamos excluí-la do Ativo, jogando-a com o sinal trocado (negativo) para o PL. RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C A situação modifica-se consideravelmente. Nesse caso, o ajuste de Despesa do Exercício seguinte, reclassificando-a com o sinal negativo para o PL, é recomendável. RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C Ações em Tesouraria – Ações em Tesouraria – em alguns casos podem representar mais efetivamente uma aplicação financeira, sendo, portanto classificada no ativo. Dado o caráter controverso ela é geralmente mantida no PL. RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C Não Circulante (substitui o Permanente) Praticamente, nada teríamos a reclassificar em Investimentos e Imobilizado, desde que o Balanço Patrimonial esteja nos modelos da Lei das Sociedades por Ações. O grupo Diferido desapareceu por força da Medida Provisória 449/08 e da Lei 11.941/09, como agrupamento de contas do balanço patrimonial. Seu saldo precisa ser reanalisado e, quando cabível, reclassificado. Alternativamente, é também, admitida legalmente a possibilidade de esses saldos permanecerem nesse subgrupo até o seu total desaparecimento, lembrando que a Lei das S.A impedia amortização desses valores em prazo superior a dez ano. RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C Resultado de Exercícios futuros (extinto) Esse grupo desapareceu como agrupamento de contas do balanço patrimonial por força da Medida Provisória 449/08 e da Lei 11.941/09, sendo que seus saldos , se efetivamente classificáveis de forma correta conforme legislação anterior, vão para o passivo não circulante, devidamente destacadas as receitas e despesas. RECLASSIFICAÇÃO DAS D.C Leasing O Leasing financeiro (arrendamento mercantil) que até 2007 era tratado no Brasil como aluguel, passa a ser contabilizado como Ativo para fins contábeis (para fins fiscais continua sendo aluguel). Na verdade, no sentido econômico, o leasing financeiro é um financiamento disfarçado de aluguel. A empresa quer adquirir um equipamento de produção. Poderá ser adquirido a vista, a prazo (financiado ou via leasing). Em qualquer modelo de aquisição este bem trará benefícios para a empresa, trará riscos para o seu negócio e dará à empresa controle sobre o bem. Deste modo, contabilmente falando, este bem será Ativo. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONCEITO Análise Horizontal: Identifica a evolução dos elementos patrimoniais e de resultado ao longo do tempo. Análise Vertical: Objetiva o estudo das tendências da empresa, complementando as informações horizontais. Indicadores Econômico-Financeiros: Procura relacionar elementos das demonstrações contábeis de forma a melhor extrair conclusões sobre a situação da empresa. Diagrama de Índices: Desenvolvido pela decomposição dos elementos que exercem influencias nos índices. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE VERTICAL (ESTRUTURAL ou DE COMPOSIÇÃO) Tem por objetivo medir percentualmente cada componente em relação ao todo do qual faz parte e fazer as comparações caso existam dois ou mais períodos. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE VERTICAL (ESTRUTURAL ou DE COMPOSIÇÃO) BALANÇO PATRIMONIAL - ATIVO x 100 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE VERTICAL (ESTRUTURAL ou DE COMPOSIÇÃO) CONTA (unidade de milhar) 2017 AV 2016 AV Ativo Circulante 105.000 30 107.000 34,29 Caixa e equivalente de caixa 25.000 7,14 45.000 14,42 Clientes 50.000 14,29 34.000 10,90 Estoques 30.000 8,57 28.000 8,97 Ativo Não Circulante 245.000 70 205.000 65,71 Realizáveis a longo prazo 40.000 11,43 50.000 16,03 Imobilizados 150.400 42,97 100.300 32,15 Depreciação (400) (0,11) (300) (0,10) Investimentos 35.000 10 36.000 11,54 Intangíveis 20.000 5,71 19.000 6,09 Ativo Total 350.000 100 312.000 100 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE VERTICAL (ESTRUTURAL ou DE COMPOSIÇÃO) BALANÇO PATRIMONIAL - PASSIVO x 100 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE VERTICAL (ESTRUTURAL ou DE COMPOSIÇÃO)CONTA (unidade de milhar) 2017 AV 2016 AV Passivo Circulante 80.000 22,86 75.000 24,04 Impostos a recolher 27.000 7,71 23.000 7,37 Fornecedores 33.000 9,43 34.000 10,90 Salários a pagar 20.000 5,71 28.000 8,97 Passivo Não Circulante 155.000 44,29 110.000 35,26 Financiamentos a longo prazo 155.000 44,29 110.000 35,26 Patrimônio Líquido 115.000 32,86 127.000 40,71 Capital Social 50.000 14,29 50.000 16,03 Reserva de lucros 25.000 7,14 20.000 6,41 Lucros ou prejuízos acumulados 40.000 11,43 57.000 18,27 Passivo Total 350.000 100 312.000 100 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE VERTICAL (ESTRUTURAL ou DE COMPOSIÇÃO) DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) x 100 Obs.: Por serem contas que podem trazer distorções para análises, alguns analistas descontam os impostos sobre as vendas, devoluções e abatimentos, utilizando como base de análise o resultado líquido de vendas. CONTA (unidade de milhar) 2017 AV 2016 AV Receita bruta de Vendas 127.597 100 175.662 100 Impostos sobre as vendas (31.197) (24,45) (42.949) (24,45) Devoluções e Abatimentos (3.500) (2,74) (4.800) (2,73) Receita líquida de vendas 92.900 72,81 127.913 72,82 Custo da mercadoria vendida (25.000) (19,59) (32.900) (18,73) Lucro bruto 67.900 53,21 95.013 54,09 Despesas operacionais (4.600) (3,61) (5.000) (2,85) Despesas Administrativas (3.000) (2,35) (3.200) (1,82) Despesas com venda (1.200) (0,94) (1.500) (0,85) Depreciação (400) (0,31) (300) (0,17) Resultado operacional 63.300 49,61 90.013 51,24 Receitas/ despesas financeiras (300) (0,24) (350) (0,20) Lucro Operacional 63.000 49,37 89.663 51,04 Receitas/despesas não operacionais (500) (0,39) (600) (0,34) Lucro antes do IR e CSLL 62.500 48,98 89.063 50,70 Provisão para o IR e CSLL (22.500) (17,63) (32.063) (18,25) Lucro/ prejuízo Líquido do Exercício 40.000 31,35 57.000 32,45 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE HORIZONTAL (DE TENDÊNCIA, EVOLUÇÃO OU CRESCIMENTO) Tem por objetivo avaliar o aumento ou a diminuição dos valores que expressam os elementos patrimoniais ou do resultado, numa determinada série histórica de exercícios. Obs.: Para uma análise mais realista neste tipo de avaliação é necessário que os valores dos anos passados sejam corrigidos monetariamente até a data da última demonstração, para retirarmos os efeitos inflacionários. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE HORIZONTAL (DE TENDÊNCIA, EVOLUÇÃO OU CRESCIMENTO) BALANÇO PATRIMONIAL – ATIVO [() -1] x 100 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS HORIZONTAL (DE TENDÊNCIA, EVOLUÇÃO OU CRESCIMENTO) CONTA (unidade de milhar) 2017 AH 2016 Ativo Circulante 105.000 (1,87) 107.000 Caixa e equivalente de caixa 25.000 (44,44) 45.000 Clientes 50.000 47,06 34.000 Estoques 30.000 7,14 28.000 Ativo Não Circulante 245.000 19,51 205.000 Realizáveis a longo prazo 40.000 (20,00) 50.000 Imobilizados 150.400 49,95 100.300 Depreciação (400) 33,33 (300) Investimentos 35.000 (2,78) 36.000 Intangíveis 20.000 5,26 19.000 Ativo Total 350.000 12,18 312.000 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE HORIZONTAL (DE TENDÊNCIA, EVOLUÇÃO OU CRESCIMENTO) BALANÇO PATRIMONIAL – PASSIVO [() -1] x 100 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE VERTICAL (ESTRUTURAL ou DE COMPOSIÇÃO) CONTA (unidade de milhar) 2017 AH 2016 Passivo Circulante 80.000 6,67 75.000 Impostos a recolher 27.000 17,39 23.000 Fornecedores 33.000 (2,94) 34.000 Salários a pagar 20.000 (28,57) 28.000 Passivo Não Circulante 155.000 40,91 110.000 Financiamentos a longo prazo 155.000 40,91 110.000 Patrimônio Líquido 115.000 (9,45) 127.000 Capital Social 50.000 0,00 50.000 Reserva de lucros 25.000 25,00 20.000 Lucros ou prejuízos acumulados 40.000 (29,82) 57.000 Passivo Total 350.000 12,18 312.000 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE HORIZONTAL (DE TENDÊNCIA, EVOLUÇÃO OU CRESCIMENTO) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO [() -1] x 100 CONTA (unidade de milhar) 2017 AH 2016 Receita bruta de Vendas 127.597 (27,36) 175.662 Impostos sobre as vendas (31.197) (27,36) (42.949) Devoluções e Abatimentos (3.500) (27,08) (4.800) Receita líquida de vendas 92.900 (27,37) 127.913 Custo da mercadoria vendida (25.000) (24,01) (32.900) Lucro bruto 67.900 (28,54) 95.013 Despesas operacionais (4.600) (8,00) (5.000) Despesas Administrativas (3.000) (6,25) (3.200) Despesas com venda (1.200) (20,00) (1.500) Depreciação (400) 33,33 (300) Resultado operacional 63.300 (29,68) 90.013 Receitas/ despesas financeiras (300) (14,29) (350) Lucro Operacional 63.000 (29,74) 89.663 Receitas/despesas não operacionais (500) (16,67) (600) Lucro antes do IR e CSLL 62.500 (29,82) 89.063 Provisão para o IR e CSLL (22.500) (29,82) (32.063) Lucro/ prejuízo Líquido do Exercício 40.000 (29,82) 57.000 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE CONJUNTA Para uma melhor e mais completa análise é conveniente que se utilizem as duas análises (horizontal e vertical) em conjunto, pois além de verificar as modificações nas estruturas das demonstrações da empresa poderemos identificar o histórico dessa evolução. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE CONJUNTA (ATIVO) CONTA (unidade de milhar) 2017 AV AH 2016 AV Ativo Circulante 105.000 30 (1,87) 107.000 34,29 Caixa e equivalente de caixa 25.000 7,14 (44,44) 45.000 14,42 Clientes 50.000 14,29 47,06 34.000 10,90 Estoques 30.000 8,57 7,14 28.000 8,97 Ativo Não Circulante 245.000 70 19,51 205.000 65,71 Realizáveis a longo prazo 40.000 11,43 (20,00) 50.000 16,03 Imobilizados 150.400 42,97 49,95 100.300 32,15 Depreciação (400) (0,11) 33,33 (300) (0,10) Investimentos 35.000 10 (2,78) 36.000 11,54 Intangíveis 20.000 5,71 5,26 19.000 6,09 Ativo Total 350.000 100 12,18 312.000 100 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE CONJUNTA (PASSIVO) CONTA (unidade de milhar) 2017 AV AH 2016 AV Passivo Circulante 80.000 22,86 6,67 75.000 24,04 Impostos a recolher 27.000 7,71 17,39 23.000 7,37 Fornecedores 33.000 9,43 (2,94) 34.000 10,90 Salários a pagar 20.000 5,71 (28,57) 28.000 8,97 Passivo Não Circulante 155.000 44,29 40,91 110.000 35,26 Financiamentos a longo prazo 155.000 44,29 40,91 110.000 35,26 Patrimônio Líquido 115.000 32,86 (9,45) 127.000 40,71 Capital Social 50.000 14,29 0,00 50.000 16,03 Reserva de lucros 25.000 7,14 25,00 20.000 6,41 Lucros ou prejuízos acumulados 40.000 11,43 (29,82) 57.000 18,27 Passivo Total 350.000 100 12,18 312.000 100 CONTA (unidade de milhar) 2017 AV AH 2016 AV Receita bruta de Vendas 127.597 100 (27,36) 175.662 100 Impostos sobre as vendas (31.197) (24,45) (27,36) (42.949) (24,45) Devoluções e Abatimentos (3.500) (2,74) (27,08) (4.800) (2,73) Receita líquida de vendas 92.900 72,81 (27,37) 127.913 72,82 Custo da mercadoria vendida (25.000) (19,59) (24,01) (32.900) (18,73) Lucro bruto 67.900 53,21 (28,54) 95.013 54,09 Despesas operacionais (4.600) (3,61) (8,00) (5.000) (2,85) Despesas Administrativas (3.000) (2,35) (6,25) (3.200) (1,82) Despesas com venda (1.200) (0,94) (20,00) (1.500) (0,85) Depreciação (400) (0,31) 33,33 (300) (0,17) Resultado operacional 63.300 49,61 (29,68) 90.013 51,24 Receitas/ despesas financeiras (300) (0,24) (14,29) (350) (0,20) Lucro Operacional 63.000 49,37 (29,74) 89.663 51,04 Receitas/despesas não operacionais (500) (0,39) (16,67) (600) (0,34) Lucro antes do IR e CSLL 62.500 48,98 (29,82) 89.063 50,70 Provisão para o IR e CSLL (22.500) (17,63) (29,82) (32.063) (18,25) Lucro/ prejuízo Líquido do Exercício 40.000 31,35 (29,82) 57.000 32,45 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Considerações finais: O conhecimento em termos temporais e estruturais pode ser complementado ao cálculo de índices que fornecem o conhecimento da situação econômica e financeira da entidade. A análise vertical e horizontal devem ser analisadas em conjunto ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Atividade Prática! ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A Empresa Via Digital S.A. solicitou um empréstimo de R$ 1.000.000,00ao Banco Confiança. Para ganhar credibilidade, enviou junto com o pedido de empréstimo as demonstrações contábeis referentes aos três últimos exercícios sociais (incluindo as Notas Explicativas e o Parecer dos Auditores Independentes, sem ressalvas): Imagine que você é o analista do banco. Foi incumbido da tarefa de analisar a empresa para avaliar a capacidade desta para amortizar o empréstimo solicitado. De posse das demonstrações contábeis da EVD S.A. e conhecendo o modelo utilizado pelo Banco Confiança para análise deste material, você iniciou seus procedimentos. AS ETAPAS DA METODOLOGIA DA ANÁLISE ECONÔMICOFINANCEIRA 1ª etapa: transportar os dados das demonstrações financeiras para o MODELO PREVIAMENTE DEFINIDO, onde são feitos os ajustes necessários. Além de adequá-los à análise, este trabalho reduz de forma significativa o número de contas, uma vez que, em vez de contas específicas, utilizamos grupos de mesma natureza, facilitando a análise das demonstrações. Essa etapa foi a que você cumpriu nesta aula, construindo seu aprendizado por uma atividade 2ª etapa: neste momento, as demonstrações encontram-se preparadas para receber as TÉCNICAS DE ANÁLISE. Essas técnicas transformam os dados em medidas relativas (e você as verá em aulas posteriores). AS ETAPAS DA METODOLOGIA DA ANÁLISE ECONÔMICOFINANCEIRA 3ª etapa: após aplicadas as técnicas, o analista deve comparar os índices extraídos com os de empresas concorrentes do mesmo porte e com os da média do setor. Esses índices-padrão são encontrados em revistas especializadas, como por exemplo, Exame – Melhores e Maiores. 4ª etapa: após efetuar as etapas 1, 2 e 3, o analista pondera os diversos dados e informações, a fim de chegar a um diagnóstico ou conclusões 5ª etapa: por último, o analista toma a decisão, elaborando o Relatório de Análise, seu produto final. O RELATÓRIO DE ANÁLISE É o meio de comunicação pelo qual o analista de balanço divulga o resultado de seu trabalho. Deve ser elaborado de forma clara e sucinta, de acordo com o objetivo da análise e a quem ele se dirige. Para a realização do seu trabalho, em relação aos dados da empresa, o analista deverá: – priorizar as tendências; – mostrar a real situação corrente; – enfatizar os aspectos fortes; – não omitir os pontos fracos; – utilizar gráficos sempre que possível; – adotar uma linguagem clara e concisa. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIROS Índice (indicadores) é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIROS Indicadores de liquidez (Análise de Liquidez) Gitman (2010) define como liquidez de uma empresa a medida em termos de sua capacidade de saldar suas obrigações de curto prazo à medida que se tornam devidas. Diz respeito a facilidade com que a empresa pode pagar suas contas em dia. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE LIQUIDEZ Índice de Liquidez Corrente: Esse índice é utilizado para medir a capacidade da organização em saldar suas dívidas no curto prazo. É definido pela divisão do ativo circulante pelo passivo circulante: Fórmula: O índice acima de 1,00 é considerado “bom”. Abaixo disto significa que a empresa não teria condições de saldar suas dividas no curto prazo. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE (2017) = = 1,31 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE LIQUIDEZ Índice de Liquidez Seca (Teste Ácido): Este índice demonstrará se a empresa tem condições de pagar suas dívidas de curto prazo sem vender seus estoques. Fórmula: Novamente busca-se um resultado acima de 1,0, porém, assim como o índice de liquidez corrente, deve-se observar os índices das outras empresas do setor, ou o histórico da organização para se fazer uma melhor avaliação. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICE DE LIQUIDEZ SECA (2017) = = 0,94 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE LIQUIDEZ Índice de Liquidez Imediata: Revela a capacidade de pagamento no curtíssimo prazo. É o índice menos utilizado pelos analistas. Expressa o quociente entre as disponibilidades (caixa, banco e aplicações financeiras de liquidez imediata) e o passivo circulante. Fórmula: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA (2017) = = 0,31 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE LIQUIDEZ Índice de Liquidez Geral: Indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e a longo prazo, para fazer face às suas dívidas totais. Revela a capacidade de pagamento no longo prazo. Pouco utilizado devido ao seu horizonte de análise. Fórmula: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICE DE LIQUIDEZ GERAL (2017) = = 0,617 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS Exercícios AC = Caixa + Banco c/ Movimento + Mercadorias + Contas a Receber = 10.000 + 22.000 + 30.000 + 15.000 = 77.000 ARLP = Dup. a Receber a LP = 8.000 PC = Dup. a Pagar + Financiamentos Bancários = 13.000 + 31.000 = $44.000 ANC = Títulos a Pagar de LP = $9.000 PL = Capital Soc. + Reservas de Lucro = 60.000 + 7.000 = $67.000 LS = (AC - Estoque)/PC LC = AC/PC LI = Disponível/PC LG = (AC + ARLP)/(PC + PNC) SG = AT/(PC + PNC) R$1.300,00 R$1.200,00 R$1.100,00 R$1.000,00 R$900,00 AC AC ANC ANC ANC PC PC PNC PL PL AC ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIROS Indicadores de endividamento (Análise da estrutura de capital) Estes índices revelam o grau de endividamento da empresa. Esses indicadores mostra qual a origem do capital existente na empresa. Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo com Recursos Próprios ou de Terceiros e em que proporção. Demonstram, também, a capacidade de honrar seus pagamentos com seus credores. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO Índice de Endividamento Geral: Sua função é de indicar a proporção do Ativo que é financiada por capital de terceiros, ou seja, quanto maior seu valor maior é porcentagem do ativo financiado por capital de terceiros: Fórmula: A realidade brasileira pede para que este índice não ultrapasse o valor de 50%, porém, novamente, devemos analisar o histórico da empresa e o contexto que ela está inserida para verificar alguma distorção. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL (2017) = = 0,67 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO Participação de capital de terceiros: Indica o percentual de capital de terceiros em relação ao capital próprio, é um indicador de risco que retrata a dependência da empresa em relação aos recursos externos. Conhecido como grau de endividamento Fórmula: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS (2017) = = 2,04 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO Composição do endividamento: Evidencia o percentual de dívidas a ser pago no curto prazo e, por dedução, o percentual de longo prazo. Dívidas de longo prazo geralmente são de “boa” qualidade. (Considerando os juros serem mais baixos, o tempo de exigibilidade ser maior) “Nesse caso quanto menor o índice melhor para a empresa” Conhecido como (Qualidade da dívida) Fórmula: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Composição do endividamento (2017) = = 0,34 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO Imobilização do Patrimônio Líquido: Esse índice mostra quanto dos investimentos, imobilizado e intangível da empresa são financiados pelo seu patrimônio líquidoDemonstrando maior ou menor dependência de aporte de recursos de terceiros para manutenção dos seus negócios. Quando esse percentual é menor do que 1,00, denota a presença de Capital de Giro Próprio (CGP), que é a parcela do capital próprio que financia o ativo circulante. Fórmula: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Imobilização do PL (2017) = = 1,78 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO Imobilização dos Recursos não correntes: Indica o percentual de capital próprio (PL) e de capital de terceiros de longo prazo (Pnc) que está financiando os investimentos, imobilizado e intangível. Quando esse percentual é menor do que 1,00 denota a presença de Capital Circulante (Giro) Líquido. Fórmula: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Imobilização do PL (2017) = = 0,76 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS Exercícios de fixação Exercícios de fixação Exercícios de fixação Exercícios de fixação Exercícios de fixação 5) (TCE GO/Analista de Controle Externo/Contabilidade/ FCC/2009) Sabendo-se que o ativo circulante da empresa MPM é igual a R$ 240,00, a liquidez corrente é igual a 1, a participação de capitais de terceiros (grau de endividamento) é igual a 300% e a composição do endividamento é igual a 80%, o patrimônio líquido é igual a, em reais, 80 100 200 300 400 Exercícios de fixação 5) (TCE GO/Analista de Controle Externo/Contabilidade/ FCC/2009) Sabendo-se que o ativo circulante da empresa MPM é igual a R$ 240,00, a liquidez corrente é igual a 1, a participação de capitais de terceiros (grau de endividamento) é igual a 300% e a composição do endividamento é igual a 80%, o patrimônio líquido é igual a, em reais, 80 100 200 300 400 Exercícios de fixação 5) (TCE GO/Analista de Controle Externo/Contabilidade/ FCC/2009) Sabendo-se que o ativo circulante da empresa MPM é igual a R$ 240,00, a liquidez corrente é igual a 1, a participação de capitais de terceiros (grau de endividamento) é igual a 300% e a composição do endividamento é igual a 80%, o patrimônio líquido é igual a, em reais, 80 100 200 300 400 Exercícios de fixação 6) (ANS/FCC/2007/Analista em Regulação) O índice de endividamento geral da companhia, definido como a proporção dos ativos totais da empresa que são financiados por terceiros, na mesma data mencionada: (A) era maior que 120%. (B) estava situado no intervalo entre 90% e 120%. (C) era de 86,7%. (D) era menor que 70%. (E) era menor que 40%. Exercícios de fixação ATIVIDADE PRÁTICA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIROS Indicadores de rentabilidade (Análise de Rentabilidade) Os índices de Rentabilidade informam sobre a remuneração propiciada pelos recursos investidos na empresa durante certo período. Permitem aos analistas avaliar os lucros da empresa em relação a um dado nível de vendas, um dado nível de ativos ou o investimento dos proprietários. Se não houvesse lucro, uma empresa não atrairia capital externo. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE RENTABILIDADE Margem Bruta: Indica o percentual remanescente da receita líquida após dedução dos custos: Fórmula: Quanto maior a margem de lucro bruto, melhor (isto é, menor o custo das mercadorias vendidas). ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Margem Bruta = = 0,73 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE RENTABILIDADE Margem Operacional: Indica o percentual que restou da receita líquida após dedução das despesas operacionais (excluída a despesa financeira) Fórmula: Representa o ‘lucro puro’ obtido sobre cada dólar de vendas. Os lucros operacionais são ditos ‘puros’ porque medem apenas o lucro sobre as operações e desconsideram juros, impostos e dividendos de ações preferenciais. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Margem Operacional = = 0,68 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE RENTABILIDADE Margem Líquida: Indica o percentual da receita líquida que sobrou após deduzidas todas as despesas e computados as outras receitas e despesas, a provisão para o IR e participações. Fórmula: A margem de lucro líquido é uma medida frequentemente associada ao sucesso de uma empresa em relação ao lucro obtido com as vendas. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Margem Líquida = = 0,43 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE RENTABILIDADE Retorno dos Ativos (ROA): Medida que considera a rentabilidade pura das operações básicas da empresa (principal e acessória), não incluindo o efeito do endividamento, nem o tributário. Fórmula: Indica quanto a empresa gera de lucro para cada R$ investido. Identifica o grau de eficiência com que os ativos são usados para a realização das vendas. Custo máximo que a empresa deve assumir em relação as suas dívidas ROA = = 0,18 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE RENTABILIDADE Retorno sobre Investimentos (ROI): Pode ser conceituado como sendo a medida da lucratividade da empresa como um todo ou divisão, representando uma média dos retornos de todos os empreendimentos da empresa. Fórmula: É um modelo básico de avaliação que relaciona os lucros obtidos com os investimentos realizados, traduzido em percentual anual. É a medida contábil do lucro dividida pela medida contábil do investimento. ROI = = 0,11 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE RENTABILIDADE Observação: Gitman não diferencia o ROA do ROI, ele considera que eles são sinônimos utilizando na fórmula apenas o Lucro Líquido. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE RENTABILIDADE Retorno sobre o Patrimônio Líquido(ROE): Mensura o retorno dos recursos aplicados por seus proprietários. Quanto a empresa obteve de lucro para cada $ de capital próprio investido. Fórmula: Essa taxa pode ser comparada com outros rendimentos alternativos do mercado. ROE = = 0,35 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE RENTABILIDADE Método Dupont: ROI: Margem Líquida x Giro do Ativo ROI = x Assim podemos descobrir o motivo da variação do ROI podendo tomar decisões mais específicas para melhora deste indicador. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS 11 ao 15 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIROS Indicadores de rotatividade ou atividade Medem a velocidade com que diversas contas se convertem em vendas ou caixa — entradas ou saídas. Há diversos índices disponíveis para medir a atividade das principais contas do circulante, inclusive estoques, contas a receber e contas a pagar. Também pode ser empregada a eficiência do uso do ativo total. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE ROTATIVIDADE GIRO DO ESTOQUE: Mede a atividade, ou liquidez, do estoque de uma empresa. Fórmula = Esse índice demonstra quantas vezes o Estoque gira durante um determinado período (normalmente um ano) ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE ROTATIVIDADE Idade média do estoque: Número médio de dias em que o Estoque demora a ser vendido. Fórmula = Giro do Estoque= = 4,70 Idade média = = 77,7 dias ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE ROTATIVIDADE Prazo médio de recebimento: Também chamado de idade média das contas a receber, é útil para avaliar as políticas de crédito e cobrança. Fórmula = Valor diário de vendas = Valor diário de vendas= = 221,30 Prazo médio de recebimento = = 54,23 dias ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE ROTATIVIDADE Prazo médio de pagamento: Também chamado de idade média das contas a pagar a fornecedores, é calculado da mesma forma que o prazo médio de recebimento.Fórmula = Valor diário das compras= ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE ROTATIVIDADE Observações: Seria ideal considerar utilizar apenas as compras a prazo; Existe uma dificuldade em se calcular este índice, pois as compras realizadas pelas organizações não são evidenciadas nas demonstrações financeiras; Existe um método “grosseiro” de estimar as compras de um exercício, lembrando a fórmula básica do CMV da contabilidade Custos CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final 58.781 = 28.000 + COMPRAS – 12.500 COMPRAS = - 28.000 + 12.500 + 58.781 COMPRAS = 43.281 Valor diário das compras = Prazo médio de pagamento = = 92,76 dias ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDICADORES DE ROTATIVIDADE Giro do Ativo: Indica a eficiência com que a empresa utiliza seus ativos para gerar vendas. Fórmula = De modo geral, quanto mais alto o giro do ativo total de um negócio, maior a eficiência na utilização de seus ativos. Giro do Ativo = = 0,27 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) VEA (VALOR ECONÔMICO AGREGADO) É uma medida de criação de valor identificada no desempenho operacional da própria empresa, conforme retratado pelos relatórios financeiros. Resultado apurado pela sociedade que excede à remuneração mínima exigida pelos proprietários de capital (credores e acionistas). ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) VEA (VALOR ECONÔMICO AGREGADO) É um indicador se a empresa está criando ou destruindo valor através de um resultado definido como supranormal por David Ricardo no início do século passado (1820). ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) VEA (VALOR ECONÔMICO AGREGADO) Estrutura Básica Resultado Operacional Líquido (deduzido o IR) (-) Custo do Capital total (WACC x Investimento) (=) Valor Econômico Agregado ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) VEA (VALOR ECONÔMICO AGREGADO) Estrutura Básica Resultado Operacional Líquido (deduzido o IR) (-) Custo do Capital total (WACC x Investimento) (=) Valor Econômico Agregado ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) VEA (VALOR ECONÔMICO AGREGADO) Resultado Operacional = 63.300 (-) Provisão para IR e CSLL = 22.500 Resultado Operacional Líquido = 40.800 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) VEA (VALOR ECONÔMICO AGREGADO) Estrutura Básica Resultado Operacional Líquido (deduzido o IR) (-) Custo do Capital total (WACC x Investimento) (=) Valor Econômico Agregado ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) VEA (VALOR ECONÔMICO AGREGADO) WACC = Custo Total do Capital da Empresa WACC = Ke x + Kd x Ke = Custo do capital aos acionistas Kd = Custo do capital de terceiros Estimamos um Custo de capital de terceiros em 9% e o Custo de capital para os acionistas 12% WACC = 0,12x+ 0,09x WACC = 0,12 x 0,329 + 0,09 x 0,671 WACC = 0,0395 + 0,0604 WACC = 0,0999 ou 9,99% Custo do Capital total 0,0999 x 350.000 = 34.965 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) VEA (VALOR ECONÔMICO AGREGADO) Estrutura Básica Resultado Operacional Líquido (deduzido o IR) (-) Custo do Capital total (WACC x Investimento) (=) Valor Econômico Agregado ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) VEA (VALOR ECONÔMICO AGREGADO) Estrutura Básica Resultado Operacional Líquido (deduzido o IR) = 40.800 (-) Custo do Capital total (WACC x Investimento) = 34.965 (=) Valor Econômico Agregado = 5.835 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) VEA (VALOR ECONÔMICO AGREGADO) Outra fórmula EVA = (ROI* - WACC) x Investimentos Deve-se incluir ao lucro líquido os valores das despesas financeiras e outras despesas não operacionais; Porém se podemos analisar o EVA pelo lucro líquido. ROI = = 0,1165 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) VEA (VALOR ECONÔMICO AGREGADO) Outra fórmula EVA = (ROI* - WACC) x Investimentos EVA = (0,1166 – 0,0999) x 350.000 ROI Residual EVA = (0,0167) x 350.000 EVA = 5.835 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Objetiva analisar uma empresa por meio da comparação com outras, comparar com o setor na qual está inserida ou empresas de atividades equivalentes. Caso não haja disponíveis os dados do setor a ser analisado. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Procedimentos para elaboração de Índices-Padrão: 1ª Etapa: Selecionar os indicadores mais adequados para a análise econômico-financeira; 2ª Etapa: Classificar as empresas por tamanho (pequeno, médio e grande), usando determinados parâmetros (patrimônio líquido, volume monetário das vendas, total do ativo); ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Procedimentos para elaboração de Índices-Padrão: 3ª Etapa: Calcular os indicadores selecionados para cada empresa classificada por tipo de atividade ou setor; 4ª Etapa: Tabular os indicadores calculados para todas as empresas e classificá-los em ordem de grandeza crescente (distribuição de frequência); 5ª Etapa: Elaborar tabela de frequência acumulada com o gráfico de distribuição relativa. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Exemplo 1: Faça uma análise da empresa Multishoes, considerando-a como empresa de médio porte, utilizando o índice ROI para comparações. Índice ROI da empresa Multishoes = 0,15 Índice ROI concorrentes 0,10 0,15 0,14 0,14 0,16 0,11 0,11 0,15 0,14 0,15 0,16 0,17 0,16 0,17 0,20 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DISTRIBUIÇÃO DA FREQUÊNCIA Índice ROI da empresa Multishoes = 0,15 Índice ROI concorrentes 0,10 0,15 0,14 0,14 0,16 0,11 0,11 0,15 0,14 0,15 0,16 0,17 0,16 0,17 0,20 F ROI 1 0,10 2 0,11 3 0,14 4 0,15 3 0,16 2 0,17 1 0,20 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS F ROI 1 0,10 2 0,11 3 0,14 4 0,15 3 0,16 2 0,17 1 0,20 Coluna1 ROI 1 Coluna2 ROI 2 Coluna3 ROI 3 Coluna4 ROI 4 Coluna5 ROI 3 Coluna6 ROI 2 Coluna7 ROI 1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Medidas Estatísticas Utilizadas Média Artimética = Mediana Quartil Decil ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Média Artimética = Média = Média = A empresa multishoes está na média do setor F ROI 1 0,10 2 0,11 3 0,14 4 0,15 3 0,16 2 0,17 1 0,20 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Mediana Mediana = = 8 Como o número de totais elementos é um número par (16) Faremos a média entre o 8 e o 9 elemento para descobrirmos a mediana. Md = = 0,15 .: A mediana sendo igual a média e a moda diz-se que a distribuição é simétrica. F ROI 1 0,10 2 0,11 3 0,14 4 0,15 3 0,16 2 0,17 1 0,20 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Quartil 1º Quartil = = 4 .: Para sabermos o limite máximo do 1º quartil calcularemos A média do 4º e o 5º elemento 1º Q = = 0,14 Todas as empresas que possui o ROI até 0,14 ficaram no 1º Quartil F ROI 1 0,10 2 0,11 3 0,14 4 0,15 3 0,16 2 0,17 1 0,20 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Quartil 2º Quartil entre 5º e 8º elemento.: Para sabermos o limite máximo do 2º quartil calcularemos A média do 4º e o 5º elemento 2º Q = = 0,15 .: Todas as empresas que possui o ROI entre 0,14 e 0,15 ficaram no 2º Quartil F ROI 1 0,10 2 0,11 3 0,14 4 0,15 3 0,16 2 0,17 1 0,20 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Quartil 3º Quartil entre 9º e 12º elemento.: Para sabermos o limite máximo do3º quartil calcularemos A média do 12º e o 13º elemento 3º Q = = 0,16 .: Todas as empresas que possui o ROI entre 0,15 e 0,16 ficaram no 3º Quartil F ROI 1 0,10 2 0,11 3 0,14 4 0,15 3 0,16 2 0,17 1 0,20 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Quartil 4º Quartil entre 13º e 16º elemento.: Todas as empresas que possui o ROI acima de 0,16 ficaram no 4º Quartil F ROI 1 0,10 2 0,11 3 0,14 4 0,15 3 0,16 2 0,17 1 0,20 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Avaliação para os quartis Para índices que quanto maior melhor ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Avaliação para os quartis Para índices que quanto menor melhor ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Avaliação para os decis Para índices que quanto maior melhor ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE POR ÍNDICES-PADRÃO Avaliação para os decis Para índices que quanto maior pior ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS 16 ao 20 (5 min para cada questão) ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EBITDA Earnings Before Interest Taxes Depreciation Amortization Traduzido para português como LAJIDA ou Lucro antes dos Juros, Impostos, depreciação e amortizações ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EBITDA Muitas empresas calculam o EBITDA para divulgar, uma vez que o mercado valoriza essa informação, mas não o utilizam internamente no processo decisório. É possível avaliar o lucro referente apenas ao negócio, descontando qualquer ganho financeiro. (aluguel, derivativos, qualquer receita não tenha vínculo com o negócio da empresa) ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EBITDA Por descartarmos os juros, é importante ter em conta que o EBITDA pode dar uma falsa perspectiva sobre a efetiva liquidez da empresa. A depreciação e a amortização são custos econômicos, não há a efetiva saída de recurso. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EBITDA A explicação para o grande uso do EBITDA na prática reside no fato de que ele é fácil de ser obtido e porque passa a impressão de ser caixa. Mas não é caixa livre, pois não são consideradas as necessidades de reinvestimentos. No tocante à comparabilidade, o EBITDA pode ter seu uso maximizado se o valor obtido for dividido pelas receitas líquidas. EBITDA LUCRO LÍQUIDO 40.000 IR/CSLL 22.500 RESULTADO NÃO OPERACIONAL 500 RESULTADO FINANCEIRO 300 DEPRECIAÇÃO 400 EBITDA 63.700 EBITDA = 63.700/92.900 = 68,56% RESOLUÇÃO CVM Nº 156, DE 23 DE JUNHO DE 2022 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS NOPAT NET OPERATING PROFIT AFTER TAXES Lucro operacional líquido após os impostos ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS NOPAT Retrata melhor a realidade do resultado de uma empresa do que o EBITDA, pois subtrai o imposto sobre a renda. Se a empresa deu lucro ela certamente não poderá contar com essa parte do resultado Também irá subtrair a depreciação, principalmente em empresas que dependem de máquinas e equipamentos, pois a depreciação irá considerar o valor econômico necessário para a reposição do bem. NOPAT LUCRO LÍQUIDO 40.000 IR/CSLL - RESULTADO NÃO OPERACIONAL 500 RESULTADO FINANCEIRO 300 DEPRECIAÇÃO - NOPAT 40.800 NOPAT = 40.800/92.900 = 43,91% ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO CAPITAL DE GIRO - Refere-se aos recursos financeiros, próprios ou de terceiros, necessários para sustentar as atividades operacionais, no dia a dia das empresas. (Matias) Representa os recursos demandados por uma empresa para financiar suas necessidades operacionais identificadas desde a aquisição de matérias-primas (ou mercadorias) até o recebimento pela venda do produto acabado. (Assaf Neto). Está relacionado ao Ciclo Operacional da empresa. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO CICLO ECONÔMICO - é o tempo em que a mercadoria permanece em estoque. Vai desde a aquisição dos produtos até o ato da venda, não levando em consideração o recebimento das mesmas. Fórmula – Ciclo Econômico = Prazo Médio de Estocagem ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO CICLO OPERACIONAL - Compreende o período entre a data da compra até o recebimento de cliente. Caso a empresa trabalhe somente com vendas á vista, o ciclo operacional tem o mesmo valor do ciclo econômico. Fórmula – Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + Prazo Médio de Contas a Receber ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO CICLO FINANCEIRO - Também conhecido como Ciclo de caixa é o tempo entre o pagamento a fornecedores e o recebimento das vendas. Quanto maior o poder de negociação da empresa com fornecedores, menor o ciclo financeiro. Fórmula – Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – Prazo médio de Pagamento a Fornecedores. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO Rotação de Estoque – 77 dias Prazo Médio de Pagamento – 94 dias Prazo Médio de Recebimento – 60 dias ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Mês 0 1 2 Venda 3 4 Compra de mercadoria Rotação de Estoque Prazo de pagamento para fornecedores Pagamento Fornecedor Recebimento Cliente Prazo de Recebimento Clientes CICLO ECONÔMICO CICLO OPERACIONAL CICLO FINANCEIRO ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO Os problemas de capital de giro podem surgir, basicamente, através das reduções no volume de vendas. Santos (2001) diz que os problemas de capital de giro, como financiamento de estoques, gerenciamento da inadimplência de clientes e administração das insuficiências de caixa, podem ser minimizados e até mesmo evitados através de uma administração de capital de giro que valorize a prevenção antes de ocorrerem. Uma má gestão do capital de giro pode levar a organização a falência ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO Variáveis do Capital de Giro Ativo Circulante: representa os bens e os direitos de uma empresa que podem ser transformados em dinheiro no curto prazo. Passivo Circulante: representa todas as dívidas ou obrigações que as empresas devem liquidar, no máximo, até o encerramento do exercício seguinte. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Segundo o CPC 26 o ativo deve ser classificado circulante se satisfazer qualquer um dos critérios: espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Segundo o CPC 26 o passivo deve ser classificado circulante se satisfazer qualquer um dos critérios: espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade; está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Capital de Giro Bruto (CGB) Também é conhecido como capital de giro total e corresponde ao ativo circulante. Capital de giro é composto por uma parte operacional e uma parte financeira. Fórmula: CGB = AC ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) É um indicador de liquidez utilizado pelas empresas para mostrar a capacidade do ativo circulante em honraros compromissos do passivo circulante. Podem ter dois resultados possíveis: Negativo e Positivo. Quanto maior for o CGL menor será o risco de insolvência da empresa. Fórmula: CGL = AC - PC ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Capital de Giro Próprio (CGP) É a parcela do capital próprio utilizada para o financiamento do ativo circulante. Fórmula: CGP = PL - AnC ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Capital de Giro Operacional (CGO) Compreende segundo Assaf Neto (2002) e Matias (2007) “os elementos operacionais ou cíclicos do ativo e do passivo circulante, e guardam estreita relação com as atividades da empresa.” Assim, pode-se relacionar que as origens dos recursos operacionais para obter capital de giro são: os fornecedores, os salários, os impostos etc. Já as aplicações de recursos operacionais referem-se às contas á receber e aos estoques. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Capital de Giro Financeiro (CGF) Tem como origem recursos de curto prazo (passivo): · Empréstimos bancários; · Descontos de duplicatas; Aplicação de recursos de curto prazo (ativo) que envolvem o capital de giro financeiro estão relacionadas basicamente à gestão de: · Caixa e bancos; · Aplicações financeiras. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Necessidade de Capital de Giro A necessidade de capital de giro pode ser estimada de dois modos: Baseada no ciclo financeiro Utilização dos demonstrativos contábeis (balanço patrimonial). ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Necessidade de Capital de Giro Pode-se medir a necessidade de capital de giro pelo ciclo de caixa da empresa: Quando o ciclo de caixa é longo, a necessidade de capital de giro é maior; e quando o ciclo de caixa é curto, a necessidade de capital de giro é menor. Portanto, o administrador financeiro deve ter como meta a redução do ciclo de caixa (antecipar seus recebimentos e prolongar seus pagamentos). ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Necessidade de Capital de Giro Pode-se medir a necessidade de capital de giro utilizando a fórmula: NCG = ACO – PCO O mais natural é a empresa ter ACO maior do que o PCO, e, portanto, necessitar de capital de giro (ACO>PCO; NCG>0). Quando ocorre o contrário, ou seja, o PCO é maior do que o ACO, a empresa tem uma necessidade negativa de capital de giro (PCO>ACO;NCG<0), havendo uma disponibilidade de recursos que pode ser aplicada em outras atividades. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Saldo de tesouraria O saldo de Tesouraria é definido como a diferença entre o ativo circulante financeiro (ACF) e o passivo circulante financeiro (PCF) como mostra a equação a seguir. ST = ACF – PCF Essa variável identifica o grau de utilização de recursos de terceiros de curto prazo para financiar as necessidades de capital de giro. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Saldo de tesouraria A finalidade básica da Tesouraria é: assegurar os recursos e instrumentos financeiros necessários para a manutenção e viabilização dos negócios da empresa. O ativo circulante financeiro (ACF) é formado por elementos essencialmente financeiros como caixas e bancos, aplicações financeiras, etc. O passivo circulante financeiro (PCF) abrange os empréstimos bancários de curto prazo, duplicatas descontas, dividendos a pagar, imposto de renda a pagar, títulos a pagar. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Saldo de tesouraria O saldo tesouraria envolve a captação e a aplicação de recursos financeiros para o giro. A missão da tesouraria é garantir que a empresa tenha recursos para liquidar seus compromissos, preferencialmente com recursos próprios. Com o crescimento das vendas o saldo de tesouraria se tornará cada vez mais negativo e em caso de a empresa não consiguir que seu autofinanciamento cresça nas mesmas proporções esse crescimento negativo do saldo de tesouraria é que denominado efeito tesoura. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Efeito Tesoura O efeito tesoura é o crescimento e o decréscimo contínuo do capital de giro de uma empresa, ou seja, quando o saldo de Tesouraria mostra-se negativo e crescendo, proporcionalmente, mais do que a necessidade de capital de giro. Quando a entidade passa pelo efeito tesoura nem sempre o crescimento das vendas é um movimento benéfico, tampouco que a queda nas vendas é um movimento pernicioso. Pois dependerá da relação entre a variação da necessidade de capital de giro sobre as vendas, assim como a variação do autofinanciamento. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Efeito Tesoura ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Overtrading A situação overtrading ocorre quando a empresa expande suas vendas além da sua capacidade de cobrir a necessidade de capital de giro decorrente dessa expansão. A palavra overtrading significa o ato de fazer negócios superiores à capacidade de financiamento da necessidade de capital de giro, decorrente desses negócios. Segundo Matias, a situação overtrading pode ocorrer, também, em virtude de uma alteração na política econômica vigente no país que poderá reduzir os limites de créditos disponíveis à organização. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Soares (2009, p.82) apresenta os principais problemas ocorridos na gestão de capital de giro:: · Redução de vendas; · Crescimento da inadimplência; · Aumento das despesas financeiras; · Aumento de custos; Desse modo a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa requer muito mais do que medidas financeiras, estratégias, operações e práticas gerenciais, como gestão de tesouraria, contas a receber, gestão de estoques, planejamento tributário, gestão de prazos médios. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Gestão da Tesouraria A gestão de tesouraria integra os demais componentes do capital de giro na medida em que todas as movimentações financeiras passam pelo caixa, sejam de curto ou de longo prazo. Uma administração eficiente do caixa é de suma importância, pois contribui significativamente para a maximização do lucro das empresas. O desafio do gestor de Tesouraria é garantir que a empresa tenha recursos para liquidar seus compromissos e, de preferência, sem ter que recorrer a empréstimos de curto prazo. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Gestão de Contas a receber Na análise de problemas com a administração financeira de uma empresa, deve-se analisar a quem ela concede o crédito (pessoas e instituições). Crédito segundo Assaf Neto e Silva (2007) diz respeito à troca de bens presentes por bens futuros. De modo que, de um lado uma empresa concede o crédito troca produtos por uma promessa de pagamentos futuros e de outro lado uma empresa que obtém o crédito recebe produtos e assume o compromisso de efetuar o pagamento futuro. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Política de Crédito Serve para indicar as bases para a concessão de crédito ao cliente e o valor máximo desse crédito. para se analisar as informações sobre os clientes, são necessárias de alguns componentes: Informações cadastrais; Informações comerciais e bancárias; Informações restritivas; Informações positivas; Informações financeiro. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Risco Financeiro o risco financeiro pode ser entendido como um indício de perda financeira, nos quais podem ser classificados nos tipos: Risco de crédito (perdas de créditos concedidos e não recebidos); Risco de mercado (perdas decorrentes de variação de preços); Risco operacional (perdas sucedidas por falhas ou fraudes em equipamentos, sistemas, processos). ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Soares (2009, p.82), apresenta algumas alternativas de solução de problemas de capital de giro: A formação de uma reserva financeira para enfrentar situações inesperadas no sistema financeiro da empresa. Redução do ciclo econômico, este reduz o tempo necessário para a transformação da matéria-prima adquiridos em produtos ou serviços. Controle da inadimplência, para este problema seria necessário uma atenção especial a qualidade das vendas do ao número dessas vendas. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS Não se endividar com muita facilidade, porque na tentativa de acabar com a insuficiência do capital de Giro, as empresas tendem a recorrer a empréstimos de custos muito elevados. Financiamentos de Capital de Giro poderá resolver o problema em um primeiro momento, mas gera outro problema que decorre o seu pagamento. Prorrogar o perfil de endividamento para que a empresa consiga adiar as saídas do caixa e melhorar o seu Capital de Giro, desta forma permitindo que a empresa se ajuste financeiramente. Reduzir os custos para este efeito, é recomendado a diminuição de gastos sem grandes prejuízos para rendimento das atividades da empresa. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ALAVANCAGEM Significa a tentativa de uma empresa multiplicar (aumentar) seu resultado (lucro) por meio do aumento do seu nível de atividade e/ou do seu endividamento com terceiros. O estudo da alavancagem operacional e financeira é um dos aspectos mais importantes do processo de avaliação de uma empresa, pois uma expectativa presente nas decisões financeiras tomadas é que elas contribuam para elevar o resultado operacional e líquido (financeiro) da empresa. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ALAVANCAGEM OPERACIONAL Analisa a natureza cíclica de um negócio e a variabilidade de seus resultados operacionais; O conceito de alavancagem operacional está relacionado ao aumento que será gerado no lucro operacional de uma empresa quando ela aumenta seu nível de atividade e, consequentemente, sua receita operacional. Revela como uma alteração no volume de atividade influi no lucro operacional de uma empresa, ou seja, se as vendas sofrerem uma variação, por exemplo, de 10% em certo período, qual o impacto desse comportamento sobre o lucro operacional. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ALAVANCAGEM OPERACIONAL Um alto grau de alavancagem operacional, com os outros fatores mantidos constantes, significa que uma alteração relativamente pequena nas vendas resultará em uma grande mudança no lucro operacional. Segundo Gitman “Podemos definir a alavancagem operacional como o uso potencial de custos operacionais fixos para ampliar os efeitos de variações nas vendas sobre o lucro da empresa antes de juros e imposto de renda.” ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL É utilizado para que possamos medir o efeito que um aumento nas receitas operacionais de uma empresa gerará em seu lucro operacional é calculado por meio da fórmula: Vamos imaginar que no período inicial a empresa tenha vendido 80.000 unidades e no período final a empresa tenha vendido 100.000 unidades. GAO = 0,5/0,25 = 2 Para cada 1% de aumento nas vendas, a empresa A ofereceu uma elevação de 2% em seus resultados operacionais. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ALAVANCAGEM FINANCEIRA Está associada à intensidade com a qual a empresa utiliza recursos de terceiros, em lugar de seus próprios recursos financeiros. Permite que se avalie, entre outras informações relevantes, como o endividamento da empresa está influindo sobre a rentabilidade de seus proprietários. Assaf Neto (2012) define alavancagem financeira como a capacidade que os recursos de terceiros, utilizados para se implantar investimentos, apresentam de elevar o lucro operacional de uma empresa. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ALAVANCAGEM FINANCEIRA Segundo Ross et all (2002), se por um lado a alavancagem financeira acarreta maior endividamento por parte da empresa (elevando seu risco), por outro a utilização de recursos de terceiros é uma modalidade importante de financiamento. A opção pela alavancagem deve ocorrer quando a aplicação dos recursos de terceiros gerar um incremento no lucro líquido da empresa que seja possível de pagar o custo desta dívida e ainda assim gerar lucro adicional aos acionistas. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ALAVANCAGEM FINANCEIRA Para que possamos medir o efeito que o endividamento com terceiros poderá gerar no lucro operacional de uma empresa, devemos utilizar o conceito de grau de alavancagem financeira, que é calculado por meio de uma fórmula: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS GAF = 3.33 Utilizando os dados apresentados, o GAF seria igual a 3,33, indicando que cada 1% de aumento no lucro operacional resultará em um acréscimo de 3,33% no lucro líquido. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ALAVANCAGEM TOTAL A observação do efeito combinado das duas alavancagens permite que se avalie, ao mesmo tempo, a repercussão que uma alteração no volume de vendas gera sobre os lucros operacional e líquido. Para que possamos medir o efeito combinado das duas alavancagens, ou seja, o grau de alavancagem total de uma empresa, devemos multiplicar uma pela outra: GAT = GAO X GAF ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ALAVANCAGEM TOTAL De acordo com Assaf Neto (2010), por meio do desdobramento matemático da fórmula apresentada, podemos obter outra fórmula para calcular o GAT de uma empresa: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS VARIAÇÃO NA RECEITA DE VENDAS EM 20% RESULTADO Receita de vendas 1.440 1.200 Custos e despesas (38%) (547,20) (456) Margem de Contribuição 892,80 744,00 Custos e despesas fixas (384,00) (384,00) Lucro Operacional antes IR 508,80 360 IR s/ Lucro Op (40%) (203,50) (144) Lucro Operacional após IR 305,30 216 Despesas Financeiras (50) (50) Economia IR 20 20 Lucro Líquido 275,30 186 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS VARIAÇÃO NA RECEITA DE VENDAS EM 20% RESULTADO Receita de vendas 1.440 1.200 Custos e despesas (38%) (547,20) (456) Margem de Contribuição 892,80 744,00 Custos e despesas fixas (384,00) (384,00) Lucro Operacional antes IR 508,80 360 IR s/ Lucro Op (40%) (203,50) (144) Lucro Operacional após IR 305,30 216 Despesas Financeiras (50) (50) Economia IR 20 20 Lucro Líquido 275,30 186 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS VARIAÇÃO NA RECEITA DE VENDAS EM 20% RESULTADO Receita de vendas 1.440 1.200 Custos e despesas (38%) (547,20) (456) Margem de Contribuição 892,80 744,00 Custos e despesas fixas (384,00) (384,00) Lucro Operacional antes IR 508,80 360 IR s/ Lucro Op (40%) (203,50) (144) Lucro Operacional após IR 305,30 216 Despesas Financeiras (50) (50) Economia IR 20 20 Lucro Líquido 275,30 186 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS VARIAÇÃO NA RECEITA DE VENDAS EM 20% RESULTADO Receita de vendas 1.440 1.200 Custos e despesas (38%) (547,20) (456) Margem de Contribuição 892,80 744,00 Custos e despesas fixas (384,00) (384,00) Lucro Operacional antes IR 508,80 360 IR s/ Lucro Op (40%) (203,50) (144) Lucro Operacional após IR 305,30 216 Despesas Financeiras (50) (50) Economia IR 20 20 Lucro Líquido 275,30 186 OBRIGADO! CONTA (unidade de milhar)20172016 Ativo Circulante44.500143.000 Caixa e equivalente de caixa20.00095.000 Clientes12.00020.000 Estoques12.50028.000 Ativo Não Circulante258.639148.900 Realizáveis a longo prazo30.50030.000 Imobilizados125.82950.300 Depreciação-690-400 Investimentos83.00050.000 Intangíveis20.00019.000 Ativo Total303.139291.900 CONTA (unidade de milhar)20172016 Receita bruta de Vendas 110.917114.331 Impostos sobre as vendas -26.141-27.000 Devoluções e Abatimentos -4.000-3.900 Receita líquida de vendas 80.77683.431 Custo da mercadoria vendida -58.781-57.681 Lucro bruto 21.99525.750 Despesas operacionais -5.190-6.200 Despesas Administrativas -2.500-3.400 Despesas com venda -2.000-2.400 Depreciação -690-400 Resultado operacional 16.80519.550 Receitas/ despesas financeiras -500-200 Lucro Operacional 16.30519.350 Receitas/despesas não operacionais -680-600 Lucro antes do IR e CSLL 15.62518.750 Provisão para o IR e CSLL -5.625-6.750 Lucro/ prejuízo Líquido do 10.00012.000 CONTA (unidade de milhar)20172016 Ativo Circulante44.500143.000 Caixa e equivalente de caixa20.00095.000 Clientes12.00020.000 Estoques12.50028.000 Ativo Não Circulante258.639148.900 Realizáveis a longo prazo30.50030.000 Imobilizados125.82950.300Depreciação-690-400 Investimentos83.00050.000 Intangíveis20.00019.000 Ativo Total303.139291.900 CONTA (unidade de milhar)20172016 Ativo Circulante44.500143.000 Caixa e equivalente de caixa20.00095.000 Clientes12.00020.000 Estoques12.50028.000 Ativo Não Circulante258.639148.900 Realizáveis a longo prazo30.50030.000 Imobilizados125.82950.300 Depreciação-690-400 Investimentos83.00050.000 Intangíveis20.00019.000 Ativo Total303.139291.900 CONTA (unidade de milhar)20172016 Ativo Circulante44.500143.000 Caixa e equivalente de caixa20.00095.000 Clientes12.00020.000 Estoques12.50028.000 Ativo Não Circulante258.639148.900 Realizáveis a longo prazo30.50030.000 Imobilizados125.82950.300 Depreciação-690-400 Investimentos83.00050.000 Intangíveis20.00019.000 Ativo Total303.139291.900 CONTA (unidade de milhar)20172016 Passivo Circulante53.60755.593 Impostos a recolher31.76633.750 Fornecedores11.00011.490 Salários a pagar10.84110.353 Passivo Não Circulante130.000115.275 Financiamentos a longo prazo130.000115.275 Patrimônio Líquido119.532121.032 Capital Social98.03298.032 Reserva de lucros11.50011.000 Lucros ou prejuízos acumulados 10.00012.000 Passivo Total303.139291.900 GAO = 30 . 000 - 20 . 000 20 . 000 200 . 000 - 160 . 000 160 . 000 GAF= 100.000 100.000−70.000 GAT= 𝛥% 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝛥% 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 GAO= GAO= 508,80−360 380 1.440−1.200 1.200 GAO= GAO= 0,4133 0,2 GAO= GAO= 2,07 GAF= GAF= 360 360−50 GAF= GAF= 1,16 GAT= GAT= 275,30−186 186 1.440−1.200 1.200 GAT= GAT= 0,4801 0,2 GAT= GAT= 2,40 GAT= 2,40 GAT= 2,07 𝑋 1,16 2,40
Compartilhar