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04/09/2022 
2º SIMULADO TACTICAL CONCURSOS 
PPMG 
 
 2 
1 Uma frase de Mario Quintana nos fala sobre um dos papéis 
das reticências nas frases: 
“As reticências são os três primeiros passos do pensamento 
que continua por conta própria o seu caminho.” 
Assinale a frase a seguir em que as reticências exercem 
exatamente essa função de deixar a imaginação do leitor 
completar a frase. 
(A) “Quanto ao seu pai... Às vezes penso... Asseguro-lhe que 
é verdade. Penso que ela esqueceu de tudo.” 
(B) “Você... tão sozinha... Não lhe ocorre, muitas vezes, que se 
um homem... Não tem vontade de casar-se?”. 
(C) “Mágoa de o ter perdido, amor ainda. Ódio por ele? 
Não...não vale a pena...”. 
(D) “Duas horas te esperei. Duas horas mais te esperaria. Se 
gostas de mim não sei...”. 
(E) “Isso também conta. As raízes... – Que raízes? – cortou 
José Paulino, bruscamente.” 
GABARITO: LETRA B 
Nas duas primeiras ocorrências, as reticências indicam hesitação na 
fala. Na terceira ocorrência, a pontuação deixa a frase incompleta: 
"Não lhe ocorre, muitas vezes, que se um homem...". "Se um homem" 
o quê?? Vejam que, em seguida, a pessoa faz uma pergunta à mulher 
("Não tem vontade de casar-se?") e não completa o pensamento 
anterior, então esse complemento fica a cargo do leitor. Há margem 
para a imaginação. 
2 Um pensador italiano disse: 
“Sou a favor da liberdade de pensamento, desde que não se 
transforme em palavras.” 
Assinale a afirmação correta sobre a ideia e os componentes 
desse pensamento. 
(A) A frase é um paradoxo, pois o pensamento se materializa 
em palavras. 
(B) A segunda oração indica uma consequência do que é 
afirmado na primeira. 
(C) O pensamento é uma ironia contra os que falam sem 
pensar. 
(D) A frase mostra uma estrutura argumentativa, com a 
apresentação de uma tese e de argumentos que a defendem. 
(E) A estruturação da frase mostra um pensamento de cunho 
universal, sem participação do autor. 
GABARITO: LETRA A 
O pensador italiano defende que as pessoas são livres para 
pensar, desde que não verbalizem, não transformem o 
pensamento em palavras. Isso significa que as pessoas 
podem pensar à vontade, mas não podem falar o que 
pensam. É a ideia defendida por ele. 
Notem que, para expressar essa ideia, ele precisou 
transformar o pensamento dele em palavras, e isso é 
exatamente o que ele defende que NÃO seja feito. Sendo 
assim, a frase representa um paradoxo, pois consiste numa 
contradição. O pensador defende que todos pensem 
livremente, desde que não transformem esses pensamentos 
em palavras. E como ele faz essa defesa? Transformando 
os pensamentos dele em palavras. 
3 Em todos os pensamentos a seguir há a repetição 
de termos destacados; assinale a frase em que esses 
termos não mostram o mesmo significado. 
(A) Se não queres perder-te no esquecimento logo ao 
morrer, ou escreve coisas dignas de ler-se ou faze 
coisas dignas de escrever-se. 
(B) Você consegue muito mais com uma palavra 
amável e um revólver do que somente com uma 
palavra amável. 
(C) Entre duas palavras escolha sempre a mais 
simples. Entre duas palavras simples, escolha sempre 
a mais curta. 
(D) O mundo se divide em duas espécies de pessoas: 
aquelas que querem falar com você e aquelas com as 
quais você quer falar. 
(E) Um homem sério tem poucas ideias. Um homem 
de ideias nunca está sério. 
GABARITO: LETRA E 
Na primeira ocorrência, o termo "sério" possui sentido de 
"honesto; honrado; íntegro". na segundo ocorrência, o termo 
"sério" refere-se a alguém que não está sorrindo, que não 
demonstra alegria. É alguém que está com o semblante 
fechado, sisudo. 
4 “O mais importante não é o número de ideias 
agrupadas em sua mente, mas o vínculo que as une.” 
Essa frase fala de uma característica do real 
conhecimento, que é construído 
(A) pela quantidade de ideias que você armazena. 
(B) pelas relações estabelecidas entre as ideias. 
(C) pela seleção qualitativa das ideias. 
(D) pela independência de cada ideia. 
(E) pela substituição progressiva das ideias. 
 
 3 
GABARITO: LETRA B 
A segunda parte da frase afirma que o mais importante é o "vínculo" 
que une as ideias agrupadas em sua mente. O termo "vínculo" 
significa "relação", "conexão". Assim, é correto afirmar que o real 
conhecimento é construído pelas relações estabelecidas entre as 
ideias. 
5 Todas as frases a seguir foram construídas de forma 
impessoal, à exceção de uma. Assinale-a. 
(A) Por melhor que se fale, quando se fala muito, finaliza-se 
sempre por dizer tolices. 
(B) Hoje em dia não se sabe falar porque não se sabe escutar. 
(C) Analisa-se o homem para que ele seja conhecido. 
(D) Perguntar é ensinar. 
(E) Quem pensa bem se equivoca muito. 
GABARITO: LETRA C 
O "se" é pronome apassivador que forma a voz passiva sintética com 
o verbo transitivo direto "analisar". O que é analisado? O homem. A 
ideia é a seguinte: 
→ O homem é analisado para que ele seja conhecido. 
O sujeito é "o homem", portanto não há ideia de generalização ou 
indefinição. Esse é um sujeito simples, e o sentido está especificado. 
Quem é analisado? O homem. 
6 Observe o seguinte pensamento de Millôr Fernandes: 
“Eu acho, porque acho; os argumentos, arranjo depois.” 
 
Em termos argumentativos, Millôr Fernandes 
(A) procura argumentar da forma mais lógica possível. 
(B) considera que opiniões independem de argumentos. 
(C) mostra que as opiniões devem apoiar-se em argumentos. 
(D) indica que suas opiniões são testemunhos de autoridade. 
(E) demonstra que textos argumentativos devem partir de 
certezas. 
GABARITO: LETRA C 
Os argumentos são, de fato, importantes. E isso fica evidente quando 
o escritor sugere que faz questão de indicar os argumentos, mas não 
naquele exato momento. É algo que ele fará num momento posterior. 
Se os argumentos não fossem necessários, o escritor não se 
preocuparia com eles de forma alguma. Ficaria apenas no "achismo", 
mesmo. 
7 Muitas frases se estruturam a partir de outros textos 
bastante conhecidos (intertextualidade). Assinale a 
opção que apresenta uma exceção desse tipo de 
estruturação. 
(A) Devemos falar como nos testamentos: quanto 
menos palavras, menos questões. 
(B) No princípio era o Verbo e no final blábláblá. 
(C) Palavras não pagam dívidas. 
(D) Escrevi o livro para tirar o pé da lama. 
(E) Gramática é um mal necessário. 
GABARITO: LETRA A 
Não contém intertextualidade. Essa frase não faz 
referência a outra obra conhecida. A frase compara o ato de 
falar e os testamentos: ambos devem envolver poucas 
palavras para evitar conflitos e polêmicas. 
8 Todas as frases abaixo dizem respeito à 
comunicação humana; assinale aquela que fala de um 
tipo de comunicação diferente das demais. 
 
(A) Deixe uma série de pensamentos felizes correrem 
em sua mente. Eles vão transparecer em seu rosto. 
(B) O vestuário fala. Fala o fato de eu me apresentar 
no escritório de manhã com uma gravata normal de 
riscas ou com uma gravata psicodélica. 
(C) As palavras não conseguem expressar os 
pensamentos com precisão. 
(D) Estava com a saúde tão debilitada que tínhamos 
de descobrir suas vontades pelo simples movimento 
do olhar. 
(E) A simples apresentação da charge fazia com que 
todos rissem. 
GABARITO: LETRA C 
Uma única frase refere-se explicitamente à linguagem 
verbal, que pode ser falada ou escrita. É a linguagem que 
ocorre por meio das palavras. Essa frase está na alternativa 
"C", que é a correta: As palavras não conseguem expressar 
os pensamentos com precisão. Notem que a frase refere-se 
ao uso de palavras para expressarem os pensamentos. 
 
 
 
 
 4 
9 A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos 
textos e pretendem avaliar sua capacidade em interpretar e 
compreender textos, assim como em redigir de forma correta e 
adequada. 
Um conhecido jogador de futebol, negro, foi entrevistado na 
França onde lhe perguntaram se no Brasil havia racismo; sua 
resposta foi: 
“Não; no Brasil, onde preto não entra, branco pobre também 
nãoentra”. 
A frase demonstra haver no Brasil, segundo ele, 
(A) racismo. 
(B) preconceito linguístico. 
(C) homofobia. 
(D) preconceito social. 
(E) intolerância religiosa. 
GABARITO: LETRA D 
Questão que envolve compreensão textual. Precisamos 
indicar o que existe no Brasil, de acordo com o ponto de vista 
expresso na frase abaixo: 
Um conhecido jogador de futebol, negro, foi entrevistado na 
França onde lhe perguntaram se no Brasil havia racismo; sua 
resposta foi: 
“Não; no Brasil, onde preto não entra, branco pobre também 
não entra”. 
O jogador respondeu explicitamente que NÃO existe racismo 
no Brasil. Segundo ele, "onde preto não entra, branco pobre 
também não entra". O jogador critica o preconceito social 
(alternativa "D" - correta), ou seja, o preconceito contra os 
pobres (brancos e pretos). 
10 Assinale a frase a seguir que é integralmente lógica na 
realidade que representa. 
 
(A) Diga ao cozinheiro para retirar a cebola do arroz. 
(B) Enfiou o chapéu na cabeça e saiu. 
(C) O noivo enfiou a aliança no dedo. 
(D) O projeto foi sancionado, já que era ilegal. 
(E) O cozinheiro provou e aprovou a comida. 
GABARITO: LETRA E 
São dois verbos com sentidos diferentes: 
 provar: sentido de "experimentar"; 
 aprovar: sentido de "considerar bom". 
11 Assinale a frase a seguir gramaticalmente 
correta. 
(A) A aula começaria ao meio-dia e meio. 
(B) O restaurante fazia entregas a domicílio. 
(C) Os turistas dispenderam grandes quantias na loja. 
(D) Entre mim e ti não deve haver segredos. 
(E) O museu, sito á rua do Ouvidor, estava fechado. 
GABARITO: LETRA D 
Não usamos pronome reto após preposição, exceto quando 
ele exercer a função de sujeito! Assim, o correto realmente é 
"entre mim e ti" ("mim" = pronome oblíquo tônico de 1ª 
pessoa; "ti" = pronome oblíquo tônico de 2ª pessoa). Estaria 
incorreta a construção "entre tu e eu", por exemplo. 
12 Assinale a frase a seguir em que a dupla 
possibilidade de construção proposta é errada. 
 
(A) Chegou / chegaram 1 milhão de doses de vacinas. 
(B) Um milhão de pessoas foi / foram à passeata. 
(C) A peça apresentava personagens novos / novas. 
(D) Os egípcios utilizavam hieróglifos / hieroglifos. 
(E) Ficou bêbedo / bêbado após a festa 
GABARITO: LETRA A 
Esta alternativa passa pela concordância verbal com sujeito 
formado por expressão partitiva, que é aquela que indica 
quantidade, geralmente não exata, usando artigos, numerais 
ou pronomes indefinidos. São exemplos de expressões 
partitivas: grande parte de, parte de, a grande maioria, 
metade de, o resto de, etc. Quando a expressão partitiva 
acompanha um substantivo ou pronome no plural, o verbo 
pode ficar no singular (concordando com a expressão 
partitiva) ou no plural (concordando com o substantivo ou 
pronome). Essa regra também se aplica a sujeitos formados 
pelos termos milhão, bilhão, trilhão, etc. 
Nesse caso, porém, o sujeito vem DEPOIS do verbo, 
portanto a única construção correta é com o verbo no 
SINGULAR, concordando com o núcleo "milhão". Correção: 
Chegou 1 milhão de doses de vacinas. 
 
 5 
13 Observe a seguinte frase humorística: 
“Era um deputado conservador. Seu único programa político 
era conservar sua cadeira na Câmara.” 
 
O humor é obtido, em muitos casos, pelo inesperado de algo; 
no caso dessa frase, o inesperado está 
(A) no fato de o programa do político não ter mais de um tópico. 
(B) na atribuição de um sentido diferente ao termo 
conservador. 
(C) na informação de que os conservadores nada fazem de útil. 
(D) na circunstância de alguns políticos não terem programas. 
(E) na referência a um parlamento antigo, em função da 
presença do termo cadeira. 
GABARITO: LETRA B 
Precisamos indicar que elemento inesperado promove o 
humor na frase. A primeira oração traz a expressão "deputado 
conservador", o que nos leva à ideia de conservadorismo 
enquanto ideologia política. Num primeiro momento, 
imaginamos que o deputado faz parte de um partido 
conservador, que, em linhas gerais, defende as tradições, a 
continuidade das instituições sociais, dos usos e costumes. 
Na segunda oração, vem a reviravolta: o deputado era 
conservador porque queria somente "conservar sua cadeira na 
Câmara". É aí que chegamos à conclusão de que o termo 
"conservador" não se refere a uma ideologia política, mas sim 
à ideia denotativa de "conservar", no sentido de manter-se no 
poder. 
Esse duplo sentido do termo "conservador" promove o humor 
na frase, portanto a alternativa "B" é a CORRETA: na 
atribuição de um sentido diferente ao termo conservador. O 
termo assume um significado inesperado, considerando o 
contexto. 
14 Muitas vezes, na escrita, substantivamos algumas palavras; 
assinale a frase a seguir em que não ocorre nenhuma 
substantivação. 
(A) Há nas mudanças certo alívio, ainda que seja para pior. 
(B) Há apenas um dever: o de sermos felizes. 
(C) A felicidade é um agora sem nenhuma pressa. 
(D) Felicidade é um como, não um quê. 
(E) O confiar nos outros tem seus riscos. 
 
GABARITO: LETRA A 
Esta questão envolve a substantivação de algumas palavras, 
ou seja, a transformação em substantivos de termos de 
outras classes gramaticais. Isso geralmente ocorre por meio 
do uso de artigos. Precisamos indicar a frase em que NÃO 
ocorre substantivação, e ela está na alternativa "A": Há nas 
mudanças certo alívio, ainda que seja para pior. 
 substantivos: mudanças, alívio. 
 pronome indefinido: certo (sentido de 
"algum"). 
 locução conjuntiva concessiva: ainda que. 
 adjetivo: pior. 
15 “Felicidade vem da capacidade de sentir 
profundamente, desfrutar com simplicidade, pensar 
com liberdade, arriscar e ser necessário.” (Storm 
Jameson) 
Sobre os componentes dessa frase, assinale a 
afirmativa correta. 
(A) Os termos mostram paralelismo sintático. 
(B) A locução com simplicidade poderia ser substituída 
por simplificadamente. 
(C) A locução com liberdade poderia ser substituída 
por libertariamente. 
(D) Após o termo capacidade, todos os segmentos 
servem de complemento desse termo. 
(E) O advérbio profundamente pode ser substituído 
pela locução com profundismo. 
GABARITO: LETRA D 
O complemento nominal é o termo que complementa o 
sentido de um nome (substantivo abstrato, adjetivo e alguns 
advérbios), aparece sempre preposicionado e pode ter 
sentido de passividade (sofre a ação). O segmento "de sentir 
profundamente, desfrutar com simplicidade, pensar com 
liberdade, arriscar e ser necessário" complementa o sentido 
do substantivo abstrato "capacidade". A preposição "de" está 
implícita antes de cada elemento. Vejamos: 
→ Felicidade vem da capacidade: 
 de sentir profundamente; 
 de desfrutar com simplicidade; 
 de pensar com liberdade; 
 de arriscar; 
 de ser necessário. 
 
 
 
 
 6 
Texto 1 – Sem humanos, natureza prospera em Chernobyl 
Os seres humanos causam mais danos para a vida selvagem 
do que desastres nucleares. Essa é a conclusão de um estudo 
publicado ontem na revista científica “Current Biology”, que 
analisou dados populacionais de grande prazo na zona de 
exclusão de Chernobyl, na fronteira entre a Ucrânia e a 
Bielorrússia. Em abril de 1986, a área de 4.200 quilômetros 
quadrados foi totalmente evacuada após a explosão, seguida 
de um incêndio, de um reator na Usina Nuclear de Chernobyl. 
Centenas de milhares de pessoas foram removidas de suas 
casas para nunca mais voltar. Três décadas depois, a região 
mais parece um parque de proteção ambiental que uma zona 
de desastre. Sem a presença humana, bandos de alces, 
veados, cervos, javalis e lobos são vistos perambulando 
livremente entre ruas e construções abandonadas. 
- É muito provável que o número de animais selvagens em 
Chernobyl seja bem maior agora do que antes do acidente – 
diz Jim Smith, professor da Universidade de Portsmouth, no 
Reino Unido, e coordenador da equipe internacional 
responsável pelo estudo. – Isso não significa que a radiação é 
boa para a vida selvagem, apenas que os efeitos da habitaçãohumana, incluindo caça, agricultura e desmatamento, são 
muito piores. 
(O Globo, 6/10/2015) 
 
16 “Sem humanos, natureza prospera em Chernobyl”. A forma 
de reescrever essa frase - título para o texto 1 – que modifica 
o sentido original, tornando-a inadequada ao contexto, é: 
(A) porque está sem humanos, natureza prospera em 
Chernobyl; 
(B) embora esteja sem humanos, natureza prospera em 
Chernobyl; 
(C) após ficar sem humanos, natureza prospera em Chernobyl; 
(D) Chernobyl, tornando-se desabitada, vê sua natureza 
prosperar; 
(E) a natureza de Chernobyl, sem humanos, prospera. 
GABARITO: LETRA B 
Essa reescrita está inadequada ao contexto, pois dela se infere que, 
ainda que a natureza, regra geral, prospere por causa da presença 
dos seres humanos, excepcionalmente ela prospera em Chernobyl 
sem humanos. 
17 Observem-se as seguintes passagens do texto 1: “Em abril 
de 1986, a área de 4.200 quilômetros quadrados foi totalmente 
evacuada” e “Centenas de milhares de pessoas foram 
removidas de suas casas para nunca mais voltar”. 
Nessas passagens emprega-se a voz passiva e essa estrutura 
tem a característica de: 
(A) indicar a violência das ações praticadas; 
(B) evitar a identificação dos agentes das ações; 
(C) localizar as ações num passado recente; 
(D) mostrar a necessidade de as ações serem 
praticadas; 
(E) identificar as ações como autoritárias. 
GABARITO: LETRA B 
A frase “Em abril de 1986, a área de 4.200 quilômetros 
quadrados foi totalmente evacuada” está na voz passiva, 
porque nela o sujeito "a área de 4.200 quilômetros 
quadrados" sofre a ação de ter sido totalmente evacuada 
(esvaziada). 
Na voz passiva, o sujeito sofre a ação verbal praticada pelo 
agente da passiva. A frase acima não apresenta o agente da 
passiva, porque ela não identifica o agente da ação de 
evacuar a área de 4.200 quilômetros quadrados. 
A frase “Centenas de milhares de pessoas foram removidas 
de suas casas para nunca mais voltar” está na voz passiva, 
já que nela o sujeito "Centenas de milhares de pessoas" 
sofre a ação de terem sido removidas de suas casas. 
Na voz passiva, o sujeito sofre a ação verbal praticada pelo 
agente da passiva. A frase acima não apresenta o agente da 
passiva, pois ela não identifica o agente da ação de remover 
centenas de milhares de pessoas de suas casas. 
18 Considerando-se a conclusão do estudo citado no 
texto 1: “Os seres humanos causam mais danos para 
a vida selvagem do que desastres nucleares”, pode-
se inferir que: 
(A) desastres nucleares não são prejudiciais aos 
animais; 
(B) radiação nuclear incentiva a procriação animal; 
(C) os animais são afetados pela radiação de forma 
diferente; 
(D) os animais são afetados pela radiação por meio 
dos humanos; 
(E) os humanos, intencionalmente ou não, prejudicam 
a vida animal. 
GABARITO: LETRA E 
Da frase “Os seres humanos causam mais danos para a vida 
selvagem do que desastres nucleares”, pode-se inferir que 
os humanos prejudicam a vida animal tanto de maneira 
intencional quanto de não intencional (por meio de desastres 
nucleares). 
 
 7 
19 Ao informar aos leitores que o estudo foi publicado numa 
revista científica de prestígio, o autor do texto 1 pretende: 
(A) indicar a necessidade urgente do estudo do tema; 
(B) demonstrar a qualidade científica da revista; 
(C) comprovar a qualidade da informação prestada; 
(D) valorizar o conhecimento científico na mídia impressa; 
(E) destacar um assunto de séria preocupação. 
GABARITO: LETRA C 
No trecho acima o autor informa aos leitores que o estudo foi publicado 
numa revista científica de prestígio (a Current Biology) para indicar a 
fonte da conclusão por ele apresentada no primeiro período do texto, 
segundo a qual "Os seres humanos causam mais danos para a vida 
selvagem do que desastres nucleares." 
Trata-se de um argumento de autoridade. Um argumento de 
autoridade é um recurso argumentativo baseado no emprego da 
opinião de especialistas no assunto, de dados de pesquisas 
científicas, dos trabalhos de institutos renomados, de revistas 
especializadas, de pessoas reconhecidamente destacadas como 
forma de transmitir maior peso, maior credibilidade ao ponto de vista 
do autor. 
20 O texto 1 mostra uma enumeração dos animais cuja 
população cresceu em Chernobyl. Entre as formas de 
enumerar abaixo indicadas, aquela que tem seu valor 
corretamente apontado é: 
(A) alces, veados, cervos, javalis e lobos. / a enumeração 
abrange a parte mais importante dos animais; 
(B) alces, veados, cervos, javalis, lobos... / a enumeração 
indica a totalidade dos animais; 
(C) alces, além de veados, cervos, javalis e lobos. / a 
enumeração mostra os animais numa ordem de importância; 
(D) alces e veados e cervos e javalis e lobos. / a enumeração 
destaca a importância individual dos animais; 
(E) alces, veados, cervos, além de javalis e lobos. / a 
enumeração prioriza os últimos elementos citados. 
GABARITO: LETRA D 
A repetição da conjunção aditiva "e" destaca na enumeração a ênfase 
dada a cada um dos animais. Trata-se de uma figura de linguagem 
chamada polissíndeto, que é empregada para quando se deseja 
destacar cada um elementos de uma enumeração. 
 
 
21 A discricionariedade administrativa refere-se à 
maneira pela qual a Administração Pública utiliza seu 
poder para exercer atos administrativos com a 
finalidade de atender ao interesse público. Em relação 
ao conceito de discricionariedade administrativa, 
assinale a afirmativa correta. 
(A) É a liberdade do administrador de tomar 
determinadas decisões, desde que esteja nos limites 
da lei. 
(B) É a expansão do ato administrativo por agentes 
putativos, em consonância com o arcabouço legal. 
(C) É a ação realizada com desrespeito à ordem 
jurídica vigente, em função de um viés pessoal. 
(D) É a permissão da execução de ato pela 
administração, sem recorrer ao Poder Judiciário. 
(E) É a vinculação de ato administrativo à lei, sem 
possibilidade de questionamento. 
GABARITO: LETRA A 
Atos discricionários são aqueles em que a Administração 
tem certa margem de liberdade para, de acordo com critérios 
subjetivos de conveniência e oportunidade, decidir quando e 
como o ato será praticado, definindo seu conteúdo, seus 
destinatários, seus motivos e o modo de sua prática. 
22 O Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, após 
regular processo licitatório, contratou a sociedade 
empresária Alfa para prestar serviços de jardinagem e 
paisagismo no canteiro existente ao redor do prédio 
do fórum central. Ocorre que a contratada deu causa 
à inexecução parcial do contrato. Após regular 
processo administrativo, o contratante aplicou-lhe a 
sanção administrativa da advertência, pois não se 
justificou a imposição de penalidade mais grave. 
Com base na doutrina de Direito Administrativo, o 
poder administrativo que embasou diretamente a 
aplicação da mencionada sanção é o poder: 
(A) hierárquico, que consiste na superioridade 
contratual da Administração Pública contratante em 
relação à sociedade contratada, em razão das 
cláusulas limitantes; 
(B) regulamentar, que consiste na possibilidade de a 
Administração Pública contratante impor 
unilateralmente penalidades, com base na 
supremacia do interesse público; 
(C) disciplinar, que consiste em um sistema punitivo 
interno a que se sujeita a contratada que tem um 
vínculo com a Administração Pública contratante; 
 
 
 8 
(D) de polícia, que consiste na necessidade vinculante de a 
Administração Pública contratante condicionar e limitar a 
propriedade da sociedade contratada em prol do interesse 
público; 
(E) de justiça, que consiste na superioridade e na 
imperatividade das decisões jurisdicionais proferidas pela 
Administração Pública contratante em face da sociedade 
contratada, que deve se sujeitar às sanções impostas. 
GABARITO: LETRA C 
A Administração Pública, por meio do regular uso do poder disciplinar, 
apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos e demais 
pessoas sujeitas à disciplinaadministrativa. Esta disciplina 
administrativa, diversamente do poder de polícia, decorre de uma 
supremacia especial e de um vínculo jurídico especial entre a 
administração e as demais pessoas (contratante e contratada, por 
exemplo). 
23 Armando, tinha interesse em compreender as teorias que 
dispõem sobre a responsabilidade civil extracontratual da 
Administração Pública. Após ampla pesquisa, identificou a 
teoria adotada no direito brasileiro para justificar a 
responsabilização objetiva da Administração Pública por atos 
praticados por seus servidores, constatando, ainda, que essa 
responsabilização pode ser afastada se houver culpa exclusiva 
da vítima. 
Trata-se da teoria: 
(A) dos atos de império, sendo a responsabilização afastada, 
na hipótese indicada, porque o dano decorreu de ato de 
outrem, não de ato de império; 
(B) da culpa administrativa, sendo a responsabilização 
afastada, na hipótese indicada, porque o dano não pode ser 
atribuído ao mau funcionamento do serviço; 
(C) do risco integral, sendo a responsabilização afastada, na 
hipótese indicada, em razão da presença do elemento 
subjetivo culposo no agir da vítima; 
(D) do risco administrativo, sendo a responsabilização 
afastada, na hipótese indicada, em razão da ausência do nexo 
de causalidade entre o atuar estatal e o dano causado; 
(E) da culpa do serviço público, sendo a responsabilização 
afastada, na hipótese indicada, porque o mau funcionamento 
do serviço, ainda que tenha ocorrido, não foi preponderante. 
GABARITO: LETRA D 
Nota-se que para que haja a responsabilização do Estado, o 
ordenamento jurídico brasileiro exige conduta oficial, existência de 
dano (patrimonial, moral ou estético) e nexo causal e que não tenha 
ocorrido nenhuma excludente ou atenuante de culpa. Sendo assim, 
fica claro que a responsabilidade do Estado é objetiva e que fora 
adotada a teoria do risco administrativo. Logo, a alternativa correta a 
ser assinalada é a letra D. 
 
24 Maria reuniu todos os documentos exigidos para se 
matricular em uma escola estadual do seu bairro. Para 
sua surpresa, o requerimento foi indeferido sem 
qualquer fundamentação. Considerando a manifesta 
ilegalidade do ato, bem como porque todos os 
elementos constitutivos do seu direito decorriam da 
prova documental, Maria procurou um advogado e 
solicitou o ajuizamento da medida judicial cabível. 
À luz da sistemática constitucional, essa medida é: 
(A) habeas corpus; 
(B) mandado de segurança; 
(C) mandado de injunção; 
(D) habeas data; 
(E) pedido de suspensão. 
GABARITO: LETRA B 
Consoante jurisprudência remansosa dos tribunais 
superiores e regionais: 
"A Constituição Federal assegura a todos o direito de petição 
aos Poderes Públicos, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal (art. 5º, 
XXXIV). 2. É a hipótese dos autos, em que os documentos 
requisitados visam à defesa da impetrante contra as 
acusações que lhe são imputadas na mídia e 
administrativamente. 3. Não sendo o caso de habeas data, o 
mandado de segurança é o meio hábil a amparar sua 
pretensão". (TRF 1ª Região, REO 51469 MG 
2000.01.00.051469-0, rel. Des. Daniel Paes Ribeiro, julg. 
26/3/2004) 
Demais ações e remédios constitucionais incabíveis no caso 
em apreço. 
25 John, de nacionalidade norte-americana, 
devidamente autorizado pela autoridade competente, 
reside há mais de vinte anos no território brasileiro. 
Interessado em obter a nacionalidade brasileira, 
procurou um(a) advogado(a) e o(a) questionou sobre 
os requisitos estabelecidos pela ordem constitucional 
para que isto viesse a ocorrer. 
O advogado respondeu, corretamente, que John 
(A) adquirirá tacitamente a nacionalidade brasileira 
pelo decurso do tempo. 
(B) ao completar vinte e cinco anos residindo no 
território brasileiro, terá reconhecida tacitamente a 
nacionalidade brasileira. 
 
 9 
(C) irá adquirir a nacionalidade brasileira quando preenchidos 
os demais requisitos objetivos previstos na Constituição 
Federal de 1988. 
(D) é brasileiro nato, desde que não tenha saído do território 
brasileiro nesse período e não tenha condenação penal. 
(E) pode requerer a nacionalidade brasileira, desde que não 
tenha condenação penal. 
GABARITO: LETRA E 
Ao definir as hipóteses vinculadas a caracterização de brasileiros 
naturalizados, a CF/88 incluiu tal possibilidade aos estrangeiros, 
desde que residentes na República Federativa do Brasil, há mais de 
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, sendo necessário 
requerer a nacionalidade brasileira. 
Nesse sentido e conforme a situação apresentada pelo enunciado da 
questão, será concedido o direito a naturalização brasileira, desde que 
a requerente não possua condenação penal. 
CF/88 
Art. 12. São brasileiros: 
II – naturalizados: 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República 
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem 
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 
26 Com relação à punibilidade da tentativa, é correto afirmar 
que: 
(A) como regra, o Código Penal adotou a teoria subjetiva; 
(B) o perigo de lesão ao bem jurídico tutelado é irrelevante; 
(C) a ausência de posse mansa e pacífica da coisa em crimes 
patrimoniais conduz à tentativa; 
(D) a pequena ofensividade da conduta impede a 
caracterização da tentativa; 
(E) quanto maior o iter criminis percorrido, menor a fração da 
causa de diminuição. 
GABARITO: LETRA E 
Conforme é sabido, a tentativa constitui-se em causa obrigatória de 
diminuição de pena (leia-se: minorante), que incide na terceira fase da 
dosimetria da pena privativa de liberdade. A liberdade do magistrado 
repousa no quantum da diminuição, balizando-se entre os limites 
legais, de 1 a 2/3, sendo o critério decisivo a maior ou menor 
proximidade da consumação, ou seja, a distância percorrida do iter 
criminis.xl 
 
 
27 João, servidor público da Secretaria de Fazenda do 
Estado Alfa, no exercício da função, de forma dolosa, 
livre e consciente, exigiu tributo que sabia indevido. 
De acordo com o Código Penal, João, em tese, 
praticou crime de 
(A) concussão, cuja pena é de reclusão de dois a dez 
anos e multa. 
(B) excesso de exação, cuja pena é de reclusão de 
três a oito anos e multa. 
(C) emprego irregular de rendas públicas, cuja pena é 
de reclusão de um a quatro anos e multa. 
(D) peculato, cuja pena é de reclusão de dois a dez 
anos e multa. 
(E) corrupção ativa, cuja pena é de detenção de três a 
oito anos e multa. 
GABARITO: LETRA B 
De fato, a conduta de João se amolda ao crime de excesso 
de exação, com pena de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos 
e multa. nos termos do artigo 316, § 1º do Código Penal, a 
saber: 
Excesso de exação 
Art. 316. § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição 
social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando 
devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, 
que a lei não autoriza: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
28 Douglas, funcionário público com competência 
para ordenar a assunção de obrigação pela 
Administração, autorizou a realização de despesa no 
primeiro quadrimestre do último ano da legislatura. 
Ocorre que a despesa autorizada, apesar de prevista 
em lei, não poderia ser paga no mesmo exercício 
financeiro e nem havia contrapartida suficiente em 
caixa para pagamento no exercício seguinte. Diante 
dessa situação, é correto afirmar que Douglas: 
(A) praticou crime de ordenação de despesa não 
autorizada; 
(B) não pode ser considerado funcionário público para 
fins penais; 
(C) não praticou crime contra finanças públicas 
previsto no Código Penal; 
(D) praticou crime de assunção de obrigação no último 
ano do mandato ou legislatura; 
 
 10 
(E) praticou crime de inscrição de despesas não empenhadas 
em restos a pagar. 
GABARITO: LETRA C 
Temos aqui o crime de Assunção de obrigação no último ano do 
mandato ou legislatura a ser analisado para vermos a possibilidade de 
coadunarmoso tipo penal com os fatos apontados no enunciado. 
Vamos analisar, então: 
Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois 
últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja 
despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso 
reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha 
contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa. 
Temos aqui a obrigação de responsabilizar o servidor pela assunção 
de obrigação realizada nos dois últimos quadrimestres. O enunciado 
perfila a situação ocorrida no primeiro quadrimestre. Esse enunciado 
foi muito bem elaborado, diga-se, porquanto prevê a obrigação 
assumida no último ano de legislatura, o que já se encontra previsto 
em lei. Depois aponta o primeiro quadrimestre, o que torna a questão 
errada. Mas então, logo ao final, dá o golpe de misericórdia: menciona 
que a despesa não teria como ser realizada no exercício seguinte e 
isso, cá entre nós, nos deixa na dúvida... 
No entanto, meus amigos, o CP é bem claro, quando diz que 
RESTANDO PARCELA A SER PAGA NO EXERCÍCIO SEGUINTE, 
não a previsão de pagamento pro ano seguinte. Isso derruba a 
questão de vez, mas se o candidato não se atenta a isso, ignora 
totalmente o detalhe dos quadrimestres e aponta como verdadeira, 
quando, na realidade, está errada! 
Para este enunciado, apenas apontamos a assertiva C como certa. 
Isso decorre do fato de que simplesmente não existe previsão legal no 
rol de crimes contra o sistema financeiro para a situação em tela. 
Questão boa, meus amigos...muito boa, por sinal. Cuidado redobrado! 
29 Com relação ao inquérito policial, assinale a opção correta. 
(A) É indispensável sua instauração e conclusão com 
indiciamento para o oferecimento da denúncia. 
(B) Não é admitida sua instauração em crime de ação penal 
pública condicionada a representação. 
(C) O delegado pode arquivar o inquérito policial quando não 
identificar o autor da infração penal. 
(D) O inquérito policial é um procedimento administrativo 
sigiloso que reúne informações para subsidiar a ação penal. 
(E) A instauração do inquérito policial, de ofício, pelo delegado 
é obrigatória em se tratando de crimes de ação penal privada. 
GABARITO: LETRA D 
Por natureza, o inquérito policial está sob a égide do segredo externo, 
nos termos do art. 20 do CPP, que dispõe que a autoridade assegurará 
no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo 
interesse da sociedade. 
30 Paulo praticou determinada conduta prevista como 
crime, prevendo a legislação então vigente que a ação 
respectiva ostenta a natureza privada. Três meses 
depois do ocorrido, em razão de mudança legislativa, 
o crime praticado por Paulo passou a ser de ação 
penal pública incondicionada. Um ano após os fatos 
criminosos, o Ministério Público ofereceu denúncia 
contra Paulo em razão daquele comportamento, tendo 
em vista que o ofendido não havia proposto queixa em 
momento anterior. 
De acordo com a situação acima exposta, é correto 
afirmar que o juiz deve: 
(A) receber a denúncia, sendo o Ministério Público 
parte legítima, eis que a nova lei deve ser 
imediatamente aplicada;. 
(B) rejeitar a denúncia, eis que o Ministério Público 
não deflagrou a ação penal no prazo de seis meses; 
(C) rejeitar a denúncia, porque especificamente o 
delito praticado por Paulo, apesar da alteração 
legislativa, continua sendo de ação penal privada, 
reconhecendo a prescrição; 
(D) rejeitar a denúncia, porque especificamente o 
delito praticado por Paulo, apesar da alteração 
legislativa, continua sendo de ação penal privada, 
reconhecendo a decadência; 
(E) receber a denúncia, porquanto, com a mudança 
legislativa, tanto o ofendido como o Ministério Público 
poderiam deflagrar a ação penal respectiva. 
GABARITO: LETRA D 
Conforme o inciso XL do artigo 5o da Constituição Federal: 
"a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu". 
Assim, como a mudança da ação penal (que é matéria penal 
e processual penal) traria prejuízos ao acusado, a nova lei 
não pode se aplicar ao caso, devendo permanecer a regra 
anterior que previa ação penal privada. Ademais, como já se 
passaram mais de seis meses (art. 38, CPP), já se operou a 
decadência. Assim, só resta ao magistrado rejeitar a peça 
apresentada pelo Ministério Público. 
"Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu 
representante legal, decairá no direito de queixa ou de 
representação, se não o exercer dentro do prazo de seis 
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor 
do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o 
prazo para o oferecimento da denúncia". 
 
 
 
 
 11 
31 Em referência à aplicação dos Direitos Humanos pelos 
representantes da Segurança Pública, marque a alternativa 
INCORRETA: 
(A) Devem ser respeitados a qualquer custo, pois visam 
proteger a sociedade, assim como seus representantes. 
(B) As condutas dos aplicadores da lei devem estar em acordo 
com as leis e principalmente com a Constituição Federal. 
(C) Os direitos humanos visam, dentre outros, proteger as 
maiorias das minorias, pois apenas aquelas são objetos de 
proteção. 
(D) A lei, a ordem, a paz e a segurança são questões de 
responsabilidade do Estado. 
(E) Os direitos humanos devem ser objeto de aplicação diária 
dos policiais. 
GABARITO: LETRA C 
A alternativa C possui diversos erros. Contudo, limito-me ao erro 
principal: apenas um grupo é objeto de proteção. Os direitos e 
garantias fundamentais destinam-se, invariavelmente, a todo e 
qualquer indivíduo que goze da condição humana. 
32 Partindo de uma denúncia anônima, em que se acusava o 
Sr. Alfredo de ter cometido lesões corporais contra o Sr. 
Demóstenes, dois policiais militares dirigiram-se a casa de 
Alfredo para certificarem-se sobre a veracidade da denúncia. 
Chegando lá, encontraram Alfredo e questionaram-lhe sobre 
os fatos narrados na denúncia anônima. Alfredo negou 
veementemente as acusações. Mesmo assim, os policiais 
militares, notando certo nervosismo na fala de Alfredo, 
passaram a suspeitar dele, decidindo prendê-lo em flagrante 
por crime de lesões corporais, sendo o mesmo conduzido à 
delegacia para prestar esclarecimentos. 
Com relação à situação acima descrita, é correto afirmar que: 
(A) houve negligência no dever de cuidado pelos policiais 
militares, que agiram precipitadamente, bastando o 
interrogatório do acusado em cela especial; 
(B) a prisão é legal, pois ninguém é obrigado a fazer ou deixar 
de fazer algo senão em virtude de lei; 
(C) a prisão é ilegal pois não houve flagrante de delito algum, 
sendo aparente a violação de direitos humanos consagrados 
na Constituição Federal;. 
(D) os policiais agiram corretamente ao verificar a idoneidade 
da denúncia anônima, sendo a simples suspeita, vinda de 
agentes de persecução criminal, válida para dar voz de prisão 
a alguém; 
(E) os direitos humanos do acusado foram desrespeitados 
porque se atentaram contra seus direitos à vida e à 
propriedade. 
GABARITO: LETRA C 
Correta, pois a atitude dos policiais violou os termos do art. 
5º, LXI da CF/88, e além da ausência do flagrante, 
identificável por eventuais lesões sofridas pro Demóstenes, 
infringiram o direito ao silêncio do suspeito, que não pode ser 
coagido a produzir prova contra si mesmo (art. 5º, LXIII, CF), 
conforme pacífica jurisprudência do STF. 
Segundo o Supremo, o ônus da prova do delito é da 
acusação, motivo pelo qual o réu também não pode ser 
obrigado a provar que não praticou tal ou qual ato. 
33 De acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, 
em atenção às normas de proteção aos direitos 
humanos, não haverá pena, EXCETO: 
(A) de morte, nos termos do art. 84, XIX, CF; 
(B) de caráter perpétuo; 
(C) de trabalhos forçados; 
(D) cruéis; 
(E) privativa de liberdade. 
GABARITO: LETRA E 
Incorreta, pois o art. 5º, XLVI, "a", da CF prevê 
expressamente a pena privativa de liberdade. As penas 
vedadas pelo constituinte estão no inciso XLVII. 
34 Com basena Resolução nº 14/1994 do Conselho 
Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que 
dispõe sobre as regras mínimas para o tratamento do 
preso no Brasil, assinale a opção correta. 
(A) Em regra, o preso deverá desempenhar função ou 
tarefa disciplinar no estabelecimento prisional. 
(B) O regime especial do preso provisório não inclui o 
direito de optar por pagar a própria alimentação e(ou) 
por usar seus pertences pessoais e roupas. 
(C) Aos filhos de preso, com idade de zero a seis anos, 
será garantido o atendimento em creches e em pré-
escola. 
(D) São permitidas sanções disciplinares coletivas, 
como em caso de motim de presos que perturbe a 
ordem e a disciplina da prisão. 
(E) Algemas e camisas-de-força poderão ser 
utilizadas como instrumento de punição ou medida de 
precaução contra fuga, por exemplo. 
GABARITO: LETRA C 
 
 
 12 
De acordo com o art. 11 da Resolução 14/1994. 
Art. 11. Aos menores de 0 a 6 anos, filhos de preso, será garantido o 
atendimento em creches e em pré-escola. 
35 Sobre a teoria das gerações/dimensões dos direitos 
humanos, lançada pelo jurista Karel Vasak, no ano de 1979, é 
correto dizer que o direito à educação é um direito de: 
(A) 1ª dimensão. 
(B) 2ª dimensão. 
(C) 3ª dimensão. 
(D) 4ª dimensão. 
(E) 5ª dimensão. 
GABARITO: LETRA B 
Os direitos de segunda geração ou dimensão dizem respeito a uma 
prestação positiva do Estado, são direitos de igualdade, mas uma 
igualdade em sentido material, efetiva e não apenas formal, do ponto 
de vista político. Incluem-se dentre esses direitos o direito à educação 
pública, à cultura, à saúde, ao seguro-desemprego, aposentadoria, 
previdência social, assistência social etc. 
36 João questionou José sobre a possibilidade de um tratado 
internacional de direitos humanos ser incorporado à ordem 
interna com natureza equivalente a emenda constitucional. 
José respondeu corretamente que isso 
(A) não pode ocorrer, pois exigiria a alteração da ordem 
constitucional, que expressamente nivela os tratados 
internacionais à lei ordinária. 
(B) pode ocorrer, desde que seja aprovado em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos membros de cada Casa do 
Congresso Nacional. 
(C) pode ocorrer, desde que seja aprovado pelo Congresso 
Nacional, em turno único de votação, pela maioria absoluta dos 
seus membros. 
(D) não pode ocorrer, pois um ato de direito internacional 
jamais pode assumir a mesma natureza de uma norma 
constitucional. 
(E) pode ocorrer, desde que seja aprovado pelo Senado 
Federal, em dois turnos de votação, pelo voto de dois terços 
dos seus membros. 
GABARITO: LETRA B 
Pessoal, sobre o tema, existem 3 possibilidades: 
1ª Tratados e Convenções internacionais que não sejam de Direitos 
Humanos: Status de Lei Ordinária 
2ª Tratados e Convenções de Direitos Humanos, anteriores 
ou posteriores a EC 45/04, aprovados pelo rito comum - 
turno único em cada Casa do Congresso, maioria simples - 
Status Supralegal 
3ª Tratados e Convenções de Direitos Humanos aprovados 
por 3/5, em dois turnos, nas duas Casas do Congresso 
Nacional - Status Constitucional. 
37 Referente à Convenção Internacional sobre a 
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação 
Racial, adotada em dezembro de 1965 pela 
Resolução n.º 2106 da Assembleia Geral da ONU e 
promulgada pelo Decreto n.º 65.810/69, é correto 
afirmar que 
(A) em razão do contexto histórico em que foi 
formulada, apresenta omissão com relação à 
possibilidade de criação de políticas afirmativas, uma 
vez que condena qualquer forma de distinção, 
exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, 
cor, descendência ou origem nacional ou étnica. 
(B) define como “discriminação racial” qualquer 
distinção, exclusão restrição ou preferência baseadas 
em raça, cor, descendência ou origem nacional ou 
étnica que tem por objetivo ou efeito anular ou 
restringir o reconhecimento, gozo ou exercício num 
mesmo plano (em igualdade de condição), de direitos 
humanos e liberdades fundamentais no domínio 
político econômico, social, cultural ou em qualquer 
outro domínio de vida pública. 
(C) determina que será estabelecido um Comitê para 
a eliminação da discriminação racial, composto de 18 
peritos conhecidos por sua alta moralidade e 
conhecida imparcialidade, que serão eleitos em 
escrutínio aberto dentre os candidatos indicados em 
lista designada pelo Secretário Geral das Nações 
Unidas. 
(D) considera discriminação racial toda e qualquer 
medida especial tomada com o único objetivo de 
assegurar progresso adequado de certos grupos 
raciais ou étnicos ou de indivíduos que necessitem da 
proteção que possa ser necessária para proporcionar 
a tais grupos ou indivíduos igual gozo ou exercício de 
direitos humanos e liberdades fundamentais, mesmo 
que tais medidas não conduzam, em consequência, à 
manutenção de direitos separados para diferentes 
grupos raciais e não prossigam após terem sidos 
alcançados os seus objetivos. 
(E) em seu preâmbulo, declara expressamente que, 
ainda que moralmente aceitável, qualquer doutrina de 
superioridade baseada em diferenças raciais é falsa, 
socialmente injusta e perigosa e, a menos que 
cientificamente comprovada, não existe justificação 
para a discriminação racial, em teoria ou na prática, 
em lugar algum. 
GABARITO: LETRA B 
 
 13 
Item de acordo com o disposto na Convenção Internacional sobre a 
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial. 
Artigo I 
1. Nesta Convenção, a expressão “discriminação racial” significará 
qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseadas 
em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tem 
por objetivo ou efeito anular ou restringir o reconhecimento, gozo 
ou exercício num mesmo plano, (em igualdade de condição), de 
direitos humanos e liberdades fundamentais no domínio político 
econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio de vida 
pública. 
38 Um grupo eminente de especialistas em direitos humanos 
preparou um documento preliminar, desenvolveu, discutiu e 
refinou. Depois de uma reunião de especialistas, realizada na 
Universidade Gadjah Mada, entre 6 e 9 de novembro de 2006, 
29 eminentes especialistas de 25 países, com experiências 
diversas e conhecimento relevante das questões da legislação 
de direitos humanos, adotaram por unanimidade regras sobre 
a Aplicação da Legislação Internacional de Direitos Humanos 
em relação à Orientação Sexual e Identidade de Gênero. O 
relator da reunião, professor Michael O’Flaherty, deu uma 
contribuição imensa. Tais regras possuem um amplo espectro 
de normas de direitos humanos e de sua aplicação a questões 
de orientação sexual e identidade de gênero. É correto afirmar 
que o enunciado se refere 
(A) aos Princípios de Yogyakarta. 
(B) às Regras de Bangkok. 
(C) ao Estatuto de Roma. 
(D) às Regras de Tóquio. 
(E) à Convenção Americana de Direitos Humanos. 
GABARITO: LETRA A 
Os Princípios de Yogyakarta constituem o primeiro documento que 
reconhece uma série de princípios relativos à orientação sexual e de 
identidade de gênero, com a finalidade de orientar a interpretação e 
aplicação das normas de Direito de Internacional de Direitos 
Humanos, estabelecendo estandartes básicos de modo a evitar 
abusos e dar proteção a lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. 
Foram apresentados como uma Carta global em 26/3/2007. Apesar 
disso não é um Tratado com força vinculante. 
39 As ações para proteção dos direitos humanos das pessoas 
em situação de rua foram previstas, expressamente, 
(A) aos Princípios de Yogyakarta. 
(B) no III Programa Nacional de Direitos Humanos. 
(C) nas 100 Regras de Brasília, em sua versão original. 
(D) na Convenção Internacional sobre a Proteção dos 
Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos 
Membros das suas Famílias. 
(E) no Protocolo Adicional à Convenção Americana 
sobre Direitos Humanos em matéria de direitos 
econômicos, sociais e culturais. 
GABARITO: LETRA B 
As ações para proteção dos direitos humanos das pessoas 
emsituação de rua foram previstas no Programa Nacional 
de Direitos Humanos - PNDH-3, decreto 7.037/2009: 
O combate à discriminação mostra-se necessário, mas 
insuficiente enquanto medida isolada. Os pactos e 
convenções que integram o sistema regional e internacional 
de proteção dos Direitos Humanos apontam para a 
necessidade de combinar estas medidas com políticas 
compensatórias que acelerem a construção da igualdade, 
como forma capaz de estimular a inclusão de grupos 
socialmente vulneráveis. Além disso, as ações afirmativas 
constituem medidas especiais e temporárias que buscam 
remediar um passado discriminatório. No rol de movimentos 
e grupos sociais que demandam políticas de inclusão social 
encontram-se crianças, adolescentes, mulheres, pessoas 
idosas, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, 
pessoas com deficiência, pessoas moradoras de rua, povos 
indígenas, populações negras e quilombolas, ciganos, 
ribeirinhos, varzanteiros e pescadores, entre outros. 
40 No Programa Nacional de Direitos Humanos 
(PNDH-3), a diretriz que visa promover e proteger os 
direitos ambientais como direitos humanos está 
prevista no eixo orientador 
(A) Interação Democrática entre Estado e Sociedade 
Civil. 
(B) Desenvolvimento e Direitos Humanos. 
(C) Universalizar Direitos em um Contexto de 
Desigualdades. 
(D) Educação e Cultura em Direitos Humanos. 
(E) Segurança Pública e Acesso à Justiça. 
GABARITO: LETRA B 
De acordo com o disposto no Decreto nº 7.037/2009, 
disponível em http://www.planalto.gov.br 
Art. 2º. O PNDH-3 será implementado de acordo com os 
seguintes eixos orientadores e suas respectivas diretrizes: 
II - Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos: 
c) Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais 
como Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras como 
sujeitos de direitos; 
http://www.planalto.gov.br/
 
 14 
41 São destinatários do princípio da proporcionalidade 
aplicável no âmbito da execução penal 
(A) o juiz e os órgãos de execução. 
(B) o juiz, o legislativo e os órgãos de execução. 
(C) o legislativo e os órgãos da execução. 
(D) os órgãos da execução. 
(E) o juiz e o legislativo. 
GABARITO: LETRA B 
o princípio da proporcionalidade, aplicável no âmbito da execução 
penal, tem como destinatários o juiz, o poder legislativo e os órgãos 
de execução. 
42 De acordo com a legislação pertinente e a jurisprudência 
dos tribunais superiores, transitada em julgado a sentença 
penal condenatória ou absolutória imprópria e iniciada a fase 
da execução penal, 
(A) o condenado deverá ser citado no processo de execução 
da pena se tiver sido condenado a pena privativa de liberdade. 
(B) o processo de execução deverá desenvolver-se mediante 
provocação da parte, sendo vedado o provimento por impulso 
oficial do juízo da execução. 
(C) será facultada ao ofendido ou aos seus sucessores a 
participação nas fases jurisdicionais do procedimento 
executório mediante habilitação nos autos. 
(D) competirá ao juízo estadual de execução penal a execução 
das penas impostas aos sentenciados pela justiça militar 
quando estes forem recolhidos em estabelecimentos prisionais 
estaduais. 
(E) poderá o juízo da execução dar início ao processo de 
execução forçada da sanção pecuniária se a pena aplicada for 
exclusivamente de multa e o condenado não efetuar o 
pagamento no prazo legal. 
GABARITO: LETRA D 
A Lei de Execução Penal prevê os requisitos e condições para o justo 
cumprimento da pena e do andamento do processo de execução, 
ainda determina o que é necessário para a progressão de regime de 
cumprimento de pena, além de outros dispositivos. 
Sobre a competência do juiz de execução, diz o art. 2º da Lei 
7.210/1984: 
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, 
em todo o Território Nacional, será exercida, no processo de 
execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal. 
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório 
e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a 
estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. 
A Súmula 192 do STJ completa o entendimento: 
Compete ao juízo das execuções penais do estado a 
execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça 
Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a 
estabelecimentos sujeitos à administração estadual. 
43 Segundo a Lei n° 7.210/1984, a execução penal 
tem por objetivo: 
(A) viabilizar os resultados de projetos restritos às 
funções penitenciárias, mediante ato do Poder 
Executivo, após autorização legislativa prévia. 
(B) separar do meio social os indivíduos inaptos ao 
convívio em sociedade, selecionados após análise 
criteriosa baseada nas teorias criminológicas de 
Lombroso. 
(C) ordenar o pleno desenvolvimento das funções 
sociais da comunidade e garantir o bem-estar de seus 
habitantes. 
(D) prevenir desequilíbrios da concorrência, sem 
prejuízo da competência de a União, por lei, 
estabelecer normas de objetivo igual ao de uma 
condenação. 
(E) efetivar as disposições de sentença ou decisão 
criminal e proporcionar condições para a harmônica 
integração social do condenado e do internado. 
GABARITO: LETRA E 
Questão sobre a finalidade da execução penal, ou seja, 
cobrança sobre o conhecimento literal do artigo 1º da LEP: 
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as 
disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar 
condições para a harmônica integração social do condenado 
e do internado. 
44 A autonomia da execução penal implica a 
compreensão de que 
(A) o título executivo delimita o alcance e os limites da 
execução em processo em que não há alteração 
fática. 
(B) há uma feição jurisdicional da execução da pena e 
plenitude das garantias constitucionais penais e 
processuais penais. 
(C) há um caráter misto de regras administrativas e 
jurisdicionais e aplicação mitigada das regras 
constitucionais. 
(D) os incidentes de execução são impulsionados 
somente pela defesa técnica. 
 
 15 
(E) há distinção das atividades da administração 
penitenciária e da função jurisdicional ressalvado o 
procedimento administrativo que apura falta. 
GABARITO: LETRA B 
A jurisdição penal não termina com a condenação, mas se estende por 
toda a fase da execução penal. 
 
Na LEP, este princípio está expresso no art 2º, veja: 
 
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, 
em todo o Território Nacional, será exercida, no processo de execução, 
na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal. 
45 Vários doutrinadores reputam a execução como a etapa 
mais importante do direito punitivo, tendo em vista que de nada 
adianta a condenação de determinado indivíduo pela prática 
de um ato criminoso sem que haja a respectiva execução da 
pena a ele imposta. Quanto aos objetivos, de acordo com a Lei 
de Execução Penal, analise as afirmações a seguir: 
I. efetivar as disposições de sentença ou decisão 
criminal. 
II. proporcionar condições para a harmônica integração 
social do condenado e do internado. 
III. requisitar, de repartições ou estabelecimentos 
privados, dados e informações a respeito do 
condenado. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
(A) as afirmações II e III estão corretas. 
(B) as afirmações I e II estão corretas. 
(C) apenas a afirmação I está correta. 
(D) apenas a afirmação II está correta. 
(E) todas as afirmações estão corretas. 
GABARITO: LETRA B 
Prezado concurseiro, o artigo inaugural da Lei de Execução Penal traz 
a resposta da nossa questão, que evidencia os objetivos da execução 
penal, tome nota: 
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de 
sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a 
harmônica integração social do condenado e do internado. 
Atenção: a afirmação III não se refere a um objetivo da execução 
penal, conforme se percebe do estudo do art. 9º, que enfatiza os 
poderes da comissão técnica de classificação, senão vejamos:LEP: Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados 
reveladores da personalidade, observando a ética profissional e tendo 
sempre presentes peças ou informações do processo, poderá: 
I - entrevistar pessoas; 
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, 
dados e informações a respeito do condenado; 
III - realizar outras diligências e exames necessários. 
46 Em relação à contagem de tempo para remição da 
pena, é correto afirmar que: 
(A) o direito à remição não prescinde do efetivo e 
comprovado exercício de atividades laborais pelo 
reeducando; 
(B) tem direito à remição o reeducando que demonstra 
que a vaga de trabalho existia e foi retirada; 
(C) a omissão estatal na promoção de atividades 
laborativas permite a contagem de tempo ficta para 
remição; 
(D) tem direito à remição o reeducando que demonstra 
que a vaga de trabalho ofertada não pôde ser 
desempenhada; 
(E) tem direito à remição o reeducando que demonstra 
que não dispunha de habilidades para a vaga de 
trabalho ofertada. 
GABARITO: LETRA A 
De fato, entendem os Tribunais Superiores que o efetivo e 
comprovado exercício de atividades laborais pelo 
reeducando NÃO É DISPENSÁVEL (NÃO PRESCINDE) 
para fins de direito à remição, observe: 
O instituto da remição exige, necessariamente, a prática de 
atividade laboral ou educacional. Trata-se de 
reconhecimento pelo Estado do direito à diminuição da pena 
em virtude de trabalho efetuado pelo detento. Não sendo 
realizado trabalho, estudo ou leitura, não há que se falar em 
direito à remição. 
47 De acordo com a legislação pertinente, entre outras 
funções, incumbe ao patronato público ou particular 
(A) emitir parecer sobre indulto e comutação de pena 
e supervisionar o conselho da comunidade. 
(B) prestar assistência aos albergados e egressos e 
orientar os condenados à pena restritiva de direitos. 
(C) visitar, a cada trimestre, os estabelecimentos 
penais existentes na comarca. 
(D) apresentar relatórios mensais ao juiz da execução 
e ao conselho penitenciário. 
(E) diligenciar a obtenção de recursos materiais e 
humanos para melhorar a assistência ao preso ou 
internado. 
 
 16 
GABARITO: LETRA B 
De acordo com os arts. 78, e 79, inciso I, da Lei 7.210/1984. 
Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a prestar 
assistência aos albergados e aos egressos (artigo 26). 
Art. 79. Incumbe também ao Patronato: 
I - orientar os condenados à pena restritiva de direitos; 
II - fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de serviço à 
comunidade e de limitação de fim de semana; 
III - colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da 
suspensão e do livramento condicional. 
48 Conforme a Lei n.º 7.210/1984, a atribuição de emitir 
parecer sobre indulto e comutação de pena, excetuada a 
hipótese de pedido de indulto com base no estado de saúde 
do preso, incumbe especificamente ao 
(A) Patronato. 
(B) Ministério Público. 
(C) Conselho da Comunidade. 
(D) Departamento Penitenciário local. 
(E) Conselho Penitenciário. 
GABARITO: LETRA E 
Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário: 
I - emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, excetuada a 
hipótese de pedido de indulto com base no estado de saúde do preso; 
49 Suponha que, no estado de Pernambuco, João, professor 
de direito processual penal, Pedro, professor de matemática, e 
Lucas, advogado criminalista, pretendam integrar o Conselho 
Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Nessa situação 
hipotética, conforme os termos da Lei de Execução Penal, 
(A) João, Pedro e Lucas poderão integrar o referido conselho, 
desde que designados por ato do Ministério da Justiça. 
(B) somente João e Pedro poderão integrar o referido 
conselho, desde que designados por ato do Ministério da 
Justiça. 
(C) somente Lucas e João poderão integrar o referido 
conselho, desde que designados por ato do Ministério da 
Justiça. 
(D) somente Pedro e Lucas poderão integrar o referido 
conselho, desde que designados por ato do Ministério da 
Justiça. 
(E) somente Lucas poderá integrar o referido 
conselho, desde que designado por ato do Ministério 
da Justiça. 
GABARITO: LETRA A 
Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária será integrado por 13 (treze) membros 
designados através de ato do Ministério da Justiça, dentre 
professores e profissionais da área do Direito Penal, 
Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem 
como por representantes da comunidade e dos Ministérios 
da área social. 
Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho terá 
duração de 2 (dois) anos, renovado 1/3 (um terço) em cada 
ano. 
Nesse sentido, observa-se que João, professor de direito 
processual penal, se enquadra no critério exigido no artigo 
63, caput, da LEP. 
Pedro, por sua vez, é professor de matemática, e também 
poderá integrar o Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária, uma vez que faz parte dos Ministério da área 
social, não sendo exclusividade, assim, de profissionais da 
área do direito. 
Lucas, por oportuno, é advogado criminalista e também 
poderá integrar o Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária, eis que também se enquadra no critério 
exigido no artigo 63, caput, da LEP. 
50 Conforme a Lei n.º 7.210/1984, o preso em razão 
de sentença definitiva transitada em julgado poderá 
obter 
(A) autorização para saída temporária do 
estabelecimento prisional, mediante escolta e 
autorização do diretor do presídio, para frequentar 
curso de noivos e participar da cerimônia civil de 
casamento, se estiver cumprindo pena em regime 
semiaberto. 
(B) autorização para saída temporária do 
estabelecimento prisional, mediante escolta, para ir ao 
cartório assinar procuração outorgando poderes para 
seu representante legal, ainda que cumpra pena em 
regime fechado. 
(C) permissão do diretor para sair do estabelecimento 
prisional, mediante escolta, em caso de falecimento ou 
doença grave de irmão, ainda que cumpra pena em 
regime fechado. 
(D) permissão para sair do estabelecimento prisional, 
sem escolta, para tratamento médico, desde que 
autorizado pelo juiz, se estiver cumprindo pena em 
regime semiaberto. 
 
 
 17 
(E) permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, 
para conhecer e registrar o nascimento do filho da 
companheira, ainda que cumpra pena em regime fechado. 
GABARITO: LETRA C 
Nos termos do art. 120, I, da Lei de Execução Penal, os condenados 
que cumprem pena em regime fechado podem ser autorizados para 
sair do estabelecimento prisional, via permissão de saída, por ordem 
do diretor do estabelecimento, mediante escolta, em caso de 
falecimento ou doença grave de irmão, vejamos: 
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou 
semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair 
do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos 
seguintes fatos: 
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, 
ascendente, descendente ou irmão; 
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14). 
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do 
estabelecimento onde se encontra o preso. 
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a 
duração necessária à finalidade da saída. 
51 Conforme a Lei de Execução Penal, são sanções 
disciplinares aplicáveis ao condenado, EXCETO: 
(A) Advertência verbal 
(B) Agravamento da pena 
(C) Isolamento na própria cela. 
(D) restrição do direito de visita do cônjuge 
(E) restrição do direito de leitura 
GABARITO: LETRA B 
Veja o diz a Lei de Execuções Penais: 
Art. 53. Constituem sanções disciplinares: 
I - advertência verbal; Letra a) 
II - repreensão; 
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo 
único);Letra d) e e) 
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos 
estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o 
disposto no artigo 88 desta Lei. Letra c) 
V - inclusão noregime disciplinar diferenciado. 
52 Acerca do crime de tortura, tipificado na Lei nº 
9.455/97, assinale a afirmativa correta. 
(A) A tipicidade objetiva do crime de tortura exige a 
imposição de sofrimento físico, não se amoldando à 
hipótese de imposição de sofrimento psicológico. 
(B) A Lei nº 9.455/97 exige que o sujeito ativo seja 
agente público para caracterização do delito de 
tortura. 
(C) O tipo penal de tortura exige como especial fim de 
agir que a conduta do agente seja motivada por 
qualquer forma de discriminação. 
(D) Se a tortura resulta em lesão corporal de natureza 
grave ou se resulta na morte da vítima, aplicam-se, 
respectivamente, causas de aumento de 1/3 e 2/3 da 
pena. 
(E) As disposições da Lei nº 9.455/97 aplicam-se 
mesmo que o crime não tenha sido cometido em 
território nacional, sendo a vítima brasileira ou 
encontrando-se o agente em local sob jurisdição 
brasileira. 
GABARITO: LETRA E 
De acordo com o art. 2º da Lei 9.455/1997. 
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime 
não tenha sido cometido em território nacional, sendo a 
vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob 
jurisdição brasileira. 
53 José, após longa apuração, foi acusado pelo 
Ministério Público da prática do crime de tortura no 
exercício de suas funções públicas. Considerando a 
robustez das provas existentes, consultou o seu 
advogado a respeito das consequências de eventual 
condenação criminal, mais especificamente em 
relação à sua situação funcional, pois ocupava cargo 
de provimento efetivo no âmbito do Poder Executivo 
do Estado Alfa. 
O advogado respondeu corretamente que, ante os 
termos da Lei nº 9.455/1997, José 
(A) deve perder o cargo de provimento efetivo e não 
mais poderá ingressar no serviço público, mesmo 
após o período de cinco anos de reabilitação penal. 
(B) ficará suspenso do cargo de provimento efetivo 
durante o período de cumprimento da pena, não tendo 
direito à remuneração correspondente. 
(C) deve perder o cargo de provimento efetivo, mas 
não há óbice a que reingresse no serviço público, a 
qualquer tempo, caso preencha os requisitos exigidos. 
 
 18 
(D) deve perder o cargo de provimento efetivo, e sofrerá a 
interdição para o exercício de cargo, função ou emprego 
público pelo dobro do prazo da pena aplicada. 
(E) terá a sua situação funcional apreciada pela autoridade 
administrativa competente, que somente não aplicará a sanção 
de perda do cargo se houver bons antecedentes. 
GABARITO: LETRA D 
De fato, trata-se da previsão extraída do artigo 1º, § 5º da Lei de 
Tortura, in verbis: 
Art. 1º § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou 
emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo 
da pena aplicada. 
54 O Sistema Nacional de Armas (SINARM), instituído no 
Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem 
circunscrição em todo o território nacional. Conforme a Lei 
10.826/2003, que também dispõe sobre o registro, posse e 
comercialização de armas de fogo e munição, o SINARM tem 
a competência de: 
I- Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, 
roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados 
cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de 
empresas de segurança privada e de transporte de valores. 
II- Prevenir e reprimir o contrabando e descaminho de armas 
de fogo e munição onde não houver delegacias da Polícia 
Federal. 
III- Cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, 
varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas 
de fogo, acessórios e munições. 
IV- Realizar estudos e pesquisas nacionais e consolidar dados 
e informações estatísticas sobre criminalidade e vitimização. 
É CORRETO o que se afirma apenas em: 
(A) I e III 
(B) I e IV 
(C) I, II e III 
(D) I e II 
(E) III e IV 
GABARITO: LETRA A 
 
 
 
I - Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, 
furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os 
dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de 
empresas de segurança privada e de transporte de valores. 
(CORRETA). De acordo com o art. 2º, inciso IV, da Lei 
10.826/2003. 
Art. 2º Ao Sinarm compete: 
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, 
furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os 
dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de 
empresas de segurança privada e de transporte de valores; 
II - Prevenir e reprimir o contrabando e descaminho de armas 
de fogo e munição onde não houver delegacias da Polícia 
Federal. 
(ERRADA). A prevenção e a repressão ao contrabando e ao 
descaminho de armas de fogo e munição onde não houver 
delegacias da Polícia Federal não constam no rol do art. 2º 
III - Cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, 
varejistas, exportadores e importadores autorizados de 
armas de fogo, acessórios e munições. 
(CORRETA). É o que prevê o art. 2º, inciso IX, da Lei 
10.826/2003. 
Art. 2º Ao Sinarm compete:[...] 
IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, 
varejistas, exportadores e importadores autorizados de 
armas de fogo, acessórios e munições; 
IV - Realizar estudos e pesquisas nacionais e consolidar 
dados e informações estatísticas sobre criminalidade e 
vitimização. 
(ERRADA). A referida tarefa cabe ao Ministério 
Extraordinário da Segurança Pública, a teor do art. 13, inciso 
VI, da Lei 13.675/2018. 
Art. 13. O Ministério Extraordinário da Segurança Pública, 
responsável pela gestão do Susp, deverá orientar e 
acompanhar as atividades dos órgãos integrados ao 
Sistema, além de promover as seguintes ações: 
[...] 
VI - realizar estudos e pesquisas nacionais e consolidar 
dados e informações estatísticas sobre criminalidade e 
vitimização; 
 
 
 
 
 
 19 
55 Sobre o disposto na Lei nº 11.343/06 (Drogas), assinale a 
alternativa correta: 
(A) Haverá o delito de associação para o tráfico (artigo 35) 
quando ocorrer a associação de pelo menos 3 (três) pessoas 
para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e§ 1°, e 34, todos da Lei 
nº 11.343/06. 
(B) O semeio, o cultivo e a colheita de droga ilícita caracteriza 
o tráfico de drogas (artigo 33), ainda que seja para consumo 
pessoal. 
(C) Por prever pena privativa de liberdade de 06 (seis) meses 
a 02 (dois) anos de detenção, o porte de droga para uso próprio 
é considerado delito de menor potencial ofensivo. 
(D) O tráfico de drogas é crime inafiançável e imprescritível. 
 (E) A Lei nº 11.343/06 é considerada norma penal em branco. 
GABARITO: LETRA E 
O preceito primário das normas incriminadoras não define o que vem 
a ser droga. Veja o que diz o art. 66 da Lei 11.343/06: 
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, 
até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, 
denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, 
precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº 
344, de 12 de maio de 1998. 
56 Durante determinada investigação, a autoridade policial é 
procurada pelo advogado de Maria, afirmando que a 
investigada deseja realizar acordo de colaboração premiada. 
Após historiar os fatos de que tem conhecimento, durante as 
rodadas de negociação, a investigada aponta as provas que 
possui. O acordo é formalizado e submetido ao Ministério 
Público, que o endossa e encaminha ao Poder Judiciário. 
O magistrado competente, após a adoção dos protocolos 
necessários, homologa o acordo. Enquanto a investigação tem 
prosseguimento, agora com a colaboração direta de Maria, o 
Promotor de Justiça atenta que há processo em curso na Vara 
Criminal, em que a colaboradora pode servir como 
testemunha, pugnando por sua oitiva, o que é deferido pelo 
Juízo. No dia aprazado, a colaboradora não comparece, em 
que pese devidamente intimada. O Ministério Público postula 
a condução coercitiva dela. 
Diante deste cenário, assinale a afirmativa correta. 
 (A) Acondução coercitiva foi extirpada do ordenamento 
jurídico, diante do reconhecimento da inconstitucionalidade por 
violação da garantia contra a autoincriminação. 
(B) A colaboradora, na condição de responsável criminal, não 
pode ser conduzida coercitivamente, diante da garantia contra 
a autoincriminação. 
(C) A condução coercitiva era reservada aos 
investigados e réus, não tendo previsão de sua 
aplicação para testemunhas, informantes ou peritos. 
(D) A colaboradora, ainda que na condição de 
responsável criminal, pode ser conduzida 
coercitivamente, pois tem o dever de colaborar com a 
Justiça de forma genérica. 
 (E) A colaboradora, ainda que na condição de 
responsável criminal, pode ser conduzida 
coercitivamente, desde que seu dever de colaboração 
com a Justiça conste do acordo. 
GABARITO: LETRA E 
O entendimento jurisprudencial é que a colaboradora, ainda 
que na condição de responsável criminal, pode ser 
conduzida coercitivamente, desde que seu dever de 
colaboração com a Justiça conste do acordo. Desse modo, 
a condução coercitiva do colaborador não se trata de 
interrogatório, mas, diante do dever de dizer a verdade 
firmado pelo negócio jurídico, trata-se de depoimento. 
57 Sobre o instituto da suspensão condicional do 
processo, é correto afirmar: 
(A) em que pese o processo fique suspenso, o prazo 
prescricional continuará correndo normalmente; 
(B) o acusado que vier a ser processado, no curso do 
prazo de suspensão, pela prática de contravenção não 
poderá ter o benefício revogado por este motivo; 
(C) será cabível seu oferecimento pelo Ministério 
Público apenas quando praticado crime de menor 
potencial ofensivo; 
(D) o acusado reincidente pela prática de crime doloso 
não fará jus ao benefício; 
(E) o comparecimento pessoal semanal é umas das 
condições a ser necessariamente aplicada pelo 
magistrado. 
GABARITO: LETRA D 
De fato, nessa hipótese, haverá vedação legal à concessão 
do benefício. Como vimos na transcrição do art. 89 da Lei 
9.099/1995, esse dispositivo faz referência ao art. 77 do CP, 
que prevê que: 
Requisitos da suspensão da pena 
Art. 77, CP - A execução da pena privativa de liberdade, não 
superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 
4 (quatro) anos, desde que: 
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; 
 
 
 20 
58 Com relação às infrações de menor potencial ofensivo, seu 
processo e julgamento, é correto afirmar que 
(A) além das hipóteses do Código Penal e da legislação 
especial, dependerá de representação a ação penal relativa 
aos crimes de lesões corporais dolosas de natureza grave. 
(B) a citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, 
sempre que possível, ou por edital. 
(C) a competência do Juizado será determinada pelo lugar de 
residência do réu. 
(D) se consideram infrações penais de menor potencial 
ofensivo, para os efeitos da Lei n.º 9.099/95, as contravenções 
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a um ano, excetuados os casos em que a lei preveja 
procedimento especial. 
 (E) nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou 
inferior a um ano, abrangidas ou não pela Lei n.º 9.099/95, o 
Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a 
suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o 
acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido 
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos 
que autorizariam a suspensão condicional da pena. 
GABARITO: LETRA E 
É o exato texto da lei: 
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou 
inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, 
ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por 
dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo 
processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes 
os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da 
pena (art. 77 do Código Penal). 
59 Em relação ao sujeito passivo dos delitos de violência 
doméstica e familiar contra a mulher, é correto afirmar que: 
(A) há necessidade de demonstração de vulnerabilidade 
concreta; 
(B) a ausência de demonstração de relação de inferioridade 
inviabiliza a responsabilização criminal; 
(C) a hipossuficiência e a vulnerabilidade da mulher em 
contexto de violência doméstica e familiar é presumida; 
(D) em caso de subjugação feminina, a aplicação do sistema 
protetivo depende de demonstração específica; 
 (E) a organização social brasileira não é mais um sistema 
hierárquico de poder baseado no gênero. 
GABARITO: LETRA C 
Na dicção do STJ (AgRg no AREsp 620.058/DF), a 
hipossuficiência e a vulnerabilidade, necessárias à 
caracterização da violência doméstica e familiar contra a 
mulher, são presumidas pela Lei 11.340/2006. 
60 Marília e Susana foram namoradas e terminaram o 
relacionamento em razão de ciúmes. 
Inconformada com o término do relacionamento, 
Susana agrediu moralmente Marília, caluniando-a, ao 
encontrá-la na rua com um novo namorado, César. 
Em relação ao caso, segundo as disposições contidas 
na Lei nº 11.340 / 2006, assinale a afirmativa correta. 
(A) O comportamento de Susana não é entendido 
como violência contra a mulher pois ela também é 
mulher. 
(B) A conduta de Susana não caracteriza violência 
contra a mulher porque o relacionamento já tinha 
acabado. 
(C) Susana praticou dinâmica descrita como violência 
doméstica e familiar contra a mulher. 
(D) A atitude de Susana não caracteriza violência 
contra a mulher pois não houve agressão física. 
(E) Susana pode alegar ter sido vítima de violência 
psicológica ao encontrar a ex-namorada em um novo 
relacionamento. 
GABARITO: LETRA C 
Vide Ar. 7º da Lei 11.340 
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, entre outras: 
[...] 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que 
configure calúnia, difamação ou injúria. 
61 Considere a afirmação: 
 
“Se Juvenal foi trabalhar, então Rosalva não saiu de 
casa”. 
É correto concluir que 
(A) “Juvenal foi trabalhar ou Rosalva não saiu de 
casa”. 
(B) “Juvenal foi trabalhar e Rosalva não saiu de casa”. 
(C) “se Juvenal não foi trabalhar, então Rosalva saiu 
de casa”. 
 
 21 
(D) “se Rosalva não saiu de casa, então Juvenal foi trabalhar”. 
(E) “se Rosalva saiu de casa, então Juvenal não foi trabalhar”. 
GABARITO: LETRA E 
Temos um condicional e queremos, partindo unicamente dele, concluir 
outra proposição composta. O que a questão pede, portanto, é a 
equivalência desse condicional. 
São duas as equivalências possíveis: outro condicional (a 
contrapositiva) e uma disjunção. No primeiro caso, negamos 
antecedente e consequente e os invertemos de ordem; no segundo, 
negamos o antecedente e o unimos com o consequente pelo ou (∨): 
p→q≡¬q→¬p 
p→q≡¬p∨q 
 Portanto, a partir de “Se Juvenal foi trabalhar, então Rosalva não saiu 
de casa”, obtemos as equivalências 
Se Rosalva saiu de casa, então Juvenal não foi trabalhar; 
Juvenal não foi trabalhar ou Rosalva não saiu de casa. 
A primeira é justamente a que consta na alternativa e. 
62 Valter fala sobre seus hábitos no almoço: 
• Como carne ou frango. 
• Como legumes ou não como carne. 
•Como macarrão ou não como frango. 
Certo dia, no almoço, Valter não comeu macarrão. 
É correto afirmar que, nesse dia, Valter 
 (A) comeu frango e carne. 
(B) não comeu frango nem carne. 
(C) comeu carne e não comeu legumes. 
(D) comeu legumes e carne. 
 (E) não comeu frango nem legumes. 
GABARITO: LETRA D 
Oras, os hábitos de Valter são premissas... Então, para uma melhor 
análise, vamos enumerá-las... 
 
 
1. Como carne ou frango; 
2. Como legumes ou não como carne; 
3. Como macarrão ou não como frango. 
É claro que os hábitos dele são verdades!... Então, sabendo 
que certo dia Valter não comeu macarrão, podemos dizer 
que: 
A premissa 3 que é a seguinte disjunção "Como macarrão 
ou não como frango", vai ficar com a sua primeira parte 
falsa... 
Sabemos que uma disjunção

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