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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA EM EAD AYRTON SENNA FERNANDES FERREIRA USO DE INDICADOR ÁCIDO-BASE NATURAL NO PROCESSO DE ELETRÓLISE AQUOSA EM AULA PRÁTICA REMOTA PIQUET CARNEIRO - CE 2021 AYRTON SENNA FERNANDES FERREIRA USO DE INDICADOR ÁCIDO-BASE NATURAL NO PROCESSO DE ELETRÓLISE AQUOSA EM AULA PRÁTICA REMOTA Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao curso de licenciatura em Química em EaD, do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de licenciado. Orientador: Prof. Dr. Airton Marques da Silva. PIQUET CARNEIRO – CEARÁ 2021 Universidade Estadual do Ceará Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Sistema de Bibliotecas Ferreira, Ayrton Senna Fernandes. Uso de indicador ácido-base natural no processo de eletrólise aquosa em aula prática remota. [recurso eletrônico] / Ayrton Senna Fernandes Ferreira. - 2021. 47 f. : il. Trabalho de conclusão de curso (GRADUAÇÃO) - Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências e Tecnologia, Curso de Química, Piquet Carneiro, 2021. Orientação: Prof. Dr. Airton Marques da Silva. 1. Repolho roxo. 2. Eletrólise. 3. pH. I. Título. AYRTON SENNA FERNANDES FERREIRA USO DE INDICADOR ÁCIDO-BASE NATURAL NO PROCESSO DE ELETRÓLISE AQUOSA EM AULA PRÁTICA REMOTA Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Licenciatura em Química em EaD, do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de licenciado. Aprovado em: 15 de janeiro de 2021 BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ Prof. Dr. Airton Marques da Silva (Orientador) Universidade Estadual do Ceará - UECE _______________________________________________________ Profa. Dra. Aurelice Barbosa de Oliveira Universidade Estadual do Ceará - UECE ______________________________________________________ Prof. M.e. Silvio Gentil Jacinto Júnior Universidade Estadual do Ceará - UECE As três pessoas que mais me motivam no mundo, minha esposa Josilene e meus filhos João Gabriel e Rafael. AGRADECIMENTOS À Deus pelo as inúmeras realizações que o mesmo proporciona na minha vida, além de colocar as pessoas certas em meu caminho. À Universidade Estadual do Ceará (UECE) por oportunizar a realização de um sonho de ingressar em um curso superior. A minha mãe, Maria, por sua dedicação inabalável durantes anos de lutas, por sempre ser positiva, mesmo em momentos de dificuldades, sempre acreditou no meu sucesso. A minha esposa Josilene, por estar sempre ao meu lado, em momentos de adversidade e provações, seu apoio foi de fundamental importância para realização dessa conquista. Ao meu irmão Antonio Angelo, por incentivos e gestos de confiança no meu trabalho. Ao professor Airton Marques da Silva, por sua orientação, por sua cobrança, pelo apoio imensurável, além da disponibilidade de ser meu orientador, sua ajuda foi fundamental. Aos professores do curso de Licenciatura em Química, pelos conhecimentos repassados e por todos os norteamentos necessários, para o desenvolvimento desse trabalho, além da nossa tutora do Polo Cirinha, por sempre está disponível. E de maneira especial, a nossa tutora a distância, por tornar tudo mais acessível. E de maneira honrosa a nossa tutora à distância Profa. Dra. Aurelice Barbosa de Oliveira, por toda ajuda diante essa jornada. À Escola de Estadual de Ensino Profissional Alan Pinho Tabosa por ceder o espaço para realização de uma das etapas do meu trabalho, mesmo que de maneira remota. “Ou você morre herói, ou vive o suficiente para se tornar o vilão.” (Batman – O Cavaleiro das Trevas) RESUMO O referido trabalho tem como objetivo geral produzir um indicador ácido-básico, com uso de repolho roxo, além de associar o mesmo na prática do ensino de química, na observação do processo de eletrólise aquosa do cloreto de sódio (NaCl). A execução da etapa prática da pesquisa ocorreu na Escola Estadual de Ensino Profissional Alan Pinho Tabosa, no munícipio de Pentecoste – CE de forma remota, com uso do aplicativo google meet. As aulas foram da disciplina de química, nas turmas de 2° ano do ensino médio, totalizando 80 estudantes. Na parte experimental, foram utilizados apenas utensílios domésticos e de fácil acesso. A 1° etapa do desenvolvimento da aula foi a elaboração do indicador ácido-básico de repolho roxo, usando-se de 914 g do vegetal e 1 L água desmineralizada. Após isso, foi montando o experimento de eletrólise, usando 2 pilhas tipo A e 70 cm de fios de cobre (os eletrodos), ligados em polos diferentes. A execução da aula ocorreu via google meet, permitindo um melhor acesso e segurança aos estudantes. Em seguida, os estudantes realizaram a resolução de questionário, abordando a situação da escola em relação aos laboratórios, a prática dos alunos na realização de aula práticas, a aceitação de aula prática por mecanismo remoto e verificação do que foi entendido. Diante dos resultados obtidos, observou-se efeito positivo na produção do indicador, ou seja, o mesmo indicou a variação de pH durante o processo de eletrólise aquosa do NaCl. Ao avaliar-se a aula, 51% dos estudantes que participaram, aplicaram nota 7, observando que o modelo de aula não teve rejeição. Diante do que foi exposto e discutido é possível aplicação de aulas práticas de maneira remota, além do uso de materiais alternativos durante a confecção de aulas práticas, direcionam de maneira eficaz ao processo de aprendizagem. Palavras-Chaves: Repolho roxo. Eletrólise. pH. ABSTRACT This work aims to produce an acid-base indicator, using red cabbage, in addition to associating it in the practice of teaching chemistry, in the observation of the aqueous electrolysis process of sodium chloride (NaCl). The practical stage of the research was carried out at the Escola Estadual Ensino Profissional Alan Pinho Tabosa, in the municipality of Pentecoste - CE remotely, using the google meet application. The classes were in the discipline of chemistry, in classes of 2 ° of high school totaling 80 students. In the experimental part, only household utensils with easy access were used. The 1st stage of class development was the elaboration of the acid-base indicator of red cabbage, using 914 g of the vegetable and 1 L demineralized water. After that, the electrolysis experiment was set up, using 2 type A batteries and 70 cm of copper wires (the electrodes), connected in different poles. The execution of the class took place via google meet, allowing better access and security for students. Then, students completed the questionnaire, addressing the school's situation in relation to the laboratories, the students' practice in conducting practical classes, the acceptance of practical classes by remote mechanism and verification of what was understood. In view of the results obtained, a positive effect was observed on the indicator production, that is, it indicated the pH variation during the aqueous NaCl electrolysis process. When evaluating the class, 51% of the students who participated,scored 7, noting that the class model was not rejected. Given what was exposed and discussed it is possible to apply practical classes remotely, in addition to the use of alternative materials during the preparation of practical classes, effectively direct the learning process. Keywords: Red cabbage. Electrolysis. pH. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Equilíbrio das antocianinas em função de diferentes valores de pH............................................................................................................ 22 Figura 2 – Acidose a alcalose em organismo vivo.................................................. 23 Figura 3 – Diferentes situações de pH..................................................................... 24 Figura 4 – Esquema do processo de eletrólise da água.......................................... 25 Figura 5 – Fluxograma de produção do indicador ácido-básico.......................... 28 Figura 6 – Sistema desenvolvido para aplicação de eletrólise aquosa................. 29 Figura 7 – Questionário aplicado aos estudantes após execução da aula prática....................................................................................................... 30 Figura 8 – Testagem do indicador natural elaborado............................................. 31 Figura 9 – Execução da prática durante aula de química...................................... 32 Figura 10 – Produção de H2 no cátodo durante o processo de eletrólise aquosa de sal de cozinha (NaCl)........................................................................... 32 Figura 11 – Solução salina com indicador natural de repolho roxo, após eletrólise..................................................................................................... 33 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Qual a sua turma?................................................................................... 34 Gráfico 2 – Você já realizou alguma aula prática na sua escola atual?.................. 34 Gráfico 3 – Você utilizou o laboratório de química da sua escola, para alguma atividade voltada a prática?.................................................................... 35 Gráfico 4 – Você acha importante que ocorra aulas práticas na disciplina de química?.................................................................................................... 35 Gráfico 5 – O que você acha da aplicação de uma aula prática via internet (google meet)?........................................................................................................ 36 Gráfico 6 – A aula prática realizada gerou algum nível de conhecimento sobre o assunto?..................................................................................................... 36 Gráfico 7 – Marque a opção que melhor descreve o que você sentiu ao final dessa aula............................................................................................................. 37 Gráfico 8 – Com base no que você observou da aula, o que você acha que o sistema abaixo realiza?............................................................................ 38 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABP Aprendizagem Baseada em Problemas et al Abreviatura do termo latino et alii, que significa “e outros” PBL Project Based Learning pH Potencial hidrogênio iônico SEAB Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento LISTA DE SÍMBOLOS H2O Água (aq) Aquoso NaCl Cloreto de Sódio (sal de cozinha) & Conjunção et no latim, que significa “e” em português CO2 Dióxido de Carbono (gás carbônico) e – Elétron Cl2 Gás Cloro H2 Gás Hidrogênio (g) Gasoso g Grama OH – Hidroxila H+ Íon Hidrogênio (próton) Cl – Íon Cloro (cloreto) Na+ Íon Sódio mL Mililitro L Litro (s) Sólido SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 13 2 OBJETIVOS................................................................................................ 15 2.1 Objetivo Geral............................................................................................. 15 2.2 Objetivos Específicos.................................................................................. 15 3 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................... 16 3.1 Ensino da química...................................................................................... 16 3.2 Aula prática como mecanismo de melhoria do ensino da química no ensino médio............................................................................................... 18 3.3 Repolho (produção, importância comercial e consumo)........................ 19 3.4 Pigmentos vegetais e a química................................................................. 20 3.5 Antocianinas e sua sensibilidade a variação de pH................................. 21 3.6 O que significa pH e a sua importância................................................... 23 3.7 Eletrólise aquosa........................................................................................ 24 4 METODOLOGIA...................................................................................... 27 4.1 Elaboração de indicador ácido-básico..................................................... 27 4.2 Verificação do efeito indicador.................................................................. 28 4.3 Preparo do experimento da aula prática................................................. 29 4.4 Apresentação da aula virtual.................................................................... 29 4.5 Avaliação e diagnóstico do processo de ensino-aprendizagem com uso do formulário no google forms.................................................................. 30 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 31 5.1 Indicador ácido-básico............................................................................... 31 5.2 Aplicação da aula prática via google meet............................................... 31 5.3 Dados obtidos pela avaliação dos alunos após execução da aula prática.......................................................................................................... 33 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 39 REFERÊNCIAS......................................................................................... 40 APÊNDICE A............................................................................................. 44 APÊNDICE B............................................................................................. 45 13 1 INTRODUÇÃO O ensino de disciplinas ligadas as ciências da natureza no Brasil apresentam grandes distanciamentos, devido a diversos fatores, esses motivos podem ser variados. O Brasil apresenta dados em exames internacionais que preocupam, diante disso pode ser um agravante para o ensino da química, disciplina ligada diretamente ao meio ambiente. Como remediador dessa dificuldade, na disciplina de química, pode-se implementar atividades práticas, como aulas em laboratórios e em campo, buscando transformar o teórico em prático (WARTHA; SILVA; BEJARANO, 2013). O uso de aulaspráticas permeia um campo muito importante que é o da pesquisa científica, dessa forma os alunos entendem como os mais diferentes mecanismos de ensino podem influenciar na sociedade, no ambiente e na sua própria realidade. Exemplo prático, pode ser percebido, através das cores e como elas estão intimamente ligadas aos compostos químicos. Flores coloridas, a cor das folhagens, a mudança de cor dos vegetais, com as diferentes estações do ano. Tudo isso pode ser explicado pelos diferentes compostos presentes nesses seres vivos (ROCHA; REED, 2014). Os pigmentos vegetais estão intimamente ligados a isso, quando se observa as flores de diferentes cores como amarelas, vermelhas, azuis e outras infinitas combinações. Esses compostos que formam essas cores são diversos, como exemplo tem-se a clorofila e as antocianinas (facilmente influenciável pela mudança de pH). Esses produtos naturais podem e devem ser objetos de estudo, uma vez que permitem conhecer de forma prática a química. Ao usar-se pigmentos vegetais, podemos identificar os mais diversos pH, pela simples mudança de coloração (DA SILVA; SIMPLÍCIO; DE LIMA BORGES, 2008). Uma solução elaborada com partes de alguns vegetais, podem indicar as diversas características de diferentes produtos, como a basicidade da clara do ovo e da água sanitária. Bem como a acidez de frutas e a presença de acidez indesejada no leite. Com a busca de diferentes didáticas para o ensino da química, mas não somente o ensino, como a aprendizagem efetiva. Torna-se fundamental criar laços entre o meio que os estudantes vivem e a química. Nessa temática, pode-se criar plataformas para o ensino, com práticas diversificadas, inserindo o estudante no ambiente de pesquisa (CUCHINSKI; CAETANO; DRAGUNSKI, 2010). Nessa perspectiva, considera-se promissores os dados obtidos com essa proposta, pois atribuem técnicas simples, com suporte da tecnologia, amplificando o ensino da química. Vale ressaltar, medidas de aprimoramento do processo ensino aprendizagem, evolvendo procedimentos químicos na prática, podem ser elaborados com ferramentas domésticas e com 14 baixo custo, possibilitando a descoberta de novos saberes. Com isso, inserindo aplicações diretas, essas disciplinas de maiores dificuldades de aprendizado, tornam-se mais próximas dos estudantes. 15 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Produzir o indicador ácido-básico de repolho roxo, permitindo a observação do efeito de indicador do processo de eletrólise aquosa do Cloreto de Sódio em aula prática remota. 2.2 Objetivos Específicos • Elaborar um indicador de pH como ferramenta de ensino; • Observar a capacidade de indicador de pH do extrato elaborado; • Utilizar o extrato elaborado como indicador no processo de eletrólise aquosa do cloreto de sódio; • Analisar a aceitação da aula prática remota ministrada. 16 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Ensino da química As metodologias ativas entram em contra a ponto da metodologia tradicional de transmissão de conhecimento, permitindo a ação do discente na formação da aprendizagem, destacando-se: estudo de caso; instrução pelos pares; método de projetos; aprendizagem baseada em problemas (PBL); brainstorming; e a sala de aula invertida. Com essas ações que agem de maneira focada na articulação de saberes interdisciplinares, utilizam-se do arcabouço teórico de duas ou mais disciplinas em sistemas de conhecimentos específicos que visam o avanço no entendimento fundamental para a resolução de problemas que vão além do escopo de soluções de uma única disciplina (FERRÃO; PEREIRA; CORREA, 2020). O uso de metodologias conservadoras, separou-se o corpo da mente, a razão do sentimento, a ciência da ética, compartimentalizando-se, consequentemente, o conhecimento em campos altamente especializados, em busca da eficiência técnica. Nesse sentido, o processo ensino-aprendizagem, igualmente contaminado, tem se restringido, muitas vezes, à reprodução do conhecimento, no qual o docente assume um papel de transmissor de conteúdo, ao passo que, ao discente, cabe a retenção e repetição dos mesmos - em uma atitude passiva e receptiva (ou reprodutora) - tornando-se mero expectador, sem a necessária crítica e reflexão. Ao contrário, a passagem da consciência ingênua para a consciência crítica requer a curiosidade criativa, indagadora e sempre insatisfeita de um sujeito ativo, que reconhece a realidade como mutável (MILTRE et al., 2008). Com o intuito de tornar o estudo da Química mais prazerosa e assim fazer com que discentes se interessem mais pela disciplina é preciso modificar os métodos de ensino, com isso as metodologias ativas, buscam a todo ofertar ao aluno, mais dinamismo. Modificar a didática do professor é uma opção, contudo essa diferenciação na metodologia na sala de aula proporciona a inovação na prática de ensino-aprendizagem. A busca de novas formas de despertar o interesse sobre a componente programática Química, além de demonstrar a relevância em conteúdos presente nos conteúdos curriculares das escolas, permitindo uma motivação maior e participação dos alunos (SILVA; SALES; SILVA, 2017). Diante de tudo que foi exposto, fazer mudanças na didática do professor é fundamental. Sendo que didática Geral é uma ciência teórica - prática que pesquisa, experimenta e formar novos comportamentos para serem adotados no processo ensino aprendizagem, permite uma maior eficiência e eficácia das aulas, a mesma é usada de maneira 17 cotidiana no dia-a-dia do professor, portanto o professor deve se aperfeiçoar e atualizar seu conhecimento sobre novas técnicas que possam ser utilizadas em sala de aula. Observa-se no ensino de química que as práticas dos professores ainda estão fundamentadas nas formas de ensinar de seus professores e nas ciências exatas, o professor tem que mostrar ao aluno como isso tudo pode ser interessante aprender (SILVA et al., 2018). Na tabela 2, observa-se os principais princípios do uso das metodologias ativas, no uso do ensino. Tabela 2 – Resumo sobre as principais técnicas na aplicação de metodologias ativas Ferramenta Resumo Fonte Método de projetos A aprendizagem por projetos em uma construção que depende dos conhecimentos e competências previamente adquiridos, a partir dos quais os estudantes irão desenvolvendo o seu projeto e, simultaneamente, o conhecimento associado. A partir dos erros que vão corrigindo, dos problemas e obstáculos que ultrapassam, vão surgindo novas interações conceptuais. De Sousa, Monteiro e Bica (2019). Aprendizagem baseada em problemas (PBL). O ensino baseado na metodologia construtivista que o aluno busca o conhecimento e o professor o autodirige com auxílio de um problema é conhecido como aprendizagem baseada em problemas (ABP). A ABP caracteriza-se pelo ensino centrado no aluno, que assume a responsabilidade pelo seu processo de aprendizagem, sendo independente, estimulado e recompensado com base no problema a ser trabalhado em grupos tutorias. Gonçalves, Gonçalves e Gonçalves (2020). Brainstorming O Brainstorming é uma técnica utilizada em diferentes áreas do conhecimento, tais como educação, administração, marketing, saúde e etc. Isso ocorre devido a sua simplicidade de execução e a não utilização de recursos complexos. Além de não possuir regras rígidas. A ideia é resolver problemas. Silva et al. (2020). 18 Sala de aula invertida A sala de aula invertida é caracterizada, como uma forma de e-learning, em que os conteúdos e as instruções são estudados de maneira on-line antes da aula presencial, onde se realizam atividades práticas como resolução de problemas e projetos,discussão em grupo, dentre outros. Pavanelo e Lima (2017). Fonte: elaborado pelo autor. 3.2 Aula prática como mecanismo de melhoria do ensino da química no ensino médio Com situações críticas de acordo com Brasil e Guadagnini (2017), ao fazer referência ao ensino da química, observa-se a dependência de materiais impressos e uso de textos pelos professores. Sendo, a decoração de regras e características em que o ensino é voltado para o professor. A ação passiva do estudante constrói um ensino pautando em um aprendizado limitado, impossibilitando a expansão e aplicação. Como resultado temos alunos, sem interesse em aprender química e também sem capacidade de ver a química ao seu redor. É perceptível a deficiência entre o conhecimento químico adquirido no ambiente escolar e a sua aplicação no cotidiano do conhecimento. Com objetivo de vencer essas dificuldades, o professor pode se utilizar de instrumentos de interesse dos estudantes, como a demonstração de experimentos (ROSADO; FECHER; FOLMER, 2018). A literatura aponta diversas formas de realizar de atividades de teor prático, mesmo em casos que falta estrutura na escola. Por exemplo, podem-se construir materiais didáticos para a realização da aula, utilização de vídeos e filmes didáticos, promover oficinas, seminários, debates e discussões proporcionando uma reflexão crítica dos alunos acerca de determinado assunto. Dessa maneira, tornar algo prático permite inserir os alunos em um mundo de descobertas, e construção de novos saberes, com isso a aula de laboratório permite esse tipo de ação (SILVA, 2019). Contudo, o ensino da Química, tem apresentado abordagem condizente com as propostas tradicionais de ensino. Nesse contexto, o resgate da natureza experimental da Química e o seu diálogo com a realidade podem ser veículos de mudança. Mas é preciso ressaltar que a utilização de experimentos nas aulas de Química, por si só, não tem impactos positivos em relação à aprendizagem. As aulas experimentais podem ser um alicerce, que aliadas a práticas avaliativas mediadoras e reguladoras auxiliam, significativamente, no processo de aprendizagem dos estudantes (ANDRADE; VIANA, 2017). 19 No ensino de Química, consideramos que as aulas práticas em laboratórios são de fundamental importância para uma aprendizagem significativa. Para assim tentar relacionar o conhecimento teórico com o prático. Assim, para compreender a prática pedagógica dos professores investigados, este item é revelador. Aulas práticas em laboratórios que hoje se tornou um modismo. Isto porque muitas vezes, os alunos vão ao laboratório simplesmente fazer experiências, desconexas até mesmo com o que está sendo estudado na disciplina. Pois, muitos são os professores desinteressados pela real aprendizagem dos seus alunos, que ficam apenas no “faz de conta” de ensinar (SCHNETZLER; ARAGÃO, 1995). As atividades práticas são uma forma de trabalho do professor, e querer utilizá-las, ou não, é uma decisão pedagógica que não depende apenas da boa vontade do docente, seu preparo ou condições dadas pela escola. Os professores, ao decidirem como desenvolver suas aulas, realizam julgamentos pessoais sobre como devem agir, avaliando crenças, valores e conhecimentos adquiridos na formação e no exercício profissional. Se o professor valoriza as atividades práticas e acredita que elas são determinantes para a aprendizagem de Ciências, possivelmente buscará meios de desenvolvê-las na escola e de superar eventuais obstáculos. Neste contexto, as atividades práticas permitem aprendizagens que a aula teórica, apenas, não proporciona, sendo compromisso do professor, e também da escola, dar esta oportunidade para a formação do aluno. Nem sempre os professores tomam estas decisões de forma consciente, podendo ser levados a repetir a forma de ensino que vivenciaram quando alunos ou desenvolvida por outros professores (SANTOS; NAGASHIMA, 2017). 3.3 Repolho (produção, importância comercial e consumo) As hortaliças folhosas são espécies hortícolas quem vem ganhando destaque por ser importante opção nas refeições. Estas hortaliças se enquadram como as mais consumidas no mundo apresentando grande diversidade de cor, textura, sabor, forma de preparo e uso; dentre as quais se destacam as culturas da alface, do repolho e da salsa. Para suprir a demanda do mercado consumidor em quantidade, qualidade e regularidade de hortaliças, torna-se necessário o uso de sistemas de cultivo com alta produtividade (NASCIMENTO et al., 2017). A população observa que cada vez mais, o consumo de alimentos que possuem determinadas substâncias pode trazer benefícios para à saúde. Nesse sentido, observa-se vários efeitos positivos na ingestão de certos alimentos possuidores de corantes naturais a exemplo, tem-se o repolho roxo. A planta de repolho é herbácea, formada por inúmeras folhas arredondadas e cerosas que se imbicam, dando origem a uma cabeça compacta, que constitui a 20 parte comestível da planta. O repolho é classificado segundo a forma (achatada e pontuda) e a cor da cabeça (verde ou branca e roxa) (SANTOS et al., 2013). O repolho (Brassica oleracea var. capitata) é planta herbácea, bienal e muito consumido no Brasil, ela apresenta grande presença na dieta alimentar das famílias. É uma das hortaliças que se constitui em alimento de excelente qualidade, apresentando teores apreciáveis de β-caroteno, cálcio e de vitamina C. A cultura do repolho, como qualquer outra hortaliça, apresenta caráter social devido ao número de empregos gerados em consequência da exigência de mão-de-obra desde a semeadura até a comercialização (SILVA et al., 2012). O repolho no Brasil, há diversas variedades existentes pelo tipo de cabeça: arredondado achatado, apenas arredondado, cônico e globoso, tudo isso é encontrado nas cores verdes e roxas. Com base na sua produção e comercialização desta hortaliça, São Paulo é o maior produtor de repolho do País. Segundo levantamento realizado pela SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o Estado chega a produzir, em média, 322,7 mil toneladas da hortaliça, o que corresponde por cerca de 22% de toda a safra nacional. Em 2016, por exemplo, de acordo com o balanço realizado pela Companhia o item ocupava a segunda posição com mais de 54 mil t. No ano passado, entretanto, foram movimentadas cerca de 46 mil toneladas (COSTA, 2020). 3.4 Pigmentos vegetais e a química Os seres humanos, utilizam da sua visão para detectar fatores sensoriais como a cor para sentirem-se atraídas ou inibidas com relação ao consumo de alimentos, já que não podem degustar os produtos no processo de compra. A pigmentação dos alimentos é determinada pela presença de substâncias que além de colorir, trazem efeitos benéficos à saúde humana atuando na proteção do organismo e na prevenção de doenças, essas substâncias, atuam como corantes e podem ser empregados em diferentes situações (ROCHA; REED, 2014). Seguindo essa linha de estudo, percebemos que o corante é uma tinta, pigmento, ou outra substância feita por um processo de síntese, ou extraído, isolado, ou derivado de outro modo, com ou sem mudança intermediária ou final de identidade, de um vegetal, animal, mineral. As cores predominantes das plantas resultam de classes de pigmentos do tipo clorofila, carotenóide e flavonóide, enquanto a contribuição de outros pigmentos oriundos das betalaínas, melaninas, dos muitos flavonóides e outros são considerados insignificantes. As plantas são os maiores produtores destes pigmentos, encontrados nas folhas, frutos, vegetais, flores, assim como em animais, bactérias e fungos (SCHIOZER; BARATA, 2007). 21 De acordo com Schiozer e Barata, 2007), os pigmentos vegetais, também denominados corantes, podem ser classificados de acordo com a tabela 1. Tabela 1 – Grupos de pigmentos naturais presentes em vegetaisGrupo Nome alternativo Classes de pigmentos Exemplos Tetrapirróis Porfirina Clorofilas, hemes, biliproteínas Clorofila a Clorofila b Tetraterpenos Caratenóides Carotenos, xantofilas Luteína β-caroteno β-criptoxantina O-gheterocíclicos Flavonóides Antocianinas, flavonóis e flavonas Cianidina Pelargonidina Delfinidina Quinonas Fenólicos Naftaquinonas, antraquinonas, alo- melaninas e taninos Naftaquinona N-heterocíclicos Indigóides e pirimidnas Betalaínas, índigóides, purinas, flavinas Betacianina Índigo Adenina Pterina Riboflavina Fonte: Schiozer e Barata, (2007). 3.5 Antocianinas e sua sensibilidade a variação de pH As antocianinas são definidas por como derivados de sais flavílicos, possuem solubilidade em água, sendo as responsáveis pelas cores atrativas de flores, frutos, folhas, sucos de frutas e até mesmo do vinho. Na natureza, encontram-se associadas a moléculas de açúcares; quando livres destes açúcares são denominadas antocianidinas (agliconas) (OKUMURA; SOARES; CAVALHEIRO, 2002). As antocianinas, que são flavonóides presentes em bebidas como vinhos e frutas vermelhas, têm sido usadas na coloração de alguns produtos. Devido sua variação de cor com o pH, a preferência do seu uso se restringe a produtos ácidos, permitindo uma ação antioxidante bastante destacada. Tanto as antocianinas como alguns outros polifenóis, têm sido procurados para utilização em alimentos e bebidas devido à comprovada atividade antioxidante. As antocianinas são solúveis em solventes polares, e são geralmente extraídas das plantas utilizando-se metanol acidificado com ácido clorídrico ou ácido fórmico (SCHIOZER; BARATA, 2007). Atualmente, sabe-se que os pigmentos da classe dos flavonóides promovem a produção das cores azul, violeta, vermelho e rosa em diversos vegetais. Depois da clorofila, o 22 grupo mais importante de pigmentos de origem vegetal são os das antocianinas, que compõem o maior grupo de pigmentos solúveis em meio aquoso do reino vegetal. As mais diversas cores que são exibidas pelos vegetais dependem da influência de diversos fatores, como a presença de outros pigmentos, de quelatos com cátions metálicos e o pH do fluído da célula vegetal (ZAHREDDINE, 2018). A cor dos pigmentos vegetais está associada à sua estrutura química, e a sua coloração em meio ácido ou básico dependerá justamente das modificações ocorridas na molécula do pigmento, quando é submetido a diferentes valores de pH (SANTOS et al., 2019). Com isso, esses compostos químicos apresentam uma sensibilidade bem acentuada a variação de pH, apresentam uma grande variedade de cores na escala de pH de 1 a 14, no entanto, são mais estáveis em meio ácido que em soluções alcalinas. A natureza iônica das antocianinas favorece a mudança na estrutura da molécula de acordo com o pH, resultando em cores diferentes para diferentes valores de pH (VILELA; DA ROCHA; MUELLER, 2020). Na figura 1, observa-se a influência do equilíbrio das antocianinas, sendo facilmente alterado pela presença de diferentes valores de pH. Figura 1 – Equilíbrio das antocianinas em função de diferentes valores de pH Fonte: Freitas (2019). De acordo com Freitas (2019), as cores vermelha e azul das antocianinas só são predominantes em condições de pH muito ácido (<3) e neutro/alcalino (>7), respetivamente. No entanto, os valores de pH a nível celular ou nos alimentos mais comuns situam-se na gama de valores de 3,5 a 7,0, pouco propícios à estabilidade das formas coradas (flavílio e quinoidais). Fundamentando a presença de bases em soluções que modifiquem o pH. 23 3.6 O que significa pH e a sua importância A escala de pH é um recurso didático, importante nas disciplinas de química. O potencial hidrogeniônico (pH), é um índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer, essa escala do pH pode variar de zero até 14. Tendo em vista os custos elevados dos corantes artificiais e as dificuldades de sua aquisição comercial. Os indicadores de indicadores de pH são substâncias orgânicas fracamente ácidas (indicadores ácidos) ou fracamente básicas (indicadores básicos) que mudam de cor em função do pH do meio onde estão (SILVA; RIBEIRO, 2017). Entender o que é pH, e a escala que é utilizada e como sua variação pode afetar ao homem, nos ajuda a compreender algumas transformações do meio ambiente. É importante essa escala e como, algo importante de se destacar é como o pH do sangue afeta algumas atividades do organismo ou como a variação de pH em rios e mares pode afetar a cadeia ecológica de determinados ecossistemas (RODRIGUES; NASCIMENTO, 2020). Esse fator é muito importante e pequenas variações podem alterar diversos sistemas. Como por exemplo a diminuição do pH dos oceanos, devido ao aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2), sendo absorvido pelos oceanos. Dessa maneira é uma ameaça ao equilíbrio químico, fazendo com que corrais desapareçam. O solo é outro sistema que pode ser altamente alterado. No nosso corpo, pode influenciar na acidez do sangue, criando situações que podem causar patologias, além de ser indicador de vários processos como o processo de hidrólise (BOAVIDA, 2016). Na figura 2, observa-se alguns fenômenos de alteração do pH no organismo de seres humanos. Figura 2 – Acidose a alcalose em organismo vivo Fonte: Boavida (2016). 24 Com essas informações, pode-se perceber que esse conceito está diretamente no nosso ambiente e ao dia a dia, na figura 3 está representado alguns pH. Figura 3 – Diferentes situações de pH Fonte: (ENTENDA, 2019). 3.7 Eletrólise aquosa Eletrólise é um processo eletroquímico no qual a energia elétrica é a força motriz de reações químicas. As substâncias são decompostas, por passagem de uma corrente através delas. Uma célula eletrolítica é composta por um eletrodo anódico (potencial positivo) e um eletrodo catódico (potencial negativo), estando estes presentes em um meio eletrolítico. Se torna necessário a utilização de uma fonte externa que irá fornecer a energia necessária para o funcionamento da célula eletrolítica, produzindo reações de redução e oxidação nos eletrodos. Os elétrons cedidos através da fonte externa passam pelo anodo, que através das reações ocorre a oxidação (perda de elétrons), depois esses elétrons percorrem para o cátodo, através ou de uma ponte salina ou uma membrana, onde ocorrerá a redução (ganho de elétrons) (ROCHA et al., 2016). Abaixo, nota-se na figura 4 o esquema do processo de eletrólise da água, percebe- se a migração dos íons para cátodo (íons positivos) e para o ânodo (íons negativos). 25 Figura 4 – Esquema do processo de eletrólise da água Fonte: Knob (2013). Ao se aplicar uma corrente elétrica em uma solução iônica, fornece energia para que reações anteriormente não espontâneas, possam ocorrer, de oxidação e redução, desses íons presentes. Dessa maneira cada polo deverá apresentar uma semirreação, da espécie iônica com maior potencial de oxidação/redução. Em um processo eletrolítico regular, o par de semirreações se combina em uma reação global, que tem por resultado a formação de uma solução final que é homogênea em suas características físicas, visto que há a livre recombinação e interação dos agentes produzidos no cátodo e no ânodo. Diante disso que acaba por tornar o meio resultante não homogêneo em suas características físicas, entre elas o pH, esse último importante na observação de características pertinentes (PIRES; NÉVOA, 2020). A eletrólise aquosa, de acordo Rocha et al. (2016) é empregada na obtenção de gás cloro e gás hidrogênio para diversos fins, nesse processo ocorre a mudança do pH do meio, devido a formação de um produto muito importante comercialmente o hidróxido de sódio.Segue abaixo a sequência de reações nesse processo: Dissociação do NaCl, ou seja, o mesmo formará íons: 2𝑁𝑎𝐶𝑙 → 2𝑁𝑎+ + 𝐶𝑙− Reação no ânodo, ocorre a autoionização da água: 2𝐻2𝑂 → 2𝐻 + + 𝑂𝐻− 26 Oxidação, ocorrendo a perda de elétrodos no ânodo: 2𝐶𝑙− → 𝐶𝑙2 + 2𝑒 − Redução, realizando o ganho de elétrons no cátodo: 2𝐻+ + 2𝑒− → 𝐻2 Com isso a equação global de uma eletrólise aquosa do cloreto de sódio é representada abaixo: 2𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑠) + 2𝐻2𝑂𝑙 → 2 𝑁𝑎(𝑎𝑞) + + 𝐶𝑙2 + 2𝑂𝐻(𝑎𝑞) − + 𝐻2 (𝑔) 27 4 METODOLOGIA Todas os procedimentos e operações desenvolvidas, enquadra-se em uma pesquisa exploratória, com ênfase em estudo de caso. A execução da etapa prática da pesquisa ocorreu na Escola Estadual de Educação Profissional Alan Pinho Tabosa, no munícipio de Pentecoste – CE de maneira remota, com uso do aplicativo Google meet. As aulas utilizadas durante o decorrer da pesquisa foram as da disciplina de química, nas turmas de 2° ano do ensino médio dos cursos técnicos em Agroindústria, Aquicultura, Informática e a turma do Acadêmico, totalizando 80 estudantes presentes na aula. Na parte experimental, foram utilizados apenas utensílios domésticos e de fácil acesso. 4.1 Elaboração de indicador ácido-básico A produção do indicador, procedeu-se conforme Silva et al. (2020), foi realizada pelo cozimento das folhas do repolho roxo, a segue na tabela 3 os materiais utilizados nesse processo. Tabela 3 – Materiais para produção de indicador ácido- básico produzido com extrato aquoso de repolho roxo Material / Ingrediente Quantidade Balança 1 Recipiente para aquecimento 1 Filtro 1 Papel de filtro 1 Faca 1 Tábua 1 Repolho roxo 914 g Água desmineralizada 1 L Fonte: elaborado pelo autor. Na elaboração do indicador, seguiu-se o fluxograma da figura 5 com todas as etapas. 28 Figura 5 – Fluxograma de produção do indicador ácido-básico Fonte: Elaborado pelo autor. Em uma balança de pesagem de precisão, pesou-se 1 unidade de repolho roxo. Após esse procedimento, com auxílio de uma faca, fatiou-se finamente o repolho roxo. Em sequência, colocou-se esse material em uma panela de aço inox e adicionou-se 1L de água desmineralizada. Levou-se para aquecimento em fogão doméstico, após aparecimento característico de fervura, cronometrou-se 5 minutos, a fim de extrair o pigmento encontrado no vegetal. Filtrou-se o material, com auxílio de filtro e papel de filtro (utilizado no preparo de café), impedindo-se a passagem de material estranho. O extrato aquoso foi armazenado sobre refrigeração em garrafa PET, previamente higienizada com álcool 70%. 4.2 Verificação do efeito indicador Para verificação do efeito indicador em diferentes meios de pH, fez-se necessário à sua testagem. Para indicação de meio ácido, adicionou-se 50 ml de suco de limão e adição de algumas gostas do indicador elaborado. O meio neutro foi testado pela aplicação de algumas gotas do indicador em 50 ml de água desmineralizada. No processo de testagem para o pH Pesagem Corte Mistura Aquecimento Filtragem Armazenamento 29 alcalino, diluiu-se a clara de um ovo em água desmineralizada o suficiente para se obter 50 ml dessa solução. 4.3 Preparo do experimento da aula prática A montagem, procedeu-se com adaptação do experimento proposto por Morgavi e Robaina (2019), ocorreu pelo preparo do sistema de eletrólise. Utilizou-se, 2 pilhas da marca Panassonic do tipo A, 70 cm de fios de cobre (eletrodos), 2 garras metálica, sal de cozinha (NaCl) e extrato aquoso de repolho roxo (indicador ácido-básico). Conforme representado na figura 6. Figura 6 – Sistema desenvolvido para aplicação de eletrólise aquosa Fonte: elaborado pelo autor. Elaborou-se roteiro para execução da aula prática, a fim de se ter um acompanhamento, por parte dos alunos, esse material encontra-se no apêndice A. 4.4 Apresentação da aula virtual A aula prática ocorreu via google meet, foi necessário explicar cada etapa do sistema que iria ser utilizado e também as possíveis mudanças ocorridas no sistema. Iniciou-se pela exposição do esquema de uma eletrólise aquosa, demonstrando-se a cubra eletrolítica, os 30 eletrodos e o extrato aquoso de repolho roxo (indicador), para indicar a possível mudança de pH do meio. Após esse momento, elaborou-se a solução salina com sal de cozinha (NaCl), utilizando-se 200 mL de água desmineralizada e 20g de sal de cozinha. Adicionou-se o extrato aquoso de repolho roxo, 10 gotas na solução e aplicou-se a corrente até a mudança de coloração do meio. 4.5 Avaliação e diagnóstico do processo de ensino-aprendizagem com uso de formulário no google forms Aplicou-se questionário via google forms de acordo com a figura 7, para verificar a situação das turmas em relação às aulas práticas da escola, a estrutura do laboratório, além de avaliar e autoavaliar todos os envolvidos no decorrer desse processo. O questionário, encontram-se no Apêndice A. Figura 7 – Questionário aplicado aos estudantes após execução da aula prática Fonte: elaborado pelo autor. 31 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 Indicador ácido-básico Após elaboração do indicador ácido-básico, o mesmo foi testado em diferentes pH e os resultados obtidos são apresentados na Figura 8. Figura 8 – Testagem do indicador natural elaborado A – pH ácido B – pH neutro C – pH básico pH ácido – Suco de limão; pH neutro – água desmineralizada; pH básico – clara de ovo. Fonte: elaborado pelo autor. Com o resultado foi perceptível que o indicador é perfeitamente capaz de indicar as seguintes faixas de pH, ácido, neutro e básico. Em estudo realizado por Sausen, Bergmann, e Uhmann (2014), os resultados obtidos corroboram com o teste realizado, encontrando-se tonalidade de coloração visualmente iguais. 5.2 Aplicação da aula prática via google meet Com o experimento desenvolvido, o mesmo foi aplicado via google meet, durante a aula de química. Segue abaixo na figura 9 alguns momentos da execução da aula. 32 Figura 9 – Execução da prática durante aula de química Fonte: elaborado pelo autor. Durante a aula, teve-se pico de participação de 80 estudantes, todos estudantes do 2° ano do ensino médio. Essa configuração, apresentou importante impacto no desenvolvimento do estudo. Com isso, tem-se a observação de diferentes perspectivas, com diferentes situações de acesso. Segue a seguir na figura 10, a formação de gás H2 presente no catodo, durante a execução da aula prática. Figura 10 – Produção de H2 no cátodo durante o processo de eletrólise aquosa de sal de cozinha (NaCl) Fonte: elaborado pelo autor. 33 Durante o processo de eletrólise aquosa, percebeu-se a presença de gás, como fundamentado, trata-se do gás hidrogênio. A presença de bolhas, justamente no cátodo do sistema consolida, a execução correta do ensaio. Na figura 11, encontra-se solução salina com indicador de repolho, após alguns minutos, aplicando-se a corrente elétrica. Figura 11 – Solução salina com indicador natural de repolho roxo, após eletrólise Fonte: elaborado pelo autor. Nessa proposta, observa-se a mudança de coloração do meio, indicando a variação do pH da solução, resultado diretamente da formação de íons OH-, permitindo-sea visualização do fenômeno trabalhado na teoria, o processo de hidrólise aquosa de sais. Em estudo realizado por Rocha et al. (2016), verificou-se que a utilização da descarga alterou o pH da solução, tanto no compartimento anódico como catódico. As soluções anódicas (H2O + NaCl) sofreram uma queda de pH (acidificação) na medida que o tempo de eletrólise aumentava. Já as soluções catódicas foram se tornando mais básica a partir de 3 minutos de experimento. Considerando- se o experimento em questão, não foi necessário a separação das partes anódicas e catódicas. 5.3 – Dados obtidos pela avaliação dos alunos após execução da aula prática Seguem nos gráficos 1, 2, 3 e 4, os dados referentes a caracterização das turmas, além das informações referentes, ao ensino realizado com aulas práticas e as condições do laboratório da escola, caso existente. 34 Gráfico 1 – Qual a sua turma? Fonte: elaborado pelo autor. No gráfico 1, observa-se a distribuição dos alunos presentes na aula. Vale destacar a presença dos alunos foram marcadas pela participação, tirando dúvidas, além de demonstrar interesse pela aula. Diante disso, nota-se a o efeito construtor desse mecanismo no processo ensino-aprendizagem. Gráfico 2 – Você já realizou alguma aula prática na sua escola atual? Fonte: elaborado pelo autor Com os resultados obtidos com essa pergunta, fica mais fácil efeito comparativo, Acadêmico 29% Agroindústria 31% Aquicultura 9% Química 0% Informática 31% Acadêmico Agroindústria Aquicultura Química Informática 98,8% 1,2% Sim Não 35 promovendo aprofundamento no aproveitamento da aula prática a distância. Quando questionado aos alunos se na escola existe laboratório de química, todos (100%) responderam que existe. Gráfico 3 – Você utilizou o laboratório de química da sua escola, para alguma atividade voltada a prática? Fonte: elaborado pelo autor. Com esse questionamento, nota-se que os alunos estão familiarizados com a proposta, diante disso a prática se torna uma ferramenta com maior funcionalidade. Gráfico 4 – Você acha importante que ocorra aulas práticas na disciplina de química? Fonte: elaborado pelo autor. 97% 3% Sim Não 96% 4% Sim Não Talvez 36 No gráfico 5, encontra-se os resultados que indicam se os alunos acham pertinente o uso de aulas práticas via google meet (aulas online). Gráfico 5 – O que você acha da aplicação de uma aula prática via internet (google meet)? Fonte: Elaborado pelo autor. Pelas informações obtidas, durante aplicação do questionário, nota-se uma afirmativa bastante concordante com a proposta, indicando uma possível aceitação. Cabe avaliar outros pontos, como assimilação do conteúdo e posterior índice de rendimento acadêmico. No gráfico 6, observa-se os resultados obtidos levando em consideração, a relação entre aula prática e conhecimentos gerados. Gráfico 6 – A aula prática realizada gerou algum nível de conhecimento sobre o assunto? Fonte: elaborado pelo autor. 1,3% 98,8% Não tem importância É importante 84% 1% 15% Sim Não Talvez 37 Como é notado, 84% dos estudantes participantes da aula informaram que no decorrer do experimento, foi possível gerar conhecimento sobre a temática. Nessa perspectiva, entende-se a importância dessa aplicação no cenário atual da educação brasileira. No gráfico 7, mostra-se o resultado gerado pela aceitação dos alunos diante a prática ministrada. Gráfico 7 – Marque a opção que melhor descreve o que você sentiu ao final dessa aula Valores adota: 1 - Desgostei extremamente da aula e do modelo de aula; 2 - Desgostei moderadamente da aula e do modelo de aula; 3 - Desgostei levemente da aula e do modelo de aula; 4 - Nem gostei e nem desgostei da aula e do modelo de aula; 5 - Gostei levemente da aula e do modelo de aula; 6 - Gostei moderadamente da aula e do modelo de aula; 7 - Gostei extremamente da aula e do modelo de aula. Fonte: elaborado pelo autor. A utilização da escala, permitiu observar possíveis efeitos negativos e positivos. Como dado inicial 100% das notas recebidas, enquadram-se em uma escala de aceitação, pode- se notar o efeito relevante dessa proposta de ensino. Sendo que 51,2% dos alunos avaliaram como nota 7 (Gostei extremamente da aula e do modelo de aula), 43,8% atribuíram nota 6 (Gostei moderadamente da aula e do modelo de aula), 3,8% atribuíram nota 5 (Gostei levemente da aula e do modelo de aula) e 1,3% avaliaram com nota 4 (Nem gostei e nem desgostei da aula e do modelo de aula). A média geral gerada para aula foi de 6,45. Considerando-se a escala utilizada, essa nota representa, valores entre 6 (gostei moderadamente da aula e do modelo de aula) e 7 (Gostei extremamente da aula e do modelo de aula). O gráfico 8, apresenta as respostas dos alunos ao serem questionados com relação ao esquema de uma eletrólise, disponibilizado no formulário de avaliação presente no apêndice A. 0 10 20 30 40 50 60 1 2 3 4 5 6 7 % d e re sp o st as Valores de avaliação 38 Gráfico 8 – Com base no que você observou da aula, o que você acha que o sistema abaixo realiza? Fonte: elaborado pelo autor. Como é possível perceber, todos os itens tiveram alguma porcentagem de resposta, mas vale destacar, o alto índice de acerto, atingido por 70% dos alunos. Com isso, atribui-se efeito construtor de conhecimento para a execução da aula prática. 4% 70% 7% 18% 1% Uma pilha Uma eletrólise Uma quebra de elementosquímicos A formação de substância que nãoalteram o pH A presença de metais na água 39 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o cenário pandêmico instaurado em todo o país, utilizar-se de recursos tecnológicos para manutenção do ensino, tornou-se a necessidade inicial para as escolas. Portanto, disciplinas que já carregam um peso relevante de serem de difícil assimilação, reforçou diferentes problemas já existentes. Com tudo isso, ferramentas que conectem o professor com o aluno via internet, trouxe mecanismos de escape. Na disciplina de química, temos problemas ainda maiores, pela falta de conexão com laboratório, responsável por tornar o ensino mais dinâmico. Diante os pontos mencionados, o trabalho realizado reforçou a simbiose entre o uso de tecnologia e a sua relação com o ensino de química, permitindo a transmissão de uma aula prática. Dessa forma, os professores de química de todo o país podem aplicar a mesma sequência metodológica, com o aproveitamento de materiais domésticos e vegetais (repolho roxo) de fácil acesso. Com isso, permitiu-se a inserção dos alunos dos mais variados locais, a entenderem o processo de eletrólise aquosa de sais, dentro da própria residência. Nessa perspectiva, com os dados coletados, infere-se que é possível aplicação de aula prática, diminuindo custos com reagentes e materiais de laboratório, para o caso do experimento. Construindo um novo olhar do estudante, para com o conteúdo exposto pelo professor. Portanto, os fatos mencionados e discutidos direcionam para ângulo diferente do ensino da química, em tempos de pandemia. Vislumbrar que um estudo detalhando caberá, para aprofundar, além de reforçar o que foi constatado com o objeto de pesquisa. Como sugestão em posteriores trabalhos, faz-se necessário a elaboração de um plano para divulgação nacional de aulas práticas, dedicadas na aplicação e divulgação pelo uso de recursos tecnológicos, condizentes com os dados coletados. 40 REFERÊNCIAS ANDRADE, R. S. ANDRADE; VIANA, K. S. L. Atividades experimentais no ensino da química: distanciamentos e aproximações da avaliaçãode quarta geração. Ciênc. educ. (Bauru), vol.23, no.2, Bauru Apr./June 2017. 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( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez 6) O que você acha da aplicação de uma aula prática via internet (google meet)? ( ) Não tem importância ( ) É importante 7) A aula prática realizada gerou algum nível de conhecimento sobre o assunto? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez AVALIAÇÃO DA AULA 8) Marque a opção que melhor descreve o que você sentiu ao final dessa aula. ( ) 1 - Desgostei extremamente da aula e do modelo de aula. 46 ( ) 2 - Desgostei moderadamente da aula e do modelo de aula. ( ) 3 - Desgostei levemente da aula e do modelo de aula. ( ) 4 - Nem gostei e nem desgostei da aula e do modelo de aula. ( ) 5 - Gostei levemente da aula e do modelo de aula. ( ) 6 - Gostei moderadamente da aula e do modelo de aula. ( ) 7 - Gostei extremamente da aula e do modelo de aula. AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO 9) Com base no que você observou da aula, o que você acha que o sistema abaixo realiza? A ( ) Uma pilha B ( ) Uma eletrólise C ( ) Uma quebra de elementos químicos D ( ) A formação de substância que não alteram o pH E ( ) A presença de metais na água
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