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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR 
FENOMENOS DE TRANSPORTE I 
SAVANA BARBOSA VILLAR GONÇALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTONIO ANGELO FERNANDES FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSFERÊNCIA DE MASSA: PREPARAÇÃO DE CHÁ POR 
INFUSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POMBAL 
2022 
ANTONIO ANGELO FERNANDES FERREIRA – 920110117 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSFERÊNCIA DE MASSA: PREPARAÇÃO DE CHÁ POR 
INFUSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Fenômenos 
de Transporte I, da Universidade Federal de 
Campina Grande – Campus Pombal, como 
requisito para obtenção da segunda nota da 
disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POMBAL 
2022 
RESUMO: 
 
O presente trabalho é uma revisão bibliográfica sobre a Transferência de massa, pela qual 
representa o movimento de espécies, em nível molecular, causado por um gradiente de 
potencial químico. Ainda, foi dissertado sobre os mecanismos de difusão e/ou convecção. 
Contudo, este estudo tem por objetivo apresentar uma breve descrição, importância e alguns 
exemplos de aplicações de transferência de massa, como também, mostrar de forma prática 
um aparato experimental utilizando matérias comuns do dia a dia. Logo, foi escolhido o 
experimento com o chá de hibisco para uma melhor compreensão. 
 
Palavras-chave: Transferência de massa; difusão; convecção; chá; hibisco. 
 
 
ABSTRACT: 
 
The present work is a literature review on Mass Transfer, which represents the movement of 
species, at the molecular level, caused by a chemical potential gradient. We taked about the 
mechanisms of diffusion and/or convection are also discussed. However, this study aims to 
present a brief description, importance and some examples of mass transfer applications, as 
well as to show in a practical way an experimental apparatus using common, everyday 
materials. Therefore, the experiment with hibiscus tea was chosen for a better understanding. 
 
 
Keywords: Mass transfer; diffusion; convection; tea; hibiscus. 
SUMÁRIO 
1- INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5 
1.2- LEIS DE EQUILÍBRIO ENTRE FASES ..................................................................... 5 
1.3- DIFUSÃO ................................................................................................................... 5 
1.4- CONVECÇÃO ............................................................................................................ 6 
1.4.1 - TRANSFERÊNCIA DE MASSA POR CONVECÇÃO ....................................... 6 
1.4.2 - CONVECÇÃO NATURAL ................................................................................. 7 
1.4.3 - CONVECÇÃO FORÇADA ................................................................................. 7 
1.4.4 - DIFERENÇA ENTRE CONVECÇÃO NATURAL E FORÇADA ....................... 8 
1.5 - APLICAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA ................................................ 8 
1.6- CORRELAÇÕES EMPÍRICAS................................................................................... 9 
1.7- SEMELHANÇAS ENTRE PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA ............................. 9 
1.8- OPERAÇÕES UNITÁRIAS ...................................................................................... 10 
1.8.1- DESTILAÇÃO ................................................................................................... 10 
1.8.2- EXTRACÇÃO .................................................................................................... 10 
1.8.3- ABSORÇÃO ...................................................................................................... 12 
2- MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................ 13 
2.1 - MATERIAIS ............................................................................................................ 13 
2.2 - MÉTODO ................................................................................................................ 13 
3 – RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 14 
4- DESENVOLVIMENTO .................................................................................................. 15 
5 – CONCLUSÃO ............................................................................................................... 18 
6- REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 19 
1- INTRODUÇÃO 
 
Muitas ocorrências do dia-a-dia envolvem transferência de massa: processo de 
solubilização de açúcar no chá, favorecido pela agitação de uma colher, solubilização de sal 
em água, preparação de um chá por infusão, evaporação de água na superfície de uma piscina 
e transporte através do ar envolvente, secagem de um tronco de madeira após o corte e 
correspondente transporte da humidade através dos poros da madeira até à sua superfície, 
solubilização de oxigénio em água num aquário para consumo dos peixes, arejamento de 
reservatórios de água, solubilização de oxigénio num meio nutriente para consumo de 
microrganismos num processo de fermentação aeróbia, transferência de reagentes para a 
superfície de um catalisador, onde ocorre uma reação (SANTO, 2010). 
De uma maneira geral, podemos dizer que a transferência de massa é o transporte de 
um componente de uma região de alta concentração para outra de baixa concentração. Com 
isso, encontramos transferência de massa na indústria, no laboratório, na cozinha, no corpo 
humano, enfim, em todo lugar em que há diferença de “concentração” de uma determinada 
espécie para que ocorra o seu transporte. O transporte das espécies químicas pode ser feito por 
dois mecanismos: difusão e/ou convecção (TAGLIAFERRO, 2022). 
1.2- LEIS DE EQUILÍBRIO ENTRE FASES 
 
A transferência de massa através de uma fase ou entre duas fases passando a fronteira 
entre elas (líquida-líquida, líquida-sólida, gás-líquida ou gás-sólida) requer um afastamento 
das condições de equilíbrio. Por exemplo, pode-se dissolver sal numa panela com água até a 
concentração de sal na água atingir o valor máximo, designado por solubilidade, a qual 
depende da temperatura da água. Outro exemplo, é a secagem da roupa, que ocorrerá mais 
rapidamente se o ar estiver mais seco (isto é, quando a pressão parcial de vapor de água no ar 
estiver mais afastada do seu valor máximo, sendo este dado pela pressão de vapor 
correspondente à temperatura considerada) (ROCHA, 2015). 
1.3- DIFUSÃO 
 
O movimento das espécies está relacionado a uma propriedade que denominamos 
difusão. A difusão é, então, a mobilidade das espécies químicas em um determinado meio e 
depende da relação soluto/meio ou soluto/meio + ação externa (JUNIOR, 2018). 
A difusão molecular tem como objetivo promover o equilíbrio entre duas soluções que 
se encontram, inicialmente, com concentrações diferentes. Trata-se de um fenômeno físico, 
onde em ocasião da energia térmica as moléculas se movem constantemente em um fluído, 
que pode ser líquido ou gás, promovendo a passagem do soluto para regiões de menores 
concentrações (PIRES, 2021). 
A transferência de massa por difusão molecular em consequência de uma diferença de 
concentrações espacial é análoga à transferência de calor por condução, embora seja um 
fenômeno mais complexo, pois ocorre numa mistura com pelo menos duas espécies químicas. 
Começando com o caso dos gases, o estabelecimento da igualdade de concentrações ao fim de 
um determinado tempo resulta do movimento molecular aleatório em todas as direcções do 
espaço (WOLPERT, 2021). 
O transporte de massa pode também estar associado à convecção, processo este no 
quais porções do fluído são transportadas de uma região a outra do escoamento em escala 
macroscópica(TAGLIAFERRO, 2021). 
1.4- CONVECÇÃO 
 
1.4.1 - TRANSFERÊNCIA DE MASSA POR CONVECÇÃO 
 
Segundo Mellado (2007), em muitas situações práticas, principalmente em sistemas 
envolvendo líquidos ou gases, a convecção exerce uma influência significativa no processo de 
transferência de massa. O transporte de massa por convecção envolve o transporte de matéria 
através de fronteiras (ex. superfícies líquidas ou sólidas) e um fluido móvel, ou entre dois 
fluidos móveis, porém relativamente imiscíveis. 
Duas situações: 
 
1- Transferência de massa em uma fase simples, de ou para o contorno da fase (Ex. 
Sublimação do naftaleno (sólido) em uma corrente de ar. 
2- Transferência de massa entre duas fases em contato (Ex.extração e absorção). 
 
Existem dois tipos de convecção: a convecção natural e a forçada. 
1.4.2 - CONVECÇÃO NATURAL 
 
A convecção natural é um método de transferência de calor no qual os meios naturais 
influenciam o movimento do fluido. Não há influência de fatos externos. Este movimento de 
moléculas no fluido é devido às diferenças entre densidades de diferentes do mesmo 
fluido.(BONFIM, 2021). 
A densidade de um fluido diminui quando aquece e vice-versa. Isso é devido à 
expansão térmica do fluido (a velocidade das moléculas aumenta com o aumento da 
temperatura, o que resulta no aumento do volume do fluido. Embora o volume aumenta, a 
massa permanece constante. Portanto, a densidade diminui) (BONFIM, 2021). 
Exemplos de convecção natural incluem resfriamento de um ovo cozido quando 
mantido na temperatura ambiente, perda de resfriamento de uma lata de bebida fria, etc. Ao 
considerar o mecanismo de convecção natural, primeiro, a temperatura do lado de fora de um 
objeto quente ar frio) cai. Ao mesmo tempo, a temperatura do ar adjacente ao objeto 
aumentará devido à transferência de calor. Então a densidade desta camada adjacente de ar 
diminui. Como resultado, o ar sobe. O ar frio substituirá esta região. Então a convecção 
continua. No final, o objeto vai esfriar (BONFIM, 2021). 
1.4.3 - CONVECÇÃO FORÇADA 
 
A convecção forçada é um método de transferência de calor no qual os meios externos 
influenciam o movimento do fluido. Lá, fontes externas como bombeamento, ventiladores, 
dispositivos de sucção, etc. são úteis para gerar o movimento do fluido. Este método é muito 
valioso porque pode eficientemente transferir calor de um objeto aquecido. Alguns exemplos 
comuns deste mecanismo incluem ar condicionado, turbinas a vapor, etc (BONFIM, 2021). 
Ao considerar o mecanismo da convecção forçada, o mecanismo é mais complicado do que o 
natural. Isso porque, nesse método, temos que regular dois fatores; movimento fluido e 
condução de calor. Esses dois fatores têm uma forte conexão, pois o movimento do fluido 
pode aumentar a transferência de calor. Ex: quanto maior a taxa de movimento do fluido, 
maiores as transferências de calor (BONFIM, 2021). 
1.4.4 - DIFERENÇA ENTRE CONVECÇÃO NATURAL E FORÇADA 
 
Convecção natural é um método de transferência de calor no qual o movimento do 
fluído é influenciado por meios naturais. A convecção forçada é um método de transferência 
de calor no qual o movimento do fluído é influenciado por meios externos (BONFIM, 2021). 
Ao considerar os fatores que afetam a transferência de calor, não há fatores externos 
que afetam a transferência de calor na convecção natural, enquanto fatores externos podem 
causar a transferência de calor na convecção forçada (BONFIM, 2021). 
1.5 - APLICAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA 
 
A transferência de massa é aplicada em diversos processos, desde os mais simples, 
como a dissolução de açúcar em uma xícara de café, até os mais complexos, como aqueles 
presentes nas indústrias química, petroquímica e farmacêutica, no controle de poluição e na 
secagem de cereais. Enfim, em qualquer processo em que se deseje separar ou adicionar 
determinado componente em dada mistura (CREMASCO, 2016). 
Um exemplo de transferência de massa bem comum é quando um surfista e sua 
prancha estão em um mar calmo. Para deslocar-se de um certo lugar a outro, o surfista faz das 
mãos remos e assim, ao locomover-se, entra em contato íntimo com o mar. Com isso, o 
contato íntimo está associado à interação (surfista/mar) ou (soluto/meio). Neste caso, tem-se a 
contribuição difusiva. Já na situação em que o surfista se deixa carregar pelo mar, existe a 
ação do mar em levar a prancha de um lugar para outro, acarretando a contribuição 
convectiva. Pode haver a terceira situação na qual as duas citadas há pouco ocorrem 
simultaneamente ( SANTOS, 2022). 
Outro exemplo é a secagem de uma superfície molhada exposta ao vento. A lâmina de 
ar que faz contato com a superfície da camada de água se torna saturada de vapor d’água. O 
vapor é a espécie de interesse na mistura de gás ideal representada por ar úmido. A 
concentração de vapor d’água no próximo a superfície é geralmente diferente da concentração 
na corrente livre. A diferença de concentração faz com que mais vapor deixe a superfície da 
camada de água. Este processo de evaporação pode ser aumentado à medida que a velocidade 
longitudinal da corrente livre varre a superfície molhada. Mesmo que não ocorra escoamento, 
pode ocorrer transferência de massa por difusão (SANTOS, 2022). 
1.6- CORRELAÇÕES EMPÍRICAS 
 
Rocha (2015) afirma que os coeficientes de transferência de massa dependem das 
propriedades físicas do fluido (viscosidade, μ, massa volúmica, ρ, coeficiente de difusão, 
DAB), da sua velocidade, u, e das dimensões da superfície por onde este se escoa, sendo L a 
sua dimensão característica: kG,L=f(μ, ρ, DAB, u, L). Usando uma técnica de análise das 
dimensões das várias variáveis, é possível obter os números adimensionais característicos de 
um processo de transferência de massa por convecção forçada: 
• O número de Reynolds, Re=ρ.u.L/μ que caracteriza o escoamento do fluido. 
• O número de Schmidt, Sc=μ./(ρ.DAB) que relaciona propriedades físicas do fluido. 
 
O número de Sherwood, Sh=kG,L.L/DAB que representa o aumento da transferência 
de massa como resultado do movimento do fluido (“convecção”) relativamente à transferência 
de massa apenas ao nível molecular (difusão). 
Existem ainda outros números adimensionais possíveis que resultam da combinação 
destes: 
 
• O número de Stanton para transferência de massa, Stm = Sh/(Re.Sc)= kG,L./u 
• O número de Peclet para transferência de massa, Pem = Re.Sc = u.L/DAB 
• O factor de Colburn, jD=Stm. Sc2/3 = (kG,L./u).Sc2/3 
 
1.7- SEMELHANÇAS ENTRE PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA 
 
Os vários Processos de Separação existentes, não só com a finalidade de purificar 
correntes mas também para produzir compostos, podem ser agrupados quanto ao processo de 
transferência predominante: transferência de quantidade de movimento, transferência de calor 
e transferência de massa. Nalguns, como a secagem, ocorre mais do que um processo de 
transferência em simultâneo. Operações que envolvem transferência de quantidade de 
movimento são, por exemplo, o escoamento de fluidos, o processo de mistura, a 
sedimentação, ou a filtração (WOLPERT, 2021). 
Como operações que envolvem transferência de calor pode-se referir a transferência de 
calor nos permutadores de calor, a evaporação, a destilação, a secagem. Como exemplo de 
operações que envolvem transferência de massa, refira-se a destilação, a secagem, a absorção, 
a extracção, a adsorção, os processos com membranas (WOLPERT, 2021). 
1.8- OPERAÇÕES UNITÁRIAS 
 
Dentro do campo da transferência de massa, ocorrem operações unitárias e podemos 
destacar três, sendo elas: destilação, extracção, absorção. 
1.8.1- DESTILAÇÃO 
 
A Destilação é uma Operação Unitária integrada no conjunto das Operações Baseadas 
na Transferência de Massa. O mecanismo subjacente a esta operação de separação é o do 
equilíbrio líquido/vapor. Ao fornecer calor a uma mistura líquida, se promovermos a sua 
vaporização parcial, obtemosduas fases, uma líquida e outra de vapor, que têm composições 
diferentes. A diferença de composição das duas fases resulta da diferença de volatilidades dos 
vários componentes da mistura líquida inicial. Quanto maior for essa diferença entre as 
volatilidades (isto é, quanto mais diferente da unidade forem as volatilidades relativas) maior 
será a diferença de composição entre a fase líquida e vapor e, como tal, mais fácil será a 
separação por destilação (JÚNIOR, 2021). 
As aplicações industriais do processo de destilação são várias, sendo a mais conhecida 
a da separação de misturas de hidrocarbonetos na indústria petroquímica em particular na 
refinação do petróleo (JÚNIOR, 2021). 
1.8.2- EXTRACÇÃO 
 
A Extracção é uma Operação Unitária integrada no conjunto das Operações Baseadas 
na Transferência de Massa. Dentro deste conjunto de operações a Extracção é, à semelhança 
da Destilação, uma das operações que costuma ser projectada com base no conceito de Andar 
em Equilíbrio. De facto, o mecanismo subjacente à operação de Extracção baseia-se no 
Equilíbrio Líquido/Líquido. A remoção do componente da mistura que se pretende separar 
(soluto) é induzida pela adição de um novo composto ao sistema (solvente), o qual tem mais 
afinidade para o soluto do que o diluente onde este estava inicialmente dissolvido 
(alimentação). Por outro lado, o solvente adicionado deve ser tão imiscível quanto possível 
com o diluente da alimentação. É esta diferença de solubilidade que permite a separação, ou 
seja, que o soluto seja retirado à alimentação. Quanto maior a diferença de solubilidades, mais 
fácil é a separação. As correntes que deixam cada unidade do extractor supõem-se em 
equilíbrio (DANTAS, 2017). 
A mistura a separar por extracção pode ser sólida ou líquida. No primeiro caso 
falamos de Lexiviação (comum nas indústrias extractivas ou na produção de óleos vegetais), 
no segundo caso falamos de Extracção Líquido/Líquido. Hoje em dia fala-se também muito 
de Extracção Supercrítica, quando o processo de extracção é conduzido em condições 
extremas de pressão e temperatura (temperaturas extremamente negativas) o que permite usar 
como solventes substâncias que são gases à pressão e temperatura ambiente, como é o caso do 
CO2. Deste modo evita-se a utilização dos solventes orgânicos característicos dos processos 
extractivos, embora com custos económicos acrescidos, pelo que estes processos usam-se 
apenas na purificação de compostos de alto valor acrescentado. Nos processos de extracção 
mais comuns a operação decorre normalmente à pressão atmosférica e à temperatura ambiente 
(DANTAS, 2017). 
A extracção não é, normalmente, uma operação de primeira linha, optando-se 
geralmente por esta operação apenas quando a destilação não é uma opção viável (caso das 
misturas com compostos com volatilidades relativas próximas da unidade, com azeótropos ou 
com compostos sensíveis à temperatura) (DANTAS, 2017). 
De facto, a extracção, só por si, não resolve totalmente o problema da separação, 
sendo necessário, posteriormente, separar o soluto do novo solvente, o que se faz, 
normalmente, por destilação (a nova mistura é muito mais fácil de separar por destilação do 
que a alimentação inicial). Contudo, há muitas situações para as quais a solução extracção 
mais destilação é mais económica do que apenas a destilação da mistura inicial (DANTAS, 
2017). 
Hoje em dia começam a impor-se também os processos híbridos como é o caso da 
Destilação Extractiva. 
Alguns exemplos de aplicação da operação de extracção: 
 
• Recuperação do ácido acético de efluentes aquosos; 
• Remoção do fenol na produção de policarbonato; 
• Produção de essências para o fabrico de perfumes ou aditivos alimentares; 
• Produção de piridina para fins farmacêuticos, etc. 
1.8.3- ABSORÇÃO 
 
O coração de uma indústria Química é, em geral, o reactor onde a reacção entre vários 
componentes dá origem ao produto que se pretende comercializar. Ironicamente, os 
equipamentos maiores e mais caros são aqueles onde ocorrem os processos de separação e 
purificação deste produto. Os processos mais usados são a destilação e a absorção de gases, 
embora a utilização de membranas esteja actualmente em franca expansão. Por isso, a 
compreensão destes processos e o projecto destas colunas são fulcrais para um Engenheiro 
Químico (ABSORÇÃO..., 2022). 
2- MATERIAIS E MÉTODOS 
 
2.1 - MATERIAIS 
 
• 3 copos transparentes (importante para a ação que vai ocorrer seja vista por fora); 
• Água em diferentes temperaturas (gelada e quente); 
• Uma tapa ou prato; 
• Uma colher; 
• Chá de qualquer tipo (de preferência escuro para a melhor visualização da fusão); 
optamos pelo Chá de hibisco. 
2.2 - MÉTODO 
 
Para realizar o experimento vamos usar a água em 2 (duas) temperaturas diferentes: 
em temperatura gelada e quente. Em um copo será colocado aproximadamente 100ml de água 
quente, outro copo com água gelada e mais um com água quente, porém com tampa que 
permite a maior transferência de massa no recipiente. Em cada copo será adicionado 2 (duas) 
colheres de sopa do chá de hibisco. Depois disso é só observar a diluição do chá em diferentes 
temperaturas da água. 
3 – RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
O resultado apresentado nos mostra que o copo destampado onde estava a água quente 
criou uma maior transferência do produto utilizado (chá de hibisco) pelo contato com o 
oxigênio que potencializa uma transferência maior e mais rápida. O copo que estava tampado 
transferiu bastante do chá, porém como não tinha o fator do oxigênio não foi o mais diluiu e 
por último, o copo com água gelada foi o que menos transferiu o produto, visto que a água 
gelada não potencializa a diluição como a água quente. 
4- DESENVOLVIMENTO 
 
Desde a pré-história, as plantas têm sido utilizadas como produtos terapêuticos. O chá 
é utilizado por infusão, que é a forma mais popular dos diferentes produtos de origem vegetal. 
Conhecido popularmente como vinagreira, rosela, caruru-azedo, azedinha, caruru-da-guiné, 
azedada-guiné, quiabo-azedo, quiabo-róseo, quiabo-roxo, rosela, rosélia, groselha, quiabo- 
deangola (Panizza, 1997). 
O hibisco (Hibiscus sabdariffa L.), pertencente à família Malvaceae, é originário da 
Índia, do Sudão e da Malásia. Este vegetal pode ser utilizado in natura ou industrializado. O 
mesmo apresenta funções fitoterápicas e culinárias e faz proveito das folhas, sementes, fibras 
e dos cálices das flores. Ele é atraído pelas indústrias de alimentos e farmacêuticas, pois 
servem como matéria-prima na elaboração de alimentos e como fonte natural de corantes. 
Além de ser muito utilizado no preparo de chás devido às suas propriedades antioxidantes, o 
hibisco também possui propriedades medicinais tais como: hepatoprotetor, anti-hipertensivo, 
antibacteriano, anticolesterol, anticâncer, afrodisíaco, adstringente, digestivo, diurético e 
estomacal (MUKHTAR, 2007). 
Em relação às suas características botânicas, sabe-se que o Hibiscus sabdariffa é um 
arbusto perene que pode atingir cerca de 2 a 3 metros de altura. A ramagem é avermelhada, 
ereta e ramificada desde a base enquanto que suas folhas são verde-escuras, alternas, 
estipuladas, de margens serrilhadas e profundamente lobadas em três a cinco divisões. As 
flores surgem no outono e inverno, e duram apenas um dia. Elas são solitárias, sésseis, branco 
amareladas, com um cálice robusto e carnoso na base, de cor vermelha intensa. O fruto é uma 
cápsula, de formato ovalado e cor vermelha, com três a quatro sementes pardas. A planta é 
adaptada ao clima quente, desenvolvendo-se bem em temperaturas superiores a 21°C e 35°C 
(MUKHTAR, 2007). 
As principais substâncias antioxidantes do hibisco são: polifenóis (agentes redutores 
que tem a capacidade de proteção contra doenças); flavonoides (substâncias responsáveis pela 
coloração de frutas e manutenção do organismo, ajudando a mantê-lo saudável); antocianinas 
(apresentampropriedades às quais são associadas sua ingestão a hábitos saudáveis de 
alimentação e constituem o grupo de pigmentos responsáveis por grande parte das cores em 
flores, frutas, folhas, caules e raízes de plantas); e vitamina C (protege o organismo contra a 
baixa imunidade, doenças cardiovasculares, doenças relacionadas à visão e até ao 
envelhecimento da pele). Quando associados a outros antioxidantes, do tipo sintético, 
apresentam efeitos toxicológicos. 
Muitas ocorrências do dia-a-dia envolvem transferência de massa, um exemplo é a 
Preparação de chá por infusão. Esse experimento consiste na infusão do chá, em três meios 
diferentes, sendo eles o meio frio, o quente, e o último um meio quente com uma tampa, 
permitindo um sistema fechado. Nesse experimento é possível observar um caso típico de 
transferência de massa e o quanto esse processo é influenciado pela temperatura. 
A transferência de massa consiste em estudar o quanto uma substância é capaz de se 
juntar a outra. E em relação ao chá de hibisco, a gente pode observar (Figura 1) que os copos 
2 e 3 apresentaram uma mistura maior, isso significa que houve uma transferência de massa 
maior. A transferência de massa sempre ocorre de uma substância mais concentrada para uma 
substância mais diluída, é por isso que a gente vê o hibisco indo para a água do chá e não a 
água do chá indo para o hibisco. 
Mesmo a gente adicionando a mesma quantidade de hibisco, nos copos 1, 2 e 3 houve 
mais transferência de massa nos copos 2 e 3 (Figura 2), isso ocorreu devido a temperatura. A 
água quente favorece a transferência de massa do hibisco para a água do chá, levando com ela 
os nutrientes, aroma, sabor e cor. 
No copo 2 (meio quente aberto) ouve mais transferência de massa do que no copo 3 
(meio quente com tampa), essa diferença de transferência de massa se dá por causa do 
oxigênio, o oxigênio reage com a água favorecendo a troca de massa, no caso do copo aberto. 
Por isso que o copo 2 apresenta um chá com coloração mais escura. 
Com esse experimento foi possível comprovar a transferência de massa e que ela 
ocorre de forma diferente em cada um dos três copos. 
 
 
 
Figura 1 – Preparação de chá de hibisco por infusão. 
 
 
 
Figura 2 – Chá de hibisco após 15 minutos da infusão 
5 – CONCLUSÃO 
 
Neste trabalho foi abordado o assunto Transferência de Massa pelo qual é o processo 
de transporte onde existe a migração de uma ou mais espécies químicas em um dado meio, 
podendo esse ser sólido, líquido ou gasoso. O transporte das espécies químicas pode ser feito 
por dois mecanismos: difusão e/ou convecção, juntamente com a representação em forma de 
um experimento feito com o chá de hibisco para uma melhor e mais aprofundada 
compreensão sobre a operação de transferência de massa. Contudo, concluímos que, o 
processo de transferência de massa está inserido de maneira abrangente, em nosso cotidiano e 
de forma prática e simples absorvemos os conhecimentos disponibilizados em torno do tema. 
6- REFERÊNCIAS 
 
 
ABSORÇÃO.[S.l.],2022.Disponívelem:http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_co 
ntent&task=view&id=35&Itemid=152. Acesso em: 11 mar. 2022. 
 
BONFIM, Cilene. Diferença entre convecção natural e forçada. [S. l.], 17 jun. 2021. Disponível em: 
https://mixmisturado.com/diferenca-entre-conveccao-natural-e-forcada/. Acesso em: 11 mar. 2022. 
 
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2016. 460 p. ISBN 9788521209041. 
 
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