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Revista Fórum Justiça do Trabalho

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• Revista Fórum de Direito Tributário - RFDT
• Revista Fórum Justiça do Trabalho - RFJT
• Revista Fórum Trabalhista - RFT
ISSN 0103-5487
Este exemplar faz parte
da Plataforma FÓRUM de
Conhecimento Jurídico®
www.forumconhecimento.com.br
438
Revista Fórum
 JU
ST
IÇ
A
 D
O
 T
RA
BA
LH
O
ano 37 . Junho 2020
ANO 37 – N. 438 – JUNHO 2020
PUBLICAÇÃO MENSAL
ISSN 0103-5487
DOUTRINA
JURISPRUDÊNCIA
LEGISLAÇÃO
Justiça
Trabalhodo
Revista Fórum
438
0800 704 3737
www.editoraforum.com.br
QUAIS EMPREGADOS PÚBLICOS SÃO 
AFETADOS PELA NORMA DO §14 DO 
ART. 37 DA CRFB? UMA ANÁLISE DA 
APLICABILIDADE DO ROMPIMENTO DO 
CONTRATO DE TRABALHO EM RAZÃO 
DE APOSENTADORIA AOS EMPREGADOS 
PÚBLICOS DO QUADRO PERMANENTES 
E AOS EMPREGADOS PÚBLICOS EM 
COMISSÃO (PURA OU NÃO PURA)
Lucas Soares de Oliveira
O AQUECIMENTO DA ECONOMIA E O 
PLENO EMPREGO GERADO PELA REFORMA 
TRABALHISTA: MITOS E VERDADES
Helena Kugel Lazzarin,
Rubens Fernando Clamer dos Santos Júnior
CONSIDERAÇÕES SOBRE O GRUPO 
ECONÔMICO NO DIREITO DO TRABALHO 
A PARTIR DA LEI Nº 13.467/2017
Domenico Rafael Camerini
O SISTEMA JURÍDICO NACIONAL E A 
INEXISTÊNCIA DO PODER FISCALIZATÓRIO
NA ATIVIDADE DO PROPAGANDISTA DE 
MEDICAMENTOS: UMA ANÁLISE FÁTICO-
JURÍDICA
Cláudio Araujo Santos dos Santos
PACTO SOCIAL, ESTADO E SINDICALISMO
Janete Aparecida Deste, Gustavo 
Trierweiler
JURISPRUDÊNCIA
Acórdãos
Jurisprudência TST
GESTANTE – ESTABILIDADE 
PROVISÓRIA – CONTRATO POR PRAZO 
DETERMINADO
Jurisprudência TST
ERRO NA NOMENCLATURA DE 
DOCUMENTO NO PJE NÃO IMPEDE 
ADMISSÃO DE RECURSO
Jurisprudência do TRT – 2ª Região
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS – AÇÃO 
JULGADA PROCEDENTE EM PARTE – 
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE
Jurisprudência do TRT – 2ª Região
SENTENÇA EXTRA PETITA
Jurisprudência do TRT – 3ª Região
ADJUDICAÇÃO – VALOR INFERIOR AO DA 
AVALIAÇÃO – IMPOSSIBILIDADE
Jurisprudência do TRT – 4ª Região
PROTESTO INTERRUPTIVO DA PRESCRIÇÃO 
– APLICABILIDADE
EMENTÁRIO TRABALHISTA
TST, TRTs 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 10ª e 12ª
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É permitido citar os excertos em petições, pareceres e demais trabalhos, desde que 
seja informada a fonte, garantidos os créditos do autor da doutrina, do órgão 
emanador da decisão ou informação e da publicação específica, conforme a licença 
legal prevista no artigo 46, III da Lei nº 9.610/1998.
51R. Fórum Just. do Trabalho | Belo Horizonte, ano 37, n. 438, p. 51-65, junho 2020
DOUTRINA
CONSIDERAÇÕES SOBRE O GRUPO 
ECONÔMICO NO DIREITO DO TRABALHO 
A PARTIR DA LEI Nº 13.467/2017
DOMENICO RAFAEL CAMERINI
Advogado formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista 
em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica do Rio 
Grande do Sul (PUCRS). Membro da Comissão de Direito do Trabalho da OAB/RS, Subseção 
Novo Hamburgo. Diretor Técnico de Contencioso em Camerini Advogados e Consultores.
Resumo: Trata-se de examinar as alterações normativas concernentes ao grupo econômico 
trazidas pela Lei nº 13.467/2017 em relação a outras instituições de Direito do Trabalho que 
foram igualmente revisadas pelo mesmo diploma legal, pela legislação extravagante e pelas 
jurisprudências do Tribunal Superior do Trabalho e Supremo Tribunal Federal.
Palavras-chave: Direito do Trabalho. Reforma trabalhista. Grupo econômico. Desconsideração 
da personalidade jurídica. Licenciamento de marca. Terceirização.
Sumário: 1 Introdução – 2 Esforço histórico – 3 O grupo econômico no Direito do Trabalho a 
partir da Lei nº 13.467/2017 – 4 Considerações finais – Referências
1 Introdução
Pelo simples fato de ser recorrente seu debate nas lides trabalhistas, 
bem como alvo de constante cizânia jurisprudencial, a positivação, no §2º 
do art. 2º, da CLT, do chamado “grupo econômico horizontal ou por coor-
denação” constitui temática merecedora de estudo, quando controvertida 
em juízo. Para tanto, partiu-se do enfoque telelológico da instituição do 
grupo econômico desde seus primórdios para, examinando sua evolução 
ao longo dos anos, detectar não apenas suas ramificações, mas também 
os pontos de conexão com outros institutos jurídicos contemporâneos do 
Direito Trabalho e Processual do Trabalho, criados com finalidades análogas. 
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DOMENICO RAFAEL CAMERINI
Uma vez detectados esses institutos, é sob a perspectiva da interpretação 
sistemática, por sua vez ancorada em preceitos constitucionais fundamentais, 
que se pretende lançar olhar crítico sobre a propagada conveniência de se 
consolidar a modalidade horizontal do grupo econômico no ordenamento 
juslaboral brasileiro.
As figuras correlatas ao grupo econômico são essencialmente a 
desconsideração da personalidade jurídica do empregador e a responsa-
bilização do tomador de serviço pelo passivo trabalhista de seu prestador, 
quando verificado o fenômeno da terceirização. Com efeito, assim como o 
grupo econômico, essas instituições destinam-se a descortinar o manto 
da personalidade jurídica, do empregador, para com isso alcançar a res-
ponsabilização da outra pessoa jurídica sobre os débitos trabalhistas. Mas 
estas são instituições relativamente incipientes no Direito do Trabalho, se 
comparadas com a figura do grupo econômico.
2 Esforço histórico
Conforme antecipado, o grupo econômico constitui figura jurídica po-
sitivada no Brasil muito anterior ao fenômeno da terceirização e a teoria da 
desconsideração da personalidade jurídica tendo surgido na Lei nº 435/1937:
Art. 1º Sempre que uma ou mais emprêsas, tendo, embora, 
cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob 
a direção, contrôle ou administração de outra, constituindo gru-
po industrial ou comercial, para efeitos legislação trabalhista 
serão solidariamente responsáveis a emprêsa principal e cada 
uma das subordinadas.
Parágrafoúnico. Essa solidariedade não se dará entre as 
emprêsas subordinadas, nem diretamente, nem por intermé-
dio da emprêsa principal, a não ser para o fim único de se 
considerarem todas elas como um mesmo empregador (Lei 
nº 62, de 1935).
Ressalvado seu parágrafo único,1 o legislador de 1943 trouxe para o 
art. 2º, §2º da CLT, o mesmo conceito de grupo econômico hierarquizado:
1 Positivava o conceito de solidariedade ativa/empregador único.
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O GRUPO ECONÔMICO NO DIREITO DO TRABALHO A PARTIR DA LEI Nº 13.467/2017
§2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, 
cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob 
a direção, controle ou administração de outra, constituindo 
grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade 
econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, 
solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma 
das subordinadas.
Com efeito, note-se que tanto na Lei nº 435/1937 quanto no art. 2º, 
§2º da CLT (cuja redação permaneceu intocada de 1943 até 2017), o ele-
mento nuclear da norma é existência de uma relação de comando de uma 
empresa líder sobre outra, a despeito de cada qual possuir personalidade 
jurídica própria. Daí que posteriormente se passa a designar este tipo de 
grupo econômico como sendo “vertical, ou por subordinação”.
Do advento da CLT, trinta anos transcorreram até surgir, na Lei nº 
5.889/1973 (Lei do Trabalho Rural), a figura do “grupo econômico horizontal 
ou por coordenação”:
Art. 3º Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta 
Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore 
atividade agro-econômica, em caráter permanente ou tempo-
rário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de 
empregados.
§2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada 
uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob di-
reção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, 
mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo 
econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidaria-
mente nas obrigações decorrentes da relação de emprego.
A partir da Constituição Federal de 1988, a doutrina e jurisprudência 
passaram a travar o que parece ser interminável debate sobre a aplicação 
aos contratos de trabalho celetistas, do chamado “grupo econômico horizontal 
ou por coordenação”, previsto na lei rurícola. Isto porque o art. 7º da Carta 
Política trouxe em seu caput, o tratamento isonômico dos trabalhadores 
urbanos e rurais. Por outro lado, não menos certo é que o consórcio de 
empregadores consta de norma especial (rurícola), ao passo que a CLT 
constitui norma geral.
Além do grupo econômico por horizontal, a Lei nº 13.467/2017 trou- 
xe em a necessidade de instauração do incidente de desconsideração da 
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DOMENICO RAFAEL CAMERINI
personalidade jurídica para alcançar responsabilização subsidiária do sócio 
da empresa reclamada em um momento histórico contemporâneo à regula-
mentação da terceirização, pela Lei nº 13.429/2017. Nesse contexto, se 
faz necessário delimitar o campo de incidência de cada uma dessas institui-
ções juslaborais mediante processo de interpretação sistemática destinada 
a viabilizar a coexistência harmônica de cada uma delas, observados os 
preceitos fundamentais da Carta Política de 1988.
3 O grupo econômico no Direito do Trabalho a partir da 
Lei nº 13.467/2017
3.1 Tipologia
A Lei nº 13.467/2017 alterou a normatização do grupo econômico 
inserta no §2º do art. 2º da CLT, bem como lhe adicionou o §3º:
§2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada 
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a 
direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, 
mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo 
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obriga-
ções decorrentes da relação de emprego. (Redação dada pela 
Lei nº 13.467, de 2017)
§3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de 
sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a 
demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de 
interesses e a atuação conjunta das empresas dele integran-
tes. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Antes dos acréscimos acima (reproduzidos em destaque), era inequívoco 
que a CLT reconhecia apenas e tão somente a modalidade “vertical ou por 
subordinação” do grupo econômico. Tendo em vista que a nova redação do 
§2º, art. 2º da CLT é quase idêntica à da norma rurícola, é clara a intenção 
de encampar o grupo econômico horizontal. Sem embargo, a inserção do 
§3º deixa claro que, em ambas as modalidades, a declaração de grupo eco-
nômico passou a exigir a identidade societária como prova sine qua non. Já, 
o afectio societatis, consistente na “demonstração de interesse integrado, 
a efetiva comunhão de interesses” e a atuação efetiva das empresas em 
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O GRUPO ECONÔMICO NO DIREITO DO TRABALHO A PARTIR DA LEI Nº 13.467/2017
modo conjunto, em prol do resultado do grupo como um todo, caracteriza 
apenas o grupo horizontal.
Ad initium, não se divisa vulneração ao art. 7º da CF/88 a inserção do §3º 
ao art. 2º da CLT, nada obstando que se lhe aplique também, ao trabalhador 
rurícola. Dadas as demais alterações trazidas pela Lei nº 13.467/2017, a 
inserção do parágrafo em questão deve ser interpretada de modo sistemá-
tico, sem contudo perder de vista a finalidade jurídica histórica do instituto. 
Com efeito, tendo em mira que no Direito do Trabalho, o grupo econômico 
sempre visou à responsabilização solidária, como forma de se dar vigência 
ao dispositivo segundo o qual “A solidariedade não se presume; resulta da 
lei ou da vontade das partes”,2 e aos arts. 9º, 10º e 468 da CLT, é preciso 
ter presente que a Lei nº 13.467/2017 também trouxe em seu art. 10-A, a 
responsabilização meramente subsidiária do sócio, a ser buscada na fase 
de execução, via incidente de desconsideração da personalidade jurídica, 
salvo no caso de haver pedido expresso nesse sentido, na peça vestibular 
da Reclamação Trabalhista.3
3.2 Grupo econômico x responsabilidade do sócio
Assim, o cotejo entre as normas alusivas ao grupo econômico e às 
de desconsideração da personalidade jurídica/responsabilização do sócio 
trazidas pela Lei nº 13.467/2017 revela de forma inegável ter, o legislador, 
se preocupado em evitar a utilização do grupo econômico com o objetivo de 
responsabilizar solidariamente a empresa que apenas aportou capital em 
outra, em burla ao incidente de desconsideração da personalidade jurídica, 
onde a parte deve, em incidente processual próprio, provar de forma robusta, 
fraude à Lei, abuso da personalidade jurídica ou confusão patrimonial, para 
ao fim obter a responsabilidade meramente subsidiária do sócio. E com justo 
motivo. Afinal, a responsabilização solidária constitui provimento jurisdicional 
muito mais gravoso do que à subsidiária, prevista para quem foi apenas sócio. 
Sendo assim, com base nos princípios da equidade, da proporcionalidade 
e da razoabilidade não é difícil concluir que, em se tratando de tentativa de 
responsabilização solidária fundada em alegado grupo econômico, o direito 
à ampla defesa do réu há de ser ainda maior.
Sob o ponto de vista histórico, a preocupação do legislador em evitar 
o manejo do grupo econômico em burla ao incidente da desconsideração 
2 Art. 896 do CCB/1916 e art. 265 do CCB/2002.
3 Art. 855-A da CLT.
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DOMENICO RAFAEL CAMERINI
da personalidade jurídica é mais do que justificado. Isto porque o cancela-
mento da Súmula nº 205 do TST em 2003 foi interpretado por boa parte 
dos Regionais como autorizadora do redirecionamento da execução em 
face da empresa alegadamente integrante do mesmo grupo econômico, a 
despeito de não ter participado do polo passivo da lide nem constar do título 
executivo. De fato, se de um lado a redação do verbete era anterior à Carta 
de 1988,4 de outra parte é preciso ter em conta que em 2003 o Código 
Civil de 2002 ainda era bastante incipiente, de modo que a novidade da 
desconsideração da personalidade jurídica ainda não havia sido assimilada 
nem mesmo pela Justiça Comum, muito menos pela Justiça do Trabalho, que 
na época vivia uma das mais graves crises institucionais de sua história.5 
Efetivamente, sob a égide do Código de Processo Civil, não havia previsão 
processual destinada instrumentalizar o incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica. Naquele contexto, o cancelamento da Súmula nº 
205/TST e a manutenção da Súmula nº 129/TST emitiram mensagem no 
sentido de que a responsabilização solidária decorrente da declaração de 
grupo econômico na Justiça do Trabalho, já não carecia de pedido expresso 
na fase de conhecimento. Assim, se dada empresa era sócia de outra, 
mais convinha ao trabalhador arguir o grupo econômico diretamente na 
fase de execução. Como resultado, sob o fundamento do grupo econômico 
horizontal importado da lei rurícola (“nexo relacional interempresarial”), 
multiplicaram-se em progressão geométrica, as execuções redirecionadas a 
empresas que muitas vezes apenas haviam adquirido participação minoritária 
do capital de outras. Ocorre que o “nexo relacional” ou a “coordenação 
interempresarial” se revelou ser termo aberto e indeterminado a permitir 
que o juízo da causa determinasse ao seu bel alvitre e em cada caso, o 
suporte fático do pressuposto subjetivo. A resultante foi a instalação de 
um cenário de insegurança jurídica atroz, a ponto de inibir o direito a livre 
iniciativa, protegido pelo constituinte originário em pé de igualdade com os 
valores sociais do trabalho, conforme inciso IV do art. 1º da CF/88. De fato, 
por terem cometido o pecado de investir recursos financeiros em empresas 
de menor porte, aquelas passaram se ver na kafkiana situação em que 
eram (e por vezes ainda são) premidas a garantir execuções em processos 
trabalhistas, dos quais não haviam participado na fase de conhecimento. 
4 Redação original - Res. 11/1985, DJ 11, 12 e 15.07.1985.
5 Movimento pela extinção da Justiça do Trabalho que surgiu, por ocasião dos debates políticos 
que resultaram na promulgação da EC nº 45, de dezembro/2004, encerrando por ampliar sua 
competência, mediante alteração ao art. 114 da CF/88.
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O GRUPO ECONÔMICO NO DIREITO DO TRABALHO A PARTIR DA LEI Nº 13.467/2017
A questão chegou ao Tribunal Superior do Trabalho, que por seu turno firmou 
posição pela inconstitucionalidade deste proceder:
EXECUÇÃO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. GRUPO ECO-
NÔMICO. CONFIGURAÇÃO. MERA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁ-
RIA. ARTIGO 5º, II, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. VIOLAÇÃO 
DIRETA 1. Em execução, a configuração de afronta direta ao 
princípio da legalidade há que ser apreciada “cum grano salis”, 
de modo a permitir avaliar, caso a caso, a virtual possibilida-
de de afronta literal e direta ao artigo 5º, II, da Constituição 
Federal, não obstante se possa admitir, em alguma medida, 
a origem infraconstitucional da questão jurídica controvertida. 
Precedentes da SBDI 1 do TST. 2. O reconhecimento de grupo 
econômico e a consequente atribuição de responsabilidade 
solidária a empresa distinta daquela com a qual se estabe-
leceu o vínculo de emprego, com fundamento estritamente 
na presença de sócios em comum, sem a demonstração da 
existência de comando hierárquico de uma empresa sobre as 
demais, acarreta imposição de obrigação não prevista no artigo 
2º, §2º, da CLT. Decisão judicial desse jaez, ao atribuir res-
ponsabilidade solidária sem amparo legal, afronta diretamente 
o princípio da legalidade. 3. Não merece reparos acórdão de 
Turma do TST que afasta a responsabilidade solidária imputada 
à Terceira Embargante com fundamento em violação à norma 
do artigo 5º, II, da Constituição Federal. 4. Embargos interpos-
tos pelo Exequente, em sede de embargos de terceiro, de que 
se conhece, por divergência jurisprudencial, e a que se nega 
provimento. (E-ED-RR - 92-21.2014.5.02.0029, Redator Minis-
tro: João Oreste Dalazen, Data de Julgamento: 05/10/2017, 
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de 
Publicação: DEJT 02/02/2018)
Em que pese o precedente acima não aborde a questão da desconsi-
deração da personalidade jurídica, não se pode ignorar tratar-se de julgado 
posterior a Lei nº 13.467/2017, cujas alterações de ordem processual 
aplicam-se imediatamente (v.g. IN. nº 41/2018, do TST), notadamente 
às normas inscritas no art. 855-A da CLT, que exigem a necessidade de 
instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
previsto no art. 133 e seguintes do CPC, antes de redirecionar a execu-
ção em face do sócio do empregador reclamado. Ademais, o art. 114 do 
Código de Processo Civil revigorou a necessidade de inclusão de todas as 
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58 R. Fórum Just. do Trabalho | Belo Horizonte, ano 37, n. 438, p. 51-65, junho 2020
DOMENICO RAFAEL CAMERINI
empresas alegadamente integrantes do mesmo grupo econômico no polo 
passivo da lide, desde a fase de conhecimento: “Art. 114. O litisconsórcio 
será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação 
jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos 
que devam ser litisconsortes.”
Diante desse novo cenário normativo, não remanescem quaisquer 
duvidas pela absoluta impossibilidade de se arguir o grupo econômico 
diretamente na fase de execução. Com efeito, no precedente da SBDI 1 
trazido à colação, caso houvesse reconhecido a validade da declaração de 
grupo econômico arguido na fase de execução (e a consequente responsa-
bilização solidária da então embargante), o Tribunal Superior do Trabalho 
teria transmitindo a mensagem para todo judiciário trabalhista do Brasil, 
no sentido de permitir a burla não apenas ao incidente de desconsideração 
da personalidade jurídica (bem como duplo grau de jurisdição que lhe é 
inerente), como também da responsabilidade meramente subsidiária do 
ex-sócio e ainda, aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla 
defesa, e do devido processo legal.
3.3 Grupo econômico horizontal x terceirização x 
licenciamento de marca
No tema terceirização, a despeito do art. 265 do CCB/02, de longa 
data parte da doutrina e da jurisprudência também vinha adotando a tese 
da responsabilização solidária do tomador de serviços mediante aplicação 
analógica da figura do consórcio de empregadores, da lei rurícola. Otávio 
Brito Lopes explica que a normatização diferenciada nesse sentido se fez 
necessária em razão da problemática instalada no cenário nacional na 
década de 1970, especificamente nas relações entre capital e trabalho do 
segmento agropecuário:
O consórcio de empregadores rurais surgiu, antes mesmo de 
qualquer iniciativa legislativa, como uma opção dos atores so-
ciais para combater a assustadora proliferação de cooperativas 
de trabalho fraudulentas, e como forma de fixar o trabalhador 
rural no campo, estimular o trabalho formal, reduzir a rotativi-
dade excessiva de mão de obra, reduzir a litigiosidade no meio 
rural, garantir o acesso dos trabalhadores aos direitos traba-
lhistas básicos (férias, 13º salário, FGTS,repouso semanal 
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O GRUPO ECONÔMICO NO DIREITO DO TRABALHO A PARTIR DA LEI Nº 13.467/2017
remunerado, Carteira de Trabalho e Previdência Social) e à 
previdência social. (LOPES, Otávio Brito, 2001, p. 11-12)
Conforme antecipado em introdução, a igualdade entre os trabalha-
dores urbanos e rurais trazida pela Carta de 1988 trouxe consigo a noção 
de que o consórcio de empregadores rurais (apesar de que este surgiu em 
decorrência de características bastante específicas do trabalho prestado 
no campo) pudesse ser aplicado analogicamente nas Reclamações Traba-
lhistas envolvendo a chamada “terceirização da atividade-fim”, para atribuir 
a responsabilização solidária do tomador de serviços (e não meramente 
subsidiária). Nesse sentido, alguns precedentes:
21354077 - CONSÓRCIO DE EMPREGADORES URBANOS. 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. Ante a moderna construção 
doutrinária. Fulcrada na combinação dos arts. 25 - A da Lei 
nº 8212/91 e 8º da CLT. Que conclui pela possibilidade de 
acolhimento da categoria de trabalhadores urbanos ao mesmo 
caso que o consórcio de empregadores rurais, tratando-se de 
situação similar à exposta na Súmula nº 129 do TST, tem-se 
que a responsabilidade das empresas integrantes do consór-
cio é solidária, como ocorre aqui, em que provido o apelo do 
obreiro. (TRT 2ª R.; RO 0000055-67.2014.5.02.0037; Ac. 
2016/0212442; Quinta Turma; Rel. Des. Fed. Maurilio de 
Paiva Dias; DJESP 15/04/2016)
EMENTA: RELAÇÃO DE EMPREGO. CONSÓRCIO DE EM-
PREGADORES URBANOS. Relação empregatícia reconhecida 
com o consórcio de empregadores urbanos formado pelas 
segunda e terceira rés, em novel figura jurídica caracterizada 
pela união contratual com o fim de conjuntamente empre-
gar trabalhadores. (TRT da 4ª Região, 3a. Turma, 0162800-
45.2005.5.04.0201 RO, em 25/07/2007, Desembargadora 
Maria Helena Mallmann - Relatora. Participaram do julgamento: 
Desembargador Ricardo Carvalho Fraga, Desembargador Luiz 
Alberto de Vargas)
O Tribunal Superior do Trabalho há anos vinha repelindo essa espécie 
de grupo econômico em julgados paradigmáticos de sua Subseção Um de 
Dissídios Individuais SBDI 1/TST, cujo entendimento consagrado nos leading 
cases abaixo permanece atual:
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DOMENICO RAFAEL CAMERINI
RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. CON-
FIGURAÇÃO DE GRUPO ECONÔMICO. ART. 2º, §2º, DA CLT. 
EXISTÊNCIA DE SÓCIOS EM COMUM. A interpretação do art. 2º, 
§2º, da CLT conduz à conclusão de que, para a configuração 
de grupo econômico, não basta a mera situação de coordena-
ção entre as empresas. É necessária a presença de relação 
hierárquica entre elas, de efetivo controle de uma empresa 
sobre as outras. O simples fato de haver sócios em comum 
não implica por si só o reconhecimento do grupo econômico. No 
caso, não há elementos fáticos que comprovem a existência 
de hierarquia ou de laços de direção entre as reclamadas que 
autorize a responsabilidade solidária. Recurso de Embargos 
conhecido por divergência jurisprudencial e desprovido. (E-E-
D-RR-214940-39.2006.5.02.0472, Relator Ministro: Horácio 
Raymundo de Senna Pires, Data de Julgamento: 22/05/2014, 
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de 
Publicação: DEJT 15/08/2014, extraído de www.tst.jus.br)
GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. O art. 
2º, §2º, da CLT exige, para a configuração de grupo econômico, 
subordinação à mesma direção, controle ou administração, 
embora cada uma das empresas possua personalidade jurídi-
ca própria. Assim, para se reconhecer a existência de grupo 
econômico é necessário prova de que há uma relação de 
coordenação entre as empresas e o controle central exercido 
por uma delas. No presente caso, não restou suficientemente 
demonstrado a presença de elementos objetivos que eviden-
ciem a existência de uma relação de hierarquia entre as 
empresas, suficiente à configuração de grupo econômico a 
atrair a condenação solidária. Recurso de Embargos de que 
se conhece em parte e a que se nega provimento. (E-ED-RR 
- 996-63.2010.5.02.0261, Relator Ministro: João Batista 
Brito Pereira, Data de Julgamento: 12/05/2016, Subseção I 
Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: 
DEJT 20/05/2016- extraído de www.tst.jus.br)
Entretanto, como já visto, no âmbito dos Tribunais Regionais do Trabalho 
havia resistência ao entendimento do Tribunal Superior do Trabalho. E foi 
precisamente em razão dessa cizânia jurisprudencial que o legislador se 
viu premido a trazer na Lei nº 13.467/2017, o grupo econômico horizontal, 
tendo por requisito objetivo, a existência de sócios em comum, elemento 
que de regra não se divisa nas relações jurídicas terceirização. Isto é, as 
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O GRUPO ECONÔMICO NO DIREITO DO TRABALHO A PARTIR DA LEI Nº 13.467/2017
empresas prestadoras de serviços não costumam ter em comum, os sócios 
de suas tomadoras. De outra parte, a aludida cizânia também motivou a Lei 
nº 13.429/2017, definindo a responsabilidade subsidiária do tomador de 
serviços, quando se tratar de atividade-fim. Posteriormente a impossibilida-
de de responsabilizar solidariamente as empresas tomadoras de serviços 
fora afirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em decisão vinculante, 
na tese de Repercussão Geral nº 725, decorrente do julgamento conjunto 
da ADPF nº 324 e do RE nº 958.252: “725 É lícita a terceirização ou qual-
quer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas, 
independentemente do objeto social das empresas envolvidas, mantida a 
responsabilidade subsidiária da empresa contratante.”
Nesse contexto, a redação dada ao §3º do art. 2º da CLT também indica 
o intuito do legislador no sentido de impossibilitar utilização do consórcio 
de empregadores para responsabilizar solidariamente as empresas toma-
doras de serviços em burla à Lei nº 13.429/2017, à Tese Tema 725 de 
Repercussão Geral do STF e à decisão vinculante exarada na ADPF nº 324.
Vale acrescentar também ser recorrente a hipótese em que as em-
presas ditas “terceirizadas” prestam serviços para uma multiplicidade de 
tomadoras de serviços, as quais além de não possuírem sócios em comum, 
e longe de atuarem conjuntamente e de modo integrado, no mais das vezes, 
são concorrentes umas das outras. Hipótese em que, a toda evidência se 
mostra ausente, o interesse comum que supõe a caracterização do grupo 
econômico horizontal, ou “consórcio de empregadores”.
Outra figura jurídica que constitui marco fronteiriço com à do grupo 
econômico é o Contrato de Licenciamento de Marcas, regido pelos arts. 
130, I, II e 132, I da Lei nº 9.279/1996 (Regula os Direitos e Obrigações 
relativos à Propriedade Industrial). Isto porque os citados dispositivos legais 
dispõem sobre o direito de cessão e utilização dos signos comerciais da 
empresa licenciante, por parte da licenciada, notadamente sua logotipia. 
Ocorre que não raro as empresas licenciantes são atraídas ao polo passivo 
das Reclamações Trabalhistas por conta da teoria da aparência. Todavia, 
mesmo antes da Lei nº 13.467/2017, a vista de instrumento contratual de 
licenciamento e à míngua de prova de inidoneidade, boa parte da jurispru-
dência já repelia a tese do grupo econômico horizontal ou por coordenação 
nesses casos:
LICENÇA DE USO DE MARCA. RELAÇÃO ENTRE EMPRESA DONA 
DA MARCA E EMPRESA LICENCIADA. NÃO RECONHECIMENTO 
DE GRUPO ECONÔMICO. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE 
SOLIDÁRIA ENTRE ELAS. Nos termos dos arts. 130, II e 132, 
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DOMENICO RAFAEL CAMERINI
I, da Lei nº 9.279/1999, à proprietária de marca é facultado 
licenciar seu uso, podendo as empresas licenciadas utilizar-se 
da marca para comercializar seus produtos, sem que com 
isso fique configurada a ingerência sobre as licenciadas. 
Assim, desenvolvendo a empresa licenciada atividades com 
autonomia, sem qualquer outro tipo de relação com a dona 
da marca, que não a comercial, não há falar na formação 
de grupo econômico e, por conseguinte, no reconhecimento 
da responsabilidade solidária entre elas. (TRT 12ª R.; RO 
0000664-38.2012.5.12.0006; Quinta Câmara; Relª Juíza Lília 
Leonor Abreu; DOESC 06/08/2013)
Ementa: “CONFIGURAÇÃO DE GRUPO ECONÔMICO. NÃO DE-
MONSTRAÇÃO. EXISTÊNCIA DE UM CONTRATO DE LICENÇA 
DE USO DE MARCA. Não exsurge da simples existência de um 
contrato de licença de uso de marca a imediata configuração 
de um grupo econômico, para fins trabalhistas, envolvendo 
licenciadas e licenciadoras. O grupo econômico pressupõe um 
controle, administração ou uma ingerência (art. 2º, parágrafo 
2º, da CLT). Sem isso, não há falar em grupo econômico cons-
tituído por licenciadora e licenciadas.” (Processo RO 0001143-
31.2012.5.12.0006, Rel. Des.ª LOURDES DREYER, publicado 
no TRTSC/DOE em 06/08/2013)
Ao trazer para o §3º do art. 2º da CLT, a identidade societária enquan-
to pressuposto sine qua non do grupo econômico horizontal, o legislador 
também torna inequívoca, a impossibilidade de declará-lo entre licenciante 
e licenciado com base pura e simplesmente no “nexo relacional” ou nos 
“interesses em comum”.
4 Considerações finais
Do até aqui exposto é possível afirmar que, se de um lado é inegável 
a inserção do grupo econômico horizontal nas relações de trabalho regidas 
pela Consolidação das Leis do Trabalho, de outra parte não menos certa é a 
conclusão de que já não se pode utilizar esta instituição para responsabilizar 
solidariamente os tomadores de serviços nos casos de terceirização, nem 
tampouco as empresas que licenciam suas marcas, pelo passivo trabalhista 
de suas licenciadas, ressalvada neste caso, a hipótese de existirem sócios 
em comum.
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O GRUPO ECONÔMICO NO DIREITO DO TRABALHO A PARTIR DA LEI Nº 13.467/2017
Outrossim, a impossibilidade de redirecionamento da execução mediante 
arguição de grupo econômico em face de empresa que não participou da 
lide na fase de conhecimento, e que por isso mesmo não consta do título 
executivo, foi robustecida com a recepção do incidente de desconsideração 
da personalidade jurídica pela Consolidação das Leis do Trabalho.
Com efeito, por mais caro que seja à Justiça do Trabalho, o porto seguro 
que é satisfação do crédito trabalhista, a Lei nº 13.467/2017 limitou a 
navegação do grupo econômico às águas da fase de conhecimento. Trouxe 
a ainda, a necessidade de se atentar para outras figuras que passam a 
navegar nos mesmos mares em segmentos mais bem definidos, já não 
sendo possível a aplicação de um pelo outro, como alhures se via até então. 
Vale dizer, o nível de discricionariedade judicial nas declarações de grupo 
econômico fora reduzido drasticamente e em boa hora, pois imprimiu ao 
cenário normativo, à virtude da segurança jurídica nas relações empresariais.
Em suma, o conteúdo normativo do §3º, do art. 2º da CLT se revela 
auspicioso na medida em que, ao mesmo tempo que diminui o grau de 
discricionariedade na declaração de grupo econômico horizontal ou por 
coordenação, sua redação preenche uma lacuna legislativa com coerência e 
lógica impares, quando examinada sob os enfoques teleológico, sistemático 
e constitucional de interpretação.
Considerations About the Economic Group in Labor Law from Law 13.467/2017
Abstract: It is about revising the normative changes concerning the economic group brought 
by Law 13.467/2017 in relation to other institutions of labor law that were also revised by the 
same legal diploma, by extravagant legislation and by the jurisprudences of the Superior Labor 
Court and Federal Supreme Court.
Keywords: Labor Law. Labor Reform. Economic group. Disregard for the Legal Person. Brand 
Outsourcing License Agreement.
Referências
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Tese de Repercussão Geral. Tema nº725. Disponível 
em: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/abrirTemasComRG.asp; 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28RE%
24%2ESCLA%2E+E+958252%2ENUME%2E%29+OU+%28RE%2EACMS%2E+ADJ2
+958252%2EACMS%2E%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/jazk4y5
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 129 do TST. CON-TRATO DE 
TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante 
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DOMENICO RAFAEL CAMERINI
a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato 
de trabalho, salvo ajuste em contrário. Disponível em: http://www.tst.jus.br/sumulas
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 205 do TST. GRUPO ECONÔMICO. 
EXECUÇÃO. SOLIDARIEDADE (cancelada) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. 
O responsável solidário, integrante do grupo econômico, que não participou da relação 
processual como reclamado e que, portanto, não consta no título executivo judicial 
como devedor, não pode ser sujeito passivo na execução. Histórico: Redação original 
- Res. 11/1985, DJ 11, 12 e 15.07.1985.
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 331 do TST. CONTRATO DE 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os 
itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011. 
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o 
vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário 
(Lei nº 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante 
empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração 
Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo 
de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 
20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados 
ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a 
subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte 
do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços 
quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e 
conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administração 
Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do 
item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da 
Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das 
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida 
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas 
assumidas pela empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária 
do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação 
referentes ao período da prestação laboral. Disponível em: http://www3.tst.jus.br/
jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_301_350.html#SUM-331
DELGADO, Maurício José Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 17. ed. São Paulo: 
LTr, 2018.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 
2017.
LEITE, Carlos HenriqueBezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. São Paulo: 
Saraiva, 2017.
MARANHÃO, Délio. Instituições de Direito do Trabalho. 22. ed. São Paulo: LTr, 2005.
MARTINEZ, Luciano Curso de Direito do Trabalho: relações individuais, sindicais e 
coletivas do trabalho. São Paulo, 2019.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
RFJT_438_MIOLO.indd 64RFJT_438_MIOLO.indd 64 16/06/2020 14:52:0316/06/2020 14:52:03
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O GRUPO ECONÔMICO NO DIREITO DO TRABALHO A PARTIR DA LEI Nº 13.467/2017
Informação bibliográfica deste texto, conforme a NBR 6023:2018 da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):
CAMERINI, Domenico Rafael. Considerações sobre o grupo econômico 
no Direito do Trabalho a partir da Lei nº 13.467/2017. Revista Fórum 
Justiça do Trabalho, Belo Horizonte, ano 37, n. 438, p. 51-65, jun. 2020.
RFJT_438_MIOLO.indd 65RFJT_438_MIOLO.indd 65 16/06/2020 14:52:0316/06/2020 14:52:03
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