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Redação_tráfico de pessoas

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É notório que a escravidão no Brasil se caracterizou como um dos comércios
mais lucrativos da história no século XVI, enquanto força de produção no país. Nessa
perspectiva, é indubitável que na conjuntura hodierna o tráfico de pessoas ocupou o
lugar do tráfico negreiro, tendo em vista que tal ação consiste no ato de comercializar,
de escravizar e de explorar vidas. Dessa forma, é fulcral debater os caminhos para
combater o tráfico de pessoas no século XXI, uma vez que essa prática perpassou a
história devido o interesse financeiro e a desigualdade social.
A princípio, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos em
seu artigo terceiro: “todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal”. Nesse contexto, percebe-se que esse direito imprescindível na vida de todo
cidadão está sendo violado pelo tráfico humano, no qual as pessoas são ludibriadas por
criminosos com promessas de empregos e de melhores condições de vida. Assim, é
relevante ressaltar a novela “Salve Jorge”, da Rede Globo, na qual a personagem
morena é traficada para a Turquia, após aceitar o convite para trabalhar por um período
como modelo. Dessa forma, é evidente que no Brasil o tráfico é um problema latente,
realizado por agentes criminosos que atuam privando a liberdade de indivíduos que
sonham com um futuro melhor.
Ademais, é incontrovertível que assim como, a Bela Adormecida, diversas
mulheres sonham em encontrar o príncipe encantado, se casar e mudar de vida.
Entretanto, no Brasil contemporâneo, muitas apenas encontram lobos maus, em um país
com uma das rotas preferenciais do tráfico de pessoas. Nesse sentido, é notório que
muitas mulheres acabam sendo enganadas e se tornando escravas sexuais, em um
universo de exploração e de violação do corpo feminino. Outrossim, de acordo com
dados do Ministério da Saúde, em 2018 foram registrados 32 mil casos de abuso sexual
no país. Tal dado evidencia que o sonho do príncipe encantado é uma realidade
inalcançável para muitas brasileiras.
Destarte, é indubitável que a exploração e violação dos direitos humanos,
mediante o tráfico de pessoas, é uma prática latente no Brasil contemporâneo que deve
ser combatida. Portanto, o Ministério da Cidadania juntamente com o conselho tutelar,
deve trabalhar em conjunto para que meninas não sejam exploradas sexualmente e
escravizadas por estrangeiros e que pessoas não sejam ludibriadas por criminosos com
ilusórias promessas de empregos, por meio de projetos de fiscalização em locais onde
essa prática é acentuada, ações de assistência para as mulheres vítimas de violações dos
seus corpos sem o consentimento e ampliação do canal de denúncia – Disque 100 –,
para que essa prática deixe de ser uma realidade no Brasil, para que as pessoas possam
voltar a sonhar com uma vida melhor e com condições dignas.

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