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Introdução a Farmacognosia ↳ A disciplina tem como objetivo fundamentar sobre o conhecimento químico, farmacológico e toxicológico de espécies vegetais de uso terapêutico. O que é feito através do estudo de diferentes classes de princípios ativos presentes nos vegetais. ↳ A palavra Farmacognosia vem de dois vocábulos gregos e quer dizer Pharmakon “droga e fármaco” gnosis “conhecimento”. ↳ Enfoque nos métodos de extração, caracterização química e quantificação de princípios ativos em drogas vegetais de interesse farmacêutico. ↳ “Ciência multidisciplinar que contempla o estudo das propriedades físicas, químicas, bioquímicas e biológicas dos fármacos ou dos fármacos potenciais de origem natural assim como busca novos fármacos a partir de fontes naturais.” • Objetivos da Farmacognosia ↳ Estudas as classes de constituintes químicos das espécies vegetais quanto aos: aspectos da biossíntese, classificação química e atividades farmacológicas. ↳ Aprender aspectos relacionados ao controle de qualidade de drogas vegetais. ↳ Valorização da biodiversidade e obtenção de novos fármacos. • Histórico ↳ Pen Ts’ao 2700 a.C “A Grande Fitoterapia” – Classificação das plantas medicinais. ↳ Papiros de Éber 1550 a.C. – Preparo de subastâncias e posologia; 800 prescrições (substância ativa + veículos – água, gordura animal, vinho). ↳ Ilíada e Odisséia – Efeitos medicinais de substância naturais. ↳ Indígenas da América do Sul e Central – Conhecimento paralelo ao das civilizações antigas: poções, rituais, religião, história, sabedoria. Tratamento em uma mistura de rituais religioso e remédios derivados de plantas. ↳ Analecta Pharmacognostica 1815 – Ciência que estudava as drogas de origem natural. ↳ Atualmente – Drogas de origem vegetal e animal. • Definições Importantes ↳ Planta Medicinal – Espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. Todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos. Exemplo: Babosa, Erva-Cidreira etc. ↳ Droga Vegetal – Planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta, estabilização, quando aplicável e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Exemplo: Cúrcuma em pó em cápsulas. ↳ Fitocomplexo – Substâncias originadas no metabolismo primário e/ou secundário responsáveis, em conjunto, pelos efeitos biológicos de uma planta medicinal ou de seus derivados. ↳ Marcador – Composto ou classe de compostos químicos (ex: alcalóides, flavonóides, ácidos graxos, etc.) presentes na matéria prima vegetal, preferencialmente tendo correlação com o efeito terapêutico, que é utilizado como referência no controle da qualidade da matéria-prima vegetal e do medicamento fitoterápico. ↳ Matéria-prima Vegetal – Planta medicinal, droga vegetal ou seus derivados: extrato, tintura, óleo, cera, suco, etc. ↳ Princípio Ativo – Substância (ou grupo de substâncias) quimicamente caracterizada cuja ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos do fitoterápico (ou planta medicinal) ↳ Fitoterápico – Medicamento obtido por processos tecnologicamente adequados empregando-se exclusivamente matérias primas-vegetais, com finalidade profilática, curativa, paliativa, ou para fins de diagnóstico. • Produtos Naturais ↳ Fornecem fármacos úteis, cuja produção e comercialização na forma sintética é difícil, se não impossível. ↳ Fornecem compostos básicos que podem ser ligeiramente modificados para tornarem-se mais eficazes e menos tóxicos. ↳ Podem ser utilizados como protótipos ou modelos para medicamentos sintéticos. ↳ Obtenção de produtos que possuem atividade farmacológica pequena ou nula que podem ser modificados por métodos químicos ou biológicos para a produção de drogas potentes. • Fatores que Afetam a Qualidade da Matéria-prima Vegetal (MPV) ↳ Variação da composição química. · Extrativismo. · Coleta inadequada. · Pré-secagem. · Armazenamento inadequado. · Secagem inadequada. ↳ Identidade. · Adulteração. · Falsificação. · Ignorância. · Substituição. ↳ Contaminação. ↳ Partes estranhas. · Presença de partes não interessantes do vegetal. · Insetos, terra, etc. • Cultivo de Plantas Medicinais ↳ Efeito da luminosidade. ↳ Efeito da temperatura. ↳ Efeito do solo (influencia na composição química). ↳ Sazonalidade. • Coleta ↳ É essencial que se prepare uma exsicata para a identificação botânica e que a seleção do material coletado seja feita com cuidado. ↳ Evitar coletar partes do vegetal que foram afetadas por doenças, parasitas, materiais estranhos ou partes da planta que não sejam de interesse para a investigação. ↳ Registrar local, hora, data de coleta na ficha de dados. • Estabilização ↳ Manutenção da composição química de drogas vegetais, evitando transformações enzimáticas que poderão provocar inativação. ↳ Métodos de estabilização. · Destruição de enzimas pelo álcool a ebulição. · Destruição das enzimas pelo calor úmido. · Calor seco. • Aspectos Relevantes ↳ Teor de umidade: Frutos > Flores > Folhas > Raízes > Cascas > Caules > Sementes. ↳ Estabilidade dos Princípios Ativos: · Termolábil (temp < 40ºC). · Degradação enzimática (temp. 55-60ºC). · Termolábil e degradação enzimática (vapores de EtOH e T < 40ºC).
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