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Diversidade cultural de Minas Gerais A diversidade cultural de Minas Gerais é uma das riquezas e um dos patrimônios mais importantes do Brasil. As manifestações folclóricas em Minas têm suas origens nas tradições, nos usos e costumes dos colonizadores portugueses, com forte influência das culturas indígena e africana. Principais manifestações folclóricas de Minas Gerais • O carnaval é uma festa popular que surgiu ainda na antiguidade com o intuito de celebrar os deuses pagãos e a natureza. ... • – Cavalhada. ... • – Congado. ... • – Encomendação das Almas. ... • – Festa do Divino. ... • – Festa do Rosário. ... • – Festa Junina. ... – Folia de Reis 1. Congado Uma das manifestações culturais mais antigas e populares de Minas é a festa do congado, também chamada de congada. É uma celebração que mistura toda as tradições de religiões africanas e católica. A padroeira da festa é a Nossa Senhora do Rosário, conhecida como santa dos escravos, mas também são festejados São Benedito e Nossa Senhora das Mercês. A festividade ocorre em homenagem ao rei do Congo, o Chico-Rei, que teria vindo para o Brasil em um navio negreiro. Levado para Vila Rica (atual Ouro Preto), ele foi responsável pela libertação de seu filho e de outros escravos de sua comunidade. A festa envolve muita música, canto, levantamento de mastro e a coroação simbólica de Chico-Rei. 2. Festa junina As festas de junho ocorrem no Brasil inteiro de diferentes formas, mas é em Minas que elas ganham mais destaque por incorporarem a culinária local e a estrela do mês, o milho, na festança. Tradicional do norte da Europa, as festas juninas celebram, aqui também, santos muito populares em Portugal: São João, São Pedro, São Paulo e Santo Antônio. As roupas utilizadas para dançar a quadrilha fazem referência ao povo campestre, com clara influência nordestina. É comum acender uma fogueira para São João, fazer a dança das fitas e dançar quadrilha com passos cantados em francês (a dança foi importada da “contredance” francesa). 3. Cavalhada Conhecida também como carnaval a cavalo, essa manifestação cultural é uma encenação da batalha entre os cristãos e os mouros pela conquista da Península Ibérica. A festa é realizada no Brasil desde o século XVII e era basicamente uma peça de teatro: cada lado se vestia de uma cor, azul e vermelho, os cavalos eram ornamentados e a cavalgada representava a guerra, remetendo aos torneios medievais. A tradição passa de pai para filho e hoje a cavalhada acontece em várias cidades do Brasil, nos meses de junho e outubro. Os uniformes e os cavalos são cada vez mais coloridos e enfeitados, o que acaba tornando a festa uma espécie de carnaval, daí o apelido. 4. Folia de Reis A Folia de Reis acontece entre o Natal e o Dia de Reis, celebrado em 6 de janeiro, o dia que os três Reis Magos visitaram Jesus Cristo. É a data que marca o fim das festas de Natal, e é por isso que é o dia tradicional de se retirar os enfeites natalinos e desmontar o presépio. A festança ocorre na rua, quando o grupo desce entoando cantos e profecias e visitando as casas das pessoas em alusão à visita dos reis. Em 2017, a Folia de Reis foi tombada como Patrimônio Imaterial de Minas Gerais, sendo considerada uma das celebrações mais tradicionais do estado. A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros aspectos. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões. Qual a riqueza cultural de Minas Gerais. • A diversidade cultural de Minas Gerais é uma das riquezas e um dos patrimônios mais importantes do Brasil. E se delimitarmos apenas a produção cultural dos seus 853 municípios, chegaremos a uma infinidade de elementos, muitas vezes desconhecidos pelos moradores locais, como pelos habitantes dos outros estados. • Muito mais do que explorar turisticamente e economicamente os aspectos culturais de Minas Gerais, deve-se ter em mente que é necessária a valorização de todos os bens culturais e a apropriação desses, por parte de quem vive no estado, para que então seja reconhecida a dimensão simbólica e cidadã que o patrimônio cultural tem. https://blog.grandhotelpocinhos.com.br/5-cidades-mineiras-que-voce-precisa-conhecer-para-fugir-da-rotina/ https://blog.grandhotelpocinhos.com.br/pare-agora-e-conheca-5-delicias-da-culinaria-mineira/ https://blog.grandhotelpocinhos.com.br/5-destinos-para-descansar-no-carnaval-e-fugir-da-folia/ https://blog.grandhotelpocinhos.com.br/quero-paz-e-sossego-as-vantagens-de-curtir-o-reveillon-na-natureza/ No campo econômico, Minas Gerais possui vários destaques, como a indústria extrativa mineral, o turismo e o agronegócio, sendo a primeira a mais importante do estado. Estima-se que mais de 50% da produção brasileira de minério de ferro estejam localizados em Minas, além de 29% dos demais minérios serem extraídos do solo mineiro. Arte e cultura em minas Gerais: muito além dos pontos turísticos. Minas Gerais é um dos estados mais bonitos do Brasil. Conta com cidades que possuem lindas belezas naturais, como cachoeiras e serras. Além disso, é um estado conhecido nacionalmente pelos seus pontos turísticos, sendo alguns exemplos nesse sentido o Parque Nacional da Serra da Canastra, o Mineirão e a Lagoa da Pampulha. O estado respira arte e cultura. Museus Os museus são locais históricos que podem ampliar nosso repertório cultural, uma vez que nos colocam em contato com objetos e/ou obras que nos levam a conhecer mais sobre uma região ou fato. Então, nesse sentido, Minas Gerais não deixa a desejar. O estado conta com vários museus, entre eles podemos destacar os seguintes: Centro de Arte Popular O Centro de Arte Popular apresenta ao público a rica cultura criada por artistas populares mineiros. De acordo com o portal do estado, a instituição tem como objetivo promover a diversidade cultural mineira, bem como a fruição artística, além de desempenhar significativa função no sentido de gerar inclusão social. Museu Casa Guimarães Rosa O Museu Casa Guimarães Rosa está instalado na casa onde o escritor João Guimarães Rosa nasceu e viveu em sua infância. É a própria casa o objeto cultural a ser contemplado, a qual mostra a típica vida experienciada por esse importante escritor. Museu Mineiro Além de uma extensa programação relacionada ao patrimônio tangível (material) e imaterial do estado, o Museu Mineiro também oferece ao público exposições de longa duração e temporárias organizadas por renomados artistas, bem como por aqueles que são iniciantes. Galeria de arte Minas Gerais também oferece galerias de arte, que assim como os museus, também podem ampliar seu repertório cultural e torná-lo mais sensível a esse incrível mundo. Um exemplo que podemos destacar é a galeria de arte Nello Nuno. Conforme o portal do estado de Minas Gerais, a galeria de arte Nello Nuno foi criada para proporcionar um espaço de promoção e divulgação da arte contemporânea de Ouro Preto. Localizada no centro histórico da cidade, a galeria aceita exposições de artistas da região e de todo o Brasil. Música Em termos musicais, Minas Gerais também se destaca. Sua musicalidade e ritmo chegam aos quatro cantos de seu território, sendo reconhecido como um complexo musical da cultura brasileira. Nessa direção, vale destacar que importantes músicos e compositores são oriundos do estado, como Ary Barroso, Clara Nunes, Milton Nascimento e Flausino Valle. Então, é também possível apreciar a musicalidade de Minas, bastando para isso visitar (ou acompanhar digitalmente) as salas da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e a Fundação Clóvis Salgado e apreciar a Rádio Inconfidência. Patrimônios culturais tombados existentes em Minas Gerais Patrimônios estaduais No Brasil e em Minas Gerais, existem três níveis de tombamentos (proteçãolegal) de bens: municipal, estadual, nacional. O tombamento pode ser feito pela União por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); pelo Governo Estadual através do Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep) e do Iepha-MG ou pelas administrações municipais, utilizando leis específicas ou a legislação federal. Em nível estadual, ou seja, protegidos pelo Iepha-MG sob legislações mineiras, existem em Minas Gerais, atualmente, 197 patrimônios culturais tombados ou em instrução de tombamento. Destes, 120 (60,9%) são Bens Imóveis, 63 (32%) são Conjuntos Paisagísticos e 14 (7,1%) são Conjuntos Históricos. Os Bens Imóveis tombados pelo Iepha-MG relacionam-se às edificações históricas, tais como o Arquivo Público Mineiro em Belo Horizonte, a Capela de Nossa Senhora da Soledade em Congonhas, o Sobrado do inconfidente Domingos de Abreu Vieira em Berilo, a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres no Serro, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário em Sacramento, a Capela de Nossa Senhora das Mercês em Mariana e Escola Estadual Professor Botelho Reis em Leopoldina. Conjuntos paisagísticos são representados por conjuntos naturais, arqueológicos, históricos e arquitetônicos. Entre os bens tombados nesta categoria estão o Complexo hidrotermal e hoteleiro de Araxá, o Conjunto arquitetônico e paisagístico da Vila Elisa, Vila Operária e antiga Fábrica de Tecidos Marzagão em Sabará, o Conjunto arquitetônico e paisagístico e acervo do Museu Mariano Procópio em Juiz de Fora; a Serra de São Domingos em Poços de Caldas, o Pico do Itabirito em Itabirito e o Conjunto arquitetônico, paisagístico e arqueológico das Escolas Dom Bosco em Ouro Preto. Os Conjuntos Históricos referem-se aos conjuntos urbanos que remetem a ocupação das cidades de Minas Gerais. Nesta categoria estão o Núcleo Histórico de Córregos em Conceição do Mato Dentro, o Centro Histórico de Santa Luzia e o Centro Histórico de Brumal em Santa Bárbara. Patrimônios tombados pelos municípios Os municípios mineiros também possuem políticas para a proteção dos patrimônios culturais existentes em seus territórios. De acordo com dados disponibilizados pelo Iepha-MG, a partir do ICMS Patrimônio Cultural de 2019, são mais de 3.200 patrimônios culturais tombados no nível municipal. As regiões Central, Sul de Minas e Zona da Mata concentram mais de 65% dos patrimônios culturais tombados pelos municípios mineiros. Os tombamentos municipais são, em sua maioria, de Bens Imóveis, totalizando 2.302 patrimônios culturais. As demais categorias de tombamento municipal são os Conjuntos Paisagísticos, os Bens Móveis e os Núcleos Históricos. Os Conjuntos Paisagísticos tombados pelos municípios mineiros totalizam 686 patrimônios culturais, o que representa 21% dos tombamentos totais. São exemplares de Conjuntos Paisagísticos: o Conjunto Arquitetônico Urbanístico e Paisagístico da Praça Getúlio Vargas em Alfenas. Os Bens Móveis são representados por cruzeiros, monumentos, bustos e expressões artísticas dos municípios mineiros, tais como o Cruzeiro do Bonfim em São Gonçalo do Pará, o Monumento a Tiradentes em Tiradentes, o Monumento Anita Garibaldi em Juiz de Fora. Os Bens Móveis totalizam 169 tombamentos municipais em Minas Gerais, correspondendo a 5% do total. Por fim, são 54 Núcleos Históricos tombados pelos municípios mineiros, o que representa 2% do total dos bens tombados municipalmente. Exemplos deste tipo de tombamento são o Núcleo do Centro Histórico de Caeté, o Núcleo Histórico do Itacolomi em Conceição do Mato Dentro. Entre os bens tombados pelo Iphan estão a Igreja de Nossa Senhora das Mercês em Mariana, a casa da Fazenda da Boa Esperança em Belo Vale, as ruínas da Fábrica de Ferro Patriótica em Ouro Preto, a Casa da Chica da Silva em Diamantina, a Casa de Saúde Carlos Chagas em Lassance, e o Conjunto histórico, arquitetônico e paisagístico de Cataguases. Patrimônios registrados Ainda há inúmeros patrimônios culturais que não são tombados, mas são registrados pelos municípios, Estado de Minas Gerais e Brasil. O Iphan registrou como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais: o Modo Artesanal de fazer o Queijo de Minas, o Ofício de Sineiros, o Toque dos Sinos, o Jongo, a Roda de Capoeira e Ofício dos Mestres de Capoeira. O Iepha-MG e os municípios mineiros já registraram mais de 2.700 patrimônios culturais ligados às celebrações, aos lugares e aos saberes, como, por exemplo, a Folia do Engenho Velho em Perdizes, a Companhia de Folia de Reis Estrela da Guia em Frutal, os três Reis Magos a caminho de Belém com os seguidores da 2ª geração da família Tomaz em Iturama, os violeiros de São Sebastião do Paraíso, a Cultura Maxacali, o Modo de fazer o queijo artesanal da região de Araxá, as Apanhadoras de Flores Sempre-Vivas e o Modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro. Base de patrimônios georreferenciados De fato, como apontou Guimarães Rosa, Minas são muitas e poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais. Inaugurando uma nova fase e colaborando para dar visibilidade à diversidade de Minas Gerais, o Iepha passará a disponibilizar, em sua plataforma digital de dados oficiais georreferenciados, as bases de consulta dos patrimônios culturais. Todos os mais de 4.000 patrimônios culturais registrados e tombados em Minas Gerais podem ser visualizados em mapa, sendo filtrados por tipo e por município.
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