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Bonus
surpresa
Procedimentos de reabilitação
@sobreafisio
Brenda Antunes
@sobreafisio
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Procedimento 
Operacional Padrão
POP/UNIDADE DE 
REABILITAÇÃO/12/2016
Fisioterapia Cardiovascular Ambulatorial: 
Fases II e III
Versão 1.0
UNIDADE DE 
REABILITAÇÃO 
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Procedimento Operacional 
Padrão 
 
POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/12/2016 
Fisioterapia Cardiovascular Ambulatorial: Fases II e III 
 
 
 
 
 
 
Versão 1.0 
 
 
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® 2015, Ebserh. Todos os direitos reservados 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh 
www.Ebserh.gov.br 
 
 
 
Material produzido pela Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade 
Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) 
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
(UFTM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares 
(Ebserh) – Ministério da Educação 
 
POP: Fisioterapia Cardiovascular Ambulatorial: Fases II e III – Unidade de 
Reabilitação do HC-UFTM – Uberaba, MG, 2016. 18p. 
 
Palavras-chaves: 1 – POP; 2 – Reabilitação Cardíaca; 3 – Fisioterapia 
ambulatorial 
 
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HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRI ÂNGULO MINEIRO 
(HC-UFTM) 
ADMINISTRADO PELA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HO SPITALARES 
(EBSERH) 
Avenida Getúlio Guaritá, nº 130 
Bairro Abadia | CEP: 38025-440 | Uberaba-MG 
Telefone: (034) 3318-5200 | Sítio: www.ebserh.gov.br/web/hc-uftm 
 
 
ALOIZIO MERCADANTE OLIVA 
Ministro de Estado da Educação 
 
 
NEWTON LIMA NETO 
Presidente da Ebserh 
 
 
LUIZ ANTÔNIO PERTILI RODRIGUES DE RESENDE 
Superintendente do HC-UFTM 
 
 
AUGUSTO CÉSAR HOYLER 
Gerente Administrativo do HC-UFTM 
 
 
DALMO CORREIA FILHO 
Gerente de Ensino e Pesquisa do HC-UFTM 
 
 
MURILO ANTÔNIO ROCHA 
Gerente de Atenção à Saúde do HC-UFTM/ 
 
 
ADRIANO JANDER FERREIRA 
Responsável pela Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HC-UFTM 
 
 
RENATA DE MELO BATISTA 
Chefe da Unidade de Reabilitação do HC-UFTM 
 
 
EXPEDIENTE 
 
 
Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro 
 
Produção 
 
 
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HISTÓRICO DE REVISÕES 
 
Data Versão Descrição Gestor do POP 
Autor/responsável por 
alterações 
18/02/2016 1.0 
Trata da padronização da 
assistência fisioterapêutica 
ambulatorial do paciente 
portador de doenças 
cardiovasculares 
Renata de Melo Batista 
Luciana Duarte Novais da 
Silva 
Marcia Souza Volpe 
Maria de Lourdes Borges 
Maria de Lourdes da Silva 
Vanessa Miranda Lídio 
 
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POP/Unidade de Reabilitação/12/2016 Fisioterapia Ambulatorial Cardiovascular: Fases II e 
III 
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SUMÁRIO 
OBJETIVO............................................................................................................................. 06 
GLOSSÁRIO.......................................................................................................................... 06 
APLICAÇÃO......................................................................................................................... 07 
I. INFORMAÇÕES GERAIS............................................................................................... 07 
1.1 Introdução.................................................................................................................... 07 
II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS....................................................................................... 08 
2.1 Objetivos da Fisioterapia Cardiovascular..................................................................... 08 
2.2 Avaliação Fisioterapêutica Cardiovascular.................................................................. 10 
2.3 Fisioterapia Cardiovascular na Fase II........................................................................ 
2.4 Fisioterapia Cardiovascular na Fase III........................................................................ 
15 
16 
REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................. 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POP/Unidade de Reabilitação/12/2016 Fisioterapia Ambulatorial Cardiovascular: Fases II e 
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OBJETIVO 
 
 Padronizar entre a equipe de Fisioterapia Cardiovascular e multiprofissional a assistência ao 
paciente portador dos fatores de risco para doença arterial coronariana e de doença cardiovascular. 
 
GLOSSÁRIO 
' - minuto 
1RM – 1 Resistência Máxima 
ACSM – American College of Sports Medicine 
AVDs – Atividades de vida diária 
CCV – Cirurgia Cardiovascular 
CPT - Capacidade pulmonar total 
CR – Centro de Reabilitação 
DAC – Doença Arterial Coronariana 
DCV - doença cardiovascular 
Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares 
ECG - Eletrocardiograma 
Ed. - Edifício 
FA – Fibrilação Atrial 
FC - Frequência Cardíaca 
FCT – Frequência Cardíaca de Treinamento 
FR - Frequência respiratória 
HDL – Lipoproteína de Alta Densidade 
IAM - Infarto agudo do miocárdio 
ID - Índice diafragmático 
LA – Limiar de Anaerobiose 
LDL - Lipoproteína de Baixa Densidade 
MVO2 – Consumo de Oxigênio do Miocárdio 
OMS – Organização Mundial de Saúde 
p. - Página 
PA - Pressão Arterial 
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POP/Unidade de Reabilitação/12/2016 Fisioterapia Ambulatorial Cardiovascular: Fases II e 
III 
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PEMax - pressão expiratório máxima 
PFE - pico de fluxo expiratório 
PIMax - pressão inspiratória máxima 
POP – Protocolo Operacional Padrão 
RCV – Reabilitação Cardiovascular 
SATO2 - Saturação de oxigênio 
SatO2 - Saturação Oxigênio 
T° - Temperatura 
TC6’ – Teste de Caminhada de Seis Minutos 
TE – Teste Ergométrico 
VEF - volume expiratório forçado 
VO2Max - volume máximo de oxigênio 
VR - Volume residual 
∆ AB - diferença da dimensão abdominal obtida entre a fase inspiratória e expiratória 
∆ CT - a diferença da dimensão da caixa torácica também obtida nas fases inspiratória e expiratória. 
 
APLICAÇÃO 
Serviço de Fisioterapia Cardiovascular do Centro de Reabilitação Prof. Dr. Fausto da Cunha 
Oliveira do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM). 
 
I. INFORMAÇÕES GERAIS 
 
1.1 Introdução 
No I Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular (1997), reabilitação cardíaca foi 
conceituada como um ramo de atuação da cardiologia que, implementada por equipe de trabalho 
multiprofissional, permite a restituição ao indivíduo de uma satisfatória condição clínica, física, 
psicológica e laborativa. 
Os programas de reabilitação cardíaca foram desenvolvidos com o propósito de trazer estes 
pacientes de volta às suas atividades diárias habituais, com ênfase na prática do exercício físico, 
acompanhada por ações educacionais voltadas para mudanças no estilo de vida. Muitos autores, 
dentre eles, Araújo, et al., (2004) descrevem os benefícios do exercício físico regular, seus efeitos 
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POP/Unidade de Reabilitação/12/2016 Fisioterapia Ambulatorial Cardiovascular:Fases II e 
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cardiovasculares e metabólicos, bem como, suas indicações e contra-indicações para pacientes 
portadores de cardiopatia e de fatores de risco para doença arterial coronariana. 
 Além da ênfase na prática da atividade física, são citados na literatura vários programas de 
reabilitação cardíaca que também envolve outras ações desenvolvidas por profissionais das áreas de 
enfermagem, nutrição, educação física, serviço social e psicologia, visando modificar outros aspectos 
que contribuem com a diminuição do risco cardíaco de forma global (DIRETRIZ DE 
REABILITAÇÃO CARDÍACA, 2005). 
Regenga em 2000 descreve que a atividade física é fator importante na prevenção primária e 
secundária, e curativa, assim como no tratamento das várias doenças cardiovasculares e também nos 
fatores de risco para a doença arterial coronariana (DAC): diabetes, dislipidemia, obesidade e 
hipertensão arterial. A intervenção preventiva visa ao controle e à redução dos fatores de risco das 
DCV, principalmente a DAC. Já a curativa visa ao restabelecimento das funções cardiovasculares, 
permitindo ao cardiopata executar atividade física compatível com a capacidade funcional de seu 
coração. 
O serviço de reabilitação cardiovascular (RCV) do HC também desenvolve estas ações 
incluindo na equipe: médico cardiologista, enfermeiros, nutricionista, psicólogo, educador físico e 
assistente social, objetivando as mudanças nos hábitos de vida e maior aderência ao tratamento. 
Tanto os pacientes como os membros da família, participam de programas educativos e 
esclarecimentos quanto à fisiopatologia da doença cardíaca, os mecanismos de ação das drogas em 
uso, sua importância, bem como, a relação da doença com a atividade física regular e as implicações 
na vida sexual e profissional. Os hábitos alimentares e aspectos nocivos do estilo de vida são 
reformulados, com especial ênfase na cessação do tabagismo e as intervenções psicológicas são 
desenvolvidas visando ao controle do estresse, com as terapias em grupo e o tratamento da depressão 
e ansiedade. 
A RCV é dividida em 3 fases: fase I, II e III. A fase I inclui o período de internação 
hospitalar; a fase II é considerada após alta hospitalar até 2 ou 3 meses e a fase III acontece após o 3º 
mês do evento. Nesta fase, a reabilitação intervém de forma preventiva e curativa por meio da 
aplicação de programas de treinamento físico em nível ambulatorial com supervisão continuada. 
 
II DESCRIÇÃO DAS TAREFAS 
 
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POP/Unidade de Reabilitação/12/2016 Fisioterapia Ambulatorial Cardiovascular: Fases II e 
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2.1 Objetivos da Fisioterapia Cardiovascular 
 
- Melhorar a função dos sistemas cardiovascular e respiratório de forma progressiva e segura 
- Melhorar as condições físicas, mentais e emocionais dos pacientes, dando as condições para um 
retorno mais rápido às suas atividades cotidianas 
- Prevenir a progressão do processo aterosclerótico 
- Reduzir a morbimortalidade cardiovascular, melhorar a qualidade de vida e o prognóstico 
- Aumentar a capacidade aeróbica levando à maior capacidade de realizar trabalho 
- Aumentar a eficiência dos músculos esqueléticos durante o exercício, devido ao aumento do 
número de mitocôndrias 
- Reeducar o paciente com o intuito de modificar o seu estilo de vida e aumentar seu conhecimento 
sobre a patologia 
- Identificar e modificar os fatores de risco da DCV 
- Reduzir o consumo de oxigênio pelo miocárdio (MVO2) 
- Menor elevação da frequência cardíaca (FC) e da pressão arterial (PA) em exercícios submáximos 
- Aumentar o limiar do aparecimento de angina e menor depressão do segmento ST no 
eletrocardiograma (ECG) durante o trabalho submáximo 
- Reduzir a frequência cardíaca em repouso 
- Reduzir o conteúdo e captação de catecolaminas pelo miocárdio com diminuição da tendência ao 
aparecimento de arritmias 
- Melhorar o sistema vascular colateral do miocárdio 
- Diminuir a pressão arterial e os níveis de triglicerídeos 
- Aumentar a fração da lipoproteína de alta densidade (HDL) e reduzir a fração da lipoproteína de 
baixa densidade (LDL) do lipidograma 
- Aumentar a tolerância à glicose e redução do peso corporal 
- Diminuir a ansiedade e a depressão 
- Aumentar a autoconfiança, sensação de bem-estar 
- Diminuir os sintomas e a quantidade de medicamentos utilizados e retorno dos pacientes a uma 
vida social próxima aos níveis normais 
- Promover modificações do controle autonômico cardíaco 
- Propiciar condições adequadas para o ingresso do paciente na fase III do programa 
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2.2 Avaliação Fisioterapêutica Cardiovascular 
 
Assim que o paciente encontra-se com as medicações otimizadas e com quadro clínico estável é 
submetido ao teste ergométrico (TE) máximo como parte da avaliação para a prescrição da 
intensidade de esforço durante o treinamento. A avaliação fisioterapêutica no HC é realizada 
seguindo uma ficha específica contendo todas as informações clínicas enviadas pelo médico 
responsável. Em seguida, o paciente é submetido à entrevista sendo preenchida uma ficha de 
avaliação para atividade física, contendo dados pessoais, hábitos de vida, antecedentes familiares, 
histórico da moléstia atual, história pregressa, etc. Dando sequência, o paciente é submetido ao 
exame físico, sendo realizadas as avaliações postural e muscular para verificar a existência de 
possíveis alterações posturais, retrações musculares e diminuição de força, objetivando adequar o 
programa de tratamento ao comprometimento dos sistemas osteoarticular e muscular (REGENGA, 
2000). 
O paciente é avaliado e acompanhado pela equipe multiprofissional sendo, o médico, enfermeiro, 
nutricionista, fisioterapeuta, educador físico e psicólogo. Cada profissional realiza sua avaliação 
individualmente. O educador físico participa única e exclusivamente da fase III. 
Os pacientes pós-operatórios e pós-infarto do miocárdio (IAM) na fase II do processo de RCV ou 
ainda os que apresentam história de doença pulmonar são submetidos à avaliação respiratória, 
conforme Britto et. al., (2009), descrevem abaixo: 
 
2.1.1 Manovacuometria: por meio de um manovacuômetro, é possível quantificar de forma 
não-invasiva a força dos músculos respiratórios. A pressão inspiratória máxima (PImáx) indica a 
força dos músculos inspiratórios e a pressão expiratória máxima (PEmáx) indica a força dos 
músculos expiratórios. 
a) Pressão Inspiratória Máxima (PImáx): 
- sentar o paciente a 90º com os pés apoiados no chão; 
- colocar o bocal e a pinça nasal; 
- solicitar 2 ou 3 ciclos respiratórios em volume corrente com o orifício de oclusão aberto; 
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- solicitar uma expiração tão completa quanto possível até o volume residual (VR). O 
paciente poderá ser orientado a indicar este momento por meio de gesto; 
- fechar imediatamente o orifício de oclusão e solicitar inspiração, tão forte quanto o paciente 
conseguir, até a capacidade pulmonar total (CPT). Após 2 segundos de força sustentada, 
terminar a manobra e retirar o bocal. 
b) Pressão Expiratória Máxima (PEmáx): 
- sentar o paciente a 90º com os pés apoiados no chão; 
- colocar o bocal e a pinça nasal; 
- solicitar 2 ou 3 ciclos respiratórios em volume corrente com o orifício de oclusão aberto; 
- solicitar primeiramente uma inspiração tão completa quanto possível até a CPT, também 
com indicação por gesto por parte do paciente; 
- fechar imediatamente oorifício de oclusão e solicitar expiração máxima (em nível de VR) 
com sustentação de 2 segundos; 
Obs: Se o tubo não possuir válvula para a saída do ar, a pinça nasal deverá ser colocada 
inicialmente e o bocal logo após a expiração (PImáx) ou a inspiração (PEmáx) completa. 
 Deverão ser realizadas de 3 a 5 manobras aceitáveis (sem vazamento de ar, sustentando por no 
mínimo 1 segundo), sendo ao menos 2 reprodutíveis (diferença menor ou igual a 10% entre os 
valores), respeitando 1 minuto de intervalo entre elas, utilizando-se para registro a maior medida. O 
valor das pressões é expresso em cmH2O, sendo o da PImáx negativo. 
Conforme descrito por Britto, et. al., (2009), a medida da PEmáx durante a avaliação pré-
operatória é de grande importância na avaliação da eficácia da tosse, portanto, na prevenção de 
acúmulo de secreção nas vias aéreas. A técnica mais utilizada para medida da endurance muscular 
respiratória é do tipo linear com carga do tipo threshold (limiar). 
 
2.1.2 Pico de Fluxo Expiratório (PFE): é o fluxo máximo alcançado durante uma expiração 
realizada com força máxima e iniciando de um nível máximo de insuflação pulmonar. É considerado, 
como o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), um índice indireto do calibre das 
vias aéreas. Porém, o PFE parece ser menos sensível que o VEF1 para detectar obstrução nas vias 
aéreas. É utilizado o peak flow meters, pois é portátil e de baixo custo. 
O procedimento deve ser realizado com instruções prévias. Manobras de demonstração e o 
estímulo oferecido ao paciente são fundamentais para o sucesso do teste. 
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- sentar o paciente ou colocar de pé, porém o pescoço não deve estar flexionado ou 
hiperextendido evitando a complacência traqueal; 
 - colocar a pinça nasal; 
- solicitar ao paciente uma inspiração máxima seguida por uma expiração forçada máxima, 
curta e explosiva (menos que 1 segundo) através do bocal acoplado ao medidor de pico de 
fluxo; 
Obs: O mais alto valor de 3 manobras consecutivas deve ser registrado, desde que a diferença 
entre elas não ultrapasse 20 L/min. Se entre os 2 maiores valores houver diferença maior do que 40 
L/min, outras 2 manobras devem ser realizadas. A queda sucessiva das medidas do pico de fluxo na 
mesma avaliação pode indicar broncoespasmo induzido pela manobra. 
 
 A descrição do Índice Diafragmático (ID) feita a seguir foi relatada por Sarmento em 
2005. 
2.1.3 Índice Diafragmático: é capaz de refletir o movimento tóraco-abdominal, que é obtido 
com um magnetômetro ou pletismografia de indutância e ainda com uma fita métrica simples. Este 
índice é capaz de dizer fielmente as mudanças de dimensões do tórax e do abdômen durante a 
inspiração e expiração, com a seguinte fórmula: ID = ∆ AB/∆ AB + ∆ CT. O ∆ AB é a diferença da 
dimensão abdominal obtida entre a fase inspiratória e expiratória, e ∆ CT, a diferença da dimensão 
da caixa torácica também obtida nas fases inspiratória e expiratória. 
- paciente posicionado em decúbito dorsal horizontal, sendo o ∆CT medida com a fita 
posicionada no 4º espaço intercostal e o ∆AB posicionada na cicatriz umbilical; 
- foi solicitado que o paciente realizasse uma inspiração profunda máxima até a CPT, seguida 
de uma expiração total, caracterizando a CRF por 2 vezes consecutivas com pausa nos 
movimentos respiratórios ao final da inspiração e da expiração para mensurar as variações 
dimensionais perimétricas do tórax; 
 
 Comumente, para classificar os pacientes cardiopatas em níveis de capacidade funcional e 
determinar suas respectivas estratificações de risco aos programas fisioterapêuticos, são utilizados 
testes para avaliação funcional cardiorrespiratória. NO CR os pacientes encaminhados ao programa 
de RCV após a consulta e triagem fisioterapêutica, são submetidos ao teste ergométrico máximo ou 
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POP/Unidade de Reabilitação/12/2016 Fisioterapia Ambulatorial Cardiovascular: Fases II e 
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cardiopulmonar (considerado padrão-ouro para a avaliação da capacidade funcional). O protocolo 
realizado durante o exame é determinado pelo cardiologista, conforme a condição física do paciente. 
 O teste submáximo a seguir, foi descrito por Britto et. al., em 2009. Nas situações em que não 
é possível realizar o teste máximo, o paciente é submetido ao TC6’ como forma de avaliação da 
capacidade funcional e prescrição da intensidade de esforço durante o treinamento. 
 
2.1.4 Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6’): é utilizado para avaliar a capacidade 
funcional de forma submáxima, por meio da mensuração da maior distância percorrida durante seis 
minutos. Permite avaliar globalmente o funcionamento integrado dos sistemas cardiovascular, 
pulmonar, vascular periférico e locomotor. O local deve ser amplo, plano, regular e com piso não 
escorregadio. A temperatura (T0) ambiente deve ser agradável, controlada e registrada. Deve ser 
realizado pelo menos 2 horas após as refeições. Instruir aos pacientes o uso de roupas e calçados 
confortáveis e a manutenção da medicação usual. Antes da realização do teste é necessário 
demonstrar o caminho a ser percorrido e um período de repouso de no mínimo 10 minutos. 
- durante o período de repouso de 10 minutos, faz-se a mensuração da pressão arterial (PA), 
frequência cardíaca (FC) e respiratória (FR), saturação periférica de oxigênio (SatO2), através 
da oximetria de pulso, além da ausculta cardíaca e respiratória e a avaliação do nível de 
dispneia relativa à sensação de esforço por meio da escala de Borg. 
- a pista deve ser de 30 metros, o avaliador não deve caminhar junto com o paciente, exceto 
as situações em que é necessário transportar o oxigênio ou para dar segurança em caso de 
déficits de equilíbrio, sendo que nestas situações, o avaliador deve caminhar atrás do 
paciente; 
- o adequado é o paciente caminhar por 6’ sem interrupção, porém em situações de algum 
desconforto ou cansaço a caminhada pode ser interrompida, mas o cronômetro continua 
registrando o tempo e, assim que sentir-se apto, reassume a caminhada; 
- ao término do exame, o paciente interrompe onde estiver para a demarcação da distância 
percorrida e o registro das variáveis (PA, FC, FR, escala de Borg e SatO2); 
 
De acordo com Pulz, Guizilini e Peres (2006), para que todo treinamento seja bem prescrito, é 
necessário que obtenhamos parâmetros correlacionados com a capacidade física do indivíduo. Para 
tanto, estes autores descrevem o teste abaixo como forma de avaliar a força e a resistência muscular. 
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2.1.5 Teste de Força Muscular (RM): é utilizado para determinar a quantidade máxima de 
peso que o indivíduo consegue realizar em um único movimento de um determinado exercício. O 
teste é denominado Teste de 1 Resistência Máxima (1RM). Antes da realização desse teste, deve-se 
avaliar a elegibilidade do paciente. Segue a seguinte metodologia: 
1 - verificar critérios de inclusão e exclusão para participar de um programa de 
treinamento resistido 
2 - realizar teste ergoespirométrico previamente 
3 - manter o paciente em repouso por 5 minutos 
4 - monitorar PA, FC, FR e SatO2 
5 - realizar alongamentos globais 
6 - posicionar adequadamente o paciente 
7 - orientar o paciente quanto à realização do exercício e padrão respiratório 
8 - realizar 15 a 20 movimentos com carga baixa como aquecimento 
9 - acrescentar 10 a 20% de peso sobre a carga de aquecimento, conforme o grupo 
muscular testado 
10 - repousar3 minutos 
- repetir os itens 8 e 9 até a não execução ou execução incorreta do movimento 
- retornar à carga anterior com acréscimo de 1% a 5% desta, até a não execução ou 
execução incorreta do movimento 
- a carga obtida no último movimento antes da não execução ou execução incorreta é a 
carga máxima ou 1RM 
 
Ainda os mesmos autores, Pulz, Guizilini e Peres (2006) citam que, diante da impossibilidade 
ou a não opção pelo teste de 1RM, é prescrito o Teste de Repetições Máximas (RM) e escala 
subjetiva de esforço (BORG), descritos a seguir: 
O Teste de Repetições Máximas (RM) consiste na obtenção do maior número de repetições 
de um determinado exercício, que é realizado com uma carga constante. Posteriormente à obtenção 
do maior número de repetições possíveis, executadas de forma correta, será encontrado o seu 
equivalente em percentual do Teste de 1RM por meio da tabela de Berger. 
- verificar critérios de inclusão e exclusão para participar de um treinamento resistido 
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- realizar teste ergoespirométrico previamente 
- manter o paciente em repouso por 5 minutos 
- monitorara PA, FC, FR e SatO2 
- realizar alongamentos globais 
- posicionar adequadamente o paciente 
- orientar o paciente quanto à realização do exercício e ao padrão respiratório 
- realizar 15 a 20 movimentos com carga baixa como aquecimento 
- acrescentar 50% de peso sobre a carga de aquecimento e solicitar que o paciente realize o 
maior número de repetições possíveis 
 
A Escala Subjetiva de Esforço (BORG) utiliza da impressão pessoal do paciente quanto à 
dificuldade de executar o exercício. Esta forma de prescrição de treinamento resistido está presente 
nas diretrizes do American College of Sports Medicine (ACMS), que recomenda um nível de esforço 
com classificação 13 em uma escala de 6 a 20 (escala de Borg) durante um exercício de 10 a 12 
repetições. 
 
2.3 Fisioterapia Cardiovascular na Fase II 
O paciente após ter alta hospitalar, é encaminhado e avaliado no serviço de RCV do Centro 
de Reabilitação, então, realiza-se a prescrição e inicia-se o tratamento fisioterapêutico. O programa 
tem supervisão direta do fisioterapeuta, com controle dos sinais e sintomas, aferição da FC, PA e, 
quando necessário, monitorização cardíaca por meio do ECG durante toda a sessão de tratamento. 
Os pacientes com diagnóstico de coronariopatia e que foram submetidos aos procedimentos 
hemodinâmicos, à angioplastia ou o cateterismo cardíaco, bem como os portadores de fatores de 
risco para as DCV serão admitidos assim que estes se apresentarem clinicamente estáveis. 
A prescrição da intensidade dos exercícios é determinada com base na frequência cardíaca de 
treinamento (FCT) pela fórmula de Karvonen, onde é utilizada a FC máxima alcançada no TE 
máximo. 
No teste simples, utiliza-se como patamar de esforço os sintomas do paciente (teste sintoma-
limitante), que podem incluir tanto a fadiga como outras anormalidades como, sinais de isquemia, 
alterações hemodinâmicas e/ou eletrocardiográficas. Estipula-se a FC de trabalho como 10 bpm 
abaixo da FC do momento na qual teve início a anormalidade (REGENGA, 2000). 
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Ainda seguindo as descrições de Regenga (2000) pode-se utilizar a escala perceptiva de 
esforço (BORG), na qual se estabelece a FCT ou intensidade de carga de exercícios que corresponda 
ao nível de cansaço de 10 a 12 pontos da escala, para os pacientes que não se enquadram nas outras 
formas de prescrição de intensidade de treinamento descritas acima, como os portadores de fibrilação 
atrial crônica (FA). 
A duração da sessão de treinamento é estipulada entre 45 e 50 minutos, com frequência de 3 
vezes por semana em dias alternados. O programa de exercícios é dividido em 3 etapas: 
aquecimento (cerca de 10 a 15 minutos incluindo, caminhada, exercícios de baixa intensidade 
localizados, coordenação motora, equilíbrio, flexibilidade e de pequenos grupos musculares); 
condicionamento (de 20 a 30 minutos, com treino de resistência muscular, exercícios de grandes 
grupos musculares, esteira, corridas e bicicleta ergométrica) e o desaquecimento (com duração de 5 
a 10 min, exercícios de alongamento, caminhadas leves e conscientização corporal). 
A programação de exercícios é individualizada e a progressão da intensidade é feita normalmente 
de 3 em 3 meses analisando-se as respostas de FC ao treinamento, sem o TE. Após 6 meses da 
realização do TE um novo teste é feito para avaliar as respostas adaptativas ao treinamento físico e 
reprogramar a intensidade de esforço. 
 
2.4 Fisioterapia Cardiovascular na Fase III 
A fisioterapia cardiovascular atua como parte integrante da reabilitação cardíaca na fase 
tardia, considerada como fase III que é a fase de recuperação e manutenção. É considerada fase III 
após 12 semanas pós-alta hospitalar. 
Nesta fase são realizados programas de exercício físico a longo prazo na recuperação, 
adaptação e manutenção do sistema cardiovascular de forma preventiva controlando os fatores 
precipitantes e agravantes de doenças cardiovasculares como: estresse, tabagismo, hipertensão 
arterial, sedentarismo, dislipidemia, diabetes e obesidade. Atua também de forma curativa na 
recuperação e adaptação das funções dos sistemas cardiovascular, respiratório, metabólico, humoral 
e muscular: após evento de doença cardíaca, após infarto do miocárdio e após cirurgia cardíaca. 
São utilizados basicamente, técnicas de exercícios físicos no tratamento do cardiopata, 
associado aos medicamentos e às modificações de hábitos alimentares e comportamentais. O objetivo 
é promover adaptações no sistema cardiovascular para que os pacientes retornem, o quanto antes, às 
atividades profissionais, esportivas e de lazer com maior da segurança. 
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Para ser admitido no serviço do HC, o paciente deve concordar em participar das avaliações e 
do programa de tratamento fisioterapêutico 3 vezes por semana. 
Após avaliação fisioterapêutica e análise de todos os dados clínicos e funcionais, o paciente é 
classificado considerando-se o quadro clínico e a capacidade funcional baseada no equivalente 
metabólico (MET). Assim, os pacientes com capacidade funcional ≥ a 8 METs são classificados 
como de baixo risco; se < 7,5 METs, risco moderado e se < 4 METs, alto risco de apresentarem 
intercorrências clínicas (PULZ, GUIZILINI, PERES, 2006). Os pacientes de alto risco não são 
incluídos no serviço, devido à necessidade da presença do cardiologista no setor durante esses 
atendimentos. 
O programa de fisioterapia nesta fase é planejado considerando-se intensidade, frequência, 
duração, tipo de exercício e progressão de acordo com a classificação funcional do paciente, dos 
sinais, dos sintomas e das alterações eletrocardiográficas desencadeadas durante os testes de 
exercício físico de avaliação clínica e do LA alcançado no teste ergoespirométrico. 
Seguindo as descrições de Pulz, Guizilini e Peres (2006), a intensidade de trabalho usada é 
visando a melhoria da resistência aeróbica e é em torno de 40% a 75% do VO2 máx, atingido no 
teste ergoespirométrico para os pacientes o utilizaram, ou 50% a 80% da FCmáx atingida no TE. 
As sessões de tratamento tem duração aproximada de 50 minutos, com frequência de 3 vezes 
por semana em dias alternados. O tipo de exercício na fase inicial do tratamento é dinâmico e 
predominantementeaeróbico, que envolve grandes grupos musculares. Já os exercícios dinâmicos 
resistidos são utilizadas cargas, inicialmente com pouco peso e com aumentos graduais, com número 
de repetições (5 a 10 em cada série); número de séries (de 1 a 3 para cada exercício) e duração do 
intervalo entre cada série (30 a 60 segundos), levando-se em conta que a intensidade do exercício 
sempre será individualizada. 
As sessões de tratamento envolvem 3 etapas: aquecimento (cerca de 5 a 10 minutos com 
realização de exercícios de alongamento, exercícios dinâmicos aeróbicos e de coordenação 
associados a exercícios respiratórios). Tanto no início quanto no final dessa etapa, afere-se a FC e PA 
do paciente. O condicionamento realiza-se em 20 a 30 minutos, com treino de resistência muscular, 
exercícios de grandes grupos musculares, esteira, corrida e bicicleta ergométrica, atividade aeróbica 
realizada em esteira ou bicicleta ergométrica, com duração média de 20 a 30 minutos. A FC e a PA 
são aferidas no final de cada nível de exercício, dependendo do protocolo. O desaquecimento tem 
duração de 10 minutos. Nesta etapa, são realizados exercícios dinâmicos enfocando a musculatura 
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não trabalhada no aquecimento e também exercícios respiratórios associados a alongamentos 
específicos. Essa fase objetiva retornar o organismo às condições de repouso, com valores de FC e 
PA próximos aos basais. 
Nas situações em que é identificado quadro de hipertensão arterial logo na chegada do 
paciente ao setor de atendimento, é aplicado somente relaxamento com um período de maior duração 
que a etapa de desaquecimento. Quando o quadro persiste, o paciente é encaminhado ao médico do 
setor, ou de origem, ou ainda a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). 
Por outro lado, sempre que algum paciente apresentar alguma manifestação de intolerância ao 
exercício físico durante as sessões de fisioterapia este é monitorizado e, dependendo da condição, é 
interrompido. Em caso de quadro hipertensivo agudo, de alterações eletrocardiográficas 
significativas ou precordialgia, o mesmo é encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento 
(UPA). Também o paciente portador de diabetes mellitus, com glicemia acima de 300 mg/dl, não 
realiza o treinamento, sendo orientado e liberado. 
A programação de exercícios é individualizada e a progressão da intensidade é feita 
normalmente de 3 em 3 meses analisando-se as respostas de FC ao treinamento, sem o TE máximo, 
mas, realiza-se o teste submáximo a partir do protocolo utilizado durante o treinamento. Após 6 
meses da realização do TE um novo teste é feito para avaliar as respostas adaptativas ao treinamento 
físico e reprogramar a intensidade de esforço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERENCIAL TEÓRICO 
 
ARAÚJO CGS, CASTRO CLB, et al. Normatização dos equipamentos e técnicas da reabilitação 
cardiovascular supervisionada. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. 2004. 83:448-52 
 
I Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular Arq Bras Cardiol volume 69, (nº 4), 1997 
 
Diretriz de Reabilitação Cardíaca - Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 84, Nº 5, Maio. 
2005 
 
PULZ, Cristiane, GUIZILINI Solange, PERES, Paulo Alberto Tayar. Fisioterapia em Cardiologia: 
aspectos práticos. São Paulo: Atheneu, 2006. 
 
REGENGA, Marisa de Moraes. Fisioterapia em Cardiologia: da UTI à reabilitação. 1ª. ed. e 2ª 
ed. São Paulo:, ROCA. , 2000 e 2012. 
 
 
 
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HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRI ÂNGULO 
MINEIRO 
Avenida Getúlio Guaritá, 130 
Bairro Abadia | CEP: 38025-440 | Uberaba-MG | 
Telefone: (34) 3318-5200 | Sítio: www.ebserh.gov.br/web/hc-uftm 
 
 
 
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1. OBJETIVO 
Padronizar entre a equipe multiprofissional e de fisioterapia da Unidade de Reabilitação (UR) do 
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) a assistência 
fisioterapêutica ao paciente portador dos fatores de risco para doença arterial coronariana e doença 
cardiovascular. 
 
GLOSSÁRIO 
' - minuto 
1RM – 1 Resistência Máxima 
AACVPR - Associação Americana de Reabilitação Cardiopulmonar 
ACSM – American College of Sports Medicine 
AVDs – Atividades de Vida Diária 
ATP III – Adult Treatment Panel III 
bpm – Batimento por Minuto 
CCV – Cirurgia Cardiovascular 
CPT - Capacidade Pulmonar Total 
CR – Centro de Reabilitação 
DAC – Doença Arterial Coronariana 
DCV - Doença Cardiovascular 
DM – Diabetes Melito 
Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares 
ECG - Eletrocardiograma 
FA – Fibrilação Atrial 
FC - Frequência Cardíaca 
FCT – Frequência Cardíaca de Treinamento 
FR - Frequência respiratória 
HAS - hipertensão arterial sistêmica 
HDL – Lipoproteína de Alta Densidade 
HC-UFTM - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
IAM - Infarto Agudo do Miocárdio 
IMC – Índice de Massa Corporal 
ID - Índice Diafragmático 
LA – Limiar de Anaerobiose 
LDL - Lipoproteína de Baixa Densidade 
MET – Equivalente Metabólico 
MVO2 – Consumo de Oxigênio do Miocárdio 
NCEP - National Cholesterol Education Program 
PA - Pressão Arterial 
PEMax - Pressão expiratória Máxima 
PFE - Pico de Fluxo Expiratório 
PIMax - Pressão Inspiratória Máxima 
POP – Protocolo Operacional Padrão 
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RCV – Reabilitação Cardiovascular 
SCA – Síndrome Coronariana Aguda 
SatO2 - Saturação Oxigênio 
T° - Temperatura 
TC6’ – Teste de Caminhada de Seis Minutos 
TE – Teste Ergométrico 
UPA - Unidade de Pronto Atendimento 
UR – Unidade de Reabilitação 
VC – Volume Corrente 
VEF - Volume Expiratório Forçado 
VO2Max - Volume Máximo de Oxigênio 
VR - Volume Residual 
WHO/OMS – World Health Organization/Organização Mundial de Saúde 
Δ AB - Diferença da dimensão abdominal obtida entre a fase inspiratória e expiratória 
Δ CT - Diferença da dimensão da caixa torácica obtida nas fases inspiratória e expiratória. 
 
3. ÂMBITO DE APLICAÇÃO 
Centro de Reabilitação “Prof. Dr. Fausto da Cunha Oliveira” 
 
4. INFORMAÇÕES GERAIS 
 No I Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular (1997), reabilitação cardíaca foi 
conceituada como um ramo de atuação da cardiologia que, implementada por equipe de trabalho 
multiprofissional, permite a restituição ao indivíduo de uma satisfatória condição clínica, física, 
psicológica e laborativa. 
 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a reabilitação cardiovascular (RCV) 
é: “o conjunto de atividades necessárias para assegurar às pessoas com doenças cardiovasculares 
condição física, mental e social ótima, que lhes permita ocupar pelos seus próprios meios um lugar 
tão normal quanto seja possível na sociedade” 
 Segundo a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular (2014), nas últimas quatro 
décadas, tem se reconhecido a RCVcomo um instrumento importante no cuidado dos pacientes 
com doença cardiovascular (DCV). O papel dos serviços de RCV na prevenção secundária de eventos 
cardiovasculares é reconhecido e aceito por todas as organizações de saúde (World Health 
Organization - WHO, 1964). 
 Os programas de reabilitação cardíaca foram desenvolvidos com o propósito de trazer estes 
pacientes de volta às suas atividades diárias habituais, com ênfase na prática do exercício físico, 
acompanhada por ações educacionais voltadas para mudanças no estilo de vida. Muitos autores, 
dentre eles, Araújo, et al., (2004) descrevem os benefícios do exercício físico regular, seus efeitos 
cardiovasculares e metabólicos, bem como, suas indicações e contraindicações para pacientes 
portadores de cardiopatia e de fatores de risco para doença arterial coronariana. 
 De acordo com a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular (2014), a 
RCV/prevenção secundária justifica-se porque as DCV são as principais causas de morte na maior 
parte dos países do mundo, sendo causa importante de incapacidade física e de invalidez e 
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contribuem significativamente para o aumento de despesas com saúde; a aterosclerose se 
desenvolve de forma insidiosa durante décadas e suas manifestações clínicas só se fazem notar nos 
estágios avançados da doença; em sua maior parte, as DCV possuem uma estreita relação com estilo 
de vida, assim como, com fatores fisiológicos e bioquímicos modificáveis; as modificações dos 
fatores de risco, promovidas pela RCV, reduzem a morbimortalidade por DCV, sobretudo para os 
indivíduos classificados como de alto risco; a carga das DCV tem crescido nas últimas décadas, 
paralelamente ao incremento da prevalência de fatores de risco, como obesidade, tabagismo, 
diabetes melito (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS). 
 Apesar do conhecido benefício da RCV para os pacientes com DCV, uma fração muito 
pequena, algo entre 5 a 30% dos pacientes elegíveis para participar de um programa de reabilitação, 
é encaminhada para o mesmo. É provável que cifras menores do que essas reflitam a realidade 
brasileira; o baixo número de pacientes indicados para os programas de reabilitação cardiovascular, 
por parte dos médicos, ocorre tanto na América Latina quanto no restante do mundo. (Diretriz Sul-
Americana de Reabilitação Cardiovascular, 2014) 
 Além da ênfase na prática da atividade física, são citados na literatura vários programas de 
reabilitação cardíaca que também envolve outras ações desenvolvidas por profissionais das áreas 
de enfermagem, nutrição, educação física, serviço social e psicologia, visando modificar outros 
aspectos que contribuam com a diminuição do risco cardíaco de forma global (DIRETRIZ DE 
REABILITAÇÃO CARDÍACA, 2014). 
 Regenga em 2000 descreve que a atividade física é fator importante na prevenção primária 
e secundária, e curativa, assim como no tratamento das várias doenças cardiovasculares e também 
nos fatores de risco para a doença arterial coronariana (DAC): diabetes, dislipidemia, obesidade e 
hipertensão arterial. A intervenção preventiva visa ao controle e à redução dos fatores de risco das 
DCV, principalmente a DAC. Já a curativa visa ao restabelecimento das funções cardiovasculares, 
permitindo ao cardiopata executar atividade física compatível com a capacidade funcional de seu 
coração. 
 O serviço de RCV do HC também desenvolve estas ações incluindo na equipe: médico 
cardiologista, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionista, psicólogo, educador físico e assistente 
social, objetivando as mudanças nos hábitos de vida e maior adesão ao tratamento. Tanto os 
pacientes como os membros da família, participam de programas educativos e esclarecimentos 
quanto à fisiopatologia da doença cardíaca, os mecanismos de ação das drogas em uso, sua 
importância, bem como a relação da doença com a atividade física regular e as implicações na vida 
sexual e profissional. Os hábitos alimentares e aspectos nocivos do estilo de vida são reformulados, 
com especial ênfase na cessação do tabagismo e as intervenções psicológicas são desenvolvidas 
visando ao controle do estresse, com as terapias em grupo e o tratamento da depressão e 
ansiedade. 
 A RCV é dividida em 4 fases: fase I, II, III e IV. A fase I inclui o período de internação hospitalar; 
a fase II é considerada após alta hospitalar até 2 ou 3 meses, a fase III acontece após o 3º mês do 
evento, nesta fase, a reabilitação intervém de forma preventiva e curativa por meio da aplicação de 
programas de treinamento físico em nível ambulatorial com supervisão continuada e a fase IV é 
realizada à distância em praças, ruas e academias, também conhecida como reabilitação sem 
supervisão. 
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4.1 Pacientes elegíveis para RCV 
 Roger e cols. (1998), em estudo realizado em Olmsted - Minnesota, arrolando pacientes 
que participaram de programas de RCV, constataram uma redução de 25% na taxa de eventos 
cardiovasculares para cada incremento de um equivalente metabólico (MET) na capacidade 
funcional. Sabe-se que o incremento por cada mL/(kg.min) do consumo máximo de oxigênio, 
mediante um programa de RCV, produz uma diminuição da mortalidade de aproximadamente 
10% (Kavanagh, T. et al., 2002; 2003). 
 Os pacientes elegíveis, segundo a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular 
(2014), para RCV em um contexto de prevenção secundária são aqueles que apresentaram pelo 
menos um dos seguintes quadros cardiovasculares no último ano: 
 Infarto agudo do miocárdio (IAM)/Síndrome coronariana aguda (SCA); 
 Cirurgia de revascularização miocárdica; 
 Angioplastia coronária; 
 Angina estável; 
 Reparação ou troca valvular; 
 Transplante cardíaco ou cardiopulmonar; 
 Insuficiência cardíaca crônica; 
 Doença vascular periférica; 
 Doença coronária assintomática; 
 Pacientes com alto risco de doença cardiovascular. 
 
4.2 Pacientes não-elegíveis para RCV 
 As contraindicações para realizar exercício físico em programa de RCV têm se modificado e 
são cada vez menos definitivas com o passar do tempo. Ainda que listadas como contraindicações 
absolutas abaixo, várias destas condições podem ser consideradas só como temporárias, já que 
depois de superado o quadro agudo, os pacientes poderão iniciar ou retomar programas 
regulares de exercício físico. 
 IAM muito recente (< 72 h); 
 Angina instável (< 72 h da estabilização); 
 Valvopatias graves sintomáticas com indicação cirúrgica – Reabilitar somente após o 
procedimento cirúrgico; 
 Hipertensão arterial descontrolada: Pressão arterial (PA) sistólica > 190 mmHg e/ou PA 
diastólica > 120 mmHg; 
 Insuficiência cardíaca descompensada; 
 Arritmias ventriculares complexas, graves; 
 Suspeita de lesão de tronco de coronária esquerda, instabilizada ou grave; 
 Endocardite infecciosa, miocardite, pericardite; 
 Cardiopatias congênitas severas não corrigidas, sintomáticas; 
 Tromboembolismo pulmonar e tromboflebite – fase aguda; 
 Dissecção de aorta – tipo A ou fase aguda do tipo B; 
 Obstrução severa sintomática do trato de saída do ventrículo esquerdo com baixo débito 
esforço-induzido; 
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 DM descontrolada; 
 Todo quadro infeccioso sistêmico agudo. 
 
4.3 Estratificação de Risco 
 Para conhecer o risco de possíveis complicações durante o exercício, os pacientes devem ser 
estratificados mediante classificação proposta pela Associação Americana de Reabilitação 
Cardiopulmonar (AACVPR). 
 Os pacientes classificados como de baixo risco poderiam ser monitorados, durante as 
primeiras 6 a 18 sessões, através do uso de frequencímetros e, preferencialmente, com 
supervisão clínica. A redução no monitoramento entre as sessões 8 e 12 é desejável, ocorrendo 
progressivamente. Esses pacientes de baixo risco, dependendo da avaliação individual, também 
poderiam ser candidatos a programas de RCV semissupervisionados ou com supervisão a 
distância. 
 Os pacientes classificados como de risco intermediário deveriam ser monitorados durante 
as primeiras 12 a 24 sessões, preferencialmente com monitoramento eletrocardiográfico 
contínuo e supervisão clínica permanente, com diminuição para uma forma intermitente depois 
da última sessão. A frequência e os métodos de monitoramento dependem também dos recursos 
disponíveis, da capacidade e volume de pacientes em cada instituição, além da evolução e estado 
do paciente. 
 Uma supervisão maior deve ser realizada em pacientes estratificados como alto risco e 
quando existir alguma mudança no estado de saúde, surgimento de novos sintomas ou outra 
evidência de progressão da doença. O monitoramento também pode ser uma ferramenta útil 
para avaliar a resposta, especialmente quando se aumenta a intensidade do exercício aeróbico. 
 
Tabela 1. Estratificação para riscos de eventos segundo AACVPR 
Baixo risco 
1. Sem disfunção significativa do ventrículo esquerdo (fração de ejeção > que 50%) 
2. Sem arritmias complexas em repouso ou induzidas pelo exercício 
3. Infarto do miocárdio; cirurgia de revascularização miocárdica, angioplastia coronária transluminal 
percutânea, não complicados 
4. Ausência de insuficiência cardíaca congestiva ou sinais/sintomas que indiquem isquemia pós-
evento 
5. Assintomático, incluindo ausência de angina com o esforço ou no período de recuperação 
6. Capacidade funcional igual ou > que 7 METS (em teste ergométrico incremental) * 
Risco Moderado 
1. Disfunção ventricular esquerda moderada (fração de ejeção entre 40% e 49%) 
2. Sinais/sintomas, incluindo angina em níveis moderados de exercício (5 - 6,9 METS) ou no período 
de recuperação 
Alto risco 
1. Disfunção grave da função do ventrículo esquerdo (fração de ejeção menor que 40%) 
2. Sobreviventes de parada cardíaca ou morte súbita 
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3. Arritmias ventriculares complexas em repouso ou com o exercício 
4. Infarto de miocárdio ou cirurgia cardíaca complicadas com choque cardiogênico; insuficiência 
cardíaca congestiva e/ou sinais/sintomas de isquemia pós-procedimento 
5. Hemodinâmica anormal com o exercício (especialmente curva deprimida ou queda da pressão 
arterial sistólica, ou incompetência cronotrópica não medicamentosa com o incremento da carga) 
6. Capacidade funcional menor a 5 METS* 
7. Sintomas e/ou sinais, incluindo angina a baixo nível de exercício (< 5 METS) ou no período de 
recuperação 
8. Infradesnível do segmento ST isquêmico durante exercício (maior a 2 mm) 
Considera-se de alto risco a presença de algum dos fatores de risco incluídos nesta categoria 
*Se não se pode dispor da medida da capacidade funcional, esta variável não deve ser considerada 
isoladamente no processo da estratificação de risco. No entanto, é sugerido que se o paciente é capaz 
de subir dois lances de escadas apresentando boa tolerância, pode-se inferir que sua capacidade 
funcional é pelo menos moderada 
 Fonte: Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular - Arq Bras Cardiol; 103(2Supl.1): 1-31 (2014 
 
5. REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR 
 
5.1 Objetivos Específicos 
 Melhorar a função dos sistemas cardiovascular e respiratório de forma progressiva e segura; 
 Melhorar as condições físicas, mentais e emocionais dos pacientes, dando as condições para 
um retorno mais rápido às suas atividades cotidianas; 
 Prevenir a progressão do processo aterosclerótico; 
 Reduzir a morbimortalidade cardiovascular, melhorar a qualidade de vida e o prognóstico; 
 Aumentar a capacidade aeróbica levando à maior capacidade de realizar trabalho; 
 Aumentar a eficiência dos músculos esqueléticos durante o exercício, devido ao aumento do 
número de mitocôndrias; 
 Reeducar o paciente com o intuito de modificar o seu estilo de vida e aumentar seu 
conhecimento sobre a patologia; 
 Identificar e modificar os fatores de risco da DCV; 
 Reduzir o consumo de oxigênio pelo miocárdio (MVO2); 
 Menor elevação da frequência cardíaca (FC) e da PA em exercícios submáximos; 
 Aumentar o limiar do aparecimento de angina e menor depressão do segmento ST no 
eletrocardiograma (ECG) durante o trabalho submáximo; 
 Reduzir a FC em repouso; 
 Reduzir o conteúdo e captação de catecolaminas pelo miocárdio com diminuição da 
tendência ao aparecimento de arritmias; 
 Melhorar o sistema vascular colateral do miocárdio; 
 Diminuir a pressão arterial e os níveis de triglicerídeos; 
 Aumentar a fração da lipoproteína de alta densidade (HDL) e reduzir a fração da lipoproteína 
de baixa densidade (LDL) do lipidograma; 
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 Aumentar a tolerância à glicose e redução do peso corporal; 
 Diminuir a ansiedade e a depressão; 
 Aumentar a autoconfiança, sensação de bem-estar; 
 Diminuir os sintomas e a quantidade de medicamentos utilizados; 
 Retorno dos pacientes a uma vida social próxima aos níveis normais; 
 Promover modificações do controle autonômico cardíaco; 
 Propiciar condições adequadas para o ingresso do paciente na fase III do programa. 
 
5.2 Avaliação Cardiovascular 
 Assim que o paciente encontrar-se com as medicações otimizadas e com quadro clínico 
estável é submetido ao teste ergométrico (TE) máximo como parte da avaliação para a prescrição 
da intensidade de esforço durante o treinamento. A avaliação fisioterapêutica no HC é realizada 
seguindo uma ficha específica contendo todas as informações clínicas enviadas pelo médico 
responsável. Em seguida, o paciente é submetido à entrevista sendo preenchida uma ficha de 
avaliação para atividade física, contendo dados pessoais, hábitos de vida, antecedentes 
familiares, histórico da moléstia atual, história pregressa, etc., conforme anexo. Dando 
sequência, o paciente é submetido ao exame físico, sendo realizadas as avaliações postural e 
muscular para verificar a existência de possíveis alterações posturais, retrações musculares e 
diminuição de força, objetivando adequar o programa de tratamento ao comprometimento dos 
sistemas osteoarticular e muscular (REGENGA, 2000). 
 O paciente é avaliado e acompanhado pela equipe multiprofissional sendo, o médico, 
enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, educador físico e psicólogo. Cada profissional realiza 
sua avaliação individualmente. 
 Os pacientesde pós-operatórios e pós-IAM, na fase II do processo de RCV, ou ainda, os que 
apresentam história de doença pulmonar são submetidos à avaliação respiratória, conforme 
Britto et. al., (2009), descrevem abaixo: 
 Manovacuometria: por meio de um manovacuômetro, é possível quantificar de forma 
não-invasiva a força dos músculos respiratórios. A pressão inspiratória máxima (PImáx) indica a 
força dos músculos inspiratórios e a pressão expiratória máxima (PEmáx) indica a força dos 
músculos expiratórios. 
 PImáx: 
 sentar o paciente a 90º com os pés apoiados no chão; 
 colocar o bocal e a pinça nasal; 
 solicitar 2 ou 3 ciclos respiratórios em volume corrente (VC) com o orifício de oclusão aberto; 
 solicitar uma expiração tão completa quanto possível até o volume residual (VR). O paciente 
poderá ser orientado a indicar este momento por meio de gesto; 
 fechar imediatamente o orifício de oclusão e solicitar inspiração, tão forte quanto o paciente 
conseguir, até a capacidade pulmonar total (CPT). Após 2 segundos de força sustentada, terminar 
a manobra e retirar o bocal. 
 PEmáx: 
 sentar o paciente a 90º com os pés apoiados no chão; 
 colocar o bocal e a pinça nasal; 
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 solicitar 2 ou 3 ciclos respiratórios em VC com o orifício de oclusão aberto; 
 solicitar primeiramente uma inspiração tão completa quanto possível até a CPT, também 
com indicação por gesto por parte do paciente; 
 fechar imediatamente o orifício de oclusão e solicitar expiração máxima (em nível de VR) 
com sustentação de 2 segundos; 
Observação: 
 Se o tubo não possuir válvula para a saída do ar, a pinça nasal deverá ser colocada 
inicialmente e o bocal logo após a expiração (PImáx) ou a inspiração (PEmáx) completa. 
 Deverão ser realizadas de 3 a 5 manobras aceitáveis (sem vazamento de ar, sustentando por 
no mínimo 1 segundo), sendo ao menos 2 reprodutíveis (diferença menor ou igual a 10% entre 
os valores), respeitando 1 minuto de intervalo entre elas, utilizando-se para registro a maior 
medida. O valor das pressões é expresso em cmH2O, sendo o da PImáx negativo. 
 Conforme descrito por Britto, et. al., (2009), a medida da PEmáx durante a avaliação pré-
operatória é de grande importância na avaliação da eficácia da tosse, portanto, na prevenção de 
acúmulo de secreção nas vias aéreas. A técnica mais utilizada para medida da endurance 
muscular respiratória é do tipo linear com carga do tipo threshold (limiar). 
 Pico de Fluxo Expiratório (PFE): é o fluxo máximo alcançado durante uma expiração realizada 
com força máxima e iniciando de um nível máximo de insuflação pulmonar. É considerado, como 
o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), um índice indireto do calibre das vias 
aéreas. Porém, o PFE parece ser menos sensível que o VEF1 para detectar obstrução nas vias 
aéreas. É utilizado o peak flow meters, pois é portátil e de baixo custo. 
 O procedimento deve ser realizado com instruções prévias. Manobras de demonstração e o 
estímulo oferecido ao paciente são fundamentais para o sucesso do teste. 
 sentar o paciente ou colocar de pé, porém o pescoço não deve estar flexionado ou 
hiperextendido evitando a complacência traqueal; 
 colocar a pinça nasal; 
 solicitar ao paciente uma inspiração máxima seguida por uma expiração forçada máxima, 
curta e explosiva (menos que 1 segundo) através do bocal acoplado ao medidor de pico de fluxo; 
Observação 
O mais alto valor de 3 manobras consecutivas deve ser registrado, desde que a diferença entre 
elas não ultrapasse 20 L/min. Se entre os 2 maiores valores houver diferença maior do que 40 
L/min, outras 2 manobras devem ser realizadas. A queda sucessiva das medidas do pico de fluxo 
na mesma avaliação pode indicar broncoespasmo induzido pela manobra. 
 Índice Diafragmático relatada por Sarmento em 2005: é capaz de refletir o movimento 
tóraco-abdominal, que é obtido com um magnetômetro ou pletismografia de indutância e ainda 
com uma fita métrica simples. Este índice é capaz de dizer fielmente as mudanças de dimensões 
do tórax e do abdômen durante a inspiração e expiração, com a seguinte fórmula: ID = Δ AB/Δ 
AB + Δ CT. O Δ AB é a diferença da dimensão abdominal obtida entre a fase inspiratória e 
expiratória, e Δ CT, a diferença da dimensão da caixa torácica também obtida nas fases 
inspiratória e expiratória. 
 paciente posicionado em decúbito dorsal horizontal, sendo o ΔCT medida com a fita 
posicionada no 4º espaço intercostal e o ΔAB posicionada na cicatriz umbilical; 
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 foi solicitado que o paciente realizasse uma inspiração profunda máxima até a CPT, seguida 
de uma expiração total, caracterizando a Capacidade Residual Funcional CRF por 2 vezes 
consecutivas com pausa nos movimentos respiratórios ao final da inspiração e da expiração para 
mensurar as variações dimensionais perimétricas do tórax; 
 Comumente, para classificar os pacientes cardiopatas em níveis de capacidade funcional e 
determinar suas respectivas estratificações de risco aos programas fisioterapêuticos, são 
utilizados testes para avaliação funcional cardiorrespiratória. No Centro de Reabilitação os 
pacientes encaminhados ao programa de RCV após a consulta e triagem fisioterapêutica, são 
submetidos ao TE máximo ou cardiopulmonar (considerado padrão-ouro para a avaliação da 
capacidade funcional). O protocolo realizado durante o exame é determinado pelo cardiologista, 
conforme a condição física do paciente 
 O teste submáximo a seguir, foi descrito por Britto et. al., em 2009. Nas situações em que 
não é possível realizar o teste máximo, o paciente é submetido ao TC6’ como forma de avaliação 
da capacidade funcional e prescrição da intensidade de esforço durante o treinamento. 
 Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6’): é utilizado para avaliar a capacidade funcional 
de forma submáxima, por meio da mensuração da maior distância percorrida durante seis 
minutos. Permite avaliar globalmente o funcionamento integrado dos sistemas cardiovascular, 
pulmonar, vascular periférico e locomotor. O local deve ser amplo, plano, regular e com piso não 
escorregadio. A temperatura (T0) ambiente deve ser agradável, controlada e registrada. Deve ser 
realizado pelo menos 2 horas após as refeições. Instruir aos pacientes o uso de roupas e calçados 
confortáveis e a manutenção da medicação usual. Antes da realização do teste é necessário 
demonstrar o caminho a ser percorrido e um período de repouso de no mínimo 10 minutos. 
 durante o período de repouso de 10 minutos, faz-se a mensuração da PA, FC e respiratória 
(FR), saturação periférica de oxigênio (SatO2), através da oximetria de pulso, além da ausculta 
cardíaca e respiratória e a avaliação do nível de dispneia relativa à sensação de esforço por meio 
da escala de Borg. 
 a pista deve ser de 30 metros, o avaliador não deve caminhar junto com o paciente, exceto 
as situações em que é necessário transportar o oxigênio ou para dar segurança em caso de 
déficits de equilíbrio, sendo que nestas situações, o avaliador deve caminhar atrás do paciente; 
 o adequado é o paciente caminhar por 6’ sem interrupção, porém em situações de algum 
desconforto ou cansaço a caminhada pode ser interrompida, mas o cronômetro continua 
registrando o tempo e, assim que sentir-se apto, reassumea caminhada; 
 ao término do exame, o paciente interrompe onde estiver para a demarcação da distância 
percorrida e o registro das variáveis (PA, FC, FR, Escala de Borg e SatO2); 
 De acordo com Pulz, Guizilini e Peres (2006), para que todo treinamento seja bem prescrito, 
é necessário que se obtenha parâmetros correlacionados com a capacidade física do indivíduo. 
Para tanto, estes autores descrevem o teste abaixo como forma de avaliar a força e a resistência 
muscular. 
 Teste de Força Muscular: é utilizado para determinar a quantidade máxima de peso que 
o indivíduo consegue realizar em um único movimento de um determinado exercício. O teste é 
denominado Teste de 1 Resistência Máxima (1RM). Antes da realização desse teste, deve-se 
avaliar a elegibilidade do paciente. Segue a seguinte metodologia: 
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 verificar critérios de inclusão e exclusão para participar de um programa de treinamento 
resistido; 
 realizar teste ergoespirométrico previamente; 
 manter o paciente em repouso por 5 minutos; 
 monitorar PA, FC, FR e SatO2; 
 realizar alongamentos globais; 
 posicionar adequadamente o paciente; 
 orientar o paciente quanto à realização do exercício e padrão respiratório; 
 realizar 15 a 20 movimentos com carga baixa como aquecimento; 
 acrescentar 10 a 20% de peso sobre a carga de aquecimento, conforme o grupo muscular 
testado; 
 repousar 3 minutos; 
 repetir os itens 8 e 9 até a não execução ou execução incorreta do movimento; 
 retornar à carga anterior com acréscimo de 1% a 5% desta, até a não execução ou execução 
incorreta do movimento; 
 a carga obtida no último movimento antes da não execução ou execução incorreta é a carga 
máxima ou 1RM. 
 Ainda os mesmos autores, Pulz, Guizilini e Peres (2006) citam que, diante da impossibilidade 
ou a não opção pelo teste de 1RM, é prescrito o Teste de Repetições Máximas (RM) e escala 
subjetiva de esforço (BORG), descritos a seguir: 
 Teste de Repetições Máximas: consiste na obtenção do maior número de repetições de um 
determinado exercício, que é realizado com uma carga constante. Posteriormente à obtenção do 
maior número de repetições possíveis, executadas de forma correta, será encontrado o seu 
equivalente em percentual do Teste de 1RM por meio da tabela de Berger. 
 verificar critérios de inclusão e exclusão para participar de um treinamento resistido; 
 realizar teste ergoespirométrico previamente; 
 manter o paciente em repouso por 5 minutos; 
 monitorara PA, FC, FR e SatO2; 
 realizar alongamentos globais; 
 posicionar adequadamente o paciente; 
 orientar o paciente quanto à realização do exercício e ao padrão respiratório; 
 realizar 15 a 20 movimentos com carga baixa como aquecimento; 
 acrescentar 50% de peso sobre a carga de aquecimento e solicitar que o paciente realize o 
maior número de repetições possíveis 
 Escala Subjetiva de Esforço (BORG): utiliza da impressão pessoal do paciente quanto à 
dificuldade de executar o exercício. Esta forma de prescrição de treinamento resistido está 
presente nas diretrizes do American College of Sports Medicine (ACSM), que recomenda um nível 
de esforço com classificação 13 em uma escala de 6 a 20 (escala de Borg) durante um exercício 
de 10 a 12 repetições. 
 
5.3 Reabilitação Cardiovascular na Fase II 
 O paciente após ter alta hospitalar, é encaminhado e avaliado no serviço de RCV do Centro 
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de Reabilitação, então, realiza-se a prescrição e inicia-se o tratamento fisioterapêutico. O 
programa tem supervisão direta do fisioterapeuta, com controle dos sinais e sintomas, aferição 
da FC, PA e, quando necessário, monitorização cardíaca por meio do ECG durante toda a sessão 
de tratamento. 
 Os pacientes com diagnóstico de coronariopatia e que foram submetidos aos procedimentos 
hemodinâmicos, à angioplastia ou o cateterismo cardíaco, bem como os portadores de fatores 
de risco para as DCV serão admitidos assim que estes se apresentarem clinicamente estáveis. 
 A prescrição da intensidade dos exercícios é determinada com base na FC de treinamento 
(FCT) pela fórmula de Karvonen, onde é utilizada a FC máxima alcançada no TE máximo. 
 No teste simples, utiliza-se como patamar de esforço os sintomas do paciente (teste 
sintoma-limitante), que podem incluir tanto a fadiga como outras anormalidades como, sinais de 
isquemia, alterações hemodinâmicas e/ou eletrocardiográficas. Estipula-se a FC de trabalho 
como 10 bpm abaixo da FC do momento na qual teve início a anormalidade (REGENGA, 2000). 
 Ainda seguindo as descrições de Regenga (2000) pode-se utilizar a escala perceptiva de 
esforço (BORG), na qual se estabelece a FCT ou intensidade de carga de exercícios que 
corresponda ao nível de cansaço de 10 a 12 pontos da escala, para os pacientes que não se 
enquadram nas outras formas de prescrição de intensidade de treinamento descritas acima, 
como os portadores de fibrilação atrial (FA) crônica. 
 A duração da sessão de treinamento é estipulada entre 45 e 50 minutos, com frequência de 
3 vezes por semana em dias alternados. O programa de exercícios é dividido em 3 etapas: 
aquecimento (cerca de 10 a 15 minutos incluindo, caminhada, exercícios de baixa intensidade 
localizados, coordenação motora, equilíbrio, flexibilidade e de pequenos grupos musculares); 
condicionamento (de 20 a 30 minutos, com treino de resistência muscular, exercícios de grandes 
grupos musculares, esteira, corridas e bicicleta ergométrica) e o desaquecimento (com duração 
de 5 a 10 min, exercícios de alongamento, caminhadas leves e conscientização corporal). 
A programação de exercícios é individualizada e a progressão da intensidade é feita normalmente 
de 3 em 3 meses analisando-se as respostas de FCT, sem o TE. Após 6 meses da realização do TE 
um novo teste é feito para avaliar as respostas adaptativas ao treinamento físico e reprogramar 
a intensidade de esforço. 
 
5.4 Reabilitação Cardiovascular na Fase III 
 A fisioterapia cardiovascular atua como parte integrante da reabilitação cardíaca na fase 
tardia, considerada como fase III, que é a fase de recuperação e manutenção. É considerada fase 
III após 12 semanas de alta hospitalar. 
 Nesta fase são realizados programas de exercício físico a longo prazo na recuperação, 
adaptação e manutenção do sistema cardiovascular de forma preventiva controlando os fatores 
precipitantes e agravantes de doenças cardiovasculares como: estresse, tabagismo, HAS, 
sedentarismo, dislipidemia, DM e obesidade. Atua também de forma curativa na recuperação e 
adaptação das funções dos sistemas cardiovascular, respiratório, metabólico, humoral e 
muscular: após evento de doença cardíaca, após IAM e após cirurgia cardíaca. 
 São utilizados basicamente, técnicas de exercícios físicos no tratamento do cardiopata, 
associado aos medicamentos e às modificações de hábitos alimentares e comportamentais. O 
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objetivo é promover adaptaçõesno sistema cardiovascular para que os pacientes retornem, o 
quanto antes, às atividades profissionais, esportivas e de lazer com maior da segurança. 
 Para ser admitido no serviço do HC, o paciente deve concordar em participar das avaliações 
e do programa de tratamento fisioterapêutico 3 vezes por semana. 
 Após avaliação fisioterapêutica e análise de todos os dados clínicos e funcionais, o paciente 
é classificado, considerando-se o quadro clínico e a capacidade funcional baseada no MET. Assim, 
os pacientes com capacidade funcional ≥ a 8 METs são classificados como de baixo risco; se < 7,5 
METs, risco moderado e se < 4 METs, alto risco de apresentarem intercorrências clínicas (PULZ, 
GUIZILINI, PERES, 2006). Os pacientes de alto risco não são incluídos no serviço, devido à 
necessidade da presença do cardiologista no setor durante esses atendimentos. 
 O programa de fisioterapia nesta fase é planejado considerando-se intensidade, frequência, 
duração, tipo de exercício e progressão, de acordo com a classificação funcional do paciente, dos 
sinais, dos sintomas e das alterações eletrocardiográficas desencadeadas durante os testes de 
exercício físico de avaliação clínica e do Limiar de Anaerobiose (LA) alcançado no teste 
ergoespirométrico. 
 Seguindo as descrições de Pulz, Guizilini e Peres (2006), a intensidade de trabalho usada é 
visando a melhoria da resistência aeróbica e é em torno de 40% a 75% do VO2 máx, atingido no 
teste ergoespirométrico para os pacientes o utilizaram, ou 50% a 80% da FCmáx atingida no TE. 
 As sessões de tratamento têm duração aproximada de 50 minutos, com frequência de 3 
vezes por semana em dias alternados. O tipo de exercício na fase inicial do tratamento é dinâmico 
e predominantemente aeróbico, que envolve grandes grupos musculares. Já os exercícios 
dinâmicos resistidos são utilizadas cargas, inicialmente com pouco peso e com aumentos 
graduais, com número de repetições (5 a 10 em cada série); número de séries (de 1 a 3 para cada 
exercício) e duração do intervalo entre cada série (30 a 60 segundos), levando-se em conta que 
a intensidade do exercício sempre será individualizada. 
 As sessões de tratamento envolvem 3 etapas: aquecimento (cerca de 5 a 10 minutos com 
realização de exercícios de alongamento, exercícios dinâmicos aeróbicos e de coordenação 
associados a exercícios respiratórios). Tanto no início quanto no final dessa etapa, afere-se a FC 
e PA do paciente. O condicionamento realiza-se em 20 a 30 minutos, com treino de resistência 
muscular, exercícios de grandes grupos musculares, esteira, corrida e bicicleta ergométrica, 
atividade aeróbica realizada em esteira ou bicicleta ergométrica, com duração média de 20 a 30 
minutos. A FC e a PA são aferidas no final de cada nível de exercício, dependendo do protocolo. 
O desaquecimento tem duração de 10 minutos. Nesta etapa, são realizados exercícios dinâmicos 
enfocando a musculatura não trabalhada no aquecimento e também exercícios respiratórios 
associados a alongamentos específicos. Essa fase objetiva retornar o organismo às condições de 
repouso, com valores de FC e PA próximos aos basais. 
 Nas situações em que é identificado quadro de hipertensão arterial logo na chegada do 
paciente ao setor de atendimento, é aplicado somente relaxamento com um período de maior 
duração que a etapa de desaquecimento. Quando o quadro persiste, o paciente é encaminhado 
ao médico do setor, ou de origem, ou ainda a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Por outro 
lado, sempre que algum paciente apresentar alguma manifestação de intolerância ao exercício 
físico durante as sessões de fisioterapia este é monitorizado e, dependendo da condição, é 
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interrompido. Em caso de quadro hipertensivo agudo, de alterações eletrocardiográficas 
significativas ou precordialgia, o mesmo é encaminhado para a UPA. Também o paciente 
portador de DM, com glicemia acima de 300 mg/dl, não realiza o treinamento, sendo orientado 
e liberado. 
 A programação de exercícios é individualizada e a progressão da intensidade é feita 
normalmente de 3 em 3 meses analisando-se as respostas de FCT, sem o TE máximo, mas, realiza-
se o teste submáximo a partir do protocolo utilizado durante o treinamento. Após 6 meses da 
realização do TE um novo teste é feito para avaliar as respostas adaptativas ao treinamento físico 
e reprogramar a intensidade de esforço. 
 
5.5 Reabilitação Cardiovascular na Fase IV 
 Seu término é indefinido e sua periodicidade dependerá do estado clínico, da patologia e da 
evolução de cada paciente, tal como dos componentes do seguimento, ajuda o paciente a manter 
um estilo de vida saudável, reforçando a educação dada e auxiliando o paciente nas dificuldades 
para desprender-se dos maus hábitos, com o objetivo de motivar e gerar estratégias para manter 
estilo de vida saudável e conseguir mudanças permanentes com um estilo de vida saudável, 
atividade física e controle adequado dos fatores de risco. 
 A RCV traz vários benefícios ao cardiopata, como melhora da capacidade funcional e 
qualidade de vida. Na tentativa de estender a um grande número de cardiopatas os benefícios 
do treinamento físico, a reabilitação não supervisionada surge como uma opção bastante 
interessante para os pacientes, os quais após treinamento supervisionado são liberados para 
exercícios físicos em parques, ruas e domicílio. (Oliveira Filho, JA, Salvetti, XM, 2003). 
 No Centro de Reabilitação a Fase IV é realizada na pista de corrida e caminhada do Uberaba 
Tênis Clube com supervisão de FC, PA e SatO2 no repouso, após os exercícios dinâmicos e 
aquecimento (duração de 5 a 10 minutos), após a caminhada e exercícios aeróbicos (15 a 30 
minutos) e depois do desaquecimento (5 a 10 minutos). 
 O objetivo dessa fase é conseguir mudanças permanentes com um estilo de vida saudável, 
atividade física e controle adequado dos fatores de risco. 
 
6. EDUCAÇÃO 
 O programa multidisciplinar de RCV não só inclui o plano de exercícios físicos programados, 
como também a educação que se proporciona ao paciente, seja ela em relação à prevenção 
cardiovascular, mas também no que diz respeito ao adequado manejo dos fatores de risco. 
 
7. OBESIDADE E SOBREPESO 
O aumento da gordura se associa ao aumento dos ácidos graxos livres, hiperinsulinemia, resistência 
à insulina, DM, HAS e dislipidemia. O efeito da obesidade sobre o risco cardiovascular global impacta 
de forma muito importante 
 
7.1 Desafios e objetivos 
 A redução do peso está recomendada em pacientes com obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2) ou 
com sobrepeso (IMC ≥ 25 e < 30 kg/m2). Valores entre 94 e 101 cm de circunferência de cintura 
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POP.UR.042 - Página 14/29 
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REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR 
AMBULATORIAL 
Emissão: 31/01/2020 Próxima revisão: 
31/01/2022 Versão: 2 
 
para o homem e entre 80 e 87 cm para a mulher consideram-se como de alerta e representam 
um limiar a partir do qual não se deve ganhar mais peso. A restrição da ingestão calórica total e 
o exercício físico regular são as pedras angulares do controle do peso. É provável que com o 
exercício se produzam melhorias no metabolismo da gordura central, inclusive antes que ocorra 
uma redução do peso, segundo a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular (2014). 
 
7.2 Recomendações especiais 
 De acordo com a Diretriz Sul-Americana de Reabilitação Cardiovascular (2014), a educação 
alimentar

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