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Patologias Respiratórias II Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) • A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), é definida como uma síndrome caracterizada pela obstrução crônica e difusa das vias aéreas inferiores, de caráter irreversível, com destruição progressiva do parênquima pulmonar. Geralmente estão incluídos nesta definição os pacientes com bronquite obstrutiva crônica e/ou com enfisema pulmonar, os dois principais componentes da doença, ambos relacionados à exposição à fumaça do tabaco. • DPOC é a limitação do fluxo de ar provocada por resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente como fumaça de cigarro. • É uma doença pulmonar que obstrui as vias aéreas, tornando a respiração difícil. • Os principais sintomas da DPOC são: falta de ar aos esforços, que pode progredir até para atividades corriqueiras como trocar de roupas ou tomar banho, pigarro, tosse crônica, tosse com secreção e que piora pela manhã, são sintomas comum. • Os casos graves podem ser complicados por perda de peso, pneumotórax, episódios frequentes de descompensação aguda, insuficiência cardíaca direita e/ou insuficiência respiratória aguda ou crônica. • Cerca de 50% dos pacientes com DPOC grave morrem em até 10 anos após o diagnóstico. A DPOC envolve - Bronquite Obstrutiva crônica (determinada clinicamente) DPOC tipo 1 - Enfisema Pulmonar (determinada patológica ou radiologicamente) tipo 2 OBS: muitos pacientes têm características de ambos! ➔ Bronquite Obstrutiva crônica DPOC TIPO 1 A Bronquite Obstrutiva crônica é a bronquite crônica com obstrução das vias respiratórias A bronquite crônica é definida como: • Tosse produtiva na maioria todos os dias da semana, com duração total de pelo menos 3 meses em 2 anos consecutivos. • A bronquite crônica torna-se bronquite obstrutiva crônica se houver o desenvolvimento de evidências espirométricas de obstrução das vias respiratórias. • A bronquite asmática crônica é uma condição sobreposta semelhante, caracterizada por tosse produtiva crônica, sibilos e obstrução parcialmente reversível das vias respiratórias em tabagistas com história de asma. • Em alguns casos, a distinção entre bronquite obstrutiva crônica e bronquite asmática não é clara e pode ser chamada de sobreposição de DPOC e asma (SDA). ➔ Enfisema Pulmonar O enfisema pulmonar é a destruição do parênquima pulmonar, acarretando a perda da retração elásticas dos septos alveolares e da tração radial das vias respiratórias, o que aumenta a tendência ao colapso destas. - É sucedido por hiperinsuflação pulmonar, limitação do fluxo aéreo e aprisionamento de ar. - Os espaços aéreos dilatam-se e com o tempo desenvolvem vesículas ou bolhas. - Considera-se a obliteração das pequenas vias respiratórias a lesão mais precoce que precede o desenvolvimento do enfisema. TABAGISMO De todas as exposições inalatórias, o tabagismo é o principal fator de risco na maioria dos países, embora apenas cerca de 15% dos fumantes desenvolvam DPOC clinicamente aparente, uma história de exposição a 40 ou mais anos/maço é especialmente preditivo. Fatores genéticos A doença genética causadora mais bem definida é a deficiência de alfa-1 antitripsina, que é uma causa importante de enfisema em não tabagistas e aumenta acentuadamente a suscetibilidade à doença em fumantes. Fisiopatologia -Inflamação -Infecção -Limitação do fluxo de ar Inflamação ➔ Em indivíduos geneticamente suscetíveis, as exposições inalatórias deflagram uma resposta inflamatória nas vias respiratórias e nos alvéolos, que desencadeia a doença. ➔ Admite-se que o processo seja mediado pelo aumento da atividade da protease e pela diminuição da atividade antiprotease. ➔ As proteases pulmonares, como a elastase neutrofílica, as metaloproteinases da matriz e as catepsinas, provocam a lise da elastina e do tecido conjuntivo no processo normal de reparação tecidual. ( obs: proteases são enzimas que irão destruir proteínas ) ➔ A atividade dessas proteases costuma ser balanceada por antiproteases, como alfa-1 antitripsina, inibidor da leucoproteinase secretória derivada do epitélio, elafina e inibidor tecidual da metaloproteinase da matriz. ➔ Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, a ativação de neutrófilos e de outras células inflamatórias libera proteases como parte do processo inflamatório; a atividade da protease supera a atividade da antiprotease, resultando em destruição tecidual e hipersecreção de muco. A inflamação na doença pulmonar obstrutiva crônica aumenta à medida que a gravidade da doença aumenta e, na doença grave (avançada), a inflamação não desaparece completamente com a cessação do tabagismo. Essa inflamação crônica parece não responder aos corticoides. Infecção A infecção respiratória (pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica são propensos a ela) pode amplificar a progressão da destruição do pulmão. ➔ As bactérias, especialmente Haemophilus influenzae, colonizam as vias respiratórias inferiores em cerca de 30% dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. ➔ Em pacientes com comprometimento mais grave (p. ex., naqueles com hospitalizações prévias), a colonização por Pseudomonas aeruginosa e outras bactérias gram-negativas é comum. ➔ O tabagismo e a obstrução das vias respiratórias acarretam o comprometimento da depuração do muco das vias respiratórias, o que predispõe à infecção. ➔ Os surtos repetidos de infecção conduzem ao aumento da magnitude do processo inflamatório, que acelera a progressão da doença. Limitação do fluxo de ar ➔ A característica fisiopatológica primordial da doença pulmonar obstrutiva crônica é a limitação do fluxo aéreo provocada por estreitamento e/ou obstrução das vias respiratórias, perda de retração elástica, ou ambas. ➔ Estreitamento e obstrução das vias respiratórias são causados por inflamação mediada pela hipersecreção de muco, tamponamento de muco, espasmo brônquico, fibrose peribrônquica e remodelação das pequenas vias respiratórias ou uma combinação desses mecanismos. Os septos alveolares são destruídos, reduzindo as inserções do parênquima nas vias respiratórias, facilitando assim o fechamento delas durante a expiração. ➔ Os espaços alveolares dilatados às vezes se fundem em bolhas, definidas como espaços aéreos ≥ 1 cm de diâmetro. As bolhas podem estar totalmente vazias ou ter filamentos de tecido pulmonar que as atravessam em áreas de enfisema localmente grave e, ocasionalmente, ocupam todo o hemitórax. Essas mudanças provocam a perda do recolhimento elástico e a hiperinflação pulmonar. ➔ A maior resistência das vias respiratórias aumenta o trabalho de respiração. Hiperinsuflação pulmonar, embora diminua a resistência das vias respiratórias, também aumenta o esforço respiratório. O aumento do trabalho respiratório pode levar à hipoventilação alveolar com hipóxia e hipercapnia, embora hipóxia e hipercarbia também possam ser causadas pelo desequilíbrio entre ventilação e perfusão (V/Q) https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bacilos-gram-negativos/infec%C3%A7%C3%B5es-por-haemophilus https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bacilos-gram-negativos/pseudomonas-e-infec%C3%A7%C3%B5es-relacionadas Complicações Além da limitação do fluxo aéreo e da insuficiência respiratória, as complicações às vezes incluem: Hipoxemia crônica aumenta o tônus vascular pulmonar que, se difuso, causa hipertensão pulmonar e cor pulmonale. O aumento na pressão vascular pulmonar pode ocorrer por causa da destruição do leito capilar pulmonar em decorrência da destruição dos septos alveolares. SINAIS E SINTOMAS DPOC ➔ Tosse – intermitente produtiva ou não ➔ Dispneia-progressiva piora com os exercícios ou persistentes➔ Sibilos expiratórios ➔ Hiperinsuflação pulmonar ➔ Hipóxia e Hipercapnia ➔ Aumento do diâmetro anteroposterior do tórax -tórax em barril ➔ Pacientes com enfisema avançado perdem peso e desenvolvem perda muscular decorrente da imobilidade ➔ Fraqueza muscular ➔ Perda de peso e desnutrição Os sinais da doença avançada envolvem: ➔ Respiração com lábios cerrados ➔ Uso de músculos respiratórios acessórios ➔ movimento paradoxal da caixa torácica inferior para dentro durante a inspiração (sinal de Hoover) e cianose ➔ Os sinais de cor pulmonale incluem distensão da veia do pescoço ➔ Desdobramento da 2ª bulha cardíaca, com hiperfonese do componente pulmonar ➔ Sopro da insuficiência tricúspide ➔ Edema periférico • Hipertensão pulmonar • Infecção respiratória • Perda ponderal e outras comorbidades https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/hipertens%C3%A3o-pulmonar/hipertens%C3%A3o-pulmonar https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/hipertens%C3%A3o-pulmonar/hipertens%C3%A3o-pulmonar https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca/cor-pulmonale Os impulsos do ventrículo direito são incomuns na doença pulmonar obstrutiva crônica, em virtude da hiperinsuflação pulmonar. O pneumotórax espontâneo pode ocorrer (possivelmente relacionado com ruptura das bolhas) e deve-se suspeitar dele em qualquer paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica cujo estado pulmonar piora de maneira abrupta. Diagnóstico • Radiografia de tórax • Testes de função pulmonar Sugere-se o diagnóstico pela história clínica, exame físico e achados de exames de imagem do tórax e é confirmado por testes de função pulmonar. Exacerbações • Uso da musculatura acessória • Movimento Paradoxal da parede torácica • Cianose ou piora da cianose prévia • Edema periférico • Instabilidade hemodinâmica • Confusão mental Diagnóstico fisioterapêutico • A avaliação do fisioterapeuta inclui a coleta da historia e exame clínico para se determinar os objetivos da fisioterapia • Além disso, a avaliação objetiva • Capacidade de exercício • Função muscular respiratória e periférica • Atividade física e da qualidade de vida são partes integrantes da fisioterapia - Portanto, informações relevantes ( função pulmonar, saturação de oxigênio, capacidade de exercício, tratamento medicamentoso ) O exame físico foca: • Performance ao exercício • Força muscular • Dispneia/Taquipneia • Retenção e depuração mucociliar • Deambulador de rodas • Posicionamento com inclinação interior de tronco • Cianose, atrofia muscular, edema periférico • Caixa torácica ( hiperinsulflação, deformidades ) • Movimento respiratório ( frequência respiratória, movimento tóraco-abdominal paradoxal no repouso e durante o exercício • Atividade da musculatura acessória da respiração, atividade dos músculos abdominais • MV diminuído, sibilos e crepitações discretas • Tempo exp. Prolongado • Respiração com lábio semi-serrado, uso de musc. Acessória da rep Tratamento fisioterapêutico em DPOC Fisioterapia em DPOC • Teste de função pulmonar • Treinamento de MMSS • Treinamento de MMII • Treinamento muscular inspiratório (TMI) • Posicionamento Corporal • Teste de caminhada de seis minutos • Exercícios respiratórios objetivando a redução da hiperinsuflação dinâmica e melhora da troca gasosa: freno labial, respiração lenta e profunda e expiração ativa • Exercícios de relaxamento • Modalidade de tratamento para melhora da higiene brônquica • Oxigenioterapia • Educação do paciente e autocuidado • Suporte ventilatório VMNI e VMI • Gasometria Arterial - Intensidade de treinamento - Frequência do treinamento - Frequências de treinamento de 3 a 5 vezes na semana para treinamento de endurance - de 2 a 3 vezes por semana para o treinamento de força são recomendada Embora alguns estudos sugiram que os efeitos benéficos persistam mais com programas longos (com duração maior que 12semanas), programas mais curtos (4 a 7 semanas) também resultaram em benefícios clinicamente relevante. Radiografia do tórax O raio X só se encontra alterado nos casos mais avançados de DPOC, possuindo uma sensibilidade de 50%. Os sinais clássicos da DPOC na radiografia são: (1) retificação das hemicúpulas diafragmáticas; (2) hiperinsuflação pulmonar (aumento do número de costelas visíveis na incidência PA – mais de 9-10 arcos costais); (3) DPOC 14hipertransparência; (4) aumento dos espaços intercostais; (5) redução do diâmetro cardíaco (“coração em gota”); (6) aumento do espaço aéreo retroesternal no perfil; (7) espessamento brônquico. Bolhas pulmonares também podem ser eventualmente observadas. Na radiografia também devem ser procuradas complicações, tais como pneumonia, pneumotórax e tumor. Imagenologia DPOC Caracterização Funcional Patologias Respiratórias III ASMA CONCEITO: Segundo as Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, a patologia é definida como uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e limitação variável ao fluxo aéreo. ➔ Doença inflamatória crônica ➔ Hiper-responsividade das vias aéreas inferiores ➔ Limitação variável ao fluxo aéreo ➔ Reversível - Espotâneo - Tratamento ➔ Condição multifatorial determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais Epidemiologia ➔ Mundo ➔ 300 milhões de indivíduos ➔ Prevalência global 10% ➔ Brasil ➔ 20 milhões de asmático ➔ 5% - 10% apresenta asma grave -Procuram 15 vezes mais unidade de emergência - Hospitalizados 20 vezes mais que os asmáticos moderados Fisiopatologia Inflamação brônquica Sequência de alterações • Resposta alérgica pela apresentação dos alérgenos ao linfócito Th2 • IL -4 estimular a produção de anticorpos IGE específicos para o alérgenos • Liberação de vários mediadores inflamatório pelo mastócitos, macrófagos, linfócitos, eosinófilo, neutrófilos e células epiteliais • Consequência dos mediadores inflamatórios - Lesão e alterações na integridade epitelial - Alterações na permeabilidade vascular - Hipersecreção de muco - Mudanças na função mucociliar Aumento da reatividade do músculo liso da via aérea Outras alterações Remodelamento da arquitetura • Hipertrofia e hiperplasia do musculo liso • Elevação do número da células caliciformes • Aumento das glândulas submucosas • Alterações no depósito e degradação dos componentes da matriz extracelular Sinais e Sintomas ➔ Tosse ➔ Sibilo ➔ Dispneia ➔ Hipoventilação ➔ Uso de musc. Acess. Da respiração Etiologia Fatores de risco • Reações alérgicas a antígenos como poeira domiciliar; • Fungos do ar; • Ácaros, pólens, pelos e saliva de animais; • Penas e baratas • Fumaça (cigarro, charuto, cachimbo, fogueira, entre outros); • Cosméticos (perfume, desodorantes, entre outros); • Infecções respiratórias; • Poluentes ambientais; • Mudança repentina de temperatura; • Exercícios físicos rigorosos e estado emocional Classificação Nível de controle da asma gravidade da asma Fisioterapia no tratamento da Asma Algumas perguntas facilitam a identificação da doença, e devem ser formulada aos pacientes (ou responsável) para se estabelecer ou suspeitar do diagnóstico clínico de asma. • o acontecimento de episódios recorrentes de falta de ar (dispneia); • ter passado por crises ou episódios recorrentes de chiado no peito (sibilância); • ter tosse persistente, particularmente à noite ou ao acordar; • acordar por tosse ou falta de ar; • ter tosse, sibilância ou aperto no peito após atividade física; • apresentar tosse, sibilância ou aperto no peito após exposição a alérgenos como mofo, poeira domiciliar eanimais, a irritantes como fumaça de cigarro e perfumes ou após resfriados ou alterações emocionais como riso e choro; • usar alguma medicação quando os sintomas ocorrem e, em caso positivo, qual e com que frequência; • se há alívio dos sintomas após o uso de medicação; • ter antecedentes familiares de doenças alérgicas ou asma; • ter ou já ter tido sintomas de rinite alérgica ou eczema atópico; Tratamento de asma brônquica fisioterapêutico Os principais objetivos da fisioterapia no tratamento de asma brônquica são: • reduzir desconforto respiratório e dispneia; • melhorar a mecânica respiratória; • melhorar a força muscular respiratória nos casos de fraqueza; • proporcionar maior condicionamento cardiorrespiratório; • promover a higiene brônquica, quando necessária; • proporcionar redução dos eventos/crises, melhorando a qualidade de vida; Fisioterapia no tratamento de asma • Terapia de higiene brônquica • Terapia de expansão pulmonar • Treinamento muscular inspiratório – TMI • Treinamento físico • Terapia com pressão positivo: CPAP/... • Reeducação • Reequilíbrio Tóraco-abdominal – RTA • Postural Global – RPG Fibrose Cística A fibrose cística (FC), denominada também de mucoviscidose, é uma doença genética autossômica recessiva que acomete principalmente crianças e indivíduos de raça branca e é tradicionalmente conhecida pela tríade de sintomas no trato pulmonar, digestivo e nas glândulas sudoríparas ✓ Estudos prévios já demonstram que a principal causa para o surgimento do FC são mutações do gene FC, o qual está localizado no braço longo do cromossomo 7, no lócus q21-31 PROTEINA CFTR ✓ O muco espesso leva ao acúmulo de bactéria e germes na vias respiratórias, podendo causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia e bronquite, promovendo complicações pulmonares. ✓ Esse muco também pode bloquear o trafo digestórios e pâncreas, o que impende que enzimas digestivas cheguem ao intestino. ✓ Dentre as manifestações clinicas respiratórias mais comuns, pode-se citar a sinusite, bronquite, pneumonia, bronquiectasia, fibrose e cor pulmonaie, podendo evoluir a falência pulmonar Sintomas Os sintomas de Fibrose Cística e sua gravidade são diferentes para cada pessoa. Pesquisas recentes mostram que parte dos sintomas está baseada no tipo de defeito genético ou mutação que o gene tem. Os sintomas estão ligados ao que a secreção mais espessa causa no organismo. ✓ Acúmulo de secreção ✓ Tosse crônica ✓ Pneumonias de repetição ✓ Infecções ✓ Inflamações E quando expectorada, nota-se um aspecto de “chiclete”, muito mais que o normal. - Uma deformidade comum é o tórax em barril e o baqueteamento digital, devido ao acometimento pulmonar. Esses pacientes apresentam também diminuição muscular, o que pode contribuir para fadiga durante a prática de exercício e atividades diárias. - Quando a pessoa com FC também tem problemas pancreáticos, torna-se ainda mais difícil absorver gorduras e nutrientes necessários para crescimento, gerando sin tomas como diarreia (geralmente volumosas, com odor fétido), e e dificuldade para ganhar peso e estatura. Sintomas mais comuns – pele/suor de sabor muito salgado; – tosse persistente, muitas vezes com catarro; – infecções pulmonares frequentes, como pneumonia e bronquite; – chiados no peito ou falta de fôlego; – baixo crescimento ou pouco ganho de peso, apesar de bom apetite; – diarreia; – surgimento de pólipos nasais; – baquetamento digital (alongamento e arredondamento na ponta dos dedos). Diagnóstico: A FC pode ser identificada no Teste do Pezinho e diagnosticada através de exames genéticos ou do Teste do Suor. O diagnostico da FC é feito quando criança. Porém, no Brasil, ainda é considerado incipiento, com media de 4, 7 anos. ✓ Para que se obtenha a confirmação é preciso que o individuo apresente alguns sinais clínicos típicos, antecedentes familiares e dois testes do suor com valores positivos para a FC6 por pilocarpina. ✓ Para um diagnóstico preciso é necessário que os profissionais da área da saúde estejam cada vez mais habituados com esta patologia e com as técnicas diagnósticas, assim como com o portador da FC e seus familiares, para detectar o quanto antes os sintomas clínicos. Tratamento Todo tratamento deverá ter acompanhamento médico e especializado e varia de acordo com a gravidade da doença e com a forma que ele se manifesta. ✓ Ingestão de enzimas digestivas para alimentação ✓ Suporte nutricional ✓ Medicamentos broncodilatadores, atibioticos, anti-inflamatórios ✓ Fisioterapia respiratória ✓ Atividade física ✓ Acompanhamento multidisciplinar frequente Imagenologia ✓ Radiografia evidenciando acentuação das imagens brônquicas e pelo menos uma lesão cística sugestiva de bronquiectasia. ✓ TC mostrando, com nitidez, bronquiectasia, espessamento peribrônquico, áreas sugestivas de enfisema e plugs mucosos não deixando dúvida sobre a gravidade da doença. Fisioterapia ✓ Educação Respiratória ✓ Promover higiene brônquica/terapia inalatória/coleta de escarro/espirometria ✓ Manter ou melhorar a força muscular respiratória/tossir e expectorar/OXIMETRIA ✓ Melhorar ou manter função pulmonar ✓ Promover condicionamento físico/TCAM 6MIN ✓ Melhorar ou manter função motora/postura cifótica/fortalecimento muscular/exe. De impacto ✓ Prevenir e corrigir possíveis deformidade torácica/Postura ✓ Prevenir e corrigir possíveis deformidades posturais - A principal finalidade do tratamento é a promoção da qualidade de vida! ( Encaminhar a atividade física/natação ) Fisioterapia todos os dias AEROSSOLTERAPIA E FISIOTERAPIA ANTES: ✓ Broncodilatador ✓ Agentes osmóticos ✓ Mucolíticos DEPOIS: ✓ Antiinflamatórios ✓ Antibióticos Recomenda-se o uso de brinquedos de baixo custo e simples manuseio, como apitos, língua de sogra e canudos imersos em copo de água, com o objetivo de desenvolver o controle respiratório de crianças a partir de 2 anos de idade e de treiná-las para exames de espirometria que serão conduzidos futuramente. Fisioterapia além das Técnicas de Remoção de Secreção Orientação/Informação -> pact FC nunca tem alta da fisioterapia FC -> EXE. RESPIRATÓRIOS -> TOSSIR -> ESPECTORAR HEMOPTISE PNEUMOTORAX Patologias Respiratórias Pneumotórax/Hemotórax/Derrame Pleural/Empiema Pneumotórax Pneumotórax é a presença de ar na cavidade pleural ✓ Acarretamento colapso pulmonar parcial ou completo ✓ O pneumotórax pode ocorrer de modo espontâneo ou adquirido em virtude de pneumopatia subjacente, trauma ou procedimentos médicos/istrogênico. ✓ O diagnóstico baseia-se em exame físico e radiografia de tórax ✓ Uni ou bilateral ✓ Aberto ou fechado Pneumotórax espontâneo primário e secundário Pneumotórax espontâneo primário: ocorre em pacientes sem pneumopatia subjacente, tipicamente em jovens do sexo masculino, magros e altos, na adolescência ou por volta dos 20 anos de idade. Pneumotórax espontâneo secundário: pacientes com doenças de bases em pacientes mais velhos enfisema/asma Pneumotórax espontâneo secundário O pneumotórax espontâneo secundário é tipicamente mais grave que o primário, pois ocorre em pacientes com doença pulmonar que diminui a reserva pulmonar. -> O pneumotórax catamenial é uma forma rara de pneumotórax espontâneo secundário que incide dentro de 48 horas do início da menstruação em mulheres na pré-menopausa e, às vezes, na pós-menopausa, em mulheres que tomam estrógeno. -> A causa é a endometriose intratorácica, possivelmente pela migração de tecido endometrial peritoneal através de orifícios diafragmáticos ou por embolização pelas veias pélvicas. -> Pneumotórax traumático é uma complicação comum de contusões e lesões torácicas penetrantes. Fisiopatologia A pressão intrapleuralnormalmente é negativa (menor do que a pressão atmosférica) por causa do recuo da parede pulmonar para dentro e da parede torácica para fora. No pneumotórax, o ar de fora do tórax ou do próprio pulmão entra no espaço pleural através dos planos do tecido mediastinal ou através de perfuração pleural direta. A pressão intrapleural aumenta, e o volume pulmonar diminui. Pneumotórax hipertensivo É um pneumotórax que causa aumento progressivo na pressão intrapleural a níveis que se tornam positivos por todo o ciclo respiratório e colapsa o pulmão, desloca o mediastino e prejudica o retorno venoso para o coração. ✓ O ar continua entrando no espaço pleural, mas não é capaz de sair ✓ Sem tratamento adequado, o retorno venoso prejudicado pode causar hipotensão sistêmica e parada respiratória e cardíaca (atividade elétrica sem pulso) em poucos minutos. O pneumotórax hipertensivo ocorre mais comumente em pacientes em ventilação com pressão positiva (na ventilação mecânica ou particularmente durante a reanimação). Raramente, ele é uma complicação do pneumotórax traumático, quando uma lesão torácica age como uma válvula unidirecional que aprisiona volumes aumentados de ar no espaço pleural durante a inspiração. Pneumotórax diagnóstico O pneumotórax de pequeno porte às vezes é assintomático. Os sintomas do pneumotórax incluem Inicio súbito, Dor pleurítica, Dispneia/Ortopneia Tosse, Diminuição do MV, Hiperressonância/Hipertimpanismo. A dispneia pode ter início súbito ou gradual, dependendo da velocidade de desenvolvimento e do tamanho do pneumotórax. Os achados físicos consistem classicamente em ausência de frêmito tátil, hipersonoridade à percussão e diminuição dos sons respiratórios no lado com pneumotórax diminuição da exp. torácica. Se o pneumotórax for grande, o lado comprometido pode estar aumentado, com a traqueia visivelmente desviada para o lado oposto. No pneumotórax de tensão, pode ocorrer hipotensão. Pneumotórax RX ✓ Suspeita-se do diagnóstico em pacientes estáveis com dispneia ou dor torácica pleurítica e confirma-se com uma radiografia inspiratória em posição ortostática. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-tor%C3%A1cico/pneumot%C3%B3rax-traum%C3%A1tico ✓ Ar radiotransparente e ausência de imagens pulmonares justapostas entre o lobo ou o pulmão retraído e a pleura parietal são diagnósticos de pneumotórax. ✓ O deslocamento traqueal e o desvio do mediastino acontecem com pneumotórax mais amplos. Tratamento Clínico ✓ Descompressão imediata com agulha para pneumotórax de tensão ✓ Observação e acompanhamento radiográfico do pneumotórax espontâneo primário pequeno e assintomático ✓ Aspiração por cateter de pneumotórax espontâneos primários sintomáticos ou grandes ✓ Toracostomia com dreno para pneumotórax secundário e traumático Tratamento ✓ Primário de pequeno volume com paciente estável – ASPIRAR 3ª 6hs -> RX ✓ Primário de grande volume com paciente estável – OBSERVAR 24hs PUNÇÃO/CATETER ✓ Primário de grande volume com paciente instável INTERNADO DRENAR ✓ Secundário – DRENAGEM MAIS CALIBROSO ✓ Pacientes devem receber suplementação de oxigênio até a radiografia de tórax estar disponível, uma vez que o oxigênio acelera a reabsorção pleural de ar. ✓ Em seguida, o tratamento depende do tipo, do tamanho e dos efeitos do pneumotórax. ✓ O pneumotórax espontâneo primário < 20% e que não desencadeia sintomas respiratórios ou cardíacos pode ser observado com segurança, sem tratamento, se radiografias torácicas de acompanhamento feitas em intervalos de aproximadamente 6 e 48 horas não revelarem progressão. ✓ Nessa imagem, um pneumotórax é visível no hemitórax direito em que, na periferia, não há trauma vascular pulmonar ✓ Um ligeiro desvio do coração e do mediastino para o lado esquerdo pode causar fisiologia de peneumotórax ✓ Deve-se, porém, diagnosticar o pneumotórax hipertensivo pelos acados clínicos sem esperar pela confirmação radiográfica. ✓ O pneumotórax espontâneo primário, de maiores dimensões e sintomático, deve ser esvaziado por drenagem com cateter. A toracostomia com dreno é uma alternativa. E a fisioterapia respiratória? PNEUMOTÓRAX Hemotórax Hemotórax é o acúmulo de sangue no espaço pleural Causa de Hemotórax é laceração do pulmão, de algum vaso intercostal ou da artéria torácica interna. Pode resultar de trauma penetrante ou fechado, Hemotórax muitas vezes é acompanhado de pneumotórax (hemopneumotórax) derrame hemorrágico no espaço pleural. O volume da hemorragia varia de discreto a maciço. O hemotórax maciço costuma ser definido como o acúmulo rápido de ≥ 1.000 mL de sangue. Pacientes com hemorragias volumosas geralmente estão ✓ Dispneicos ✓ Têm diminuição dos sons respiratórios ✓ Macicez à percussão (muitas vezes difícil de reconhecer durante a avaliação inicial dos pacientes com lesões múltiplas) Os achados podem não ser notados nos pacientes com hemotórax de pequena monta. Essa foto mostra hemotórax esquerdo maciço após ferimento por arma de fogo no hemitórax esquerdo. Derrame Pleural Os derrames pleurais são acúmulos de líquido dentro do espaço pleural. Eles têm múltiplas causas e normalmente, são classificados com transudatos ou exsudatos. São detectados por exame físico ou radiografia de tórax; a toracocentese e a análise do líquido pleural costumam ser necessárias para determinar a causa. Os transudatos assintomáticos não necessitam de tratamento. Os transudatos sintomáticos e quase todos os exsudatos requerem: ✓ Toracocentese ✓ Drenagem torácica ✓ Pleurectomia ou uma combinação destes procedimentos ✓ Em condições normais, 10 a 20 mL de líquido pleural, com composição semelhante ao plasma, mas com conteúdo mais baixo de proteína (< 1,5 g/dL [< 15 g/L]), espalham-se finamente pelas pleuras viscerais e parietais, facilitando o movimento entre os pulmões e a parede torácica. ✓ O líquido proveniente dos capilares sistêmicos da pleura parietal entra na cavidade pleural e sai pelos estomas e linfáticos do mesmo folheto. O líquido acaba sendo drenado para o átrio direito, portanto a depuração depende em parte das pressões do lado direito. ✓ O líquido pleural acumula-se quando entra muito ou sai pouco líquido da cavidade pleural. QUILOTÓRAX – URINOTÓRAX – HEMOTÓRAX – EMPIEMA Os derrames pleurais costumam ser classificados como: ✓ Transudatos – Liquido Palsmático Estravazamento de Plasma São provocados por alguma combinação de aumento da pressão hidrostática e diminuição da pressão oncótica na circulação pulmonar ou sistêmica. A insuficiência cardíaca é a causa mais comum, seguida pela cirrose com ascite por hipoalbuminemia, geralmente em decorrência da síndrome nefrótica. IC, CIRROSE HEPÁTICA/HIDROTÓRAS HEPÁTICO, SÍDROME NEFRÓTICA/TUMOR FANTASMA, EMBOLIA PULMONAR ✓ Exsudatos – LÍQUIDO DE ORIGEM INFLAMATÓRIA Os derrames exsudativos são provocados por processos locais, causando aumento da permeabilidade capilar e resultando em exsudação de líquido, proteína, células e outros constituintes séricos. As causas são diversas, mas as mais comuns são pneumonia, doença maligna, embolia pulmonar, infecções virais e tuberculose. PNEUMONIA, TUBERCULOSE, NEPOLASIA, EMBOLIA PULMONAR, COLAGENOSES, UREMIA, ASBESTOSE, SARCOIDOSE, QUILOTÓRAX A síndrome da unha amarela é um distúrbio raro que causa derrames pleurais exsudativos crônicos, linfedema e unhas amarelas distróficas—todas consideradas resultado de drenagem linfática prejudicada. Sinais e Sintomas ✓ Alguns derrames pleurais são assintomáticos e descobertos por acidente no exame físico ou na radiografia de tórax. ✓ Muitos causam dispneia e/ou dor torácica pleurítica. ✓ Dor torácica pleurítica. ✓ Desconforto vago oudor aguda, que piora com a inspiração, indica inflamação da pleura parietal. ✓ A dor é habitualmente sentida sobre o ponto inflamado. O Exame físico revela: ✓ Ausência de frêmito tátil ✓ Macicez à percussão ✓ Diminuição/ausência dos sons respiratórios do lado do derrame. Esses achados também podem ser desencadeados por espessamento pleural. Na vigilância de derrames de grandes proporções, habitualmente a respiração é rápida e superficial. Diagnóstico: ✓ Radiografia do tórax ✓ Análise do líquido pleural ✓ As vezes, angiografia por TC ou outros testes ✓ Suspeita-se de derrame pleural em pacientes com: Dor pleurítica Dispneia inexplicável ou sinais sugestivos. Os exames diagnósticos são indicados para documentar a existência de líquido pleural e para determinar sua etiologia E a fisioterapia Respiratória ? TORACOCENTESE TORACOSCOPIA PLEURODESE
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