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Preventiva IV

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PREVENTIVA IV
SUS e Vigilância em Saúde
Esta apostila representa quase 10% da prova de residência! SUS é um assunto recorrente e obrigatório nas provas!
· 1923 – CAPs (Caixas de Aposentadorias e Pensões) – cada grupo tinha uma espécie de ‘caixa’ para assistência aos funcionários
· Década de 30 – IAPs (Instituto de Aposentadorias e Pensões) – a União passou a participar dessas ‘caixas’ (Era Vargas)
· Década de 60 – INPS (Instituto Nacional da Previdência Social) - militares (centralizadores) → unificação dos Institutos. Como o controle passava a ser Nacional, os hospitais que foram construídos na década de 30 começaram a ficar sucateados. Nessa época também foi gasta grande quantia de dinheiro com obras faraônicas. O dinheiro público financiou a expansão do sistema privado no Brasil.
· 1973 – Falência da previdência no Brasil. Em uma tentativa de melhor controle dos gastos e de contornar a situação, é criado o INAMPS (Instituto Nacional da Assistência Médica e Previdência Social) – foi criado um limite e um teto para cada procedimento (problema: códigos foram desviados para procedimentos que pagavam mais)
Os problemas do modelo Bismarckiano
· O acesso era restrito (tinha direito à saúde apenas aqueles que pagavam por ela)
· Ênfase na cura
· Ministérios (existia uma divisão ministerial muito forte no Brasil. O Ministério da Saúde era responsável pelas ações preventivas – saneamento básico e vacinação. Quem exercia as ações curativas era a Previdência)
· Medicina Ditatorial
Reforma Sanitária → Modelo Beveridgiano
· Plano CONASP/ AIS (Ações Integradas de Saúde) 
· VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) – lema da reforma sanitária “Saúde, direito de todos, dever do Estado”
· SUDS (Sistema Único e Descentralizado de Saúde) – 1987
· SUS (Sistema Único de Saúde) – 1988 (Constituição)
	COMO ERA
	O QUE MUDOU
	Para o acesso restrito
	UNIVERSALIZAÇÃO
	Para a ênfase na cura
	INTEGRALIDADE
	Ministérios
	DESCENTRALIZAÇÃO
	Medicina ditatorial
	PARTICIPAÇÃO SOCIAL
PRINCÍPIOS DO SUS
	ORGANIZACIONAIS / OPERATIVOS
	DESCENTRALIZAÇÃO
	Divisão de poderes
	REGIONALIZAÇÃO
	Municipalização
	HIERARQUIZAÇÃO
	Posto / hospital / diálise → organizar os níveis de complexidade de assistência (a porta de entrada deve ser através da Atenção Básica)
	PARTICIPAÇÃO SOCIAL
	Conselhos e Conferências
	RESOLUBILIDADE
	Resolver os problemas (em cada nível de assistência e de forma integral)
	COMPLEMENTARIEDADE
	Contratar o privado (preferir instituições filantrópicas ou privadas não-lucrativas)
	ÉTICOS / DOUTRINÁRIOS
	UNIVERSALIZAÇÃO
	Acesso a todos os cidadãos
	INTEGRALIDADE
	Prevenção, cura e reabilitação
	EQUIDADE
	Tratamento desigual aos desiguais (priorizando aquele que precisa mais)
A evolução...
	LEI 8.080 (19/09/90) → Lei Orgânica da Saúde (funcionamento do SUS)
Cabe à direção: nacional / estadual / municipal:
	Nacional
	Definir políticas e normas
	Estadual
	Coordenar o que foi definido
	Municipal
	Executar e colocar em prática
	A direção Nacional pode executar? 
· Sim! Vigilância de portos, aeroportos e fronteiras... ou em situações inusitadas.
E o setor privado?
Pode atuar de forma livre e complementar (preferência por instituições filantrópicas e privadas não lucrativas).
 - Lei 8.142 (28/12/90 - complementa lei 8.080) → sobre gastos e participação popular ($)
1) Transferência regular e automática
2) Conselhos e Conferências
· 50% → usuários
· 50% → profissionais de saúde (25%) / profissionais de serviço (12,5%) / representantes do Governo (12,5%)
	CONSELHOS
	CONFERÊNCIAS
	· Controlam os gastos e a execução da saúde
· Permanente e deliberativo
· Reunião mensal
	· Convocadas pelo Executivo ou pelos Conselhos
· Avaliam e criam diretrizes da Política de Saúde
· Acontecem de 4 em 4 anos
NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS (NOBs)
 - NOB 91
· Centraliza a gestão no nível Federal
· Municípios se comportam como prestadores
· Prestadores públicos e privados recebem dinheiro do MS de acordo com a produção
* Lei sem noção, regressão! O município sempre foi um peão (produz e ganha de acordo com a produção), e do nada virou patrão, tomando o poder e o dinheiro para executar; logo, esta NOB serviu como ponte para a adequação dos municípios.
 - NOB 93
· Municípios → passam a ser os GESTORES
· Gestão: incipiente / parcial / semi-plena
· Transferência regular e automática pelo número de cabeças na cidade
· Comissão Intergestores:
· Bipartite (Estadual): Estado, Município (COSEMS)
· Tripartite (Nacional): MS, Estados (CONASS), Municípios (CONASEMS)
* A Lei 8080 já permitia formar “consórcios” intermunicipais, onde cada município enviava seus pacientes para o outro numa “troca”, uma vez que o repasse era feito por cabeça. Por exemplo, se um município tinha atendimento psiquiátrico e outro oftálmico, os pacientes transitavam entre as cidades para receber seu atendimento de acordo com o necessário.
 - NOB 96
· Poder pleno pelo município 
· Gestão plena da atenção básica → Atenção Básica 
· Gestão plena do sistema municipal → Atenção básica, Média e Alta complexidade
· Piso da atenção básica (PAB)
· Fixo: todos os municípios ganham
· Variável: saúde na escola, do adolescente, bucal, família, NASF, PMAQ, academias de saúde, consultórios de rua, atenção domiciliar, equipe multidisciplinar de apoio
* Com isso, o município recebe um valor fixo por habitante, e também um valor variável conforme os diversos programas implantados no município.
 - NOAS 2001 / 2002 (Norma Operacional da Assistência à Saúde)
 - EQUIDADE NOS RECURSOS E NO ACESSO À SAÚDE
· Regionalização Organizada
· Acesso à saúde o mais próximo da residência
· Município referência = $ para média complexidade
* Regionalização Organizada: ao avaliar o perfil de cada município, criou-se micro e macrorregiões de saúde, que são aglomerados de municípios com um sistema completo de saúde (atenção básica, média e alta complexidade, etc). O município referência + seus municípios ao redor compõem uma região de saúde. Se qualquer pessoa da região necessitas de assistência médica, irá à unidade mais próxima e, caso necessário, será enviado para um serviço de maior complexidade. Dessa forma, o serviço de média complexidade recebe verba referente aos habitantes do seu município e das cidades ao redor que utilizam este serviço como referência.
· Ampliação da Atenção Ambulatorial
· PAB ampliado
· Observação na urgênciaNão cai em prova
· Atendimento domiciliar (médico / enfermeira)
· Cirurgias ambulatoriais
· ECG, teste imun. de gravidez
PACTO DE SAÚDE (2006)
· Pacto em DEFESA → social / mais recursos para saúde
· Pacto de GESTÃO → esferas
· Pacto pela VIDA → saúde
· Saúde do idoso
· Ca de mama e de colo
· Mortalidade infantil e materna
· Doenças emergentes e endemias (dengue, malária, influenza, BK e hanseníase)
· Promoção à saúde (qualidade de vida)
· Atenção Básica à saúde (PSF)
· Saúde Mental
· Saúde do Homem
· Saúde do Trabalhador
· Pessoas com deficiência
· Pessoas em risco de violência 
· Hepatite e AIDS
· Oral (bucal)
· UBS, CAPS, UPA → portas de entrada aos usuários
PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
	PRIMEIRO CONTATO
	Porta de entrada do sistema de saúde → acessibilidade
	LONGITUDINALIDADE
	Acompanhamento do indivíduo → criação de vínculo
	INTEGRALIDADE
	Integral / completo → atenção a todas as necessidades do indivíduo
	COORDENAÇÃO
	Integração do cuidado
	ENFOQUE FAMILIAR
	Na família → genograma
	ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA
	Contato com a comunidade
	COMPETÊNCIA CULTURAL
	Facilitar a relação
* Macete p/ prova: PLInCípios PLInCipais
· Visão reorientada – medicina centrada na pessoa, e não no sintoma (visão biopsicossocial)
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
· Portarias: 648/2006 e 2488/2011
· Áreas estratégicas → BK, hanseníase, HAS, DM, saúde bucal, criança, mulher, idoso, desnutrição
	As 8 características de prova
· Princípios principais
· Reabilitação também faz parte da atenção básica
· Integral – 40h semanais (médico também)
· Multidisciplinar (equipe) → 1 médico + 1 enfermeiro + 1 auxiliar de enfermagem + 4 a 6 ACS 
·Acolhimento / autonomia (participação da comunidade)
· Reorientação (substitutivo) → centrado na pessoa
· ELEVADA complexidade / BAIXA densidade
· Adscrição de clientela / territorialização (entre 2.000 e 3.500 pessoas)
NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família)
· NASF 1: 5 a 9 ESF, ≥ 5 profissionais e 200h/sem
· NASF 2: 3 a 4 ESF, ≥ 3 profissionais e 120h/sem
· NASF 3: 1 a 2 EFS, ≥ 2 profissionais e 80h/sem
· Não é porta de entrada!
· O NASF é o exemplo do Matriciamento: profissional ou equipe que ajuda a ESF
FINANCIAMENTO DO SUS
· Seguridade Social → financia Saúde e Previdência
· COFINS, CSLL..., CPMF
· A principal fonte da Seguridade Social é o desconto compulsório sobre a folha de salário dos trabalhadores 
· Desconto da folha de salários (INSS) não entra na Saúde!
“O financiamento do SUS é uma responsabilidade comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”
· EC nº 29 (2000) → LEI 141 (2012) → EC 86 (2015)
· UNIÃO: 15% da receita vai para a Saúde (até 2019...)
· ESTADOS: 12%
· MUNICÍPIOS: 15%
 
Curiosidade do financiamento: 6 blocos de R$
I. Atenção básica: PAB fixo e variável
II. Atenção média / alta: SAMU, UPA, Tx, diálise
III. Vigilância da saúde: epidemiologia ambiental / sanitária
IV. Ações farmacêuticas
V. Gestão do SUS
VI. Investimentos em saúde

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