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ROTEIRO PARA EXAME FÍSICO NA CRIANÇA: Exame Físico Segmentar Iniciar com a palpação das cadeias de Linfonodos: Presença de linfadenomegalias, localização, tamanho, consistência, mobilidade, sensibilidade, calor. Cabeça e Pescoço Crânio: posição, couro cabeludo, suturas, fontanelas, conformação anatômica do crânio, craniotabes. Face: conformação, paralisias (facial, trigêmeo), glândulas salivares (parótida, submaxilar,sublingual). Olhos: esclera, conjuntiva e córnea, exoftalmia, enoftalmia, tensão do globo ocular, estrabismo, movimentos oculares, nistagmo, pálpebras (ptose, infecções), pupilas (fotoreatividade, anisocoria), Orelhas: anomalias, posição, secreção, sensibilidade, otoscopia (conduto auditivo, membrana auditiva – triângulo luminoso, hiperemia, retração, abaulamento), mastóide, audição (função vestibular), Nariz: forma, batimento de asas do nariz, aspectos da mucosa, secreções, epistaxe, septo nasal, polipos, tumores, seios paranasais. Boca e Garganta: Palidez perioral. Lábios: (paralisias, fissuras, vesículas e pústulas, cor, edema). Boca: (odor, trisma, salivação). Dentes: (número, conservação, escovação, etc). Gengiva: (infecção, coloração, sangramento, cisto, hipertrofia). Mucosa oral: aspecto, coloração, monilíase, enantema, petéquias, ulcerações. Língua: papilas, cor, aspecto (geográfica, escrotal, framboesa), tamanho (macroglossia), cicatrizes, “lingua presa”, cisto, paralisia. Palato e Faringe: cor, sangramento, fenda, perfuração, palato ogival, úvula, faringe posterior, amígdalas (tamanho, coloração exudato...), epiglote. Laringe: voz, rouquidão, estridor. (Na semiologia pediátrica é fundamental que se deixe para o final do exame os procedimentos mais desagradáveis como visualização da orofaringe e otoscopia. Na otoscopia visualiza-se o conduto auditivo externo e tímpano, observando-se sua integridade e normalidade. No exame da orofaringe, usando-se preferencialmente uma lanterna, observa-se os lábios, e posteriormente com um abaixador de língua, inspeciona-se a mucosa, gengiva, frênulos labiais, língua, dentes, pálato e, finalmente, as amígdalas e região posterior da orofaringe). Pescoço: tamanho, anomalias, esternocleidomastóideo, tireóide, traquéia, vasos, mobilidade e movimentos característicos. Tórax Forma, simetria, tipos de respiração (abdominal, torácica. Exame das mamas: desenvolvimento, simetria, ginecomastia. Respiratório: freqüência respiratória, (taquipnéia, eupnéia, bradipnéia), amplitude (hiperpnénia), dispnéia (esforço respiratório com utilização de musculatura acessória), tiragem intercostal, subcostal, retração esternal ou de fúrcula; percussão (macicês, hipersonoridade), verificar a expansibilidade torácica; ausculta: verificar a intensidade e distribuição do murmúrio vesicular, ruídos adventícios (estertores, roncos, crepitações, sibilos...). Cardiovascular: Ictus: localização, extensão, tipo, frêmito. Ausculta: Ritmo, FC,bulhas cardíacas, arritmias, sopros... • Peso: Utilizar balanças pediátricas (tipo “pesa bebê”) até 2 anos de idade (capacidade máxima de 16 Kg). Pesar o bebê sem roupa, sem fralda. Após esse limite utilizar a balança “tipo adulto” Pesar a criança maior com o mínimo de roupa possível e descalça. • Comprimento/Altura: para crianças até 1 metro utilizar régua antropométrica graduada com uma extremidade fixa e uma móvel. A cabeça da criança deverá ser mantida pela mãe na extremidade fixa. O médico deverá então estender as pernas com uma das mãos sobre os joelhos da criança e com a outra mão, guiar a extremidade móvel da régua até a planta dos pés em ângulo reto. As crianças maiores de um metro deverão ser medidas em balança antropométrica ou régua vertical, na posição ereta, com os calcanhares próximos e a postura vertical alinhada. • Perímetro Cefálico: a fita deverá passar pelas partes mais salientes do frontal e do occipital. Essa medida deverá ser aferida até dois anos de idade. • Perímetro Torácico: na altura dos mamilos. Deve ser aferido principalmente no primeiro trimestre de vida ou em caso de suspeita de alteração torácica. • Perímetro Abdominal: na altura da cicatriz umbilical. Tem importância em caso de sobrepeso ou obesidade ou patologia que cursam com aumento de volume abdominal Após a Anamnese e o Exame Físico, se estabelecem as hipóteses diagnósticas: • Diagnóstico (s) Clínico(s) - Hipótese(s) principal (ais) e diagnósticos diferenciais • Diagnóstico Nutricional • Diagnóstico Neuropsicomotor • Diagnóstico Vacinal A partir das hipóteses diagnósticas, se propõe a conduta: • Solicitação de exames complementares e pareceres se for o caso; • Prescrição (Tratamento farmacológico, tratamento não farmacológico, orientações...) Abdome Inspeção: forma, distensão, movimentos respiratórios, cicatriz umbilical, diastase de retos abdominais, veias e circulação colateral, peristalse. Ausculta: peristaltismo, borborigmo, meteorismo, sopros. Percussão e Palpação: parede abdominal (avaliar presença de hérnias), presença de massas palpáveis, ascite, visceromegalias. Gênito-urinário e região perineal Lojas renais, palpação renal, punho percussão lombar. Meninos: forma do pênis, exposição da glande, localização da uretra, forma da bolsa escrotal. testículos (tamanho, consistência, localização), hipospádia e epispádia, fimose (balanopostite), hidrocele, hérnia Meninas: tamanho do clitóris, lábios maiores e menores, orifício uretral e hímen. Conformação, corrimento (uretral, vaginal), corpos estranhos, sinéquia de pequenos lábios. Genitália, região perineal e ânus podem ser examinados no início do exame físico em lactentes, mas serão examinados por último nas crianças maiores. Na menina, a vulva e o intróito vaginal deverão ser examinados enquanto nos meninos é necessário verificar a presença de fimose e efetuar a palpação dos testículos na bolsa escrotal. Examinar também região glútea, ânus (fístulas, fissuras), prolapso retal, outras protrusões, (pólipos, etc). Dermatite perianal, anomalias congênitas anorretais. Locomotor Extremidades: Anomalias, tamanho dos membros, conformação, sensibilidade, temperatura, edema, deformidade, marcha, claudicação. Coluna vertebral: Cistos dermóides, fístulas, espinha bífida, tufos capilares, mobilidade, opistótono, postura, lordose, cifose, escoliose. Articulações: Temperatura, sensibilidade, edema, hiperemia, mobilidade, Sinal de Ortolani - (displasia coxo-femural), genu-valgo e genu-varo. Músculos: Trofia e tônus, sensibilidade, espasmo, paralisias e paresias. Neurológico Avaliação de nível de consciência, postura e atitude (já se observa enquanto conversa com a(o) acompanhante), marcha, equilíbrio, coordenação motora, tônus, força muscular e integridade dos pares cranianos, reflexos tendinosos. Nos recém- nascidos e lactentes jovens, é importante a avaliação dos reflexos transitórios como parte do exame neurológico, observando-se sua presença, intensidade e simetria. Em crianças maiores os reflexos profundos serão obtidos com maior facilidade. Avaliar pupilas (isocoria e fotossensibilidade).
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