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~ Resumo de Mineralogia I – Vitória Azevedo ~ · Definição de mineral é considerado um sólido de ocorrência natural, com um arranjo/estrutura interno altamente ordenado, composição química homogênea definida (mas não necessariamente fixa). Minerais são frequentemente formados por processos inorgânicos. (Klein e Dutrow, 2012) – Ocorrência natural deve ser formado por processos naturais. Serve para diferenciá-los daqueles minerais feitos em laboratórios (sintéticos). – Sólido exclui materiais que são gasosos e líquidos. Nos sólidos há uma posição fixa para os átomos. – Arranjo atômico/interno altamente ordenado indica que uma estrutura interna de átomos organizados em um padrão geométrico regular e repetitivo. Quando possui o arranjo atômico ordenado usa o termo cristalina para designar. Exemplo: sílica cristalina. Quando isso não acontece diz-se que a substancia é amorfa, não sendo considerada um mineral e sim um mineraloíde. – Composição química especifica homogênea e definida onde a composição química pode ser expressa por uma fórmula específica que pode variar dentro de alguns limites. Reside em conhecer como os elementos químicos estão organizados nos minerais. O que torna cada mineral único é sua composição química e a forma como estão dispostos os átomos na sua estrutura interna. Exemplo do quartzo (SiO2 – Si =1 e O=2, um de sílica e dois de oxigênio). A maioria dos minerais não possui uma composição química bem definida, com isso a quantidade de elementos químicos pode variar. – Formado por processos inorgânicos os minerais são definidos como substâncias inorgânicas, excluindo os materiais orgânicos que formam os corpos de plantas e animais, sendo substâncias biogênicas (formadas por organismos) como por exemplo âmbar, pérola, carvão e petróleo. Entretanto, existe uma tendência em reconhecer minerais produzidos organicamente, são os biomineralizados (biomineralização formado por organismos vivos ou microrganismo) onde os organismos produzem minerais durante a maior parte da história da Terra. Um pântano pode ser transformado por processos geológicos em carvão, que é formado de carbono orgânico, embora forme depósitos naturais, o carvão não é considerado mineral. A concha da ostra e a pérola são compostas por CaCO3 e esse material é idêntico ao mineral aragonita, vaterita e calcita. O carbono que faz parte das conchas da calcita é inorgânico, que constitui a parte principal de muitos calcários, satisfaz a definição de mineral. · Toda regra tem exceção H2O é considerado mineral líquido, assim como o Hg (mercúrio). Ágata é um mineral criptocristalino. Opala é um mineral amorfo, assim como o sílex. · Amorfo são sólidos que não possuem um arranjo interno ordenado. Não é considerado mineral, é sem forma. Exemplo vidro e obsidiana. · Mineraloíde são materiais (orgânicos e inorgânicos) semelhantes aos minerais, mas sem estrutura cristalina. Não é considerado mineral pois, não preenche um dos requisitos da definição de mineral. São isomorfos. Exemplo de mineraloíde é a opala (SiO2 amorfa), minerais de U e Th, como o zircão (ZrSiO4), onde a cristalinidade original é destruída pela radiação de elementos radioativos que estão presentes na estrutura original (minerais metamícticos) e o vidro vulcânico (obsidiana). · Minério todo mineral/mineraloíde onde a exploração/prospecção é feita com valor econômico. · Propriedades Organolépticas sabor, tato e odor. 1. Sabor somente pode ser percebido se o mineral for solúvel em água, como a maioria dos sais. Em relação ao sabor os minerais podem ser classificados em: – Salino ou salgado gosto salgado do sal de cozinha. Exemplo halita (NaCl). – Adstringente gosto salgado que “amarra a boca” (semelhante ao de banana verde). Exemplo alunita KAl3(OH)6(SO4)2. – Alcalino gosto de álcalis, de soda cáustica (hidróxido de Na). Exemplo trona Na3H(CO3)2.2H2O. – Amargo gosto de sal amargo. Exemplo epsomita MgSO4 .7H2O. – Doce gosto adocicado. Exemplo bórax Na2B4O7.10H2O. – Ácido gosto de “azedo metálico”. Exemplo calcantita CuSO4.5H2O. 2. Odor poucos minerais têm cheiro; alguns desprendem naturalmente cheiros característicos mas, outros, precisam ser friccionados, aquecidos, umedecidos, tratados por ácidos para desprenderem odor. Os odores mais característicos são: – Aliáceo cheiro de alho e é gerado normalmente quando se atrita composto de arsênio. Exemplo arsenopirita FeAsS. – Sulfuroso cheiro de enxofre queimado. É próprio dos sulfetos aquecidos. Exemplo pirita FeS2 (quando friccionada). – Fétido cheiro de ovos podres, emitido pela galena (PbS), quando tratada por HCl. – Argiloso cheiro peculiar de argila molhada. Exemplo argila. Montmorilonita: (Al, Mg)8(Si4O10)3(OH)1012H2O Caolinita: Al4Si4O10(OH)8 3. Tato ao tocar com os dedos, a mão ou a língua podem ser apreciadas propriedades tais como: – Untuosidade são untuosos ao tato. Exemplo talco e grafite. Grafite Talco: Mg3Si4O10(OH)2 – Frio como por exemplo pedras preciosas e quartzo. Berilo: Be3Al2(Si6O18) Diamante – Áspero como por exemplo bauxita. Gibbsita: Al(OH)3 – Suave de seda como por exemplo asbesto. Crisotila (Asbesto): Mg3Si2O5(OH)4 – Liso como por exemplo opala SiO2·nH2O. – Pegajoso como por exemplo argila, principalmente quando tocada pela língua, caolinita e montmorilonita. · Propriedades físicas dos minerais são controladas pela composição química do mineral, a que elementos pertencem aos átomos da estrutura do mineral e as ligações entre os átomos. As principais propriedades físicas são hábito, divisibilidade, dureza dos minerais, densidade relativa, densidade, tenacidade, brilho, cor, traço, diafaneidade e as dependentes da luz, propriedades elétricas e magnéticas, piroeletricidade e piezoeletricidade. As principais incluem: Brilho: Cor: Hábito: Traço: Dureza: Clivagem: Diafaneidade: Fratura: Densidade: 1. Hábito o aspecto dos cristais de um mineral é referido por hábito. Sendo o hábito a aparência/forma geométrica externa de um determinado mineral (forma de ocorrência do cristal) desenvolvida pelo crescimento dos cristãos seja individual ou agregados cristalinos. A forma em cristalografia significa um conjunto de faces do cristal, com relações de simetria bem estabelecidas. Normalmente, o termo forma é usado como sinônimo de hábito. O hábito de um cristal é controlado pela sua estrutura interna. Os minerais são frequentemente identificados com base nos seus hábitos. Um mesmo mineral pode ter diferentes hábitos e diferentes espécies que depende do ambiente de formação, origem, espaço, etc. Os hábitos mais comuns são aciculares, fibroso, prismáticos, tabulares. Dificilmente, os minerais desenvolvem formas geométricas perfeitas. O que acontece é o crescimento desproporcional das faces, originando uma grande variedade de formas, raramente mostrando uma simetria ideal. Os minerais se encontram na natureza, na maioria dos casos, em forma de grãos irregulares, sem faces cristalinas, porém com estrutura cristalina interna. Os minerais raramente ocorrem de forma isolada, ocorrem intercrescidos, com os da mesma espécie. Primeiro é feito um grupamento geral e depois um grupamento especial. 1.1. Grupamento geral é quando o hábito do mineral individual reflete uma forma cristalina, isto é, formas cristalográficas próprias, geradas pela aplicação de elementos de simetria. Este agrupamento é baseado segundo os ângulos e comprimentos entre os 3 eixos cristalográficos. É possível reconhecer os seguintes hábitos do grupamento geral, do mineral individual: isométrico, trigonal, hexagonal, tetragonal, ortorrômbico, monoclínico e triclínico. 1.1.1. Sistema hexagonal inclui pirâmide hexagonal, prismas hexagonais, trapezoedro hexagonal e pinacóides. Quartzo Apatitas Berilo 1.1.2. Sistema trigonal inclui bipirâmide trigonal, bipirâmide ditrigonal, pirâmide trigonal, romboedro, escalenoedro trigonal e trapezoedro trigonal.Turmalinas Calcita Rodocrositas 1.1.3. Sistema tetragonal incluiibipirâmide ditetragonal, pirâmide tetragonal, prismas tetragonais, pédio, trapezoedro tetragonal, escalenoedro tetragonal e biesfenóide tetragonal.Wulfenita (PbMoO4) Torita (ThSiO4) Scheelita (CaWO4) Cassiterita (SnO2) Wiluita (variedade da vesuvianita) Zircão Vesuvianita Ca10(Mg, Fe)2Al4(SiO4)5(Si2O7)2(OH)4 1.1.4. Sistema monoclínico inclui prismas monoclínicos, pinacóides basal/lateral e frontal e esfenóide monoclínico.Natrolita Ca2Mg5(Si8O22) (OH)2 e Tremolita Diopsídios CaMg (Si2O6) Espodumênio/Kunzita LiAl (Si2O6) 1.1.5. Sistema ortorrômbico inclui prismas, pirâmide, pinacóide basal.Baritas BaSO4 Enxofre (S) Topázio Al2(SiO4) (F, OH)2 1.1.6. Sistema triclínico inclui pinacóides e pédios.Babingtonita Ca2(Fe2, Mn) Fe3Si5O14(OH) Ortoclásio K(AlSi3O8) Ambligonita LiAlFPO4 Microclínio/Amazonita K(AlSi3O8) 1.1.7. Sistema isométrico inclui as formas desenvolvidas igualmente nas três direções do espaço. Exemplos cúbica, tetraédrica, octaédrica, dodecaédrica, piritoédrica, leucitoédrica, trapezoédrica, giroédrica. Tennantita (Cu, Fe)12As4S13 Piritas FeS2 Espessartita Mn3Al2(SiO4)3 Grossulária Ca3Al2(SiO4)3 Diamante (C) Fluorita CaF2 1.2. Grupamento especial onde o hábito não leva em consideração a estrutura interna, principalmente quando ela não é visível ou perceptível externamente, pelo crescimento desordenado e/ou irregular das faces nas diferentes direções. Neste caso, as denominações abaixo estão principalmente na dependência do crescimento diferencial nas três direções cristalográficas. É dividido em hábitos de minerais que ocorrem como cristais isolados e hábitos de minerais que ocorrem como cristais agregados. 1.2.1. Hábitos de minerais que ocorrem como cristais isolados apenas quando as condições são extremamente favoráveis, um retículo cristalino pode se desenvolver isoladamente dentro de uma solução mãe, formando um cristal único. São utilizados certos termos para exprimir a aparência ou o hábito dos cristais individuais ou dos agregados de cristais, apesar de que nem sempre se pode conhecer todos os minerais pelas suas formas, mas para muitos a forma é tão característica que pode servir como principal característica diagnóstica. Os hábitos dos minerais com cristais isolados são foliáceos ou micáceo, lamelar ou laminar, tabular, acicular, colunar, fibroso, granular, barricaforme. – Foliáceo ou micáceo indivíduos que possuem duas direções equivalentes, mas uma terceira muito fina, originando cristais na forma de lâminas ou folhas muito delgadas, como as placas de micas. – Lamelar ou laminar com cristais achatados como lâminas, porém mais espessos do que o foliáceo. Exemplo hematita, pirrotita. – Tabular cristais com duas direções equivalentes, mais ou menos desenvolvidas (até 1/3 de diferença), bem maiores que uma terceira. Assemelha-se a tábuas. Exemplo cianita, allanita. Allanita: X2Y3O(SiO4) (Si2O7) (OH) X= Ca, Ce, La, Na Y= Al, Fe, Mn, Be, Mg4 Cianita: Al2SiO5 – Acicular com cristais delgados e rígidos em formas de agulhas devido ao crescimento preferencial em uma direção, bem maior do que nas outras duas. Exemplo rutilo, estibinita, agardita, crocoíta etc.Quartzo rutilado Crocoíta: PbCrO 4 Agardita: CaCu6(AsO)4(OH)63(H2O) – Colunar indivíduos grossos semelhantes a colunas, com terminações aproximadamente equidimensionais. Exemplo turmalina. Turmalina – Fibroso são cristais na forma de fibras. Exemplo amianto, gipsita. Amianto: Mg6(SiO10) (OH)8 – Granular cristais que possuem as três dimensões mais ou menos semelhantes. Consegue ver os grãos. Exemplo granada. Grossulária: Ca3Al2(SiO4) Almandina: Fe ++3Al2(SiO4)3 – Barricaforme cristais em forma de barrica. Exemplo coríndon. Coríndon: Al2O3 1.2.2. Hábitos de minerais que ocorrem como cristais agregados Os cristais ocorrem frequentemente associados, seja na natureza como minerais, seja em laboratório quando fabricados artificialmente. Em geral, os cristais crescem acompanhados de outros da mesma espécie mineralógica e menos frequentemente o fazem juntamente com outros de espécie mineral diferente, que se formam ao mesmo tempo ou mais tarde, em fases sucessivas do processo genético. Os hábitos dos minerais agregados são drusas, geodos, cristais em roseta, cristais reticulados, dendrítico, fibroso, foliáceo, lamelar, granular, maciço, radiado ou divergente, globular, botrioidal, reniforme, mamilar ou mamilonar, concreções, amigdaloidal, bandado, pulverulento, filmes superficiais, estrelado, estalactítico, capilar ou filiforme, nodular e pente. – Drusas são associações frequentemente desordenadas de cristais pequenos sobre uma superfície comum, plana ou convexa. Crescem em superfícies livres, tais como fraturas, cavidades, etc. Exemplos comuns são cristais de calcita sobre uma base rochosa, cristais de quartzo sobre paredes de rochas e gesso sobre argila. Vanadinita: Pb5Cl (VO4)3 Fluorita: CaF2 Quartzo – Geodos quando os cristais recobrem o interior de uma cavidade crescendo perpendicularmente às paredes, mas não preenchendo totalmente a cavidade. A cristalização migra das paredes para o centro da cavidade, sendo que às vezes no contato com a cavidade ocorrem formas micro cristalinas como é o caso dos geodos de ametista do Rio Grande do Sul, que normalmente apresentam uma camada externa de calcedônia (fibrosa) ou ágata (alternância de calcedônia e opala-amorfa). – Cristais em roseta arranjos de cristais lamelares, dispostos em torno de um centro, dando a impressão de pétalas de rosa. Exemplo rosa do deserto (gesso=gipsita), hematita. Gipsitas: CaSO4.2(H2O) – Cristais reticulados quando os cristais fibrosos, prismáticos ou colunares se entrecruzam produzindo no agregado o aspecto de uma rede. Exemplo cristais de rutilo na forma de agulhas. Cerussitas: PbCO3 – Dendrítico os cristais se dispõem com um aspecto arborescente, em ramos delgados divergentes, semelhantes a uma planta constituída de cristais mais ou menos distintos (do grego: dentro = árvore). São formados geralmente por via úmida no interior de rochas porosas que permitem a circulação de fluídos. Exemplos incluem óxidos e hidróxidos de ferro e manganês em ágatas, fraturas de rochas e certos metais nativos como cobre, prata, bismuto, ouro, etc. Ouro (Au) Ágata com dendritos de manganês Cobre (Cu) Quartzito com dendritos de manganês – Fibroso são agregados formados por cristais fibrosos dispostos paralelos uns aos outros, como o asbesto. As fibras podem ou não ser separáveis. Os minerais fibrosos geralmente têm um brilho sedoso. Minerais tem átomos dispostos em cadeias simples. Exemplo amianto, wollastonita, etc. Crisotilas: Mg6(SiO10) (OH)8 – Foliáceo quando um agregado se separa facilmente em lâminas ou folhas muitíssimo delgadas. Mica é um exemplo ilustre e o termo micáceo é usado muitas vezes. Muscovita: KAl2(AlSi3O10) (OH)2 – Lamelar agregados de indivíduos bem achatados com duas dimensões equivalentes. Exemplo gipsita (algumas variedades), talco, etc. Estibinita: Sb2S3 Albita: Na (AlSi3O8) – Granular formado pela união de grãos cristalinos relativamente equidimensionais. Os grãos individuais podem ser grosseiros (> 10 mm), médios (entre 1 e 10 mm) e finos (< 1mm). Se os grãos não forem distinguidos à vista desarmada, o hábito é compacto. Quando apenas distinguíveis sob o microscópio é microcristalino e, se ainda menores, criptocristalino. – Maciço o agregado forma uma massa compacta na qual é impossível a percepção do contorno dos cristais constituintes, isto é, uma massa compacta sem forma ou características distintivas. Exemplo cromita, hematita. Hematita: Fe2O3 Cromita: Fe++ Cr2O4 Quartzo róseo – Radiado ou divergente agregados de cristais prismáticos, aciculares ou tabulares dispostos radialmente a partir de um ponto central. Meurigita: KFe +++7(PO4 )5(OH)7.8(H2O) Goethita: FeO (OH) Natrolita: Na2(Al2Si3O10)2H2O – Globularindivíduos radiados formados a partir de um ponto central constituindo grupos esféricos ou semi-esféricos, normalmente no interior de rochas. Exemplo zeólitas em cavidades de basaltos. – Botrioidal consiste de um grupo de saliências arredondadas, semelhante a cachos de uva. O nome é derivado das palavras gregas (botrys + eidos) (cacho + forma). São formados normalmente por precipitação de colóides a partir de um núcleo. Exemplo limonita, malaquita, etc. Limonita: FeO (OH)nH2O – Mamilar ou mamilonar os agregados apresentam aspecto de mamilos, formados por indivíduos radiais. Exemplo malaquita, limonita, calcedonia, etc. Smithsonite: ZnCO3 Malaquita: Cu2CO3(OH)2 · É difícil distinguir entre os agregados representados pelos 3 últimos termos (botrioidal, reniforme e mamilar), resultando disto à proposta do termo esferoidalpara incluir todas as formas mais ou menos esféricas. – Concreções agregados esféricos ou semi-esféricos constituídos por camadas concêntricas sobre um núcleo. São de tamanho variável: A. Oolítico comparáveis a ovos de peixe. Calcita oolítica Pirolusita oolítica: MnO2 B. Psolítico comparáveis aos grãos de ervilha ou maiores Pirolusita psolítica – Bandado agregados minerais normalmente granulares ou maciços em faixas estreitas paralelas ou sub-paralelas intercaladas com faixas do mesmo material ou material diferente com cor e/ou textura diferente. Goethita Ágata – Pulverulento aparece sob a forma de massas terrosas. Exemplp bauxita. Magadiite: NaSi7O13(OH)34H2O Lepidocrocita: FeO(OH) – Filmes superficiais associação de minerais de granulação fina ou placóide formando filmes, películas, crostas, etc. Ás vezes com cores típicas, revestindo minerais ou agregados minerais. Bornita: Cu5FeS4 – Estrelado quando irradiam a partir de um centro, produzindo formas parecidas com estrelas. Exemplo estilbita, wavelita. Lepidolita: K2Li3Al3(AlSi3O10)2(OH, F)4 Apofilita: KCa4(Si4O10)2F.8(H2 O) – verde Estilbita: NaCa2Al5Si3O36.14H2O – rosada – Estalactítico (estalagmites e estalactites) quando um mineral ocorre em colunas, cilindros ou cones alongados, pendentes. São produzidas pela percolação d’água carreando matéria mineral em solução, através dos tetos de cavernas. A evaporação da água produz a precipitação do material e o depósito vai crescendo gradualmente. Exemplo calcita, calcedônia, limonita.Goethita – Capilar ou filiforme cristais delgados, lembrando fio enrolados. Exemplo prata nativa. Prata – Nodular concreções com aspectos de verrugas. Pirita: FeS2 – Pente cristais tabulares/lamelares crescidos perpendicularmentea uma superfície plana (que pode ser uma fratura), dispostos da superfície para o centro, originando um aspecto de pente. Epirofita: (Mn, Zn)2Te3O8 2. Divisibilidade ao aplicar uma força ou um golpe adequado, os minerais tendem a se romper com certas particularidades, às vezes refletindo a estrutura cristalina. Existe três tipos de divisibilidade: 2.1. Clivagem é característica do mineral em se romper produzindo superfícies planas e lisas (mais ou menos lisas) ao longo de planos preferenciais. Essas superfícies planas são chamadas de planos de clivagem ou superfícies de clivagem, que são os planos de fraqueza do mineral (ao longo dos planos das ligações mais fracas). A clivagem é uma resposta da evidência da estrutura cristalina a uma ligação iônica/molecular. A maioria dos minerais não possui clivagem, porém quando presente esta serve como critério diagnóstico. O diamante só tem ligação covalente, não possui clivagem, pois não possui planos de fraqueza. A clivagem basal (em placas) ocorre nas micas e na grafita, que possuem ligação covalente e dentro das placas há uma ligação fraca (Van Der Waals) que é responsável pela clivagem. Geralmente uma ligação fraca é acompanhada de um espaçamento reticular grande, pois a força de atração não pode manter os planos juntos como na grafita. A clivagem pode ser descrita quando a qualidade for: – Proeminente/perfeita quando superfícies completamente planas se separam com leves pressões como por exemplo mica, calcita e grafita. – Boa quando superfícies escalonadas com algumas fraturas, são mais difíceis de se separarem como por exemplo feldspato, piroxênio e microclina. – Regular quando superfícies planas escalonadas com algumas fraturas como por exemplo arsenopirita. – Indistinta/ausente quando não há superfícies lisas como por exemplo quartzo.Principais tipos de clivagem 2.1.1. Quanto ao número de direções da clivagem – Cúbica com 3 direções de clivagem a 90°, como por exemplo halita e calcita. – Octaédrica com 4 direções de clivagem, como por exemplo fluorita. – Dodecaédrica com 6 direções de clivagem, como por exemplo esfarelita. – Basal 1 direção de clivagem como por exemplo biotita, clorita e mica. – Romboédrica com 3 direções de clivagem com ângulos diferente de 90°, como por exemplo calcita, dolomita. – Prismática com 2 direções de clivagem como por exemplo feldspato, piroxênio e anfibólio. 2.2. Partição quando certos minerais estão sujeitos a pressão ou tensão desenvolvem planos de menor resistência mecânica, ao longo dos quais podem se romper. Os cristais geminados podem separar-se facilmente ao longo dos planos de composição. Quando se produzem superfícies planas em um mineral por meio de seu rompimento ao longo de alguns dos tais planos pré determinados, diz-se que o mineral possui uma partição, como por exemplo a partição octaédrica da magnetita, basal no piroxênio e romboédrica no coríndon. 2.3. Fratura quando o rompimento do mineral não ocorre ao longo dos planos preferenciais de clivagem. A fratura não possui plano de quebra aleatório. A quebra gera superfícies irregulares. Revela a isotropia da estrutura do cristal. Geralmente, são os minerais que apresentam as ligações químicas fortes, iguais em todas as direções. Existe diferentes tipos de fraturas que são controladas pela estrutura interna do mineral e os minerais possuem diferentes estruturas internas. Pode ser: – Fibrosa quando a quebra gera fibras como por exemplo a serpentina. – Conchoidal quando quebra parece uma concha como por exemplo basalto. – Serrilhada/dentada forma a parte do serrote/meio pontuda como por exemplo cobre. – Irregular não vê padrão nenhum como por exemplo limonita. · Geminação é a propriedade de certos cristais se apresentarem intercrescidos de maneira regular. Na estaurolita pode ocorrer como cruz de malta ou cruz de Santo André, na pirita como cruz de ferro, polissintética no plagioclásio e Carlsbad no K – feldspato. 3. Dureza é a resistência que a superfície de um mineral apresenta ao ser riscado. A dureza de um mineral é controlada pelas ligações mais fracas da estrutura interna, quanto maior a força da interligação maior será a dureza do mineral. A escala de dureza de Mohs distingue os minerais pela dureza numa escala de 1 a 10, onde 1 é o mais macio, enquanto que 10 é o mais duro. Quem risca é mais duro e quem é riscado é mais mole, como por exemplo o quartzo de dureza 7, risca o feldspato que tem dureza 6.1 – 2,5 unha risca 1 – 3,5 moeda risca 1 – 5 canivete/faca riscam 1 – 5,5 vidro risca 6 – 10 riscam vidro e lâmina de porcelana. O diamante é somente riscado por outro diamante. ~ Escala de dureza de Mohs/relativa ~ 1 – Talco 6 – Ortoclásio/Feldspato 2 – Gipsita 7 – Quartzo 3 – Calcita 8 – Topázio 4 – Fluorita 9 – Coríndon 5 – Apatita 10 – Diamante 4. Densidade relativa é o número que exprime a relação entre o peso e o volume igual de água a 4°C. Se um mineral tem dois por densidade relativa, significa que o espécime pesa duas vezes tanto quanto o mesmo volume de água. A densidade relativa de uma substância cristalina depende de dois fatores principais: 1° a espécime de átomos que é composto (isomorfos) e 2 a maneira pela qual os átomos estão arranjados entre si (polimorfos).5. Densidade depende do peso atômico dos elementos constituintes do mineral e do empacotamento dos átomos, este que interfere na densidade. 6. Tenacidade é a resistência que um mineral oferece ao ser rompido, esmagado, curvado ou rasgado. Termos usados para descrever a tenacidade dos minerais: – Quebradiço se pulveriza facilmente, como por exemplo pirita. – Maleável pode ser transformado em lâmina delgada, como por exemplo ouro. – Séctil pode ser cortado em aparas delgadas com um canivete, como por exemplo cobre. – Dúctil pode ser estirado para formar fios, como por exemplo prata. – Flexível mineral que se curva e não recupera a forma primitiva, como por exemplo grafita. – Elástico mineral que consegue retornar a sua forma primitiva após cessar a pressão, como por exemplo mica. 7. Brilho é a aparência geral da superfície de um mineral a luz refletida. Reflete a natureza do composto e das ligações químicas. Pode ser dividido em metálico, sub metálico e não metálico. – Metálico/Sub metálico como os minerais ouro, pirita, magnetita e calcopirita. – Não metálico: 7.1. Vítreo brilho como o vidro, como por exemplo quartzo. 7.2. Terroso brilho opaco, como por exemplo orpimento/auripigmento (As₂S₃) 7.3. Resinoso brilho semelhante ao de uma resina, como por exemplo esfarelita. 7.4. Perláceo brilho igual ao de uma pérola, como por exemplo flogopita. 7.5. Nacarado brilho que lembra as micas. 7.6. Gorduroso/untuoso brilho que sente uma superfície coberta de óleo, como por exemplo quartzo rosa, nefelina, esfarelita. 7.7. Sedoso brilho que lembra uma seda, como por exemplo gipsita ou serpentina. 7.8. Adamantino brilho que lembra o diamante ou a cerussita. 8. Cor resulta da interação de uma absorção seletiva de comprimentos de luz visível no espectro eletromagnético com a matéria cristalina. Os minerais ricos em ferro são geralmente escuros. Os principais fatores que influenciam na cor do mineral são a presença de metais de transição (tendem a oxidação), estado de oxidação dos metais de transição (Fe, Ti e Al) e a presença de impurezas. – Minerais idiocromáticos onde a cor é controlada pela química do mineral. Minerais que apresentam a mesma cor como por exemplo rodocrosita, malaquita e azurita. – Minerais alocromáticos onde a cor é dada devido as impurezas que entram na estrutura do mineral, como por exemplo quartzo incolor é composto de 100% de SiO2, já o quartzo roxo (ametista) tem 99,997% de SiO2 e 0,003% de Ti. O quartzo laranja/amarelo (citrino) tem 99,996% de SiO2, e 0,004 de Fe. Quartzo rosa tem a impureza do manganês (Mn) ou defeitos estruturais. Berilo que é composto de Be3Al2Si6O18, porém se o berilo for azul (água marinha) contém traços de Fe+2, se o berilo for verde (esmeralda) a impureza é devido ao Cr+3. O berilo dourado é devido ao Fe+3. O berilo será rosa (morganita) se conter a impureza de Mn+2 em sua composição. Para a esmeralda vermelha (bixbita) a impureza se dá devido ao Mn+3. Coríndon (rubi e safira), turmalinas (rubelita, verdelita...). 9. Traço cor do fino pó que é deixado quando o mineral é riscado sobre uma superfície abrasiva, como uma porcelana não vitrificada. Pode ser diferente da cor do mineral, uma vez que esta propriedade se refere a cor do material no seu estado pulverizado que é diferente da cor que o mineral reflete na luz. A cor do mineral dependerá da área de exposição uma vez que diferentes comprimentos de onda dependem da superfície do mineral, desde modo a cor do mineral pode ser uma propriedade variável, enquanto a cor do traço é constante e será a mesma para diferentes variedades/aparências do mesmo mineral. Para fazer o teste do traço o mineral deve ser menos duro que a placa usada para fazer o traço. Exemplo limonita tem traço laranja, pirolusita tem traço prata, hematita tem traço vinho. A grafita tem traço preto/cor de lápis. Em minerais com dureza acima de 6 é difícil ter traço. 10. Diafaneidade propriedade que permite que alguns minerais que a luz o atravesse. – Transparente um mineral é transparente se o contorno de um objeto é visto através dele perfeitamente. Exemplo topázio. – Translúcido um mineral é translucido se a luz chega a atravessa-lo, não podendo, porém, visualizar os objetos através dele. Exemplo quartzo. – Opaco um mineral é opaco se a luz não chega a atravessar, mesmo em suas bordas mais delgadas. Exemplo pirita. 11. Dependentes da luz – Jogo de cores ao girar o mineral observa-se diversas cores espectrais (tipo arco íris) em rápida sucessão, mais comum em minerais mais escuros como por exemplo labradorita. – Iridescência o mineral apresenta uma série de cores espectrais em seu interior ou sobre sua superfície. Minerais translúcidos/transparentes tendem a ter iridescência. Exemplo quartzo, topázio. – Pleocroísmo quando ocorre absorção seletiva da luz nas diferentes posições cristalográficas, aparentando ter diferentes cores quando visto em diferentes direções. Exemplo turmalina. – Opalescência reflexão leitosa ou nacarada no interior de um espécime. Exemplo opala, pedra da lua e olho de gato. – Acatassolamento quando o mineral apresenta um aspecto sedoso devido a inclusões dispostas paralelamente a uma direção cristalográfica. Exemplo crisoberilo. – Embaçamento quando a cor da superfície é diferente da cor em seu interior (mineral em cima é mais translucido em cima e em baixo opaco). Exemplo bornita. – Asterismo quando o mineral é visto paralelo ao seu eixo vertical e exibe raios da luz sob a forma de estrelas (quando tem uma estrela na superfície do mineral). Comum em minerais hexagonais. Exemplo safira. – Refração da luz propriedade baseada na diferença de velocidade da luz, quando esta muda de meio, ou seja, a luz passa do ar para o interior do mineral. Ao ser medida precisamente pode ser responsável pela indicação direta de um mineral. – Dupla refração minerais cristalinos, exceto aos que pertencem ao sistema isométrico, mostram em geral dupla refração. Isso é, um raio de luz penetra num desses minerais, desdobra-se em dois raios, cada um deles caminhando através do mineral com uma velocidade característica e tendo seu índice de refração próprio. O ângulo de refração será diferente para os dois raios e eles divergirão, logo a luz sofre dupla refração. Reflete a natureza das ligações químicas e anisotrópicas na estrutura do mineral. Exemplo calcita. – Luminescência produção de luz por bombardeamento de fótons (fluorita, calcita, willemita), a emissão da luz por um mineral que não seja resultado direto de incandescência. Pode ocorrer das seguintes formas: A. Triboluminescência minerais que emitem luz ao serem excitados por algum atrito. Exemplo diamante. B. Termoluminescência minerais que emitem luz ao serem aquecidos. Os minerais anidros, não metálicos, mostrando boa clivagem. Exemplo fluorita. C. Fluorescência minerais que se tornam luminescentes ao serem expostos a raios excitantes. Exemplo scheelita. D. Fosforescência quando a luminescência perdura mesmo após a interrupção dos raios excitantes. Exemplo autunita. 12. Propriedades elétricas as propriedades elétricas de um mineral estão relacionadas com a capacidade deste em ser um condutor de corrente elétrica: – Minerais condutores são minerais que possuem uma estruturação predominantemente metálica. Exemplo prata e cobre. – Minerais semicondutores minerais que apresentam uma estrutura mista, possuindo ligações metálicas, iônicas e covalentes. Exemplo minerais do grupo dos sulfetos. – Minerais não condutores (isolantes) minerais que não possuem capacidade de conduzir uma corrente elétrica ou a faz de maneira muito lenta. Possui ligações iônicas e/ou covalente na sua estrutura e correspondem a maioria dos minerais encontrados na crosta terrestre. 13. Propriedades magnéticas o magnetismo resulta do somatório dos pequenos campos magnéticos ao redor de cada elétron. Quando elétrons rotacionam no mesmo sentido, geram campos magnéticos que se somam. Sendo Fe um elemento magnético. São magnéticos os minerais que seu estado natural, são atraídos por um imã. A maioria dos mineraisque possuem ferro são atraídos pelo imã no campo magnético de um eletroímã (é um meio importante para separar misturas de grãos minerais possuindo suscetibilidade magnéticas diferentes) poderoso, porém poucos são tão magnéticos como a magnetita. Pirrotita também pode ter magnetismo. Cada mineral em seu estado natural pode responder de três maneiras diferentes a ação de um campo magnético: – Diamagnetismo desenvolve uma magnetização muito fraca e de direção oposta à da direção aplicada, a qual desaparece completamente quando o campo é retirado. Neste caso, diz-se que a susceptibilidade magnética é fraca, negativa e reversível. – Paramagnetismo desenvolve uma magnetização proporcional a força do campo aplicado e de mesma direção. A susceptibilidade neste caso é pequena, positiva e reversível. – Ferromagnetismo desenvolvimento de uma forte magnetização que não é perdida quando o campo magnético é retirado (magnetização remanescente). A temperatura de Curie é aquela a partir da qual a magnetização torna-se nula. 14. Piroeletricidade criação de carga através do calor, sendo uma excitação térmica. Desenvolvimento de carga positiva e negativa nas extremidades opostas de um mineral sob condições adequadas de temperatura. Exemplo turmalina. 15. Piezoeletricidade quando um mineral mostra carga elétrica quando excitado (pressão mecânica). Desenvolvimento de carga elétrica na sua superfície ao exercer uma pressão nas extremidades de um eixo. Exemplo quartzo. · Solubilidade muitos minerais são solúveis em ácidos. Um método seguro de identificar a calcita é gotejar o ácido clorídrico (HCL) diluído na superfície do mineral. A efervescência do ácido indica que ocorreu a libertação de CO2 do mineral. · Pressão mecânica energia elétrica, onde essa propriedade ocorre somente em minerais que se cristalizam em classes de simetria onde falta um centro das mesmas. Exemplo quartzo. · Radiação presença de U e Th, estrutura interna é destruída pelo bombardeamento causado pela emissão de partículas (allanita, zircão). · Polimorfismo como por exemplo os polimorfos de Al2SiO5, cianita, sillimanita e andaluzita. Ocorre quando dois minerais possuem a mesma fórmula química, mas com estruturas diferentes. A razão para existência de polimorfos é a tendencia da estrutura cristalina de minimizar sua energia interna e depende de condições de pressão e temperatura. Exemplo de minerais polimorfos incluem grafita e diamante. O polimorfismo depende do número de coordenação, que altera a estrutura cristalina. Tipos de polimorfismo: 1. Polimorfismo reconstrutivo exige a quebra das ligações químicas e rearranjo em outra estrutura. Exemplo polimorfismo de Al2SiO5 que reflete a mudança do número de coordenação do íon de Al. A sillimanita é fibrosa, a cianita possui duas direções de dureza e a andaluzita tem dureza 5. 2. Polimorfismo displacivo exige um leve deslocamento de átomos, é como um dobramento entre íons e a estrutura geral é mantida. Exemplo de polimorfismo displacivo é o quartzo de alta temperatura e quartzo de baixa temperatura. 3. Polimorfismo de ordem e desordem onde um cristal totalmente ordenado quando submetido a um aumento de temperatura tende a se desordenar. O que existe na natureza são estágios de desordem e um cristal de resfriamento rápido tende a ser mais ordenado. · Isomorfismo/isoestrutural quando substâncias quimicamente/minerais são diferentes, mas possuem uma mesma estrutura/arranjo cristalino. A composição química muda um pouco, devido aos diferentes tipos de substituição em que os elementos químicos precisam ser muito parecidos. Para uma substância ser isomórfica é necessário que possua o mesmo número de cátions e aníons em coordenação iguais. Como por exemplo forsterita (Mg2SiO4) e fayalita (Fe2SiO4), anortita Ca(Al2Si2O8) e albita Na(AlSi3O8). Existem grupos isoestruturais e eles geralmente possuem o mesmo grupo de aníons. Como por exemplo os carbonatos do grupo da calcita, carbonatos do grupo da aragonita e carbonatos do grupo da barita. · Nomenclatura dos minerais é baseada em: – Nome de localidades como por exemplo Aragonita, Molina de Aragon (Espanha). Vesuvianita, Monte Vesúvio, Itália. – Nome de pessoas como por exemplo Andradita, homenagem a José Bonifácio de Andrade e Silva. Goethita, em homenagem a Johann W. Von Goethe. – Propriedades físicas do mineral como por exemplo a magnetita faz alusão a propriedade magnética do mineral. Azurita (Cu3(CO3)2(OH)2), em alusão a cor azul do mineral. · Classes de minerais (baseado no ânion): · Elementos nativos possuem apenas um elemento em sua fórmula química. Metais: ouro, cobre. Ouro (Au) Brilho: metálico Cor: dourado Hábito: dendrítico Traço: dourado Dureza: 2,5 – 3 Clivagem: ––– Tenacidade: maleável Fratura: irregular Densidade: 19,3 Cobre (Cu) Brilho: brilho metálico Cor: vermelho alaranjado (recente), escuro Hábito: serrilhado/dendrítico Traço: marrom Dureza: 2,5 – 3 Clivagem: ––– Diafaneidade: opaco Fratura: serrilhada Densidade: 8,9 (pesado) Não metais: enxofre, grafita. Enxofre (S) Brilho: resinoso Cor: amarelo Hábito: maciço/piramidal/estalactítico/colunar Traço: ––– Dureza: 1,5 – 2,5 Clivagem: ––– Tenacidade: quebradiço Fratura: conchoidal desigual/irregular Densidade: 2,05 – 2 Grafita (C) Brilho: metálico Cor: cinza ou preto Hábito: maciço/granular Traço: preto Dureza: 1 – 2 Clivagem: basal/perfeita Diafaneidade: opaco Densidade: 2,2 Ocorre em rochas metamórficas, como em xisto. Semi – metais: bismuto, antimônio (Sb) e arsênio (As) Bismuto (Bi) Brilho: metálico Cor: cinza/preto Hábito: lamelar/laminar Traço: cinza Dureza: 2 – 2,5 – 3 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaco Densidade: 9,8 Diamante (C) Brilho: adamantino Cor: amarelo pálido a incolor Hábito: bipiramidal Traço: branco Dureza: 10 Clivagem: perfeita/basal Diafaneidade: transparente Densidade: 3,5 · Diamante sua estrutura interna é composta unicamente por átomos de carbono (C). Cada átomo de carbono forma ligações covalentes com outros quatro átomos de carbono. A ligação entre os átomos de carbono no diamante é muito forte, o diamante é o mineral mais duro presente na natureza. · Sulfetos são compostos por íons metálicos ligados ao enxofre (S). Encontra-se entre os minérios mais importantes. S-1 e S-2 são os ânions. Principais aplicações: importantes minerais de minérios. Arsenopirita (sulfeto de arsênio e ferro) FeAsS2 * Pirita prateada Brilho: sub/metálico Cor: branco ou prata Hábito: estalactítico Traço: preto Dureza: 5 – 5,6 Clivagem: regular Diafaneidade: opaca Densidade: 6,6 Galena (sulfeto de chumbo) PbS * Reage ao ácido. Apresenta três direções de clivagem. Brilho: metálico Cor: cinza chumbo Hábito: cubico, granular, maciço Traço: cinza chumbo (cor de lápis) Dureza: 2,5 – 3 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaco Densidade: 7,6 Bornita (sulfeto de cobre e ferro) Cu5FeS4 Brilho: metálico Cor: bronze pardacento, roxo, cor de carne Hábito: maciço Traço: castanho Dureza: 3 Clivagem: basal perfeita Diafaneidade: opaco Densidade: 5,06 – 5,08 Molibdenita (sulfeto de molibdênio) MoS2 Brilho: metálico Cor: roxo ou cinza Hábito: maciça (sensação de gordura) Traço: preto ou acinzentado Dureza: 1 – 1,5 Clivagem: basal perfeita Diafaneidade: opaco Densidade: 4,62 – 4,73 Calcopirita (sulfeto de cobre e ferro) CuFeS2 * Com iridescência. Difere da pirita por ser quebradiça. Brilho: metálico Cor: amarelo latão, bronze com iridescência Hábito: maciço Traço: preto esverdeado Dureza: 3,5 - 4 Clivagem: regular Diafaneidade: opaca Densidade: 4,1 – 4,3 Ouro pigmento (sulfeto de arsênio) As2S3 Brilho: resinoso Cor: amarelo limão/ouro Hábito: laminado Traço: amarelo Dureza: 1,5 – 2 Clivagem: perfeita Diafaneidade: translúcido Fratura: ––– Densidade: 3,49 Cinábrio (sulfeto de mercúrio) HgS Brilho: metálico/terroso Cor: vermelho, laranja Hábito: maciço, granular Traço: vermelho ou escarlate Dureza: 2,5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaco Densidade: 8,10 Pirita (sulfeto de ferro) FeS2 Brilho: metálico Cor: amarelo latão,amarelo claro Hábito: cubico, maciço, granular, estalactítico, globular Traço: preto esverdeado Dureza: 6 – 6,5 Diafaneidade: opaca Fratura: conchoidal Densidade: 5,02 Esfarelita (sulfeto de zinco) ZnS Brilho: resinoso, não metálico, sub metálico Cor: preto Hábito: granular, maciço, fibroso, botroidal, estalactítico ou criptocristalino Traço: –––– Dureza: 3,5 – 4 Clivagem: perfeita Diafaneidade: transparente/translúcido Densidade: 3,9 – 4,1 Pirrotita (sulfeto de ferro) (Fe1-XS) * Pirita magnética Brilho: metálico Cor: bronze Hábito: maciço Traço: preto Dureza: 4 Clivagem: regular Diafaneidade: opaca Densidade: 4,58 – 4,65 Covelita (sulfeto de cobre) CuS Brilho: metálico Cor: preto, iridescência azul Hábito: tabular, maciço Traço: preto Dureza: 1,5 – 2 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 4,6 – 4,76 · Sulfatos o bloco de construção é o íon sulfato (SO42-). Cromatos (o bloco de construção é CrO4) e Wolframatos (o bloco de construção é WO4). Principais aplicações: gipsita utilizada no cimento, como matéria prima do gesso. Anidrita usada como fertilizantes e cimento. Barita usado na indústria petrolífera. Barita (sulfato de bário) Ba (SO4) * Parece a calcita, só que é pesada. Brilho: vítreo (gorduroso) Cor: branco, incolor, creme, azul Hábito: tabular, maciço, colunar e granular Traço: branco Dureza: 5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: translúcido/transparente Densidade: 4,5 Anidrita (sulfato de cálcio) Ca (SO4) Brilho: nacarado, gorduroso, vítreo Cor: marrom, branco, azul claro, incolor, cinza, rosa Hábito: maciço, granular, nodular e fibroso Traço: branco, cinza Dureza: 3,0 – 3,5 Clivagem: duas direções perfeitas, uma menos perfeita e uma boa a imperfeita Diafaneidade: translúcido/transparente Fratura: irregular Densidade: 2,89 – 2,99 Celestita (sulfato de estrôncio) SrSO4 Brilho: vítreo Cor: azul claro Hábito: prismático Traço: branco Dureza: 3 – 3,5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: translúcida Densidade: 3,95- 9,97 Gipsita (sulfato de cálcio hidratado) Ca (SO4).2H2O Brilho: vítreo, sedoso Cor: branco, creme Hábito: fibroso, maciço Traço: branco Dureza: 2 Clivagem: perfeita Diafaneidade: translúcida/opaca Densidade: 2,32 Alunita (sulfato básico de potássio e alumínio) KAl3(OH)6(SO4)2 * Gosto ruim e muito leve. Brilho: vítreo Cor: branco, incolor Hábito: tabular, maciça Traço: branco Dureza: 4 – 5 Clivagem: imperfeita Diafaneidade: translúcida Densidade: 2,6 Cromatos: Crocoíta (cromato de chumbo) PbCrO4 * Parece turmalina. Brilho: vítreo Cor: vermelho, alaranjado Hábito: colunar, granular Traço: alaranjado Dureza: 3 – 4 Clivagem: imperfeita Diafaneidade: translúcida/opaca Densidade: 5,9 – 6,1 Wolframatos: Scheelita (tungstato de cálcio) CaWO4 * Fluorescente, com pequenos pontos pretos/florescentes. Brilho: vítreo, adamantino Cor: branco, marrom, amarelo, verde Hábito: maciço Traço: branco Dureza: 4,5 – 5 Clivagem: três direções de clivagem, uma direção boa e duas distintas Diafaneidade: translúcida Densidade: 5,9 – 6,1 (alta para um não metálico) Wolframatos: Wolframita (tungstato de ferro e manganês) (Fe, Mn) WO4 Brilho: metálico, resinoso Cor: preto, castanho Hábito: maciço, granular Traço: castanho Dureza: 4 – 4,5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 7,0 – 7,5 · Óxidos e Hidróxidos, os minerais dos grupos dos óxidos consistem de um ou mais íons metálicos que se encontram ligados ao oxigênio. O-2 e OH-1 são os ânions. Principais aplicações: importantes fontes de bens minerais metálicos. Crisoberilo (óxido de berilo e alumínio) BeAl2O4 Brilho: vítreo Cor: verde claro, castanho, amarelo Hábito: lamelar, laminar Traço: –––– Dureza: 8,5 Clivagem: indistinta Diafaneidade: translúcido Fratura: conchoidal ou ausente Densidade: 3,65 – 3,8 Pirolusita (bióxido de manganês) MnO2 * Mancha a mão. Brilho: metálico (botroidal), opaco (liso) Cor: preto Hábito: maciço, botroidal, granular Traço: castanho alaranjado Dureza: 5 – 6 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 4,75 Ilmenita (óxido de ferro e titânio) Fe2+TiO3 Brilho: sub metálico Cor: preto acinzentado, marrom escuro Hábito: maciça Traço: preto acinzentado Dureza: 5-5 – 6 Fratura: conchoidal, sub conchoidal Diafaneidade: opaca Densidade: 4,7 Rutilo (bióxido de titânio) TiO2 Brilho: metálico Cor: preto acinzentado Hábito: maciço Traço: castanho escuro Dureza: 6,65 Diafaneidade: opaco Fratura: irregular Densidade: 4,18 – 4,25 Cromita (óxido de ferro e cromo) FeCr2O4 Brilho: metálico a sub metálico Cor: preto brilhoso Hábito: maciço, granular Traço: castanho, preto, marrom claro Dureza: 5,5 Diafaneidade: Fratura: irregular Densidade: 4,6 Goethita (óxido de ferro e hidrogênio) FeO (OH) Brilho: adamantino, opaco, sedoso Cor: marrom escuro Hábito: colunar, estalactítica Traço: castanho amarelado Dureza: 5 – 5,5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaco Densidade: 4,37 Magnetita (óxido de ferro ferroso) Fe3O4. * É um imã natural. Brilho: metálico Cor: preto Hábito: maciço, granular, cúbica (raro) Traço: preto Dureza: 6 Partição: boa Diafaneidade: opaco Fratura: irregular Densidade: 5,18 Bauxita * (mistura de óxidos hidratados de alumínio) Brilho: terroso Cor: branco, alaranjado Hábito: maciço, pulvorolento (se esfarela) Traço: laranja, branco Dureza: 3,5 Diafaneidade: Fratura: irregular Densidade: 2 – 2,55 Coríndon (óxido de alumínio) Al2O3 Brilho: vítreo Cor: azul escuro, preto Hábito: maciço Traço: –––– Dureza: 9 Partição: cúbica Diafaneidade: translúcido Densidade: 4,02 Limonita (mistura de óxido de Fe hidratado) * Algumas tem magnetismo. Brilho: terroso Cor: marrom, castanho, amarelo, vinho Hábito: cúbico, botroidal Traço: marrom, laranja, ferrugem Dureza: 5 – 5,5 Clivagem e Fratura: –––– Diafaneidade: opaca Densidade: 3,6 – 4 Hematita (óxido férrico) Fe2O3 Brilho: sub metálico, metálico Cor: preto brilhoso Hábito: laminar, tabular Traço: vermelho, vinho Dureza: 5 – 6 Partição: perfeita partição basal e romboédrica Diafaneidade: opaca Fratura: irregular, sub conchoidal Densidade: 5,26 Psilomelana/Psilomelano (mistura de óxidos de manganês) * Pode parecer amorfa. Brilho: sub metálico Cor: preto Hábito: botroidal, maciço, estalactítica Traço: preto a marrom Dureza: 5 – 6 Diafaneidade: opaco Fratura: conchoidal Densidade: 3,7 – 4,7 Espinélio (óxido de magnésio e alumínio) MgAl2O4 * É uma gema valiosa. Brilho: fosco, resinoso, vítreo Cor: laranja, vermelho, azul, verde, marrom, violeta, amarelo, incolor, preto Hábito: granular, maciço, octaédrico Traço: branco Dureza: 7,5 – 8 Partição: {111} Diafaneidade: opaco, transparente e translúcido Fratura: conchoidal, irregular e serrilhada Densidade: 3,50 – 4,10 * Bauxita é uma mistura de óxidos hidratados de alumínio. Bohemita (AlO(OH)) e diásporo (HAlO2) são ortorrômbicos e gibsita (Al(OH) 3) que é monoclínico. É produto da alteração intempérica, predominante química de rochas ígneas ricas em alumínio (sienito), em regiões de clima tropical/subtropical. É minério de alumínio. · Haletos, fluoretos onde Cl e F são ânions. Fosfatos e haloides (são minerais caracterizados pela combinação dos íons halogênios eletronegativos (Cl-, Br-, F- e I-) com metais e metaloides). Principais aplicações: produção de sal de cozinha, siderurgia, produção de vidros, instrumentos ópticos, esmaltes e cerâmicas. Halita cloreto de sódio (NaCl) Brilho: resinoso Cor: incolor, branco, cinza, alaranjado Hábito: maciço Traço: ––– Dureza: 2,5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: translúcido Densidade: 2,6 Fluorita (fluoreto de cálcio) CaF2 * Pequena iridescência ou fluorescência. Brilho: vítreo, resinoso Cor: roxo, verde, amarelo, branco, castanho, incolor Hábito: cúbico, maciço, tabular Traço: branco Dureza: 4 Clivagem: perfeita Diafaneidade: translúcida Densidade: 3,18 Silvita (cloreto de potássio) KCl Brilho: gorduroso Cor: vermelho, laranja Hábito: maciço Traço: branco Dureza: 2 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 1,99 Apatita (flúor fosfato de cálcio)Ca5(PO4)3(F, Cl OH) Brilho: vítreo, resinoso Cor: azul escuro ou azul claro Hábito: maciço, granular Traço: ––– Dureza: 5 Clivagem: fraca Diafaneidade: opaca Fratura: conchoidal, irregular Densidade: 3,15 – 3,20 Autunita (fosfato hidratado de cálcio e urânio) Ca (UO2)2(PO4)2.10-12H2O * Fluorescente na luz uv. Brilho: vítreo Cor: verde limão Hábito: laminar Traço: amarelo claro fluorescente Dureza: 2 – 2,5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 3,1 – 3,2 Piromorfita (cloro fosfato de chumbo) Pb5(PO4)3Cl Brilho: resinoso, adamantino Cor: verde Hábito: globular, fibroso, granular Traço: branco Dureza: 3,5 – 4 Diafaneidade: Fratura: irregular Densidade: 6,5 – 7,1 · Carbonatos o íon carbonato [(CO3)2-] é o ânion, que forma o bloco de construção base do grupo dos minerais carbonáticos. Principais aplicações: fabricação de cimento e corretivo de solos. Calcita carbonato de cálcio (CaCO3) * Reage a HCL, dupla refração, leve. Brilho: vítreo, terroso Cor: branco, incolor, azul, amarela Hábito: estalactítica, cúbica, botroidal Traço: ––– Dureza: 3 Clivagem: perfeita Diafaneidade: transparente, translúcida Densidade: 2,72 Magnesita (carbonato de magnésio) MgCO3 Brilho: vítreo Cor: vermelho carne, vinho Hábito: maciço Traço: branco Dureza: 3,5 – 5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 3 – 3,2 Cerussita (carbonato de chumbo) PbCO3 * Pesada. Brilho: adamantino Cor: cor de areia, incolor, branca, cinzenta Hábito: tabular, piramidal Traço: laranja, amarelo Dureza: 3 – 3,5 Clivagem: boa e regular Diafaneidade: opaca Densidade: 6,55 (alta para um não metálico) Rodocrosita (carbonato de manganês) MnCO3 Brilho: adamantino Cor: goiaba Hábito: maciça, granular Traço: branco Dureza: 3 – 5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 3,5 – 3,7 Dolomita (carbonato de cálcio e magnésio) CaMg (CO3)2 * Não reage a HCL. Brilho: vítreo Cor: rosa, cor de carne, incolor, branco, marrom, cinza, castanho, preto, azul Hábito: tabular, laminar, cúbica Traço: branco Dureza: 3,5 – 4 Clivagem: perfeita Diafaneidade: transparente, translúcida Densidade: 2,85 Malaquita e Azurita (carbonato de cobre) (Cu2 (CO3) (OH)2) * Reage ao HCL. Brilho: resinoso Cor: verde escuro e azul Hábito: globular, botroidal Traço: verde Dureza: 3,5 – 4 Clivagem: perfeita (rara de ser vista) Diafaneidade: opaca Densidade: 3,9 – 4,03 · Rodocrosita é relativamente raro na crosta terrestre. Possui uma cor rosada devido conter manganês na sua química. · Classificação química (separados em diferentes grupos) o que se leva em consideração para diferenciar as famílias se deve ao fato de que os silicatos podem compartilhar íons de oxigênio com outros tetraedros de sílica e estes tetraedros podem formar uma série de estruturas cristalinas. Podem estar isolados (ligados somente por cátions), constituindo os nesossilicatos, ou podem se ligar a outros tetraedros de sílica, formando uma cadeia dupla como os sorossilicatos, anéis para ciclossilicatos, cadeias simples ou dupla para inossilicatos, quando se liga a outros três tetraedros forma uma estrutura planar característica dos filossilicatos ou podem se ligar a outros quatro tetraedros gerando uma estrutura tridimensional como os tectossilicatos. Os grupos dos silicatos são: 1. Nesossilicatos são isolados e unidos entre si, somente por ligações de íons, através de cátions intersticiais. Sua estrutura depende do tamanho e da carga destes cátions. Contém tetraedros de (SiO4)-4 independentes, ligados por cátions de Fe, Mg etc. Inclui olivina que ocorre em rochas ígneas básicas e ultrabásicas, sua alteração hidrotermal produz serpentina verde e óxidos de ferro que é magnetita. Granada de rochas metamórficas como xisto e gnaisse, pode ser encontrada em rochas ígneas ultrabásicas e graníticas, sua alteração produz clorita e hidróxidos de ferro como limonita. Titanita é um mineral acessório de rochas ígneas, como plutônicas, intermediária e ácidas, sua alteração produz leucoxênio (termo para material fino, opaco e esbranquiçado que consiste nos polimorfos de TiO2 como rutilo e anatásio). Zircão é um mineral acessório de rochas ígneas, como plutônicas, pode ser encontrado em rochas sedimentares detríticas, constituindo os minerais pesados. 2. Sorossilicatos são caracterizados pelos grupos tetraédricos duplos, formado por dois tetraedros de SiO4, compartilhando entre si, somente um oxigênio situado num vértice. Exemplo hemimorfita. 3. Ciclossilicatos arranjo ao redor de anéis de tetraédricos de SiO4 ligados ou cadeias fechadas, tendo uma relação de Si:O = 1:3. Exemplo turmalina. 4. Inossilicatos tetraedro de SiO4 podem se unir em cadeias e compartilhar oxigênio com tetraedros adjacentes. Estas cadeias simples podem se unir lado a lado, devido ter oxigênio em alguns tetraedros para formar cadeias duplas. Na estrutura de cadeia simples, dois dos quatro oxigênio em cada tetraedro de SiO4 compartilham com os tetraedros vizinhos. Já a estrutura de cadeia dupla onde metade dos tetraedros compartilha três oxigênios e a outra metade somente dois. Podem formar cadeias simples como (Si2O6)- 4 ou dupla como (Si4O11)- 6. Minerais de hábito alongado, do tipo prismático. Exemplo espodumênio. Reúne dois grupos principais como piroxênios e anfibólios. Piroxênios são silicatos anidros de cadeias tetraédricas simples. Cristalizado no sistema monoclínico (augita, diopsídio) e ortorrômbico (hiperstênio). Sua clivagem é caracterizada por duas direções a um ângulo de 87°. Tipos de piroxênio inclui: Augita comum em rochas ígneas básicas (gabro e basalto) e ultrabásica (piroxenitos). Diopsídio comum em rochas metamórficas (calciossilicáticas), a alteração hidrotermal destes minerais por clorita, serpentina, talco e óxido de ferro. Hiperstênio comum em rochas básicas (gabros) e ultrabásicas (piroxenitos), mineral pouco abundante, é característico de rocha do grupo dos charnokitos, sua alteração produz clorita, serpentina, talco e óxido de ferro. Anfibólios são silicatos hidratados de cadeias tetraédricas duplas, sua principal caraterística é ter duas clivagens prismáticas, em direções de ângulos 124° e 60°. Tipos de anfibólio inclui: Hornblenda que é comum em rochas ígneas, como dioritos, é menos frequente em granitos, em rocha metamórfica é abundante nos anfibolitos e menos nos gnaisses, sua alteração hidrotermal origina clorita e carbonato, no intemperismo a hornblenda altera-se em argilominerais e óxidos de ferro. 5. Filossilicatos os membros deste grupo possuem clivagem distinta, são em geral moles e de densidade relativa baixa. Essas estruturas do tipo folha, em que cada tetraedro compartilha três dos seus íons de oxigênio com outros tetraedros para formar empilhamentos de folhas de tetraedros, sendo essas folhas podem estar com cátions intercalados. Os minerais desse grupo caracterizam-se por possuírem estruturas planares de tetraedros de SiO4. Cada tetraedro de SiO4 encontra-se ligado a três outros tetraedros numa estrutura planar. As ligações entre as camadas de octaedros e as camadas de tetraedros são ligações covalentes fortes. A camada composta por uma camada de octaedros e duas de tetraedros encontram-se ligadas aos íons K+ com carga positiva através de ligações iônicas. Estas ligações são as ligações mais fracas da estrutura. Exemplo mica, cujas espécies principais são a muscovita e biotita, que são distinguidas pela cor. Em relação a tenacidade, são flexíveis e elásticas. Muscovita é a mica mais comum, ocorre em rochas metamórficas (gnaisse, xisto e quartzitos) e ígneas, como pegmatitos. Na forma de sericita, variedade com hábito laminar, brilho sedosos e granulação fina, é um mineral secundário derivado de aluminossilicatos (feldspato, nefelina etc). Por intemperismo pode se alterar em caulinita e gibsita. Biotita ocorre em rochas ígneas ácidas (granito e riolito), intermediária (sienito, traquito, dioritos e andesitos) e em rochas metamórficas (xistos, gnaisses). Altera para clorita, por intemperismo pela perda de álcalis, passa a ter cor marrom a amarelo-douradae quando aquecida se desfolha e desprega em fragmentos vermiformes, por isso chamado de vermiculita. Argilominerais são filossilicatos secundários com íons O-2 e OH- desempenhado um papel importante na configuração geral da estrutura, podendo construir elementos estruturais, tetraedros e octaedros, dispostos em camadas alternadas. A classificação das espécies é baseada no arranjo dessas camadas, no espaçamento entre eles e nos elementos químicos envolvidos. A análise por difração de raio X é o método mais rápido e preciso de identificação das espécies. A microscopia eletrônica é uma ferramenta importante. No ambiente continental (oxidante), óxidos de ferro pigmentam esses minerais com cores avermelhadas. Os argilominerais são formados pela alteração intempérica de outros minerais, como feldspatos (alterados para caulinita), olivina, piroxênios e anfibólios sendo também produtos da alteração de vidro vulcânico. As espécies mais comuns são caulinita, montmorilonita e ilita. Caulinita constituinte de rochas sedimentares detríticas (grupo dos pelitos) e da argila dos solos, origina-se da alteração de aluminossilicatos (feldspato e mica), é refratária e não expansiva. Montmorilonita é constituinte de rochas sedimentares detríticas (grupo dos pelitos) e argila dos solos. É o principal e às vezes o único constituinte dos basaltos alterados. Originado pela alteração de aluminossilicatos e minerais ferromagnesianos. Em meio aquoso, caracteriza-se pela expansão, por efeito da adsorção das moléculas de água entre as cadeias tetraédricas. Ilita também chamada de hidromica, é um grupo de argilominerais de composição e estrutura intermediaria entre a muscovita e montmorilonita. São comuns em folhelhos de origem marinha. Outro grupo de filossilicatos de alteração são os minerais de clorita, serpentina e talco. Clorita principal constituinte de rochas metamórficas, como clorita xisto e xisto verde. É um mineral secundário, formado pela alteração de biotita, piroxênio, anfibólio, granada e olivina. É flexível, mas não elástico. Às vezes se comporta como argilomineral, em especial quando apresenta granulação muito fina (argila). Serpentina constituinte de rochas metamórficas, como serpentinos. Formado pela alteração hidrotermal de rochas ultrabásicas ricas em silicatos magnesianos (olivina e piroxênio). A variedade de habito fibroso é crisotila, é flexível e tem brilho sedoso, é um isolante térmico e acústico, e um dos tipos de amianto. A variedade de hábito laminar, antigorita é compacta e tem brilho graxo. Talco constituí rochas metamórficas, como esteatito ou pedra sabão e xistos, junto de clorita é formado pela alteração hidrotermal de silicatos magnesianos. 6. Tectossilicatos todos os íons oxigênio em cada tetraedro de SiO4 são compartilhados com tetraedros vizinhos. O resultado disso é uma estrutura fortemente unida e estável, onde sua relação é Si:O = 1:2, porém em muitos casos Al+3 substituí parte do Si+4, resultando na adição de cátions (Na+, K+ e Ca+2) disponíveis nos ambientes de cristalização, para que haja neutralização de cargas. É uma estrutura contínua tridimensional. Os grupos que reúnem os principais minerais formadores de rocha são: feldspato, sílica (quartzo), feldspatoíde e zeólitas. Feldspatos são os minerais mais abundantes da crosta terrestre. Possuem hábito prismático ou tabular, os principais tipos são: feldspato potássico e plagioclásio. Feldspato potássico comum em rocha ígneas (granito, sienito), sedimentares detríticas (arenito, arcóseo) e nas metamórficas (gnaisse e xisto). É um mineral predominante em pegmatitos. Às principais variedades são o ortoclásio (monoclínico) e microclínio (triclínico). Alteram-se hidrotermalmente em sericita e intempericamente em caulinita. Plagioclásio corresponde a uma série isomórfica contínua entre dois tipos sódico (albita – Ab: NaAlSi3O8) e cálcio (anortita – An: CaAl2Si2O8). São divididos em seis espécies: albita, oligoclásio, andesina, labradorita, bytownita e anortita. Presente em quase todos os tipos de rochas ígneas e metamórficas (gnaisse). Na alteração hidrotermal pode originar minerais do grupo dos epidotos, calcita e sericita. Por intemperismo origina sericita e argilomineral. Embora seja óxido, o tipo de estrutura da sílica permite enquadrá-la nos silicatos. Os principais tipos são quartzo, calcedônia e opala. Quartzo encontrado em rocha ígneas ácidas (granito e riolito), sedimentar detrítica (arenito) e metamórfica (quartzito, gnaisse e xisto). Nas rochas geralmente é incolor (hialino), leitoso (branco translúcido) e/ou fumê/enfumaçado (cinza/preto). Possui muitas variedades coloridas. Preenche fraturas ou veios em rochas de origem variada. Quartzo é muito resistente a alteração, sendo o principal constituinte das areias e solos arenosos. Calcedônia é uma variedade criptocristalina, fibrosa, de cor variada, brilho graxo e habito botroidal. Dependendo de suas cores, estruturas etc, recebe nomes peculiares como ágata, ônix e jaspe. Opala é sílica hidratada (SiO2.nH2O), amorfa, cores claras (branca, cinza) e brilho perláceo, comumente opalescente exibindo reflexões internas coloridas. Feldspatoíde são minerais cristalograficamente semelhantes aos feldspatos, porém ricos em Na+ e K+ e pobres em SiO2. Nefelina é a variedade mais comum, constituinte de rochas ígneas alcalinas (nefelina sienito e pegmatito alcalino). Ausente em outros tipos de rocha. É instável, altera-se hidrotermalmente em albita, muscovita, zeólita e outros feldspatoídes (cancrinita e sodalita). Mais raramente se altera em caulinita. Analcita é um mineral secundário, associado a feldspatoídes dos quais se deriva, ocorre preenchendo amígdalas em rochas vulcânicas. Zeólitas são minerais secundários, compostos por silicatos de alumínio, hidratados. Constituem polimorfos nos sistemas cúbico, tetragonal, romboédrico, ortorrômbico e monoclínico. · Nesossilicatos a estrutura é composta por tetraedros de (SiO4)-4 isolados. Olivina (silicato de magnésio e ferro) (Mg, Fe)2(SiO4) Brilho: vítreo Cor: verde oliva Hábito: granular Traço: ––– Dureza: 6 – 7 Diafaneidade: opaca Fratura: conchoidal Densidade: 3,27 Granada (Ca, Mg, Fe2+, Mn)3(Al, Fe3+.Mn, Cr, Ti4+)2(SiO4)3 Brilho: vítreo Cor: vermelho escuro, terroso, framboesa Hábito: dodecaédrico, maciço, granular Traço: alaranjado, branco Dureza: 6,5 – 9 Diafaneidade: opaca Fratura: irregular, conchoidal Densidade: 3,5 Zircão (silicato de zircão) ZrSiO4 Brilho: vítreo Cor: castanho, marrom Hábito: bipiramidal, octaédrico, maciço Traço: ––– Dureza: 7,5 Diafaneidade: opaco Fratura: conchoidal, irregular Densidade: 4,68 Cianita (silicato de alumínio) Al2SiO5 Brilho: vítreo, nacarado Cor: branco, vermelho, azul, preta Hábito: laminar, radiado, tabular Traço: branco, vermelho Dureza: 5 (vertical) – 7 (horizontal) Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 3,55 Estaurolita (silicato de ferro ferroso e alumínio) (Fe2+, Mg)2Al9(Si, Al)4O20(O, OH)4 Brilho: resinoso Cor: preto acastanhado, terroso, marrom escuro Hábito: prismático, geminação em cruz Traço: ––– Dureza: 7 – 7,5 Diafaneidade: opaca Fratura: irregular Densidade: 3,65 Topázio Al2SiO4(F, OH)2 Brilho: vítreo Cor: incolor, azul, laranja (imperial) Hábito: prismático, tabular, basal Traço: ––– Dureza: 8 Clivagem: perfeita Fratura: irregular, sub conchoidal Diafaneidade: transparente, translúcido Densidade: 3,4 Dumortierita (borossilicato de alumínio) Al7BO3(SiO4)3O3 ou Al6,5-7(BO3) (SiO4)3(O, OH)3 Brilho: vítreo Cor: azul claro ou azul Hábito: bandado, maciço, prismático, colunar, tabular Traço: azul Dureza: 7 Clivagem: ruim Diafaneidade: opaca Densidade: 3,26 · Ciclossilicatos Berilo (silicato de alumínio e berilo) Be3Al2(Si6O18) Brilho: vítreo Cor: azul (água marinha), amarelo, verde (esmeralda), rosa (morganita), branco, incolor Hábito: prismático, hexagonal, maciço, Traço: ––– Dureza: 7,5 – 8 Clivagem: imperfeita Diafaneidade: transparente, translúcido Densidade: 2,75 Cordierita (silicato de magnésio e alumínio) Mg2Al4Si5O18 ou (Mg, Fe2+)2Al4Si5O18Brilho: vítreo Cor: fumê Hábito: maciço Traço: ––– Dureza: 7 Diafaneidade: translúcido Fratura: conchoidal Densidade: 2,60 Turmalina (silicato de boro e alumínio) (Na,Ca)(Fe2+,Fe3+,Mg,Al,Li)3(Al,Fe3+,Cr3+,Mg)6(BO3)3Si6O18(O,OH,F)4 Brilho: vítreo, resinoso Cor: preto, verde, rosa, melancia, azul Hábito: prismático, colunar Traço: ––– Dureza: 7 – 7,5 Clivagem: regular Diafaneidade: translúcida, opaca Fratura: Densidade: 3,0 · Inossilicatos Inossilicatos de cadeia simples (Si6O18)-12-C Inossilicatos de cadeia dupla (Si4O11)-6 Diopsídio (silicato de cálcio e alumínio) Ca(Mg, Fe)Si2O6 ou CaMgSi2O6 Brilho: vítreo Cor: verde esmeralda Hábito: maciço, granular, colunar Traço: branco Dureza: 5 – 6 Clivagem: imperfeita, boa Diafaneidade: opaco Fratura: conchoidal, irregular Densidade: 3,2 Espodumênio (silicato de alumínio e lítio) LiAlSi2O6 * Parece um feldspato sujo. Brilho: vítreo, resinoso Cor: branco esverdeado Hábito: tabular, maciço Traço: branco Dureza: 6 – 7 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaco Densidade: 3,03 – 3,23 Rodonita (silicato de manganês) (Mn2+,Fe2+,Mg,Ca)SiO3 Brilho: vítreo Cor: rosa, magenta, rosa pink Hábito: maciço, tabular Traço: branco Dureza: 5 – 6 Clivagem: perfeita Diafaneidade: translúcido Densidade: 3,4 Tremolita/Actinolita Ca2(Mg,Fe2+)5Si8O22(OH)2 ou Ca2Mg5Si8O22(OH)2 Brilho: vítreo, resinoso Cor: verde claro, verde escuro Hábito: colunar, granular, fibrosa Traço: branco brilhoso Dureza: 5 – 6 Clivagem: perfeita Diafaneidade: translúcida Densidade: 3 · Sorossilicatos Epidoto (silicato de cálcio, alumínio e ferro) Ca2Al2(Fe3+, Al) O(SiO4) (Si2O7) (OH) ou Ca2(Fe, Al) Al2(SiO4) (Si2O7) O(OH) Brilho: vítreo Cor: verde escuro Hábito: granular, colunar Traço: ––– Dureza: 6 – 7 Clivagem: perfeita Diafaneidade: transparente, translúcido Densidade: 3,35 Allanita (Ca, Ce)2(Fe2+, Fe3+, Al)3(SiO4) (Si2O7) O(OH) ou (Ce, Ca, Y)2(Al, Fe3+)3(SiO4) (Si2O7) O(OH) * Epidoto radioativo. Só ocorre no granito. Brilho: vítreo Cor: castanho, preto Hábito: maciço, prismático Traço: ––– Dureza: 6 Diafaneidade: opaca Fratura: conchoidal, irregular Densidade: 3,5 Hemimorfita (silicato hidratado de zinco) Zn4Si2O7(OH)2.H2O Brilho: vítreo Cor: branca, amarela Hábito: bandado, acicular, maciço Traço: branco Dureza: 4 – 5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 3,4 · Filossilicatos (Si2O5)-2 Muscovita KAl2[Si3AlO10](OH,F)2 Brilho: vítreo, sedoso, nacarado Cor: castanho (bloco), prateado (folha individual) Hábito: micáceo, laminar Traço: ––– Dureza: 2 – 2,5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: transparente (folha), translúcido (bloco) Densidade: 2,76 Biotita K(Mg,Fe2+)3[AlSi3O10](OH,F)2 ou K(Mg,Fe2+)3(Al,Fe3+)Si3O10(OH,F)2 Brilho: nacarado, vítreo Cor: castanho, preto Hábito: laminar, micáceo Traço: ––– Dureza: 2 – 3 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 2, 8 Lepidolita K(Li, Al)3(Si,Al)4O10.(F,OH)2 Brilho: nacarado Cor: lilás Hábito: micáceo, globular, botroidal Traço: branco Dureza: 2,5 – 4 Clivagem: perfeita Diafaneidade: translúcida Densidade: 2,8 Fuchsita K(Al, Cr)2Si3AlO10(OH,F)2 Brilho: vítreo, nacarado Cor: verde Hábito: micáceo Traço: branco Dureza: 3 – 4 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 2.8–2.9 Vermiculita (Mg,Fe3+,Al)3(Al,Si)4O10(OH)2.4H2O Brilho: nacarado, vítreo Cor: dourada Hábito: laminar, micáceo Traço: ––– Dureza: 2 – 3 Clivagem: perfeita Diafaneidade: translúcida Densidade: 2,8 Talco Mg3Si4O10(OH)2 Brilho: nacarado, perláceo Cor: verde claro, branco prateado, cinza Hábito: tabular, maciço, fibroso Traço: branco Dureza: 1 Clivagem: perfeita Diafaneidade: translúcido Densidade: 2,7 Caulinita Al2Si2O5(OH)4 Brilho: terroso Cor: branco Hábito: pulvorolento Traço: branco Dureza: 2 – 2,5 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 2,6 Garnierita (Ni,Mg,Fe)4Si6O15(OH)2.6H2O Brilho: terroso Cor: verde maçã Hábito: maciço Traço: verde claro Dureza: 2 – 3 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaca Densidade: 2,8 · Tectossilicatos (AlSi3O8)-1 e (Al2Si2O8) Feldspato Brilho: vítreo Cor: salmão, bege, verde (Amazonita) Hábito: tabular, maciço Traço: branco Dureza: 6 Clivagem: perfeita Diafaneidade: opaco Densidade: 2,57 Quartzo SiO2 * Polimorfo da tridimita, cristobalita, coesita e stishovita. Brilho: vítreo, gorduroso (rosa) Cor: incolor, roxo (Ametista), rosa, amarelo ou laranja (Citrino), verde (Crisoprásio), preto (Fumê), leitoso Hábito: maciço, prismático Traço: ––– Dureza: 7 Diafaneidade: transparente, translúcido Fratura: conchoidal Densidade: 2,65 Ágata SiO2.n(H2O) * É um mineraloíde. Brilho: resinoso Cor: alternância de cinzas, laranja Hábito: bandado Traço: ––– Dureza: 5 – 6 Diafaneidade: opaca Fratura: irregular Densidade: 2,6 Opala SiO2.n(H2O) * É um mineraloíde. Brilho: vítreo, resinoso Cor: branco, verde claro Hábito: maciço Traço: Dureza: 5 – 6 Diafaneidade: translúcida, opaca Fratura: conchoidal Densidade: 2,5 · A crosta terrestre é composta por mais de 3,500 tipos diferentes de minerais. Os minerais apresentam grandes variações nas suas propriedades físicas e químicas. O diamante e o coríndon são os minerais mais duros que existem na natureza, esses cristais são livres de impurezas são apreciados como gemas preciosas. O cristal vermelho de coríndon é o rubi, enquanto que o azul se chama safira. – Halita possui uma estrutura cubica, sua estrutura é constituída por íons positivos que se alternam com íons negativos. Em que cada íon de Na+ é rodeado por 6 íons de Cl-, do mesmo modo, cada íon de Cl- é rodeado por 6 íons de Na+. · Minerais mais abundantes da crosta – Os minerais silicatos são os principais minerais formadores de rocha devido serem compostos pelos elementos de Si e O, em que formam SiO2 (sílica). – Gerando o grupo mais abundante de minerais da face da Terra. Tem predomínio em rochas ígneas, em que constituem mais de 90% da crosta terrestre. 1. Plagioclásio feldspato 39% 2. Feldspato potássico (K-feldspato) 12% 3. Quartzo 12% 4. Piroxênio 11% 5. Anfibólios 5% 6. Micas 5% 7. Argilas 5% 8. Não silicatos 8% · Micas – Biotita (H, K)2 (Mg, Fe)2(Al, Fe)2(SiO4)3 – Muscovita H2Kal3 (SiO4)3 – Flogopita KMg3Al (OH)Si4O10 · Piroxênios – Augita (Ca, Mg, Fe)2(Si, Al)2O6 – Egirina NaFeSi2O6 – Diopsídio CaMgSi2O6 – Hiperstênio (Mg, Fe)SiO3 – Enstatita MgSiO3 – Bronzita (Mg, Fe+2)2Si2O6 * Pigeonita é um piroxênio de baixo cálcio, típico de basaltos. · Anfibólios – Hornblenda (Ca, Na)2(Mg, Fe)4Al (Si7Al)O22(OH)2 – Arfvedsonita Na3(Fe+2,Mg)4(Fe3+,Al) Si8O22(OH)2 – Riebeckita Na2(Fe+2,Mg)3(Fe3+)2Si8O22(OH, F)2 · Alteração hidrotermal/hidrotermismo é um processo metassomático/metassomatismo, no qual a água combinada com outros componentes químicos como CO2, F através da circulação de fluído (no interior da crosta) provoca a hidratação e alteração de minerais (como por exemplo os minerais silicáticos, oxidação em sulfetos entre outros processos). Essa dinâmica depende das condições termodinâmicas e geoquímica das rochas e do fluído envolvido. · Isótopos de hidrogênio o núcleo do hidrogênio pode conter 0, 1 ou 2 nêutrons. Os núcleos com número idênticos de prótons, mas diferente do número de nêutrons constituem isótopos do mesmo elemento. · Ligações entre átomos formam-se quando elétrons de um dos átomos passa a estar sob a influência dos elétrons e do núcleo de outro átomo, como por exemplo o átomo de hélio (He) que contém dois elétrons, que são suficientes para preencher a camada K. A camada mais externa do átomo de oxigênio, possui espaço para 8 elétrons, contém apenas 6 elétrons. Logo, o átomo de oxigênio necessita de dois elétrons para preencher uma camada de elétrons externa. Uma forma de um átomo de oxigênio resolver esse problema, é compartilhar seus elétrons com outro átomo de oxigênio. Disto, resulta a formação de uma ligação muito forte entre dois átomos. Este tipo de ligação denomina-se ligação covalente. Sendo a ligação mais forte que tem. · Ligações químicas são responsáveis por diversas propriedades dos sólidos, como brilho eopacidade (refração, reflexão, absorção, transmissão de luz), maleabilidade, condução de energia (eletricidade, calor). Um mineral é composto por átomos que estão interligados. Existem diversos tipos de ligações atômicas, que incluem as que envolvem elétrons na camada de valência que são as ligações as ligações covalentes, ligações metálicas e iônicas e as que não envolvem elétrons na camada de valência que são as ligações de Van Der Walls e ligações de hidrogênio. – Ligação iônica são fortes, mas não tão fortes quanto a ligação covalente. Ambas são as mais importantes ligações presentes nos minerais. Íons com carga positiva chamam-se cátions e íons de carga negativa chamam-se ânions (minerais com o mesmo ânion possuem semelhanças físicas e morfológicas), sendo este tipo de ligação feito em íons com cargas elétricas opostas. A força de atração que atua entre as partículas com carga positiva e a negativa forma ligações entre as partículas, este tipo de ligação denomina-se ligação iônica. Características dos minerais com esse tipo de ligação são moderadamente duros e difíceis de quebrar, são péssimos condutores de calor e eletricidade, são translúcidos ou transparentes, de fácil dissolução em água ou ácido, tendem a serem incolores quando puros. Grupo Ânion Exemplo Elementos nativos –––––––– C, Au, Cu Sulfetos S1- ou S2- Pirita (FeS2) Óxidos O2- Rutilo Carbonatos (CO3)2- Calcita (CaCO3) Sulfatos (SO4)2- Barita (BaSO4) Fosfatos (PO4)3- Apatita Ca5(PO4)3 Silicatos (SiO2)4- Quartzo (SiO2) – Ligação iônica são fortes, mas não tão fortes quanto a ligação covalente. Ambas são as mais importantes ligações presentes nos minerais. Íons com carga positiva chamam-se cátions e íons de carga negativa chamam-se ânions (minerais com o mesmo ânion possuem semelhanças físicas e morfológicas), sendo este tipo de ligação feito em íons com cargas elétricas opostas. A força de atração que atua entre as partículas com carga positiva e a negativa forma ligações entre as partículas, este tipo de ligação denomina-se ligação iônica. Características dos minerais com esse tipo de ligação são moderadamente duros e difíceis de quebrar, são péssimos condutores de calor e eletricidade, são translúcidos ou transparentes, de fácil dissolução em água ou ácido, tendem a serem incolores quando puros. – Ligação metálica são comuns nos metais. Os átomos dos elementos metálicos têm uma forte tendência para perder elétrons da camada externa. Os elétrons livres e móveis são partilhados entre todos os íons da estrutura e esses elétrons não apresentam afinidade com nenhum núcleo particular, são livres para derivar através da estrutura mesmo fora dela, se romper o mecanismo de ligação. As características dos minerais com esse tipo de ligação são bons condutores de eletricidade e calor, maleáveis, opacos, brilhosos, baixa dureza e relativamente mais densos devido ao empacotamento apertado dos átomos, possuem um brilho metálico característico, reflete a luz (porém a luz não passa por eles), a fragilidade da ligação encoraja os metais a se ligarem a outros elementos, sua clivagem é a mais perfeita, a tenacidade tem característica de plasticidade e ductibilidade. Metais ativos são raros como Au (ouro) e Pt (platina). – Ligação de Van Der Waals são ligações fracas que atuam entre partes eletricamente neutras de um mineral. Os minerais com ligações de Van Der Walls são caracteristicamente macios. – Ligação covalente esse tipo de ligação é feito através do compartilhamento de elétrons. Os íons ficam bem próximos gerando uma ligação forte. O diamante é composto unicamente por átomos de carbono (C), cada átomo de carbono forma ligações covalentes com outros quatro átomos de carbono. A ligação covalente entre os átomos de carbono no diamante é muito forte, sendo o diamante o mineral mais duro presente na natureza. Características dos minerais com esse tipo de ligação são quebradiços (baixa maleabilidade), não fundem ou dissolvem de forma rápida, não conduzem calor ou eletricidade, apresentam dureza média a alta, são transparentes. · A grafita é composta por átomos de carbono que estão ligados entre si por ligações covalentes fortes em estruturas planares, formando folhas muito finas. E as folhas individuais ligam-se entre si por ligações fracas de Van Der Waals. Logo, a gráfica é um mineral muito macio. · Ligações simples entre os átomos são as mais fortes. São as mais estáveis do que as ligações duplas ou triplas (são menos estáveis, sendo quebradas mais facilmente e reagindo). Ou seja, os minerais com ligações simples são mais estáveis que os minerais que possuem ligações duplas ou triplas entre os átomos em sua composição. Em uma rocha vulcânica, por exemplo não existiriam ligações metálicas, devido estas serem fortes e como o tempo de resfriamento é pequeno não teria tempo suficiente para essas ligações se formarem. As rochas vulcânicas terão ligações mais fracas do que as rochas formadas em profundidade, pois estas terão tempo de resfriamento maior e os cristais serão bem formados, com iterações entre si. · Ligações do tetraedro SiO4 sendo ligações 100% covalentes são caracterizadas por uma partilha idêntica dos elétrons entre os átomos que estão ligados. Grande parte das ligações dos minerais são combinações de ligações iônicas e covalentes. A ligação entre silício (Si) e oxigênio é um exemplo disso. O oxigênio tenta pegar um elétron de silício, porém não é bem sucedido. Na maior pare do tempo o elétron roubado orbita e volta do núcleo de oxigeno, de vez em quando é recuperado pelo átomo de silício. A ligação entre Si e O pode ser entre considerada 50% iônica e 50% covalente. Os dois elementos como, o oxigênio e o silício constituem mais de 70% da crosta terrestre. Isso sugere que Si e O são os constituintes mais importantes dos minerais que formam as rochas. Na natureza, o silício ocorre principalmente ligado ao oxigênio no tetraedro de SiO4. O oxigênio pode ocorrer igualmente em outras estruturas de minerais, contudo as posições nos vértices dos tetraedros se SiO4 são as mais importantes. O tetraedro de SiO4 constituí o bloco de construção fundamental do grupo dos minerais silicatos (sendo este grupo o mais importante). Os tetraedros de SiO4 podem ocorrer como tetraedros isolados nas estruturas dos minerais. Podem igualmente ligar-se a outros tetraedros para formar cadeias, anéis, camadas e redes tridimensionais. · Raio iônico/atômico íons de carga opostas forma ligações. A representação do tamanho do átomo ou do íon depende do número de prótons do núcleo e do número de elétrons na eletrosfera. Quando um mineral cresce, o empacotamento dos íons (a estrutura interna do mineral) irá depender das diferenças de tamanhos entre os uns que constituem o mineral. Na figura mostra o tamanho de íons mais comuns nos minerais constituintes das rochas. os números indicam o raio do íon em Ångstrons (1 Ångstrom = 0.00000001cm). O cátion representar o raio menor e o aníon o raio maior. Quanto maior o número atômico (Z) em qualquer elemento da tabela periódica, maior a quantidade de prótons e elétrons e com isso maior número atômico. · Íons são partículas carregadas eletronicamente. Sendo encontradas em mais de uma valência ou estado de oxidação. O Fe atômico (ferro ferroso/Fe2+) pode ocorrer no estado divalente ou no estado mais oxidante, trivalente (ferro férrico/Fe3+). Cátion é quando um ou mais elétrons são perdidos (+), como nos metais. Aníon é quando um ou mais elétrons são adicionados (-), como nos não metais. Ionizar significa transformar em íons para retirar um elétron. · Potencial de ionização é a energia mínima necessária para retirar em elétron. · Eletronegatividade é a tendencia que um átomo apresenta ao receber elétrons e formar um íon negativo. · Eletronegatividade e potencial de ionização são as mesmas coisas. · Átomo é a unidade fundamental da matéria. Constituído por prótons (partícula positiva), nêutrons ((partícula neutra) e elétrons (partícula negativa). Estrutura é de núcleo, eletrosfera.
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