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ANA JU XLII 
1 
 
P1 UROLOGIA 
ANATOMIA, FISIOLOGIA 
ANOTAÇÕES ANATOMIA 
Geralmente o esquerdo é mais alto e o direito mais baixo, devido ao fígado 
→ O rim esquerdo é discretamente maior e mais alto que o direito 
Em cima dos rins temos as glândulas suprarrenal 
Rins = filtros → cada um pesa cerca de 150g 
Artéria renal – fluxo forte, pois vem da veia cava inferior (sla dá uma estuda nessa filtração) 
 
Durante a noite – mixa menos → devido ao antidiurético que faz uma inibição, para poder descansar 
mais 
Café, chocolate… tem efeito diurético leve 
Cistoscopia – para ver a urina ser ejaculada na bexiga 
Se não fosse o peristaltismo nos ureteres quando estivéssemos deitados a urina ficaria nos rins 
Superior → Junção uretero-piélica = JUP 
Médio → Cruzamento pelos vasos ilíacos externos 
Inferior → Junção uretero-vesical (ureter intramural) = JUV 
Complacência vesical → essa capacidade de armazenar urinar sem que haja aumentos significativos 
na pressão 
Musculo detrusor da bexiga → é um músculo liso da parede da bexiga urinária. Durante a micção, ele 
se contrai para expulsar a urina da bexiga. Em outros momentos, ele se mantém relaxado para permitir 
que a bexiga se encha. 
ANA JU XLII 
2 
 
 
Trígono vesical – sensibilidade vesical → é uma região encontrada infero-posteriormente nesta víscera. 
Seus limites são os óstios ureterais (esquerdo e direito) e o óstio interno da uretra (inferiormente). 
Uretra masculina é cerca de 4x a 5x maior que a feminina 
Homem com infecção urinaria tem que investigar, pois não é comum, tem o fator proteção por ser mais 
longo que o da mulher, que já é mais curta e comum a infecção 
Hidronefrose – o cálice inverte, da de ver em exames de imagem, facilita a infecção e dali pode 
disseminar e causar septicemia 
Cateter duplo J é usado para o ureter não contrair de novo 
INTRODUÇÃO 
 
Geralmente o esquerdo é mais alto e o direito mais baixo, devido ao fígado 
Especialidade médica de formação cirúrgica que estuda as funções e disfunções do aparelho 
urinário (ou gênito urinário), avalia e trata as doenças e disfunções deste aparelho, em ambos os 
sexos, visando a manutenção de sua integridade orgânica e funcional. 
*Diferente do nefro também trata doenças do aparelho reprodutor masculino, devido a comum 
passagem de urina e secreções masculinas. 
→ Trata patologias do trato urinário tanto do homem quanto mulher 
*Sempre procurar preservar os rins. 
*Urologia trata: rim, ureteres, bexiga, uretra, glândula adrenal, próstata, vesículas seminais, bolsa 
escrotal, epididimo, algumas doenças da uretra feminina. Desde o início até o final da vida. *Ex: 
ANA JU XLII 
3 
 
crianças com hipospádia, criptorquidias, fimose, tumores... Adolescência: varicocele (= a 
infertilidade). 
*Doença de peroni: pênis não está na forma adequada, corpo cavernoso com tecido inelástico 
(fibroso), quando entra em ereção o restante do pênis enche e aquela porção fica sem aumentar, 
deixando o pênis torto. 
 
 
• Aparelho Urinário: Rins / Ureteres / Bexiga/ Uretra. 
• Gênito-urinário: Aparelho Urinário + Testículos/ Epidídimos/ Deferentes/ Vesículas 
Seminais/ Próstata. 
 
 
**Rins produzem a urina que é transportada pelos ureteres de forma ativa até a bexiga → ondas 
peristálticas, depois é transferida da bexiga para a uretra de forma passiva. 
- A próstata não é um órgão do aparelho urinário, mas está intimamente ligada a ele, por envolver 
a uretra, e devido ao seu crescimento interferir no processo da micção, trazendo consequências ao 
trato urinário. 
ANA JU XLII 
4 
 
- O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos de elaborar a urina 
e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para o exterior. 
- Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores (produzem a urina) e órgãos excretores 
(encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo). 
- Os órgãos compreendem: 
a. Rins (2), que produzem a urina; 
b. Ureteres (2), que transportam a urina para a bexiga; 
c. Bexiga (1), onde fica retida a urina por algum tempo; 
d. Uretra (1), através da qual é expelida do corpo; 
→ Uretra: faz o transporte passivo da urina -> ela fica colabada, se torna uma cavidade real quando 
é preenchida por urina -> a uretra não tem a capacidade de fazer deslocamento da urina -> quem 
faz a expulsão da urina é a bexiga, a uretra só conduz 
TRATO URINÁRIO 
Separado em superior (TUS - rim e ureteres) e inferior (TUI - bexiga e uretra). O antigo trato urinário 
médio (= bexiga) foi englobado no TUI. 
 
Ureteres separado em 3 partes 
URINA 
Produto da função renal. Produzida pelos rins através da filtração sanguínea. Composta por ácido 
úrico, ureia, sódio, potássio e bicarbonato. 
RIM 
- Função: filtração sanguínea com o objetivo de produção de urina, eliminando o que é ruim para o 
corpo. A retirada de líquido é parte do trabalho renal. 
- Artérias renais são ramos da aorta e veias renais são tributárias da cava inferior. 
- A captação da urina ocorre pelo sistema coletor, formado pelos cálices menores (local de entrada 
das papilas renais) e maiores, e pelve renal. 
**Patologias macroscópicas nessa região, ex: tumor, são tratadas por uro, se for uma 
glomerulonefrite é tratada pelo nefro. 
- Transição entre pelve renal e ureter: JUP - junção pieloureteral. 
*O paciente pode apresentar uma cólica reno-ureteral de manhã e insuficiência renal a tarde? Sim, 
pois o paciente pode ter apenas um rim. 
*Rim transplantados geralmente são colocados nas fossas ilíacas. 
ANA JU XLII 
5 
 
 
ARQUITETURA DOS CÁLICES 
- Não há um padrão de normalidade: existem variações anatômicas normais. 
- Há importância em se conhecer qual a localização de dilatações, cálculos ou tumores nos grupos 
caliciais (calicinais): vias de acesso (aberta, percutânea). 
*O trato urinário é o local em que mais se tem má formações compatíveis com a vida, nem sempre 
nessas má formações são necessárias correções, somente deve-se realizá-las quando não cumprem 
a sua função. Ex: rim em ferradura, em vez de separados são unidos pela massa inferior. 
- Nefrectomia total ou parcial (polar superior/ polar inferior). 
URETER 
Tem aprox. 25 cm dividido em 3 partes iguais: superior/ médio/ inferior ou em 2 partes: proximal 
(acima dos vasos ilíacos) / distal (abaixo dos vasos ilíacos). 
ANA JU XLII 
6 
 
 
- Os ureteres transportam a urina já formada nos rins, até a bexiga. 
- O transporte da urina é de forma ativa, pois o ureter é composto por músculo liso, o qual 
apresenta peristalse. Ondas peristálticas fazem a movimentação da urina. A excreção urinária na 
bexiga pelo ureter é feita pela ejaculação de urina. 
- O fluxo de urina deve ser livre (sem obstruções). *Pedra causa dor porque atrapalha o trânsito 
livre de urina. 
- A urina é transportada em "bolus" (ondas peristálticas) e ejaculada na bexiga através dos meatos 
(óstios) ureterais. 
 
- Doenças: cálculos. 
→ A obstrução aguda do ureter provoca intensa dor caracterizada como “cólica renoureteral” 
ou cólica renal ou cólica nefrética, devido aos espasmos maiores para expulsão do cálculo. 
→ A obstrução crônica caracteriza o processo obstrutivo com todas as suas fases: estase 
urinária/aumento de pressão a montante/ dilatação dos segmentos a montante e finalmente 
hidronefrose (dilatação do rim devido ao acúmulo de urina). 
Obstrução crônica → estase urinária → PA a montante → dilatação dos segmentos a 
montante (onde está PA) → hidronefrose 
ANA JU XLII 
7 
 
- O ureter intramural corresponde ao segmento do ureter dentro da parede da bexiga (mecanismo 
anti-refluxo vésico-ureteral). É um segmento diferenciado, do ureter distal ou inferior. 
 → IMPORTANTE 
- Estreitamentos fisiológicos do ureter: JUP - junção pieloureteral; Cruzamento com os vasos 
ilíacos, JUV - junção ureterovesical (quando o ureter entra na bexiga). 
- Os estreitamentos ureterais funcionais são importantes porque são locais de maiorincidência de 
impactação de cálculos. 
- O ureter intramural entra de maneira oblíqua na parede vesical. Desta maneira, quanto maior a 
pressão intra-vesical, maior será a pressão sobre esta porção de ureter intramural, o que impede 
o “refluxo vesico-ureteral”. 
 
Pelve renal (ou bacinete) é a porção proximal do ureter no rim que é dilatada em forma de funil. É 
o ponto de convergência de dois ou três cálices principais → é o funil para a urina fluir para o ureter 
Hilo renal → onde entra a artéria renal e o nervo renal e sai a veia renal 
 BEXIGA 
- É uma víscera oca com a função de armazenamento de urina. 
ANA JU XLII 
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- A bexiga possui a característica de complacência, ou seja, consegue suportar aumento de volume 
sem aumento de pressão. 
- Camadas da bexiga: mucosa; submucosa; muscular própria (3 camadas para contração vesical e 
esvaziamento = m. detrussor); serosa. 
- Sentir o desejo miccional e conseguir controlar o impulso nos dá a capacidade de viver em 
comunidade. Ex: secção de medula completa impede o correto funcionamento, não há passagem 
dos sinais de vontade e de contração esfincteriana. 
- Na bexiga a urina é armazenada (à baixa pressão) durante a fase de enchimento ou armazenamento 
e depois eliminada da bexiga na fase de esvaziamento ou micção. 
- Bexigas de alta pressão (mais do que 40cmH2O) dificultam o esvaziamento dos ureteres 
(obstrução funcional, tem alta pressão porque esta obstruído). Pode ser de origem neurogênica ou 
não neurogênica. A dificuldade de esvaziamento pode provocar refluxo vesico-ureteral e 
posteriormente hidronefrose. 
*neurogênica → é a falta de controle da bexiga devido a um problema nervoso como acidente 
vascular cerebral, lesão da medula espinhal ou tumor. Perda de urina incontrolável (incontinência 
urinária) é o sintoma principal. 
A parede vesical é composta por: 
• Urotélio: reveste a parede interna da bexiga, é impermeável, serve como barreira. Manda 
sinais para o SNC dizendo se é para urinar ou não. Por isso que os pacientes com lesão na medula 
acabam tendo a bexiga neurogênica, pois o sinal não passa da medula para o SNC; 
- O urotélio atualmente está sendo reconhecido como local de origem de estímulos que influem 
tanto no armazenamento quanto na micção. Não é visto mais como apenas uma barreira 
impermeável à urina. 
- Importante local de tumores de bexiga: carcinoma de células de transição. 
*A camada GAG (glocosamina) funcionam como uma barreira para os microrganismo, sendo uma 
barreira extremamente hidrofílica. 
- Exemplo de como o urotélio está envolvido em uma síndrome bastante frequente (caracterizada 
por sintomas do trato urinário inferior = STUI), a síndrome da bexiga dolorosa /cistite intersticial. 
• Membrana Basal; 
• Lâmina Própria: com algumas fibras musculares = muscularis mucosae; 
- A lâmina própria = tecido conjuntivo, com fibras elásticas e colágenas + vasos e nervos (neuro-
receptores). Constitui marco importante divisório entre os tumores que não a ultrapassam 
(tumores superficiais = “non-muscle invasive”) e os que a ultrapassam (tumores profundos ou 
invasivos). 
• Detrusor: muscularis própria, músculo liso, com função de esvaziamento vesical. 
• Serosa: parcialmente, apenas na porção intraperitoneal devido a reflexão do peritônio, no 
restante não há essa cobertura. 
 
URETRA 
- Uretra diferente do ureter sede o espaço para que a urina passe de forma passiva da bexiga para 
o meio externo. 
*A continência é dada pelo esfíncter, e não se deve perder nada de urina. 
• Mulher: média de 4 cm (possibilitando maior risco de infecções). Dividida em uretra próxima 
e distal. Como a mulher tem a cavidade vaginal há uma maior fragilidade do assoalho pélvico. É 
comum também a incontinência de esforço (tosse, espirro, levantamento de peso... Isso ocorre 
pelo aumento da pressão abdominal). 
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• Homem: média de 20 cm. Dividida em três porções: Prostática, Membranosa, Bulbar, 
Peniana. Pode ser dividida em posterior (prostática e membranosa) e anterior (bulbar e peniana). 
Ao invés de ter mais incontinência tem um problema maior com a próstata que cresce e comprime 
a uretra impedindo a saída da urina. 
 
- A uretra prostática é envolvida pela próstata. *Quando a próstata adoece os sintomas são 
principalmente vistos no sistema urinário. 
- A uretra membranosa é envolvida pelo “esfincter externo” (músculo estriado), que faz parte do 
diafragma uro-genital, o qual compõem o assoalho pélvico. 
- A bulbar é a porção da uretra mais superficial no períneo e por isso mais sujeita à trauma. **Queda 
a cavaleiro (quando cai com a perna aberta em cima de algum objeto) possui risco de rompimento 
da uretra bulbar. 
- A peniana é envolvida pelo corpo esponjoso do pênis. 
*Necrose de Fournier: infecção bacteriana na bolsa escrotal que leva a desbridamentos extensos. 
Causas: doença dermatológica, proctológicas, idiopáticas. 
 
- A bexiga e a uretra constituem uma unidade funcional para desempenharem suas funções em 2 
fases distintas: a de enchimento (ARMAZENAMENTO) e a de esvaziamento (MICÇÃO). 
- Durante o armazenamento, o detrusor (complexo muscular liso, principal componente da parede 
vesical) se relaxa, acomodando o volume de urina que é constantemente ejaculada pelos ureteres, 
sem permitir grande aumento de pressão intravesical. Enquanto a uretra, pela contração dos 
músculos lisos e estriados (fazem parte dos mecanismos de continência urinária - “esfíncteres”), 
não permite perdas urinárias. 
- Durante a micção, os músculos lisos periuretrais e a musculatura estriada do assoalho pélvico se 
relaxam, o detrusor se contrai e a urina é expulsa através da uretra sem dificuldades e sem que 
fique resíduo urinário pós-miccional. 
- Para o desempenho destas funções, a bexiga e a uretra dependem fundamentalmente da 
integridade de suas estruturas (paredes = componentes musculares e não musculares) e de uma 
perfeita coordenação e integridade do sistema nervoso (central e periférico). 
ANA JU XLII 
10 
 
*Seve haver sinergismo entre bexiga e esfíncter, quando a bexiga se contrai o esfíncter se abre. 
Isso é controlado pelo SN, em alguns casos há discinergia, sendo que quando a bexiga contrai o 
esfíncter se fecha, não deixando a urina sair, sendo, portanto, um problema no SN. 
*Trígono vesical é uma parte fixa da bexiga. Quando o tumor se contra nessa região deve-se retirar 
a bexiga inteira. 
*Próstata envolve a uretra -> uretra prostática 
*Músculos estriado (SNAutonomo) envolve a segunda parte da uretra -> uretra membranosa 
*Corpo esponjoso envolve a terceira parte da uretra -> uretra bulbar (primeira porção fixa da 
uretra peniana. 
BEXIGA E PRÓSTATA 
- Trígono vesical: triângulo formado pelos meatos ureterais e o colo vesical. 
- O trígono vesical é a parte fixa da bexiga. Tem origem embriológica diferente do resto da bexiga. 
- Tumores localizados no trígono necessitam tratamento diferenciado. 
- A retirada do trígono implica em cistectomia total, com derivação urinária. 
- O arranjo muscular liso do colo vesical constitui o que se chama de “esfincter interno”. 
PRÓSTATA 
- A próstata é uma glândula exócrina que faz parte do sistema reprodutor dos mamíferos machos. 
- A principal função da próstata é armazenar e secretar um fluido claro levemente alcalino (pH 
7,29) que constitui 10-30% do volume do fluido seminal, que, junto com os espermatozóides, 
constitui o sêmen. O Resto do fluido seminal é produzido pelas duas vesículas seminais. A 
alcalinidade do fluido seminal ajuda a neutralizar a acidez do trato vaginal, prolongando o tempo 
de vida dos espermatozoides. 
- A próstata também contém alguns músculos lisos que ajudam a expelir o sêmen durante a 
ejaculação 
- Nas secreções prostáticas humanas, o conteúdo proteico é menor que 1% e inclui enzimas 
proteolíticas e antígeno prostático específico (PSA). As secreções também contêm zinco. Níveis 
sanguíneos de PSA elevados são um dos indicativos de câncer de próstata. 
- A glândulaprostática é dividida em várias zonas: central, periférica, de transição... 
ASSOALHO PÉLVICO 
- Assoalho Pélvico é um termo utilizado para nomear os músculos que se situam na parte inferior 
da pelve, tanto no homem quanto na mulher. 
 
- Suas principais funções são: 
ANA JU XLII 
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• Sustentação: a força da gravidade e o aumento da pressão intra-abdominal (rir, tossir, 
contrair, levantar) provocam pressão dos órgãos pélvicos sobre os MAP, que contraem para manter 
o posicionamento desses órgãos. 
• Esfincteriana: Os músculos do assoalho pélvico (esfíncter externo) promovem fechamento 
rápido da uretra e do reto para garantir a continência. 
• Sexual: os músculos assoalho pélvico possuem receptores que aumentam a sensação de 
prazer sexual 
IMPORTÂNCIA DO ASSOALHO PÉLVICO NA CONTINÊNCIA URINÁRIA 
- Uma bexiga e uretra proximal bem posicionadas por um assoalho íntegro, constitui um dos 
mecanismos de continência urinária. 
- Com o relaxamento do assoalho (multiparidade ou não), e o mau posicionamento bexiga/uretra, 
diminui a resistência uretral e elevações de pressão intravesical (por aumento da pressão intra-
abdominal por tosse, espirro, esforço abdominal...) provocam a perda urinária = incontinência 
urinária de esforço. 
- A pressão abdominal só incide sobre a bexiga e não sobre a uretra proximal. 
CICLO MICCIONAL 
Ciclo Miccional = armazenamento + micção 
-Em torno de 300ml não se deve sentir nada, a continência é suficiente para esse volume. 
*Depois da primeira sensação que da vontade de urinar ainda fica um tempo a bexiga relaxada, 
havendo continência. Depois volta a sensação. 
- Algumas pessoas não tem essa capacidade de reter a urina, a sensação dá e não para. 
- Durante a micção a urina é eliminada da bexiga (pela contração do músculo “detrusor”= processo 
ativo) através da uretra (processo passivo). *Uretra não tem nenhum mecanismo para empurrar a 
urina, ou seja, ela é excretada pela pressão exercida pela bexiga e forma passiva. 
- A porção proximal da uretra contém os mecanismos de continência urinária. 
- Mecanismos de continência urinária: além dos chamados “esfincteres” interno e externo, existem 
outras estruturas e mecanismos que contribuem para a continência urinária. 
- O assoalho pélvico tem grande importância no ciclo miccional. Além de outras influências, nele 
está situado o "esfincter externo". 
 
ANA JU XLII 
12 
 
*O diafragma urogenital é composto por músculo estriado (diferente do esfíncter interno que é 
musculo liso), ligado a função de continência. 
 
*A próstata e o assoalho pélvico não fazem parte do aparelho urinário, mas tem relação. 
*A partir dos 45 anos todos os homens têm um crescimento da próstata, o que aperta a uretra, 
levando a dificuldade de saída da urina. 
SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR 
Os sintomas do Trato Urinário Inferior*, estão divididos em sintomas de enchimento (ou de 
armazenamento) e sintomas de esvaziamento (ou de micção). 
- Bexiga em enchimento vesical: urgência miccional, polaciúria (micções frequentes com pouca 
quantidade), grande capacidade de armazenamento (bexiga neurogênica - retenção urinária 
aguda), noctúria. 
- Bexiga em esvaziamento vesical: disúria, excitação miccional (demora ou tem que se concentrar 
a urinar), obstrução uretral (urina pouco e a ‘prestação’, gotejamento, com sensação incompleta). 
- Antes eram conhecidos como sintomas irritativos (de enchimento) e sintomas obstrutivos (de 
esvaziamento) e em conjunto (total ou parcial) constituíam a síndrome do “prostatismo”, porque 
são muito típicos de disfunções miccionais decorrentes de hiperplasia prostática benigna (HPB). 
- Entretanto, não são exclusivos de HPB e até mulheres podem apresentá-los, o que levou a 
International Continence Society (ICS) a recomendar o abandono da expressão “prostatismo” e o uso 
das expressões “sintomas irritativos” e “obstrutivos” e atualmente prefere-se “sintomas de 
enchimento”, “de esvaziamento”, e “pós-miccionais”. 
- O conjunto de sintomas referentes ao TUI é denominado “sintomas do trato urinário inferior” 
(STUI) (LUTS em ingles= lower urinary tract symptoms) 
OBS: algumas vezes o trato urinário inferior é chamado de “trato urinário baixo’ (TUB) e os sintomas 
de STUB. 
 
*TUS: rins e ureters - Relação anatomia/patologia/doenças: 
- Cálices (grupo calicial sup/med/inf – há variações anatomicas): cálculos / tumores – o único que 
não se pode retirar sozinho é o grupo calicial médio, para retirá-lo tem que tirar o rim inteiro. 
- Pelve renal: intrarenal/ extrarenal (dilatação) / tumores / cálculos. 
- JUP (junção ureteropielica): estenose de JUP (congênita/ adquirida) / tumores/ impactação de 
cálculos. 
- Ureter: obstrução (várias causas) / cólica renoureteral-CRU / tumores / compressão extrínseca. 
ANA JU XLII 
13 
 
 
*RX contrastado da bexiga e uretra (uretrocistografia retrógrada – estenoses de uretra). Existe 
também a uretrocistografia miccional, quando a urina contrastada preenche a uretra durante a 
micção. Esta uretrocisto miccional revela refluxos vésico-ureterais não revelados pela uretrocisto 
retrógrada, pois na primeira há uma pressão intravesical muito maior que na segunda. 
**Imagem contrastada de rins/ureteres e bexiga: Imagem de US com doppler colorido mostrando 
“ejaculação” de urina pelo meato (óstio) ureteral. A presença deste fenômeno demonstra a 
permeabilidade deste óstio e sugere a ausência de obstrução ureteral deste lado. 
*Nada é fixo no ureter, por isso o exame tem que ser dinâmico. 
RESUMO AULA: UROLOGIA 
- Cirúrgico: trata homem e mulher; aparelho sexual masculino; trata doenças dos rins, ureteres, 
bexiga, uretra, as vezes gl.adrenal e algumas doenças da uretra feminina. Pode tratar crianças. 
- Tem varicocele (adolescente) pensar em infertilidade, mas nem todo mundo q tem varicocele 
tem infertilidade. 
- Rins: produz a urina → veias renais são tribularias da cava. 
* Estreitamentos fisiológicos do ureter: junção pieloureteral (JUP); cruzamento ureter e vasos 
ilíacos; uretra entra na bexiga (junção ureterovesical). 
- Mudanças de temperatura, susto, alimentos, medicamentos: muda taxa de filtração glomerular. 
 
Ureteres 
- Transporta urina de forma ativa (peristalse = músculo liso). 
- Doenças ureteres: cálculo. 
- Ejaculação urinaria: xixi ureteres cai na bexiga. 
 
*Rim em ferradura: doença de má formação na embriologia e é compatível com vida normal. 
*Rim transplantado é colocado na fossa ilíaca. 
 
Bexiga 
- Armazena a urina de forma progressiva, sem que ocorra o aumento da pressão na víscera 
(aumenta volume, sem aumento de pressão= complacência). 
- Músculo detrusor faz contração vesical. 
- Bexiga tem serosa só na parte intraperitoneal, maior parte não tem serosa. 
 
Uretra 
- Passagem de urina é de forma passiva. 
- Uretra masculina: uretra prostática, uretra membranosa, uretra bulbar, uretra peniana. 
- Uretra masculina: 20 cm. 
- Uretra feminina: 4 cm. 
- Uretra posterior é pior lesionar. 
- Uretra bulbar= pode ser lesionado se cai de perna aberta. 
ANA JU XLII 
14 
 
*Gangrena de fournier: causas mais frequentes → causas urinárias, dermatológicas, proctológicas, 
idiopáticas. 
*Até 1 vez a noite é normal urinar. 
 
TU SUPERIOR: rim e ureteres 
TU INFERIOR: bexiga e uretra → 
- Fase de armazenamento: polaciúria, retenção urinaria aguda, incontinência. 
- Fase de esvaziamento: disúria, excitação miccional (demora para fazer xixi), jato fraco, urina um 
pouco e para nocturia... 
SINAIS E SINTOMAS EU UROLOGIA 
Campbell – ele pega questões daqui 
American urological association → vídeos que ajudam bastante, consolida o que será dado na 
aula → separado em módulos 
DOR 
- Mecanismo: no trato genito-urinário, deve-se à inflamação ou obstrução 
- Inflamação = envolve o parênquima do órgão (edema e distensão da cápsula – prostatite, 
pielonefrite, epididimite) 
- Inflamação de Mucosa = bexiga e uretra – vai ter uma sensação de desconforto, o pcte tem 
dificuldadede descrever 
- Dor por obstrução: é uma dor por distensão -> aumento de pressão -> é a distensão das 
fibras musculares que causa a dor muito intensa, sem posição de alívio, salvas de dores 
mais fortes 
DOR RENAL 
- Geralmente localizada no ângulo costo-vertebral, lateral ao músculo sacroespinhal e 
sob a 12ª costela → nesse local, se palpa o meio do rim (realizar digitopressão nessa 
região é melhor do que punho-percussão lombar para pielonefrite, mais específica) → 
subcostais em flanco e irradia para frente para umbigo 
- a inflamação provoca edema e distensão da cápsula, provocando dor 
- Irradiação para flanco, umbigo, testículos ou lábios vaginais (segue o caminho do trato 
urinário) 
→ cálculo 1/3 do ureter dói no testículo, quando for mais baixo daí doi na bexiga que da 
vontade de urinar 
- Constante (sugere inflamação → dor de menor intensidade, sem fator de agravo) x 
Intermitente (sugere obstrução → relacionada à peristalse do ureter, alivia quando 
peristalse se exaure) 
- Cólica: obstrução ureteral – intensifica com peristalse ureteral e aumento da pressão 
intrapiélica 
→ não dar muita água quando chegar com muita dor, pois se hidratar muito pode aumentar 
a dor 
- dor renal x dor mecânica: dor renal irradia para flanco, vai para região anteroinferior 
do abdome e geralmente é unilateral, já uma dor bilateral direciona mais para origem 
muscular 
ANA JU XLII 
15 
 
 DOR RENAL E SINTOMAS GASTROINTESTINAIS 
- paciente por vezes tem náusea e vômito associado à dor 
- Ocorre por estímulo reflexo dos gânglios celíacos e pela proximidade de órgãos 
adjacentes (rim esquerdo se relaciona com estômago, rim direito se relaciona com 
duodeno, cólon direito e fígado) 
- Diagnóstico diferencial com patologias intraperitoneais = imobilidade (ex: paciente 
com apendicite não quer mobilizado, quer ficar ao máximo quieto) 
- Dor renal = agitação psicomotora (paciente que tem cólica renal não fica parado, 
extremamente agitado) 
Dor retroperitoneal → paciente mais atacado, mais agitado 
Dor intraperitoneais → dói mais, paciente mais quieto porque quanto menos se mexer 
melhor 
DOR VESICAL 
→ Distensão ou inflamação da bexiga 
→ Retenção urinária aguda: dor intensa (geralmente ocorre por obstrução de trato inferior, 
ex: origem prostática → sonda vesical de alívio ou cistostomia) 
→ Retenção urinária crônica: DM e bexiga neurogênica flácida (paciente não percebe a 
retenção, predispõe infecção urinaria crônica e refluxo vesico-ureteral) 
→ Dor supra púbica intermitente: a dor aumenta à medida que a bexiga vai enchendo 
- a partir de 150mL de urina na bexiga, já inicia a vontade de urinar; dor fica insuportável em 
torno de 400mL 
DISÚRIA 
- Micção difícil, e por isso, dolorosa (dificuldade para urinar, não uma dor exatamente em si) 
- Estrangúria: dor intensa com interrupção abrupta da micção (dor aguda durante ato 
miccional), geralmente por cálculo vesical ou corpo estranho → geralmente pedra na 
bexiga 
DOR PROSTÁTICA 
- Geralmente é secundária à inflamação 
- Edema e distensão da cápsula prostática (obstruindo a uretra) 
- Pode irradiar para abdômen inferior, períneo, inguinal, lombosacral e ânus (próstata fica 
bem no centro da pelve masculina, portanto dói em direção a qualquer lugar → dor em 
pelve + sintomas inflamatórios urinários podem ser de etiologia inflamatória da próstata) 
- Associada a sintomas irritativos 
DOR PENIANA 
- Pênis flácido: geralmente secundária à inflamação da uretra e/ou bexiga com reflexo 
para o meato uretral. Outra causa pode ser parafimose (quando se puxa o prepúcio, 
expõe a glande mas não se consegue reverter, gera um edema, precisa operar) 
Pênis em rigidez: 
→ Priapismo (dificuldade de esvaziamento do corpo cavernoso, provocando ereção 
prolongada dolorosa, +2h – pode ser isquêmico ou pré-isquêmico) -> uso recreacional de 
viagra, anemias falciformes podem causar 
ANA JU XLII 
16 
 
→ Doença de Peronye (tortuosidade peniana causada por calcificação do corpo cavernoso, 
provoca dor durante a ereção) -> existem algumas tortuosidades que não precisa de 
intervenção, outros casos precisam desentortar e fazer enxerto 
 
DOR TESTICULAR 
- Edema, hiperemia, dor ao toque, geralmente unilateral (principalmente aguda) 
- Folículo piloso ou cisto sebáceo infectado 
- Pode ser causada por orquite (principal causa é bacteriana sexualmente transmissível como 
clamídia e gonorreia), torção de testículo 
- Crônica: hérnia inguinal (hérnia entra no canal inguinal e pressiona estruturas), hidrocele 
(aumento de líquido entre as túnicas vaginais), varicocele (varizes do plexo pampiniforme, 
pode levar à infertilidade por alterações da temperatura local), pubite (inflamação no púbis, 
irradia para testículo) 
- cálculo ureteral superior pode irradiar dor para testículo (para grandes lábios na 
mulher), já cálculo ureteral mais inferior irradia mais para região da bexiga 
 
TUMOR DE TESTICULO NÃO SE PUNCIONA, na dúvida se é ou não é, não punciona 
HEMATÚRIA/URETRORRAGIA 
- Hematúria: presença de sangue na urina proveniente das vias urinárias acima da uretra 
anterior → ligado ao ato de urina → importante definir se é macroscópica ou microscópica, 
a macro é sempre ligada a situações mais graves 
- Uretrorragia: sangramento pelo meato uretral fora da micção – sangra pelo 
meato sem fazer nada → contraindicação à sondagem vesical na emergência 
POLACIÚRIA/NOCTÚRIA 
- Polaciúria: aumento da frequência das micções, mas com um volume urinário normal dentro 
do período 
- Noctúria: acordar a noite para urinar 
- Nictúria: inversão do padrão (paciente urina mais de noite do que de dia) → insuficiência 
cardíaca 
POLIÚRIA / OLIGÚRIA / ANÚRIA 
- Poliúria: aumento do volume urinário (acima de 3L / dia) 
- Oligúria: menos de 500ml de urina em 24h 
- Anúria: menos de 100ml de urina em 24h 
→ URGÊNCIA MICCIONAL 
Vontade urgente de ir no banheiro 
- Desejo veemente de urinar 
ANA JU XLII 
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- Pode culminar em perda urinária involuntária (incontinência) 
→ INCONTINÊNCIA 
- Escape involuntário de urina 
- De urgência / urge-incontinência: perda involuntária relacionada a desejo miccional 
incontrolável 
- De esforço: perda involuntária de urina relacionada a esforços que geram aumento 
de pressão intra-abdominal (distúrbios da musculatura do assoalho pélvico) 
SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR 
Sintomas de enchimento: 
- aumento frequência (polaciúria) 
- Noctúria 
- urgência miccional 
- incontinência de esforço e por urgência 
- enurese noturna, dor / desconforto 
Sintomas de esvaziamento: ato urinário 
- Hesitação → demora para começar, não consegue, geralmente, relacionado 
a HPB 
- esforço para urinar 
- jato urinário fraco 
- jato intermitente 
- disúria (dor/dificuldade) 
- gotejamento terminal → comum em pacientes com aumento do volume 
prostático *tenta esvaziar, mas algo “não deixa” → fica alguns minutos 
esperando parar e demora, é bem chato 
Sintomas pós miccionais: 
- gotejamento pós-miccional 
- sensação de esvaziamento incompleto 
 
ANA JU XLII 
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*Score para determinar a gravidade dos sintomas 
que o paciente tem: 
- até 7: normal ou sintomas leves 
- 7-19: sintomas moderados 
- 19-35: sintomas graves 
*Ajuda a definir se o tratamento está sendo efetivo ou se precisa de alguma intervenção 
EXAME FÍSICO GERAL 
ANA JU XLII 
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- Nutricional: obesidade (doenças endócrinas) e caquexia (doenças malignas) 
- Edema de extremidades: causas nefrológicas e cardiológicas → dificilmente causas 
urológicas causaram edema de MMII 
- Linfonodomegalias: supraclavicular (é mais retroperitoneal, CA de próstata e testículo) e 
inguinal (CA de pênis e uretra) 
- órgãos externos (pênis, uretra): drenagem inguinal 
- órgãos internos (testículo): drenagem retroperitonial 
RINS 
- Órgão retroperitoneal: difícil palpação (exame físico pobre) 
- Rim direito fica mais baixo por conta do fígado 
- Poloinferior pode ser palpável em crianças e mulheres magras 
- Palpação bimanual 
 
BEXIGA 
- Normal: não palpável 
- Quando distendida (+500ml), pode-se começar a perceber: a percussão é melhor que 
palpação 
- Pacientes anestesiados: palpação bimanual (retal ou vaginal) avalia mobilidade e invasão 
vesical por massa pélvica 
- Bexigoma: distensão da bexiga por acúmulo de urina (retenção urinária aguda) 
 
Cistostomia é uma cirurgia de derivação urinária. O objetivo é possibilitar a drenagem da 
Bexiga em situações que a uretra não permite seu esvaziamento. A indicação mais comum 
para cistostomia é quando temos estenose uretral e queremos evitar o acúmulo de urina que 
pode levar a insuficiência renal obstrutiva → médicos de emergência deveriam saber fazer 
ANA JU XLII 
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PÊNIS 
Tamanho: importante principalmente em crianças, é muito estigmatizado; não se consegue 
avaliar corretamente na criança pré-pubere; casos de micropênis são extremamente raros 
- Meato uretral externo: posição, estenose, corrimentos na uretra 
- Lesões vegetantes ou ulceradas: condilomas, tumores, sífilis 
- Corpo cavernoso: placa fibrosa, curvatura na ereção 
- fimose: prepúcio não consegue ser retraído 
- parafimose: na exposição da glande com retração do prepúcio, o retorno venoso é 
comprometido pelo anel fibrótico e gera maior impedimento ao retorno à posição normal 
- hipospádia: quando a uretra se insinua para locais não usuais 
- sífilis: lesões no sulco balano-prepucial, de fundo limpo 
- cancro mole: lesão geralmente múltipla, fundo sujo, dolorosa 
ESCROTO 
- Pele: cisto sebáceo, foliculite 
- Hidrocele: exame de transiluminação (se transiluminar é hidrocele, se não transiluminar é 
massa) 
- Pesquisar hérnia inguinal → saber a diferença de direta e indireta 
→ se a protusão for palpada na polpa digital do dedo, trata-se de uma hérnia direta e, se for 
palpável na ponta do dedo, trata-se de uma hérnia indireta. Ao exame físico, com a 
introdução do dedo no anel inguinal externo (palpável pela bolsa escrotal) e com o paciente 
realizando manobra de Valsalva, se a protusão for palpada na polpa digital do dedo, trata-se 
de uma hérnia direta e, se for palpável na ponta do dedo, trata-se de uma hérnia indireta 
- Cordão espermático: cistos, varicocele, torção, passagem do ducto deferente 
- Testículo: tamanho, consistência 
- Epidídimo: consistência, cistos, dor 
- Varicocele → infertilidade 
- Tumor de testículo → por isso devemos palpar o testículo 
EXAME RETAL DIGITAL 
- Orientação verbal: orientar a não contrair esfíncter 
- Uso de luva e lubrificante 
- Posições: lembrar que a próstata é anterior 
- Verificar tônus anal 
- Introduzir o dedo o mais profundo possível e avaliar toda a ampola retal 
- Consistência: parecida com a região tênar da mão 
- Tamanho: similar a uma castanha 
- Dor: deve ser indolor ao toque 
- Bordas arredondadas, com sulco mediano 
ANA JU XLII 
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- 
ACHADOS 
- Prostatite: febre, dor, próstata amolecida com áreas de flutuação 
- HPB: próstata firme-elástica, aumentada, desaparecimento do sulco mediano, nodulações 
(adenomas) 
- Câncer: endurecida, lenhosa, nódulos, superfície irregular 
PELVE FEMININA 
- Posição de litotomia 
- Genitália externa e introito vaginal 
- Manobra de Valsava: cistocele e retocele 
- Uretra: carúncula, inflamacäo, divertículo 
OBSTRUÇÃO E ESTASE URINÁRIA 
INTRODUÇÃO 
- Obstrução urinária → estase urinária -> causa hidronefrose (dilatação do rim) e atrofia do rim → 
insuficiência renal -> a obstrução também pode complicar com infecção
 
- ureter distal tem um trajeto transmural de 1-2cm que funciona como válvula uretero-vesical 
- estreitamentos fisiológicos da uretra masculina: após fossa navicular, uretra prostática e assoalho 
pélvico 
- uretra feminina: é menor, menos chance de ter obstruções, porém maior chance de infecções 
urinárias 
ANA JU XLII 
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- Gravidez: pela progesterona que dilata musculatura lisa e por compressão direta do útero sob os 
vasos da pele → hidronefrose gestacional (não é para ter repercussões clínicas, mas por vezes pode 
gerar dor lombar e pielonefrite, porém nesse caso deixa de ser fisiológico e passa a ser patológica)→ 
mais no 1º trimestre e mais do lado direito 
ANA JU XLII 
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-junção ureteropielica, junção ureterovesical, vasos ilíacos: espera-se no mínimo 3 episódios de dor -> 
quando o cálculo passar por essas 3 constrições 
ANA JU XLII 
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CLASSIFICAÇÃO 
- Causa: congênita x adquirida 
- Duração: aguda x crônica 
- Grau: parcial x completo 
- Nível: trato urinário superior x inferior / supra x infravesical 
ETIOLOGIA 
- múltiplas doenças podem causar obstrução/estase 
 
PATOGÊNESE E PATOLOGIA 
TRATO INFERIOR 
- Pressão hidrostática proximal à obstrução causa dilatação da uretra 
*Tudo que tiver perto da obstrução terá um aumento de PA proximal a essa dilatação – pode ir 
formando divertículos, apenas a mucosa sai, a musculatura não, divertículo falso 
- Divertículo: uretra tem diversas glândulas parauretrais que podem se dilatar a ponto de ocorrerem 
divertículos 
- Abscesso periuretral: estase urinária pode predispor a infecções e estas predisporem a abscessos 
- Dilatação dos ductos prostáticos 
ANA JU XLII 
25 
 
 
 
TRATO MÉDIO 
- Estágio de compensação: bexiga fica hipertrofiada por fazer mais força para manter o esvaziamento 
vesical 
- Estágio de descompensação: bexiga fica menos contrátil, adelgaçada, enfraquecida, já existindo 
presença de urina residual (bexiga fica “cansada”) → começam a aparecer os divertículos vesicais, 
trabeculações → Não pode deixar chegar a fase de descompensação porque 40% que chegam, não 
conseguem a voltar a urinar normalmente 
Capacidade normal: 300-500 mL. 
Residuo pos miccional normal: até 20% no volume inicial. 
OBS: até 60mL de urina residual é normal, acima disso já é esvaziamento incompleto 
Normal 45-50 anos – vão ter algum crescimento prostático – não aumento o risco de tumor, mas sim 
problemas urinários – so vai tratar quando causar problemas 
A Doença do colo vesical é uma condição rara caracterizada pela constrição do canal uretral junto à 
bexiga (colo vesical) que dificulta a micção. Pode ocorrer em homens após uma cirurgia da próstata 
uma vez que é possível a formação de tecido fibroso (cicatriz) na junção entre o colo da bexiga e a 
próstata. 
TRATO SUPERIOR 
- “Válvulas” ureterovesicais: a porção transmural impede a transmissão da pressão nos estágios iniciais 
- depois de um certo tempo, há uma perda dessa capacidade e inicia-se um processo de hidronefrose 
ANA JU XLII 
26 
 
- Hidronefrose: por pressão retrógrada progressiva; na fase de descompensação, com urina residual, 
terá um efeito adicional de tensão no trígono vesical, com aumento da resistência ao fluxo 
- Descompensação do complexo uretero-trigonal → desaparece a ação de válvula → ocorre o refluxo 
vesico-ureteral, agravando a hidronefrose 
- Musculatura ureteral (que faz ondas peristálticas) sofre espessamento → alongamento e 
tortuosidade do ureter → formação de bandas de tecido fibroso, as próprias bandas de tecido fibroso 
começam a se tornar um causador da obstrução 
→ obstrução ureteral secundária (permanece obstruído mesmo após a resolução da causa primária) 
→ perda da capacidade contrátil do ureter 
- Normalmente, a pressão na pelve renal é aproximadamente 0: quando aumenta, a pelve e os cálices 
dilatam 
- Pelve intrarrenal X extrarrenal: alguns pacientes nascem com a pelve extra-renal, o que funciona 
como mecanismo de proteção contra aumentos de pressão no rim, que não sofrerá um efeito tão 
precoce de transmissão da pressão aumentada (no parênquima e cálices principalmente) 
→ Pode ser RVU até 2 anos, sendo fisiológico. 
• Até os 2 anos = meninos tem mais infecção urinaria 
• 2-50 anos: mais meninas 
• Depois volta meninos 
 
ANA JU XLII 
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 pelve renal dilatada 
Aguda: dilatação dos cálices – perca da forade cálice, crônico 
 
Aguda: dilatação dos cálices – parte de fora do cálice 
Crônica: baqueteamento dos cálices renais 
ANA JU XLII 
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PROGRESSÃO DA ATROFIA HIDRONEFRÓTICA 
- Alterações mais precoces são observadas nos cálices → a extremidade de um cálice normal é 
côncava (papila), mas quando cronicamente afetado, passa a ter formato de baqueteamento 
(inchaço) 
- Devido ao aumento de pressão, os fórnices tornam-se rombos e arredondados, a papila fica achatada 
e, após, convexa (em baqueta) 
- As alterações no parênquima renal resultam de atrofia por compressão e atrofia isquêmica 
(sobretudo em vasos arciformes): são comprimidos entre a cápsula e o aumento de pressão intrapélvica 
- Comprometimento funcional unilateral é mais intenso e rapidamente progressivo do que o bilateral 
(ex: HPB) 
- O rim contralateral normal sofre hipertrofia compensatória (rim vicariante) 
 
OBS: A perda irreversível da função renal pode ter início em apenas 7 dias (após obstrução completa), 
o que fica evidenciado pela dilatação e necrose dos túbulos proximais, que aumentam 
progressivamente com o passar do tempo 
- dúvida: paciente em emergência com cálculo, quanto tempo posso aguardar eliminação espontânea? 
- cálculo geralmente gera obstrução parcial e ocorre eliminação espontânea em mais de 90% dos casos: 
pode-se acompanhar clinicamente a eliminação por até 12 semanas, desde que não piore a creatinina, 
nem a hidronefrose, nem sinais infecciosos 
ACHADOS CLÍNICOS 
* RUA (Retenção Urinária Aguda) 
- Pacientes chegam angustiados, com dor de grande intensidade na região suprapúbica, com irradiação 
para uretra, períneo, dorso (paciente fica em posição antálgica, é muito desconfortável ficar em 
decúbito dorsal) 
- Busca rápida de atendimento médico (então raro haver danos à função renal) 
- Eventualmente, sem dor (mais raro) 
- pode aparecer bexigoma (normalmente a bexiga não deveria ser palpável ao exame físico) 
* RUC (Retenção Urinária Crônica) 
- Alterações crescentes: é um quadro mais arrastado 
- Volume residual: dilatação progressiva da bexiga 
ANA JU XLII 
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- Hipertrofia da musculatura vesical com trabéculas e pseudodivertículos 
- Fadiga muscular e atonia vesical 
- Incontinência urinária paradoxal (na verdade a urina “vaza”, pois a bexiga está muito cheia) 
- Polaciúria, nictúria, dor em baixo ventre, globo vesical 
- Insuficiência renal 
DIAGNÓSTICO 
RADIOGRAFIA SIMPLES 
- Crescimento das sombras renais 
- Cálculos (90% dos cálculos devem aparecer ao RX) 
- Metástases ósseas 
UROGRAFIA EXCRETORA 
- RX contrastado: precisa-se de um mínimo de função renal para transformar o contraste em urina 
- Avalia grau de dilatação do sistema coletor e local de estreitamento 
 
 imagem 1 
ANA JU XLII 
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 imagem 2 
- imagem 1: rim esquerdo obstruído de forma crônica por cálculo + dilatação do sistema coletor + 
perda da anatomia dos cálices, enchimento da bexiga provavelmente mantido pelo rim direito 
→ o sistema coletor (cálice) fica dilatado pelo acúmulo de urina que não está sendo eliminada - > causa 
por cálculos, estenoses, tumores -> esse acúmulo de urina pode acumular bactérias -> sepse e 
hidronefrose 
- imagem 2: falha de enchimento → rx contrastado pode-se fazer quando se há suspeita de 
complicação infecciosa ou planejamento cirúrgico; alguns cálculos podem não aparecer na TC, mas 
podem ser percebidos como falha de enchimento no exame contrastado 
CISTOGRAFIA (RETRÓGRADA E ANTERÓGRADA) 
- Refluxo vesico ureteral 
- Trabeculações e divertículos vesicais 
- Falhas de enchimento (tumor, cálculo, lobo mediano) 
- Urina residual 
 
- imagem 3: cálculo uretral causando obstrução crônica 
- imagem 4: bexiga neurogênica com dilatação dos ureteres 
UROGRAFIAS RETRÓGRADAS 
- injeta-se contraste via sonda 
- última imagem: hiperplasia prostática benigna 
 
ANA JU XLII 
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
- TC sem contraste: exame padrão ouro para cálculo renal 
- é o exame que mais traz informações: função renal, inflamação, abscesso, hidronefrose, cálculos e 
grau de dureza 
OBS: vai dar noção de função, mas o que vai avaliar função de fato vai ser a cintilografia 
 
- imagem 3: infarto em pirâmide indicando pielonefrite 
USG 
- é um exame operador dependente, porém de baixo custo e sem radiação 
- pode-se solicitar com doppler (perceber sinais indiretos de obstrução, como ausência de jato) 
- USG para avaliação de próstata não é transretal, não se faz de rotina: as indicações de USG transretal 
são quando se quer biópsia de próstata quando suspeita ou avaliação de vesículas seminais quando 
queixa de hematospermia 
 
- imagem 1: bexiga repleta com cálculo na uretra 
- imagem 2: hidronefrose 
ANA JU XLII 
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Lesão fixa: tumor 
Móvel: cálculo 
EXAMES NUCLEARES 
- Exames para avaliação da função renal: função renal é avaliada com cintilografia 
- DTPA: cintilografia dinâmica, avalia função glomerular (relativa) e perviedade das vias excretoras 
- DMSA: cintilografia estática, avalia função tubular e estrutura anatômica do rim faz uma “foto” da 
função renal global 
- Avaliar obstrução 
 
Dinamico – furosemida – quanto que ta funcionando o melhor – o que realmente ajuda a ver 
Cleance clincia, esse cirúrgica 
COMPLICAÇÕES 
- A estagnação da urina leva a infecção 
- Principalmente: bactérias que degradam ureia (proteus, estafilococos) o que torna a urina alcalina 
ANA JU XLII 
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- Formam cálculos com mais facilidade 
- Pionefrose é o estágio final de um rim gravemente infectado e obstruído 
→ Pionefrose é uma hidronefrose infectada, associada à destruição do parênquima renal, que pode 
levar à perda total ou parcial da função renal 
Pielonefrite granulomatose – ano passado teve questão sobre → Pielonefrite xantogranulomatosa 
(PXG) é uma rara complicação de infecção urinária crônica, resultando em destruição difusa ou 
segmentar do parênquima renal, com acúmulo de macrófagos contendo gordura associado a áreas de 
fibrose intrarrenal, perirrenal e peripiélica. 
TRATAMENTO 
- Aliviar a dor e o desconforto do paciente 
- Proteger o trato urinário superior: o alvo é proteger o rim e sua função 
- Esvaziamento da bexiga com cateterismo vesical ou cistostomia 
- sonda uretral: de alívio ou de demora, para esvaziamento vesical 
- se a sonda não passar: realizar cistostomia 
- cistostomia por punção: realizada no paciente que não tem cirurgia prévia e com a bexiga repleta 
- cistostomia convencional: se paciente com cirurgia prévia ou não se consegue fazer com que a 
bexiga fique adequadamente repleta 
- se o problema for na uretra: pode-se fazer dilatação 
 
SITUAÇÕES ESPECIAIS 
- Trauma de uretra: se o paciente tiver lesão de uretra, suspeita quando hematoma em asa de 
borboleta, hematúria de primeiro jato, sangue no meato uretral, fraturas de ísquio e púbis, quedas a 
cavaleiro → está contraindicada a passagem de sonda e é necessário realizar RX-uretrocistografia 
retrógrada (para testar viabilidade de uretra para passagem da sonda) 
- Coágulos: cistoscopia para evacuação de coágulos ou passagem de sonda de owens e irrigação 
vesical (3 vias: insuflação, conectar bolsa coletora e conectar irrigação vesical) 
- Parafimose: anel fibrótico que pode levar à retenção urinária 
- Cálculos uretrais: remoção por cirurgia endoscópica ou empurrar de volta para bexiga com sonda 
(para resolver a obstrução e tratar o cálculo posteriormente 
- Medicamentos: anticolinérgicos (bexiga neurogênica), broncodilatadores, antidepressivos, antigripais 
ANA JU XLII 
34 
 
- Pós-operatório: agentes anestésicos com ação anticolinérgica ou alfa adrenérgica 
- Hidratação trans operatória: bexiga fica muito repleta num primeiro momento, mas após o efeito da 
medicação geralmente passa 
COMPLICAÇÕES APÓS DRENAGEM VESICAL 
- Hematúria ex vacuum (rápido esvaziamento vesical): rompimento dos capilares da bexiga devido ao 
rápido esvaziamento vesical → esvaziar 100,150mL por vez, evitar realizar de forma rápida, vai 
transformar um caso tranquilo num caso que exige internação mais prolongada 
→ Hematúria ex vacuum (rápido esvaziamento vesical) – esvazie com cuidado, esvazia um pouco 
clampeia esvazia um pouco clampeia, vai demorar mas tem que fazer assim 
- Hipotensão arterial (reflexo vasovagal): bexiga muito dilatada pode diminuir retorno venoso da veia 
cava e assim diminuir DC, ter cuidado principalmente em pacientes betabloqueados idosos, podem 
não dar conta do retorno venoso após o esvaziamento rápido da bexiga 
- Poliúria pós obstrução (diurese osmótica): em casos de transplante renal inter-vivos, 8-12L de urina 
Diurese é osmotica – quando tem algum grau de deteriorização 
 
 
 
A persistência é o caminho do êxito. Ludmilla Costa XL @ludmillacostaoficial 
27 
05. LITÍASE URINÁRIA 
 EPIDEMIOLOGIA 
* Aspectos Intrínsecos 
- Hereditariedade (histórico familiar) 
- Idade: entre 3-6 década de vida, geralmente máximo 
da vida produtiva (entre 20-40) 
- Sexo: mais frequente em homens, porém vem 
aumentado em mulheres por mudanças de estilo de 
vida 
* Aspectos Extrínsecos 
- Alimentação rica em sódio e proteína animal (carne 
vermelha) -> os principais cálculos são de oxalato de 
cálcio 
- Menor ingesta de água 
- Geografia: locais mais quentes e secos (perde-se 
mais líquido pela transpiração, precisa de mais água 
para poder urinar  concentração de urina) 
-Importante que quem tem tendência a formar 
cálculo ingerir bastante líquido 
- Fator climático: maior incidência em meses mais 
quentes 
- Fatores ocupacionais: trabalhadores do “colarinho 
branco” tem mais litíase, pois a movimentação do 
corpo tem efeito protetor (mais chance de eliminar os 
cristais sem acumulá-los), trabalhadores braçais 
tomam mais água 
-As pedras que se formam no trato urinário -> tem 
várias texturas -> podem ser mais duros ou mais 
friáveis 
 Fisiopatologia da Formação de 
Cálculos 
- Complexa e multifatorial: avaliação metabólica é 
feita pelo nefrologista  avaliar eliminação de 
eletrólitos como sódio, potássio, cálcio, etc 
- Cálculo já formado: complicações são tratadas 
geralmente pelo urologista 
* Constituintes dos Cálculos Urinários (Ordem 
Decrescente) 
- Oxalato de cálcio (maior frequência) 
- Fosfato de cálcio 
- Fosfato amônio magnésio: tem muita relação com 
infecção urinária crônica por estimular a litogênese, 
microorganismos consideram o cálculo um local de 
proteção -> bactéria produtora de urease 
- Ácido úrico: não aparece no RX quando o cálculo é 
puro 
- Cistina 
- Outros: cálculos por medicamentos 
- são constituídos de matéria diferente dos cálculos 
da via biliar (que não aparecem no RX) 
- cálculo coraliforme: cálculo que ocupa o formato do 
sistema coletor, geralmente de fosfato de magnésio 
- atenção especial para os seguintes cálculos: cistina 
(indica problema hereditário) e fosfato amônio 
magnésio (indica mais chance de ser cálculo 
coraliforme, cálculo grande) 
*Os núcleos dos cálculos podem ser compostos por 
outros componentes: corpo estranho, papila renal 
 Quadro Clínico 
* Agudo 
- Cólica renal ou ureteral -> costumam obstruir nos 
estreitamentos fisiológicos -> causada por obstrução 
aguda 
-Dor por distensão da cápsula, dor irradiada (no 
homem dói no dorso e testículo homolateral) 
- cálculo na JUP: a dor é abrupta, insuportável e sem 
alívio com posições, pode ser referida para testículo 
no homem e nas gônadas nas mulheres 
- quando impactação no cruzamento dos vasos 
ilíacos: faz diagnóstico diferencial com apendicite, 
diverticulite, gravidez ectópica 
- cálculo na JUV: sintomas vesicais irritativos 
(polaciúria, disúria, urgência miccional) que fazem 
diagnóstico diferencial com ITU  lembrar que pode 
ser um pequeno cálculo e não ser infecção urinária, 
cuidado com uso de antibióticos desnecessariamente 
- cálculo só causa dor quando se desloca para uma 
posição obstrutiva 
OBS: estreitamentos fisiológicos do ureter JUP, 
cruzamento com vasos ilíacos e JUV. Próximo do 
cruzamento dos vasos uterinos pode ter um 
estreitamento fisiológico, o ureter passa posterior ao 
vasos uterinos 
*Quando o cálculo impacta entre os vasos ilíacos -> 
dor na região inguinal -> pode simular uma apendicite 
aguda do lado direito e do lado esquerdo diverticulite 
*O que causa dor: é o tamanho da obstrução do 
cálculo -> se for um cálculo pequeno, pode causar 
sintomas apenas irritativos quando chegam na 
vesícula 
*A outra forma de descobrir os cálculos é acidental: 
através de um exame de imagem 
 Anamnese e Exame Físico 
- Questionar início da dor, local, se está urinando 
- Taquicardia, taquipneia, PA aumentada 
- Rim geralmente impalpável (paciente magro talvez 
consegue palpar rim direito) 
- Giordano: realizar percussão na loja renal, de forma 
suave 
- Digito-pressão: para diferenciar dor renal de dor 
osteomuscular 
-Normalmente o paciente tem dor na palpação 
profunda apenas 
-Podemos fazer uma palpação bimanual 
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é um composto químico inorgânico que forma cristais monoclínicos aciculares
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A persistência é o caminho do êxito. Ludmilla Costa XL @ludmillacostaoficial 
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*Paciente com cólica renal -> ANALGESIA! (antes 
disso perguntar se tem alergia, se está grávida, se é 
nefropata – perguntar sobre volume urinário) -> 
costumamos usar AINES 
*Insuficiência renal: para a cólica renal ter uma insuf 
renal após cálculo renal -> algumas condições -> 
obstrução intensa, não passa urina, ausência do outro 
rim funcional ou anatômica -> nesses pacientes, não 
usar anti-inflamatório 
 Exames Complementares 
- dependendo do quadro clínico do paciente 
(suspeita) e da disponibilidade local 
- QUE/ urocultura com TSA -> solicitado quando tiver 
suspeita de infecção associada 
- Hemograma 
- Ureia e creatinina -> suspeita de insuficiência renal 
associada 
- RX simples de abdome: de difícil interpretação, 
alguns cálculos geralmente não aparecem 
- USG: ureter é dificilmente avaliado pelo USG pelas 
características anatômicas do ureter, mas para rim é 
bom (dilatação dos cálices, sombra acústica 
posterior) e para ureter terminal também -> operador 
proximal 
- Urografia excretora e pielografia retrógrada: quase 
não se faz mais, ultrapassados, não tem grande 
qualidade 
- TC helicoidal sem contraste: é o padrão ouro 
*Os pacientes transplantados tem seus rins na pele 
 Sinais de Alerta 
- Cólica renal refratária ao tratamento ambulatorial + 
não conseguir urinar: atenção, pode ser um caso de 
rim único (anatômico ou funcional) ou em caso raro 
formar cálculo bilateral 
- Febre: sinal de infecção (estase urinária  meio de 
cultura  disseminação hematogênica  sepse) 
-Insuficiência renal aguda associada ao cálculo 
- Profissões como pilotos de avião -> não deixar com 
cálculo -> resolver rápido 
 Decisão de Tratamento 
- Hospitalizar: cólica + infecção (febre), cólica + 
anúria, cólicas recorrentes e refratárias ao tratamento 
ambulatorial 
- Analgesia: AINES são os que mais aliviam a dor 
(mecanismo da dor tem relação com 
prostaglandinas), mas deve-se avaliar a função renal 
pois são nefrotóxicos; outro grupo utilizado são os 
opióides 
 Tratamento 
* Observação Conservadora + Alívio da 
Obstrução 
- cálculo pequenos de até 6mm geralmente são 
eliminados espontaneamente 
- medicamentos alfa-bloqueadores (Tansulosina) 
podem relaxar o ureter 
- em algumassituações, é interessante primeiro 
resolver a obstrução e depois remover o cálculo 
*O alívio da obstrução pode ser feita: 
- Cateter mono J: nefrostomia percutêna 
- Cateter duplo J: é fenestrado, precisa ter as duas 
pontas curvas por conta da peristalse ureteral (o 
ureter transposta a urina de forma ativa) primeiro 
resolve a obstrução, ATB se necessário, resolver a 
insuficiência renal e posteriormente programar a 
cirurgia 
* Remoção do Cálculo 
- Agentes de dissolução: medicações que alcalinizem 
a urina e ajudem a dissolver o cálculo -> mais eficiente 
no cálculo de ácido úrico 
- Litotripsia extracorpórea por ondas de choque 
- Extração ureteroscópica do cálculo: transuretral 
- Nefrolitotripsia percutânea 
- Cirurgia videolaparoscópica ou aberta 
* Correção de Anormalidades Metabólicas 
- Análise do cálculo 
- Dosagens sanguíneas e urina de 24hrs 
- descobrir qual a causa da formação de cálculos 
 Outras Localizações dos Cálculos 
- Cálculos na bexiga, uretra, próstata, vesícula 
seminal, prepucial 
- pacientes que introduzem corpos estranhos na 
uretra, pacientes com fimose, etc 
 
 
 
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pelve*
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quando há uma obstrução das vias urinárias na pelve, que impede a drenagem normal da urina para a bexiga.
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