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Anatomia dos Dentes Decíduos • Dentes Decíduos: -Menores que os permanentes -Grau de atrição maior -Raiz tem vida curta (se reabsorve após 1 ou 2 anos de formação) -A forma dos incisivos e caninos copia a dos homônimos permanentes; o segundo molar se assemelha aos primeiros molares permanentes; os primeiros molares decíduos têm forma própria -Diferenças →As coroas dos decíduos são mais baixas e largas →Tem o colo com maior constrição →As bossas cervicais são muito proeminentes →Os sulcos e outras depressões são pouco marcados →As raízes são longas em proporção à coroa e mais retilíneas →Nos molares, o bulbo radicular é curto e as raízes são divergentes →O esmalte é mais delgado • Incisivos e Caninos: -As coroas são muito baixas e largas →Nos incisivos e caninos superiores isso faz com que o diâmetro mésio-distal predomine sobre o cérvico-incisal -As faces de contato e a bossa vestibular são mais convexas →Resulta no colo estreitado →A raiz não se desvia para a distal • Segundos Molares: -Maiores que os primeiros molares (ao contrário da dentição permanente) -Modelo quase exato dos primeiros molares permanentes, sendo que os superiores possuem até mesmo o tubérculo de Carabelli -A maior diferença está na área do colo, o qual presenta nítida constrição devido ao grande desenvolvimento da bossa vestibular e pronunciada divergência das raízes (para alojar os germes dos dentes permanentes) • Primeiro Molar Superior: -Tem anatomia própria -Mais próximo morfologicamente do pré-molar superior permanente -Possui quatro cúspides, mas a disto-lingual está frequentemente ausente e a disto-vestibular é bastante reduzida -As cúspides mésio-vestibular e mésio-lingual são bem desenvolvidas, em semelhança às vestibular e lingual do pré-molar superior -Intermediário entre pré-molar e molar -Face Vestibular →Possui uma borda oclusal praticamente horizontal, na qual se destaca apenas a projeção suave da cúspide mésio-vestibular →Bordas mesial e distal pouco convergentes →No terço cervical há elevação bem distinta logo abaixo da raiz mésio-vestibular ⇒É ampla o suficiente para aumentar a altura da metade mesial da coroa, e saliente a ponto de ser chamada de tubérculo (molar ou de Zuckerkandl) →Os dois terços oclusais são bastante inclinados para a lingual -Face Lingual →Retangular, convexa, também tem os dois terços oclusais inclinados para a vestibular, mas em menor grau -Faces de Contato →A face mesial é maior →As bordas vestibular e lingual convergem fortemente para a oclusal →O tubérculo molar mostra-se saliente por este ângulo -Face Oclusal →A coroa é mais larga na borda vestibular do que na lingual →Um sulco mésio-distal divide a coroa em partes vestibular e lingual, dominadas pelas cúspides mésio-vestibular e mésio-lingual, respectivamente →As cúspides restantes são diminutas e, logo que sobrevém o desgaste, elas desaparecem -Raiz →As raízes equivalem-se em número, posição e forma às do segundo molar superior, com diferença de serem mais delgadas, divergentes e não terem a base comum de implantação, que é o bulbo radicular →Saem diretamente da coroa • Primeiro Molar Inferior: -Difere-se do superior por ser molariforme -Possui quatro cúspides, sendo duas vestibulares e duas linguais -Face Vestibular →Retangular, com a borda oclusal mostrando o contorno das cúspides vestibulares em dentes sem ou com pouco desgaste →As bordas mesial e distal são paralelas, sendo a mesial reta e mais alta e a distal curva (convexa) →No terço cervical, acima da raiz mesial, há saliência similar à do dente homônimo superior -o tubérculo molar →A face vestibular é inclinada para a lingual -Face Lingual →Menor que a vestibular, bastante convexa, com as cúspides linguais fazendo pouca saliência na borda oclusal -Faces de Contato →Muito espessas cervicalmente, perdem a espessura à medida que se aproximam da oclusal ⇒Isso ocorre por conta da presença do tubérculo molar, combinada com a grande inclinação lingual da face vestibular -Face Oclusal →Alongada na direção mésio-distal →O ângulo mésio-vestibular é proeminente por causa do tubérculo molar →As quatro cúspides são separadas por sulcos irregulares mésio-distal e vestíbulo-lingual, que se cruzam nas proximidades da crista marginal distal →Frequentemente uma ponte de esmalte liga a cúspide mésio-vestibular à mésio-lingual, interrompendo o sulco mésio-distal e provocando o aparecimento de duas fossetas ⇒Uma mesial, menor e outra distal, maior -Raiz →As raízes mesial e distal são delgadas, achadas mésio-distalmente, bem separadas e a furca fica próximo à linha cervical Dentes Anteriores • Incisivo Central Superior (11 e 21): -Possui inclinação mesiodistal de 3° e vestibulolingual de 17° -Flor-de-Lis -Os sulcos de desenvolvimento resultam da fusão de 3 lobos (ou lóbulos), que têm diferentes tamanhos →No sentido incisocervial: mesial > médio ≥ distal →No sentido mesiodistal: lobo distal > médio > mesial -Na fusão dos lobos, a borda incisal apresenta um aspecto serrilhado, formando uma figura denominada flor-de-Lis • Incisivo Lateral Superior (12 e 22): -Possui três lóbulos de desenvolvimento -Alguns incisivos apresentam apenas um sulco incisal (divisão do lóbulo mediano e mesial) -As cristas marginais são muito desenvolvidas e apresentam, na maioria dos dentes, um forame cego muito pronunciado Comparativo entre os incisivos centrais e laterais superiores -Volume: central>lateral -Proporção coroa/raiz: central = 1; lateral > 1 -Detalhes da face lingual: mais discretos no central -Ângulo mesioincisal: próximo de 90° no central; arredondado no lateral -Ângulo distoincisal do lateral apresenta forte e marcante arredondamento, sendo que o ponto de contato distal ocorre no terço médio -Superfície vestibular: plana no central e arredondada no lateral -Raiz: mais calibrosa, de secção circular e curvatura mais branda para distal no central, secção ovoide e uma pequena compressão no sentido mesiodistal e, em alguns casos, apresenta curvatura para palatal • Incisivo Central Inferior (31 e 41): • Incisivo Lateral Inferior (32 e 42): Comparativo entre os incisivos centrais e laterais inferiores -O lateral possui todas as dimensões maiores que as do central -O ângulo mesioincisal é mais arredondado no lateral, assim como o ângulo distoincisal -A parede mesial da raiz e da coroa do central forma praticamente uma reta, enquanto no lateral forma um ângulo • Canino Superior (13 e 23): • Canino Inferior (33 e 43): Comparativo -A medida vestibulolingual e a altura da coroa (medida vestibular) são maiores nos inferiores; as outras dimensões são maiores nos superiores -A face mesial da coroa forma uma reta com a face mesial da raiz no inferior, enquanto no superior essas faces formam um ângulo -Quase sempre o terço apical da raiz do inferior é voltada para mesial, enquanto no superior, para distal -Os detalhes anatômicos da face lingual do canino inferior (cristas, bossa e cíngulo) são menos evidenciados que as do superior Dentes Posteriores • Primeiro Pré-Molar Superior (14 e 24): • Segundo Pré-Molar Superior (15 e 25): Comparativo Primeiro Segundo Cúspide vestibular > Cúspide lingual Crista marginal mesial < Crista marginal distal -Geralmente, o primeiro pré-molar apresenta duas raízes, cúspide vestibular mais volumosa e mais alta do que o segundo, e sulco principal deslocado para palatina -O segundo apresenta, geralmente, raiz única, cúspide vestibular menos volumosa e mais baixa do que o primeiro, e sulco principal centralizado • Primeiro Pré-Molar Inferior (34 e 44): -Possui uma cúspide lingual pouco desenvolvida, proporcionalmente muito menor que avestibular -As vertentes internas das cúspides podem, muitas vezes, formar uma ponte de esmalte -Esse dente possui uma raiz, mas é comum encontrá-lo com duas raízes ou menos com uma com forte estrangulamento em seus terços médio e apical -Apresenta sulco mesiodistal deslocado para lingual e interrompido pela ponte de esmalte -Inclinação de 45° do plano oclusal em relação ao horizontal, uma vez que a cúspide vestibular é mais volumosa e alta que a lingual -Apresenta duas fossas, sendo a distal maior e deslocada para a lingual • Segundo Pré-Molar Inferior (35 e 45): -Pode ser bi ou tricuspidado (2 cúspides linguais) -É o dente que apresenta maior variação no formato da face oclusal, podendo ter um formato quadrado, trapezoidal ou triangular (vista oclusal) -No dente tricuspidado, as faces proximais podem ser convergentes para a lingual ou para vestibular ou paralelas, dependendo do volume da cúspide distolingual -A fossa central é deslocada para lingual e os sulcos principais apresentam forma de Y -As cúspides, em ordem decrescente de volume, denominam-se vestibular, mesiolingual e distolingual, apresentando altura semelhante -O primeiro possui face oclusal em forma ovoide, sulco principal mesiodistal interrompido pela ponte de esmalte e uma cúspide lingual com volume e altura bem menores que a vestibular Como consequência, o plano oclusal tem uma inclinação de 45° -A crista marginal mesial é muito maior que a distal, e esta, por sua vez, pode apresentar um sulco mesial que se estende para a lingual -O segundo possui a face oclusal em forma pentagonal, sulco mesiodistal contínuo e pode apresentar uma ou duas cúspides linguais SUPERIOR INFERIOR Diâmetro vestibulolingual ↓ Maior que ↓ Sulco mesiodistal Reto contínuo Pode ser curvo Fossas mesiodistais Alinhadas Distal deslocada para a lingual -As cúspides vestibular e palatina de pré-molares superiores são piramidais, sendo a cúspide palatina deslocada para mesial. Nos inferiores, a cúspide vestibular é piramidal e a lingual é globulosa e centralizada (no caso dos bicuspidados) -A crista marginal é paralela ao plano horizontal nos superiores, mas nos inferiores, apresenta acentuada inclinação -A convergência das faces livres para oclusal pode ser acentuada nos superiores e discreta ou ausente nos inferiores -Os pré-molares podem ser uni ou birradiculados, entretanto, os superiores são os que apresentam, frequentemente, duas raízes. Ocasionalmente, os inferiores também podem apresentar duas raízes No superior, esta separação é nítida, ao contrário do inferior -O diâmetro vestibulolingual é maior nos superiores, enquanto nos inferiores os diâmetros mesiodistal e vestibulolingual são semelhantes -O ápice radicular ou a bifurcação estão alinhados com o sulco mesiodistal em ambos, o ápice radicular alinha-se com a ponta da cúspide vestibular -Em um corte cervical, os superiores apresentam secção em forma de 8 e os inferiores, oval • Primeiro Molar Superior (16 e 26): -Ordem decrescente do tamanho das cúspides: mesiolingual (ML) > mesiovestibular (MV) > distovestibular (DV) > distolingual (DL) -A convergência é para vestibular, pois a face lingual é maior que a vestibular e a crista marginal mesial, maior que a distal (devido ao volume da cúspide DP ou DL) -Possui 5 vertentes, sendo 3 internas: distal (delimitada pela aresta transversal distal), mediana (delimitada pelas arestas transversal interna mesial e transversal interna distal) e a vertente interna mesial. Tendo duas vertentes externas: mesial e distal (delimitadas pela vertente transversal externa) -Tubérculo de Carabelli é uma saliência de esmalte na vertente externa da cúspide mesiolingual do primeiro molar superior. Apesar de ser apresentado como estrutura indicativa desse dente, o tubérculo é, na verdade, uma exceção à regra, pois está presente na minoria. Pode ser encontrado também nos terceiros molares superiores • Segundo Molar Superior (17 e 27): -Pode ser tricuspidado ou tetracuspidado (uma ou duas cúspides linguais) -Sulcos principais: mesiodistal, oclusovestibular e oclusolingual -Fossas principais: mesial e distal -Pode apresentar 4 cúspides: 2 vestibulares e 2 linguais (ou palatinas). Em uma vista oclusal, as cúspides, em ordem decrescente de volume: mesiolingual (ML), mesiovestibular (MV), distovestibular (DV) e distolingual (DL) -Por apresentar 2 vestibulares, o tetracuspidado apresenta 3 sulcos e 2 fossas principais -O sulco principal oclusolingual não termina em fosse e é inclinado -Sulcos principais: mesiodistal e oclusovestibular -Fossa principal: central -O tricuspidado apresenta 2 cúspides vestibulares e uma lingual, não tendo, portanto, o sulco oclusolingual.Em uma vista oclusal, em ordem decrescente de volume: lingual ou palatina (L), mesiovestibular (MV) e distovestibular (DV) -Os sulcos principais em forma de T separam as cúspides -Por apresentar apenas uma lingual, o tricuspidado não apresenta sulco oclusolingual -Uma ocorrência rara é um tubérculo na face vestibular do segundo molar superior Comparativo -Os molares superiores diferem entre si quanto a →Volume da coroa: 1° > 2° > 3° →Número de cúspides: 1° tetracuspidado; 2° tri ou tetracuspidado; 3° variável →Diferença entre tamanho das faces livres 3° > 2° > 1° →Tamanho da cúspide distovestibular: 1° > 2° > 3° →Convergência: 1° vestibular; 2° lingual ou palatina; 3° variável →Número de sulcos ou fossas principais: 1° dois sulcos e uma fossa; 2° dois ou três sulcos, uma ou duas fossas; 3° número de sulcos e fossas variável →Ponte de esmalte e tubérculo de Carabelli: 1° presente; 2° ausente; 3° ausente →Altura das cúspides vestibulares:1° semelhantes; 2° e 3°distal menor que mesial →Raízes: 1° tendem a divergir; 2° tendem a convergir; 3° um, dois ou multirradiculados ⇒Tendem a convergir e apresentar dilacerações -O segundo molar pode ser tri ou tetracuspidado e apresentar a face oclusal em forma trapezoidal, romboide semelhante ao primeiro molar, de losango ou triangular -Nos casos em que o segundo molar é tricuspidado ou tem forma de triângulo, não há dificuldade para identificá-lo. Entretanto, quando tetracuspidado, assemelha-se ao primeiro molar pelo fato de que →O primeiro é maior que o segundo →O volume da cúspide distolingual é maior no primeiro →A ponte de esmalte e o tubérculo de Carabelli estão presentes somente no primeiro →O diâmetro mesiodistal da face lingual é maior que o da face vestibular somente no primeiro • Primeiro Molar Inferior (36 e 46): -Sulcos principais: Mesiodistal; Oclusovestibular mesial; Oclusovestibular distal; Oclusolingual -Fossas: Mesial; Central; Distal -As cúspides, em ordem decrescente de volume: Mesiovestibular (MV), mesiolingual (ML), distolingual (DL), mediana (M) e distovestibular (DV) -Na face vestibular, observa-se o sulco principal oclusovestibular mesial, que se caracteriza por terminar em fossa e ser paralelo ao longo eixo do dente; o sulco oclusovestibular distal caracteriza-se por não terminar em fossa, apresentar inclinação de mesial para distal e ser menor que o oclusovestibular mesial • Segundo Molar Inferior (37 e 47): -Sulcos principais: Mesiodistal; Vestibuloclusal -Fossa central -Apresenta quatro cúspides: 2 vestibulares e 2 linguais, sendo, em ordem decrescente de volume: Mesiovestibular (MV), mesiolingual (ML), distovestibular (DV) e distolingual (DL) -Apresenta sulcos principais em forma de cruz Comparativo -A diferença fundamental é que o primeiro possui 5 cúspides (3vestibulares) e o segundo, 4 -Nos superiores, a proporção entre a distância vestibulolingual e a mesiolingual é menor que a mesma proporção nos inferiores -Os superiores apresentam a face palatina mais convexa e inclinada do que a vestibular, enquantonos inferiores as faces vestibulares são mais convexas do que as linguais -Os superiores podem apresentar 3 ou 4 cúspides, 2 ou 3 sulcos principais e ponte de esmalte; já os inferiores, 4 ou 5 cúspides, 2 ou 4 sulcos principais -O primeiro molar superior apresenta sulco oclusolingual e tubérculo de Carabelli e o segundo pode ou não apresentar sulco oclusolingual e não apresenta o tubérculo; já o primeiro molar inferior apresenta dois sulcos separando as cúspides vestibulares, o oclusovestibular mesial e o oclusovestibular distal -Superiores: Em vista mesial, a cúspide lingual é mais alta que a vestibular; por distal, é o contrário -Inferiores: Em vista vestibular (lingual), as cúspides mesiais são mais altas que as distais; por proximal, as cúspides linguais são mais altas que as cúspides vestibulares -Os superiores apresentam 3 raízes, 2 vestibulares e 1 lingual, sendo a raiz palatina a maior e a distovestibular a menor. Por apresentarem comprimentos e diâmetros diferentes, de acordo com a face observada, é possível ver 1, 2 ou todas as raízes -Os inferiores apresentam 2 raízes, 1 mesial e 1 distal. Portanto, quando observados, por uma de suas faces livres, é possível observar ambas as raízes. Entretanto, quando observados por uma de suas faces proximais, é possível ver uma ou duas raízes, uma vez que a mesial é menor que a distal, tanto no sentido vestibulolingual quanto no cervicoapical
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