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Síntese 1 - Física Térmica

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Texto: A Termometria: de Galileu a Fahrenheit
Autor: Alexandre Medeiros
Para iniciar esta síntese, é interessante trazer alguns pontos que chamaram a
atenção durante a leitura:
- Não fica claro a diferença entre os estudos de termometria, calorimetria e
termodinâmica
- A construção de uma área do conhecimento, ainda que bem estabelecida
atualmente, se mostra como uma construção humana permeada de
incertezas e erros em relação ao desconhecido.
- Os sujeitos que participaram da construção, seguem um gênero e uma
posição econômica e social bem definidas
- Existem “idas e vindas” que precisaram ser estudadas e revisitadas em
alguns momentos, por exemplo, o pensamento de gregos antigos durante o
desenvolvimento de experimentos na idade média e na idade moderna.
Nos dias modernos, há uma certa facilidade na obtenção de termômetros e
na definição do que se pode entre com calor. Porém, com a leitura do texto, fica
mais claro que a definição de alguns parâmetros e escalas (que inclusive causam
algumas confusões atualmente), demandam diferentes abordagens para chegarem
no estágio atual. O primeiro problema encontrado é como obter medições precisas e
com pontos constantes sem ter o controle sobre algumas variáveis que podem
afetar o sistema?
Isso significa dizer que, inclusive atualmente, quando fazemos algumas
observações temos que assumir alguns pressupostos acerca daquele
conhecimento. Essa afirmação fica clara quando assumimos, por exemplo, a escala
Celsius - ela implica em aceitar que existe um ponto constante de ebulição (100ºC)
e o ponto de fusão da água (0ºC) - esses pressupostos indicam uma vertente
teórica a ser assumida e que nem sempre foi hegemônica na academia. Segundo o
texto, foi possível perceber que em alguns momentos era utilizado apenas um ponto
de referência, enquanto em outros, dois pontos de referência eram utilizados para a
construção da escala. Ainda assim, apesar de utilizar diferentes formas de propor
uma escala, ambas mostravam vantagens e desvantagens a serem consideradas
na época.
Outro ponto interessante, é perceber que conforme a ciência avança, ela
caminha junto com outras descobertas, que inicialmente podem parecer isoladas,
mas que com o tempo se mostram estreitamente ligadas. Um exemplo disso, é o
estudo do termômetro sem considerar a pressão causada pelo ar, onde as
diferentes condições de cada lugar poderiam afetar nas medições realizadas pelos
termômetros (ou melhor, termoscópios) construídos (que inclusive não eram
selados). Ou seja, a busca pelos parâmetros a serem definidos por diferentes
grupos de estudo era construída com base nos aparatos e materiais disponíveis,
assim como nos conhecimentos que possuíam sobre o sistema macroscópico que
eles tentavam controlar.
Nessa história, vemos nomes importantes que contribuíram de diferentes
formas, como Joseph Black, Isaac Newton e Robert Boyle. Isso mostra o quanto a
ciência é construída de forma não linear, com alguns momentos em que surgem
alguns avanços aparentes, enquanto em outros, parece existir uma espécie de
regressão, se analisado na perspectiva do conhecimento atual. Como exemplo final
a essa situação, é a imprecisão da escala e como ela foi trabalhada ao longo do
tempo.

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