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Apostila Sintaxe do Português

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SINTAXE DO PORTUGUÊS 
1 
 
 
SINTAXE DO PORTUGUÊS 
BELO HORIZONTE / MG 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
2 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 CONCEITO DE SINTAXE ANALISE DA LINGUA PORTUGUESA .......................... 5 
1.1 Tipos de frase ................................................................................................................. 6 
1.2 Elementos da sintaxe ...................................................................................................... 7 
2 CONCEITOS DE SINTAXE E FRASE ..................................................................... 7 
3 ANÁLISE SINTÁTICA.............................................................................................. 8 
3.1 Termos da oração ........................................................................................................... 8 
3.2 Predicação Verbal ......................................................................................................... 10 
3.3 Termos Integrantes da Oração ...................................................................................... 10 
3.4 Termos Acessórios da Oração ...................................................................................... 11 
4 AS LEIS SINTÁTICAS ........................................................................................... 14 
4.1 O campo de atuação da Sintaxe ................................................................................... 15 
5 MORFOSSINTAXE ............................................................................................... 18 
5.1 O que é morfossintaxe? ................................................................................................ 19 
6 MORFOSSINTAXE DO COMPLEMENTO NOMINAL ........................................... 22 
7 ANÁLISE SINTÁTICA E ANÁLISE MORFOLÓGICA ............................................. 23 
7.1 Morfologia ..................................................................................................................... 23 
7.2 Morfologia: aprofundando o conhecimento gramatical................................................... 25 
8 SUBSTANTIVOS ................................................................................................... 27 
8.1 Classificação dos substantivos ...................................................................................... 28 
8.2 Flexões dos substantivos .............................................................................................. 29 
9 PREDICADO VERBAL .......................................................................................... 30 
10 ADJUNTO ADNOMINAL ..................................................................................... 32 
10.1 Locução adjetiva .......................................................................................................... 33 
10.2 Pronome adjetivo ......................................................................................................... 33 
10.3 Oração adjetiva ............................................................................................................ 34 
11 ANALISE DA LINGUA PORTUGUESA ............................................................... 34 
11.1 Sintaxe e Semantica..................................................................................................... 34 
12 SEMÂNTICA ....................................................................................................... 36 
12.1 O que é Semântica? ..................................................................................................... 36 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
3 
 
12.2 Sinônimos e Antônimos ................................................................................................ 36 
12.3 Homônimos e Polissemia ............................................................................................. 36 
12.4 Hiperônimo e Hipônimo ................................................................................................ 37 
13 FONOLIGIA, MORFOLOGIA, SINTAXE E SEMÂNTICA ..................................... 38 
14 SINTAXE: A ESTRUTURA DAS SENTENÇAS: SIMPLES E COMPLEXAS DO 39 
PORTUGUÊS ........................................................................................................... 39 
14.1 Categorias gramaticais ................................................................................................. 40 
14.2 Os constituintes ............................................................................................................ 44 
14.3 Ambiguidades estruturais ............................................................................................. 45 
14.4 A relação núcleo e argumentos .................................................................................... 46 
15 FUNÇÕES SINTÁTICAS NA ORAÇÃO NIVEL ORACIONAL .............................. 47 
16 SINTAXE DA COLOCAÇÃO ............................................................................... 50 
16.1 Colocação dos Termos na Oração ............................................................................... 50 
16.2 Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos ................................................................. 50 
16.3 Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos em Locuções Verbais ............................... 54 
17 SINTAXE CONCORDÂNCIA ............................................................................... 55 
17.1 Concordância Verbal .................................................................................................... 56 
17.2 Concordância Nominal ................................................................................................. 64 
18 SINTAXE DE REGÊNCIA.................................................................................... 68 
18.1 Regência Verbal e Nominal .......................................................................................... 69 
19 VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS .................................................................... 70 
20 VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS................................................................. 71 
21 VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS OU INDIRETOS .......................................... 73 
21.1 Verbos Transitivos Diretos e Indiretos .......................................................................... 75 
22 REGÊNCIA NOMINAL ........................................................................................ 76 
23 SINTAXE E PONTUAÇÃO .................................................................................. 78 
23.1 Pontuação .................................................................................................................... 78 
23.2 Pontuação nas frases ................................................................................................... 79 
23.3 Termos integrantes da oração e pontuação ................................................................. 80 
23.4 Termos acessórios da oração e pontuação .................................................................. 81 
24 CAMPO DE ATUAÇÃO DA SINTAXE ................................................................. 81 
25 ESTILÍSTICA PARALELISMO SINTÁTICO E PARALELISMO SEMÂNTICO ...... 82 
25.1 Paralelismo sintático..................................................................................................... 82 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
4 
 
25.2 Outros tipos de paralelismo: morfológico e rítmico ....................................................... 83 
26 A ESTILÍSTICA E O ENSINO DE PORTUGUÊS ................................................. 86 
26.1 A Estilística ................................................................................................................... 86 
26.2 Categorias estilísticas................................................................................................... 87 
26.3 Estilística fônica ............................................................................................................88 
26.4 Estilística léxica ............................................................................................................ 89 
26.5 Estilística sintática ........................................................................................................ 90 
27 TERMOS CONSTITUINTES DA ORAÇÃO - SUJEITO E PREDICADO .............. 91 
27.1 Sujeito .......................................................................................................................... 91 
28 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ...................................................................................... 96 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
5 
 
1 CONCEITO DE SINTAXE ANALISE DA LINGUA PORTUGUESA 
 
 
Sintaxe 
 
A sintaxe é o estudo das palavras dentro das frases ou orações, da relação que elas 
criam entre si para compor o significado. É também o estudo da relação das orações dentro 
do período. A sintaxe é a ferramenta usada para formar uma frase compreensível, por isso se 
as relações que as palavras estabelecem entre si dentro de uma oração mudam, o sentido 
também muda, mesmo se usarmos as mesmas palavras. Assim como na matemática, se você 
tem a operação 10 dividido por 2, o resultado será diferente caso sejam invertidos os números. 
10 dividido por 2 é igual 5, mas 2 dividido por 10 é igual a 0,2. Percebemos que com a inversão 
dos números obtivemos uns resultados diferentes. 
 
 Diferença entre frase, oração e período 
 
Para entender melhor o sentido de sintaxe, é preciso compreender os conceitos de 
frase, oração e período. Esses três elementos, apesar de possuírem significados diferentes. 
Estão diretamente ligados. São os elementos essenciais para a criação de um discurso. 
Comecemos pela frase, que possui um significado muito mais aberto. As frases têm o objetivo 
de transmitir uma mensagem, então elas podem ser formadas por apenas uma palavra ou ter 
uma complexidade muito maior. Sempre é possível reconhecer o começo e o fim de uma frase 
oralmente, e na escrita normalmente se identifica o começo por uma letra maiúscula e o final 
por um ponto. Exemplos: 
 
“Socorro! ” 
“Eu preciso que alguém envie ajuda para atender uma senhora que foi atropelada 
e já não está conseguindo respirar. ” 
Fonte: www.soportugues.com.br 
 
http://www.gramatica.net.br/oracao/
http://www.gramatica.net.br/oracao/
http://www.gramatica.net.br/periodo/
http://www.gramatica.net.br/periodo/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
6 
 
Orações e períodos possuem conceitos mais definidos. Uma oração é uma frase ou 
um fragmento dela que é formada por um verbo ou locução verbal. As frases compostas por 
orações são chamadas de períodos. Os períodos podem ser simples ou compostos, esta 
definição depende do número de orações em sua estrutura. Caso o período possua apenas 
uma oração, é chamado de período simples; se é formado por duas ou mais orações, é um 
período composto. 
Exemplos: 
 
“Pare com isso” é um período simples. 
“Pare com isso que já ficou chato” é um período composto. 
1.1 Tipos de frase 
A frase tem o objetivo de transmitir um conteúdo para alguém, e existem diversas 
maneiras para se fazer isso. Na língua portuguesa algumas dessas formas de se expressar 
já são muito comuns, e por isso a entoação delas tornou-se previsível. Esses tipos comuns 
de frases podem ser classificados conforme as categorias a seguir: 
 
• Frases declarativas: Frases que declaram ou informam algo. Podem ser tanto no 
sentido positivo quanto no negativo. 
EXEMPLOS: Frase declarativa afirmativa: “Isto vai cair”; frase declarativa 
negativa: “Isto não vai cair”. 
 
• Frases interrogativas: Frases através das quais se procura obter alguma informação 
ou faz-se um questionamento. Podem ser diretas ou indiretas. 
EXEMPLOS: frase interrogativa direta: “Isto vai cair? ”; frase interrogativa 
indireta: “Queria saber se isto vai cair”. 
 
• Frases imperativas: Normalmente empregadas em pedidos, ordens e conselhos. São 
frases que têm o objetivo de influenciar as ações do receptor da mensagem. Também 
podem ser afirmativas e negativas. 
EXEMPLOS: frase imperativa afirmativa: “Corra pelo campo”; frase imperativa 
negativa: “Não corra pelo campo”. 
 
• Frases exclamativas: Frases usadas para expressar uma emoção ou estado emotivo. 
EXEMPLO: “Isto vai cair em mim! ”. 
 
• Frases optativas: Frases usadas para desejar algo. 
http://www.gramatica.net.br/verbo/
http://www.gramatica.net.br/verbo/
http://www.gramatica.net.br/verbo/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
7 
 
EXEMPLO: “Que seu sonho se realize! ”. 
1.2 Elementos da sintaxe 
O campo de estudo da sintaxe é composto por três elementos: frase, oração e período. 
Frase é muito abrangente, logo não é necessário um estudo tão aprofundado. Oração e 
período, apesar de já terem sido definidos, ainda podem ser estudados mais a fundo. A oração 
possui alguns elementos que são fundamentais na sua constituição: 
 
• Sujeito 
• Predicado 
• Complemento 
• Adjunto 
 
2 CONCEITOS DE SINTAXE E FRASE 
De acordo com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa de Faraco e 
Moura (1996, p. 307) Sintaxe seria: “a parte da gramática que estuda as combinações 
e relações entre palavras de uma frase. ” Nesse sentido, a Sintaxe estudaria, exclusivamente, 
funções e combinações de palavras em uma Frase e isto nos remeteria a uma outra pergunta: 
o que seria frase? Em consonância com os autores acima citados, Frase seria: [...] “À unidade 
mínima de Comunicação linguística. ” (Idem, Ibidem). 
Diante desse conceito, percebe-se que a concepção de linguagem adotada por Faraco 
e Moura seria aquela em que a linguagem funcionaria especificamente para se comunicar, ou 
seja, “a linguagem como instrumento (“ferramenta”) de comunicação. ” Por isso, pode-se 
concluir, em conformidade com os autores anteriormente citados, que qualquer enunciado 
linguístico ou palavra dentro de um contexto ou não, desde que se preste para comunicar 
seria uma Frase, vejamos: 
 
Fogo! 
Socorro! 
“... Tá vendo aquele edifício moço...” 
 
Porém, pensamos que o objetivo da linguagem não seria, unicamente, para se 
comunicar, porque sabemos que o falante/ouvinte, locutor/interlocutor, autor/leitor têm 
previamente estabelecidos intenções que não são exclusivamente comunicativas, ou seja, as 
pessoas agem e reagem também através da linguagem, para perceber isto na prática, basta 
xingar alguém, maltratar para ver se não tem o “troco”. Logo, há uma concepção inadequada 
de linguagem e um conceito não muito adequado também de frase, Frase não seria um termo 
que serviria apenas para se comunicar, isto é, a nosso ver, Frase seria um enunciado 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
8 
 
linguístico dotado de sentido completo e inserido num contexto “sócio-histórico-ideológico” 
capaz não só de estabelecer comunicação, como também de informar, impressionar, 
surpreender, exaltar, animar, criticar, rebaixar, desmoralizar, enfim, provocar ou não 
interação, emoção entre falante/ouvinte, locutor/interlocutor, autor/leitor, etc. 
 Por conseguinte, dizer que a análise sintática estuda as relações e combinações entre 
as palavras de uma Frase seria um absurdo, porque, segundo o que vimos sobre o conceito 
de Frase dado pela gramática escolar (no nosso caso, a do Faraco e Moura), Frase poderia 
ser apenas uma palavra (conferir exemplos: a b), diante desse fato, como analisar 
sintaticamente Frases como estas? Já que Frases como (a), (b) são formadas apenas por 
uma palavra e como “estudar as relações e combinações entre as palavras dessas Frases?” 
Nesse sentido, antes de iniciarmos o processo de ensino e a aprendizagem da Sintaxe 
da Língua Portuguesa, devemos não só levar em consideração estes fatos, mas ter em mente 
uma concepção adequada de Sintaxe. E o que realmente seria Sintaxe? Sintaxe, a nosso ver, 
seria uma parte das gramáticas (já que nãoexiste apenas um único tipo de gramática) que 
estuda as relações, combinações e funções das palavras não de uma Frase, mas sim de uma 
Oração, entendendo a oração não só como um enunciado linguístico que tem todas as 
características de uma Frase (ver o que dissemos antes sobre Frase), mas também como 
uma expressão composta por mais de duas palavras cuja característica marcante seria 
obrigatoriamente a presença de um ou mais verbos. 
Dessa forma, toda Oração pode ser considerada uma Frase, porém, a relação não é 
recíproca, ou seja, nem toda Frase pode ser uma Oração, a não ser que no bojo dessa Frase 
haja a presença de um ou mais verbos. 
 
3 ANÁLISE SINTÁTICA 
A análise sintática é a parte da gramática que estuda a função e a ligação de cada 
elemento que forma um período. Há também a análise morfológica. Essa é a parte da 
gramática que estuda individualmente cada elemento que forma um enunciado linguístico, ou 
seja, independentemente da sua função. 
A análise morfossintática, por sua vez, analisa os elementos do mesmo enunciado 
linguístico sintática e morfologicamente. 
 
3.1 Termos da oração 
A oração é dividida de acordo com a função que exerce. Essa divisão é feita através 
de termos, os quais podem ser essenciais, integrantes ou acessórios. 
 
 Termos Essenciais da Oração 
Os termos essenciais são os termos básicos, que geralmente formam uma oração. 
Trata-se do sujeito e do predicado. Vale lembrar que nem sempre a oração tem sujeito. 
 
https://www.todamateria.com.br/termos-essenciais-da-oracao-sujeito-e-predicado/
https://www.todamateria.com.br/termos-essenciais-da-oracao-sujeito-e-predicado/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
9 
 
 Sujeito 
O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. O núcleodo 
sujeito é a palavra que tem mais importância, é o principal termo contido no sujeito. 
 
Exemplos: 
Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. 
(pessoa é o núcleo do sujeito Uma pessoa) 
 
O casal saiu para jantar. 
(casal é o núcleo do sujeito O casal) 
 
O sujeito pode ser: 
 
Determinado quando é identificado na oração ou indeterminado quando não é possível 
identificá-lo, por exemplo, se o verbo não se refere a alguém determinado na oração. Os 
sujeitos determinados, por sua vez, se dividem em: 
 
• Simples quando tiver apenas um núcleo. 
• Composto quando tiver dois ou mais núcleos. 
 
Nem sempre o sujeito está expresso na oração. Quando isso acontece, estamos diante 
do sujeito oculto, elíptico ou desinencial. 
 
 
Predicado 
O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração, 
todo o resto faz parte do predicado. 
Exemplos: 
Está um calor! ( oração sem sujeito ) 
Estão chamando aí à porta. ) sujeito indeterminado ( 
A Ana acabou de chegar. ) ( sujeito simples 
Caderno, lápis e borracha estão na mochila. ( sujeito composto ) 
Agi conforme suas orientações. ( sujeito oculto: eu ) 
https://www.todamateria.com.br/sujeito/
https://www.todamateria.com.br/sujeito/
https://www.todamateria.com.br/sujeito/
https://www.todamateria.com.br/predicado/
https://www.todamateria.com.br/predicado/
https://www.todamateria.com.br/predicado/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
10 
 
3.2 Predicação Verbal 
• Verbos Intransitivos: Os verbos intransitivos não necessitam de complemento porque 
têm sentido completo. 
• Verbos Transitivos: Os verbos transitivos necessitam de complemento porque não têm 
sentido completo. 
 
Exemplos: 
Acordei! (verbo intransitivo) 
O velhinho morreu ontem. (verbo intransitivo) 
Vou preparar o jantar. (verbo transitivo) 
O velhinho contou uma história. (verbo transitivo) 
 
• Verbos de Ligação: Os verbos de ligação não indicam uma ação, mas sim uma forma 
de estar. 
 
Exemplos: 
Esta matéria é extensa. 
O estudante está com atenção. 
 
O Predicativo do sujeito e o Predicativo do objeto são complementos que informam 
algo ou atribuem uma característica a respeito do sujeito ou do objeto. 
Esse complemento pode seguir (ou não) um verbo de ligação. 
 
Exemplos: 
Esta matéria é extensa. (extensa=predicativo do sujeito) 
O rapaz brigou e deixou a namorada infeliz. (infeliz=predicativo do objeto) 
3.3 Termos Integrantes da Oração 
 Complemento Verbal 
Os complementos verbais são os termos utilizados para completar o sentido dos 
verbos transitivos. Assim, os verbos transitivos subdividem-se em: 
 
• Transitivos Diretos – exigem complemento sem preposição obrigatória (Objeto Direto). 
• Transitivos indiretos – exigem complemento com preposição (Objeto Indireto). 
https://www.todamateria.com.br/verbos-de-ligacao/
https://www.todamateria.com.br/verbos-de-ligacao/
https://www.todamateria.com.br/verbos-de-ligacao/
https://www.todamateria.com.br/termos-integrantes-da-oracao/
https://www.todamateria.com.br/termos-integrantes-da-oracao/
https://www.todamateria.com.br/complemento-verbal/
https://www.todamateria.com.br/complemento-verbal/
https://www.todamateria.com.br/complemento-verbal/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
11 
 
• Transitivos Diretos e Indiretos - exigem dois complementos, um sem e um com 
preposição. (Objeto Direto e Indireto). 
 
Exemplos: 
Ganhei flores. (verbo transitivo direto) 
Preciso de um bom café. (verbo transitivo indireto) 
Ganhei flores do João. (verbo transitivo direto e indireto) 
 
 Complemento Nominal 
O complemento nominal é o termo utilizado para completar o sentido de um nome 
(substantivo, adjetivo ou advérbio). 
 
Exemplos: 
Os idosos têm necessidade de afeto. 
A professora estava orgulhosa dos seus alunos. 
 
Agente da Passiva 
Agente da passiva é o termo que indica quem executa a ação, na voz passiva e vem 
sempre seguido de preposição. 
 
Exemplos: 
O bolo foi feito por mim. 
(por mim é o agente da passiva. Na voz ativa a oração seria: Eu fiz o bolo.) Os 
índios foram catequizados pelos jesuítas. 
(pelos jesuítas é o agente da passiva. Na voz ativa a oração seria:) Os 
jesuítas catequizaram os índios. 
 
3.4 Termos Acessórios da Oração 
Os termos acessórios da oração são o vocativo, o aposto, o adjunto adverbial e o 
adjunto adnominal, os quais que não são essenciais, no entanto, auxiliam no acréscimo de 
informação. Em outras palavras, são termos que possuem uma função secundária na 
construção sintática das orações, embora sejam indispensáveis nalguns casos. Todos eles 
têm como função exprimir circunstâncias, caracterizar os seres e determinar os substantivos. 
Vejamos abaixo cada um deles: 
 
https://www.todamateria.com.br/complemento-nominal/
https://www.todamateria.com.br/complemento-nominal/
https://www.todamateria.com.br/complemento-nominal/
https://www.todamateria.com.br/termos-acessorios-da-oracao/
https://www.todamateria.com.br/termos-acessorios-da-oracao/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
12 
 
Aposto 
Termo acessório que tem como função explicar, resumir, especificar sobre algo que já 
foi dito anteriormente. Geralmente, ele é separado por vírgulas, parênteses ou travessões. 
Segundo a intenção do discurso o aposto é classificado em: explicativo, distributivo, 
enumerativo, comparativo e resumidor. 
 
Exemplo: 
Doutora Ana, a melhor nutricionista da cidade, foi galardoada essa semana. 
(aposto explicativo) 
 
Vocativo 
 Termo utilizado para evocar, chamar ou interpelar o falante, sendo portanto, um termo 
independente, posto que não possui relação sintática com outro termo da oração. Geralmente 
o vocativo é separado por vírgulas. 
 
Exemplo: 
Querido, venha pela Avenida Rebouças pois o trânsito diminuiu. 
 
 
Adjunto Adverbial 
Termos que complementam os verbos, advérbios ou adjetivos indicando uma 
circunstância. De acordo com a finalidade que exprimem eles são classificados em: modo, 
tempo, intensidade, negação, afirmação, dúvida, finalidade, matéria, lugar, meio, concessão, 
argumento, companhia,causa, assunto, instrumento, fenômeno da natureza, paladar, 
sentimento, preço, oposição, acréscimo, condição. 
 
Exemplo: 
Os doces estavam muito saborosos. 
(adjunto adverbial de intensidade) 
 
 
Adjunto Adnominal 
Termos que acompanham o substantivo tendo como função caracterizar, modificar, 
determinar ou qualificar o nome. Os adjuntos adnominais podem ser: pronomes, numerais 
artigos, adjetivos e locuções adjetivas. 
 
https://www.todamateria.com.br/aposto/
https://www.todamateria.com.br/aposto/
https://www.todamateria.com.br/vocativo/
https://www.todamateria.com.br/vocativo/
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adverbial/
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adverbial/
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adnominal/
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adnominal/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
13 
 
Exemplo: 
Os seus amigos foram divertidos comigo. 
 
Os termos acessórios são os termos dispensáveis e são utilizados para determinar, 
caracterizar, explicar ou intensificar. 
 
Adjunto Adnominal – caracteriza um substantivo, agente da ação, através de adjetivos, 
artigos, numerais, pronomes ou locuções adjetivas. 
 
 
Exemplos: 
O homem educado cedeu a sua cadeira à senhora de idade. 
(educado, sua, de idade = adjunto adnominal) 
 
A economia do Brasil vai de vento em popa. 
(do Brasil = adjunto adnominal) 
 
Adjunto Adverbial – se refere a um verbo ou a um advérbio e indica uma circunstância. 
 
Exemplos: 
Canta lindamente. 
(lindamente = adjunto adverbial) 
 
Cheguei cedo. Vim de bicicleta. 
(cedo e de bicicleta = adjunto adverbial) 
 
Aposto - tem a função de explicar um substantivo. 
 
Exemplos: 
Sábado, dia sete, não haverá aula de música. 
(dia sete = aposto) 
 
O melhor do carnaval: alegria e disfarce das crianças. 
(alegria e disfarce das crianças = aposto) 
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adnominal/
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adnominal/
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adnominal/
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adverbial/
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adverbial/
https://www.todamateria.com.br/aposto/
https://www.todamateria.com.br/aposto/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
14 
 
4 AS LEIS SINTÁTICAS 
A língua, tomada como um código composto de unidades, realiza-se pela interação 
perfeita e harmoniosa entre todos esses aspectos. Todos os falantes concretizam seus atos 
de fala, exercem sua competência comunicativa baseados nessas unidades. Contudo, nem 
todas as construções são possíveis na língua, nem todas podem ser consideradas “bem 
formadas”. 
 
 
 
São consideradas “bem formadas” as construções que não desobedecem à gramática 
da língua, isto é, que não desobedecem às suas leis que sejam constitutivas dessa gramática. 
Veja o exemplo a seguir, encontrado em textos produzidos por alunos do Ensino Fundamental: 
 
No mundo de hoje a violência parece até que virou parte da rotina que a cada dia há 
uma. 
 
Nessa passagem do texto de aluno percebemos uma “incoerência local” que 
certamente contribuirá para que o texto também se torne incoerente para o leitor. 
Percebe-se que esse aluno tem um julgamento da “textualidade” bastante insuficiente, 
ou seja, o seu domínio das estruturas sintáticas e semânticas da língua é insuficiente e está 
se refletindo no uso da língua. No exemplo, há um caso de inversão entre causa e 
consequência (a causa: a cada dia há violência; a consequência: a violência virou parte da 
rotina). A consequência aparece, nessa passagem, antes da causa, provocando o efeito de 
incoerência, aliado ao problema de ambiguidade que o termo “uma” provoca (seria um 
numeral? Um artigo indefinido?). 
O usuário da língua precisa observar que todos os elementos da estrutura oracional 
devem se apresentar de acordo com os processos característicos de associação, de 
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br 
 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
15 
 
concordância, de ordem na cadeia linear da frase e, consequente- mente, no sentido do 
enunciado: em consonância às leis fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas do 
português. Percebeu? Estamos falando da força das leis ou regras que constituem a 
gramática da língua. Mas vamos focar a nossa atenção às leis sintáticas. 
A língua é formada por morfemas lexicais e gramaticais, mas também pelo conjunto 
de regras e de leis combinatórias que permitem a construção de uma mensagem. São as leis 
sintáticas que autorizam ou recusam determinadas construções. São as leis sintáticas que 
elegem as sequências como gramaticais ou agramaticais (*)1, ou seja, aceitáveis ou não-
aceitáveis linguisticamente, segundo as leis que regem a estrutura da língua portuguesa. Se 
as sequências forem permitidas na língua, elas serão consideras frases da língua, caso 
contrário, serão consideradas não-frases. 
Para Sautchuk (2004, p. 36), as leis sintáticas “são tão relevantes que a elas se reserva 
a manutenção da própria identidade da língua”, funcionam como “uma espécie de guardião 
da inteligibilidade da superfície linguística de um texto, pois são o elemento gerador e 
disciplinador das unidades linguísticas que compõem as frases de um texto”. 
As leis ou regras que administram a combinação de palavras para constituir frases são 
analisadas e descritas pela Sintaxe, daí a tripartição tradicional da Nomenclatura Gramatical 
Brasileira (NGB): colocação, regência e concordância. Como fica demonstrado no esquema 
a seguir, esses aspectos são apresentados como subdivisões do fenômeno da Sintaxe: 
 
 
 
4.1 O campo de atuação da Sintaxe 
O campo de atuação da Sintaxe é o estudo das leis ou regras que constituem as 
relações que podem ocorrer no eixo sintagmático da língua, ou seja, no eixo das combinações 
possíveis na cadeia horizontal da língua. As relações que ocorrem no eixo sintagmático da 
língua podem se formar entre palavras, gerando os sintagmas, e entre as relações que se 
realizam entre os sintagmas, gerando as frases. Para Silva e Koch (1995, p. 11), o termo frase 
tem uma abrangência muito grande, assim, ela prefere ficar com a concepção de frase como 
unidade comunicacional, ou seja, “todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer 
comunicação”. 
Segundo Carone (1986), a frase pode tomar forma de interjeições. Para a autora, as 
interjeições não são um tipo de vocábulo (embora a gramática tradicional as classifique como 
uma classe de palavra), pois não se constituem de morfemas. Assim, Ai! Ui! Oba! Não são 
morfemas, mas em um contexto específico, em que são dotados de entonação que os torna 
 SINTAXE 
 
 REGÊNCIA 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
16 
 
capazes de exprimir um conteúdo significativo, podem constituir uma frase que, como afirma 
Azeredo (2001, p. 30) “representa globalmente a situação a que se refere”. 
Como afirma Mattoso Câmara Jr. (1967), a frase deve ter um propósito defini- do em 
termos comunicativos e uma entonação que lhe assinala nitidamente o começo e o fim. Será 
frase, portanto, qualquer palavra ou grupo de palavras suficiente para atender ao objetivo do 
falante: estabelecer a comunicação. Como no exemplo: 
A língua falada pelos brasileiros vai mesmo desaparecer? 
– Oh! Não! 
 
Se estivesse isolada, a palavra não constituiria uma frase. Entretanto, no texto do 
exemplo ela passa a ser frase. O gesto que a acompanha, a expressão fisionômica do falante, 
assim como os elementos da situação em que é pronunciada, fazem com que a as palavras 
oh! Não! Possam ser consideradas frases. Para Bechara (2004), mesmo assumindo formas 
tão variadas, as frases reservam traços comuns, como: 
• São mensagens completas, levando-se em consideração a situação estabelecida entre 
falante e ouvinte. 
• São sequências linguísticas delimitadas por um silêncio precedente e pausa final (ou 
suspensão proposital da fala). 
• São proferidas comum contorno melódico particular. 
A frase pode ter verbo ou não. Quando é desprovida de verbo chama-se frase nominal, 
e não constitui oração. 
Como nos exemplos: 
Adeus! 
Rua Belo Horizonte 
 
Os elementos de base dessa categoria de frase são de categoria nominal 
(substantivos, adjetivos ou advérbios). A ausência do núcleo verbal impede que se 
identifiquem entre seus constituintes as funções que se manifestam na oração. Segundo 
Bechara (2004, p. 540), como são enunciados reais, apela-se para a interpretação mais ou 
menos próxima dos possíveis equivalentes expressos sob forma de oração. Assim, “entende-
se” que um enunciado como Bom dia! Equivale a Desejo bom dia ou espero que tenha um 
bom dia! Ou Casa de ferreiro, espeto de pau valeria aproximadamente a Casa de ferreiro usa 
espeto de pau ou quando a casa é de ferreiro, o espeto é de pau ou, ainda, em casa de ferreiro 
não se usa espeto de ferro, mas de pau. (Grifos do autor) 
Ainda que nas frases nominais as forças das leis sintáticas sejam exercidas, é apenas 
quando a frase contiver linguisticamente em si todos os dados da comunicação que chegamos 
ao nível da oração. A oração é a frase verbal que se presta a uma análise sintática de seus 
constituintes, e nela podemos encontrar, de maneira clara ou oculta, um núcleo verbal. Dessa 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
17 
 
forma, a oração reúne, na maioria das vezes, duas unidades significativas, a que chamamos 
sujeito e predicado. 
As frases verbais, que são o tipo dominante em português, podem se apresentar em 
diversas modalidades. Luft (1987, p. 11) considera que, para compreender as diversas 
modalidades de frase, é preciso ir às fontes da linguagem, ou seja, “às três faculdades da 
inteligência, vontade e sensibilidade”. Segundo o autor, delas é que decorrem as funções 
básicas da linguagem: intelectiva, volitiva e emotiva, e os três tipos essenciais de frase: 
declarativo, imperativo e exclamativo, além de duas modalidades intermediárias: interrogativa 
e optativa (esta também conhecida como um tipo de frase emotiva pela qual o falante 
expressa um desejo). 
Segundo Dubois Charlier (1981), as frases declarativas ou enunciativas estão ligadas 
à função referencial da linguagem, pois são utilizadas para transmitir in- formações 
relacionadas ao referente, ou seja, pela frase declarativa, o emissor busca transmitir 
informações objetivas sobre o referente. Quando utilizada na forma oral, caracteriza-se por 
uma entoação ascendente a que se segue e, na parte final, uma entoação descendente. Na 
forma escrita, as frases declarativas predominam nos textos de caráter informativo, sendo 
normalmente sinalizadas por ponto-final. 
Observe nos exemplos a seguir a forma como o emissor apresenta elementos 
declarativos sobre o referente: 
Seus pais viajaram ontem à noite. Foram de avião. O carro está na oficina. 
Já as frases interrogativas são as que apresentam o elemento interrogativo que, na 
oralidade, é marcado pela entoação e, do ponto de vista gráfico, pelo ponto de interrogação. 
A frase interrogativa pode ser direta ou indireta, como nos exemplos: 
Seus pais viajaram ontem à noite? (Interrogativa direta) 
Indaguei se os pais dele tinham viajado ontem à noite. (Interrogativa indireta) 
O carro de João está na oficina? (Interrogativa direta) 
Ele perguntou se o carro de João está na oficina. (Interrogativa indireta) 
As frases exclamativas remetem para uma determinada entoação, ou segundo Dubois 
Charlier (1981, p. 54), “para uma determinada gama de entoações que podem exprimir 
surpresa, descontentamento, medo etc.” Para esse linguista, a frase exclamativa está 
relacionada com a função expressiva da linguagem, quando o emissor exprime no enunciado 
as marcas de sua atitude pessoal (emoções, avaliações, opiniões). Essas frases são comuns 
nas cartas pessoais, anúncios publicitários, poemas, canções sentimentais – gêneros de texto 
que, normalmente, explicitam as marcas expressivas de sentimentos, emoções etc. 
Seus pais viajaram ontem à noite! Tiveram de ir de avião! Pudera! 
O velho carro estava na oficina! 
 
Ainda segundo o linguista Dubois Charlier (1981), temos as frases imperativas, as 
quais podem estar ligadas à função apelativa da linguagem, pois expressam ordens, incitação 
à ação, ou fazem um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo ou no infinitivo. Entretanto, 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
18 
 
em certos casos, podem estar ligadas à função expressiva, quando a intenção emotiva do 
emissor será interpretada pelo destinatário ao perceber a entoação, os gestos, a expressão 
facial (na linguagem oral), e pelo contexto de produção da língua em funcionamento, como 
nos exemplos a seguir: 
 
Sai já daí, menino! 
Contra as notas baixas, estudar, estudar! 
Passe-me o açúcar, por favor! 
Não me procure mais! 
Vá com Deus! 
Misture o açúcar com a manteiga e bata muito bem. 
 
Para estudarmos a Sintaxe da língua, precisamos distinguir bem os três con- ceitos: 
frase, oração e período. 
 
5 MORFOSSINTAXE 
Ao nos depararmos com ambas (Morfologia e Sintaxe), sabemos que se relacionam 
às subdivisões conferidas pela gramática, e mais: que uma corresponde às classes 
gramaticais e a outra se refere às distintas posições ocupadas por uma mesma palavra em 
se tratando de um dado contexto linguístico. Munidos de tal concepção, as elucidações 
descritas a seguir, certamente tornarão perfeitamente compreensíveis, face ao prévio 
conhecimento das referidas modalidades. 
 
 
 
Sendo assim, a morfossintaxe está condicionada ao fato de um substantivo, numeral, 
artigo, dentre outros, desempenharem diferentes funções quando dispostas em uma oração. 
Visando à plena efetivação de nossos conhecimentos acerca deste assunto, ora concebível 
como sendo de extrema relevância, ater-nos-emos a alguns casos em que esta ocorrência se 
materializa. Analisemos: 
Fonte: www.portugues.uol.com.br/ 
 
https://portugues.uol.com.br/
https://portugues.uol.com.br/
https://portugues.uol.com.br/
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19 
 
 
As flores são um belo presente. 
Toda mulher aprecia ganhar flores. 
Gostamos muito do perfume das flores. 
Patrícia gosta muito de flores. 
Nem tudo são flores. 
 
Defrontamo-nos com um típico exemplo em que um mesmo termo é visto sob 
diferentes ângulos, podendo ser assim analisados: 
 
1. Enunciado – sujeito simples 
2. Objeto direto, pois completa o sentido de um verbo transitivo direto. 
3. Complemento nominal, haja vista que completa o sentido de um substantivo (perfume). 
4. Objeto indireto, uma vez que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. 
5. Predicativo do sujeito, pois além de revelar uma característica a que o sujeito se refere, 
ainda se liga a este por intermédio de um verbo de ligação, configurando um caso de 
predicado nominal. 
6. Vocativo, pois invoca um chamamento. 
 
5.1 O que é morfossintaxe? 
Em uma análise, pode-se considerar apenas a palavra (morfologia) ou sua função 
(sintaxe). Quando ambas aparecem juntas, surge a morfossintaxe. A morfossintaxe resulta 
das análises morfológica e sintática realizadas simultaneamente. A palavra pode ser 
classificada isoladamente, analisando apenas sua classe gramatical, ou pode ser estudada a 
partir da função que estabelece dentro da oração. Se o objeto de estudo é a palavra, tem-se 
a análise morfológica. Entretanto, se a busca é por sua função na oração, surge a análise 
sintática. 
Quando a análise ocorre no âmbito da palavra e da frase, ou seja, quando o estudo 
envolve classe gramatical e função sintática, temos a Morfossintaxe. As dúvidas são muitas 
quando essa análise é exigida. Em geral, ela não é solicitada explicitamente. Entretanto, 
sempre que a função sintática é pedida, é importante pensar a que classe gramatical a palavra 
pertence. Fazendo isso, ficará mais fácil definir sua função. Embora a língua portuguesanão 
seja uma ciência exata, no caso da morfossintaxe é possível pensar de forma mais objetiva, 
pois as funções sintáticas são definidas previamente. Por exemplo, o adjetivo é um 
caracterizador, portanto, ou estará ao lado do nome, ou se relacionando com ele. Então, a 
única função sintática dessa classe gramatical será a de adjunto adnominal. Por isso, é melhor 
que a análise morfológica preceda à sintática. 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
20 
 
Se a análise é morfológica, qual é o objeto de estudo? A palavra. Então, por alguns 
minutos, imagine que a frase não exista, somente a palavra. “Corte-a” e indique sua classe 
gramatical. Coloque em prática todo seu conhecimento. 
“Dialogue” com cada palavra. Pense em que classe gramatical ela se enquadra. Se as 
dúvidas nos conceitos de substantivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, preposição, 
adjetivo, conjunção e interjeição aparecerem, é importante voltar e revisar. Façamos a análise 
morfológica do enunciado abaixo, lembre-se de que o objeto de estudo é a palavra: 
 
A prova estava muito complicada. 
 
A: Artigo 
Prova: Substantivo 
Estava: Verbo 
Muito: Advérbio 
Complicada: Adjetivo 
 
Após classificarmos as classes gramaticais, passaremos a analisar a função sintática 
de cada termo. Volte à classificação das palavras e defina sua função dentro da oração. 
Vejamos a seguir exemplos de perguntas que auxiliam na hora de definir a função sintática 
dos termos na oração. 
 
Qual é a função do artigo? 
Acompanhar o substantivo, não é? Sintaticamente, quem tem a função de vir junto ao 
nome? Adjunto adnominal. Portanto, toda classe gramatical cuja função é a de acompanhar 
o nome (numeral, pronome adjetivo, artigo) exercerá função sintática de adjunto adnominal. 
 
E o substantivo? Que função pode exercer? Vamos recordar? 
Núcleo do sujeito, do objeto indireto, do objeto direto, do predicativo, do agente da 
passiva, do complemento nominal e do aposto. Podendo exercer ainda as funções de adjunto 
adnominal e adjunto adverbial, quando compõe locuções adjetivas ou adverbiais. Qual o único 
termo do enunciado que estamos analisando que poderá exercer a função de núcleo do 
sujeito? Prova, não é? Por quê? Porque é um substantivo. 
 
Que função sintática terá o verbo? 
Se for significativo (intransitivo, transitivo direto, indireto ou direto e indireto) terá a 
função de núcleo, ou seja, parte mais importante do predicado verbal ou verbo-nominal. Se a 
função dele for de ligar o sujeito ao seu predicativo, terá a função de verbo de ligação. O verbo 
do enunciado que estamos analisando recebe esta classificação. 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
21 
 
 
Há algum advérbio? 
Qual é a única função sintática exercida por essa classe gramatical? Núcleo do adjunto 
adverbial. Então, no exemplo, a palavra muito (classificação: advérbio de intensidade – função 
sintática: adjunto adverbial) 
 
O adjetivo também aparece no exemplo. Que função sintática será exercida por 
ele? 
É importante recordar que o adjetivo pode ser núcleo do adjunto adnominal e do 
predicativo do sujeito. Para definir a função do adjetivo, a pergunta que deve ser feita é: onde 
o adjetivo está posicionado, ao lado de um nome, no sintagma nominal, ou no sintagma 
verbal? Se acompanhar um nome, sua função será de adjunto adnominal. Se estiver no 
sintagma verbal caracterizando o sujeito, como é o caso do adjetivo complicada, será um 
predicativo do sujeito, pois estará caracterizando-o. Agora, ficou fácil classificar o sujeito e o 
predicado do exemplo, não é mesmo? Se o sujeito está explícito e só possui um núcleo, será 
sujeito simples. Se o predicado é constituído de verbo de ligação, só poderá ser predicado 
nominal. 
É possível perceber que, embora para facilitar o estudo haja uma divisão entre 
morfologia e sintaxe, forma e função são inseparáveis. Por isso a morfossintaxe é tão 
importante. Como resultado das análises sintática e morfológica temos a morfossintaxe, 
levando em consideração a diferença que há entre classe e função. Na sua vida escolar você 
aprendeu (ou talvez ainda continue aprendendo) sobre os distintos fatos linguísticos, dentre 
eles: substantivo, adjetivo, sujeito, predicado, adjunto adverbial, etc., contudo, é bem provável 
que não tenha aprendido como tais assuntos se dividem dentre as partes da gramática, 
tampouco acerca do que realmente seja morfossintaxe. Em razão disso, dispomo-nos a levar 
a você os conhecimentos necessários sobre um assunto de tamanha importância – muitas 
vezes cobrado em provas de concursos e exames de vestibulares. 
Desta feita, a morfossintaxe nada mais é do que a análise morfológica e sintática, 
realizada simultaneamente. Mas para que sua compreensão seja efetivada de forma 
plausível, faz-se necessário entender, antes de tudo, que a análise morfológica diz respeito 
às dez classes gramaticais; e a análise sintática faz referência às funções desempenhadas 
por uma dada palavra, estando ela inserida num contexto oracional. 
Assim, colocando em prática tudo o que dissemos, analisemos o exemplo em questão, 
levando em consideração ambas as análises: 
 
Os alunos foram vencedores. 
 
Morfologicamente, temos: 
 
• Os – Artigo definido (plural) 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
22 
 
• Alunos – substantivo 
• Foram – verbo ser (flexionado no pretérito perfeito do modo indicativo) 
• Vencedores – neste contexto representa um adjetivo, mas pode também atuar como 
substantivo. 
 
Sintaticamente, concluímos que: 
 
• Os alunos – sujeito simples 
• Foram vencedores – predicado nominal, em função do verbo de ligação vencedores 
– predicativo do sujeito 
 
É preciso, pois, estabelecer a diferença entre classe e função para entender como se 
processa a morfossintaxe, pois uma palavra pode transitar entre uma posição e outra. 
 
6 MORFOSSINTAXE DO COMPLEMENTO NOMINAL 
O complemento nominal acrescenta sentido aos substantivos, adjetivos e advérbios. 
Para facilitar seu estudo, é importante conhecer sua morfossintaxe. A oração (enunciado 
centrado em um verbo) é estudada pela sintaxe. Para facilitar esse estudo, a oração foi 
dividida em termos classificados como essenciais, integrantes e acessórios. O complemento 
nominal compõe os termos integrantes. O complemento nominal é um termo que 
complementa o sentido dos nomes (substantivos, adjetivos e advérbios). Portanto, há também 
nomes que são transitivos, ou seja, que buscam complemento. Acompanhe os exemplos: 
 
A professora tem cuidado com as crianças. 
É impossível não sentir saudade dos amigos. 
 
É possível perceber que os termos destacados em amarelo estão complementando o 
sentido dos substantivos. Entretanto, que classes gramaticais podem exercer a função 
sintática de complemento nominal? Uma palavra pode ser analisada considerando seus 
aspectos morfológicos (classe gramatical) e sintáticos (função dos termos na oração). No 
entanto, a análise também pode ser feita considerando esses dois aspectos. Quando isso 
acontece, a análise é classificada como morfossintática. O complemento nominal pode ter 
como núcleo, ou seja, parte principal, um substantivo, um pronome ou um numeral, podendo 
ainda ser representado por uma oração. Veja: 
 
O menino tem inveja do colega. (substantivo) 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
23 
 
O homem estava consciente de tudo. (pronome) O emprego será bom para os 
quatro. (numeral) Tenho a certeza de que tudo vai dar certo. 
(Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal) 
 
Sempre que for necessário classificar um termo como Complemento Nominal, não se 
esqueça de que ele completará o sentido de um nome (substantivo, adjetivo e advérbio), será 
introduzido por preposição e terá como núcleo o substantivo, o pronome e o numeral, podendo 
ser representado por uma oração. 
 
7 ANÁLISE SINTÁTICA E ANÁLISE MORFOLÓGICA 
Todos nós já estudamos a gramáticada língua portuguesa nas escolas, logo sabemos 
que uma gramática é dividida em várias partes: fonética, morfologia, sintaxe, etc. 
 
7.1 Morfologia 
A gramática descritiva é o estudo dos mecanismos referentes 
 ao funcionamento de uma língua em um contexto, observando-se o tempo e a 
interação entre os falantes. Dessa maneira, a gramática analisa e descreve, de acordo com a 
definição de uso padrão e culto, as normas de funcionamento, a estrutura e a configuração 
formal que caracterizam uma língua. 
Dentro deste estudo, a morfologia é considerada como a primeira articulação da 
gramática, na qual o vocábulo formal é o objeto de análise. Com isso, a morfologia é a primeira 
articulação gramatical que estuda os segmentos fônicos associados a uma significação léxica 
(ou seja; a palavra) e suas formas. Assim, a morfologia sistematiza em classes as unidades 
mínimas dotadas de sentido de acordo com características e funções comuns entre elas. As 
classes gramaticais descritas são: 
• Substantivo 
• Adjetivo 
• Artigo 
• Pronome 
• Numeral 
• Verbo 
• Advérbio 
• Conjunção 
• Preposição 
 
O primeiro critério de classificação está relacionado as variações que a palavra pode 
apresentar. Logo, as classes estão separadas em palavras variáveis e invariáveis. Palavras 
http://www.infoescola.com/portugues/morfologia/
http://www.infoescola.com/portugues/morfologia/
http://www.infoescola.com/portugues/morfologia/
http://www.infoescola.com/linguistica/gramatica-descritiva/
http://www.infoescola.com/linguistica/gramatica-descritiva/
http://www.infoescola.com/linguistica/gramatica-descritiva/
http://www.infoescola.com/portugues/palavra/
http://www.infoescola.com/portugues/palavra/
http://www.infoescola.com/portugues/classes-de-palavras/
http://www.infoescola.com/portugues/classes-de-palavras/
http://www.infoescola.com/portugues/classes-de-palavras/
http://www.infoescola.com/portugues/classes-de-palavras/
http://www.infoescola.com/portugues/classes-de-palavras/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/artigos/
http://www.infoescola.com/portugues/artigos/
https://www.infoescola.com/portugues/pronomes/
https://www.infoescola.com/portugues/pronomes/
http://www.infoescola.com/portugues/numeral/
http://www.infoescola.com/portugues/numeral/
https://www.infoescola.com/portugues/verbos/
https://www.infoescola.com/portugues/verbos/
http://www.infoescola.com/portugues/adverbios/
http://www.infoescola.com/portugues/adverbios/
http://www.infoescola.com/portugues/conjuncoes/
http://www.infoescola.com/portugues/conjuncoes/
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
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24 
 
variáveis podem mudar de acordo com os seguintes critérios; gênero e número (algumas em 
grau); e são elas: 
 
• Verbo 
• Substantivo 
• Adjetivo 
• Pronome 
• Artigo 
 
As palavras invariáveis não apresentam modificações de acordo com o gênero ou com 
o número, elas se mantêm sob o mesmo formato, independentes do contexto a que estão 
inseridas, ou às palavras as quais se ligam no arranjo textual. 
São elas: 
• Advérbio 
• Preposição 
• Conjunção 
 
Numerais: constituem uma classe de palavras com a peculiaridade de 
subclassificações variáveis e invariáveis. 
Observe os exemplos: 
 
 
 
Todas as palavras nesta frase concordam em gênero e número, por isso foram 
registradas no feminino e no singular. Com exceção do advérbio, que por pertencer a uma 
classe invariável, não compromete o sentido ou a concordância dos vocábulos na frase. Os 
verbos apresentam outras variações específicas: tempo, pessoa, modo e voz. 
 
Os filósofos militantes caminhavam rapidamente com bandeiras partidárias. 
 
De acordo com a análise realizada no exemplo anterior, tem-se uma estrutura 
concordando com o gênero masculino e o número no plural. Palavras de classes invariáveis: 
http://www.infoescola.com/portugues/tempos-verbais/
http://www.infoescola.com/portugues/tempos-verbais/
http://www.infoescola.com/portugues/tempos-verbais/
http://www.infoescola.com/portugues/tempo-e-modo-verbal/
http://www.infoescola.com/portugues/tempo-e-modo-verbal/
http://www.infoescola.com/portugues/tempo-e-modo-verbal/
http://www.infoescola.com/portugues/vozes-do-verbo/
http://www.infoescola.com/portugues/vozes-do-verbo/
http://www.infoescola.com/portugues/vozes-do-verbo/
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25 
 
 
• Rapidamente: advérbio 
• Com: preposição 
No exemplo anterior “militantes” é substantivo, enquanto neste exemplo “militantes” 
apresenta-se como adjetivo. A mesma inversão ocorre com a palavra filósofo. No estudo da 
língua portuguesa, toda análise se refere às combinações de formas; assim, cada classe 
possui uma nomenclatura e é analisada de acordo com a função que exerce dentro de 
determinado contexto, na relação com as outras palavras. O que se trata de um outro plano 
gramatical; sintaxe. 
 
7.2 Morfologia: aprofundando o conhecimento gramatical 
De acordo com Joaquim Matoso Câmara Júnior no livro “Estrutura da Língua 
Portuguesa” o segmento fônico se associa a uma significação gramatical situando-se na 
primeira articulação da língua (a morfológica), gerando o vocábulo formal. O que se denomina 
de vocábulo é a palavra ou ainda a unidade mórfica por si só. Ao estudar morfologia, analisa-
se, então, os morfemas. Os morfemas constituem-se por serem unidades de som e conteúdos 
menores do que a palavra. São unidades significativas mínimas, porque possuem significado, 
mas nem sempre funcionam de forma independente, precisam estar conectadas a outras. 
Exemplo: o “s” que marca o plural é uma unidade com significado de número, mas não faz 
sentido livremente. O vocábulo carro/s/ pode gerar outros, como carroça, carruagem, carreta. 
Enquanto o morfema /s/ que marca o plural na palavra só funciona ligado a outros morfemas 
com sentido completo. 
Assim, a gramática identifica dois tipos de morfemas: 
• Morfemas lexicais: são as formas livres: carro. 
• Morfemas gramaticais: possuem algum significado, mas só existem presos /s/ (como 
marca de plural) /in/ (infeliz); dentre outros. 
 
Formas livres constituem uma sequência funcionando isoladamente. 
 
Exemplo: 
As flores nasceram hoje pela manhã. 
 
Formas presas funcionam ligadas a outras. 
Exemplo: 
“Pro” – do vocábulo “proscrever” 
 
Desta maneira, o vocábulo formal caracteriza-se por: 
 
http://www.infoescola.com/portugues/morfemas/
http://www.infoescola.com/portugues/morfemas/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
26 
 
• Uma unidade final indivisível em duas ou mais formas livres. Exemplo: paz. 
• Duas ou mais formas presas. Exemplo im + pro +vá + vel 
• Uma forma livre e uma ou mais formas presas. Exemplo: in + feliz 
 
OBSERVAÇÃO: 
Esses mesmos critérios aplicam-se às partículas proclíticas enclíticas, introduzindo um 
terceiro conceito na língua portuguesa; o de forma dependente. 
 
O critério mórfico estabelece a separação dos vocábulos por espaços em branco, 
registrando na ortografia as formas independentes. As palavras constituem-se por unidades 
menores (morfemas), ao passo que a frase se compõe por palavras, e estas são graficamente 
separadas. Leia o período e observe esta descrição em funcionamento no texto: 
 
A primeira vez que viajamos juntos meus pais ainda eram felizes. Todos muito 
esperançosos e cheios de planos de um retorno que prometia ser a reconstituição de 
fragmentos de vidas. A viagem era de carro, o percurso foi previamente mapeado. 
Compartilhávamos uma profunda sensação de felicidade. Era como uma segunda via de 
identidade, com direito a uma reparação histórica. Nossa família refazia-se no caminho por 
um emaranhado de contos. Agradava-me ouvir vovó.Suas memórias misturavam-se à memória coletiva de um povo. E nesse processo vovó já 
nem mais sabia separar a realidade dela da de seus antepassados. 
Fonte: (Leticia Gomes Montenegro; Ensaios de Contos I. Textos não publicados; 2018) 
 
A análise morfológica identifica a classe de cada palavra e verifica suas combinações 
dentro do texto. Algumas classes podem ocupar o papel de outra em determinada construção 
frasal. Por exemplo, a classe dos nomes (os substantivos e os adjetivos) podem se 
intercambiar. No termo destacado o substantivo “memória” é caracterizado pelo adjetivo 
“coletiva”. 
 
Observe como o adjetivo torna-se substantivo neste exemplo: 
“A coletiva (substantivo) em torno dos familiares trazia-os as tristes memórias.” 
 
A divisão foi feita para nos ajudar a compreender como funcionam as palvras na 
oração: sozinhas ou em relação às outras. Porém tal divisão, às vezes, confunde os alunos, 
principalmente quando o assunto é morfologia e sintaxe. Muitos confundem as duas partes e 
acabam por misturá-las em uma análise. 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
27 
 
A morfologia é a parte da gramática que considera a palavra em si (sozinha), já a 
sintaxe estuda a palavra em relação às outras que se acham na mesma oração. Em resumo, 
uma palavra exerce na oração duas funções: a morfológica que é a que a palavra exerce 
quanto à classe a que pertence (substantivo, adjetivo, pronome, etc.) e a sintática, que vem a 
ser a que a palavra exerce em relação a outros termos da oração. Nesse caso, a palavra 
poderá desempenhar vários papéis (sujeito, objeto, etc.). 
 
8 SUBSTANTIVOS 
Convencionou-se que os substantivos são as palavras que nomeiam os seres em 
geral. Nesta convenção há aspectos gramaticais importantes para entender o funcionamento 
dos substantivos dentro e fora dos contextos de usos linguísticos. 
Esta classe de palavras possui significado lexical e atribui nome para: 
 
• Objetos substanciais: exemplos: homem, casa, livro, mesa, armário, carro, etc. 
• Objetos apreendidos manualmente como substanciais, tais como: qualidades (bondade, 
honestidade, integridade), estados (saúde, doença), processos (chegada, entrega, 
aceitação), dentre outros. 
 
Para algumas gramáticas os processos e os fenômenos não são “objetos”. Elas 
explicam que os substantivos também nomeiam processos, acontecimentos e fenômenos, tais 
como; chuva, ventania, caminhada, etc. 
 
Significado da palavra "substantivo" 
 
Uma pesquisa etimológica da palavra “substantivo” conforme a “Nova Gramática do 
Português Brasileiro", de Ataliba Castilho, apresenta que “Substantivo significa literalmente “o 
que está debaixo, na base”, é a tradução latina do grego hypokéimenon” Através da definição 
deste vocábulo, pelos gramáticos gregos, compreende-se o substantivo como parte 
fundamental do texto, não há texto sem os substantivos. Nesse sentido, Ataliba de Castilho 
(2016) afirma que o substantivo e o verbo constituem categorias sintáticas de base, sem as 
quais não se constrói uma sentença. 
 
Uma observação importante sobre as funções das palavras nas orações 
 
No âmbito da funcionalidade dos substantivos, eles poderão cumprir a função de: 
• Núcleo do sujeito 
• Núcleo do objeto direto 
• Núcleo do objeto indireto 
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
http://www.infoescola.com/linguistica/texto/
http://www.infoescola.com/linguistica/texto/
http://www.infoescola.com/linguistica/texto/
http://www.infoescola.com/portugues/nucleo-do-sujeito/
http://www.infoescola.com/portugues/nucleo-do-sujeito/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-direto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-direto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-direto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-indireto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-indireto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-indireto/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
28 
 
• Núcleo do agente da passiva 
• Predicativo do sujeito 
• Complemento nominal 
• Aposto 
• Vocativo 
• Adjunto adverbial 
• Adjunto adnominal. 
 
Toda vez que em uma análise sintática outra classe gramatical exercer uma dessas 
funções, ela estará ocupando morfologicamente a classificação de substantivo. O que pode 
acontecer, por exemplo, com um pronome, um numeral ou qualquer palavra substantivada. 
 
8.1 Classificação dos substantivos 
Concretos e abstratos 
De acordo com Evanildo Bechara, substantivo concreto designa um ser que existe de 
maneira independente: casa, mar, sol, automóvel, mãe. São substantivos concretos nomes 
próprios, pessoas lugares, instituições, por exemplo. Substantivo abstrato é o que designa 
uma existência dependente, ligado a outro ser ou processo, designam ações (abraço, sorriso), 
estado e qualidade considerados fora dos seres: prazer, beijo, trabalho, saída, beleza, 
cansaço. 
 
Próprios e comuns 
Os próprios fazem parte de um conjunto de seres considerados em suas 
individualidades. Utiliza-se letras maiúsculas para diferenciar que esses nomes se referem a 
indivíduos ou lugares com existências únicas, mesmo que os nomes possam se repetir, cada 
substantivo será único. Exemplo: nomes de pessoas como Maria, Maria Flor, Maria da Fé. Os 
substantivos comuns são todos aqueles que já foram referidos anteriormente, tais como 
processos, ações, fenômenos ou objetos substanciais: casa, mesa, cama, cadeira, cachorro, 
beijo, carinho, passeata, etc. São palavras que possuem características comuns em quaisquer 
contextos extralinguístico nos quais existem. 
 
Substantivos coletivos 
São substantivos comuns, que designam um conjunto de objetos ou espécies, porém 
se apresentam no singular. Existe uma lista de substantivos coletivos comumente 
apresentados nas gramáticas como os mais significativos e usuais, seguem alguns exemplos: 
 
Alcatéia – de lobos 
http://www.infoescola.com/portugues/agente-da-passiva/
http://www.infoescola.com/portugues/agente-da-passiva/
http://www.infoescola.com/portugues/agente-da-passiva/
http://www.infoescola.com/portugues/predicativo-do-sujeito/
http://www.infoescola.com/portugues/predicativo-do-sujeito/
http://www.infoescola.com/portugues/complemento-nominal/
http://www.infoescola.com/portugues/complemento-nominal/
http://www.infoescola.com/portugues/aposto/
http://www.infoescola.com/portugues/aposto/
http://www.infoescola.com/portugues/vocativo/
http://www.infoescola.com/portugues/vocativo/
http://www.infoescola.com/portugues/adjunto-adverbial/
http://www.infoescola.com/portugues/adjunto-adverbial/
http://www.infoescola.com/portugues/adjunto-adnominal/
http://www.infoescola.com/portugues/adjunto-adnominal/
http://www.infoescola.com/portugues/analise-sintatica/
http://www.infoescola.com/portugues/analise-sintatica/
http://www.infoescola.com/portugues/analise-sintatica/
http://www.infoescola.com/portugues/numeral/
http://www.infoescola.com/portugues/numeral/
http://www.infoescola.com/portugues/numeral/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos-coletivos/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos-coletivos/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos-coletivos/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos-coletivos/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
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Legião – de soldados, demônios 
Manada – de bois, búfalos, elefantes 
Matilha – de cães de caça 
Quadrilha – de ladrões 
Ramalhete – de flores 
Constelação – de estrelas. 
Arquipélago – de ilhas. 
8.2 Flexões dos substantivos 
Os substantivos podem variar em número, gênero e grau. 
 
• Número se refere ao singular ou plural 
• Gênero se refere ao masculino ou feminino 
• Grau se refere à apresentação normal, exagerada ou diminuída, ou seja; aumentativo 
ou diminutivo. 
 
Sobre o grupo de classes de palavras denominadas nominais 
 
Substantivos e adjetivos compartilham um grande número de traços mórficos comuns, 
ambos têm o mesmo processo de flexão de gênero e número. Porisso os traços morfológicos 
não são suficientes para distinguir uma classe da outra, sendo necessário fazer uso de um 
critério sintático e funcional para obter uma distinção correta. Observe no exemplo a seguir: 
 
A) Uma negra jovem foi aprovada no concurso para docente no programa de pós-
graduação. 
B) Uma jovem negra foi aprovada no concurso para docente no programa de pós-
graduação. 
 
No exemplo A o nome “negra” encontra-se acompanhado do artigo, o que o coloca no 
centro do sintagma nominal, logo será classificado como substantivo. Ao passo que, o nome 
”jovem” surge qualificando o nome anterior, acompanhando-o e atribuindo-lhe uma 
característica. Em resumo, uma palavra exerce na oração duas funções: a morfológica que é 
a que a palavra exerce quanto à classe a que pertence (substantivo, adjetivo, pronome, etc.) 
e a sintática, que vem a ser a que a palavra exerce em relação a outros termos da oração. 
Nesse caso, a palavra poderá desempenhar vários papéis (sujeito, objeto, etc.). 
Exemplo: 
"Maria comprou um carro". 
http://www.infoescola.com/astronomia/constelacao/
http://www.infoescola.com/astronomia/constelacao/
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/sintagma/
http://www.infoescola.com/portugues/sintagma/
http://www.infoescola.com/portugues/sintagma/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
30 
 
 
Se analisarmos a palavra "Maria" no sentido morfológico, temos um substantivo 
próprio, já na sintaxe "Maria" é sujeito simples da oração. 
 
Análise morfológica: 
 
Maria: substantivo próprio 
comprou: verbo um: artigo 
carro: substantivo comum 
 
Análise sintática: 
 
Maria: sujeito comprou: núcleo do predicado verbal (comprou 
um carro) um: adjunto adnominal carro: núcleo do objeto 
direto (um carro) 
 
Não é difícil, basta o aluno prestar atenção e saber qual tipo de análise o professor 
está pedindo (a morfológica ou a sintática). Porém, às vezes, as duas são pedidas na 
chamada análise morfossintática. 
 
9 PREDICADO VERBAL 
Chamamos de predicado verbal quando o núcleo do predicado é um verbo ou uma 
locução verbal. 
 
Exemplos: 
Caminhei com a minha mãe ontem. 
Maria comprou muitas roupas naquela loja. 
João e Maria estão brincando no balanço. 
 
Os verbos dividem-se em intransitivos e transitivos (diretos ou indiretos). 
 
Verbos intransitivos: São aqueles que não necessitam de um complemento e 
constituem o predicado sozinhos. 
 
Exemplos: 
http://www.infoescola.com/portugues/sujeito-simples/
http://www.infoescola.com/portugues/sujeito-simples/
http://www.infoescola.com/portugues/sujeito-simples/
http://www.infoescola.com/portugues/analise-morfologica/
http://www.infoescola.com/portugues/analise-morfologica/
http://www.infoescola.com/portugues/analise-sintatica/
http://www.infoescola.com/portugues/analise-sintatica/
http://www.infoescola.com/portugues/predicado-verbal/
http://www.infoescola.com/portugues/predicado-verbal/
http://www.infoescola.com/portugues/predicado-verbal/
http://www.infoescola.com/portugues/adjunto-adnominal/
http://www.infoescola.com/portugues/adjunto-adnominal/
http://www.infoescola.com/portugues/adjunto-adnominal/
http://www.infoescola.com/portugues/predicado/
http://www.infoescola.com/portugues/predicado/
http://www.infoescola.com/portugues/predicado/
http://www.infoescola.com/portugues/verbos/
http://www.infoescola.com/portugues/verbos/
http://www.infoescola.com/portugues/verbos/
http://www.infoescola.com/portugues/verbo-intransitivo/
http://www.infoescola.com/portugues/verbo-intransitivo/
http://www.infoescola.com/portugues/verbo-intransitivo/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
31 
 
Pedro cantou. 
Maria viajou. 
O bebê de Maria nasceu ontem. 
As flores desabrocharam. 
Rita cantou na festa. 
 
Observação: 
Mesmo não necessitando de um complemento, os verbos intransitivos podem vir 
acompanhados de alguns elementos, como no terceiro exemplo, acima. Contudo, esses 
elementos, chamados de predicativo ou adjuntos adverbiais, dentre outros, não fazem parte 
da predicação do verbo. Se o verbo é intransitivo, os elementos que o seguem não são seus 
complementos, mas sim outros termos. 
 
Verbos transitivos: São os verbos que necessitam de um complemento, ou seja, não 
podem constituir o predicado sozinhos. Eles dividem-se em transitivos diretos, transitivos 
indiretos e transitivos diretos e indiretos. 
 
1) Verbos transitivos diretos: São aqueles que necessitam de um complemento sem 
precisar de uma preposição. O seu complemento é chamado de objeto direto. 
Exemplos: 
Maria comeu uma maçã. 
Juliana comprou uma bolsa. 
Carlos odeia chuchu. 
Maria abraçou o Pedro. Joana detesta aranhas. 
 
2) Verbos transitivos indiretos: São aqueles que necessitam de um complemento, 
chamado de objeto indireto, e são ligados a seus complementos por meio de uma 
preposição. 
 
Exemplos: 
Maria gosta de Pedro. 
Você está sabendo de alguma coisa? 
Douglas participou da reunião de condomínio. 
A menina precisou de ajuda. 
 
http://www.infoescola.com/portugues/verbo-transitivo-direto/
http://www.infoescola.com/portugues/verbo-transitivo-direto/
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
http://www.infoescola.com/portugues/verbo-transitivo-indireto/
http://www.infoescola.com/portugues/verbo-transitivo-indireto/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
32 
 
 
3) Verbos transitivos diretos e indiretos (bitransitivos): São os verbos que necessitam 
de dois complementos: um objeto direto, ou seja, complemento sem preposição; e um 
objeto indireto, complemento ligado ao verbo por preposição. 
 
Exemplos: 
João colocou o livro na estante. 
João deu um presente à Maria. 
Maria mostrou suas joias à Sofia. 
João emprestou o livro à Maria. 
Marina ofereceu um bombom a uma criança. 
 
Observação: 
O mesmo verbo pode ser usado ora transitivamente ora de forma intransitiva, 
dependendo do sentido da frase. 
 
Exemplos: 
Deram onze horas. (intransitivo) 
A macieira dá maçãs suculentas. (transitivo direto) 
10 ADJUNTO ADNOMINAL 
De acordo com Cunha e Cintra (2008, p. 164), o adjunto adnominal é o termo de valor 
adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo, qualquer que 
seja a função deste. Como o próprio nome sugere, ele acompanha o nome, ou seja, o 
substantivo. É importante frisar que o adjunto adnominal tem valor acessório na construção 
das orações. Isso significa que, ao se juntar ao nome, ele acrescenta dados novos, porém 
dispensáveis à compreensão dos enunciados. Para a identificação das finalidades do adjunto 
em foco, sugere-se a leitura de trecho do romance Menino de engenho, do escritor paraibano 
José Lins do Rego: 
 
João Rouco vinha com três filhos para o eito. A mulher e os meninos ficavam 
em casa, no roçado. Com mais de setenta anos, aguentava o repuxo todo, 
como o filho mais novo. A boca já estava murcha, sem dentes, e os braços rijos 
e as pernas duras. Não havia rojão para o velho caboclo do meu avô. Não era 
subserviente como os outros. Respondia aos gritos do coronel José Paulino, 
gritando também. Talvez porque fossem da mesma idade e tivessem em 
pequeno brincado juntos. 
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-direto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-direto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-indireto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-indireto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-indireto/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
http://www.infoescola.com/livros/menino-de-engenho/
http://www.infoescola.com/livros/menino-de-engenho/
http://www.infoescola.com/escritores/jose-lins-do-rego/
http://www.infoescola.com/escritores/jose-lins-do-rego/http://www.infoescola.com/escritores/jose-lins-do-rego/
http://www.infoescola.com/escritores/jose-lins-do-rego/
http://www.infoescola.com/escritores/jose-lins-do-rego/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
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Esse trecho do romance ocupa-se de nos contar um pouco da rotina de trabalho de 
João Rouco, bem como de descrevê-lo fisicamente. Trata-se de um homem, com invejável 
vigor físico no auge de seus mais de setenta anos, que trabalha de forma braçal como se 
fosse o seu filho caçula. Em A boca já estava murcha, sem dentes, e os braços rijos e as 
pernas duras, perceba que os adjetivos murcha e sem dentes (desdentado) foram 
empregados para caracterizar a boca do personagem, ao passo que rijos definem os seus 
braços e duras, as suas pernas. Ao acompanharem os nomes (os substantivos), os adjetivos 
funcionam como “adjuntos adnominais” no contexto dos enunciados. Além da forma adjetiva, 
o tipo de adjunto em questão pode vir expresso por meio do artigo (definido e indefinido), como 
em: 
 
A mulher e os meninos ficavam em casa, no roçado. 
 
Os artigos grifados definem os integrantes da família de João Rouco. 
Diferentemente, se fosse dito “Uma mulher...”, pois o artigo “uma” não definiria que se 
tratava de sua mulher. Os numerais também podem funcionar como adjuntos adnominais: 
 
João Rouco vinha com três filhos para o eito. 
Com mais de setenta anos, aguentava o repuxo todo [...]. 
 
O primeiro numeral cardinal, em destaque, especifica a quantidade de filhos do João 
Rouco, enquanto o segundo, a idade que ele possui. Veja, a seguir, outras maneiras pelas 
quais os adjuntos adnominais podem vir expressos: 
 
10.1 Locução adjetiva 
Entende-se “locução” como a junção de duas ou mais palavras que compõem um 
significado único: 
 
A pobre jovem sempre dizia que a sua vida estava sem cor. 
A locução em evidência corresponde ao adjetivo “descolorida”, utilizado como 
metáfora para se referir à vida sem expressividade da jovem. 
10.2 Pronome adjetivo 
A minha atual casa pertencia à família de meu amigo de infância. 
O nosso objetivo é garantir a sua segurança. 
 
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/locucao-adjetiva/
http://www.infoescola.com/portugues/locucao-adjetiva/
http://www.infoescola.com/portugues/locucao-adjetiva/
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
34 
 
10.3 Oração adjetiva 
Aquela senhora, que vende doces deliciosos, mudou-se de endereço. 
Aquele é o rapaz que beijei. 
 
É pertinente elucidar que um mesmo substantivo pode estar interligado a mais de um 
adjunto adnominal: 
 
• "A minha vontade é trabalhar como redatora." O substantivo “vontade” é acompanhado 
do artigo definido “a” e do pronome adjetivo “minha”. 
• "Quando cheguei ao evento, ele me olhou com um belo sorriso." O artigo indefinido “um” 
e o adjetivo “belo” foram empregados para precisar como foi o sorriso do rapaz para 
mim. 
 
Para finalizar: O adjunto adnominal une-se a um nome (substantivo), com o intuito de 
precisar o seu significado. Contudo, vale reiterar que se trata de um termo acessório, visto 
que a sua presença é dispensável para a compreensão do enunciado. 
11 ANALISE DA LINGUA PORTUGUESA 
 
 
11.1 SINTAXE E SEMANTICA 
A sintaxe está relacionada com os aspectos superficiais da linguagem – Estrutura e 
Forma. Funciona como um conjunto de regras de combinação para formar palavras, frases e 
sentenças. A semântica está relacionada com o significado dessas construções. Nós 
podemos até conhecer a estrutura de uma palavra, mas é necessário ligarmos ela a 
semântica, se não nunca entenderemos o seu significado. 
 
Exemplo: 
Makemake Kuai Pihi. Pihi Momona 
Fonte: www.figuradelinguagem.com 
 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
35 
 
[Quer comprar peixe. Peixe Gordo.] 
 
Por mais que conheçamos a estrutura acima das palavras, podemos até nos arriscar 
a pronunciá-las, mas como não conhecemos a semântica esse enunciado não fará o mínimo 
sentido para nós. Conforme a convivência com linguagens “estranhas” ao nosso ver, nós 
passamos a compreende-las de maneira mais simples, conforme o tempo passa, a sintaxe e 
a semântica vão se articulando de maneira automática em nossa mente. 
 
Exemplos: 
(1) A mulher sorriu. 
(2) A mesa sorriu. 
 
Por mais que a estrutura sintática da frase (2) esteja correta ela não faz sentido. A 
força da “coerência semântica” é tão forte que mesmo que a organização sintática esteja 
'distorcida' a frase ou enunciado ainda possuirá sentido. 
 
Exemplo: 
“Quando 900 anos de idade você atingir, parecer tão bem você não vai.” 
 
Mesmo que a estrutura esteja modificada nós podemos compreender perfeitamente a 
frase. Mas se a estrutura sintática for perfeita e a sua semântica for defeituosa, podemos 
considerar que o ato de comunicação foi um fracasso. 
 
Exemplo: 
Idéias verdes incolores dormem furiosamente. 
 
E se a estrutura de uma frase foi reorganizada podemos obter um novo enunciado com 
sentido totalmente diferente: 
 
“Os políticos pensam que o público não sabe.” 
“O público sabe que os políticos não pensam.” 
 
E às vezes, as falhas na estrutura sintática podem originar falhas de entendimento 
(semântica), são os casos de ambiguidades: 
 
Exemplo: 
 SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
36 
 
Márcia viu o homem no parque com o telescópio. 
12 SEMÂNTICA 
12.1 O que é semântica? 
A semântica é o estudo dos significados, não só da palavra, mas das orações, frases, 
símbolos e imagens, entre outros significantes. Esse estudo da gramática está muito 
associado com a sintaxe. Caso seja feita alguma alteração na base sintática, uma alteração 
de pontuação ou de palavras, o significado de toda a frase muda, mas também pode acontecer 
de o significado de apenas uma palavra mudar. Podemos usar o exemplo de um desenho de 
uma cadeira. A sintaxe seria o desenho em si, a semântica é o significado que aquele desenho 
traz: uma cadeira. Se fizermos qualquer alteração no desenho, o significado da cadeira pode 
mudar. Se apagamos o encosto do desenho da cadeira o significado muda, aquilo não é mais 
uma cadeira, e sim um banco. 
O processo de significação é o que possibilita a comunicação. Não adianta apenas ter 
a forma e a estrutura das palavras e frases, é preciso saber os significados delas para que o 
receptor da mensagem a compreenda com perfeição. 
A sintaxe e a semântica são usadas em níveis mais específicos para a criação artística 
e publicitária. O autor pensa nos significados que quer transmitir, depois busca a melhor 
maneira e quais ou melhores elementos para fazer com que essa mensagem seja entendida. 
No estudo da gramática relacionado ao significado das palavras e frases, é preciso levar em 
consideração três aspectos: sinonímia, antonímia e homonímia. 
 
12.2 Sinônimos e Antônimos 
A sinonímia e a antonímia são aspectos muito importantes na hora de se estudar os 
significados de uma palavra ou frase. Sinônímia é a relação entre dois ou mais significantes 
que possuem o mesmo significado, ou seja, sinônimos são palavras diferentes que possuem 
o mesmo sentido. Antônimos são dois significantes que possuem significados opostos. 
Palavras que se contradizem são antônimas entre si. 
 
Exemplos: 
“Morto” e “falecido” são sinônimos, pois ambos os termos têm o mesmo significado. 
“Bondoso” e “malvado” são antônimos, pois seus significados se opõem. 
12.3 Homônimos e Polissemia 
A homonímia é um aspecto muito importante e variado na gramática portuguesa, pois 
além de contemplar a escrita, também traz aspectos da sonoridade das palavras. Os 
homônimos são significantes parecidos que possuem significados diferentes, ou seja, 
palavras parecidas ou iguais na pronúncia, escrita ou nas duas coisas, mas com

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