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Fundamentos da Economia

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Gestão Financeira 
Pública 
 
Profa. Marcia Maria da Graça Costa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
BLOCO 1. FUNDAMENTOS DA ECONOMIA 
 
Olá, aluno! 
Aqui, no Brasil, estamos habituados a conviver com grandes problemas econômicos. 
Por volta dos anos 1980 e 1990, por exemplo, uma grande taxa de inflação consumia o 
poder de compra das pessoas e empresas. A inflação foi controlada pelo Plano Real, 
mas continuamos a ter problemas na economia, entre eles, o baixo crescimento 
econômico, altas taxas de desemprego, juros elevados e a grande dívida pública. Por 
que tudo isso acontece? 
A Economia nos permite compreender essas questões, porque ela auxilia a entender 
desde o comportamento dos indivíduos (motivos que levam as pessoas a comprar ou 
não determinados produtos) até o comportamento de toda uma sociedade, passando 
pela compreensão dos fatores que direcionam as ações das empresas. 
É por isso que o objetivo deste bloco é estabelecer relações entre os problemas e 
agentes econômicos nos ambientes micro e macroeconômicos. Assim, você estará 
preparado para analisar as variáveis econômicas e seus impactos na gestão de 
organizações públicas e privadas. 
 
1.1. Conceitos fundamentais e princípios econômicos básicos 
A Economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para 
produzir bens e serviços e distribuí‐los entre indivíduos diferentes. Essa definição de 
economia tem duas ideias‐chave da ciência econômica: escassez e eficiência 
(SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
 
1.1.1. Escassez e eficiência 
Os recursos são escassos, isso quer dizer que são limitados. Por isso, a sociedade deve 
usar os seus recursos de forma eficiente para produzir bens e serviços. Por causa da 
limitação dos recursos, os bens e serviços são limitados em relação aos nossos desejos. 
 
 
 
3 
 
Em virtude da existência de desejos ilimitados, a economia precisa fazer o melhor uso 
dos recursos limitados (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
Para os autores, a Eficiência corresponde à utilização mais eficaz dos recursos de uma 
sociedade na satisfação dos desejos e das necessidades da população. 
 
1.1.2. Três problemas da organização econômica 
Para buscar a eficiência, conforme Samuelson e Nordhaus (2012), há três problemas 
principais que precisam ser resolvidos: 
a. Que bens serão produzidos e em quais quantidades? Uma sociedade deve 
determinar quais serão e quanto deve produzir de cada um dos inúmeros 
bens e serviços possíveis. Por exemplo, vamos produzir camisas ou sapatos? 
Se vamos produzir camisas, serão do tipo mais caro ou do mais barato? 
b. Como os bens são produzidos? Também é preciso determinar quem irá 
produzir, com quais recursos e com qual tecnologia de produção. Por 
exemplo, quem cultiva a terra e quem ensina? A eletricidade será obtida a 
partir de fontes de energia renovável ou fóssil? As fábricas serão dirigidas 
por pessoas ou por robôs? 
c. Para quem os bens são produzidos? Quem irá usufruir os bens produzidos 
pela atividade econômica? A distribuição da renda e da riqueza é justa e 
equitativa? Como é repartido o produto nacional entre as diferentes 
famílias? (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012) 
 
As decisões para organização econômica da produção levam a diversas situações, 
chamadas de Fronteiras de Possibilidades de Produção (FPP), que representam as 
quantidades máximas de produtos que podem ser produzidas de maneira eficiente por 
uma economia. 
 
1.1.3. Fatores de produção e produtos 
Os Fatores de Produção, de acordo com Samuelson e Nordhaus (2012), são matérias-
primas ou serviços utilizados para produzir bens e serviços. Os Produtos, conforme os 
autores, são os bens ou serviços que resultam do processo de produção. 
A terra aqui corresponde aos recursos naturais, por exemplo: terra utilizada na 
agricultura ou para a construção de moradias, fábricas e estradas; recursos energéticos 
 
 
 
4 
 
para combustível dos automóveis e para iluminar as casas; e os recursos não 
energéticos, como minérios de cobre e de ferro. 
O trabalho é o tempo despendido pelas pessoas na produção de bens e serviços. 
O capital é formado pelos bens duráveis de uma economia, desenvolvidos com a 
finalidade de produzirem outros bens. Incluem máquinas, estradas, edifícios, 
computadores, softwares e caminhões, entre outros. 
 
1.1.4. Mercado – oferta e demanda 
Em economia, mercado não é um local físico, é um mecanismo por meio do qual 
compradores e vendedores interagem para trocar bens e serviços. Seu papel central é 
estabelecer os preços para que as trocas sejam realizadas. No mercado, a oferta e a 
demanda de produtos atuam de forma combinada para estabelecer os preços. É a 
chamada Lei da Oferta e Demanda (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). Os autores 
explicam que: 
Demanda é a procura de bens e serviços para compra. A quantidade de pessoas que 
compram um produto está relacionada ao preço, por isso, a demanda aumenta 
conforme o preço cai. 
A Oferta envolve as condições em que as empresas produzem e vendem os seus bens. 
Ela também está relacionada ao preço. Quanto maior o preço, maior a oferta. Isso 
acontece porque as empresas preferem produzir os bens e serviços de maior valor. 
 
Equilíbrio de mercado 
O equilíbrio de mercado acontece quando o preço e a quantidade da oferta e da 
demanda se equiparam. Com o preço de equilíbrio, a quantidade que os consumidores 
querem comprar é exatamente igual à quantidade que os vendedores querem vender 
(SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
O mercado entra em desequilíbrio, ainda conforme os autores, quando há desajuste 
de preços. Preços acima do equilíbrio mostram que as empresas pretendem ofertar 
mais do que os consumidores querem comprar, resultando um excesso de produtos. 
Preços abaixo do equilíbrio causam aumento da demanda, acima da capacidade de 
oferta das empresas, e geram a escassez de produtos. 
 
 
 
5 
 
1.2. Evolução histórica do pensamento econômico 
As primeiras referências à Economia surgem na Grécia Antiga, por volta do ano 380 
a.C., com os estudos de Aristóteles sobre administração privada e finanças públicas. O 
mercantilismo foi a primeira escola econômica, e destacava os princípios para 
estimular o comércio exterior e guardar riquezas, além de iniciar os estudos sobre a 
moeda. Nessa época, um país seria tão forte e poderoso quanto o seu estoque de 
metal. O Estado tinha presença forte nos assuntos econômicos (MATIAS-PEREIRA, 
2015; SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
 
Saiba Mais 
Neste vídeo, você observará o papel das grandes navegações para formação da teoria 
econômica Mercantilista que dá início ao período moderno da Economia. Nessa teoria, 
há grande participação do Estado que busca a acumulação de metais como forma de 
enriquecimento. Também apresenta a Fisiocracia, que sustenta a não intervenção do 
Estado e o foco na agricultura. 
Vídeo: Pensamento Econômico Moderno 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oQMJRp0vJZs 
1.2.1. Economia clássica 
Primeira escola moderna de pensamento econômico com o conceito central de que os 
mercados tendem a encontrar equilíbrio econômico a longo prazo, porque se ajustam 
às mudanças no cenário econômico. A partir da contribuição dos economistas 
clássicos, foi formado um corpo teórico próprio da Economia. 
 
Adam Smith 
(1723-1790) 
Precursor da Teoria Econômica com um conjunto científico e com 
teorias próprias. Seu livro A riqueza das nações trata de questões 
econômicas, desde as leis do mercado e aspectos monetários até a 
distribuição do rendimento da terra, incluindo recomendações 
políticas. Ele acreditava que se houvesse livre concorrência, a “mão 
invisível” do mercado levaria a sociedade perfeição. 
David Ricardo Discutiu a distribuição do produto obtido com a aplicação de trabalho, 
https://www.youtube.com/watch?v=oQMJRp0vJZs
 
 
 
6 
 
(1772-1823) maquinaria e capital. Esse produto seria dividido entre as três classes 
da sociedade:proprietários de terra (renda da terra), trabalhadores 
assalariados (salários) e os arrendatários capitalistas (lucros do capital). 
O papel da ciência econômica seria determinar as leis que orientam 
essa distribuição. É autor da Teoria das Vantagens Comparativas 
destinada ao comércio internacional. 
John Stuart Mill 
(1806-1873) 
Consolidou as teorias dos autores clássicos e sua obra foi a base para o 
ensino de Economia no período clássico. Suas teorias avançam com a 
incorporação de elementos institucionais, além de definirem melhor as 
restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado. 
Jean Baptiste 
Say (1768-1832) 
Ampliou a obra de Adam Smith e criou a chamada Lei de Say: “A oferta 
cria sua própria procura”, ou seja, o aumento da produção se 
transforma em renda para trabalhadores e empresários. Essa renda é 
gasta na compra de outras mercadorias e serviços. 
Thomas 
Malthus (1766-
1834) 
 rimeiro economista a sistema zar uma teoria eral sobre a população, 
destacou que o crescimento da população dependia da oferta de 
alimentos e deu apoio teoria dos salários de subsistências. 
Fonte: elaborado pela autora com base em Matias-Pereira (2015). 
 
 
 
Saiba Mais 
O professor James Otteson, da Yeshiva University, sugere que uma das principais 
preocupações de Adam Smith era a situação dos pobres, os quais, no tempo dos 
estudos do economista, estavam em situação muito pior que os pobres de hoje. 
Depois de analisar séculos de estatísticas, ele descobriu que o comércio, com a 
limitação das intervenções do governo na economia, é a melhor ferramenta para 
retirar as pessoas da pobreza. 
 
Vídeo: O que motivou Adam Smith? 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=giQrGNOco7g 
 
 
 
7 
 
1.2.2. Escola Marxista 
Karl Marx (1818-1883), de acordo com Matias-Pereira (2015), desenvolveu uma Teoria 
do Valor-Trabalho na qual a mais-valia pode explicar o processo de acumulação e a 
evolução das relações entre classes sociais. Para o autor, as classes sociais seriam: 
Burguesia: classe social que se desenvolve após o desaparecimento do sistema feudal 
e que se apropria dos meios de produção. 
Proletariado: classe social obrigada a vender sua força de trabalho porque não 
consegue produzir o necessário para sobreviver. 
Mais-valia: diferença entre o valor das mercadorias e a remuneração recebida pelos 
trabalhadores para produzir. 
 
1.2.3. Escola neoclássica 
A crença na economia de mercado fez com que os autores neoclássicos não se 
preocupassem tanto com a política e o planejamento macroeconômico. Eles 
sedimentaram o raciocínio matemático acerca do aumento da população, inaugurado 
por David Ricardo, procurando isolar os fatos econômicos de outros aspectos da 
realidade social (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
O principal autor desse período foi Alfred Marshall (1842-1924). Seu livro Princípios de 
Economia serviu como livro-te to b sico at a metade do s culo . Outros 
economistas de destaque foram: illiam evons, L on alras, Eu en von hm-
Bawerk, Joseph Alois Schumpeter, Vilfredo Pareto, Arthur Pigou e Francis Edgeworth. 
Nesse período, a formalização da análise econômica evoluiu muito, com análise 
profunda do comportamento do consumidor. As Teorias Marginalista e Quantitativa da 
Moeda foram desenvolvidas nesse período (GREMAUD, 2007; MATIAS-PEREIRA, 2015). 
 
1.2.4. Escola keynesiana (século XX) 
Tem início com a obra Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, de John 
Maynard Keynes (1883-1946), em 1936. A economia mundial atravessava uma crise, 
que ficou conhecida como a Grande Depressão. A teoria econômica clássica acreditava 
que se tratava de um problema temporário. A teoria keynesiana procurou demonstrar 
que essa teoria não funcionava e apontou soluções (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
 
 
 
8 
 
 a teoria eynesiana, o volume de empre os e plicado pelo nível de produção 
nacional de uma economia, que por sua vez determinado pela demanda. Como a 
economia não se ajusta com os mecanismos de mercado, o Estado deve intervir com 
gastos públicos para gerar empregos e renda. Os autores do período defendem o papel 
ativo do Estado na economia (MATIAS-PEREIRA, 2015). 
 
1.2.5. Economia contemporânea 
A Teoria Econômica, de acordo com Matias-Pereira (2015), vem apresentando algumas 
transformações. Algumas características do período são: 
 Consciência maior das limitações e possibilidades de aplicações da teoria. 
 Avanço no conteúdo empírico da economia, ou seja, das possibilidades de obter 
informações estatísticas de análise, permitindo maior aplicação prática dos 
conceitos teóricos. 
 Consolidação das contribuições dos períodos anteriores: a análise econômica 
engloba quase todos os aspectos da vida humana. Esses estudos permitem 
melhoria do padrão de vida e do bem-estar de nossa sociedade. 
 
Saiba Mais 
Confira esse vídeo, que faz uma síntese da evolução do pensamento econômico, 
associando as análises da economia ao PIB, sob diversas perspectivas. Ao final, ele 
apresenta as formas contemporâneas de utilização dos fundamentos econômicos para 
proporcionar o desenvolvimento da economia, incluindo abordagens utilizadas em 
diversos países e a forma como as escolhas dos modelos econômicos influenciam na 
qualidade de vida das sociedades. 
 
Vídeo: O que a “Economia”, afinal de contas?!? 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=njKUaoF1EMI 
 
1.3. Análise micro e macroeconômica 
A Economia dividida em duas randes reas: Microeconomia e Macroeconomia. A 
microeconomia estuda o comportamento econômico individual das empresas, dos 
 
 
 
9 
 
consumidores, dos trabalhadores, dos investidores em mercados individuais. A 
macroeconomia estuda o funcionamento da economia como um todo (SAMUELSON; 
NORDHAUS, 2012). 
 
Saiba Mais 
Veja como esse vídeo consegue apresentar, de maneira sintética, a divisão da 
Economia em Macro e Microeconomia. Com uma animação simples e objetiva, ele 
apresentará a você os temas que são tratados em cada uma das divisões. Questões 
contextualizadas, para fixação do conteúdo, são apresentadas e respondidas. Confira! 
Vídeo: Macro e microeconomia 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=y4rJoH9dmfI 
1.3.1. Microeconomia 
Utiliza, de acordo com os autores, três teorias: Teoria do Consumidor, Teoria da Firma 
e Teoria da Produção. 
 
Teoria do consumidor 
Analisa o comportamento do consumidor em relação às suas escolhas de compras e 
como ele enfrenta as mudanças em seu ambiente. Leva em conta: preço, renda, 
preferências, produtos substitutos e produtos complementares (SAMUELSON; 
NORDHAUS, 2012). 
 
a) Preço 
Se houver variação no preço do produto, o consumidor terá que adequar seus planos 
de compra. A relação entre o preço e a quantidade de demanda é explicada pela Lei da 
Demanda: quanto maior for o preço, menor será a quantidade demandada 
(SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
 
Saiba Mais 
Se você, como muitas outras pessoas, tem dificuldades para entender gráficos, esse 
vídeo vai ajudá-lo a verificar como os diversos gráficos utilizados nas análises 
 
 
 
10 
 
econômicas são construídos e interpretados. Em especial, ele permite compreender a 
relação entre o preço dos produtos e a sua procura pelos consumidores, traduzindo o 
papel dos preços na Teoria do Consumidor de maneira lúdica e didática. 
 
Vídeo: O que é um gráfico? 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=3fClHmUuzoE&list=PLJ85jmdKU96I-
svDLj5H4FnZzX81Iorhx&index=6 
b) Renda 
É o volume de recursos financeiros disponíveis para o consumidor comprar os 
produtos de que necessita ou deseja. Ela desempenha um papel fundamental na 
demanda do consumidor. Se houver aumento de preços e de renda, ocorre aumento 
da demanda. Se houver redução dos preços e de renda, ocorre redução da demanda 
(SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
 
c) Preferências 
Os gostos e as preferências também influenciamas escolhas dos consumidores. As 
preferências são determinadas por vários fatores. 
 
Idade e o estilo 
de vida 
Crianças e adolescentes têm preferências diferentes dos adultos, em 
relação aos mesmos produtos. Por exemplo, quanto ao que vestir, 
opções de lazer e alimentação. Outro exemplo é um consumidor 
vegetariano que terá preferências diferentes em alimentos, em relação 
ao público que consome produtos de origem animal. 
Divulgação de 
estudos 
científicos 
Mostra os benefícios ou prejuízos de determinados produtos. O vinho, 
por exemplo, foi apontado como benéfico ao funcionamento do 
coração, por isso, seu consumo aumentou. 
Propaganda Também tem efeito sobre as preferências e o comportamento do 
consumidor. A extensão do poder de influência pode variar entre 
indivíduos e entre produtos. 
Jornalismo Notícias relacionadas a determinados produtos podem influenciar o 
 
 
 
11 
 
consumidor a comprar mais ou menos esses produtos. No Brasil, por 
exemplo, a operação Carne Fraca da Polícia Federal, realizada em 2017, 
denunciou a utilização de carne adulterada na produção de alimentos. 
O impacto na demanda por carne e seus derivados foi imediato, com 
queda no consumo desses produtos. 
Fonte: elaborada pela autora com base em Gremaud (2007); Samuelson e Nordhaus (2012). 
 
d) Produtos substitutos 
São aqueles que podem ser consumidos em substituição aqueles cuja demanda está 
sendo analisada. Alterações nas condições de mercado desses produtos também 
resultarão em deslocamentos da demanda do produto que está sendo analisado. Por 
exemplo, uma redução no preço álcool leva a uma queda da demanda por gasolina, 
porque os consumidores irão substituir gasolina por álcool (SAMUELSON; NORDHAUS, 
2012). 
 
e) Produtos complementares 
São aqueles consumidos em conjunto, como o feijão com arroz; café com leite; pão 
com manteiga; salgado (coxinha, esfirra, quibe) com refrigerante. Um aumento do 
preço do produto complementar provoca uma queda na demanda do outro produto. 
Por exemplo, um aumento no preço de refrigerantes reduz a demanda da combinação 
salgados + refrigerante (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
 
Teoria da firma 
Conforme Gremaud (2007) e Samuelson e Nordhaus (2012), é a teoria que analisa o 
comportamento das empresas (firmas) que produzem os bens e serviços que serão 
demandados pelos consumidores. São tomadas decisões sobre: quanto produzir; 
quanto custará; e por quanto será vendido. 
 
a) Quanto produzir 
Essa decisão determina a oferta, que representa a reação do produtor às mudanças 
nas condições de mercado, sintetizadas pelo preço. Quanto maior for o preço, maior 
 
 
 
12 
 
será a utilização de recursos na produção para aumentar a quantidade a ser produzida 
(ofertada). É a Lei da Oferta (GREMAUD, 2007; SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
 
Saiba Mais 
O vídeo trata da Lei da Oferta, portanto, os argumentos utilizados para explicar essa lei 
reforçam as variáveis integrantes da Teoria da Firma quanto às decisões de quanto 
produzir. Os exemplos utilizados permitem compreender quais são os mecanismos que 
levam os produtores a decidir pela produção de maiores quantidades, à medida que o 
preço aumenta. 
Vídeo: Oferta: Economia. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MPWD6b-
OXYw&list=PLtUQomzoAc794s9zexFKckTiDm-nyct1X&t=0s&index=7 
b) Quanto custará 
Os custos associados à produção podem ser fixos ou variáveis, e o custo total será a 
soma desses custos. 
Custos fixos Não se alteram em relação à quantidade produzida. Por exemplo: o 
aluguel do imóvel onde está instalada a empresa permanecerá fixo, 
mesmo que a quantidade produzida aumente ou diminua. 
Custos variáveis São classificados dessa forma porque variam de acordo com a 
quantidade produzida. Por exemplo: a quantidade de farinha necessária 
para fabricar pães será menor ou maior de acordo com a quantidade de 
pães que serão produzidos. 
Fonte: elaborada pela autora a partir de Gremaud (2007); Samuelson e Nordhaus (2012). 
c) Por quanto será vendido 
O obje vo do produtor obter o lucro m imo, por isso, o preço do produto deverá 
ser suficiente para pagar os custos e dar lucros (GREMAUD, 2007; SAMUELSON; 
NORDHAUS, 2012). 
 Limite máximo de preço: quanto os consumidores estão dispostos a pagar pelo 
produto. 
 Limite mínimo de preço: é aquele suficiente para proporcionar lucros. 
 
 
 
13 
 
Teoria da produção 
Conforme Gremaud (2007) e Samuelson e Nordhaus (2012), é a teoria que analisa 
como as empresas transformam os fatores de produção (terra, trabalho e capital) nos 
produtos desejados. Com base na função de produção, são determinadas as 
quantidades máximas de produto que podem ser obtidas com uma determinada 
quantidade de fatores de produção, considerando a tecnologia disponível. 
 
Saiba Mais 
Neste vídeo, você terá oportunidade de retomar o conceito da Teoria da Firma para 
ampliar a compreensão das variáveis que integram a Teoria da Produção. Nele, você 
poderá verificar como os métodos utilizados para transformar os fatores de produção 
em produtos determina a quantidade de produtos que a empresa decide fabricar para 
atingir seus objetivos. Também poderá observar a classificação dos custos dos fatores 
de produção em fixos e variáveis. 
 
Vídeo: Teoria da Produção 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OG_pNXIKd3Q 
 
Sobre produto, temos: 
Produto 
total 
Mostra a quantidade total produzida, em unidades físicas, tais como toneladas 
de trigo ou pares de calçados, decorrente de um aumento do trabalho 
utilizado. O produto total começa em zero, não se utilizando qualquer trabalho 
e depois aumenta com a utilização de unidades de trabalho adicionais. 
Produto 
médio 
Corresponde ao produto total dividido pelo número de unidades do fator de 
produção utilizado. A quantidade média de produtos diminui, apesar de novas 
unidades de trabalho serem acrescentadas. 
Produto 
marginal 
O produto marginal de um insumo é o produto adicional gerado por 1 unidade 
adicional desse insumo, mantendo os demais insumos constantes. 
Fonte: elaborada pela autora com base em Gremaud (2007); Samuelson e Nordhaus (2012). 
 
 
 
 
14 
 
Lei dos rendimentos decrescentes: de acordo com essa lei, uma empresa obtém cada 
vez menos produto adicional, à medida que acrescenta outras unidades de um fator de 
produção (GREMAUD, 2007; SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
 
1.3.2. Macroeconomia 
As análises e os estudos macroeconômicos estudam o funcionamento da economia 
como um todo, procurando contribuir para o crescimento econômico do país. 
Objetivos macroeconômicos: o principal objetivo macroeconômico é atingir um nível 
elevado e crescimento rápido da produção, desemprego reduzido e preços estáveis. 
 
Produção 
O primeiro objetivo da atividade econômica é produzir os bens e serviços que 
a população deseja. A medida mais abrangente da produção total de uma 
economia é o Produto Interno Bruto (PIB). O PIB é a quantificação do valor de 
mercado de todos os bens e serviços finais – cerveja, automóveis, concertos 
de rock, passeios etc. – produzidos em um país durante um ano. 
Emprego 
O emprego e o desemprego são os mais diretamente sentidos pelas pessoas, 
que querem encontrar empregos bem remunerados sem procurar, ou 
esperar, durante muito tempo e querem ter segurança no emprego e bons 
benefícios. Por isso, o segundo objetivo macroeconômico é aumentar a 
oferta de emprego, que tem como contrapartida um baixo índice de 
desemprego. 
Preços 
O terceiro objetivo macroeconômico é a estabilidade dos preços, definida por 
uma taxa de inflação baixa e estável. A taxa de inflação é a variação 
percentual do nível geral de preços de um ano para o seguinte. 
Uma deflação ocorre quando os preços diminuem (taxa de inflação negativa). 
No outro extremo está a hiperinflação, um aumento relevante no nível de 
preços. 
Fonte: elaborada pela autora com base em Gremaud (2007); Samuelsone Nordhaus (2012). 
 
 
 
 
 
15 
 
Saiba Mais 
Você poderá, com este vídeo, compreender de forma mais ampla o que é e para que 
serve o PIB. Você também poderá observar como a produção de cada ano é 
mensurada para determinar o valor do PIB, uma vez que toda produção das riquezas 
de um país precisa ser transformada em valores para que o PIB seja calculado. 
 
Vídeo: O que é PIB? 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kVpfracvxk4 
 
Instrumentos macroeconômicos: um instrumento de política macroeconômica é uma 
variável econômica sob o controle do governo que pode influenciar um ou mais 
objetivos macroeconômicos (SAMUELSON; NORDHAUS, 2012). 
 
Política 
monetária 
Por meio da política monetária, o governo realiza a gestão da moeda, do 
crédito e do sistema bancário do país. Isso é feito com a fixação de objetivos 
da taxa de juros (a taxa Selic). Já a compra e a venda de títulos públicos 
influenciam muitas variáveis financeiras e econômicas, tais como as taxas de 
juros, os preços das ações, os preços dos imóveis e as taxas de câmbio. 
Política 
fiscal 
A política fiscal corresponde ao uso das despesas do governo e de impostos 
para promover o crescimento econômico do país. Despesas do governo são as 
compras governamentais (para construção de estradas, hospitais e escolas, por 
exemplo) e as transferências que ampliam as rendas de grupos determinados, 
como os idosos e os desempregados. O aumento ou redução da carga 
tributária (total de tributos cobrados pelo governo) afeta a globalidade da 
economia de dois modos. Por um lado, os impostos reduzem ou aumentam a 
renda das pessoas; por outro lado, afetam os preços dos bens. 
Fonte: elaborada pela autora com base em Samuelson e Nordhaus (2012). 
 
 
 
 
 
16 
 
Saiba Mais 
Nesta forma simplificada do funcionamento da economia, você terá oportunidade de 
identificar o papel da política monetária para que os objetivos macroeconômicos 
sejam atingidos. Assim, você perceberá de que maneira as alterações das políticas 
monetárias influenciam a taxa de juros (Taxa Selic), o volume de crédito e o consumo. 
Por consequência, essas decisões também determinam o funcionamento da economia 
do país, pois o consumo maior ou menor determina o volume de produção, a geração 
de empregos e os preços dos produtos. 
 
Vídeo: Como Funciona a Economia? 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YDF3kNQhfGY 
 
Conclusão 
Neste bloco, vimos que a Economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam 
recursos escassos para produzir bens e serviços e distribuí‐los entre indivíduos 
diferentes. Por esse motivo, decisões sobre o que produzir, como e para quem são 
importantes podem ser analisadas a partir da Lei da Oferta e da Demanda. O mercado 
é o mecanismo que regula demanda e oferta por meio dos ajustes de preços. 
O pensamento econômico é identificado desde a Antiguidade, mas a primeira escola 
econômica foi o Mercantilismo, no qual o Estado tinha presença forte nos assuntos 
econômicos. Com os estudos de Adam Smith, tem início a escola Clássica, na qual o 
crescimento econômico estaria baseado na livre concorrência de mercado e na baixa 
intervenção do governo na economia. A escola Marxista contribuiu com os conceitos 
de classes sociais e da mais-valia. 
Os autores neoclássicos mantêm a crença na economia de mercado, e aprofundam os 
estudos isolando os fatos econômicos de outros aspectos da realidade social. No 
século XX, em decorrência da grave crise mundial, John Maynard Keynes inaugura o 
chamado pensamento keynesiano, no qual a intervenção do Estado na economia é 
necessária. 
A Economia é estudada por meio de duas divisões: micro e macroeconomia. A 
microeconomia estuda o comportamento econômico individual das empresas, dos 
 
 
 
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consumidores, dos trabalhadores e dos investidores em mercados individuais. Ela 
utiliza as Teorias do Consumidor, da Firma e da Produção. A macroeconomia estuda o 
funcionamento da economia como um todo, procurando contribuir para o crescimento 
econômico do país. Para atingir um nível elevado e crescimento rápido da produção, 
desemprego reduzido e preços estáveis, os governos utilizam a Política Monetária e a 
Política Fiscal. 
 
Referências 
GREMAUD, A. P. et al. . São Paulo: Atlas, 2007. 
MATIAS-PEREIRA, J. Curso de economia política: foco na política macroeconômica e 
nas estruturas de governança. São Paulo: Atlas, 2015. 
SAMUELSON, P. A.; NORDHAUS, W. D. Economia. 19. ed. Trad. Elsa Fontainha. Porto 
Alegre: AMGH, 2012.

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