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Como o solo é formado Intemperismo RESUMO | MECÂNICA DOS SOLOS I A FORMAÇÃO DO SOLO A FORMAÇÃO DO SOLO O solo é formado a partir da exposição da rocha mãe na superfície terrestre e consequente ação do intemperismo nela. Ele também pode ser formado pela deposição do material não consolidado em uma paisagem estável. ENTENDENDO MELHOR A FORMAÇÃO DO SOLO Rocha inalterada, ou seja, não sofreu nenhum tipo de alteração física ou química relevante, é um material consolidado (único, sólido, fundido). ROCHA MÃE SOLO Fragmentos de diversos tamanhos da rocha mãe após sofrer alterações físicas ou químicas sendo agora um material não consolidado. Importante: Esses fragmentos podem ser da rocha mãe local (solo residual) ou de uma rocha mãe que está distante (solo transportado), tendo sido conduzido até ali pelo vento, chuva, etc. Veremos adiante! ATUAÇÃO DO INTEMPERISMO: O intemperismo é “o conjunto de processos de ordem física, química e biológica que atuam sobre a rocha exposta na superfície terrestre ou próxima dela, promovendo sua desagregação e alteração química”. Vamos entender cada um desses processos a seguir: Anotações das aula do professor Bruno do Departamento de Engenharia Civil - UFV No intemperismo físico a rocha é desagregada sem que haja qualquer tipo de modificação mineralógica ou química na sua composição. O que acontece é apenas a quebra dela em pedaços menores e isso pode acontecer por diversos motivos; INTEMPERISMO FÍSICO INTEMPERISMO FÍSICO TERMAL A quebra da rocha se dá devido à variação de temperatura. O que provoca essa variação de temperatura é a radiação solar. SHALER (1869) "Observou que a superfície exposta à radiação solar tende a se expandir, enquanto que a superfície oposta permanece inalterada, de modo que, se a dilatação superar a coesão dos materiais, há a desagregação destes." KESSLER (1919) "Observou um ligeiro aumento no comprimento de barras de mármore aquecidas a várias temperaturas e depois resfriadas lentamente até a temperatura inicial, evidenciando que as rochas, em geral, sofrem deformações permanentes e acumulam tensão de expansão devido a repetidos aquecimentos." Observações importantes nos estudos dos efeitos da variação de temperatura nas rochas. Vamos pensar: a rocha se expande por igual? Se ela expandisse e contraísse por igual faria sentido ela quebrar? A resposta é NÃO! As rochas sofrem ruptura porque são heterogêneas tanto mineralogicamente quanto granulometricamente, ou seja, são formadas por mais de um tipo de mineral e por tamanhos diferentes desses minerais. Cada mineral possui um coeficiente de dilatação volumétrica diferente, logo, cada parte da rocha vai sofrer expansão ou contração de forma diferente, por isso são geradas essas tensões internas que fazem com que a rocha se quebre. Anotações das aula do professor Bruno do Departamento de Engenharia Civil - UFV Minerais com cristais de tamanho maior; Minerais mais próximos à superfície da rocha; Minerais de coloração mais escura (absorvem mais calor); Minerais com coeficiente de dilatação volumétrica maior; NÃO ESQUEÇA: O corpo rochoso tende a ser mais susceptível à desagregação quando apresenta muitos minerais com as seguintes características: Basta se lembrar da fórmula da variação volumétrica em função da variação de temperatura e do volume inicial: ΔV = Vi . γ . ΔT onde: Vi é o volume inicial γ é o coeficiente de dilatação volumétrico ΔT = (T - Ti) = variação da temperatura INTEMPERISMO FÍSICO MECÂNICO Bem mais simples de entender, é a quebra da rocha se dá devido à esforços mecânicos em que ela é submetida, ou seja, processos que fazem a rocha sofrer um aumento de pressão que a leve a ruptura. Por exemplo, o congelamento da água que entra por fissuras da rocha: quando a água congela ela se expande (anomalia da água), logo ela passa a ocupar um espaço maior dentro da rocha e isso força a estrutura da mesma, aumentando as fissuras e levando à ruptura. A cristalização dos sais é outro exemplo muito comum no litoral, na beira mar. As rochas que estão em contato direto com o mar levam "banhos" da água repleta de sais dissolvidos. Porém, a medida que esses sais vão cristalizando no interior da rocha, vai surgindo uma pressão dentro dela que leva a sua ruptura. No intemperismo químico a estrutura dos minerais que compõe a rocha sofre alteração química indo da forma instável para a estável. Isso acontece principalmente por causa do contato com a água (precipitação e umidade da atmosfera). Então não é apenas uma quebra da rocha, é uma mudança em sua composição qúimica! INTEMPERISMO QUÍMICO Existem três mecanismos principais que geram esse processo de mudança: a troca de cátions, a hidratação e a oxidação. Anotações das aula do professor Bruno do Departamento de Engenharia Civil - UFV TROCA DE CÁTIONS Basicamente os íons básicos presentes nas estruturas cristalinas dos minerais da rocha, em geral cátions, trocam de lugar com os íons presentes em solução, por exemplo o H+ proveniente da dissociação da água. HIDRATAÇÃO É a incorporação de água à estrutura do mineral por processos que hidrolisam as ligações metal-oxigênio. A hidratação ocorre porque as moléculas de água são atraídas pelas cargas elétricas existentes na superfície do mineral. OXIDAÇÃO Ocorre quando um elemento da estrutura mineral, geralmente o oxigênio molecular, perde elétrons aumentando sua carga Observação: Podem ocorrer também reações de dissolução, redução e hidrólise. INTEMPERISMO BIOLÓGICO O INTEMPERISMO FÍSICO É UM CONTROLADOR DO INTEMPERISMO QUÍMICO! O intemperismo físico promove a redução do tamanho das partículas e, portanto, aumentando sua área superficial específica, tornando-as mais suscetíveis a reações químicas rápidas. Pequenos animais; Crescimento e penetração de raízes em fendas; Dissolução de CO2 ; Absorção de nutrientes; Quelatação: ocorre quando os quelatos, que são minerais produzidos pelos organismos, aprisionam cátions metálicos por uma ou mais de suas ligações químicas formando complexos metálicos estáveis. A quebra das dos minerais e rochas é ocasionado por ações biológicas, sendo elas físicas ou químicas, como:
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