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Projeto de Edificações Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dr. Antonio Carlos da Fonseca Bragança Pinheiro Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil • Conhecer as características de concepção dos projetos na área de construção civil; • Entender o processo de concepção de projetos e as interfaces de compatibilização entre as disciplinas, o projeto legal e a acessibilidade nas edificações; • Conhecer a gestão de projetos. OBJETIVOS DE APRENDIZADO • Introdução; • Racionalização; • Construtibilidade; • Coordenação de Projetos; • Processo de Concepção do Projeto; • Projeto Simultâneo; • Interfaces de Compatibilização entre Disciplinas; • Projeto Legal; • Acessibilidade nas Edificações; • Gestão de Projetos. UNIDADE Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil Introdução Neste início de século XXI existe a preocupação crescente dos profissionais en- volvidos em operações construtivas com o processo de projeto, com a intenção de melhorar o desempenho das obras a partir da gestão do processo de projetos. Mesmo realizando adequada gestão do projeto, ainda não é possível quantificar os resultados obtidos de forma exata, em termos de desempenho ou custo. Alguns pesquisadores indicam que uma adequada gestão do processo de projetos poderia causar redução de 6% do custo direto das obras. Um dos objetivos da gestão do projeto é a racionalização de recursos e, para isso, podem ser empregados os conceitos de construtibilidade, sistemas de gestão da qualidade e coordenação de projetos, entre outras ferramentas de gestão (Figura 1). Conceitos empregados para a racionalização de recursos Racionalização Coordenação de Projetos Construtibilidade Figura 1 Racionalização A racionalização é um conceito intrínseco ao conjunto de ações na racionalização de recursos, que pode ser aplicada ao setor construtivo e para as técnicas construti- vas envolvidas. A intenção desse conceito é aplicar ações que otimizem o uso dos recursos mate- riais, humanos, organizacionais, energéticos, temporais e financeiros disponíveis no processo construtivo (Figura 2). Otimização dos recursos Objetivos da racionalização aplicada ao setor construtivo Organizacionais Temporais Financeiros Materiais Humanos Energéticos Figura 2 8 9 Construtibilidade A construtibilidade na racionalização dos recursos é o uso ótimo do conhecimento e da experiência compartilhada em construção aplicada ao planejamento, projeto, à contratação e ao trabalho no canteiro de obras, com a intenção de atingir os objeti- vos gerais dos empreendimentos. Assim, a construtibilidade nos projetos é o detalhamento adequado dos elementos de projeto com o objetivo de atender aos requisitos técnicos e financeiros dos empre- endimentos, levando em conta a relação projeto versus construção, para melhorar a efetividade do projeto e, com isto, possibilitar a constituição de subsídios para o processo de construção no canteiro de obras. A construtibilidade é relacionada à adequada utilização do conhecimento e da experiência técnica em vários níveis, com a intenção de racionalizar a execução dos empreendimentos, enfatizando a inter-relação entre as etapas de projeto e de execu- ção da obra (Figura 3). Adequada utilização do conhecimento e da experiência técnica Enfatizando a inter-relação entre as etapas de projeto e de execução Construtibilidade Racionalizar a execução dos empreendimentos Figura 3 – Construtibilidade para a racionalização de recursos A construtibilidade no projeto pode ser considerada como a aplicação desse co- nhecimento e experiência durante o desenvolvimento dos projetos, junto às diretrizes gerais que permitam racionalizar a execução dos empreendimentos. Coordenação de Projetos A coordenação de projetos na racionalização dos recursos pode ser definida como o processo que compreende a organização das etapas do projeto, a análise, o con- trole e a compatibilização das soluções técnicas, a elaboração de projetos executivos e o acompanhamento de seus desempenhos (Figura 4). 9 UNIDADE Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil Coordenação de projetos Processo de Organização das etapas de projeto Análise, controle e compatibilidade de soluções técnicas Elaboração de projetos executivos Acompanhamento do desempenho dos projetos Figura 4 – Coordenação de projetos na racionalização de recursos Pode-se dizer que a aplicação do conceito de construtibilidade está implicitamente inserida na coordenação de projetos, tendo como objetivo específico racionalizar os recursos para melhorar o desempenho do empreendimento, sendo ligados a um sistema de gestão da qualidade. As principais fases de um projeto de construção civil são as seguintes (Figura 5): 1. Análise do local da obra e levantamento de informações; 2. Concepção do projeto arquitetônico; 3. Concepção dos demais projetos; 4. Elaboração dos desenhos; 5. Revisão e aprovação dos projetos; 6. Legalização da obra; 7. Definição de prazos; 8. Orçamentação de materiais, mão de obra e equipamentos; 9. Execução e gerenciamento; 10. Entrega, ocupação e operação da obra. Preliminar Análise do Local da Obra e Levantamento de Informações Projetos Concepção dos Demais Projetos Elaboração dos Desenhos Revisão e Aprovação dos Projetos Execução Execução e Gerenciamento Entrega, Ocupação e Operação da Obra Planejamento Legalização da Obra De�nição de Prazos Orçamentação de Materiais, Mão de Obra e Equipamentos Concepção do Projeto Arquitetônico Figura 5 – Principais fases de projeto de construção civil 10 11 Processo de Concepção do Projeto O processo de projeto na construção de edifícios é composto por várias espe- cialidades de projeto como, por exemplo, projeto de arquitetura, projeto estrutural, projeto de sistemas prediais, entre outros, que desenvolvem diferentes soluções tec- nológicas e que devem ser interligadas nas diferentes etapas de projeto (Figura 6). Especialidades de projetos na construção de edifícios Projeto Estrutural Projeto de Sistemas Prediais Outros Projetos Projeto de Arquitetura Figura 6 – Especialidades de projetos na construção de edifícios O processo de projeto acontece através de diferentes etapas sucessivas, em que a escolha entre as possíveis alternativas é feita com base nos resultados e no desenvol- vimento das soluções adotadas. Na construção de edifícios existe relação hierárquica entre a arquitetura e todos os demais projetos que compõem os projetos das edificações. O projeto de arquitetura é o responsável pelas indicações a serem seguidas pelos demais projetos. No processo de projeto geralmente utilizado no setor da construção civil, é co- mum que o início de uma etapa de projeto de determinada especialidade dependa do término de uma etapa de diferente especialidade, cujo grau de aprofundamento e maturação das decisões é equivalente ao grau da etapa (da outra especialidade) que se inicia. Por exemplo, a etapa de anteprojeto de estruturas tem como pré-requisito a etapa de anteprojeto de arquitetura. Assim, a fase de concepção das edificações ocorre de forma separada do desen- volvimento do projeto, isto é, o trabalho do projetista de arquitetura ocorre previa- mente e, geralmente, sem a interação com os demais projetistas das outras especia- lidades relativas às edificações. O projeto de arquitetura comumente é desenvolvido a partir da pesquisa de mer- cado e aquisição do terreno onde será feita a edificação. Na sequência, o projeto de arquitetura é aprovado nos órgãos competentes, para a obtenção de recursos finan- ceiros e o lançamento do empreendimento no mercado. Em geral, somente após a etapa de lançamento dos edifícios é feita a contratação dos demais projetistas que participarão do desenvolvimento dos projetos das outras discipli- nas. Desta maneira, é possível perceber que a atuação dos diversos projetistasenvolvidos 11 UNIDADE Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil no processo não ocorre de maneira conjunta. O projeto é elaborado sem a efetiva contri- buição de todos os participantes ao longo das diferentes etapas do processo de projeto. Igualmente, é possível verificar que, durante o desenvolvimento do projeto, pra- ticamente não existe a participação das construtoras e dos futuros usuários, sendo significativa a influência dos incorporadores. Algumas das dificuldades com relação à implantação do fluxo do processo de projeto podem ser relacionadas a seguir (Figura 7): • Baixo grau de comprometimento com o projeto: profissionais e empresas de arquitetura têm baixo compromisso com a estratégia e metas dos contratantes (custos, prazos, atendimento ao usuário final); • Falta de estratégia de produto: baixa estratégia de produto por parte dos contratantes; • Ausência de metodologias adequadas de marketing: ausência de metodo- logias para o levantamento das necessidades dos clientes, tanto do investidor como do usuário final; • Excesso de retrabalho no processo de desenvolvimento do projeto: excesso de retrabalho em função de alterações por parte do contratante e da falta de integração entre os diversos agentes participantes; • Falta de controle da qualidade no processo de projeto: falta ou baixo con- trole de qualidade durante o processo de projeto; • Ausência de sistematização na troca de informações: não existe troca siste- mática de informações entre os escritórios de projeto e as obras em execução, não promovendo, assim, a aplicação dos princípios de racionalização e constru- tibilidade desde a etapa inicial do processo de projeto; • Ausência de coordenação do processo de projeto da edificação: não há um trabalho conjunto entre a construtora, os demais projetistas e o escritório de arquitetura durante o processo de projeto do edifício. Exemplos de fatores para a falta de qualidade do projeto Baixo grau de comprometimento com o projeto Falta de estratégia de produto Falta de controle da qualidade no processo de projeto Ausência de metodologias adequadas de marketing Excesso de retrabalho no processo de desenvolvimento do projeto Ausência de coordenação do processo de projeto da edi�cação Ausência de sistematização na troca de informações Figura 7 – Exemplos de Fatores para Falta de Qualidade do Projeto Esses fatores contribuem para a falta da qualidade do projeto como um todo, pois esse é desenvolvido sem uma visão sistêmica, na qual todas as necessidades e exi- gências dos diversos clientes do processo deveriam ser consideradas. 12 13 Projeto Simultâneo A técnica do projeto simultâneo é uma alternativa que pode ser utilizada para a melhoria do desempenho dos projetos em relação ao atendimento das necessidades dos usuários das edificações e dos clientes intermediários que são envolvidos no pro- cesso de produção. O projeto simultâneo é a aplicação da metodologia de desenvolvimento de produ- tos com Engenharia Simultânea (ES), que é amplamente utilizada nas indústrias de transformação (são aquelas que transformam um material primário em um produto finalizado ou em um produto intermediário e destinado à outra indústria de transfor- mação) – por exemplo, temos as indústrias de transformação: • De alimentos; • Automobilística; • De bebidas; • Farmacêutica; • De máquinas e equipamentos; • Metalúrgica; • De plásticos e borrachas; • Química; • Têxtil. O projeto simultâneo possibilita o desenvolvimento de produtos com ganhos em termos de redução do tempo de lançamento de novos produtos no mercado, obtido através do compartilhamento de informações com todos os envolvidos no processo de projeto e a consequente redução do tempo global de desenvolvimento do produto. A engenharia simultânea proporciona a redução de problemas de produção e de uso decorrentes do projeto, o que é potencializado pela maior interação entre as fases de projeto e a consideração antecipada das necessidades dos vários envolvidos no ciclo de vida do produto. As bases do projeto simultâneo, provenientes da engenharia simultânea, são as seguintes: • Realização simultânea de várias etapas do processo de desenvolvimento de produto, em especial, desenvolvimento conjunto de projetos do produto e para produção; • Integração no projeto de visões de diferentes agentes do processo de produção, através da formação de equipes multidisciplinares; • Incentivo à interatividade entre os participantes da equipe multidisciplinar com ênfase para o papel do coordenador de projetos como facilitador do processo; • Forte orientação para a satisfação dos clientes e usuários (transformação das aspirações dos clientes em especificações de projeto). 13 UNIDADE Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil Do ponto de vista operacional, o projeto simultâneo está associado à realiza- ção simultânea de atividades de projeto de forma a trazer para a concepção do produto a participação de vários especialistas envolvidos em diferentes etapas do ciclo de produção dos empreendimentos, procurando prever as necessidades e visões dos clientes. Interfaces de Compatibilização entre Disciplinas A compatibilidade de um projeto é definida como um atributo de um projeto, cujos componentes dos sistemas ocupam espaços que não conflitam entre si, bem como possui dados compartilhados com consistência e confiabilidade até o final do processo de projeto e execução das obras. O projeto pode ser conceituado como a descrição gráfica e escrita das proprie- dades de um serviço ou obra de engenharia, que define os seus atributos técnicos, econômicos, legais e financeiros. A atividade de compatibilização de projetos é a ação que torna os projetos com- patíveis, proporcionando soluções integradas entre as diversas áreas que tornam possíveis os empreendimentos. Para realizar a compatibilização de projetos é necessária a sobreposição dos vá- rios projetos e identificar as interferências. Devem ser feitas reuniões entre os proje- tistas das diversas disciplinas ou especialidades com a coordenação, com a intenção de solucionar possíveis interferências dos projetos. A compatibilização dos projetos deve ocorrer em todas as etapas como, por exemplo, estudos preliminares, anteprojeto, projetos legais e projeto executivo. Deve integrar as diversas soluções, identificando interferências como, por exemplo, aquelas relacionadas às geometrias dos diversos elementos componentes dos projetos das edificações. Ademais, para a compatibilização de projetos é possível utilizar técnicas como, por exemplo: • Sobreposição de projetos bidimensionais (2D) com a utilização de softwares de Computer Aided Design (CAD): desenho assistido por computador; • Integração de modelos tridimensionais (3D): maquetes físicas ou eletrônicas; • Aplicação do método Failure Mode and Effect Analysis (FMEA): análise do modo e efeito de falha. Este método tem a intenção de detectar interferências físicas, utilizando controles (checklists) para compatibilizar informações de projeto. Já a sobreposição de projetos pode ser realizada em pares de disciplinas para facili- tar a visualização e interpretação das interferências como, por exemplo, os projetos de: • Arquitetura e de estruturas; • Arquitetura e de ar-condicionado; 14 15 • Estruturas e de ar-condicionado; • Estruturas e de instalações hidráulico-sanitárias; • Estruturas e de instalações elétricas; • Instalações hidráulico-sanitárias e de instalações elétricas. Os controles (checklists) realizados em cada uma das disciplinas de projeto têm como objetivo auxiliar na consistência das informações entre os projetos, através do cruzamento das informações entre os diferentes projetos (Tabela 1). Tabela 1 – Exemplo de checklist de especialidade 3 Checklist de instalações elétricas (térreo) Item Descrição Quantidade Unidade 3.1 Quadro de Luz 2 Unidades 3.2 Eletrodutos 12 mm 100 Metros 3.3 Eletrodutos 25 mm 50 Metros 3.4 Interruptoressimples 10 Unidades 3.5 Interruptores paralelos 20 Unidades 3.6 Tomadas 30 Unidades 3.7 Caixas 4 × 2 30 Unidades 3.8 Caixas 4 × 4 30 Unidades As informações do briefing, das diretrizes e dos requisitos são inseridos em um quadro denominado matriz de informação (Tabela 2). No decorrer do desenvol- vimento dos projetos essa matriz é ampliada com informações de acordo com as necessidades das interdependências dos projetos das edificações. Tabela 2 – Exemplo de matriz de informação Destino Origem Projeto Arquitetura Estruturas Instalações de ar-condicionado Arquitetura – Estrutura convencional ou diferenciada no desenvolvimento preliminar do projeto de arquitetura. Espaços adequados para o sistema de resfriamento do ar-condicionado. Estruturas Plano de compartimen- talização dos ambientes para avaliação das cargas na estrutura – Peso do sistema de resfriamento para o dimensiona- mento estrutural Instalações de ar-condicionado Dimensões dos dutos de ar-condicionado para a determinação do rebaixamento do forro Vigas que poderão ser furadas para a passagem dos dutos de ar-condicionado – A matriz de informação deve ser disponível a todos os envolvidos nas diversas disciplinas, sendo que somente o coordenador poderá editar as informações – esta condição é necessária para evitar a inconsistência das informações. 15 UNIDADE Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil Outro instrumento de gestão integrada de projetos é a matriz de interferências físicas, a qual serve para relatar as interferências físicas encontradas no processo de compatibilização (Tabela 3). Tabela 3 – Exemplo de matriz de interferências físicas Destino Origem Projeto Arquitetura Estruturas Instalações de ar-condicionado Arquitetura – Pilar na posição da porta Duto de ar-condicionado interferindo na rampa de acesso de veículos Estruturas – – Furo do duto de ar-condicionado em elementos estruturais Instalações de ar-condicionado – – – Os cuidados apresentados nas matrizes de informação e de interferências físicas têm como base que os principais problemas que surgem ainda na etapa de projeto são os seguintes (Figura 8): • Incompatibilidades entre os diferentes projetos; • Erros ou diferenças de cotas, níveis e alturas; • Falta de detalhamento dos projetos; • Detalhamento inadequado dos projetos; • Falta de especificação de materiais e componentes. Principais problemas na fase de projetos Erros ou diferenças de cotas, níveis e alturas Falta de detalhamento dos projetos Detalhamento inadequado dos projetos Incompatibilidade entre os diferentes projetos Falta de especi�cação de materiais e componentes Figura 8 – Principais problemas na fase de projetos Com a necessidade de novas ferramentas de compatibilização de projetos, a cria- ção da tecnologia da plataforma Building Information Modeling (BIM) – modelagem de informações de construção – pode ser considerada um grande avanço na resolu- ção de diferentes problemas na construção civil. A tecnologia BIM permite a construção digital de um modelo virtual preciso de uma edificação; assim como possibilita a interação de diversos projetos, facilitando a análise tridimensional e a sua organização, fazendo com que não haja um elemento construtivo no mesmo espaço que outro – é o seu diferencial em comparação à 16 17 plataforma CAD, esta que desenvolve apenas uma representação em linhas do dese- nho, não sendo orientado ao objeto (como no caso do BIM). Ademais, o BIM incorpora a representação visual do objeto, a sua geometria e os seus atributos, possibilitando a validação da viabilidade construtiva das soluções de projeto, permitindo a previsão de desempenho, evitando erros e desperdícios. A principal característica do BIM é a combinação de seu sistema de modelagem 3D com uma gestão, compartilhamento e troca de dados durante a vida útil da edi- ficação, tendo como resultado um modelo com imagens gráficas tridimensionais em tempo real, onde cada linha e objeto apresentam dados físicos reais. A plataforma BIM tem as seguintes camadas: • 3D: representa a arquitetura, estrutura e as instalações do projeto; • 4D: representa a variável tempo, possibilitando definir prazos de execução, e identificar falhas de planejamento; • 5D: representa o fator custo, indicando quantitativamente as quantidades e as- sociando aos valores unitários, gerando orçamentos; • 6D: representa a sustentabilidade do empreendimento, realizando simulações térmicas e de iluminação, otimizando os processos para a redução de custos; • 7D: representa o gerenciamento, a manutenção e operação dos empreendi- mentos, indicando as datas de instalações, os manuais e as alterações das medi- das dos ambientes realizadas ao longo da obra; • 8D: representa a segurança do trabalho nas obras, identificando antecipada- mente diferentes problemas. Na fase de orçamentação da obra, os profissionais orçamentistas precisam de informações dos materiais e o quantitativo que será utilizado para, posteriormente, dar continuidade ao orçamento. A plataforma BIM informa automaticamente os va- lores quantitativos, facilitando a orçamentação, pois reduz os erros quantitativos e o tempo de serviço. Projeto Legal O projeto legal é um instrumento jurídico que comprova que o projeto a ser cons- truído está elaborado conforme as leis de cada município. É possível, assim, solicitar financiamento para construção, ou realizar empréstimo para o investimento de re- formas, ou para outros fins. O projeto legal é um conjunto de documentos que será submetido à análise e aprovação de órgãos públicos e/ou privados. A prefeitura municipal é um exemplo de órgão público que analisa um projeto de construção de edificações, uma vez que é a sua atribuição fiscalizar o uso e a ocupa- ção do solo municipal. 17 UNIDADE Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil Podem haver outros órgãos interessados no projeto legal como, por exemplo, órgãos de proteção ambiental, se a edificação estiver próxima a um manancial de água, tais como represas e cursos de água. Como exemplo de órgão privado que normalmente analisa projetos de edifica- ções residenciais estão as associações de moradores em condomínios onde há regras mais restritivas para o uso e a ocupação dos lotes. O projeto legal é um conjunto de documentos que inclui desenhos feitos em es- cala 1:100. Apresentam a planta dos pavimentos das edificações, as suas fachadas e cortes. A apresentação permite a avaliação da conformidade da solução proposta à legislação local. Os desenhos do projeto legal são acompanhados de memorial descritivo de aca- bamentos e requerimentos que comporão o processo de aprovação. O projeto legal é feito a partir do projeto arquitetônico completo e definido. For- mata-se as plantas, fachadas e os cortes do projeto dentro do que a legislação vigente exige em cada localidade. A função do projeto legal é permitir que o projeto esteja dentro de um padrão para que os fiscais possam analisá-lo e verificar o cumprimento das leis vigentes. Após a aprovação do projeto legal é concedido o alvará de construção, que é o documento fundamental para que se possa executar a obra legalmente. O projeto legal deve ser apresentado conforme as determinações estabelecidas por cada prefeitura e deve conter, no mínimo, os seguintes elementos: • Implantação; • Plantas de todos os andares e ático da edificação; • Cortes (um transversal e um longitudinal, no mínimo); • Elevações; • Detalhes considerados necessários à perfeita compreensão do projeto; • Quadro de áreas detalhado por andar, indicando as áreas computáveis e não computáveis. Os documentos necessários podem variar de acordo com o tipo de processo, havendo alguns documentos necessários para todos os casos como, por exemplo: • Requerimento padrão; • Cópia do título de propriedade de todos os lotes envolvidos; • Cópia das duas primeiras folhas da notificação-recibo do Imposto Predial e Ter- ritorial Urbano (IPTU);• Levantamento planialtimétrico do terreno, elaborado porprofissional legal- mente habilitado; • Peças gráficas representando o projeto; • Guia quitada de arrecadação da taxa e preço público devidos ao órgão municipal. 18 19 Os principais tipos de processos junto a prefeituras municipais são os seguintes: • Obra nova: construção de nova edificação em lote totalmente vago, ou que terá a demolição total do existente; • Reforma: alteração de edificação existente por supressão ou acréscimo na área construída, modificação na estrutura, na compartimentação vertical ou volume- tria, com ou sem mudança de uso; • Reconstrução: obra destinada à recuperação ou recomposição de uma edifica- ção, motivada pela ocorrência de incêndio ou objeto de outro sinistro fortuito, mantendo-se as características anteriores; • Regularização: licenciamento de edificação que foi construída ou reformada sem aprovação, mas que atende às disposições da legislação vigente na época de sua construção; • Pequena reforma: reforma com ou sem mudança de uso, na qual não haja su- pressão ou acréscimo de área, nem alteração do número de unidades autônomas; • Mudança de uso: alteração da atividade de uma edificação regularmente exis- tente que atenda às disposições do zoneamento, desde que não haja necessidade de alteração física do imóvel; • Projeto modificativo: aprovação de alterações do projeto aprovado, desde que o alvará de execução da obra encontre-se em vigor. O projeto modificativo tam- bém pode ser solicitado junto ao alvará de execução da obra; • Certificado de conclusão: após a execução da obra e antes de sua ocupação, deve ser solicitado o respectivo certificado de conclusão (habite-se). Caso contrá- rio, a edificação será considerada irregular perante a Prefeitura. Os documentos necessários para o projeto legal podem variar para cada município: • Certidão de uso: descrição da atividade; planta de situação; • Regularização de obra: planta de situação; projeto arquitetônico; projeto sanitário; laudo de obra existente; comprovante de antiguidade; memorial descritivo da obra; • Carta de habite-se: cópia aprovada da planta de situação; cópia aprovada do projeto arquitetônico; cópia aprovada do projeto sanitário; • Alvará de construção: planta de situação; projeto arquitetônico; projeto sanitá- rio; memorial descritivo da obra; • Alvará de reforma e ampliação: planta de situação; projeto arquitetônico; pro- jeto a demolir/construir; projeto sanitário; memorial descritivo da obra; laudo de obra existente. Acessibilidade nas Edificações A acessibilidade nas edificações está relacionada ao conceito de desenho uni- versal. Esse termo foi criado em 1963, nos Estados Unidos, sendo inicialmente chamado de desenho livre de barreiras. A intenção era a de eliminar as barreiras arquitetônicas nos projetos de edifícios, equipamentos e áreas urbanas. 19 UNIDADE Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil O conceito de desenho livre de barreiras evoluiu posteriormente para a concep- ção de desenho universal, porque passou a considerar não só o projeto, mas a di- versidade humana, de forma a respeitar as diferenças existentes entre as pessoas e a garantir a acessibilidade a todos os componentes dos ambientes. O desenho universal deve ser concebido como potencialmente gerador de am- bientes, serviços, programas e tecnologias acessíveis, utilizáveis equitativamente, de forma segura e autônoma por todas as pessoas, sem que tenham que ser adaptados ou readaptados especificamente. Os sete princípios que sustentam o desenho universal são os seguintes (Figura 9): 1. Uso equiparável: ambientes para pessoas com diferentes capacidades; 2. Uso flexível: construções com possibilidades amplas de preferências e habilidades; 3. Simples e intuitivo: ambientes de fácil compreensão; 4. Informação perceptível: comunicação eficaz através da visão, audição, do tato e/ou olfato; 5. Tolerante ao erro: ambientes receptivos aos riscos de ações involuntárias; 6. Pouca exigência de esforço físico: construções facilitadoras da mobilidade; 7. Tamanho e espaço adequados para o acesso e uso: dimensões ade- quadas, inclusive para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Princípios do desenho universal Uso equiparável Uso �exível Simples e intuitivoTamanho e espaço para o acesso e o uso inclusive para pessoas com de�ciência e mobiidade reduzida Informação perceptível Tolerante ao erro Pouca exigência de esforço físico Figura 9 – Princípios do desenho universal Na concepção de projetos arquitetônicos e urbanísticos, assim como no dese- nho de mobiliários, é importante considerar as diferentes potencialidades e limita- ções do homem. As pessoas com mobilidade reduzida se deslocam, em geral, com a ajuda de equipamentos auxiliares, tais como bengalas, muletas, andadores, cadeiras de rodas, ou até mesmo com o auxílio de cães especialmente treinados, como nos casos de pessoas cegas. Nos projetos urbanísticos e de arquitetura deve ser considerado o espaço de circu- lação das pessoas com mobilidade reduzida, juntamente com os equipamentos que as acompanham. Essas dimensões variam conforme o apoio utilizado. 20 21 Neste início de século XXI a sociedade está sob intensa urbanização, verticaliza- ção arquitetônica e interiorização dos espaços. O homem produz os seus próprios ambientes e interfere diretamente no comportamento social. No mundo globalizado a comunicação se tornou veloz e a diversidade humana tornou-se evidenciada através dos meios de comunicação. A economia procura expandir horizontes, buscando diferentes tipos de mercado. Agora, o ser humano mostra, de maneira significativa, as suas diferenças e conquista os seus direitos e espaços. Por isso, é necessário planejar ambientes e produtos com base na diversidade do homem – e não mais para um tipo único denominado homem padrão. A acessibilidade nas edificações tem a intenção de assegurar condições de cir- culação e o uso dos ambientes por todas as pessoas, independentemente de suas características físicas, sensoriais e cognitivas. Como exemplo de legislação que contemple a acessibilidade, tem-se as posturas do Município de São Paulo, para edificações de usos privado e coletivo: Considera-se edificação residencial nessa cidade aquela que apresenta: • Uma habitação por lote (R1); • Um conjunto de duas ou mais habitações agrupadas horizontalmente ou super- postas (R2h), tais como casas geminadas, sobrepostas ou vilas; • Um conjunto de duas ou mais unidades habitacionais agrupadas verticalmente (R2v), tais como edifícios ou conjuntos residenciais. E nas edificações residenciais é obrigatório: • Percurso acessível que una as edificações à via pública, aos serviços anexos de uso comum e aos edifícios vizinhos; • Rampas ou equipamentos eletromecânicos para vencer os desníveis existentes nas edificações; • Circulação nas áreas comuns com largura livre mínima recomendada de 1,50 m e admissível mínima de 1,20 m e inclinação transversal máxima de 2% para pisos internos e de 3% para pisos externos; • Elevadores de passageiros em todas as edificações com mais de cinco andares; • Cabina do elevador e respectiva porta de entrada acessíveis para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; • Previsão de vagas reservadas para veículos conduzidos ou conduzindo pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida nos estacionamentos; • Previsão de via de circulação de pedestre dotada de acesso para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. As edificações paulistanas de uso coletivo como edifícios públicos ou privados de uso não Residencial (nR), tais como escolas, bibliotecas, postos de saúde, bares, res- taurantes, clubes, agências dos Correios e bancárias, por exemplo, precisam oferecer garantia de acesso a todos os usuários. A construção, ampliação ou reforma desses 21 UNIDADE Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil edifícios devem ser executadas de modo que sejam observados os seguintes requisi-tos de acessibilidade: • Todas as entradas devem ser acessíveis, bem como as rotas de interligação às principais funções do edifício; • No caso de edificações existentes, deve haver, ao menos, um acesso a cada 50 m, no máximo, conectado, através de rota acessível, à circulação principal e de emergência; • Ao menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente todas as dependências e os serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá cumprir os requisitos de acessibilidade; • Garantir sanitários e vestiários adaptados às pessoas com deficiência ou mobili- dade reduzida, possuindo 5% do total de cada peça ou obedecendo ao mínimo de uma peça; • Nas áreas externas ou internas da edificação destinadas à garagem e ao estacio- namento de uso público é obrigatório reservar as vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas com deficiência física ou com dificuldade de locomoção; • Entre o estacionamento e acesso principal deve existir uma rota acessível. Caso não seja possível, deve haver vagas de estacionamento exclusivas para as pesso- as com deficiência ou mobilidade reduzida próximas ao acesso principal; • Em shopping centers, aeroportos ou áreas de grande fluxo de pessoas, reco- menda-se um sanitário acessível que possa ser utilizado por ambos os sexos (sanitário familiar). A garantia de acessibilidade às edificações, tal como determinam a Associação Bra- sileira de Normas Técnicas (ABNT) e leis municipais, depende da eliminação completa de barreiras arquitetônicas. Nas edificações, esses obstáculos ocorrem principalmente em acessos, áreas de circulação horizontal e vertical, aberturas (portas e janelas), sani- tários, vestiários, piscinas e mobiliários (telefones, balcões, bebedouros etc.). De modo que para a construção de edificações a ABNT apresenta as seguintes Normas Brasilei- ras de Regulamentação (NBR): • 16537:2018 – acessibilidade – sinalização tátil no piso – diretrizes para elabo- ração de projetos e instalação; • 9050:2015 – acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos; • 9386-1:2013 – plataforma de elevação motorizada para pessoas com mobilida- de reduzida – requisitos para segurança, dimensões e operação funcional. Parte 1: plataformas de elevação vertical; • 15599:2008 – acessibilidade – comunicação na prestação de serviços; • NM 313:2007 – elevadores de passageiros – requisitos de segurança para a construção e instalação. Requisitos particulares para a acessibilidade das pesso- as incluindo pessoas com deficiência; • 15250:2005 – acessibilidade em caixa de autoatendimento bancário; • 16001: 2012 – responsabilidade social – sistema de gestão – requisitos. 22 23 Gestão de Projetos A planificação e gestão de projetos de arquitetura e de engenharia nas obras de construção civil são objetos de estudos e discussões, principalmente nas empresas que elaboram e executam grandes construções. A indústria da construção civil, neste início de século XXI, tem se diferenciado dos demais setores produtivos por suas características particulares quanto à elaboração de seus produtos. Entre as dificuldades na elaboração dos produtos da construção civil tem-se o seguinte (Figura 10): • Produto artesanal: produto feito no canteiro de obras, onde também será utilizado; • Pouco controle da mão de obra: emprego de recursos humanos em grande escala; • Desperdício de materiais: causado por intempéries e variações ambientais atmosféricas; • Fluxo de produção próprio: fluxo da produção tende a se convergir exclusiva- mente para dentro da própria área que será utilizada. Di�culdades na elaboração dos produtos na construção civil Produto Artesanal Desperdício de Materiais Fluxo de Produção Próprio Pouco Controle da Mão de Obra Figura 10 – Difi culdades na elaboração dos produtos da construção civil Para o sucesso de qualquer empreendimento no setor da construção civil é funda- mental garantir a sua viabilidade econômica e a aplicação de metodologia qualitativa que possa gerar informações atualizadas e precisas através de diagnósticos e estudos. A globalização econômica tem gerado dentro do mercado da construção civil a necessidade de fazer com que as empresas sejam capazes de dominar com segurança, além do investimento e aporte de capital, o controle no tempo de execução. A sobrevivência das empresas no mercado da construção civil depende da integra- ção da gestão da organização com a gestão de custos da obra. 23 UNIDADE Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil A quantidade de recursos necessários para um empreendimento é determinada em função de itens como: • Prazo de execução; • Volume de trabalho (que depende da atividade desempenhada); • Níveis de produtividade dos recursos atribuídos. Para os projetos que incluem em seu planejamento, atividades de produção, como no caso da construção civil, o cálculo da quantidade de recursos necessários deverá ser feito através da quantidade de recursos a serem utilizados. Em projetos com atividades administrativas, legais e de serviços, tais como pro- tocolos, adoção de regras e desenvolvimento de soluções técnicas, normalmente se adotam e estimam os recursos necessários. Existem diferentes tipos de informações que podem variar em função da atividade e necessidade de cada recurso. Em alguns casos, é importante realizar uma avaliação mais rigorosa antes da tomada de decisão financeira, social ou técnica. Uma das dificuldades nos orçamentos está associada à quantificação do tempo que será consumido com a mão de obra. Os maiores erros sempre estão nas horas estimadas de trabalho. A elaboração do cronograma, especificando a quantidade de mão de obra e o tempo necessário para realizar cada serviço, depende da experiência e vivência de obra da equipe de planejamento. O diagnóstico correto das informações e do planejamento possibilita ao gestor de projetos o aperfeiçoamento do desenvolvimento do próprio projeto, otimizando os recursos, de forma a proporcionar melhor desempenho e ganhos para a empresa. Qualquer que seja o tipo de planejamento adotado é importante destacar que se não for bem elaborado afetará diretamente a disponibilidade de recursos para a ela- boração ou execução da obra. Em alguns casos, os recursos são limitados e bem definidos como, por exemplo, os materiais de construção. Neste caso específico, as edificações são bem definidas, as necessidades materiais não mudam significativamente de função, bem como não sofrem alterações de prazos ou de reprogramações das atividades já planejadas. Entretanto, se os materiais não forem capazes de possibilitar o reaproveitamento em épocas variadas, a geração de perdas e prejuízos será maior. Problemas como desperdícios, ausência de qualidade nos processos que já se encontram comprome- tidos como, por exemplo, transporte, aplicação, execução e preparação, são fatores que prejudicam a qualidade da obra. A análise dos recursos humanos empregados nas construções (mão de obra) é mais difícil, pois apesar de essenciais para o processo construtivo, geralmente são mais complexos que a análise dos materiais. 24 25 Na maioria das vezes os operários da construção civil são pouco instruídos, capa- citados e especializados. Nesse sentido, o empreendedor necessita encontrar meios para administrar e dimensionar todas essas necessidades profissionais para conse- guir finalizar com excelência a execução de uma obra. Assim, é importante controlar o fluxo e a quantidade de operários dentro do can- teiro de obras em horários isolados, pois isso interfere na qualidade, produtividade e capacidade de realização das atividades, elevando o custo do investimento. Deve-se, também, utilizar tecnologias disponíveis, que são aplicáveis conforme o volume de trabalho, não apenas pelos prazos que são previamente estipulados, mas também pelas condições físicas do próprio local onde será executada a obra.Os custos podem variar em função do tempo e antes das tomadas de decisões é necessário que os investidores avaliem e considerem, também, os recursos monetá- rios a serem empregados e a durabilidade dos materiais disponíveis. O mesmo acon- tece com as instalações onde são realizados os trabalhos de preparação, reparação ou verificação. A falta de um planejamento funcional poderá comprometer e causar variáveis que podem mudar em função do tempo. 25 UNIDADE Generalidades Sobre Projetos na Construção Civil Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Análise estrutural KASSIMALI, A. Análise estrutural. São Paulo: Cengage Learning, 2016. Leitura NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – procedimentos https://bit.ly/2OfUCrW NBR 6122: Projeto execução de fundações https://bit.ly/3j4tGcp NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificaçõe https://bit.ly/2W8bzsZ NBR 6120: Cargas para o cálculo de estruturas de edificações https://bit.ly/3iTEUQA 26 27 Referências PORTO, T. B.; FERNANDES, D. S. G. Curso básico de concreto armado: confor- me NBR 6118/2014. São Paulo: Oficina de Textos, 2015. NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. 5. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2016. ________. Tecnologia do concreto. 2. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2013. 27
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