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[APOSTILA] Concurso da Prefeitura De Parauapebas 2022 - Cargo de Professor (Área 1 Educação Infantil, Creche e Ciclos Iniciais)

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CONCURSO PÚBLICO
APOSTILA TOTALMENTE ATUALIZADA 2022 PREFEITURA DE PARAUAPEBAS-PA
PARAUAPEBAS-PA
 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL 
 NOÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
 LEGISLAÇÃO PEDAGÓGICA
 ATUALIDADES
 LÍNGUA PORTUGUESA
 PROFESSOR ÁREA 1 
IMPRESSÃO LIBERADA, SOMENTE PARA USO PESSOAL
 NÍVEL SUPERIOR NÍVEL SUPERIOR NÍVEL SUPERIOR
PREFEITURA DE PARAUAPEBAS-PA
APOSTILA COM MATERIAS E PROVAS ANTERIORES 
 EDUCAÇÃO INFANTIL , CRECHE E CICLOS INICIAIS 
 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
PORTUGUÊS 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1 
 
PROFESSOR ÁREA 1 - PREFEITURA DE PARAUAPEBAS/PA 2022 
PORTUGUÊS 
1. Compreensão de texto ................................................................................................................................ 2 
2. Gêneros e tipos de texto ............................................................................................................................. 4 
3. Recursos que estabelecem a coesão no texto .......................................................................................... 7 
4. Relações semântico-discursivas ................................................................................................................ 10 
(Causa, condição, concessão, conclusão, explicação, inclusão, exclusão, oposição, etc.) entre ideias no texto e 
os recursos linguísticos usados em função dessas relações ............................................................................. 10 
5. Níveis de linguagem .................................................................................................................................... 18 
Emprego adequado de itens lexicais, considerando os diferentes níveis de linguagem .................................... 18 
Sintaxe de regência nominal e verbal, de concordância nominal e verbal, de colocação pronominal, segundo a 
norma culta ........................................................................................................................................................ 20 
6. Semântica: .................................................................................................................................................... 22 
Sinonímia, homonímia, antonímia, paronímia e ambiguidade ........................................................................... 22 
Figuras de sintaxe, de pensamento e de linguagem .......................................................................................... 25 
Conotação e denotação ..................................................................................................................................... 28 
Ordem das palavras nas orações: mudança de sentido ocasionada pela inversão........................................... 29 
Ordem das orações no enunciado: efeito de sentido (realce) ocasionado pela inversão .................................. 30 
7. Discursos direto e indireto .......................................................................................................................... 31 
8. Regras da escrita: ........................................................................................................................................ 33 
Ortografia ........................................................................................................................................................... 33 
Acentuação gráfica ............................................................................................................................................ 40 
Pontuação .......................................................................................................................................................... 43 
9. Estrutura e formação de palavras .............................................................................................................. 48 
10. Classes de palavras, flexão e emprego ................................................................................................... 53 
11. Concordância nominal e verbal ................................................................................................................ 77 
12. Regência nominal e verbal ........................................................................................................................ 80 
13. Colocação pronominal .............................................................................................................................. 85 
14. Redação oficial: ......................................................................................................................................... 87 
Estrutura e organização de documentos oficiais (requerimento, carta, certidão, atestado, declaração, ofício, 
memorando, ata de reunião, relatório, etc.) ....................................................................................................... 87 
Expressões de tratamento ................................................................................................................................. 97 
PORTUGUÊS 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2 
 
COMPREENSÃO DO TEXTO 
Há duas operações diferentes no 
entendimento de um texto. A primeira é a 
apreensão, que é a captação das relações que 
cada parte mantém com as outras no interior do 
texto. No entanto, ela não é suficiente para 
entender o sentido integral. Uma pessoa que 
conhecesse todas as palavras do texto, mas não 
conhecesse o universo dos discursos, não 
entenderia o significado do mesmo. Por isso, é 
preciso colocar o texto dentro do universo 
discursivo a que ele pertence e no interior do qual 
ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo 
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas 
chamaremos essa operação de compreensão. 
E assim teremos: 
Apreensão + Compreensão = 
Entendimento do texto 
Para ler e entender um texto é preciso 
atingir dois níveis de leitura, sendo a primeira a 
informativa e a segunda à de reconhecimento. A 
primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o 
primeiro contato com o texto, extraindo-se 
informações e se preparando para a leitura 
interpretativa. Durante a interpretação grife 
palavras-chave, passagens importantes; 
tente ligar uma palavra à ideia central de 
cada parágrafo. 
A última fase de interpretação 
concentra-se nas perguntas e opções de respostas. 
Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na 
escolha adequada. 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser 
perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior 
para ter ideia do sentido global proposto pelo autor. 
Um texto para ser compreendido deve 
apresentar ideias seletas e organizadas, através 
dos parágrafos que é composto pela ideia central, 
argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão 
do texto. 
A alusão histórica serve para dividir o 
texto em pontos menores, tendo em vista os 
diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é 
indicado através da mudança de linha e um 
espaçamento da margem esquerda. 
Uma das partes bem distintas do 
parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central 
extraída de maneira clara e resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de 
cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos 
levará à compreensão do texto. 
Produzir um texto é semelhante à arte de 
produzir um tecido, o fio deve ser trabalhado com 
muito cuidado para que o trabalho não se perca. Por 
isso se faz necessária a compressão da coesão e 
coerência. 
Coesão 
É a amarração entre as várias partes do 
texto. Os principais elementos de coesão são os 
conectivos e vocábulos gramaticais,que estabelecem 
conexão entre palavras ou partes de uma frase. O 
texto deve ser organizado por nexos adequados, com 
sequência de ideias encadeadas logicamente, 
evitando frases e períodos desconexos. 
Para perceber a falta de coesão, a melhor 
atitude é ler atentamente o seu texto, procurando 
estabelecer as possíveis relações entre palavras que 
formam a oração e as orações que formam o período 
e, 
finalmente, entre os vários períodos que 
formam o texto. 
Um texto bem trabalhado sintática e 
semanticamente resulta num 
texto coeso. 
Coerência 
A coerência está diretamente ligada à 
possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, 
ou seja, ela é que faz com que o texto tenha sentido 
para quem lê. Na avaliação da coerência será levado 
em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo, 
será avaliada a capacidade de relacionar os 
argumentos e de organizá-los de forma a extrair 
deles conclusões apropriadas; num texto narrativo, 
será avaliada sua capacidade de construir 
personagens e de relacionar ações e motivações. 
Tipos de Composição: 
Narrar é contar uma história. A Narração 
é uma sequência de ações que se desenrolam na 
linha do tempo, umas após outras. Toda ação 
pressupõe a existência de um personagem ou 
actante que a prática em determinado momento e em 
determinado lugar, por isso temos quatro dos seis 
componentes fundamentais de que um emissor ou 
narrador se serve para criar um ato narrativo: 
personagem, ação, espaço e tempo em 
desenvolvimento. Os outros dois componentes da 
narrativa são: narrador e enredo ou trama. 
Descrever é pintar um quadro, retratar 
um objeto, um personagem, um ambiente. O ato 
descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por 
não se preocupar com a sequência das ações, com a 
sucessão dos momentos, com o desenrolar do 
tempo. A descrição encara um ou vários objetos, um 
ou vários personagens, uma ou várias ações, em um 
determinado momento, em um mesmo instante e em 
uma mesma fração da linha cronológica. É a foto de 
um instante. 
PORTUGUÊS 
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A descrição pode ser estática ou 
dinâmica. 
A descrição estática não envolve ação. 
Exemplos: "Uma velha gorda e suja." 
"Árvore seca de galhos grossos e 
retorcidos." 
A descrição dinâmica apresenta um 
conjunto de ações concomitantes, isto é, um 
conjunto de ações que acontecem todas ao mesmo 
tempo, como em uma fotografia. No texto, a partir 
do momento em que o operador para as máquinas 
projetoras, todas as ações que se veem na tela 
estão ocorrendo simultaneamente, ou seja, estão 
compondo uma descrição dinâmica. Descrição 
porque todas as ações acontecem ao mesmo 
tempo, dinâmica porque inclui ações. 
Dissertar diz respeito ao 
desenvolvimento de ideias, de juízos, de 
pensamentos. 
Exemplos: 
"As circunstâncias externas determinam 
rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o 
homem..." 
"Nem a vontade, nem a razão podem 
agir independentemente de seu condicionamento 
passado." 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
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Tipo textual 
Forma como um determinado enunciado de 
um texto é apresentado. 
Os tipos textuais básicos são: 
a narração, 
a descrição, 
a dissertação, 
a exposição, 
a injunção 
e a informação. 
Estes tipos são definidos pela natureza 
linguística da sua composição (relações lógicas, 
aspectos lexicais, etc) permitindo assim criar 
modelos teóricos definidos pelas suas propriedades 
linguísticas. Esta divisão, no entanto, é frágil pois é 
comum a utilização de diversos tipos textuais 
combinados, gerando textos que não podem ser 
facilmente enquadrados em nenhum dos tipos 
anteriormente citados. 
Tipo Textual é diferente de Gênero 
Textual, que é a realização concreta (oral ou 
escrita) de um tipo textual. Exemplos de gêneros 
podem incluir: crônica, conto, telefonema, bilhete, 
resenha, anúncios, cartazes, histórias, instruções 
de uso, etc. 
Tipos textuais são um grupo limitado de 
formas que são definidos pelas suas propriedades 
linguísticas. Gêneros Textuais podem combinar um 
ou mais tipos para atender uma necessidade 
específica. Desta forma, um conjunto de gêneros 
pode ser baseado em um mesmo tipo textual. 
Tipos Textuais 
Texto Descritivo 
Baseia-se na percepção e descrição de 
elementos de um determinado ambiente, em geral, 
descrevendo pessoas ou lugares. Em geral é 
utilizado em textos para descrever uma 
personagem, local, objeto ou ambiente. O tipo de 
linguagem utilizado, em geral, utiliza adjetivos e 
advérbios. Um texto descritivo pode ser feito de 
duas formas: 
Descrição objetiva: busca descrever a 
personagem, local, objeto ou ambiente como 
realmente é. Por exemplo: “João é brasileiro, possui 
1,90 m, 85 kgs e gosta de jogar futebol“. 
Descrição subjetiva: quando aquele que 
descreve faz juízo de valor sobre aquilo que é 
descrito. Por exemplo: “Cova fria e úmida, teu 
refúgio / Habitação solitária e limitada“. 
Texto Narrativo 
Baseia-se na descrição de ações utilizando 
uma combinação de lugar e tempo. A narração 
baseia-se em um conjunto de eventos, reais ou não, 
apresentados em uma ordem cronológica vividos por 
personagens. O autor (narrador) pode participar 
diretamente da história ou apenas descrever os 
eventos (observador). Há diversas formas de 
escrever um texto narrativo. Na maioria dos casos, a 
estrutura das histórias ficcionais possui (1) uma 
situação inicial – em que o cenário e as 
personagens são apresentados, (2) estabelecimento 
de um evento – que modifica a situação inicial e 
solicita uma solução por parte das personagens, 
(3) clímax – após um contínuo progresso em busca 
de solução por parte das personagens, há um evento 
máximo do qual depende o resultado final do texto e 
(4)epílogo- que é o final do texto. 
Desta forma, é possível visualizar que a 
maior parte dos contos, novelas, filmes, histórias em 
quadrinhos e afins segue este modelo. 
Texto Expositivo 
Este tipo de texto tem o objetivo de descrever 
de forma analítica um determinado evento ou tema. 
No texto expositivo não busca-se fazer juízo de valor, 
mas apenas descrever de forma lógica um 
determinado assunto. Assim, há dois métodos de 
construção: 
Exposição sintética que utiliza um 
processo de composição: isto é, o objeto é descrito 
de forma encadeada, demonstrando seu 
relacionamento com um elemento maior. Exemplo: 
“”Faz Parte Do Meu Show” é uma faixa que faz parte 
do terceiro álbum solo, Ideologia de 1988, do cantor 
de rock brasileiro Cazuza.“ 
Exposição analítica que utiliza um 
processo de decomposição: isto é, descreve-se o 
objeto através dos elementos que o constituem. Em 
geral possui um sujeito, um verbo ter, compreender, 
consiste ou contém e um complemento. Por 
exemplo: O cérebro humano contém cerca de 100 
bilhões de neurônios ligados por mais de 10.000 
conexões sinápticas cada. 
Texto Dissertativo 
Consiste na análise de um determinado 
assunto através do uso de uma metodologia e de 
uma posterior conclusão subjetiva sobre o assunto 
estudado, baseado no método utilizado para a 
análise. Em geral, é o formato exigido para trabalhos 
acadêmicos e redações de provas/ concursos 
públicos, porém pode também ser um enunciado 
simples com juízo de qualidade. Neste tipo de texto 
recomenda-se a utilização da terceira pessoa do 
singular nas construções textuais e que não haja 
juízos de valor que não estejam amparados pelo 
método utilizado. 
A sua estrutura básica, na maioria dos casos, 
obedece ao seguinte padrão (o tamanho do texto irá 
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variar conforme o propósito do texto): 
(1) introdução ao tema– apresenta o assunto que 
será tratado, o problema que será respondido pelo 
seu texto e, se possível, o que já foi feito por outras 
pessoas para solucionar o problema proposto; 
(2) desenvolvimento e argumentação- de forma 
estruturada, busca-se desenvolver o tema a partir 
da introdução utilizando-se uma metodologia lógica 
para responder ao problema inicialmente proposto. 
Desta forma, evitam-se argumentos sem base ou 
apenas de caráter opinativo; (3) Conclusão ou 
Considerações Finais: resumo do que foi dito no 
texto e análise das vantagens/desvantagens da 
solução proposta para o problema inicial. 
Texto Injuntivo 
Consiste na indicação de como realizar 
uma ação ou em descrever um determinado 
comportamento. Por exemplo: manuais técnicos, 
contratos, leis, normas, receitas, placas 
informativas, etc. Possui uma linguagem mais 
simples e objetiva. Em geral, pode ser dividido em 
dois grupos: 
Texto injuntivo: textos de caráter não-
coercitivos, sendo utilizado como instrução ao 
usuário. Por exemplo: “Seja feliz.” 
Texto prescritivo: possui um caráter 
coercitivo. Por exemplo: “Aquele que não possuir 
uniforme adequado não poderá assistir à aula“. 
Texto Informativo 
Consiste em texto que tem como objetivo 
apresentar, esclarecer e explicar um determinado 
assunto. É geralmente apresentado sob forma de 
prosa e é de uso comum em textos didáticos, 
jornais, revistas e outras mídias. 
Gênero Textual 
Tipo de classificação de um texto de acordo 
com seu objetivo, natureza e em como é utilizado 
pela sociedade. Gêneros textuais são diversos, 
podem ser formais e informais e se modificam de 
acordo com a região, a época e seu uso pelas 
pessoas. No entanto, em geral, possuem uma 
estrutura básica que orienta sua utilização em um 
determinado grupo social. 
Alguns tipos de gêneros textuais 
Artigo acadêmico: matéria escrita em 
revista especializada na qual um ou mais 
pesquisadores relatam os resultados de suas 
pesquisas para outros pesquisadores. Cada revista 
especializada possui seu próprio formato sobre 
como o artigo deverá ser escrito. 
Artigos científicos: são um tipo 
especializado de artigos acadêmicos escritos por 
pesquisadores nas áreas da Ciência e da 
Engenharia. São caracterizados pela escrita 
sucinta, imparcial e na terceira pessoa. A estrutura 
básica destes textos pode ser sistematizada nos 
seguintes tópicos: Introdução, Problema de 
Pesquisa, Metodologia de Pesquisa, Revisão 
Bibliográfica, Resultados e Conclusão. 
Artigo de opinião: texto argumentativo 
direcionado a público geral publicado em revista ou 
jornal. Sua proposta é apresentar o ponto de vista do 
autor sobre um determinado tema. Pode adotar tom 
formal ou informal conforme o tipo de público. 
Biografia: se caracteriza pela descrição da 
vida de uma pessoa de interesse. Esta descrição 
pode ser imparcial (isto é, o autor busca apenas 
narrar os eventos sem juízo de valor) ou parcial 
(quando o autor narra os eventos sob uma 
determinada ótica crítica). Uma biografia pode ser 
escrita de forma descritiva, narrativa, expositiva ou 
dissertativa. 
Carta: se caracteriza por um tipo de 
comunicação entre um remetente e um (ou mais) 
destinatários. A estrutura básica inclui data, 
saudação, o corpo da carta e a despedida. A carta 
pode ser pessoal ou institucional. Em geral, os 
principais estilos utilizados para sua composição 
incluem a dissertação, a narração e a descrição. 
Dissertação: texto argumentativo orientado 
para público geral. Trata-se de texto impessoal que 
busca convencer o leitor sobre o ponto de vista do 
autor sobre um determinado tema. Em geral deve ser 
escrito em linguagem objetiva e padrão culto. A 
estrutura básica envolve Introdução ao Tema, 
Argumento a ser defendido, Prós e Contras do 
Argumento e Conclusão. 
Crônica: narração curta, produzida 
essencialmente para ser veiculada na imprensa, seja 
nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um 
jornal ou mesmo na rádio. 
Conto: obra de ficção curta. São mais 
sucintos e concisos do que romances e novelas, 
sendo normalmente centrados em um evento único, 
sem grande complexidade. Exemplo: contos de fada. 
Curriculum Vitae: texto que se caracteriza 
pela descrição das competências de um indivíduo em 
uma determinada área do conhecimento, em geral, 
profissional. O objetivo é fornecer a uma pessoa de 
interesse (possível empregador, por exemplo) 
elementos para julgar se a pessoa é adequada ou 
não para uma determinada função. 
Diário: agenda, geralmente de caráter 
íntimo, onde se fazem anotações que contém uma 
narrativa diária de experiências pessoais. Estas 
experiências são organizadas pela data de entrada 
das informações. 
Editorial: texto argumentativo direcionado 
para o leitor de uma publicação. Seu objetivo é 
expressar a opinião de uma publicação de forma 
coletiva. 
PORTUGUÊS 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 6 
E-mail: tipo de comunicação eletrônica 
moderna. Possui o formato semelhante à carta, 
porém como é um tipo de comunicação mais 
rápido, não raro opta-se por abreviar ou eliminar 
algumas partes da mensagem. 
Notícia: formato de divulgação de um 
acontecimento por meios jornalísticos (jornal, 
revista, telejornal, etc.). 
Palestra: apresentação oral que pretende 
apresentar informação ou ensinar pessoas a 
respeito de um assunto. 
Piada (Anedota): breve história, de final 
engraçado ou surpreendente, cujo objetivo é 
provocar risos a quem a ouve ou lê. 
Poema: gênero textual em que o texto 
dividido em estrofes e versos (em geral, em 
oposição aos textos mais longos em prosa). Podem 
ser empregados recursos de métrica e rimas. São 
elementos comuns a utilização de recursos visuais, 
sonoros, musicalidade,musicalidade e linguagem 
metafórica. 
Propaganda: se caracteriza pelo apelo 
(divulgação) de um produto, serviço ou ideia às 
pessoas de interesse. Este apelo pode ser verbal 
ou visual e, apesar de permitir a utilização de 
diversos tipos textuais, em geral, o tipo textual mais 
utilizado para este fim é o injuntivo. 
Receita: se caracteriza pela prescrição dos 
passos para executar alguma coisa (ex. receita 
culinária, receita médica). A estrutura envolve 
descrever os elementos a serem utilizados (p.ex. 
ingredientes de uma refeição e suas quantidades) e 
o modo de preparo. O tipo textual mais utilizado 
para este fim é o prescritivo. 
Resenha crítica: texto argumentativo 
direcionado ao leitor de uma publicação ou público-
alvo de uma área de interesse. Uma resenha tem o 
objetivo de resumir um livro, peça teatral, filme, 
música ou outro tipo de obra, apresentando a 
opinião do autor da resenha sobre esta obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
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O QUE É COESÃO TEXTUAL? 
Quando falamos de COESÃO textual, 
falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que 
permitem uma sequência lógico-semântica entre as 
partes de um texto, sejam elas palavras, frases, 
parágrafos, etc. Entre os elementos que garantem a 
coesão de um texto, temos: 
As referências e as reiterações: Este tipo de 
coesão acontece quando um termo faz referência a 
outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi 
dito antes ou quando uma palavra é substituída por 
outra que possui com ela alguma relação 
semântica. Alguns destes termos só podem ser 
compreendidos mediante estas relações com outros 
termos do texto, como é o caso da anáfora e da 
catáfora. 
As substituições lexicais (elementos que 
fazem a coesão lexical): este tipo de coesão 
acontece quando um termo é substituído por outro 
dentro do texto, estabelecendo com ele uma 
relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou 
hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da 
mesma unidade lexical (mesma palavra). 
Os conectores (elementos que fazem a 
coesão interfrásica): Estes elementos coesivos 
estabelecem as relações de dependência e ligação 
entre os termos, ou seja, são conjunções, 
preposições e advérbios conectivos. 
A correlação dos verbos (coesão temporal e 
aspectual): consiste na correta utilização dos 
tempos verbais, ordenando assim os 
acontecimentos de uma forma lógica e linear, que 
irá permitir a compreensão da sequência dos 
mesmos. 
São os elementos coesivos de um texto que 
permitem as articulações e ligações entre suas 
diferentes partes, bem como a sequenciação das 
ideias. 
Recursos da coesão 
Palavras como preposições, conjunções e 
pronomes possuem a função de criar um sistema 
de relações, referências e retomadas no interior de 
um texto; garantindo unidade entre as diversas 
partes que o compõe. Essa relação, esse 
entrelaçamento de elementos no texto recebe o 
nome de Coesão Textual. 
Há, portanto, coesão, quando seus vários 
elementos estão articulados entre si, estabelecendo 
unidade em cada uma das partes, ou seja, entre os 
períodos e entre os parágrafos. 
Tal unidade se dá pelo emprego de 
conectivos ou elementos coesivos, cuja função é 
evidenciar as várias relações de sentido entre os 
enunciados. Veja um exemplo de um texto coeso: 
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse 
neste domingo que o Brasil não vai atender ao 
governo interino de Honduras, que deu prazo de dez 
dias para uma definição sobre a situação do 
presidente deposto Manuel Zelaya, abrigado na 
embaixada brasileira desde que retornou a 
Tegucigalpa, há uma semana. Caso contrário, o 
governo de Micheletti ameaça retirar a imunidade 
diplomática da embaixada brasileira no país, segundo 
informou comunicado da chancelaria hondurenha 
divulgado na noite de sábado, em Tegucigalpa”. 
(Jornal O Globo – 27/09/2009) 
Quando um conectivo não é usado 
corretamente, há prejuízo na coesão. Observe: 
A escola possui um excelente time de futebol, 
portanto até hoje não conseguiu vencer o 
campeonato. O conectivo “portanto” confere ao 
período valor de conclusão, porém não há verdadeira 
relação de sentido entre as duas frases: a conclusão 
de não vencer não é possuir um excelente time de 
futebol. 
Analisaremos, a seguir, o problema na 
coesão: 
É óbvio que existem duas ideias que se 
opõem, são elas: possuir um time de futebol x não 
vencer o campeonato. 
Logo, só podemos empregar um conector 
que expresse ideia adversativa, são eles: mas, 
porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não 
obstante.O período reescrito de forma adequada, fica 
assim:A escola possui um excelente time de futebol, 
mas até hoje não conseguiu vencer o 
campeonato….,porém até hoje não conseguiu vencer 
o campeonato. 
…,contudo até hoje não conseguiu vencer o 
campeonato. 
…,todavia até hoje não conseguiu vencer o 
campeonato. 
…,entretanto até hoje não conseguiu vencer 
o campeonato. 
…, no entanto até hoje não conseguiu vencer 
o campeonato. 
…, não obstante até hoje não conseguiu 
vencer o campeonato. 
A palavra texto provém do latim”textum”, que 
significa tecido, entrelaçamento. Expondo de forma 
prática, podemos dizer que texto é um 
entrelaçamento de enunciados oracionais e não 
oracionais organizados de acordo com a lógica do 
autor. 
Há de se convir que um texto também deve 
ser claro, estando essa qualidade relacionada 
diretamente aos elementos coesivos (ligação entre as 
partes). 
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Falar em coesão é necessariamente falar 
em endófora e exófora. Aquela se impõe no 
emprego de pronomes e expressões que se 
referem a elementos nominais presentes na 
superfície textual; esta faz remissão a um elemento 
fora dos limites do texto. 
A referenciação ocorre, basicamente,por 
meio de dois movimentos, chamados de 
movimentos retrospectivo e progressivo, 
respectivamente anáfora e catáfora. Tomando 
como objeto de análise o mesmo exemplo, vamos 
observar agora as anáforas e catáforas. 
Vejamos as principais características de 
cada uma delas: 
Endófora é dividida em: anáfora e 
catáfora. 
a) Anáfora: expressão que retoma uma 
ideia anteriormente expressa. 
“Secretária de Educação escreve pichação 
com “x”. Ela justifica a gafe pela pressa”. 
Observe que o pronome “Ela” retoma uma 
expressão já citada anteriormente – Secretária de 
Educação – , portanto trata-se de uma retomada 
por anáfora.Dica: vale lembrar que a expressão 
retomada (no exemplo acima representada pela 
porção Secretária de Educação) é, também, 
chamada, em provas de Concurso, de referente 
ideológico. 
b) Catáfora: pronome ou expressão 
nominal que antecipa uma expressão presente em 
porção posterior do texto. Observe: 
Só queremos isto: a aprovação! 
No exemplo, o pronome “isto” só pode ser 
recuperado se identificarmos o termo aprovação, 
que aparece na porção posterior à estrutura. É, 
portanto, um exemplo clássico de catáfora. 
Vejamos outros: 
Eu quero ajuda de alguém: pode ser de 
você. 
(catáfora ou remissão catafórica) Não viu 
seu amigo na festa. 
(catáfora ou remissão catafórica) 
“A manicure Vanessa foi baleada na Tijuca. 
Ela levou um tiro no abdome”. 
(anáfora ou remissão anafórica) 
Três homens e uma mulher tentaram roubar 
um Xsara Picasso na Tijuca: deram 10 tiros no 
carro, mas não conseguiram levá-lo. (anáfora ou 
remissão anafórica) 
Exófora: a remissão é feita a algum 
elemento da situação comunicativa, ou seja, o 
referente está fora da superfície textual. 
Mecanismos de coesão: é meio pelo qual 
ocorre a coesão em um texto. Os principais são: 
1) Coesão por substituição: consiste na 
colocação de um item em lugar de outro(s) 
elemento(s) do texto, ou até mesmo de uma oração 
inteira. 
Ele comprou um carro. Eu também quero 
comprar um. 
Ele comprou um carro novo e eu também. 
Observe que ocorre uma redefinição, ou seja, 
não há identidade entre o item de referência e o item 
pressuposto. O que existe, na verdade, é uma nova 
definição nos termos: um, também. Comparemos 
com outro exemplo: 
Comprei um carro vermelho, mas Pedro 
preferiu um verde. 
O termo “vermelho” é o adjunto adnominal de 
carro. Ele é, então, o modificador do substantivo. 
Todavia, esse termo é silenciado e, em seu 
lugar, faz-se presente a porção especificativa “verde”. 
Logo, trata-se de uma redefinição do referente. 
2) Coesão por elipse: ocorre quando 
elemento do texto é omitido em algum dos contextos 
em que deveria ocorrer. 
-Pedro vai comprar o carro? 
– Vai! 
Houve a omissão dos termos Paulo (sujeito) 
e comprar o carro (predicado verbal), todavia essa 
não prejudicou nem a correção gramatical nem a 
clareza do texto. Exemplo clássico de coesão por 
elipse. 
3) Coesão por Conjunção: estabelece 
relações significativas entre os elementos ou orações 
do texto, através do uso de marcadores formais – as 
conjunções. Essas podem exprimir valor semântico 
de adição, adversidade, causa, tempo… 
Perdeu as forças e caiu. (adição) 
Perdeu as forças, mas permaneceu firme. 
(adversidade) 
Perdeu as forças, porque não se alimentou. 
(causa) 
Perdeu as forças, quando soube a verdade. 
(tempo) 
Observe que todas as relações de sentido 
estabelecidas entre as duas porções textuais são 
feitas por meio dos conectores: e, mas, porque, 
quando. 
4) Coesão Lexical: é obtida pela seleção 
vocabular. Tal mecanismo é garantido por dois tipos 
de procedimentos: 
a) Reiteração (repetição): ocorre por 
repetição do mesmo item lexical ou através de 
hiperônimos, sinônimos ou nomes genéricos. 
O aluno estava nervoso. O aluno havia sido 
assaltado. (repetição do mesmo item lexical)Uma 
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menina desapareceu. A garota estava envolvida 
com drogas. 
(coesão resultante do uso de 
sinônimo)Havia muitas ferramentas espalhadas, 
mas só precisava achar o martelo. 
(coesão por hiperônimo: ferramentas é o 
gênero de que martelo é a espécie) 
Todos ouviram um barulho atrás da porta. 
Abriram-na e viram uma coisa em cima da mesa. 
(coesão resultante de um nome genérico) 
Observação: nos exemplos acima, 
observamos que retomar um referente por meio de 
uma expressão genérica ou por hiperônimo é um 
recurso natural de um texto. 
Muitos estudantes de concursos ou 
vestibulares perguntam se é errado repetir palavras 
em suas redações. A resposta é simples: se 
houver, na repetição, finalidade enfática você não 
será penalizado. 
Todavia, a escolha dos recursos coesivos 
mais adequados deve ser feita, levando-se em 
consideração a articulação geral do texto e, 
eventualmente, os efeitos estilísticos que se deseja 
obter. 
b) Coesão por colocação ou 
contiguidade: consiste no uso de termos 
pertencentes a um mesmo campo semântico. 
Houve um grande evento nas areias de 
Copacabana, no último dia 02. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
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(CAUSA, CONDIÇÃO, CONCESSÃO, 
CONCLUSÃO, EXPLICAÇÃO, 
INCLUSÃO, EXCLUSÃO, OPOSIÇÃO, 
ETC.) ENTRE IDEIAS NO TEXTO E OS 
RECURSOS LINGUÍSTICOS USADOS 
EM FUNÇÃO DESSAS RELAÇÕES 
RELAÇÕES DISCURSIVO ARGUMENTATIVAS 
Causalidade 
A causalidade é aquela que representa o 
motivo, a causa, pela qual uma ação aconteceu. A 
principal conjunção utilizada é o ‘porque’, 
entretanto, no próprio texto pode não haver uma 
conjunção e aí será necessário compreender o 
sentido de causa e efeito por si só, conforme o 
contexto. Exemplo: "Porque/como/visto que estava 
doente, fui na farmácia". 
Consequência 
A consequência é o efeito que é declarado 
na oração principal.Geralmente, utiliza-se apenas a 
conjunção ‘que’ para exprimir essa relação, como 
em: "Estava com tanta sede que bebi muitos litros 
de água". 
Condição 
As relações condicionais são aquelas que 
expressam uma imposição para que algo aconteça. 
É necessário impor para que seja realizado ou não. 
A conjunção mais conhecida da condição é a 
partícula ‘se’, que já indica a probabilidade. 
Exemplo: "Se todo mundo concordar, libero a 
festa". 
Concessão 
Para o concurseiro não esquecer jamais o 
que indica concessão, tenha em mente a palavra 
contraste, porque é esse tipo de simbologia que 
essa relação lógica-discursiva oferece. É na 
concessão que acontece contradição, por exemplo, 
nesta frase: "Eu irei, mesmo que ela não vá". 
Comparação 
Para essa relação, utiliza-se muito a 
conjunção ‘como’, para estabelecer uma 
comparação entre os elementos e pelas ações que 
serão proferidas na oração principal. Olhe um 
exemplo: "Ele come como um leão". Mesmo que 
haja uma metáfora inserida, a comparação ainda 
existe metaforicamente, indicando o quanto a 
pessoa se alimenta bem, por exemplo. 
Conformidade 
A conformidade é aquela relação em que só 
poderá realizar um fato se seguir uma regra, uma 
norma, conforme como se pede. Pode-se utilizar 
“Segundo”, “De acordo”, “Conforme”. Exemplo: 
"Conforme foi dito, realizei a tarefa". 
Temporalidade 
É no tempo que conseguimos exprimir as 
noções de posterioridade e anterioridade, além de 
simultaneidade. É o fato que pode expressar essa 
causa de tempo, que geralmente está acompanhado 
pela expressão ‘quando’. Por exemplo: "Sempre que 
acontece isso, você fica assim" (expressa a condição 
do tempo, do que aconteceu). 
Finalidade 
A finalidade é aquilo que você responde: qual 
o objetivo da ação? A onde você quer chegar? 
Através da construção ‘a fim de que’, ‘para que’, você 
consegue exprimir essa relação lógica-discursiva, 
como acontece no período a seguir: "Fui viajar, para 
que pudesse esquecer de você". 
Abordagem dos operadores discursivo-
argumentativos na perspectiva da Linguística 
Textual 
Nas décadas de 60/70, a Linguística Textual 
– corrente teórica recém-surgida e que começava a 
ser propalada em todo o continente europeu –, 
embora já afirmasse o texto – e não as frases 
isoladas – como o verdadeiro fundamento para os 
estudos linguísticos, sua perspectiva ainda era 
limitada, ocupando-se basicamente com o exame dos 
mecanismos de análise das frases. Nesse período, 
de acordo com Isenberg (1971 apud KOCH, 2009, p. 
10), o texto era concebido como uma “sequência 
coerente de significados”. 
Nessa época, Dressller (apud KOCH, 2009) 
apresentou a possibilidade de estabelecer limites 
rígidos entre sintaxe e semântica, postulando que 
esta última deveria constituir o ponto de partida para 
a representação da estrutura dos significados do 
texto e que as relações de sentido excediam as 
acepções das frases tomadas avulsamente. 
Numa segunda fase, graças, sobretudo, à 
influência dos estudos de Teun Van Dijk (1972 apud 
KOCH, 2009), a vertente linguística em questão 
ampliou seus horizontes, passando a conceber o 
texto como fenômeno discursivo. É dessa época que 
advêm as “gramaticas textuais”. 
Por fim, numa terceira fase, os estudiosos 
dessa linha de pesquisa sentiram a necessidade de ir 
além da abordagem sintático-semântica, procurando 
estabelecer uma relação entre a teoria e a prática. 
Bunzen e Mendonça (2006), discorrendo sobre esse 
período, relata que, a partir de então, começaram a 
ganhar destaque questões do tipo: “Para quê ensinar 
a Gramática”? “O que ensinar como ensinar e o que 
avaliar?”. Com efeito, compreendeu-se que a 
investigação de um texto envolve processos de 
ordem cognitiva, o que implica saberes acumulados, 
experiências e conhecimentos de mundo. Portanto, 
somente uma abordagem global das manifestações 
textuais, que apreendesse toda a conjuntura a elas 
imanente, poderia esquadrinhar de modo cabal os 
fenômenos linguísticos. 
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De tais reflexões, plasmou-se a Análise 
Linguística, segmento teórico que ultrapassou o 
estudo tradicional das formas gramaticais, inserindo 
novos paradigmas para o ensino de língua materna. 
A Análise Linguística trouxe novas 
abordagens para temas historicamente tratados 
pela Gramática Tradicional. Um exemplo disso 
ocorre com os operadores discursivo-
argumentativos – tema deste trabalho – que, em 
épocas anteriores, eram enquadrados – e de forma 
muito limitada – ao conceito de conjunção. 
Com efeito, os operadores discursivo-
argumentativos integram, juntamente com os 
lógico-semânticos, o tema da coesão sequencial, o 
qual, segundo Koch, 
[...] diz respeito aos procedimentos 
linguísticos por meio dos quais se estabelecem, 
entre os segmentos do texto (enunciados, partes de 
enunciados, parágrafos e sequências textuais), 
diversos tipos de relações semânticas e/ou 
pragmáticas, à medida que se faz o texto progredir 
(KOCH, 2004, p. 53). 
Conforme Fávero (2006), os mecanismos 
da coesão sequencial são os que têm por função a 
progressão temática. Entre tais mecanismos, 
encontram-se os operadores discursivo-
argumentativos, os quais recebem esse nome por 
terem a função de estruturar enunciados por meio 
de encadeamentos sucessivos, orientando-os 
argumentativamente (KOCH, 2004). Neste trabalho, 
nos interessa a coesão sequencial, que está 
relacionada aos mecanismos empregados no texto 
para que ele possa progredir. 
Segundo Koch (2004), os operadores do 
tipo discursivo ou argumentativo têm a função de 
estabelecer relações pragmáticas, retóricas ou 
argumentativas entre orações de um mesmo 
período, entre dois ou mais períodos e entre 
parágrafos de um texto. São responsáveis pela 
estruturação de enunciados em textos, por isso 
também são chamados de operadores ou 
encadeadores do discurso, de acordo com a autora. 
Ainda de acordo com Koch (2003), as 
relações discursivo-argumentativas encadeiam atos 
de fala distintos, como oposição, contraste, 
concessão, justificativa, explicação, generalização, 
especificação, comprovação. Esses operadores são 
responsáveis pela estruturação dos enunciados em 
textos, visando a justificar, explicar, atenuar, 
contraditar, enfim, possuem suma importância para 
melhor compreensão do funcionamento textual e 
das intenções do produtor do texto. 
Os articuladores discursivo-argumentativos 
colaboram, então, para a argumentatividade do 
texto. Segundo Koch (2004), são elementos que 
determinam o valor argumentativo dos enunciados, 
constituindo-se em marcas linguísticas 
imprescindíveis para a enunciação. 
Nesse contexto, ressalta-se a importância da 
investigação acerca do uso desses operadores em 
artigos de opinião e produções textuais, já que um 
desvio em seu uso pode implicar em efeito de 
sentido(s) diferente(s) daquele(s) pretendido(s) pelo 
autor. 
Os articuladores discursivo-argumentativos 
são classificados de acordo com as funções 
(relações semânticas) que desempenham. A seguir, 
colocam-se alguns exemplos com base nos estudos 
desenvolvidos por Koch (2004, p. 72-77): 
Conjunção: Ligam enunciados que 
constituem argumentos para uma mesma conclusão. 
Ex.: e, também, mas também, tanto... como, 
além de , além disso, ainda, nem... 
Disjunção argumentativa: São orientações 
discursivas diferentes e resultam de dois atos de 
falas distintos, em que, por meio do segundo, 
procura-se provocar o leitor ouvinte para levá-lo a 
modificar sua opinião ou, simplesmente, aceitar a 
opinião expressa no primeiro. Normalmente, essa 
relação é representada pela conjunção ou. 
Contrajunção: Através da qual se contrapõem 
enunciados de orientações argumentativas 
diferentes, devendo prevalecer a do enunciado 
introduzido pelo operador em questão. Ex.: mas, 
porém, contudo,todavia... 
Explicação ou justificativa: quando se 
encadeia, sobre um primeiro ato de fala, outro ato 
que justifica ou explica o anterior. 
Ex.: pois, porque, que, já que... 
Comprovação: São aqueles que, através de 
um novo ato de fala, acrescenta-se uma possível 
comprovação da asserção apresentada no primeiro. 
Ex.: (tanto, tal)... como (quanto), mais... (do), 
que, menos... (do) que... 
Conclusão: Introduz um enunciado de valor 
conclusivo em relação a dois (ou mais) atos de falas 
anteriores. 
Ex.: portanto, logo, por conseguinte, pois... 
Comparação: Estabelece uma relação de 
inferioridade, superioridade ou igualdade entre um 
termo comparante e outro comparado. 
Ex.: como (quanto), mais, (do) que, menos... 
Generalização/extensão: É quando o 
segundo enunciado exprime uma generalização do 
fato contido no primeiro ou uma amplificação da ideia 
nele expressa. 
Ex.: aliás, também, é verdade que, de fato, 
bem, mas, realmente... 
Especificação/exemplificação: Ocorre quando 
o segundo enunciado particulariza ou exemplifica 
uma declaração de ordem mais geral apresentada no 
primeiro. 
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Ex.: por exemplo, a saber, como... 
Correção/definição: É quando, através de 
um segundo enunciado, se corrige, suspende ou 
redefine o conteúdo do primeiro. 
Ex.: na verdade, pelo contrário, isto é, ou 
melhor, de fato, ao contrário, ou seja... 
Os articuladores discursivo-argumentativos 
presentes no ato de argumentar são marcas 
linguísticas, cuja função é de orientar a sequência 
discursiva de um enunciado, o que é indispensável 
ao desencadeamento de efeitos, de conclusões 
propiciadas pelo contexto. Ou seja, tais marcas 
instigam e direcionam argumentativamente a 
produção de sentido(s) para os textos. 
Os operadores discursivo-
argumentativos no Artigo de Opinião 
Com o reconhecimento alcançado pela 
Linguística Textual no âmbito do ensino de Língua 
Portuguesa, houve, consequentemente, uma 
valorização dos gêneros textuais. Isso porque, para 
essa corrente de estudos, o texto é o lugar por 
excelência de onde o professor deve extrair 
as devidas reflexões, bem como delinear as 
atividades a serem desenvolvidas com os alunos. 
Em nosso caso, como pretendíamos 
trabalhar os operadores discursivo- argumentativos, 
era imprescindível que lançássemos mão de um 
gênero que calhasse com tal proposta. 
Examinando, então, o quadro de gêneros 
discursivos disposto pelas DCEs paranaenses – o 
qual está dividido em nove “esferas de circulação” –
, chamou nossa atenção um grupo muito 
diversificado ligado à esfera “imprensa”. Entre os 
gêneros constantes nesse segmento, vislumbramos 
que o “Artigo de Opinião” se enquadrava 
perfeitamente ao nosso intento final, que era o de 
fomentar nos estudantes o poder da 
argumentatividade. 
Com efeito, o Artigo de Opinião é um 
gênero fundamentalmente argumentativo, “pois está 
voltado ao domínio social da discussão de assuntos 
sociais controversos, objetivando um 
posicionamento frente a eles, exigindo para tal, 
sustentação e tomadas de posição” (OHUSCHI; 
BARBOSA, 2011, p. 305). 
Ademais, a opção por essa modalidade 
textual teve como vantagem o fato de, em razão de 
o jornal Hoje, de Cascavel, conter seções 
direcionadas para tal gênero, poderíamos discutir 
com os alunos temas locais, partindo da opinião de 
um jornalista desta região. Assim, os estudantes 
tiveram por objeto de estudo algo próximo ao seu 
cotidiano, o que facilitou o bom andamento das 
atividades. 
Com efeito, segundo Koch (2004), quando 
interagimos por meio da linguagem, temos sempre 
objetivos, fins a serem atingidos; há relações que 
desejamos estabelecer, efeitos que pretendemos 
causar, comportamentos que queremos ver 
desencadeados, isto é, pretendemos atuar sobre o(s) 
outro(s) de determinada maneira, obter dele(s) 
determinadas reações (verbais ou não verbais). É por 
isso que se pode afirmar que o uso da linguagem é 
essencialmente argumentativo, pois pretendemos 
orientar os enunciados que produzimos no sentido de 
determinadas conclusões (com exclusão outras), 
conforme pontua a autora. “Em outras palavras, 
procuramos dotar em nossos enunciados 
determinada força argumentativa” (KOCH, 2004, p. 
29). 
A argumentação e a persuasão fazem parte 
do cotidiano, estando presentes em editoriais, 
discursos políticos, jurídicos, publicitários e até em 
alguns textos que se pretendem neutros, mas não 
resistem a uma análise que desmascare as ideias ali 
defendidas. 
Como ser dotado de razão e vontade, o 
homem, constantemente, avalia, julga, critica, isto é, 
forma juízos e valor. Por outro lado, por meio do 
discurso – ação verbal dotada de intencionalidade – 
tenta influir sobre o comportamento do outro ou fazer 
com que compartilhe determinadas de suas opiniões. 
Conforme Koch (2002), 
[...] É por essa razão que se pode afirmar que 
a todo e qualquer discurso subjaz uma ideologia, na 
acepção mais ampla do termo. A neutralidade é 
apenas um mito: o discurso que se pretende “neutro”, 
ingênuo, contém também uma ideologia – a da sua 
própria objetividade (KOCH, 2002, p.17). 
Qualquer uso de linguagem implica 
argumentação, como afirma Koch (2004), porém há 
textos em que a argumentação fica explícita, como é 
o caso do Artigo de Opinião. Neste e em outros 
textos opinativos, para convencer alguém, os 
argumentos são essenciais e precisam estar postos 
de forma clara, explícita. No diálogo propiciado por 
meio de textos opinativos, a argumentação leva a 
conhecer novas formas de pensar e oportunidades 
de reelaborar conceitos e atitudes, portanto, é uma 
estratégia de aprendizagem e amadurecimento 
(DEPUBEL; SOARES, 2010). 
Em face do exposto, o modelo de análise de 
artigos de opinião proposto neste trabalho deve levar 
em consideração o texto como um todo. Sendo 
assim, ao analisarmos os operadores 
argumentativos, não olharemos frases isoladas de 
um contexto, pois assim estaríamos separando 
elementos de um conjunto, e num texto 
absolutamente nada é separável totalmente 
(ANTUNES, 2010). Dessa forma, mesmo que se olhe 
atentamente para um aspecto particular, o que 
pretendemos compreender é de que forma os 
elementos linguísticos focalizados podem afetar a 
dimensão global da produção. 
Em suma, o entendimento do uso dos 
operadores discursivo-argumentativos pelos alunos é 
essencial para estes desenvolvam a capacidade de 
argumentação. Para tanto, o gênero Artigo de 
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Opinião, como ser verá, configura um terreno fértil 
para tal abordagem. 
Exercícios de Análise Linguística com 
foco nos operadores discursivo-argumentativos 
Conforme Bezerra e Reinaldo (2013), a 
prática de Análise Linguística propicia aos alunos, 
entre outras coisas, a comparação entre textos, 
bem como a reflexão sobre a adequação e sobre 
efeitos de sentidos presentes. Procura-se, assim, 
levar o aluno a compreender e a se apropriar das 
alternativas que a língua lhes oferece para sua 
comunicação. 
Todavia, a ascensão da Análise Linguística 
no currículo de língua portuguesa nacional é uma 
conquista relativamente recente. De acordo com 
Souza e Cavalcante (2012), a partir das décadas de 
1980 e 1990, passou-se a viver uma redefinição 
bastante marcante quanto aos objetivos do ensino 
da Língua Portuguesa, até então marcado pela 
Gramática Normativa. 
Com efeito, em meados dos anos 80, além 
das contribuições advindas dos estudos da 
Linguística e da Linguística Aplicada, os estudos 
construtivistas começaram a ser disseminados no 
Brasil. Por conseguinte, o ensino pautadona 
memorização e na fixação dos conteúdos da 
gramática, bem como a reprodução de atividades 
de escrita propostas pela escola até então 
começaram a ser motivo de questionamentos entre 
estudiosos da língua e professores. Outrossim, no 
processo de ensino e aprendizagem, passou-se a 
considerar o conhecimentos prévio dos alunos e o 
papel do professor como mediador entre a reflexão 
acerca desses conhecimentos e aqueles que à 
escola cabia ensinar (MENDONÇA; BUZEN, 2006). 
Nesse sentido, a análise linguística se 
diferencia, em diversos aspectos, do ensino 
tradicional de gramática, conforme o quadro abaixo, 
elaborado por Mendonça (2006): 
Linguística 
Ensino de Gramática Prática de Análise 
Linguística (AL) 
Concepção de língua como sistema, 
estrutura inflexível e invariável. Concepção de 
língua como ação interlocutiva situada, sujeita às 
interferências dos falantes. 
Fragmentação entre os eixos de ensino: as 
aulas de gramática não se relacionam 
necessariamente com as de leitura e de produção 
textual. Integração entre os eixos de ensino: a AL é 
ferramenta para a leitura e a produção de textos. 
Metodologia transmissiva, baseada na 
exposição dedutiva (do geral para o particular, isto 
é, das regras para o exemplo) + treinamento.
 Metodologia reflexiva, baseada na indução 
(observação dos casos particulares para conclusão 
das regularidades/regras). 
Privilégio das habilidades metalinguísticas. 
Trabalho paralelo com habilidades 
metalinguísticas e epilinguísticas. 
Ênfase nos conteúdos gramaticais como 
objetos de ensino, abordados isoladamente e em 
sequência mais ou menos fixa. Ênfase nos usos 
como objetos de ensino (habilidades de leitura e 
escrita), que remetem a vários outros objetos de 
ensino (estruturais, textuais, discursivos, normativos), 
apresentados e retomados sempre que necessário. 
Centralidade na norma-padrão. 
Centralidade nos efeitos de sentido. 
Ausência de relação com as especificidades 
dos gêneros, uma vez que a análise é mais de cunho 
estrutural e, quando normativa, desconsidera o
 Fusão do trabalho com os gêneros, na 
medida em que contempla justamente a intersecção 
das condições de produção dos textos e as escolhas 
linguísticas. 
Unidade privilegiada: a palavra, a frase e o 
período. Unidade privilegiada: o texto. 
Preferência pelos exercícios estruturais, de 
identificação e classificação de unidades/funções 
morfossintáticas e correção. Preferência por 
questões abertas e atividades de pesquisa, que 
exigem comparação e reflexão sobre adequação e 
efeitos de sentido. 
Fonte: Mendonça (2006, p. 207) 
Ainda na década de 1980, a Análise 
Linguística teve um grande impulso com os trabalhos 
de João Wanderley Geraldi. Aliás, foi esse autor 
quem primeiro utilizou o termo “Análise Linguística” 
(TEIXEIRA, 2011). 
Muitos associam Geraldi à ideia de um 
pensador que postulou a supressão absoluta da 
Gramática Tradicional nas aulas de português. Essa 
fama se deve, sobretudo, à perspectiva 
aparentemente iconoclasta de sua obra O texto em 
sala de aula, publicada em 1984. Todavia, conforme 
vemos no livro Portos de Passagem, de 
1991, Geraldi, em vez de simplesmente 
contestar o ensino gramatical, parece querer alçar o 
conceito de Análise Linguística a um patamar mais 
elevado, que englobaria tanto as atividades 
“metalinguísticas” quanto as “epilinguísticas”. 
Portanto, ele refuta a ideia que entre essas esferas 
haveria uma dicotomia. 
Com a expressão “Análise Linguística” 
pretendo referir precisamente este conjunto de 
atividades que tomam uma das características da 
linguagem como seu objeto: o fato de ela poder 
remeter a si própria, ou seja, com a linguagem não só 
falamos sobre o mundo ou sobre nossa relação com 
as coisas, mas também falamos sobre como falamos. 
Como já vimos, a estas atividades têm sido 
reservadas as expressões 'atividades epilinguísticas' 
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ou 'atividades metalinguísticas' (GERALDI, 2002, p. 
191). 
Com o termo “atividades metalinguísticas”, 
Geraldi está se referindo a uma abordagem que 
apreende a linguagem em si – como o faz a 
Gramática. Já pelo 
termo “atividades epilinguísticas” o autor se 
reporta a um estudo que investiga pragmaticamente 
o fenômeno linguístico, relacionando este a todo o 
contexto (histórico, social, ideológico etc.) que o 
subjaz. 
Embora afirme que “as gramáticas 
existentes, enquanto resultado de uma certa 
reflexão sobre a linguagem, são insuficientes para 
dar conta das muitas reflexões que podemos fazer” 
(GERALDI, 2002, p. 192), o linguista em questão 
observa: 
Note-se, pois, que não estou banindo das 
salas de aulas as gramáticas (tradicionais ou não), 
mas considerando-as fonte de procura de outras 
reflexões sobre as questões que nos ocupam nas 
atividades epilinguísticas (GERALDI, 2002, p. 192, 
grifo do autor). 
Em suma, Geraldi não contesta a 
abordagem dos tópicos gramaticais em sala de 
aula, mas sim que essa abordagem se dê mediante 
o exame de frases isoladas. Então, o linguista 
postula que o professor deve partir de atividades de 
leitura e de produção de textos – “pois é no interior 
destas e a partir destas que a Análise Linguística se 
dá” (GERALDI, 2002, p. 189) – e, daí por diante, 
desenvolver os conteúdos conforme a dinâmica que 
o texto propicia. 
Assim, estas atividades produzem uma 
linguagem (a metalinguagem) mais ou menos 
coerente que permite falar sobre a linguagem, seu 
funcionamento, as configurações textuais e, no 
interior destas, o léxico, as estruturas 
morfossintáticas e entonacionais (GERALDI, 2002, 
p. 191). 
As propostas de Geraldi, como também a 
de outros linguistas que, semelhantemente, 
propunham a substituição do modelo gramatical 
normativo pelo da Análise Linguística no ensino do 
português, foram se consolidando nas décadas 
seguintes. No Paraná, em 2008, com a publicação 
das Diretrizes Curriculares da Educação Básica 
(DCEs), a corrente de estudos em pauta foi 
abonada. 
O estudo da língua que se ancora no texto 
extrapola o tradicional horizonte da palavra e da 
frase. Busca-se, na análise linguística, verificar 
como os elementos verbais (os recursos 
disponíveis da língua), e os elementos extras 
verbais (as condições e situação de produção) 
atuam na construção de sentido do texto (PARANÁ, 
2008, p. 60). 
Segundo Travaglia, 
Quando se trabalha com o ensino teórico, 
sugerimos que ele deve ter objetivos, tais como: 
facilitar, no ensino, a referência a elementos da 
língua, 
mas não deve ser cobrado dos alunos, 
sobretudo no Ensino Fundamental e em especial em 
suas séries iniciais (1ª a 4ª); portanto, ser um 
instrumento de mediação e não um fim em si; b) ser 
objeto de uma cultura científica necessária na vida 
moderna; c) ser usado como um instrumento para 
ensinar a pensar (objetivo geral da educação e não 
um objetivo de ensino de língua) (TRAVAGLIA apud 
TEIXEIRA, p. 2011, p. 165). 
RELAÇÕES LÓGICO-SEMÂNTICAS 
Relação de condicionalidade (se p então q) - 
expressa-se pela conexão de duas orações, uma 
introduzida pelo conector se ou similar (oração 
antecedente) e outra por então, que geralmente vem 
implícita (oração consequente). O que se afirma 
nesse tipo de relação é que, sendo o antecedente 
verdadeiro, o consequente também o será. Vejam-se 
os exemplos: 
Se aquecermos o ferro, (então) ele se 
derreterá. 
Caso faça sol, (então) iremos à praia. 
● relação de causalidade (p porque q) - 
expressa-se pela conexão de duas orações, uma das 
quais encerra a causa que acarreta a consequência 
contida na outra. Tal relação pode ser veiculada sob 
diversas formas estruturais, como: 
O torcedor ficou rouco porque gritou demais. 
consequência causa 
O torcedor gritou tanto que ficou rouco. 
 causa consequência 
 O torcedor gritou demais; então (por isso)ficou rouco. 
 Como tivesse gritado demais , o torcedor 
ficou rouco. 
 Por ter gritado demais 
 Causa 
● relação de mediação - que se exprime por 
intermédio de duas orações, numa das quais se 
explicitam o(s) meio(s) para atingir um fim expresso 
em outra: 
O jovem envidou todos os esforços para 
conquistar / o amor da garota dos seus sonhos. 
meio fim 
 
Embora, do ponto de vista lógico, a relação 
de condicionalidade (implicação) englobe as de 
causalidade e de mediação, são apresentadas 
separadamente por razões didáticas. 
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● relação de disjunção - se expressa 
através do conectivo ou. Esse conector, porém, é 
ambíguo, correspondendo ora à forma latina aut, 
com valor exclusivo (isto é, um ou outro, mas não 
ambos), ora à forma vel com valor inclusivo (ou 
seja, um ou outro, possivelmente ambos). 
Você vai passar o fim de semana em São 
Paulo ou vai descer para o litoral? (exclusivo) 
Todos os congressistas deveriam usar 
crachás ou trajar camisas vermelhas. (inclusivo: 
e/ou). 
● relação de temporalidade - por meio da 
qual, através da conexão de duas orações, 
localizam-se no tempo, relacionando-os uns aos 
outros, ações, eventos, estados de coisas do 
"mundo real" ou a ordem em que se teve percepção 
ou conhecimento deles. O relacionamento temporal 
pode ser de vários tipos: 
a. tempo simultâneo (exato, pontual): 
Quando /Mal / Nem bem / Assim que / Logo 
que / No momento em que ...... o filme começou, 
ouviu-se um grito na plateia. 
b. tempo anterior/posterior: 
Antes que o inimigo conseguisse puxar a 
arma, o soldado desferiu-lhe uma saraivada de 
tiros. 
Depois que Maria enviuvou, ele preferiu 
viver na fazenda de seus pais. 
c. tempo contínuo ou progressivo: 
Enquanto os alunos faziam os exercícios, o 
professor corrigia as provas da outra turma. 
À medida que os recursos iam minguando, 
aumentava o desespero da população do vilarejo 
isolado pelas inundações. 
● relação de conformidade - expressa-se 
pela conexão de duas orações em que se mostra a 
conformidade do conteúdo de uma com algo 
asseverado na outra: 
O réu agiu conforme o advogado lhe havia 
determinado. 
● relação de modo - por meio da qual se 
expressa, numa das orações, o modo como se 
realizou a ação ou evento contido na outra. 
Exemplo: 
Sem levantar a cabeça, a criança ouvia as 
reprimendas da mãe. 
Como se fosse um raio, o cavaleiro 
disparou pela campina afora. 
Relações discursivas ou argumentativas 
● conjunção - efetuada por meio de 
operadores como é, também, não só...mas 
também, tanto...como, além de, além disso, ainda, 
nem (=e não), quando ligam enunciados que 
constituem argumentos para uma mesma conclusão. 
Exemplo: 
João é, sem dúvida, o melhor candidato. Tem 
boa formação eapresenta um consistente programa 
administrativo. 
Além disso, revela pleno conhecimento dos 
problemas da população. Ressalte-se, ainda, que 
não faz promessas demagógicas. 
A reunião foi um fracasso. Não se chegou a 
nenhuma conclusão importante, nem (= e não) se 
discutiu o problema central. 
● disjunção argumentativa - trata-se aqui da 
disjunção de enunciados que possuem orientações 
discursivas diferentes e resultam de dois atos de fala 
distintos, em que o segundo procura provocar o 
leitor/ouvinte para levá-lo a modificar sua opinião ou, 
simplesmente, aceitar a opinião expressa pelo 
primeiro: 
Todo voto é útil. Ou não foi útil o voto dado 
ao rinoceronte "Cacareco" nas eleições municipais, 
há alguns anos atrás? 
● contrajunção - através da qual se 
contrapõem enunciados de orientações 
argumentativas diferentes, devendo prevalecer a do 
enunciado introduzido pelo operador mas (porém, 
contudo, todavia etc.). 
Tinha todos os requisitos para ser um homem 
feliz. Mas vivia só e deprimido. 
Quando se utiliza o operador embora (ainda 
que, apesar de (que) etc.), prevalece a orientação 
argumentativa do enunciado não introduzido pelo 
operador: 
Embora desconfiasse do amigo, nada 
deixava transparecer. 
O calor continuava insuportável, apesar da 
chuva que caiu o dia todo. 
● explicação ou justificativa - quando se 
encadeia, sobre um primeiro ato de fala, outro ato 
que justifica ou explica o anterior: 
Não vá ainda, que tenho uma coisa 
importante para lhe dizer. (Justificativa) 
Deve ter faltado energia por muito tempo, 
pois a geladeira está totalmente descongelada. 
(Explicação) 
● comprovação - em que, através de um 
novo ato de fala, acrescenta-se uma possível 
comprovação da asserção apresentada no primeiro: 
Encontrei seu namorado na festa, tanto que 
ele estava de tênis Adidas. 
● conclusão - em que, por meio de 
operadores como portanto, logo, por conseguinte, 
pois etc., introduz-se um enunciado de valor 
conclusivo em relação a dois (ou mais) atos de fala 
anteriores que contêm as premissas, uma das quais, 
geralmente, permanece implícita, por tratar-se de 
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algo que é voz geral, de consenso em dada cultura, 
ou, então, verdade universalmente aceita. 
Toda a equipe jogou desentrosada. 
Portanto (logo) o novo atacante não poderia mesmo 
ter mostrado o seu bom futebol. 
João é um indivíduo perigoso. Portanto, 
fique longe dele. 
● comparação - expressa-se por meio dos 
operadores (tanto, tal) ...como (quanto), mais... (do) 
que, menos... (do) que, estabelecendo entre um 
termo comparante e um termo comparado, uma 
relação de inferioridade, superioridade ou 
igualdade. A relação comparativa possui um caráter 
eminentemente argumentativo: a comparação se 
faz tendo em vista dada conclusão a favor ou contra 
a qual se pretende argumentar. Assim, se a uma 
pergunta como: "Devemos chamar Pedro para tirar 
a mala de cima do armário?", se obtivesse como 
resposta: 
"João é tão alto quanto Pedro" 
a resposta seria desfavorável a Pedro 
(embora não negando a sua altura) e favorável a 
João. Se, por outro lado, a resposta fosse: 
"Pedro é tão alto como João." 
Haveria inversão da orientação 
argumentativa, agora favorável a Pedro. 
● generalização/extensão - em que o 
segundo enunciado exprime uma generalização do 
fato contido no primeiro, ou uma amplificação da 
ideia nele expressa: 
Maria está atrasada. Aliás / Também / É 
verdade que... , ela nunca chega na hora. 
Tive prazer em conhecê-la. De fato / 
Realmente... , estou encantado. 
Pedro está de novo sem dinheiro. Bem / 
Aliás / Mas ... , é o que acontece com todo 
estudante que vive de mesada. 
● especificação/exemplificação - em que o 
segundo enunciado particulariza e/ou exemplifica 
uma declaração de ordem mais geral apresentada 
no primeiro: 
Muitos de nossos colegas estão no exterior. 
Pierre, por exemplo, está na França. 
Nos países do Terceiro Mundo, como a 
Bolívia e o Brasil, falta saneamento básico em 
muitas regiões. 
● contraste - na qual o segundo enunciado 
apresenta uma declaração que contrasta com a do 
primeiro, produzindo um efeito retórico: 
Gosto muito de esporte. Mas luta-livre, 
faça-me o favor! 
Os ricos ficam cada vez mais ricos, ao 
passo que os pobres tornam-se cada vez mais 
pobres. 
● correção/redefinição - quando, através de 
um segundo enunciado, se corrige , suspende ou 
redefine o conteúdo do primeiro, se atenua ou reforça 
o comprometimento com a verdade do que nele foi 
veiculado ou, ainda, se questiona a própria 
legitimidade de sua enunciação: 
Irei à sua festa. Isto é, se você me convidar. 
Eu não agiria deste modo. Se você quer 
saber a minha opinião. 
Meus parabéns! Ou não devo cumprimentá-lo 
por isso? 
Pedro chega hoje. Ou melhor, acredito que 
chegue, nãotenho certeza. 
Ele não é muito esperto. De fato (Pelo 
contrário), parece-me bastante estúpido. 
Prometo ir ao encontro. Isto é (Ou melhor), 
vou tentar. 
RELAÇÃO DE OPOSIÇÃO ADVERSATIVA 
RELAÇÃO DE OPOSIÇÃO 
RELAÇÃO DE ALTERNANCIA 
Enunciados de conteúdos independentes 
Trata de relações lógico-semânticas de 
conteúdos independentes, que pertencem a atos de 
fala distintos. 
Principais relações lógico-semânticas: 
1) adição 
2)oposição adversativa 
3)disjunção argumentativa ou alternância 
4) explicação ou justificativa 5)conclusão 
6) alternância 
RELAÇÃO DE EXPLICAÇÃO OU 
JUSTIFICATIVA 
Respeite-o, pois se trata de uma pessoa mais 
velha. 
Não pude comparecer à reunião porque tinha 
um compromisso inadiável. 
“Não fujas, que eu te sigo...” (Menotti Del 
Picchia) 
RELAÇÃO DE CONCLUSÃO 
RELAÇÃO DE DISJUNÇÃO 
ARGUMENTATIVA OU ALTERNÂNCIA 
Conectivos: 
O que são? 
Para que servem? 
Beba mais água 
e faça promessas com moderação! 
relação de adição 
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Beba mais água, 
Faça promessas com moderação! 
São responsáveis pela orientação 
argumentativa do texto. 
O conectivo empregado é responsável pelo 
sentido do período. 
RELAÇÃO DE ADIÇÃO 
Principais articuladores: 
e 
nem 
não só...mas também 
além de 
ainda 
Relação de adição 
Principais conectivos: 
mas 
porém 
contudo 
no entanto 
Não só é inteligente, mas também educado. 
Ela nem estuda nem trabalha. 
Ele se esforçou bastante, contudo não 
obteve bom resultado. 
Tratava-se de um local muito 
aconchegante, no entanto não fomos bem 
recebidos. 
Ou você trabalha, ou procure outro lugar 
para se hospedar. 
Quer você queira, quer não, iremos visitá-
lo. 
Ora se mostrava calmo, ora agitado. 
Principais conectivos: 
ou ... ou 
ora ... ora 
quer ... quer 
já ... já 
Principais conectivos: 
que 
porque 
porquanto 
pois (quando precede o verbo) 
 
 
RELAÇÃO DE EXPLICAÇÃO 
Obteve bom desempenho no teste, logo 
demonstrou ser capacitado. 
Hoje está bastante quente, portanto iremos 
ao clube. 
Não valorizava a companhia de sua amada, 
por isso hoje está sozinho. 
Principais conectivos: 
logo 
portanto 
por conseguinte 
por isso 
pois ( depois do verbo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EMPREGO ADEQUADO DE ITENS 
LEXICAIS, CONSIDERANDO OS 
DIFERENTES NÍVEIS DE LINGUAGEM 
Itens lexicais 
São palavras simples ou agrupamentos de 
palavras no léxico de uma determinada língua. 
Exemplo do uso da palavra Itens 
lexicais: 
Exemplos são "gato", "farol vermelho", 
"tomar conta de", "em todo caso" e "comer e coçar 
é só começar". 
A língua e os níveis da linguagem pertence 
a todos os membros de uma comunidade e é uma 
entidade viva em constante mutação. Novas 
palavras são criadas ou assimiladas de outras 
línguas, à medida que surgem novos hábitos, 
objetos e conhecimentos. Os dicionários vão 
incorporando esses novos vocábulos 
(neologismos), quando consagrados pelo uso. 
Atualmente, os veículos de comunicação 
audiovisual, especialmente os computadores e a 
internet, têm sido fonte de incontáveis neologismos 
— alguns necessários, porque não havia 
equivalentes em Português; outros dispensáveis, 
porque duplicam palavras existentes na linguagem. 
O único critério para sua integração na língua é, 
porém, o seu emprego constante por um número 
considerável de usuários. 
 De fato, quem determina as 
transformações linguísticas e os níveis de 
linguagem é o conjunto de usuários, 
independentemente de quem sejam eles, estejam 
escrevendo ou falando, uma vez que tanto a língua 
escrita quanto a oral apresentam variações 
condicionadas por diversos fatores: regionais, 
sociais, intelectuais etc. 
“O movimento de 1922 não nos deu — nem 
nos podia dar — uma ‘língua brasileira’, ele incitou 
os nossos escritores a concederem primazia 
absoluta aos temas essencialmente brasileiros [...] 
e a preferirem sempre palavras e construções vivas 
do português do Brasil a outras, mortas e frias, 
armazenadas nos dicionários e nos compêndios 
gramaticais.” (Celso Cunha) 
A vida não me chegava pelos jornais nem 
pelos livros 
 Vinha da boca do povo na língua errada do 
povo 
 Língua certa do povo 
 Porque ele é que fala gostoso o português 
do Brasil 
 (Manuel Bandeira) 
Tipo de linguagem Embora as variações 
lingüísticas e níveis da linguagem sejam 
condicionadas pelas circunstâncias, tanto a língua 
falada quanto a escrita cumprem sua finalidade, que 
é a comunicação. A língua escrita obedece a normas 
gramaticais e será sempre diferente da língua oral, 
mais espontânea, solta, livre, visto que acompanhada 
de mímica e entonação, que preenchem importantes 
papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a 
linguagem empregada coloquialmente difere 
substancialmente do padrão culto, o que, segundo 
alguns lingüistas, criou no Brasil um abismo quase 
intransponível para os usuários da língua, pois se 
expressar em português com clareza e correção é 
uma das maiores dificuldades dos brasileiros: “No 
português do Brasil, a distância entre o nível popular 
e o nível culto ficou tão marcada que, se assim 
prosseguir, acabará chegando a se parecer com o 
fenômeno verificado no italiano ou no alemão, por 
exemplo, com a distância entre um dialeto e outro.” 
(Evanildo Bechara, Ensino da Gramática. Opressão? 
Liberdade?) 
Com base nessas considerações, não se 
deve reger o ensino da língua pelas noções de certo 
e errado, mas pelos conceitos de adequado e 
inadequado, que são mais convenientes e exatos, 
porque refletem o uso da língua nos mais diferentes 
contextos. Não se espera que um adolescente, 
reunido a outros em uma lanchonete, assim se 
expresse: “Vamos ao shopping assistir a um filme”, 
mas aceita-se: “Vamos no shopping assistir um 
filme”. Não seria adequado a um professor 
universitário assim se manifestar: “Fazem dez anos 
que participo de palestras nesta egrégia 
Universidade, nas quais sempre houveram 
estudantes interessados”. 
Escrever conforme a norma culta — que não 
representa uma camisa-de-força, mas um tesouro 
das formas de expressão mais bem cultivadas da 
língua — é um requisito para qualquer profissional de 
nível universitário que se pretenda elevar acima da 
vala comum de sua profissão. O domínio eficiente da 
língua, em seus variados registros e em suas 
inesgotáveis possibilidades de variação, é uma das 
condições para o bom desempenho profissional e 
social. 
A linguagem popular ou coloquial 
É aquela usada espontânea e fluentemente 
pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma 
gramatical e é carregada de vícios de linguagem 
(solecismo - erros de regência e concordância; 
barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; 
ambigüidade; cacofonia; pleonasmo), expressões 
vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que 
ressalta o caráter oral e popular da língua. A 
linguagem popular está presente nas mais diversas 
situações: conversas familiares ou entre amigos, 
anedotas, irradiação de esportes, programas de TV 
(sobretudo os de auditório), novelas, expressão dos 
estados emocionais etc. 
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A linguagem culta ou padrão 
É aquela ensinada nas escolas e serve de 
veículo às ciências em que se apresenta com 
terminologia especial. É usada

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