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Legislação e Boas Práticas em Drogaria e Farmácia Sem Manipulação

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DESCRIÇÃO
A profissão farmacêutica e as Boas Práticas para o controle sanitário e o armazenamento. As atribuições clínicas do farmacêutico e sua relação com o Código de Ética.
PROPÓSITO
Compreender as Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário e armazenamento de medicamentos, além de entender as atribuições clínicas farmacêuticas, bem como a relação profissional com seu Código de Ética, temas prioritários para a formação e atuação em diversas áreas da profissão farmacêutica.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha à mão um dicionário de Termos Técnicos em Saúde para entender termos específicos da área.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever a profissão farmacêutica e seu Código de Ética
MÓDULO 2
Reconhecer as atribuições clínicas do farmacêutico e a sua fiscalização
MÓDULO 3
Identificar as Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário em farmácias e drogarias
MÓDULO 4
Descrever as Boas Práticas de Distribuição e Armazenamento
INTRODUÇÃO
A legislação sobre as Boas Práticas em drogarias e farmácia sem manipulação pode ser considerada como um conjunto de normas que visam garantir qualidade e segurança do produto farmacêutico, bem como dos serviços farmacêuticos prestados à população. Assim, os órgãos de controle estabelecem essas normas, cabendo ao profissional farmacêutico cumprir e fazer com que sejam respeitadas nos estabelecimentos em que atua. É a partir das Boas Práticas que você poderá exercer suas atividades em drogarias e farmácias sem manipulação de forma segura e garantirá a confiabilidade e o respeito da população em seus serviços e no estabelecimento em que atuará.
Neste tema, você aprenderá sobre as Boas Práticas em drogarias e farmácia sem manipulação, assim como as atribuições clínicas do farmacêutico e, principalmente, as questões éticas envolvendo toda a atuação profissional.
MÓDULO 1
Descrever a profissão farmacêutica e seu Código de Ética
A ÉTICA NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL FARMACÊUTICA
Quando falamos da Ética Farmacêutica, não podemos deixar de abordar o seu processo histórico. De acordo com a literatura, podemos separar esse processo em dois momentos importantes:
SÉCULO X
Início da profissão como a conhecemos com as boticas, onde a Medicina e a Farmácia eram uma única profissão.
SÉCULO XVIII
Divisão das profissões e criação de critérios de conduta para cada uma delas.
O profissionalismo na Farmácia sempre foi uma questão polêmica, criando um debate contínuo entre os profissionais da saúde sobre o status da Farmácia. A reivindicação histórica da Farmácia pelos farmacêuticos é como um manipulador de medicamentos.
O farmacêutico, tradicionalmente, desempenhava o papel de boticário, cujas funções incluíam:
Imagem: Shutterstock.com
Produção de medicamentos
Imagem: Shutterstock.com
Preparação de medicamentos
Imagem: Shutterstock.com
Avaliação de medicamentos
Gradualmente, esse papel diminuiu e a reivindicação da Farmácia cujo profissionalismo tinha com base sua função de boticário foi seriamente prejudicada com o advento dos medicamentos industrializados.
A Farmácia cada vez mais associou-se a negócio de distribuição de medicamentos, e a percepção pública do farmacêutico evoluiu para uma preocupação com a contabilidade e as vendas de commodities produzidas em massa.
Com a industrialização, houve migração dos profissionais farmacêuticos para as indústrias, deixando espaço nas farmácias para que leigos e comerciantes se apropriassem desses locais de trabalho. Sendo assim, é imprescindível que o farmacêutico entenda o passado para compreender o presente. 
Fonte: Shutterstock.com
COMMODITIES
São insumos de origem agropecuária ou de extração mineral, desenvolvidos em produções de larga escala e destinados à exportação.
A palavra “ética” deriva do grego ethos que significa caráter, disposição, costume, hábito, podendo ser correlacionada com a “moral”, do latim mor ou mores (que também significa costume, hábito).
A Ética Farmacêutica, então, descreve a respeito da moral e a conduta mantida perante o Conselho Federal de Farmácia, de forma que sua não observância é passível de penalidades.
ATENÇÃO
Em 1936, vários movimentos de reivindicações por todo o país pediam a criação de um órgão profissional de Farmácia. O que ocorreu em 1960 com a Lei nº 3.820, criando o Conselho Federal de Farmácia e os Conselhos Regionais de Farmácia, responsáveis por fiscalizar e cuidar da ética da classe farmacêutica.
O farmacêutico é um profissional da saúde, o que, invariavelmente, o compromete com a vida e o bem-estar das pessoas. Isso impõe a todos os farmacêuticos a não causar prejuízo a si mesmo, à profissão e à sociedade, sem que tenha à frente motivação de lucro e realizações pessoais. Nessa ótica, um código de conduta é necessário para que se possa garantir à sociedade atuação com conhecimento técnico e dentro de uma prática ética. Visto isso, torna-se clara a importância do Código de Ética Farmacêutica para nortear as condutas profissionais.
Foto: Shutterstock.com
O Código de Ética Farmacêutica descreve as normas para os farmacêuticos e os demais inscritos nos Conselhos Regionais de Farmácia, mesmo em atividades de ensino, pesquisa e administração, além de quaisquer outras atividades em que utilize os conhecimentos farmacêuticos, principalmente, em drogarias e farmácias comunitárias.
DROGARIAS E FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS
São estabelecimentos farmacêuticos que não estão em hospitais ou em serviços ambulatoriais. São as farmácias e drogarias de bairros e centros urbanos que atendem à comunidade.
ATENÇÃO
Desde muito tempo, a profissão de farmacêutico tem a particularidade de ter orientação profissional e comercial. Hoje, além dessa característica única, há uma forte mudança na farmácia em direção a um maior envolvimento nos cuidados de saúde centrados no paciente e mais ênfase no melhor interesse e na autonomia do paciente, dentro de uma estrutura conhecida como "bioética" - veremos melhor adiante.
Com essa mudança de foco profissional, há um nível elevado de responsabilidade devido ao aumento das expectativas do paciente e mais envolvimento na saúde e na tomada de decisões em um nível pessoal com o paciente.
Há, portanto, inerente a esse maior envolvimento, mais propensão para o surgimento de problemas éticos.
Os códigos de ética modernos em Farmácia enfatizam a dignidade e o bem-estar dos pacientes. No entanto, este compromisso com a dignidade e o bem-estar dos pacientes pode ser comprometido quando os farmacêuticos permitem que os objetivos puramente financeiros influenciem e controlem sua conduta. Códigos de Ética profissionais ao longo dos séculos têm servido como referências publicamente proclamadas para os padrões de conduta profissional, acima e além das mínimas expectativas legais e sociais. Esses códigos também serviram para exercer uma força positiva e coesa sobre os membros individuais de uma profissão e, como produtos de associações profissionais, eles refletem o consenso de uma gama de opiniões de praticantes sobre dilemas contemporâneos, reais ou potenciais na prática.
 
Para facilitar a mudança, os profissionais que buscavam redefinir sua profissão tentaram expressar e fortalecer a orientação comunitária de seu grupo, esforçando-se para construir ou reconstruir seus Códigos de Ética. Assim, à medida que a profissão farmacêutica se tornou mais focada no paciente, os Códigos de Ética farmacêuticos em muitos países, incluindo o Brasil, refletiram a mudança dos valores tradicionais para o cuidado centrado no paciente. No entanto, existem dificuldades associadas aos Códigos de Ética, como ambiguidade, restrição de escopo e fiscalização devido à própria natureza das idealizações e generalizações abstratas.
A ÉTICA NA SAÚDE
A “bioética”, um campo contemporâneo de atividade acadêmica e profissional, emergiu e impactou a direção e o escopo dos Códigos modernos de Ética nas profissões da saúde, incluindo a Farmácia. A bioética moderna surgiu como uma disciplina ainda na década de 1970.
 
Na década de 1980, um conjunto de princípios foi identificado como relacionado especificamenteà ética na saúde dentro do quadro de preocupações contemporâneas e desenvolvimentos em saúde, os quais eram frequentemente controversos. Devido à própria natureza do discurso em ética, o debate permanece aberto entre os bioeticistas quanto a outras teorias clássicas, como a ética da virtude, o utilitarismo ou a teoria deontológica. Isto é, podem explicar suficientemente o raciocínio moral em saúde. Os defensores de cada teoria da bioética afirmam: desde seus primórdios, a bioética tem sido uma mistura de disciplinas.
Por outro lado, a abordagem de quatro princípios na bioética resultou em um efeito profundo nos Códigos de Ética e no ensino da ética profissional, e tornou-se um conceito familiar entre os profissionais de saúde em todo o mundo.
 
Os principais princípios são:
TEORIA DEONTOLÓGICA
Defende a visão de que a ética é baseada no dever, independentemente da consequência.
UTILITARISMO
Defende o bem maior para um grande número.
RESPEITO PELA AUTONOMIA
Incluindo o direito ao consentimento informado, privacidade, recusa de tratamento, veracidade.
BENEFICÊNCIA
Obrigação moral de beneficiar os outros.
NÃO MALEFICÊNCIA
Para não causar danos.
JUSTIÇA
Tratamento justo, equitativo e apropriado à luz do que é devido.
Isso, enquanto gerações anteriores de Códigos de Ética Farmacêutica, tradicionalmente, concentraram-se em dois desses princípios: beneficência e não maleficência. Somente a partir do advento da bioética e do aumento da expectativa pública é que os dois princípios restantes, a autonomia e justiça, ganharam proeminência.
ATENÇÃO
A ética na profissão farmacêutica no Brasil é regida atualmente pela Resolução nº 596/2014 do Conselho Federal de Farmácia. Essa resolução especifica o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares.
RESOLUÇÃO Nº 596/2014
A Resolução nº 596/2014 unificou o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e as Regras de Aplicação das Sanções Disciplinares, que, anteriormente, eram definidos por Resoluções distintas.
Imagem: Eduardo Corsino FreireAspectos da Resolução nº 596/2014.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A referida resolução começa pelo Código de Ética e, em seu primeiro título, aborda o exercício profissional. Em seu capítulo I, apresenta os princípios fundamentais, que são as normas que vão regrar a conduta dos farmacêuticos. Veja o que diz o art. 1°:
ART. 1º - O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA TEM DIMENSÕES DE VALORES ÉTICOS E MORAIS QUE SÃO REGULADAS POR ESTE CÓDIGO, ALÉM DE ATOS REGULATÓRIOS E DIPLOMAS LEGAIS VIGENTES, CUJA TRANSGRESSÃO PODERÁ RESULTAR EM SANÇÕES DISCIPLINARES POR PARTE DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA (CRF), APÓS APURAÇÃO DE SUA COMISSÃO DE ÉTICA, OBSERVADO O DIREITO AO DEVIDO PROCESSO LEGAL, AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA, INDEPENDENTEMENTE DAS DEMAIS PENALIDADES ESTABELECIDAS PELA LEGISLAÇÃO EM VIGOR NO PAÍS.
Podemos destacar os seguintes princípios:
ETICIDADE
MORALIDADE
DEVIDO PROCESSO LEGAL
CONTRADITÓRIO
AMPLA DEFESA
ETICIDADE
Um conjunto de regras que devem ser seguidas não só na vida profissional, mas também na vida privada dos farmacêuticos.
MORALIDADE
Pode ser entendida como as formas de agir com o outro.
DEVIDO PROCESSO LEGAL
Assegura a todos o direito a um processo com todas as etapas previstas em lei e todas as garantias constitucionais. Se no processo não forem observadas as regras básicas, ele se tornará nulo. É considerado o mais importante dos princípios constitucionais, pois dele derivam todos os demais.
CONTRADITÓRIO
Diz respeito ao direito de defesa que o farmacêutico tem em um processo ético.
AMPLA DEFESA
É a garantia de que o indivíduo não pode sofrer uma sentença sem ter tido chance de se defender.
Além dos princípios citados, você deve se atentar ao art. 4º, que prevê que o farmacêutico responde pelas infrações cometidas individual ou solidariamente, quando a ação tenha sido feita por alguém a quem delegou função.
É importante perceber ainda que, além de ter que cumprir as determinações do Código de Ética, um farmacêutico também deve promover os aspectos éticos da profissão. Inclusive, pode sofrer sanções, mesmo que não tenha cometido diretamente a infração ética, mas tendo tomado conhecimento de uma infração e não agir a respeito.
Você verá adiante mais um pouco sobre as determinações do Código de Ética.
ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS FARMACÊUTICOS
Os artigos 8º e 9º fazem referência à atuação profissional dos farmacêuticos. Neles, estão dispostas as determinações de que os farmacêuticos devem, em qualquer área de atuação, exercer a profissão para fins de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Inclusive, enfatizam que jamais se pode exercer a profissão com fins comerciais. Além disso, fica clara a autonomia do farmacêutico, que não pode deixar nenhum outro profissional interferir em suas decisões de trabalho, muito menos por motivos de lucro, religiosos ou políticos.
Foto: Shutterstock.com
Os artigos 8º e 9º são bastante importantes de serem observados, principalmente pelo motivo de os farmacêuticos, com frequência, depararem-se com aspectos do mercado farmacêutico, podendo sofrer pressões para atuarem de forma a prevalecer os interesses comerciais. Você pode encontrar esse tipo de situação especialmente no comércio varejista farmacêutico, como as farmácias comunitárias e drogarias.
EXEMPLO
Um atendente de farmácia recebe uma prescrição, mas não consegue entender a letra do prescritor e solicita ao farmacêutico que tente ler. O farmacêutico lê a prescrição e fica em dúvida, porém o gerente do estabelecimento insiste que a receita seja atendida para não perder a venda.
DIREITOS E DEVERES DO FARMACÊUTICO
Apesar de a situação exemplificada ser bastante frequente, é importante que você saiba que tem respaldo no Código de Ética para assumir um posicionamento correto. O capítulo II trata dos direitos dos farmacêuticos, e você verá que pode se opor a situações desse tipo.
 
O item XII do capítulo II determina que os farmacêuticos não podem ser limitados em suas decisões técnicas por nenhuma norma de empresas públicas ou privadas, muito menos por decisões de terceiros.
Esse item do capítulo II dos direitos dos farmacêuticos garante que você não poderá ser impedido de executar as atividades farmacêuticas por qualquer determinação ou regra da instituição na qual for atuar.
Podemos tomar como exemplo ser impedido de prestar serviços clínicos nas farmácias e drogarias, desde que respeitadas as condições sanitárias vigentes.
 
No capítulo III, você encontra os deveres do farmacêutico, destacando-se a obrigatoriedade que você terá, como farmacêutico, de comunicar ao CRF e demais autoridades sanitárias quaisquer irregularidades envolvendo a profissão ou irregularidades em estabelecimentos farmacêuticos de que tenha conhecimento. Esse ponto do Código de Ética determina que você deverá a todo o tempo, mesmo quando não estiver trabalhando, zelar pelos aspectos éticos da profissão.
ATENÇÃO
Um outro comunicado que deve ser realizado ao CRF em até 5 dias é o desligamento de alguma de suas atividades, mesmo que ainda não tenha a documentação comprobatória.
Esse tópico traz uma prática bastante comum no exercício da profissão, que deve ser cumprida por todos os farmacêuticos, mesmo aqueles que não atuam em farmácias e drogarias.
PROIBIÇÕES, INFRAÇÕES E PENAS
Além dos deveres, o Código de Ética descreve as proibições, em seu capítulo IV, aplicadas aos profissionais farmacêuticos. São descritas nesse capítulo 43 proibições. Destacamos alguns itens a seguir:
Imagem: Shutterstock.com
Ser responsável técnico de um estabelecimento farmacêutico, sem de fato comparecer ao trabalho.
Imagem: Shutterstock.com
Praticar atos profissionais com imperícia, negligência ou imprudência.
Imagem: Shutterstock.com
Divulgar informações inverídicas no âmbito farmacêutico sem base científica ou legal.
Imagem: Shutterstock.com
Aceitar interferência de leigos em questões técnicas da profissão.
Imagem: Shutterstock.com
Aceitar remuneração abaixo do piso salarial.Imagem: Shutterstock.com
Exercer simultaneamente a Medicina.
O segundo título da resolução trata das relações profissionais, de forma que o descumprimento de suas determinações, além de prejudicar a imagem do farmacêutico perante os demais profissionais e a sociedade, pode ser tratado como crimes contra a honra (calúnia, injúria e difamação) previstos no Código Penal. Já o título III trata das relações com os Conselhos Federal e Regionais de Farmácia e o título IV trata das infrações, que consistem em:
I
Advertência ou advertência com emprego da palavra “censura”
II
Multa no valor de 1 (um) salário-mínimo a 3 (três) salários-mínimos regionais
III
Suspensão de 3 (três) meses a 1 (um) ano
IV
Eliminação
O título V trata das disposições gerais, que consistem em regras sobre a competência fiscalizatória dos Conselhos Regionais de Farmácia, no que diz respeito ao tempo, ao espaço e à eficácia das normas do Código de Ética. Ainda nessa mesma resolução, mas, em seu anexo, são descritas a graduação das infrações e as penalidades correspondentes, conforme tabela a seguir:
	Graduação
	1° falta
	2° falta
	3° falta
	Reincidências subsequentes
	LEVE (Art. 7º)
	Advertência
	Advertência com emprego da palavra “censura”
	Multa de 1 a 3 salários-mínimos regionais
	Multa em dobro
	MEDIANA (Art. 8º)
	
	Multa de 1 a 3 salários-mínimos regionais
	
	Multa em dobro ou suspensão
	GRAVE (Art. 9º)
	Suspensão de 3 meses
	Suspensão de 6 meses
	Suspensão de 12 meses
	ELIMINAÇÃO (Art. 12)
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Anexo III da Resolução CFF nº 596/14.
AS RELAÇÕES PROFISSIONAIS E RELAÇÕES COM OS CONSELHOS
O especialista Eduardo Corsino Freire fala sobre as relações do profissional farmacêutico com seus pares e demais profissionais de saúde, bem como de sua relação com os conselhos em que estão inscritos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. OS ASPECTOS ABORDADOS PELA RESOLUÇÃO Nº 596/2014 SÃO:
O Código de Ética Farmacêutica e o Código de Processo.
O Código de Ética Farmacêutica e as Regras de Aplicação das Sanções Disciplinares.
O Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e as Regras de Aplicação das Sanções Disciplinares.
O Código de Processo Ético e as Regras de Aplicação das Sanções Disciplinares.
O Código de Ética Farmacêutica e as Boas Práticas Farmacêuticas.
Parte inferior do formulário
Parte superior do formulário
2. UM FARMACÊUTICO QUE DESCUMPRE UMA DAS DETERMINAÇÕES DO CÓDIGO DE ÉTICA DE SUA PROFISSÃO, E ESSE DESCUMPRIMENTO INCORRER EM INFRAÇÃO GRAVE, PODE TER QUAIS TIPOS DE PENALIDADES?
Multa de 1 a 3 salários-mínimos regionais, suspensão de 6 meses, suspensão de 12 meses e eliminação.
Suspensão de 3 meses, suspensão de 6 meses, suspensão de 12 meses e eliminação.
Suspensão de 3 meses, suspensão de 6 meses, suspensão de 12 meses e multa em dobro.
Advertência, suspensão de 6 meses, multa em dobro e eliminação.
Suspensão de 3 meses, suspensão de 6 meses, multa de 1 a 3 salários-mínimos regionais e eliminação.
Parte inferior do formulário
GABARITO
1. Os aspectos abordados pela Resolução nº 596/2014 são:
A alternativa "C " está correta.
A Resolução nº 596/2014 aborda o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e as Regras de Aplicação das Sanções Disciplinares, que, anteriormente, eram definidos por Resoluções distintas.
2. Um farmacêutico que descumpre uma das determinações do Código de Ética de sua profissão, e esse descumprimento incorrer em infração grave, pode ter quais tipos de penalidades?
A alternativa "B " está correta.
As infrações graves, contidas no art. 9º, vão de suspensões até eliminação, conforme art. 12 da Resolução nº 596/2014.
MÓDULO 2
Reconhecer as atribuições clínicas do farmacêutico e a sua fiscalização
RESOLUÇÃO Nº 585/2013
Embora os farmacêuticos sejam os profissionais de saúde mais acessíveis e visitados no mundo, as contribuições que fazem para os ambientes de saúde interdisciplinares, muitas vezes, permanecem esquecidas. A má comunicação e conectividade entre os serviços de saúde e profissionais podem fragmentar o atendimento ao paciente e, além de ser um contribuinte significativo para o desenvolvimento de
problemas relacionados com medicamentos(PRM), resultam em resultados e experiências de saúde ruins. Uma vez que a maioria das prescrições de medicamentos ocorre na atenção primária, os farmacêuticos têm um papel importante no fornecimento de educação e informações sobre o uso adequado e seguro de medicamentos para pacientes, bem como a outros profissionais de saúde.
Foto: Shutterstock.com
ATENÇÃO PRIMÁRIA
A atenção primária ou AP é definida como uma abordagem de saúde para toda a sociedade e bem-estar que aborda os determinantes mais amplos da saúde. Pode ocorrer em serviços de saúde, como ambulatórios, farmácias e drogarias.
Nas últimas duas décadas, o movimento para incluir farmacêuticos como membros essenciais da atenção primária ganhou força em vários países, incluindo Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Malásia e Brasil. Farmacêuticos integrados, globalmente, em programas interdisciplinares, demonstraram seu papel significativo em muitos cuidados diretos ao paciente, incluindo o gerenciamento de medicamentos, identificando o uso incorreto e as reações adversas aos medicamentos(RAM), bem como o aconselhamento sobre medicamentos e, efetivamente, otimizando a compreensão do paciente sobre seus próprios regimes de medicação para melhorar a qualidade de vida geral.
As habilidades dos farmacêuticos na atenção primária incluem:
Imagem: Shutterstock.com
A prestação de atendimento direto ao paciente por meio do gerenciamento de medicamentos, exame e triagem.
Imagem: Shutterstock.com
Gerenciamento de doenças crônicas.
Imagem: Shutterstock.com
Informação e educação sobre drogas.
Imagem: Shutterstock.com
Colaboração e ligação, bem como garantia de qualidade e pesquisa.
As organizações de saúde enfrentam novos desafios para acompanhar as crescentes demandas de saúde do público. Muitos desses desafios estão associados à melhoria dos resultados econômicos, humanos e clínicos para indivíduos com doenças crônicas. Essas demandas levaram os formuladores de políticas a buscar formas alternativas de otimizar o sistema de saúde e melhorar o atendimento ao paciente.
COMENTÁRIO
Tem sido argumentado que, para os serviços de saúde serem utilizados de maneira mais eficiente, todos os membros da equipe de saúde precisam colaborar e reavaliar suas funções e contribuições. Uma melhor colaboração poderia reduzir os eventos adversos e melhorar os resultados do paciente combinando habilidades, experiência e recursos.
As farmácias e drogarias, atualmente conhecidas como farmácias comunitárias, fazem parte do sistema de atenção primária, mas há ceticismo quanto à colaboração do farmacêutico com outros profissionais de saúde devido às suas funções isoladas e aos ambientes com características comerciais em que operam. Ainda assim, a importância da integração, especialmente com os médicos, tem sido reconhecida.
Foto: Shutterstock.com
Nas últimas décadas, o avanço da profissão farmacêutica viu um movimento de afastamento de uma função de abastecimento tradicional para atividades mais orientadas para a clínica.
Farmácias comunitárias e drogarias são os serviços de saúde mais visitados pelos pacientes, levando os formuladores de políticas a reconhecer a importância de estender as funções dos farmacêuticos comunitários para atender à crescente demanda do público.
O Reino Unido esteve na vanguarda desses desenvolvimentos, com uma estrutura contratual revisada para farmácias comunitárias, sendo implementada na Inglaterra e no País de Gales, em 2005, e na Escócia, em 2006, introduzindo serviços de saúde pública, revisão de medicamentos e análises clínicas financiadas. Na Inglaterra, os contratos revisados especificam 3 níveis de serviço, a saber:
SERVIÇOS ESSENCIAIS
SERVIÇOS AVANÇADOS
SERVIÇOS COMISSIONADOS
SERVIÇOS ESSENCIAIS
Cobrem funções tradicionais, como dispensar medicamentos/aparelhos, repetira dispensa e sinalização.
SERVIÇOS AVANÇADOS
Concentram-se nas análises de medicamentos pelo farmacêutico.
SERVIÇOS COMISSIONADOS
Localmente incluem uma gama de medicamentos e serviços de saúde pública, como pequenas doenças (avaliação e tratamento de pequenas doenças por farmacêuticos), cessação do tabagismo, aconselhamento sobre estilo de vida, contracepção hormonal de emergência, uso indevido de substâncias, exames e vacinações. Além disso, os consultórios tornaram-se obrigatórios e sujeitos a certos requisitos que garantem a privacidade e a confidencialidade do paciente.
No Brasil, a evolução e a modernização da profissão farmacêutica têm favorecido as atividades clínicas, o que tem levado a uma mudança também nos estabelecimentos como farmácias e drogarias. A atuação dos farmacêuticos nesses estabelecimentos tem se voltado para a atuação clínica, ao passo que a legislação vai se atualizando e permitindo cada vez mais a atuação clínica do farmacêutico.
ATENÇÃO
A principal legislação que aborda os serviços clínicos farmacêuticos é a Resolução nº 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia. Com essa resolução, o profissional farmacêutico passa a ser regido (autorizado e fiscalizado pelo Conselho Regional de Farmácia em que está registrado) por uma normatização que regulamenta suas atribuições clínicas. Essa normatização especifica os direitos e as responsabilidades desse profissional dentro de suas áreas de atuação, na promoção do cuidado individual e coletivo.
OBJETIVO DAS ATRIBUIÇÕES E ÂMBITO DA ATUAÇÃO CLÍNICA DO FARMACÊUTICO
Nos artigos 2º e 3 º, são tratados os aspectos da atuação clínica do farmacêutico. Neles, são descritos que a atuação deve ocorrer com a finalidade de promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como de prevenção de patologias ou outros problemas de saúde dos pacientes e de seus familiares e/ou comunidade. Ainda deixam claro que as atividades clínicas podem ser utilizadas em qualquer local, público ou privado, obedecendo à legislação vigente.
Imagem: Shutterstock.com
ART. 2º
Deixa clara a intenção desta regulamentação, bem como a missão e os resultados esperados com os serviços farmacêuticos.
Imagem: Shutterstock.com
ART. 3º
Define que as atividades clínicas do farmacêutico podem ser realizadas sem restrições de local. Incluem-se, assim, as farmácias e as drogarias como locais de prestação de cuidados farmacêuticos.
A Resolução nº 585/2013 descreve 38 atribuições clínicas dos farmacêuticos, dentre as quais podemos destacar:
Integrar o planejamento e a avaliação da farmacoterapia.
Atuar com intervenções farmacêuticas e elaborações de pareceres.
Realizar consulta farmacêutica.
Prescrever exames laboratoriais.
Monitorar níveis de concentração de medicamentos nos pacientes por meio de exames.
Verificar os parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente.
Prescrever medicamentos, conforme legislação vigente.
ATRIBUIÇÕES CLÍNICAS DOS FARMACÊUTICOS
O especialista Eduardo Corsino Freire conversa com um farmacêutico clínico sobre as atribuições clínicas do farmacêutico regulamentadas pelo CFF.
LEI Nº 13.021/2014
Nos últimos anos, os avanços nas tecnologias de saúde e as novas demandas sociais por serviços especializados resultaram em mudanças nos serviços de farmácia. Com isso, os farmacêuticos têm sido incluídos nas equipes de saúde que orientam suas ações para a promoção de serviços com foco no paciente. Além disso, os farmacêuticos foram incentivados a se tornarem conjuntamente responsáveis pelos resultados de saúde e pela melhoria da qualidade de vida do paciente.
Foto: Shutterstock.com
No Brasil, a formação clínica dos farmacêuticos continua em desenvolvimento, estando as atividades atualmente ligadas às questões administrativas e aos aspectos relacionados com medicamentos. Na maioria dos casos, as atividades ainda são realizadas sem contato com o paciente. No entanto, a formação do farmacêutico brasileiro passou por mudanças importantes nos últimos anos no que diz respeito ao foco profissional na aprendizagem de habilidades clínicas. Atualmente, as descrições dessas habilidades e as mudanças necessárias nas diretrizes curriculares das universidades brasileiras estão sendo promovidas.
Quando os farmacêuticos começaram a incorporar suas práticas clínicas nas farmácias comunitárias, várias barreiras e facilitadores influenciaram a implementação dos serviços de farmácia clínica, como:
Barreiras à implementação
Baixa remuneração profissional e falta de investimento em infraestrutura de farmácias.
Facilitadores
A satisfação do paciente com os serviços e o apoio à pesquisa para a melhoria da prática farmacêutica foram percebidos.
A implantação dos serviços de farmácia clínica em farmácias e drogarias ainda é recente no Brasil. A profissão farmacêutica passou por mudanças importantes nas últimas décadas no Brasil, principalmente em relação às farmácias comunitárias, com mudanças de funções e foco na prestação de serviços clínicos aos pacientes.
A farmácia, como estabelecimento de saúde, tem evoluído significativamente, com avanços regulatórios, como a publicação da Lei nº 13.021/14. Esta inverte a lógica do lucro ao definir a farmácia como entidade assistencial voltada para a prestação de serviço farmacêutico e assistência técnica e clínica para promover a melhor assistência à saúde dos pacientes.
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O termo serviço refere-se a um conjunto de atividades organizadas em um processo de trabalho.
Em uma definição ampla, os serviços farmacêuticos representam qualquer serviço particular prestado por farmacêuticos e podem ser clínicos ou não.
A assistência farmacêutica inclui uma gama de serviços clínicos, que vão desde os referenciais até o próprio monitoramento farmacoterapêutico.
No Brasil, apesar dos avanços recentes, a assistência farmacêutica ainda está em desenvolvimento, em termos de cuidados farmacêuticos em farmácias e drogarias. As iniciativas são independentes e descoordenadas e existem inúmeras discrepâncias entre as diferentes regiões no que se refere ao perfil dos profissionais e aos processos de trabalho adotados.
ATENÇÃO
Considerando que o panorama da atividade farmacêutica brasileira tem se voltado para as atividades clínicas, foi publicada a Lei nº 13.021/2014, que hoje é tida como um marco no comércio varejista farmacêutico. Isso porque atribui à farmácia o status de estabelecimento de saúde e confere autonomia técnica ao profissional farmacêutico. Podemos destacar que essa lei retornou o farmacêutico como foco principal nas farmácias.
DESTAQUES DA LEI Nº 13.021/2014
A Lei nº 13.021/2014 é a legislação que materializa o anseio dos farmacêuticos de anos. Ela estabelece que as farmácias e drogarias são estabelecimentos de saúde e não estabelecimentos comerciais. No seu art. 3º, promove-se a farmácia à categoria de estabelecimento de saúde e, dessa forma, deixa de ser um simples comércio, devendo prestar, portanto, assistência farmacêutica. Torna-se um estabelecimento para a prestação de assistência à saúde, com foco nos cuidados aos pacientes pelos acompanhamentos, adesão ao tratamento, avaliação de interações medicamentosas e promoção do uso racional do medicamento.
A mesma lei também determina apenas dois tipos de farmácias, conforme descrito a seguir:
FARMÁCIA SEM MANIPULAÇÃO OU DROGARIA
FARMÁCIA COM MANIPULAÇÃO
FARMÁCIA SEM MANIPULAÇÃO OU DROGARIA
Vale lembrar que estes estabelecimentos são denominados hoje como farmácias comunitárias, e são estabelecimentos de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais.
FARMÁCIA COM MANIPULAÇÃO
Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. Estão abarcadas aqui as farmácias de manipulação de atendimento à comunidade e as farmácias hospitalares.
Quanto às responsabilidades, a lei descreve que o farmacêutico eo proprietário dos estabelecimentos devem ser solidários para garantir o uso racional do medicamento.
ATENÇÃO
Você deve ter sempre em mente o art. 11º dessa lei, que diz que o farmacêutico não pode ser desautorizado em suas decisões e orientações técnicas por ninguém, nem mesmo pelo dono do estabelecimento. Fique atento a esse artigo, pois o descumprimento é uma infração a uma lei federal!
Apesar de a Lei nº 13.021/2014 ser bem clara quanto às responsabilidades dos farmacêuticos e dos proprietários de farmácias e drogarias, ainda é preciso que os profissionais farmacêuticos se coloquem em posição de garantir a execução dos estipulados pelos artigos 10º e 11º. Além das responsabilidades, a lei também descreve a obrigatoriedade de algumas atividades farmacêuticas no seu art. 13º, como as descritas a seguir:
I
Realizar farmacovigilância, notificando aos órgãos competentes os eventos adversos aos medicamentos, bem como a dependência.
II
Possuir cadastro organizado dos dados científicos dos produtos farmacêuticos dispensados no estabelecimento.
III
Realizar o acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes.
IV
Estabelecer protocolos de farmacovigilância.
V
Estabelecer o perfil farmacoterapêutico dos pacientes.
VI
Prestar orientação farmacêutica, para a promoção do uso racional e seguro dos medicamentos e produtos correlatos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. DENTRE AS ATRIBUIÇÕES DESCRITAS A SEGUIR, QUAL DELAS REPRESENTA UMA ATRIBUIÇÃO CLÍNICA DO FARMACÊUTICO, ATUANTE NA FARMÁCIA COMUNITÁRIA OU DROGARIA?
Organizar e manter cadastro atualizado com dados técnico-científicos das drogas, dos fármacos e medicamentos disponíveis na farmácia.
Assegurar a qualidade e segurança dos medicamentos e produtos correlatos no estabelecimento farmacêutico.
Estabelecer o perfil farmacoterapêutico no acompanhamento sistemático do paciente, mediante elaboração, preenchimento e interpretação de fichas farmacoterapêuticas.
Planejar, programar, adquirir, receber, armazenar e dispensar medicamentos.
Realizar os registros das dispensações de medicamentos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).
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2. OS SERVIÇOS CLÍNICOS DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO SÃO FISCALIZADOS POR QUAL ÓRGÃO?
Conselho Regional de Farmácia (CRF).
Conselho Federal de Farmácia (CFF).
ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Conselho Federal de Farmácia (CFF) e ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Conselho Regional de Farmácia (CRF) e ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
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GABARITO
1. Dentre as atribuições descritas a seguir, qual delas representa uma atribuição clínica do farmacêutico, atuante na farmácia comunitária ou drogaria?
A alternativa "C " está correta.
Estabelecer um perfil farmacoterapêutico é uma atribuição clínica, uma vez que esse procedimento é utilizado para a avaliação clínica farmacêutica e instrumento de decisão para uma intervenção farmacêutica. Essa atividade é prevista na Lei Federal nº 13.021/2014.
2. Os serviços clínicos do profissional farmacêutico são fiscalizados por qual órgão?
A alternativa "A " está correta.
Os serviços clínicos e demais serviços realizados por profissionais farmacêuticos são fiscalizados pelo CRF em que o profissional está registrado.
MÓDULO 3
Identificar as Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário em farmácias e drogarias
O PAPEL DO FARMACÊUTICO NAS BOAS PRÁTICAS 2009
O papel do farmacêutico está em constante evolução e mudou da aquisição e distribuição de medicamentos para fornecer informações sobre medicamentos e cuidados com o paciente. Todo esse escopo de serviços centrados no paciente foi descrito como cuidados farmacêuticos, uma revolução na prática farmacêutica. Todos os farmacêuticos devem garantir que o serviço prestado a cada paciente seja de qualidade adequada. As Boas Práticas em Farmácia incluem os princípios dos cuidados farmacêuticos e são consideradas um meio de cumprir e garantir essas obrigações.
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A iniciativa de estabelecer diretrizes de Boas Práticas em Farmácia para farmacêuticos comunitários foi baseada em vários elementos da necessidade de adequação às novas demandas da sociedade. A população em geral espera mais dos farmacêuticos comunitários, porém nem sempre seus serviços estão disponíveis de maneira adequada. Além disso, poucos farmacêuticos comunitários realmente estão preparados e qualificados para disponibilizarem serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias.
Por esse motivo, foi preciso uma estrutura regulatória para a melhoria da qualidade dos serviços da farmácia comunitária (e drogarias).
ATENÇÃO
No Brasil, a RDC nº 44/2009 da ANVISA é a legislação que regulamenta as Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias.
DOCUMENTAÇÃO E INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA ÀS FARMÁCIAS E DROGARIAS
Em seu capítulo II, a resolução detalha os documentos necessários às farmácias e drogarias. São eles:
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AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DE EMPRESA (AFE ANVISA) EXPEDIDA PELA ANVISA
É o documento que toda farmácia ou drogaria deve possuir. É o documento da ANVISA que permite ao estabelecimento funcionar.
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AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE FUNCIONAMENTO (AE) PARA FARMÁCIAS, QUANDO APLICÁVEL
É o documento expedido pela ANVISA que permite o exercício de atividades que envolvam insumos farmacêuticos, medicamentos e substâncias sujeitas a controle especial.
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LICENÇA OU ALVARÁ SANITÁRIO EXPEDIDO PELO ÓRGÃO ESTADUAL OU MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, SEGUNDO LEGISLAÇÃO VIGENTE
É o documento expedido pelo órgão sanitário local que permite o funcionamento dos estabelecimentos sujeitos ao controle sanitário, como as farmácias e drogarias.
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CERTIDÃO DE REGULARIDADE TÉCNICA EMITIDA PELO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DA RESPECTIVA JURISDIÇÃO
É o documento expedido pelo CRF que garante que a farmácia ou drogaria está devidamente registrada no Conselho e que possui farmacêutico responsável técnico.
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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS, CONFORME A LEGISLAÇÃO VIGENTE E AS ESPECIFICIDADES DE CADA ESTABELECIMENTO
É documento que descreve as atividades realizadas pelo estabelecimento, demonstrando os padrões mínimos aceitáveis pela empresa, obedecendo à legislação vigente.
Ainda no mesmo capítulo, a legislação relata a obrigatoriedade da presença de um farmacêutico durante todo o horário de funcionamento, além da responsabilidade de o estabelecimento garantir o uso racional de medicamentos.
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No capítulo III, a legislação trata das condições gerais de infraestrutura, determinando as áreas mínimas que o estabelecimento deve possuir e as condições de higienização e limpeza. Na figura a seguir, você verá um exemplo de planta com a infraestrutura mínima necessária para que uma farmácia ou drogaria possa funcionar. Em destaque, estão as áreas obrigatórias.
Imagem: Eduardo Corsino FreirePlanta de uma farmácia ou drogaria comunitária.
Na sessão II do mesmo capítulo, são descritas as condições para a prestação dos cuidados farmacêuticos, bem como as condições de limpeza e de móveis e utensílios, destacando a necessidade de ambiente privativo.
 
O capítulo IV trata dos recursos humanos, e os pontos principais a serem destacados são a obrigatoriedade de vestimenta que possa diferenciar o farmacêutico dos demais profissionais do estabelecimento e a obrigatoriedade que os estabelecimentos têm em disponibilizar proteção aos funcionários e usuários do estabelecimento, incluindo Equipamentos de Proteção Individuais(EPI).
Veja alguns exemplos de EPI:
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JALECO
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ÓCULOS
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LUVAS
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MÁSCARA
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TOUCA HOSPITALAR
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PROTETOR FACIALVocê saberia distinguir quais dos EPIs vistos devem ser usados por um farmacêutico ao desempenhar certas atividades? Descubra ao responder as questões a seguir.
QUAL DOS EPIS VISTOS DEVE SER UTILIZADO PARA AFERIÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL?
RESPOSTA
Para aferição de pressão arterial, o farmacêutico precisa estar paramentado apenas com o seu jaleco. Mas é muito importante que o lave bem antes e após o procedimento!
QUAIS SÃO OS EPIS NECESSÁRIOS PARA REALIZAÇÃO DO TESTE RÁPIDO PARA COVID-19?
RESPOSTA
Jalecos descartáveis, protetor facial ou óculos de proteção, touca, luvas descartáveis e máscara cirúrgica ou N95 são indispensáveis para a realização desse procedimento. Com eles, o farmacêutico garante a sua proteção individual e a do paciente.
Ainda no capítulo IV, a legislação tratará das atribuições dos farmacêuticos e demais profissionais. As atribuições do farmacêutico responsável técnico devem seguir o que for estabelecido pelos Conselhos Federal e Regional de Farmácia, observada a legislação sanitária vigente para farmácias e drogarias. Um ponto a se destacar na legislação são as responsabilidades legais, como prover recursos e condições necessários para o funcionamento do estabelecimento, garantir uso racional do medicamento e treinamentos.
ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO EM ESTABELECIMENTOS DE DISPENSAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS
No capítulo V, você encontrará as orientações quanto à comercialização e dispensação de produtos.
Sobre a dispensação de medicamentos, você encontrará a seguinte descrição quanto aos procedimentos do farmacêutico referente aos requisitos da prescrição (receita) dos medicamentos:
I – Letra legível, sem rasuras ou emendas;
II – Paciente identificado;
III – Nome do medicamento, bem como concentração, dose, forma farmacêutica e quantidade;
IV – Forma de usar (posologia);
V – Tempo de tratamento;
VI – Data e local de emissão da receita;
VII – Assinatura e número de registro do prescritor (geralmente o carimbo).
Ainda quanto à dispensação e à comercialização de medicamentos, a RDC nº 44/2009 faz diversos apontamentos importantes, que você encontra a seguir:
ART. 29
Além de medicamentos, o comércio e a dispensação de determinados correlatos poderão ser extensivos às farmácias e drogarias em todo território nacional, conforme relação, requisitos e condições estabelecidos em legislação sanitária específica.
ART. 30
Somente podem ser adquiridos produtos regularizados junto à ANVISA, conforme legislação vigente.
ART. 35
Todos os produtos devem ser armazenados de forma ordenada, seguindo as especificações do fabricante e sob condições que garantam a manutenção de sua identidade, integridade, qualidade, segurança, eficácia e rastreabilidade.
ART. 40
Os produtos de dispensação e comercialização permitidos em farmácias e drogarias nos termos da legislação vigente devem ser organizados em área de circulação comum ou em área de circulação restrita aos funcionários, conforme o tipo e a categoria do produto.
ART. 40, §1º
Os medicamentos deverão permanecer em área de circulação restrita aos funcionários, não sendo permitida sua exposição direta ao alcance dos usuários do estabelecimento.
ART. 42
O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao usuário o direito à informação e orientação quanto ao uso de medicamentos.
ART. 45
Não podem ser dispensados medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis ou que possam induzir ao erro ou à confusão.
ART. 47
A dispensação de medicamentos genéricos, no que tange à intercambialidade, deve ser feita de acordo com o disposto na legislação específica.
ART. 52
Somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto, como telefone, fac-símile (fax) e internet.
ART. 60
O usuário dos produtos comercializados em farmácias e drogarias, conforme legislação vigente, tem o direito a obter informações acerca do uso correto e seguro, assim como orientações sobre as condições ideais de armazenamento.
O capítulo VI trata dos serviços farmacêuticos permitidos em farmácias comunitárias e drogarias. A RDC nº 44/09 especifica que poderão ser realizados serviços como atenção farmacêutica (atenção farmacêutica domiciliar, aferição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos e administração de medicamentos) e perfuração do lóbulo da orelha para colocação de brinco. A referida legislação também proíbe a realização de serviços que não estejam descritos nesta regulamentação.
EXEMPLO
São proibidas as atividades como uso de espaço no estabelecimento como consultório médico, consultório dentário, lanchonete e outras atividades alheias às atividades farmacêuticas.
DOCUMENTOS DE BOAS PRÁTICAS E GARANTIA DA QUALIDADE
DOCUMENTAÇÕES MÍNIMAS PARA FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS E DROGARIAS
O especialista Eduardo Corsino Freire fala sobre as documentações mínimas exigidas pelos órgãos fiscalizadores às farmácias comunitárias sem manipulação e drogarias.
O capítulo VII trata das documentações mínimas que os estabelecimentos devem possuir:
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO
Os POPs mínimos exigidos, de acordo com o Manual de Boas Práticas, são:
I – Manutenção das condições higiênicas e sanitárias adequadas a cada ambiente da farmácia ou drogaria;
II – Aquisição, recebimento e armazenamento dos produtos de comercialização permitida;
III – Exposição e organização dos produtos para comercialização;
IV – Dispensação de medicamentos;
V – Destino dos produtos com prazos de validade vencidos;
VI – Destinação dos produtos próximos ao vencimento;
VII – Prestação de serviços farmacêuticos permitidos, quando houver;
VIII – Utilização de materiais descartáveis e sua destinação após o uso;
IX – Outros já exigidos nesta Resolução.
OUTROS DOCUMENTOS
Além dos POP, as farmácias comunitárias e drogarias devem manter registros de:
I – Treinamento de pessoal;
II – Serviço farmacêutico prestado, quando houver;
III – Divulgação do conteúdo dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP) aos funcionários, de acordo com as atividades por eles realizadas;
IV – Execução de programa de combate a insetos e roedores;
V – Manutenção e calibração de aparelhos ou equipamentos, quando exigido;
VI – Outros já exigidos nesta Resolução.
O capítulo VIII trata das disposições finais desta RDC. Neste capítulo, destaca-se a permissão para a participação das farmácias comunitárias em campanhas de promoção da saúde do Poder Público e na coleta de medicamentos para descarte, desde que a farmácia apresente um plano de gerenciamento de resíduos. É importante destacar que o descumprimento do que é descrito nessa legislação pode ser considerado uma infração sanitária!
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. ASSINALE A ALTERNATIVA A SEGUIR QUE REPRESENTA UMA BOA PRÁTICA EM FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS SEM MANIPULAÇÃO E DROGARIAS:
O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao usuário o direito à informação e orientação quanto ao uso de medicamentos.
O estabelecimento deve assegurar a estabilidade das preparações extemporâneas dispensadas.
O farmacêutico deve avaliar a prescrição quanto à compatibilidade físico-química dos excipientes da formulação magistral.
O estabelecimento deve manter registro de todas as receitas dispensadas.
O farmacêutico deve realizar orientação farmacoterapêutica apenas dos pacientes que solicitarem.
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2. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRESPONDENTE À CERTIDÃO DE REGULARIDADE TÉCNICA:
É o documento expedido pelo órgão sanitário local que permite o funcionamento dos estabelecimentos sujeitos ao controle sanitário, como as farmácias e as drogarias.
É o documento expedido pelo CRF que garante que a farmácia ou a drogaria está devidamente registrada no Conselho e que possui farmacêutico responsável técnico.
É o documento expedido pela ANVISA que permite o exercício de atividades que envolvam insumos farmacêuticos, medicamentos e substâncias sujeitas a controle especial.
É o documento que toda farmácia ou drogaria deve possuir.É o documento da ANVISA que permite ao estabelecimento funcionar.
É o documento que descreve as atividades realizadas pelo estabelecimento, demonstrando os padrões mínimos aceitáveis pela empresa, obedecendo à legislação vigente.
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GABARITO
1. Assinale a alternativa a seguir que representa uma boa prática em farmácias comunitárias sem manipulação e drogarias:
A alternativa "A " está correta.
As orientações sobre os medicamentos adquiridos no estabelecimento farmacêutico devem ser garantidas a todos os pacientes, uma vez que, tecnicamente, não se deve dissociar a dispensação da orientação aos pacientes. Considera-se também que essa prática é determinada pela legislação vigente, incluindo a Lei de Defesa do Consumidor.
2. Assinale a alternativa correspondente à Certidão de Regularidade Técnica:
A alternativa "B " está correta.
A Certidão de Regularidade Técnica é o documento que comprova que o estabelecimento farmacêutico está regularizado junto ao CRF.
MÓDULO 4
Descrever as Boas Práticas de Distribuição e Armazenamento
BOAS PRÁTICAS E LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
As Boas Práticas de Distribuição(BPD) referem-se às diretrizes regulatórias que regem a distribuição de medicamentos para garantir que sua qualidade e integridade sejam mantidas em toda a cadeia de abastecimento, do fabricante ao usuário final.
As Boas Práticas de Distribuição vão além da distribuição do produto acabado e incluem o abastecimento, armazenamento, transporte e outros ingredientes antes da fabricação.
O não cumprimento das diretrizes em qualquer ponto da cadeia de abastecimento, incluindo todos os pontos intermediários de armazenamento e transporte, pode ter sério impacto na qualidade do produto.
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A implementação das Boas Práticas de Distribuição é de suma importância para a segurança do paciente, visto que a cadeia de suprimentos global está se tornando complexa e fragmentada.
A OMS(Organização Mundial da Saúde) (2010) define as Boas Práticas de Distribuição como:
UMA FERRAMENTA ESSENCIAL PARA PROTEGER O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS FALSIFICADOS, NÃO APROVADOS, IMPORTADOS ILEGALMENTE, ROUBADOS, FALSIFICADOS, ABAIXO DO PADRÃO, ADULTERADOS E/OU COM MARCA INCORRETA.
(OMS, 2010)
As Boas Práticas de Distribuição e Armazenamento podem se aplicar a todas as organizações e todos os indivíduos envolvidos em qualquer aspecto do armazenamento e da distribuição de todos os medicamentos. O armazenamento e a distribuição podem envolver o movimento complexo de produtos em todo o mundo, diferenças em documentos e lidar com requisitos e comunicação entre várias entidades na cadeia de abastecimento.
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O bom armazenamento e as práticas de distribuição facilitam o movimento do medicamento em toda a cadeia de abastecimento, que é controlada, medida e analisada para contínuas melhorias, devendo manter a integridade do medicamento em sua embalagem durante o armazenamento e a distribuição.
A distribuição de medicamentos é uma importante atividade na gestão integrada da cadeia de suprimentos. A atual rede de distribuição de medicamentos é cada vez mais complexa e envolve muitos atores. A legislação estabelece ferramentas adequadas para auxiliar distribuidores na condução de suas atividades e para prevenir a entrada de medicamentos falsificados na cadeia de abastecimento legal.
ATENÇÃO
É importante você conhecer a RDC nº 360/2020 - Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e Transporte de Medicamentos, pois a qualidade dos produtos farmacêuticos pode ser afetada por uma falta de controle adequado sobre inúmeras atividades que ocorrem durante o processo de distribuição. Além disso, a distribuição é um processo que, geralmente, não tem sido bem enfatizado no que diz respeito à necessidade de estabelecimento, desenvolvimento, manutenção e controle das atividades envolvidas.
A ANVISA publicou, em 31 de março de 2020, a RDC nº 360/2020, que altera a RDC n° 304, de 17 de setembro de 2019, e dispõe sobre as Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e Transporte de Medicamentos.
A Resolução nº 304/2019 visa garantir mais flexibilidade às condições da cadeia de suprimentos, controle e rastreabilidade, considerando a tecnologia existente, e aplica-se às empresas que realizam as atividades de distribuição, armazenagem ou transporte de medicamentos e, no que couber, à armazenagem e ao transporte de produtos a granel. Não se aplica às atividades de distribuição, armazenagem e transporte de matérias-primas de gases medicinais ou de rótulos e embalagens.
VOCÊ SABIA
Embora publicada em setembro de 2019, a RDC nº 304/2019 entraria em vigor apenas em março de 2021, exceto em relação a um artigo específico, por meio do qual a ANVISA autoriza expressamente a comercialização de medicamentos entre distribuidoras, desde que ambas garantam a rastreabilidade dos produtos. Essa disposição é uma novidade almejada, pois, pela Portaria nº 802/1998, que regulamentava anteriormente o setor, as distribuidoras só estavam autorizadas a fornecer junto ao titular da autorização de comercialização.
Em março de 2020, a Resolução nº 304/2019 foi alterada pela Resolução da ANVISA nº 360/2020 por considerar muitas solicitações apresentadas pelo setor de logística. As principais alterações trazidas pelas Resoluções nº 304/2019 e nº 360/2020 são:
COMERCIALIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS ENTRE DISTRIBUIDORES
A ANVISA autorizou a comercialização de medicamentos entre distribuidores, desde que mantida a rastreabilidade do produto. De acordo com a regra anterior, os distribuidores só podiam comprar medicamentos do titular da autorização de comercialização.
Exemplo: Uma distribuidora que esteja em falta de alguma mercadoria pode comprá-la diretamente de outra distribuidora.
RESPONSABILIDADE PELA QUALIDADE E SEGURANÇA DOS MEDICAMENTOS
Todas as partes envolvidas na cadeia de suprimentos serão responsáveis pela qualidade e segurança dos medicamentos, inclusive pelas ações de recall.
Exemplo: O fabricante, a distribuidora, a transportadora e o serviço farmacêutico final (podendo ser farmácia, drogaria, hospital, entre outros) são responsáveis em conjunto pela qualidade e segurança dos medicamentos, como na manutenção de sua temperatura adequada.
REINTEGRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS RECUPERADOS
Permite a reintegração dos medicamentos recuperados ao estoque da empresa após casos de roubo, furto ou qualquer outro tipo de apropriação indébita. No entanto, a reintegração só poderá ser feita após realização de avaliação técnica do produto para comprovar que não houve danos e que a qualidade, segurança e eficácia do medicamento estão garantidas.
Exemplo: Medicamentos extraviados e posteriormente localizados podem ser inseridos no estoque. Mas, para isso, o dono do produto deve realizar ou terceirizar testes que verifiquem que os medicamentos ainda estão próprios para uso.
TERCEIRIZAÇÃO DE ATIVIDADES
A resolução autoriza a terceirização de atividades, desde que o contrato de autorização seja aprovado pelo sistema de gestão e qualificação da qualidade do contratante. Além disso, o contratante deve fornecer ao contratado as informações necessárias para a correta execução das operações contratadas, de acordo com o registro dos medicamentos e quaisquer outros requisitos legais.
Exemplo: Um exemplo comum de terceirização é o transporte do medicamento. No caso, uma distribuidora pode contratar uma transportadora para executar as entregas, mas a transportadora deve executar o serviço de acordo com as regras da distribuidora.
Apesar de criarem responsabilidade para todos os que integram a cadeia de suprimentos, as novas resoluções buscam garantir mais agilidade às atividades relacionadas à distribuição, adequando-se às atuais expectativas do mercado, pois a Portaria nº 802/1998 atendeu integralmente ao momento e à tecnologia – diferentes de mais de 20 anos atrás.
A flexibilidade e extensão das responsabilidades regulatórias, no entanto, aumentam a necessidade de acordos de distribuição sofisticados, cobrindo não apenasquestões comerciais, mas também tópicos de compliance( Palavra derivada do inglês e que significa agir conforme as regras.) e obrigações regulatórias aplicáveis a, por exemplo, farmacovigilância, recalls, questões de qualidade e responsabilidades em relação a terceiros, ou seja, outros distribuidores.
A legislação determina como requisitos mínimos para o exercício da atividade de armazenagem de medicamentos algumas orientações quanto à infraestrutura física das distribuidoras. Você pode verificar algumas das áreas necessárias para o funcionamento das distribuidoras na figura abaixo:
Imagem: Eduardo Corsino Freire Áreas de funcionamento de uma distribuidora.
PRINCIPAIS PONTOS ABORDADOS PELA RDC Nº 304/2019
BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO EM FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS SEM MANIPULAÇÃO E DROGARIAS
O especialista Eduardo Corsino Freire fala sobre as principais regras de armazenamento de medicamentos e produtos correlatos nos estoques das farmácias sem manipulação e drogarias.
Verifique agora alguns pontos importantes da RDC nº 304/2019.
ARTIGO 42
O exercício da atividade de armazenagem de medicamentos requer, no mínimo:
I - áreas de recebimento e expedição de medicamentos separadas entre si;
II - área de armazenagem geral de medicamentos;
III - área ou local de armazenagem de medicamentos devolvidos;
IV - área ou local de armazenagem de medicamentos reprovados, vencidos, recolhidos, suspeitos de falsificação ou falsificados;
V - área ou local com tranca para armazenagem de medicamentos sujeitos ao regime especial de controle, quando aplicável;
VI - área ou local de armazenagem de medicamentos em quarentena, quando aplicável;
VII - área de armazenagem de medicamentos com radionuclídeos, quando aplicável;
VIII - área de depósito de materiais de limpeza;
IX - área de administração;
X - área de cantinas ou refeitórios, quando existentes, e de vestiários, sanitários e lavatórios, sem comunicação direta com as áreas de armazenagem.
ARTIGO 59
Os arquivos eletrônicos relacionados à expedição devem incluir, pelo menos, as seguintes informações:
I - data da expedição ou do recebimento;
II - razão social, endereço e CNPJ do transportador;
III - nome completo e documento de identificação do motorista;
IV - razão social, endereço e CNPJ do destinatário;
V - descrição dos medicamentos, incluindo nome e apresentação;
VI - quantidade, números de lote e data de validade;
VII - condições de transporte e armazenagem aplicáveis, incluindo a identificação do veículo responsável pelo transporte e número de série do instrumento utilizado para monitoramento das condições ambientais, quando aplicável;
VIII - número único para permitir a identificação da ordem de entrega;
IX - número da nota fiscal.
ARTIGO 63
São obrigações dos contratantes dos serviços de transporte de medicamentos:
I - qualificar os transportadores;
II - prestar orientação e assistência técnica para os casos de acidentes envolvendo os medicamentos sob transporte, juntamente com o Responsável Técnico da empresa contratada.
Art. 64. São obrigações das empresas que realizam o transporte de medicamentos:
I - dispor do manifesto de carga transportada com a previsão de desembarque a bordo do veículo transportador;
II - monitorar as condições de transporte relacionadas às especificações de temperatura, acondicionamento, armazenagem e umidade do medicamento utilizando instrumentos calibrados;
III - aplicar os sistemas passivos ou ativos de controle de temperatura e umidade que sejam necessários à manutenção das condições requeridas pelo registro sanitário ou outras especificações aplicáveis;
IV - fornecer ao contratante todos os dados relativos às condições de conservação durante o transporte, bem como durante a armazenagem em trânsito;
V - prover acesso restrito aos medicamentos;
VI - receber e entregar medicamentos somente às empresas devidamente autorizadas e licenciadas para as atividades relacionadas.
RDC Nº 222/2019
Resíduos de Serviços de Saúde(RSS) são quaisquer resíduos resultantes do atendimento ao paciente, em casa ou na rede pública e em instituições privadas. No Brasil, 149.000 toneladas de resíduos domésticos e comerciais são produzidas a cada dia, e 1 a 3% são RSS e de natureza heterogênea. A implementação e a melhoria dos processos de segregação, na origem e durante a geração dos diferentes tipos de resíduos, permitem a minimização de resíduos, especialmente para aqueles que requerem tratamento especial. É necessário classificar a segregação diferenciada desses resíduos de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional do Meio Ambiente(CONAMA) e da ANVISA.
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A gestão dos RSS, desde a sua geração até a sua disponibilização final, é da responsabilidade do estabelecimento saúde (no nosso caso, farmácias e drogarias comunitárias, de acordo com a Lei nº 13.012/2014). A dispersão inadequada desses resíduos de saúde pode contribuir para impactos na natureza e saúde pública. Entre os RSS, os medicamentos são classificados como resíduos do Grupo B, que engloba substâncias químicas que podem representar riscos devido às suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
Os medicamentos são considerados “micropoluentes especiais” por serem introduzidos no meio ambiente em pequenas quantidades e possuírem características físico-químicas e biológicas que os tornam contaminantes diferenciados de outros compostos químicos industriais.
A degradação desses produtos farmacêuticos é capaz de gerar metabólitos desconhecidos, que podem contaminar o meio ambiente. O uso irracional de medicamentos – inclusive a automedicação –, bem como a falta de conscientização da população quanto ao seu descarte, não é um problema apenas no Brasil. De acordo com a OMS, pequenas concentrações de antibióticos (de uso humano e animal) foram encontradas em amostras de iodo ou efluentes de tratamento de esgoto em centros urbanos em todo o mundo.
Veja alguns exemplos de resíduos em farmácias e drogarias comunitárias:
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GRUPO A (INFECTANTE)
Resíduo: curativos.
Gerenciamento: sacos de lixo vermelho ou branco leitoso com simbologia de resíduo infectante.
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GRUPO B (MEDICAMENTOS E PRODUTOS QUÍMICOS)
Resíduo: medicamentos vencidos ou danificados, cosméticos e lâmpadas fluorescentes.
Gerenciamento: Barricas de papelão com simbologia de resíduos químicos.
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GRUPO D (EXTRAORDINÁRIO OU COMUM)
Resíduo: de alimentos; de varrição e poda; de escritório; de papel higiênico e papel toalha usados; de papel, papelão e folha carbonada; de copos plásticos, garrafas, latas e embalagens.
Gerenciamento: lixeira comum com tampa e pedal; sacos de lixo pretos com simbologia de resíduo comum.
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GRUPO E (PERFUROCORTANTE)
Resíduo: seringas e agulhas; perfuradores de orelha; lancetas de testes de glicemia capilar.
Gerenciamento: caixa de perfurocortante; saco de lixo amarelo com simbologia de resíduo infectante.
VOCÊ SABIA
Resíduos de serviços de saúde do Grupo C são os rejeitos radioativos, que não são encontrados nas farmácias e drogarias comunitárias.
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE RESÍDUOS DO GRUPO B
1993
Foi publicada a Resolução CONAMA nº 5, que classificou os RSS em quatro grupos: A, B, C e D. Os resíduos ou produtos químicos do Grupo B foram definidos como substâncias químicas que podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente, com base em suas características; e os medicamentos estão incluídos nesse grupo.
2001
A Resolução CONAMA nº 283 estabeleceu que o tutor legal, o gerador de resíduos, era o responsável por isso, desde a geração até a disposição final.
2004
Como um complemento às resoluções acima, a ANVISA publicou a RDC nº 306, que implementou um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde(PGRSS) apenas para estabelecimentos de serviços de saúde.
Deve-se observar que todas as resoluções se referem aos estabelecimentos geradores, fiscalizados pelos referidos órgãos fiscalizadores.
2009
Somente a partir desse ano, quando foi publicada a RDC nº 44 daANVISA sobre as
Boas Práticas Farmacêuticas(BPF) aplicadas à operação de farmácias e drogarias, que esses estabelecimentos foram autorizados a participar de programas de coleta de medicamentos para descarte comunitário, a fim de preservar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente.
2018
Surgiu a RDC nº 222, publicada em 28 de março, que substituiu a Resolução nº 306, que regulamentou e estabeleceu as melhores práticas na gestão de resíduos, nos serviços de saúde. O artigo nº 59 estabeleceu que resíduos de medicamentos contendo hormônios e produtos antimicrobianos, imunossupressores antineoplásicos citostáticos, digitálicos, imunomoduladores e antirretrovirais devem ser submetidos a tratamento ou descarte como classe I (resíduos perigosos), quando descartados ou apreendidos em serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidoras de medicamentos.
Fique atento aos principais pontos abordados pela RDC nº 222/2018:
ARTIGO 36
O abrigo externo dos RSS do Grupo B deve, ainda:
 
I - respeitar a segregação das categorias de RSS químicos e incompatibilidade química, conforme os Anexos III e IV desta Resolução;
II - estar identificado com a simbologia de risco associado à periculosidade do RSS químico, conforme Anexo II desta Resolução;
III - possuir caixa de retenção a montante das canaletas para o armazenamento de RSS líquidos ou outra forma de contenção validada.
ARTIGO 56
O gerenciamento dos RSS do Grupo B deve observar a periculosidade das substâncias presentes, decorrentes das características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
ARTIGO 57
Os RSS do Grupo B, no estado sólido e com características de periculosidade, sempre que considerados rejeitos, devem ser dispostos em aterro de resíduos perigosos – Classe I.
ARTIGO 58
Os RSS do Grupo B com características de periculosidade, no estado líquido, devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final ambientalmente adequada.
ARTIGO 59
Os resíduos de medicamentos contendo produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos, imunomoduladores; antirretrovirais, quando descartados por serviços assistenciais de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos, devem ser submetidos a tratamento ou dispostos em aterro de resíduos perigosos – Classe I.
ARTIGO 62
As embalagens secundárias de medicamentos não contaminadas devem ser descaracterizadas quanto às informações de rotulagem, podendo ser encaminhadas para reciclagem.
ARTIGO 65
Os resíduos de produtos e insumos farmacêuticos sujeitos a controle especial devem atender à regulamentação sanitária em vigor.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. QUAL DAS SENTENÇAS A SEGUIR REPRESENTA UMA ÁREA DE ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS QUE DEVE FICAR TRANCADA?
Área ou local de armazenagem de medicamentos sujeitos ao regime especial de controle, quando aplicável.
Área de armazenagem geral de medicamentos.
Área ou local de armazenagem de medicamentos devolvidos.
Área ou local de armazenagem de medicamentos reprovados, vencidos, recolhidos, suspeitos de falsificação ou falsificados.
Área ou local de armazenagem de medicamentos em quarentena, quando aplicável.
Parte inferior do formulário
Parte superior do formulário
2. DE ACORDO COM A RDC Nº 222/2018, OS RESÍDUOS DE MEDICAMENTOS SÃO CLASSIFICADOS COMO QUAL GRUPO?
Grupo B
Grupo A
Grupo C
Grupo D
Grupo E
Parte inferior do formulário
GABARITO
1. Qual das sentenças a seguir representa uma área de armazenamento de medicamentos que deve ficar trancada?
A alternativa "A " está correta.
A área ou local para medicamentos sob regime de controle especial refere-se aos medicamentos descritos na Portaria nº 344/98, que são os medicamentos ditos controlados. Por isso, devem ser mantidos sob tranca, devendo as chaves ficarem na posse do farmacêutico.
2. De acordo com a RDC nº 222/2018, os resíduos de medicamentos são classificados como qual grupo?
A alternativa "A " está correta.
Os medicamentos são classificados como pertencentes ao Grupo B e, por conseguinte, devem ser tratados como produtos químicos.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Visitamos as principais legislações que regulamentam as atividades exercidas nas farmácias comunitárias sem manipulação e drogarias. Como vimos, todas as ações executadas pelos farmacêuticos são regidas pelo Código de Ética Farmacêutica, que apresenta as atividades do farmacêutico voltadas para os pacientes e proíbe ações com foco comercial. Ainda, reconhecemos as atribuições clínicas do farmacêutico, bem como as Boas Práticas Farmacêuticas em farmácias comunitárias sem manipulação e drogarias, além da legislação de resíduos em serviços de saúde.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
AQUINO, S.; SPINA, G. A.; ZAJAC, M. A. L.; LOPES, E. L. Reverse logistics of post-consumer medicines: The roles and knowledge of pharmacists in the municipality of São Paulo, Brazil. In: Sustainability, 2018.
BHASKARAN, J.; VENKATESH, M. P. Good Storage and Distribution practices for Pharmaceuticals in European Union. In: J. Pharm. Sci. & Res. v. 11. 2019.
BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços em farmácias e drogarias e dá outras providências. Diário Oficial da União, 2009.
BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 2018.
BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RDC nº 304, de 17 de setembro de 2019. Dispõe sobre as Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e de Transporte de Medicamentos. Diário Oficial da União, 2019.
BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RDC nº 360, de 27 de março de 2020. Altera a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC n° 304, de 17 de setembro de 2019, que dispõe sobre as Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e de Transporte de Medicamentos. Ministério da Saúde, 2020.
BRASIL, CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº 585, 29 de agosto de 2013. Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. CFF, 2021.
BRASIL, CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº 596 de 21 de fevereiro de 2014. Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares. CFF, 2014.
BRASIL. Lei nº 13021, de 8 de agosto de 2014. Exercício e fiscalização das atividades farmacêuticas. Diário Oficial da União, 2014.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA SANITARIA. Portaria nº 802, de 8 de outubro de 1998. ANVISA, 2021.
CHAAR, B.; BRIEN, J.; KRASS, I. Professional ethics in pharmacy: The Australian experience. In: International Journal of Pharmacy Practice, 2005.
CRIŞAN, O. Good pharmacy practice in the context of crossborder healthcare. In: Farmacia, 2017.
DOSEA, A. S.; BRITO, G. C.; SANTOS, L. M.; MARQUES, T. C.; BALISA-ROCHA, B.; PIMENTEL, D.; BUENO, D.; LYRA JR, D. P. Establishment, implementation, and consolidation of clinical pharmacy services in community pharmacies: perceptions of a group of pharmacists. In: Qual. Health Res., 2017.
HINDI, A. M. K.; SCHAFHEUTLE, E. I.; JACOBS, S. Patients and public perspectives of community pharmacies in the UK: a systematic review. In: Health Expect., 2018.
HIPÓLITO JR. E.; HALILA, G. C.; CHRISTINI, W. et al. Quality indicators of pharmacists’ services in community pharmacies in Paraná state, Brazil. In: Braz J Pharm Sci., 2017.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste tema:
Leia:
· O Código de Ética comentado do CRF-SP, disponível em seu próprio portal.
Visite:
· O site da ANVISA e se aprofunde na legislação sanitária disponível no portal.
· O site do CFF e pesquise a legislação sobre a profissão farmacêutica.
· O site da CONAMA e entenda melhor a legislaçãosobre resíduos em serviços de saúde.
CONTEUDISTA
Eduardo Corsino Freire

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