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Mini 01 - Cp, Cpp, Leis e Leg Estadual - PCGO 2022 (Pós-edital) - Projeto Caveira gab

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#PERTENCEREMOS | WWW.PROJETOCAVEIRA.COM.BR | @PROJETOCAVEIRA
MINI 01
“Ter sucesso é falhar repetidamente,
mas sem perder o entusiasmo.”
Winston Churchill
PÓS-EDITAL
PCGO
Provas objetivas e discursivas
Penal, Proc. Penal e Legislação Extravagante (Inéditas)
COMENTADO
Alexandre Oliveira Galvão
CPF: 121.328.346-95 181992520425
Gabarito Mini 01 PCGO - Pós edital
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B D C C E A C B E D
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B E E D B C B D C A
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E B C B D A C B E D
Alexandre Oliveira Galvão
CPF: 121.328.346-95 181992520425
PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL 
 
 
www.projetocaveira.com.br 
1 
Noções de Direito Penal 
 
1 
Em relação à aplicação da lei penal, assinale a 
alternativa correta. 
 
(A) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior 
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela 
apenas a execução da sentença condenatória. 
(B) Para os efeitos penais, consideram-se como 
extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço 
do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem 
como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou 
em alto-mar. 
(C) A lei penal excepcional só é aplicada a fatos ocorridos 
na sua vigência, desde que sejam julgados 
definitivamente nesse período. 
(D) Como lugar do crime, o Código Penal adota a teoria 
da ubiquidade, a qual prega que se considera praticado 
o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro 
seja o momento do resultado. 
(E) Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao 
crime cometido no território nacional. 
 
Gabarito: B 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Galera, vamos aos comentários das alternativas: 
 
Alternativa A - Incorreta. Caveiras, a abolitio criminis faz 
cessar a execução da pena e também os efeitos penais 
da sentença. Destaco que os efeitos extrapenais 
permanecem válidos. 
 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei 
posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude 
dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
 
Alternativa B - Correta. Esse é o princípio da 
territorialidade. 
 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao 
crime cometido no território nacional. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como 
extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço 
do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem 
como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou 
em alto-mar. 
 
Alternativa C - Incorreta. Tanto as leis excepcionais, 
quanto as temporárias possuem extratividade, ou seja, 
são aplicadas a fatos cometidos durante sua vigência, 
mesmo após sua revogação. 
 
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora 
decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência. 
 
Alternativa D - Incorreta. De fato, para o lugar do crime 
o CP adota a ubiquidade, mas a alternativa inverteu dois 
conceitos importantes: 
 
Tempo do crime - teoria da atividade: 
 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado. 
 
Lugar do crime - teoria da ubiquidade: 
 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que 
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem 
como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. 
 
Alternativa E - Incorreta. Tratados e regras de direito 
internacional também são levados em consideração nos 
crimes cometidos no território nacional. Rogério 
Sanches chama esse fenômeno de intraterritorialidade. 
 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao 
crime cometido no território nacional. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 
 
2 
Com relação à interpretação da lei penal, assinale a 
alternativa incorreta. 
 
(A) A analogia é forma de integração, ao passo que a 
interpretação analógica é forma de interpretação 
propriamente dita. 
(B) Na interpretação extensiva existe norma para o caso 
concreto. 
(C) Quando são utilizados exemplos, seguidos de uma 
fórmula genérica para alcançar outras hipóteses, 
estamos diante da interpretação analógica. 
(D) É possível, no Direito Penal, a utilização da analogia 
in malam partem (para o mal da parte). 
(E) A interpretação extensiva é admitida em direito penal 
para estender o sentido e o alcance da norma até que se 
atinja sua real acepção. 
 
Gabarito: D 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, a questão serve com uma boa revisão sobre 
interpretação da lei penal. A única alternativa incorreta é 
a letra D, tendo em vista que no Direito Penal não se 
admite a utilização de analogia in malam partem. 
 
Alexandre Oliveira Galvão
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2 
Vejamos um breve resumo sobre o tema: 
 
1) Interpretação Extensiva: 
 
>É forma de interpretação. 
>Existe norma para o caso concreto. 
>Amplia-se o alcance da palavra (não faz surgir uma 
nova norma) 
>Prevalece ser possível, sua aplicação no Direito Penal, 
in bonam ou in malam partem. 
>Ex: a expressão “arma” no crime de extorsão majorado 
(art. 158, §1º, CP). 
 
2) Interpretação Analógica: 
 
>É forma de interpretação. 
>Existe norma para o caso concreto. 
>Utilizam-se exemplos, seguidos de uma fórmula 
genérica para alcançar outras hipóteses. 
>Prevalece ser possível, sua aplicação no Direito Penal, 
in bonam ou in malam partem. 
>Ex: homicídio mediante paga ou promessa de 
recompensa, ou por outro motivo torpe (art. 121, §2º, I, III 
e IV, CP). 
 
3) Analogia: 
 
>É forma de integração. 
>Não existe norma para o caso concreto. 
>Cria-se nova norma a partir de outra (analogia legis) ou 
do todo do ordenamento jurídico (analogia juris). 
>É possível sua aplicação, no Direito Penal, somente in 
bonam partem. 
>Ex: isenção de pena, prevista nos crimes contra o 
patrimônio, para o cônjuge em analogicamente, para o 
companheiro (art. 181, I, CP). 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra D. 
 
3 
Acerca da infração penal, seus elementos, suas 
espécies e, ainda, sobre seus sujeitos ativos e 
sujeitos passivos assinale a alternativa correta. 
 
(A) Segundo a teoria tripartida, são substratos do crime o 
fato típico, a antijuridicidade e a punibilidade. 
(B) Tanto ao crime, quanto à contravenção penal, 
aplicam-se as hipóteses de extraterritorialidade da lei 
penal. 
(C) Pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de crime 
ambiental. 
(D) Sob o enfoque material, infração penal é aquilo que 
assim está rotulado em uma norma penal incriminadora, 
sob ameaça de pena. 
(E) O morto pode ser sujeito passivo de crime. 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, quero ressaltar que o tópico 2 de Direito Penal 
(2 Infração penal: elementos, espécies, sujeito ativo e 
sujeito passivo) do edital da PCGO 2022 é amplo e o 
Instituto AOCP pode cobrar diversos assuntos. Vamos 
focar nos mais importantes, ok? 
 
 
Alternativa A - Incorreta. A teoria tripartida (ou 
tripartite), por meio do conceito analítico do crime, divide 
seus substratos em: tipicidade, ilicitude (ou 
antijuridicidade) e culpabilidade. 
 
A punibilidade, que é o direito que o Estado tem de 
aplicar a sanção penal previstana norma incriminadora, 
contra quem praticou a infração penal, não faz parte do 
conceito analítico do crime. 
 
Alternativa B - Incorreta. Crimes e contravenções são 
espécies de infração penal. Aos crimes, aplica-se a 
extraterritorialidade, prevista no art. 7º, CP. Por outro 
lado, segundo Rogério Sanches, a extraterritorialidade 
não é aplicável às contravenções penais. 
 
Alternativa C - Correta. Essa é a posição da doutrina 
dominante e também do STF e STJ, que são claros em 
afirmar que a pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de 
crimes (ambientais, por exemplo), podendo ser 
responsabilizada administrativa, tributária, civil e 
penalmente. 
 
Alternativa D - Incorreta. O conceito de infração penal 
varia conforme o enfoque. São 03 os enfoques principais: 
 
1) Enfoque formal - infração penal é aquilo que assim 
está rotulado em uma norma penal incriminadora, sob 
ameaça de pena. 
2) Enfoque material- infração penal é um 
comportamento humano causador de relevante e 
intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico 
tutelado e passível de sanção penal. 
3) Enfoque analítico- leva em consideração os 
elementos estruturais (substratos) que compõem a 
infração penal. Segundo a doutrina majoritária, a infração 
penal é um fato típico, ilícito e culpável. 
 
Alternativa E - Incorreta. Caveiras, segundo Rogério 
Sanches, o morto, por não ser titular de direitos, não é 
sujeito passivo de crimes. 
 
Cuidado: sujeito passivo é a pessoa (ou ente) que sofre 
as consequências da infração penal. 
 
Assim sendo, é punível, por exemplo, a calúnia contra 
morto (art. 138, § 2º, do CP, mas seu sujeito passivo é a 
sua família (e não o morto). 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alexandre Oliveira Galvão
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3 
4 
Rufino, maior e capaz, trabalha como vendedor em 
um Shopping de Goiânia / GO. Certo dia, após passar 
por uma residência perto de sua casa e notar que a 
mesma estava com a janela aberta, aproveitou-se do 
descuido e subtraiu, intencionalmente, o aparelho de 
TV que estava sobre a estante da sala. A proprietária 
da TV, sra. Luzia, ao perceber a situação, registrou 
imediatamente um registro de ocorrência na 
Delegacia PCGO mais próxima de sua casa. Ocorre 
que, dias após, antes de o Poder Judiciário receber a 
respectiva denúncia, Rufino, por ato voluntário, 
resolveu restituir o aparelho televisor à Luzia, 
devolvendo-o em perfeitas condições de uso, assim 
como quando o subtraiu. Considerando esse cenário 
hipotético, Rufino poderá ser beneficiado pelo 
seguinte instituto jurídico: 
 
(A) Arrependimento eficaz. 
(B) Desistência voluntária. 
(C) Arrependimento posterior. 
(D) Abolitio criminis. 
(E) Erro de tipo. 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Futuros e futuras PCGO, notem que Rufino tinha o dolo 
de subtrair o aparelho televisor de Luzia, mas por ato 
voluntário, se arrependeu e decidiu restituí-lo à dona 
antes mesmo do recebimento da denúncia por parte do 
Poder Judiciário. Notem também que o crime foi 
cometido sem violência ou grave ameaça. 
 
Assim sendo, Rufino faz jus ao benefício do 
arrependimento posterior, previsto no Código Penal, 
que é uma causa de redução de pena (1/3 a 2/3): 
 
Arrependimento posterior 
 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave 
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, 
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois 
terços. 
 
Vejamos os erros das demais assertivas: 
 
Alternativa A - Incorreta. No arrependimento eficaz o 
agente inicia e conclui a execução do crime, mas impede 
que o resultado se produza. 
 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de 
prosseguir na execução ou impede que o resultado se 
produza, só responde pelos atos já praticados. 
 
Alternativa B - Incorreta. Na desistência voluntária o 
agente inicia a execução do crime, mas não a conclui, 
desistindo de prosseguir. 
 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de 
prosseguir na execução ou impede que o resultado se 
produza, só responde pelos atos já praticados. 
 
Alternativa D - Incorreta. A abolitio criminis ocorre 
quando uma lei dispõe que determinado fato que antes 
era visto como crime, deixa de ser. Não tem nada a ver 
com a situação em tela. 
 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei 
posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude 
dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
 
Alternativa E - Incorreta. O erro de tipo ocorre quando 
o sujeito ativo de um crime se confunde sobre algum dos 
elementos que compõem o tipo penal. Um exemplo disso 
está quando a pessoa, numa caçada, crê que mata um 
animal, mas acaba por atingir um ser humano agachado 
na mata. 
 
Erro sobre elementos do tipo 
 
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal 
de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime 
culposo, se previsto em lei. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra C. 
 
5 
São causas legais excludentes da culpabilidade, 
exceto: 
 
(A) Anomalia psíquica. 
(B) Erro de proibição inevitável. 
(C) Menoridade. 
(D) Obediência hierárquica à ordem não manifestamente 
ilegal. 
(E) Estrito cumprimento do dever legal. 
 
Gabarito: E 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, questão boa para revisarmos as causas legais 
de exclusão da culpabilidade. 
 
Culpabilidade, de modo resumido, é a capacidade que 
alguém tem de receber pena. Ela é composta por 03 
elementos, a saber: imputabilidade, potencial 
consciência da ilicitude do fato e exigibilidade de 
conduta diversa. 
 
Cada um desses elementos acima possui o que a 
doutrina chama de dirimentes (são causas que, se 
presentes, excluem o elemento e, por consequência, 
dizemos que excluem a culpabilidade). 
 
Vejamos cada um separadamente: 
 
1) Imputabilidade: 
Alexandre Oliveira Galvão
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4 
 
- Anomalia psíquica (art. 26, CP) 
- Menoridade (art. 27, CP) 
- Embriaguez (art. 28, § 1º, CP) 
 
2) Potencial consciência da ilicitude do fato: 
- Erro de proibição inevitável (art. 21, CP) 
 
3) exigibilidade de conduta diversa: 
 
 
- Coação moral irresistível (art. 22, CP) 
- Obediência hierárquica (art. 22, CP) 
 
Assim sendo, notamos que apenas o “estrito 
cumprimento do dever legal” não está acima, tendo em 
vista não ser uma causa legal excludente da 
culpabilidade, mas sim uma causa excludente de ilicitude 
(art. 23, II, CP). 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra E. 
 
6 
Assinale a alternativa em que há crimes nos quais, a 
depender de determinadas condições, o juiz poderá 
deixar de aplicar a pena. 
 
(A) Homicídio culposo e injúria. 
(B) Furto simples e apropriação indébita. 
(C) Injúria e extorsão. 
(D) Homicídio qualificado e fraude no comércio. 
(E) Contrabando e descaminho. 
 
Gabarito: A 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, considerando que o Instituto AOCP gosta de 
cobrar frações de aumento / diminuição, penas e outras 
coisas difíceis de serem memorizadas, vejamos os 
crimes listados no CP que permitem ao juiz que deixe 
de aplicar pena (desde que reunidas determinadas 
condições): 
 
> Homicídio culposo (art. 121, § 5º); 
> Injúria (art. 140, § 5º); 
> Apropriação indébita previdenciária (art. 168-A); 
> Outras fraudes (art. 176); 
> Receptação culposa (art. 180, § 5º); 
> Parto suposto (art. 241, p.ú); 
> Sonegação de contribuição previdenciária (art. 337-A). 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra A.7 
Com base nos crimes previstos na parte especial do 
Código Penal, assinale a alternativa correta. 
 
(A) No crime de furto mediante fraude, cometido por meio 
de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou 
não à rede de computadores, a pena aumenta-se até a 
metade se o crime é praticado contra idoso. 
(B) Não há aumento de pena no crime de roubo se a 
violência ou grave ameaça é exercida com emprego de 
arma branca. 
(C) O crime de estelionato praticado em desfavor de 
pessoa com deficiência mental é um delito de ação penal 
pública incondicionada. 
(D) Aquele que insere declaração falsa na Carteira de 
Trabalho e Previdência Social do empregado, responde 
pelo crime de falsidade ideológica. 
(E) Devassar o sigilo de proposta apresentada em 
processo licitatório ou proporcionar a terceiro o ensejo de 
devassá-lo é um ilícito punido apenas na esfera 
administrativa. 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, mais uma questão abordando as diversas 
alterações legislativas ocorridas “recentemente” no CP. 
Provavelmente uma dessas novidades pode cair na sua 
prova da PCGO 2022!!! 
 
Vamos aos comentários: 
 
Alternativa A - Incorreta. Galera, o patamar de aumento 
está incorreto. Prestem atenção nessa alteração no crime 
de furto, inserida no CP em 2021 pela Lei nº 14.155/21: 
 
Art. 155 (...) 
 
§ 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, 
e multa, se o furto mediante fraude é cometido por meio 
de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou 
não à rede de computadores, com ou sem a violação de 
mecanismo de segurança ou a utilização de programa 
malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento 
análogo. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) 
 
§ 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, 
considerada a relevância do resultado gravoso: (Incluído 
pela Lei nº 14.155, de 2021) 
 
I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o 
crime é praticado mediante a utilização de servidor 
mantido fora do território nacional; (Incluído pela Lei nº 
14.155, de 2021) 
 
II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime 
é praticado contra idoso ou vulnerável. (Incluído pela 
Lei nº 14.155, de 2021) 
 
Alternativa B - Incorreta. Caveiras, por expressa 
previsão legal, inserida no CP pela Lei nº 13.964/19 
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5 
(Pacote Anticrime), o crime de roubo cometido com uso 
de arma branca possui aumento de pena de 1/3 a 1/2. 
 
Por favor, não confundam com o aumento de pena no 
caso de uso de arma de fogo, cujo patamar de aumento 
é de 2/3 (previsto no art. 157, § 2º-A). 
 
Art. 157 (...) 
 
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: 
(Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) 
 
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 
2018) 
 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
 
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores 
e o agente conhece tal circunstância. 
 
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a 
ser transportado para outro Estado ou para o exterior; 
(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, 
restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 
1996) 
 
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de 
acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem 
sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei 
nº 13.654, de 2018) 
 
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com 
emprego de arma branca; (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019) 
 
Alternativa C - Correta. Eis o nosso gabarito. A Lei nº 
13.964/19 (Pacote Anticrime) alterou o CP e o crime de 
estelionato passou a ser considerado como um crime de 
ação penal pública condicionada à representação do 
ofendido. 
 
Existem algumas exceções em que a ação será pública 
incondicionada (vale a pena vocês memorizarem esse 
rol). Vejamos: 
 
Art. 171 (...) 
 
§ 5º Somente se procede mediante representação, 
salvo se a vítima for: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
 
I - a Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
II - criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019) 
 
III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
 
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Alternativa D - Incorreta. Caveiras, nesse caso, devido 
ao princípio da especialidade, responde pelo crime de 
falsificação de documento público, por expressa previsão 
legal. 
 
Vejamos a diferença entre os dois crimes: 
 
Falsificação de documento público 
 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento 
público, ou alterar documento público verdadeiro: 
 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
 
§3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz 
inserir: 
 
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do 
empregadoou em documento que deva produzir efeito 
perante a previdência social, declaração falsaou diversa 
da que deveria ter sido escrita. 
 
Falsidade ideológica 
 
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, 
declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou 
fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser 
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou 
alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: 
 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o 
documento é público, e reclusão de um a três anos, e 
multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o 
documento é particular. 
 
Alternativa E - Incorreta. Futuros e futuras PCGO, em 
2021 a Lei nº 14.133/21 inseriu o Capítulo 2-B no Código 
Penal, criando diversos crimes em licitações e contratos 
administrativos. Vale à pena vocês conhecerem esse 
capítulo, ok??? 
 
Sobre a nossa alternativa, a conduta informada é um 
crime previsto expressamente no CP e não apenas uma 
infração administrativa. 
 
Violação de sigilo em licitação (Incluído pela Lei nº 
14.133, de 2021) 
 
Art. 337-J. Devassar o sigilo de proposta apresentada em 
processo licitatório ou proporcionar a terceiro o ensejo de 
devassá-lo: (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) 
 
Pena - detenção, de 2 (dois) anos a 3 (três) anos, e multa. 
(Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra C. 
 
 
 
 
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8 
Acerca do delito de peculato, previsto na parte do 
Código Penal que versa sobre os crimes contra a 
Administração Pública, assinale a alternativa 
incorreta. 
 
(A) O peculato-desvio é crime formal que se consuma no 
instante em que o funcionário público dá ao dinheiro ou 
valor destino diverso do previsto. 
(B) O peculato-apropriação é crime de menor potencial 
ofensivo. 
(C) Admite a modalidade culposa. 
(D) Trata-se, em regra, de crime próprio. 
(E) No peculato culposo, a reparação do dano, se 
precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; 
se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 
 
Gabarito: B 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, vamos analisar as opções: 
 
Alternativa A - Correta. Esse é o entendimento 
doutrinário e jurisprudencial dominante: 
 
O peculato-desvio é crime formal que se consuma no 
instante em que o funcionário público dá ao dinheiro ou 
valor destino diverso do previsto. A obtenção do proveito 
próprio ou alheio não é requisito para a consumação do 
crime, sendo suficiente a mera vontade de realizar o 
núcleo do tipo. 
 
Alternativa B - Incorreta. Eis o nosso gabarito. O 
peculato é um crime gravecontra a Adm. Pública e é 
considerado de maior potencial ofensivo (cuja pena 
máxima prevista ultrapasse a 02 anos, nos termos do art. 
61, da Lei nº 9.099/95): 
 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, 
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, 
de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em 
proveito próprio ou alheio: 
 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 
Alternativa C - Correta. De fato, admite-se o peculato 
culposo: 
 
Art. 312 (...) 
 
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o 
crime de outrem: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
Alternativa D - Correta. Caveiras, de fato, o peculato é 
um crime próprio segundo a doutrina majoritária, isso é, 
só pode ser cometido por que ostente a qualidade de 
funcionário público (art. 327, CP). 
 
De todo modo, isso não impede que um particular cometa 
esse crime em concurso com um funcionário público, 
desde que saiba dessa condição (ser funcionário público) 
do outro sujeito ativo. 
 
Alternativa E - Correta. Essa é a literalidade do CP: 
 
Art. 312 (...) 
 
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do 
dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a 
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena 
imposta. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 
 
Noções de Direito Processual Penal 
 
9 
Acerca do inquérito policial e da investigação 
criminal, assinale a alternativa correta com base nos 
ensinamentos legais, doutrinários e jurisprudenciais. 
 
(A) Uma das características do inquérito policial é a 
indispensabilidade, de modo que a regra em nosso 
ordenamento jurídico é que o inquérito sempre servirá de 
base para a denúncia. 
(B) É direito do defensor, no interesse do representado, 
ter acesso amplo a todos os elementos de prova nos 
procedimentos investigatórios realizados por órgão com 
competência de polícia judiciária e que digam respeito ao 
exercício do direito de defesa. 
(C) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido 
praticada de determinado modo, a autoridade policial 
deverá proceder à reprodução simulada dos fatos. 
(D) Mesmo que o fato seja de difícil elucidação e o 
investigado esteja solto, a autoridade policial não poderá 
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores 
diligências. 
(E) No crime de sequestro e cárcere privado o membro 
do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá 
requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de 
empresas da iniciativa privada, dados e informações 
cadastrais da vítima ou de suspeitos. 
 
Gabarito: E 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, questão que mescla uns conteúdos bem 
bacanas. Vamos à análise: 
 
Alternativa A - Incorreta. Caveiras, uma das 
características do IP é a dispensabilidade. O próprio CPP 
frisa isso ao informar que “se o IP servir de base à 
denúncia ou queixa, a acompanhará”. Isso significa que, 
em regra, ele não acompanha, porque é dispensável. 
 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou 
queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. 
 
Alternativa B - Incorreta. Galera, não são todos os 
documentos. A defesa possui acesso, segundo o STF, 
aos elementos já documentados. Por exemplo, um 
pedido de prisão temporária que não estiver anexado aos 
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7 
autos, a defesa não terá acesso, obviamente até como 
uma medida para não frustrar a prisão. 
 
Súmula Vinculante nº 14, STF: É direito do defensor, no 
interesse do representado, ter acesso amplo aos 
elementos de prova que, já documentados em 
procedimento investigatório realizado por órgão com 
competência de polícia judiciária, digam respeito ao 
exercício do direito de defesa. 
 
Alternativa C - Incorreta. A reprodução simulada dos 
fatos, ou popularmente chamada de “reconstituição do 
crime” não é obrigatória e só pode ocorrer desde que não 
contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
 
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração 
sido praticada de determinado modo, a autoridade 
policial poderá proceder à reprodução simulada dos 
fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a 
ordem pública. 
 
Alternativa D - Incorreta. A devolução dos autos, nesse 
caso, é permitida. 
 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, 
se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver 
preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, 
a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou 
no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante 
fiança ou sem ela. 
 
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado 
estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a 
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que 
serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. 
 
Alternativa E - Correta. Essa é a exata previsão contida 
no CPP. Notem que um dos crimes mencionados é o art. 
148, CP, o qual trata do sequestro e cárcere privado. 
Além disso, a alternativa está correta eis que não usa 
nenhum elemento restritivo em sua redação. 
 
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 
149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no 
art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto 
da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério 
Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, 
de quaisquer órgãos do poder público ou de 
empresas da iniciativa privada, dados e informações 
cadastrais da vítima ou de suspeitos. (Incluído pela Lei 
nº 13.344, de 2016) 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra E. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
De acordo com o Código de Processo penal 
considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos 
os procedimentos utilizados para manter e 
documentar a história cronológica do vestígio 
coletado em locais ou em vítimas de crimes, para 
rastrear sua posse e manuseio a partir de seu 
reconhecimento até o descarte. 
 
Diante disso, assinale a alternativa correta: 
 
(A) A coleta é: procedimento por meio do qual cada 
vestígio coletado é embalado de forma individualizada, 
de acordo com suas características físicas, químicas e 
biológicas, para posterior análise, com anotação da data, 
hora e nome de quem realizou a coleta e o 
acondicionamento. 
(B) O recebimento é: o exame pericial em si, manipulação 
do vestígio de acordo com a metodologia adequada às 
suas características biológicas, físicas e químicas, a fim 
de se obter o resultado desejado, que deverá ser 
formalizado em laudo produzido por perito. 
(C) O Transporte é: o procedimento referente à liberação 
do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando 
pertinente, mediante autorização judicial. 
(D) O Armazenamento é: o procedimento referente à 
guarda, em condições adequadas, do material a ser 
processado, guardado para realização de contraperícia, 
descartado ou transportado, com vinculação ao número 
do laudo correspondente. 
(E) O isolamento é: a descrição detalhada do vestígio 
conforme se encontra no local de crime ou no corpo de 
delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser 
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo 
indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido 
pelo perito responsável pelo atendimento. 
 
Gabarito: D 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, aqui se a banca quiser complicar basta a letra 
da lei, não é mesmo? Então bora memorizar o Art. 158-
B! 
 
 
A - Incorreta: Acondicionamento e não coleta! 
 
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual 
cada vestígio coletado é embalado de forma 
individualizada, de acordo com suas características 
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com 
anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta 
e o acondicionamento; 
 
B - Incorreta: Processamentoe não recebimento! 
 
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação 
do vestígio de acordo com a metodologia adequada às 
suas características biológicas, físicas e químicas, a fim 
de se obter o resultado desejado, que deverá ser 
formalizado em laudo produzido por perito; 
 
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8 
C - Incorreta: Descarte e não transporte! 
 
 X - descarte: procedimento referente à liberação do 
vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando 
pertinente, mediante autorização judicial. 
 
D - Correta: Armazenamento. Correto! 
 
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, 
em condições adequadas, do material a ser processado, 
guardado para realização de contraperícia, descartado 
ou transportado, com vinculação ao número do laudo 
correspondente; 
 
E - Incorreta: Fixação e não isolamento! 
 
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se 
encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua 
posição na área de exames, podendo ser ilustrada por 
fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a 
sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito 
responsável pelo atendimento; 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra D. 
 
11 
No que diz respeito aos recipientes usados para a 
coleta de vestígios assinale a alternativa incorreta. 
 
(A) Após cada rompimento de lacre, deve se fazer 
constar na ficha de acompanhamento de vestígio o nome 
e a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, 
bem como as informações referentes ao novo lacre 
utilizado. O lacre rompido deverá ser acondicionado no 
interior do novo recipiente. 
(B) O recipiente só poderá ser aberto pelo delegado de 
polícia que vai proceder à investigação e, 
motivadamente, pelo perito ou pessoa autorizada. 
(C) O recipiente para acondicionamento do vestígio será 
determinado pela natureza do material. 
(D) O recipiente deverá individualizar o vestígio, 
preservar suas características, impedir contaminação e 
vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço 
para registro de informações sobre seu conteúdo. 
(E) Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, 
com numeração individualizada, de forma a garantir a 
inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o 
transporte. 
 
Gabarito: B 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Futuros (as) policiais! Alterações recentes qualquer 
banca gosta! 
 
A - Correta: 
 
Art. 158-D, § 4º Após cada rompimento de lacre, deve se 
fazer constar na ficha de acompanhamento de vestígio o 
nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a 
finalidade, bem como as informações referentes ao novo 
lacre utilizado 
 
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior 
do novo recipiente. 
 
B - Incorreta! 
 
Art. 158-D, § 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo 
perito que vai proceder à análise e, motivadamente, por 
pessoa autorizada. 
 
O responsável por proceder à análise, de acordo com a 
lei, é o perito! A lei não menciona delegado de polícia. 
Atenção, pois motivadamente outra pessoa poderá abrir 
o recipiente. Ou seja, para outra pessoa abrir o recipiente 
deve haver uma justificativa e ela deve ser registrada. 
 
C - Correta: 
 
Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do 
vestígio será determinado pela natureza do material. 
 
D - Correta: 
 
Art. 158-D, § 2º O recipiente deverá individualizar o 
vestígio, preservar suas características, impedir 
contaminação e vazamento, ter grau de resistência 
adequado e espaço para registro de informações sobre 
seu conteúdo. 
 
E - Correta: 
 
Art. 158-D, § 1º Todos os recipientes deverão ser selados 
com lacres, com numeração individualizada, de forma a 
garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio 
durante o transporte. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 
 
12 
Acerca das características do interrogatório do 
acusado. 
 
Item I - É ato personalíssimo e individual. 
 
Item II - É ato bifásico e protegido pelo direito ao 
silêncio. 
 
Item III - É ato não assistido tecnicamente. 
 
Item IV - Em regra, é um ato público. 
 
Está correta a alternativa: 
 
(A) Somente I e II. 
(B) Somente III. 
(C) Somente IV. 
(D) I, II, III e IV. 
(E) Somente I, II e IV. 
 
Gabarito: E 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
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Futuros(as) policiais, aqui a questão versa sobre as 
características do interrogatório do acusado. Vejamos as 
alternativas: 
 
I. É ato personalíssimo e individual. Correto! 
 
O interrogatório é um ato pessoal, significando, portanto, 
que deve ser exercido pessoalmente pelo acusado e em 
caso de pessoa jurídica, pelo seu representante legal. 
 
II. É ato bifásico e protegido pelo direito ao silêncio. 
Correto! 
 
Ao conceituarmos o interrogatório judicial, foi dito que se 
trata de ato processual por meio do qual o juiz ouve o 
acusado sobre sua pessoa e sobre a imputação que lhe 
é feita. Isso porque, a partir da Lei nº 10.792/03, foi 
inserida no Art. 187 do CPP a obrigatoriedade do 
interrogatório ser subdividido em duas partes, sobre a 
pessoa do acusado e sobre os fatos, portanto, um ato 
bifásico. 
 
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: 
sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. 
 
Apesar do dito popular “de quem cala, consente”, como a 
CF assegura o direito ao silêncio (Art. 5º, LXIII) seu 
exercício não pode ser interpretado como indício de 
culpabilidade. 
 
III. É ato não assistido tecnicamente. Errado! 
 
Após a Lei 10.792/03 o interrogatório passou a ser um 
ato assistido tecnicamente, significando, por 
conseguinte, que a presença do advogado é 
indispensável a válida de ato. 
 
Art. 185. O acusado que comparecer perante a 
autoridade judiciária, no curso do processo penal, será 
qualificado e interrogado na presença de seu 
defensor, constituído ou nomeado. 
 
IV. Em regra, é um ato público. Correto. 
 
Em regra, deve ser observada a publicidade do 
interrogatório conforme disposto no Art. 5º, LX c/c IX da 
CF. No entanto, a própria CF e o CPP ressalvam as 
hipóteses que se justifica uma restrição dessa 
publicidade: defesa da intimidade, interesse social no 
sigilo, imprescindibilidade à segurança da sociedade e do 
Estado, escândalo ou inconveniente grave ou perigo de 
perturbação da ordem, entre outros. 
 
Fonte: Renato Brasileiro de Lima, Manual de Processo 
Penal Comentado. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra E. 
 
 
 
 
 
 
13 
Sobre o reconhecimento de pessoas e objetos, 
analise as afirmativas a seguir: 
 
Item I - Se várias forem as pessoas chamadas a 
efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, 
poderão fazer a prova todas juntas e poderão 
comunicar-lhes entre si para dirimir eventuais 
dúvidas. 
 
Item II - A pessoa, cujo reconhecimento se pretender, 
será colocada, se possível, ao lado de outras que 
com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-
se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la. 
 
Item III - Se houver razão para recear que a pessoa 
chamada para o reconhecimento, por efeito de 
intimidação ou outra influência, não diga a verdade 
em face da pessoa que deve ser reconhecida, a 
autoridade providenciará para que esta não veja 
aquela. 
 
Item IV - Do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto 
pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela 
pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e 
por três testemunhas presenciais. 
 
Está correta a alternativa: 
 
(A) Somente I e IV. 
(B) I, II, III e IV. 
(C) Somente II. 
(D) Somente III. 
(E) Somente II e III. 
 
Gabarito: E 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:Caveiras, letra da lei e muita atenção! 
 
Vamos analisar os itens: 
 
Item I. Errado: Se várias forem as pessoas chamadas a 
efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, 
poderão fazer a prova todas juntas e poderão comunicar-
lhes entre si para dirimir eventuais dúvidas. 
 
Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar 
o reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma 
fará a prova em separado, evitando-se qualquer 
comunicação entre elas. 
 
Item II. Correto: 
 
Art. 226, Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, 
será colocada, se possível, ao lado de outras que com 
ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem 
tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la. 
 
Item III. Correto: 
 
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10 
Art. 226, III - se houver razão para recear que a pessoa 
chamada para o reconhecimento, por efeito de 
intimidação ou outra influência, não diga a verdade em 
face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade 
providenciará para que esta não veja aquela. 
 
Item IV Errado: Do ato de reconhecimento lavrar-se-á 
auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela 
pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por 
três testemunhas presenciais. 
 
Art. 226, IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto 
pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa 
chamada para proceder ao reconhecimento e por duas 
testemunhas presenciais. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra E. 
 
14 
Com relação à prisão em flagrante é incorreto afirmar 
que: 
 
(A) Nas infrações permanentes, entende-se o agente em 
flagrante delito enquanto não cessar a permanência. 
(B) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente, ao Ministério Público e à família do preso ou 
à pessoa por ele indicada. 
(C) Não havendo autoridade no lugar em que se tiver 
efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do 
lugar mais próximo. 
(D) Em até 48 (quarenta e oito) horas após a realização 
da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto 
de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o 
nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria 
Pública. 
(E) Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer 
pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois 
de prestado o compromisso legal. 
 
Gabarito: D 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Futuros(as) policiais, vamos analisar as alternativas: 
 
A - Correta: Art. 303. Nas infrações permanentes, 
entende-se o agente em flagrante delito enquanto não 
cessar a permanência. 
 
B - Correta: Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o 
local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público 
e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
 
C - Correta: Art. 308. Não havendo autoridade no lugar 
em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo 
apresentado à do lugar mais próximo. 
 
D - Incorreta: Art. 306, § 1º: Em até 24 (vinte e quatro) 
horas após a realização da prisão, será encaminhado 
ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, 
caso o autuado não informe o nome de seu 
advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. 
 
O prazo é de 24 horas e não de 48 como afirma a 
alternativa. 
 
 
E - Correta: Art. 305. Na falta ou no impedimento do 
escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade 
lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra D. 
 
15 
Encontra-se na modalidade de flagrante chamada de 
“quase-flagrante”, segundo o entendimento 
doutrinário, quem: 
 
(A) Está cometendo a infração penal. 
(B) É perseguido, logo após, pela autoridade, pelo 
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça 
presumir ser autor da infração. 
(C) Não cometeu o fato típico, tendo sido incriminado 
falsamente. 
(D) É encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da 
infração. 
(E) Acaba de cometer a infração penal. 
 
Gabarito: B 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Segundo a doutrina, temos os seguintes tipos de 
flagrante: 
 
1) Flagrante Próprio - Está cometendo a infração penal 
(art. 302, I, CPP) ou Acaba de cometê-la (art. 302, II, 
CPP). 
 
2) Flagrante Impróprio / Irreal / Quase-Flagrante - É 
perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou 
por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser 
autor da infração (art. 302, III, CPP). 
 
3) Flagrante Presumido / Ficto / Assimilado - É 
encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da 
infração (art. 302, IV, CPP). 
 
4) Flagrante Esperado - A autoridade policial toma 
conhecimento de que será praticada uma infração penal 
e se desloca para o local onde o crime acontecerá. 
Iniciados os atos executórios, ou até mesmo havendo a 
consumação, a autoridade procede à prisão em flagrante. 
 
5) Flagrante Diferido / Ação Controlada - Ocorre 
quando, mediante autorização judicial, o agente policial 
retarda o momento de sua intervenção, para um 
momento futuro, mais eficiente e oportuno para a 
investigação. 
 
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11 
6) Flagrante Provocado / Preparado - Aqui a autoridade 
instiga o infrator a cometer o crime, valendo-se de um 
agente provocador, criando a situação para que ele 
cometa o delito e seja preso em flagrante. NÃO é 
VÁLIDA, pois quem efetuou a prisão criou uma situação 
que torna impossível a consumação do delito, tratando-
se, portanto, de crime impossível (STF admite se a 
provocação for sobre um crime, e a prisão sobre outro). 
 
7) Flagrante Forjado - Aqui o fato típico não ocorreu, 
sendo simulado para incriminar falsamente alguém. É 
absolutamente ilegal. 
 
Pelo exposto, o gabarito é letra B. 
 
16 
Com relação à prisão preventiva assinale a 
alternativa correta: 
 
(A) será admitida a decretação da prisão preventiva 
nos crimes dolosos punidos com pena privativa de 
liberdade máxima superior a 8 (oito) anos. 
(B) será admitida a decretação da prisão preventiva se 
tiver sido condenado por outro crime culposo e que ainda 
não tenha sentença transitada em julgado. 
(C) será admitida a prisão preventiva quando houver 
dúvida sobre a identidade civil da pessoa. 
(D) em qualquer fase da investigação policial ou do 
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada 
pelo delegado, a requerimento do Ministério Público, do 
querelante ou do assistente. 
(E) não será admitida a decretação da prisão preventiva 
se o crime envolver violência doméstica e familiar contra 
a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou 
pessoa com deficiência, para garantir a execução das 
medidas protetivas de urgência. 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, as alternativas A, B e E estão erradas, pois 
estão totalmente em desacordo com o Art. 313 do CPP, 
vejamos: 
 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será 
admitida a decretação da prisão preventiva: 
 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de 
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em 
sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto 
no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; 
 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar 
contra a mulher, criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a 
execução das medidas protetivas de urgência; 
 
A alternativaD afirma que o delegado decretará prisão 
preventiva, quem decreta prisão é o juiz, o delegado 
representa pela prisão! 
 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do 
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada 
pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do 
querelante ou do assistente, ou por representação da 
autoridade policial. 
 
 
A alternativa correta é a letra C. 
 
Art. 313, § 1º: Também será admitida a prisão 
preventiva quando houver dúvida sobre a identidade 
civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos 
suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser 
colocado imediatamente em liberdade após a 
identificação, salvo se outra hipótese recomendar a 
manutenção da medida. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra C. 
 
Legislação Especial 
 
17 
Nos termos da Lei nº 13.869/19, que dispõe sobre os 
crimes de abuso de autoridade, não se pode afirmar 
que é um efeito da condenação: 
 
(A) A perda do cargo, do mandato ou da função pública. 
(B) A perda de bens e valores relacionados ao crime. 
(C) A inabilitação para o exercício de cargo, pelo período 
de 01 a 05 anos. 
(D) Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado 
pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, 
fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos 
danos causados pela infração, considerando os prejuízos 
por ele sofridos. 
(E) A inabilitação para o exercício de mandato, pelo 
período de 01 a 05 anos. 
 
Gabarito: B 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Futuros e futuras PCGO, muita atenção aqui. A 
alternativa B nos traz um efeito genérico da 
condenação não previsto na Lei 13.869/19 (a título de 
curiosidade, está no art. 91, § 1º, do CP) 
 
Porém, as demais alternativas são sim efeitos da 
condenação previstos na Lei de Abuso de Autoridade. 
 
Vejamos: 
 
Art. 4º São efeitos da condenação: 
 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado 
pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, 
fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos 
danos causados pela infração, considerando os 
prejuízos por ele sofridos; 
Alexandre Oliveira Galvão
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12 
 
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou 
função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; 
 
III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. 
 
Uma dica importante: conforme o parágrafo único do 
mesmo artigo, os efeitos previstos nos incisos II e III 
do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de 
reincidência em crime de abuso de autoridade e não são 
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na 
sentença. 
 
Lembrem-se que na condenação por Tortura a perda do 
cargo é automática. Já na Lei de Abuso de Autoridade, a 
condenação não é automática, devendo haver 
reincidência específica + motivação da fundamentação. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 
 
18 
Júlia tem sofrido constantemente com as atitudes 
desvirtuadas de seu filho, Ramon, o qual é usuário 
contumaz de drogas. Devido ao vício, Ramon tem, 
inclusive, vendido diversos móveis e 
eletrodomésticos de sua residência com a finalidade 
de comprar mais entorpecentes para consumo 
pessoal. A situação chegou ao limite no dia em que 
Júlia notou que seu filho havia furtado dinheiro de 
sua carteira. Segundo o estabelecido na Lei nº 
11.343/06, Lei de Drogas, Júlia pode pleitear a 
internação involuntária de seu filho para tratamento 
interdisciplinar, que pode perdurar pelo prazo 
máximo de: 
 
(A) 30 dias. 
(B) 45 dias. 
(C) 60 dias. 
(D) 90 dias. 
(E) 15 dias. 
 
Gabarito: D 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, vamos tentar exaurir bons temas da Lei de 
Drogas que podem ser cobrados em sua prova da PCGO 
2022, ok? 
 
A possibilidade de internação do usuário de drogas foi 
inserida na lei em 2019 e, por isso, é algo relativamente 
“novo” e pouco cobrado. 
 
De modo resumido, há a internação voluntária (aquela 
em que há o consentimento do dependente) e a 
involuntária (aquela que ocorre sem o consentimento do 
dependente, geralmente através da autorização de um 
familiar). 
 
Vejamos a literalidade da lei: 
 
Art. 23-A (...) 
 
§ 4º A internação voluntária: (Incluído pela Lei nº 13.840, 
de 2019) 
 
I - deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa 
solicitante de que optou por este regime de tratamento; 
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) 
 
II - seu término dar-se-á por determinação do médico 
responsável ou por solicitação escrita da pessoa que 
deseja interromper o tratamento. (Incluído pela Lei nº 
13.840, de 2019) 
 
§ 5º A internação involuntária: (Incluído pela Lei nº 
13.840, de 2019) 
 
I - deve ser realizada após a formalização da decisão por 
médico responsável; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 
2019) 
 
II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo de 
droga utilizada, o padrão de uso e na hipótese 
comprovada da impossibilidade de utilização de outras 
alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção à 
saúde; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) 
 
III - perdurará apenas pelo tempo necessário à 
desintoxicação, no prazo máximo de 90 (noventa) 
dias, tendo seu término determinado pelo médico 
responsável; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) 
 
IV - a família ou o representante legal poderá, a qualquer 
tempo, requerer ao médico a interrupção do tratamento. 
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019). 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra D. 
 
19 
Pedro foi preso em flagrante tentando ingressar 
Central de Flagrantes da cidade de Goiânia / GO, com 
porções de maconha escondidas dentro de suas 
vestes. O entorpecente era destinado à sua esposa, 
Mariana, cidadã que estava detida na referida 
unidade policial após ser presa em flagrante e ainda 
aguardava a realização da sua audiência de custódia. 
Pedro afirmou aos Policiais Civis responsáveis por 
sua prisão que é usuário de drogas, mas que naquele 
dia sua intenção era apenas entregar a substância, de 
modo gratuito, à sua companheira, para que a mesma 
realizasse o consumo do referido entorpecente. Nos 
moldes da Lei nº 11.343/06, conhecida como Lei de 
Drogas, Pedro responderá, em tese, pelo crime de: 
 
(A) Posse de drogas para consumo pessoal. 
(B) Associação para o tráfico. 
(C) Tráfico de drogas. 
(D) Financiamento para o tráfico. 
(E) Colaboração para o tráfico. 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
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13 
Galera, a questão traz um conteúdo bem bacana para 
debatermos. Além disso, a Lei de Drogas tem altíssima 
probabilidade de ser cobrada na sua prova PCGO 2022. 
 
De modo simples, a diferença entre posse de drogas e 
tráfico é a avaliação feita pelo juiz, na qual se verificam a 
natureza e a quantidade da substância apreendida, o 
local e as condições em que se desenvolveu a ação, as 
circunstâncias sociais e pessoais, bem como a conduta e 
aos antecedentes do agente (art. 28, § 2º). 
 
A questão menciona que Pedro é usuário de drogas 
apenas para confundir vocês. O detalhe principal está no 
fato de que Pedro embora fosse usuário, naquele 
momento, estava transportando drogas para 
fornecer, gratuitamente, à sua esposa. 
 
Tal conduta, caracteriza, em tese, o crime de tráfico de 
drogas. Reparem nos verbos destacados no núcleo 
penal: 
 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, 
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, 
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer 
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou 
em desacordo com determinaçãolegal ou regulamentar: 
 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e 
pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa. 
 
Destaco, ainda, possível causa de aumento de pena para 
esse caso concreto: 
 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei 
são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou 
imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou 
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, 
culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de 
locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem 
espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de 
serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de 
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou 
em transportes públicos. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
Paulo Ricardo foi condenado irrecorrivelmente à 
pena privativa de liberdade por ter sido flagrado pela 
Polícia Civil de Goiás enquanto praticava um roubo a 
uma joalheria famosa de um centro comercial em 
Goiânia / GO. Segundo o previsto na Lei nº 7.210/84, 
Lei de Execução Penal, marque a alternativa 
INCORRETA no que se refere ao trabalho interno. 
 
(A) A jornada normal de trabalho não será inferior a 08 
nem superior a 10 horas, com descanso aos sábados, 
domingos e feriados. 
(B) O condenado à pena privativa de liberdade está 
obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e 
capacidade. 
(C) Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o 
artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões 
de turismo. 
(D) Os maiores de 60 anos poderão solicitar ocupação 
adequada à sua idade. 
(E) Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório 
e só poderá ser executado no interior do 
estabelecimento. 
 
Gabarito: A 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Galera, a única alternativa incorreta é a letra A, nos 
termos da LEP, pois a carga horária está acima da 
prevista em lei e, consequentemente, incorreta. 
 
A carga de trabalho é de, no mínimo 06h e, no máximo, 
08h. Outro erro é que os presos podem trabalhar aos 
sábados. 
 
Vejam: 
 
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está 
obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e 
capacidade (alternativa B). 
 
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não 
é obrigatório e só poderá ser executado no interior do 
estabelecimento (alternativa E). 
 
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em 
conta a habilitação, a condição pessoal e as 
necessidades futuras do preso, bem como as 
oportunidades oferecidas pelo mercado. 
 
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o 
artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões 
de turismo (alternativa C). 
 
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar 
ocupação adequada à sua idade (alternativa D). 
 
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão 
atividades apropriadas ao seu estado. 
 
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14 
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 
6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos 
domingos e feriados (alternativa A). 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra A. 
 
21 
Considerando o disposto na Lei nº 8.429/92, os atos 
de Improbidade Administrativa que causam prejuízo 
ao Erário, não possuem como uma de suas 
cominações: 
 
A) Proibição de contratar com o poder público ou de 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de 
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo 
não superior a 12 (doze) anos. 
B) Perda da função pública. 
C) Suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos. 
D) Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio. 
(E) Multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da 
remuneração percebida pelo agente. 
 
Gabarito: E 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Galera, recente atualização na Lei de Improbidade 
Administrativa, fiquem de olho!!! 
 
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do 
dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais 
comuns e de responsabilidade, civis e administrativas 
previstas na legislação específica, está o responsável 
pelo ato de improbidade sujeito às seguintes 
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 
(Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
 
I - na hipótese do art. 9º desta Lei (Atos de Improbidade 
Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito), 
perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, perda da função pública, suspensão dos 
direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de 
multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial 
e proibição de contratar com o poder público ou de 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de 
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo 
não superior a 14 (catorze) anos; (Redação dada pela Lei 
nº 14.230, de 2021) 
 
II - na hipótese do art. 10 desta Lei (Atos de 
Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao 
Erário), perda dos bens ou valores acrescidos 
ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta 
circunstância, perda da função pública, suspensão dos 
direitos políticos até 12 (doze) anos, pagamento de 
multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de 
contratar com o poder público ou de receber benefícios 
ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não 
superior a 12 (doze) anos; (Redação dada pela Lei nº 
14.230, de 2021) 
 
III - na hipótese do art. 11 desta Lei (Atos de 
Improbidade Administrativa que Atentam Contra os 
Princípios da Administração Pública), pagamento de 
multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da 
remuneração percebida pelo agente e proibição de 
contratar com o poder público ou de receber benefícios 
ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não 
superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 
14.230, de 2021) 
 
IV - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 
2021). 
 
Notamos que a única incorreta é a alternativa E, tendo 
em vista que o valor da multa civil está incorreto, 
conforme destacado no art. 12, II. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra E. 
 
22 
Acerca da Lei nº 9.296/96 e dos entendimentos 
jurisprudenciais referentes à Interceptação 
Telefônica, assinale a alternativa incorreta. 
 
(A) A Interceptação telefônica, ou interceptação em 
sentido estrito, consiste na captação da comunicação 
telefônica alheia por um terceiro, sem o conhecimento de 
nenhum dos comunicadores. 
(B) A intercepção das comunicações telefônicas poderá 
ser determinada a requerimento da autoridade policial, na 
fase de investigação criminal, ou a requerimento do MP, 
somente na fase de instrução criminal. 
(C) Não será admitida a interceptação de comunicações 
telefônicas se, dentre outras hipóteses, o fato investigado 
constituir infração penal punida, no máximo, com pena de 
detenção. 
(D) A violação do sigilo telefônico é admitida pela norma 
constitucional, para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal, desde que a decisão judicial 
que a determine esteja devidamente fundamentada e que 
tenham sido esgotados todos os outros meios 
disponíveis de obtenção de prova. 
(E) Não é válida a interceptação telefônica realizada sem 
prévia autorização judicial, ainda que haja posterior 
consentimento de um dos interlocutores para ser tratada 
como escuta telefônica e utilizada como prova em 
processo penal.Gabarito: B 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Futuros e futuras PCO, vamos aos comentários: 
 
Alternativa A - Correta. Esse é o conceito doutrinário de 
interceptação telefônica em sentido estrito, segundo as 
lições de Renato Brasileiro. 
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15 
 
Ex: polícia, com autorização judicial, grampeia os 
telefones dos membros de uma quadrilha e grava os 
diálogos mantidos entre eles. 
 
Alternativa B - Incorreta. Nos termos do art. 3º, II, o MP 
pode requerer interceptação telefônica tanto na fase 
investigatória, quanto na fase processual. Por outro lado, 
a autoridade policial apenas pode representar pela 
medida na fase investigatória. 
 
Alternativa C - Correta. Essa é a regra, Caveiras: 
 
Art. 2° Não será admitida a interceptação de 
comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das 
seguintes hipóteses: 
 
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou 
participação em infração penal; 
 
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; 
 
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no 
máximo, com pena de detenção. 
 
Alternativa D - Correta. Não se inicia investigação 
criminal com a decretação direta da interceptação 
telefônica, posto seu caráter subsidiário, devendo ser 
observados os requisitos contidos no art. 2º, da Lei nº 
9.296/96, quais sejam: 1) haver indícios suficientes de 
autoria ou participação da infração penal; 2) não haver 
outro meio disponível para a prova ser produzida; 3) o 
crime investigado deve ser punido com pena de reclusão. 
 
Alternativa E - Correta. Esse é o posicionamento do 
Informativo nº 510, STJ: “Não é válida a interceptação 
telefônica realizada sem prévia autorização judicial, 
ainda que haja posterior consentimento de um dos 
interlocutores para ser tratada como escuta telefônica e 
utilizada como prova em processo penal”. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 
 
23 
Segundo a Lei nº 12.037/09, que regula a identificação 
criminal, a identificação civil pode ser atestada por 
qualquer dos seguintes documentos, exceto: 
 
(A) Carteira de identificação funcional. 
(B) Carteira de identidade. 
(C) Carteira de identidade de escola particular. 
(D) Carteira nacional de habilitação. 
(E) Passaporte. 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, para fins penais, basta vocês lembrarem que 
são aceitos documentos públicos e que permitam a 
identificação (ou seja, com foto e demais dados 
pessoais). 
 
Vejam o que a lei diz: 
 
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos 
seguintes documentos: 
 
I – carteira de identidade; 
 
II – carteira de trabalho; (Revogado pela Medida 
Provisória nº 905, de 2019) 
 
II – carteira de trabalho; 
 
III – carteira profissional; 
 
IV – passaporte; 
 
V – carteira de identificação funcional; 
 
VI – outro documento público que permita a identificação 
do indiciado. 
 
Notem que a CNH se enquadra no inciso VI. Ademais, a 
carteira de instituição escolar privada não é aceita, tendo 
em vista ser emitida por empresa privada. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra C. 
 
24 
Previstas na Lei Maria da Penha, as medidas 
protetivas têm o propósito de assegurar que toda 
mulher, independentemente de classe, raça, etnia, 
orientação sexual, renda, cultura, idade, religião ou 
nível educacional, tenha direito a uma vida sem 
violência, com a preservação da saúde física, mental 
e patrimonial. Assim sendo, com relação à medida 
protetiva de urgência, decretada pelo Delegado de 
Polícia, quando o Município não for sede de comarca, 
com base no art. 12-C, da Lei nº 11.340/06, assinale a 
alternativa correta. 
 
(A) O Ministério Público será comunicado no prazo 
máximo de 24 horas e decidirá, em igual prazo, sobre a 
manutenção ou a revogação da medida aplicada, 
devendo dar ciência ao Juiz do caso concomitantemente. 
(B) O juiz será comunicado no prazo máximo de 24 horas 
e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a 
revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao 
Ministério Público concomitantemente. 
(C) O juiz será comunicado no prazo máximo de 48 horas 
e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a 
revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao 
Ministério Público posteriormente. 
(D) O Ministério Público será comunicado no prazo 
máximo de 24 horas e decidirá, em igual prazo, sobre a 
manutenção ou a revogação da medida aplicada, 
devendo dar ciência ao Juiz do caso posteriormente. 
(E) O juiz será comunicado no prazo máximo de 72 horas 
e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a 
revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao 
Ministério Público posteriormente. 
 
Gabarito: B 
 
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16 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, destaco que essa é uma alteração recente na 
L.M.P: 
 
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou 
iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da 
mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou 
de seus dependentes, o agressor será imediatamente 
afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a 
ofendida: (Redação dada pela Lei nº 14.188, de 2021) 
 
I - pela autoridade judicial; (Incluído pela Lei nº 13.827, 
de 2019) 
 
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for 
sede de comarca; ou (Incluído pela Lei nº 13.827, de 
2019) 
 
III - pelo policial, quando o Município não for sede de 
comarca e não houver delegado disponível no momento 
da denúncia (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019) 
 
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste 
artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 
(vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, 
sobre a manutenção ou a revogação da medida 
aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público 
concomitantemente (Incluído pela Lei nº 13.827, de 
2019). 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 
 
Legislação Estadual 
 
25 
Considerando a Lei Estadual n.º 16.901/2010 (Lei 
Orgânica da Polícia Civil do Estado de Goiás), 
assinale a alternativa incorreta quanto aos princípios 
institucionais da Polícia Civil. 
 
(A) Proteção dos direitos humanos. 
(B) Indelegabilidade das atribuições funcionais. 
(C) Hierarquia e disciplina funcionais. 
(D) Divisibilidade da investigação policial. 
(E) Atuação técnico-científica e imparcial na condução da 
atividade investigativa. 
 
Gabarito: D 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Futuros e futuras PCGO, a questão cobra de vocês a 
literalidade da L.O: 
 
Art. 3º São princípios institucionais da Polícia Civil: 
 
I – proteção dos direitos humanos; 
 
II – participação e interação comunitária; 
 
III – resolução pacífica de conflitos; 
 
IV – uso proporcional da força; 
 
V – eficiência na repressão das infrações penais; 
 
VI – indivisibilidade da investigação policial; 
 
VII – indelegabilidade das atribuições funcionais; 
 
VIII – hierarquia e disciplina funcionais; 
 
IX – atuação técnico-científica e imparcial na condução 
da atividade investigativa. 
 
Parágrafo único. No conceito de atuação técnico-
científica não se compreende o exercício de perícia 
oficial. 
 
Notem que a investigação policial é indivisível, ao 
contrário do que se afirma na alternativa D, motivo que 
a torna incorreta. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra D. 
 
26 
Analise os itens abaixo: 
 
Item I - Reversão. 
 
Item II - Exoneração. 
 
Item III - Aproveitamento. 
 
Com base na Lei Estadual n.º 20.756/2020 (regime 
jurídico dos servidores públicos civis do Estado de 
Goiás, das autarquias e fundações públicas 
estaduais), são formas de provimentode cargo 
público: 
 
(A) Estão corretos os itens I e III, apenas. 
(B) Todos os itens estão corretos. 
(C) Estão corretos apenas os itens II e III. 
(D) Está correto apenas o item III. 
(E) Apenas o item I está correto. 
 
Gabarito: A 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, vejamos o que diz a referida lei: 
 
Art. 9º São formas de provimento de cargo público: 
 
I - nomeação; 
 
II - readaptação; 
 
III - reversão; 
 
IV - reintegração; 
 
V - recondução; 
 
VI - aproveitamento; e 
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VII - promoção. 
 
Notamos que estão corretos os itens I e III, apenas, eis 
que a exoneração, obviamente, não é forma de 
provimento, mas sim de vacância (art. 58, I). 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra A. 
 
27 
De acordo com a Lei estadual n.º 13.800/2001 
(processo administrativo no âmbito da 
Administração Pública do Estado de Goiás), assinale 
a alternativa correta. 
 
(A) Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou 
instância, apenas os procedimentos administrativos em 
que figure como parte ou interessado pessoa portadora 
de deficiência. 
(B) Não se admite pedido do interessado para o início de 
processo administrativo feito por solicitação oral. 
(C) São legitimados como interessados no processo 
administrativo, dentre outros, as organizações e 
associações representativas, no tocante a direitos e 
interesses coletivos. 
(D) A competência é renunciável e se exerce pelos 
órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, 
salvo os casos de delegação e avocação legalmente 
admitidos. 
(E) A decisão de recursos administrativos pode ser objeto 
de delegação. 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Galera, vamos analisar as assertivas (cuidem porque 
alguns itens dessa lei foram cobrados na prova de 
Cadete da PMGO pelo instituto AOCP, então há 
probabilidade de o examinador cobrar novamente em sua 
prova): 
 
Alternativa A - Incorreta. Existem outras prioridades na 
lei: 
 
Art. 3º-A Terão prioridade na tramitação, em qualquer 
órgão ou instância, os procedimentos administrativos em 
que figure como parte ou interessado: Redação dada 
pela Lei nº 17.054, de 22-06-2010. 
 
I – pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) 
anos; Acrescido pela Lei nº 17.054, de 22-06-2010. 
 
II – pessoa portadora de deficiência; Acrescido pela Lei 
nº 17.054, de 22-06-2010. 
 
III – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose 
múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia 
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de 
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia 
grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença 
de Paget (osteíte deformante), contaminação por 
radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, ou 
outra doença grave, com base em conclusão da medicina 
especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída 
após o início do processo. Acrescido pela Lei nº 17.054, 
de 22-06-2010. 
 
Alternativa B - Incorreta. É plenamente possível. 
 
Art. 6º – O requerimento inicial do interessado, salvo 
casos em que for admitida solicitação oral, deve ser 
formulado por escrito e conter os seguintes dados: (...) 
 
Alternativa C - Correta. Eis a exata previsão legal: 
 
Art. 9º – São legitimados como interessados no processo 
administrativo: 
 
I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como 
titulares de direitos ou interesses individuais ou no 
exercício do direito de representação; 
 
II – aqueles que, sem terem iniciado o processo, tenham 
direitos ou interesses que possam ser afetados pela 
decisão a ser adotada; 
 
III – as organizações e associações representativas, no 
tocante a direitos e interesses coletivos; 
 
IV – as pessoas ou associações legalmente constituídas 
quanto a direitos ou interesses difusos. 
 
Alternativa D - Incorreta. É o contrário do que prevê a 
norma: 
 
Art. 11 – A competência é irrenunciável e se exerce pelos 
órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, 
salvo os casos de delegação e avocação legalmente 
admitidos. 
 
Alternativa E - Incorreta. Na verdade, não podem: 
 
Art. 13 – Não podem ser objeto de delegação: 
 
I - Revogado; (Revogado pela Lei nº 14.211, de 08-07-
2002, retroagindo os efeitos a 23/01/2001) 
 
II – a decisão de recursos administrativos; 
 
III - Revogado; (Revogado pela Lei nº 13.870, de 19-7-
2001). 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra C. 
 
28 
Segundo o disposto na Lei estadual n.º 20.491/2019 
(Organização administrativa do Poder Executivo), 
não integram a Governadoria: 
 
(A) Secretaria de Estado da Casa Civil. 
(B) Secretaria de Assuntos Estratégicos. 
(C) Vice-Governadoria. 
(D) Secretaria de Estado da Casa Militar. 
(E) Secretaria de Estado do Governo. 
 
Alexandre Oliveira Galvão
CPF: 121.328.346-95 181992520425
PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL 
 
 
www.projetocaveira.com.br 
18 
Gabarito: B 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Caveiras, é o tipo de questão que não tem o que fazer, a 
não ser tentar decorar a lei seca. 
 
Vamos lá: 
 
Art. 2º Integram a Governadoria:: 
 
I – a Secretaria de Estado da Casa Civil; 
 
II – a Secretaria de Estado do Governo; 
 
III - a Secretaria-Geral da Governadoria; 
 
IV – a Secretaria de Estado da Casa Militar; 
 
V - a Vice-Governadoria. 
 
§ 1º Integram a Governadoria, como órgãos de 
assessoramento ao Governador do Estado: 
 
I – o Conselho de Governo; 
 
II – a Procuradoria-Geral do Estado; 
 
III – a Controladoria-Geral do Estado. (Redação dada 
pela Lei nº 20.820, de 04-08-2020.) 
 
§ 2º Integram também a Governadoria: 
 
I – o Conselho Consultivo de Gestão; 
 
II – o Gabinete Particular do Governador; 
 
III – o Gabinete de Assuntos Sociais; (Vide Decreto nº 
9.456, de 25-06-2019.) 
 
IV – o Gabinete de Gestão do Governador. 
 
Agora fica fácil notar que Secretaria de Assuntos 
Estratégicos não é um dos órgãos que integram a 
Governadoria do Estado de Goiás. 
 
Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Analise os itens abaixo: 
 
Item I - Predominância do atendimento ao interesse 
público em relação ao interesse particular. 
 
Item II - Promoção da confiança como fundamento 
das relações de trabalho entre os servidores e os 
demais cidadãos. 
 
Item III - Definição de valores como referência para o 
aprimoramento de comportamentos e atitudes do 
servidor público estadual, vinculada à expectativa do 
cidadão goiano. 
 
De acordo com o Decreto estadual n.º 9.837/2021 
(Código de Ética e Conduta Profissional do Servidor 
e da Alta Administração), o Poder Executivo do 
Estado de Goiás adota como valores fundamentais: 
 
(A) Apenas o item III está correto. 
(B) Estão corretos os itens II e III, apenas. 
(C) Apenas o item I está correto. 
(D) Todos os itens estão corretos. 
(E) Estão corretos os itens I e II, apenas. 
 
Gabarito: E 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Vejamos o que diz o referido Decreto: 
 
Seção I 
 
Dos princípios e valores fundamentais 
 
Art. 1º São princípios fundamentais que impõem e 
orientam a construção deste Código: 
 
I – a definição de valores como referência para o 
aprimoramento de comportamentos e atitudes do 
servidor público estadual, vinculada à expectativa do 
cidadão goiano; e 
 
II – o incentivo ao aperfeiçoamento dos padrões de 
conduta. 
 
Art. 2º O Poder Executivo do Estado de Goiás adota 
como valores fundamentais: 
 
I – predominância do atendimento ao interesse público 
em relação ao interesse particular; 
 
II – boa e regular utilização do recurso público, com a 
obtenção dos resultados esperados da execução das 
políticas públicas; e 
 
III – promoção da confiança como fundamento das 
relações de trabalho

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