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#PERTENCEREMOS | WWW.PROJETOCAVEIRA.COM.BR | @PROJETOCAVEIRA MINI 01 “Ter sucesso é falhar repetidamente, mas sem perder o entusiasmo.” Winston Churchill PÓS-EDITAL PCGO Provas objetivas e discursivas Penal, Proc. Penal e Legislação Extravagante (Inéditas) COMENTADO Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 Gabarito Mini 01 PCGO - Pós edital 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 B D C C E A C B E D 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 B E E D B C B D C A 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 E B C B D A C B E D Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 1 Noções de Direito Penal 1 Em relação à aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta. (A) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela apenas a execução da sentença condenatória. (B) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (C) A lei penal excepcional só é aplicada a fatos ocorridos na sua vigência, desde que sejam julgados definitivamente nesse período. (D) Como lugar do crime, o Código Penal adota a teoria da ubiquidade, a qual prega que se considera praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. (E) Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Galera, vamos aos comentários das alternativas: Alternativa A - Incorreta. Caveiras, a abolitio criminis faz cessar a execução da pena e também os efeitos penais da sentença. Destaco que os efeitos extrapenais permanecem válidos. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Alternativa B - Correta. Esse é o princípio da territorialidade. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. Alternativa C - Incorreta. Tanto as leis excepcionais, quanto as temporárias possuem extratividade, ou seja, são aplicadas a fatos cometidos durante sua vigência, mesmo após sua revogação. Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Alternativa D - Incorreta. De fato, para o lugar do crime o CP adota a ubiquidade, mas a alternativa inverteu dois conceitos importantes: Tempo do crime - teoria da atividade: Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Lugar do crime - teoria da ubiquidade: Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Alternativa E - Incorreta. Tratados e regras de direito internacional também são levados em consideração nos crimes cometidos no território nacional. Rogério Sanches chama esse fenômeno de intraterritorialidade. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 2 Com relação à interpretação da lei penal, assinale a alternativa incorreta. (A) A analogia é forma de integração, ao passo que a interpretação analógica é forma de interpretação propriamente dita. (B) Na interpretação extensiva existe norma para o caso concreto. (C) Quando são utilizados exemplos, seguidos de uma fórmula genérica para alcançar outras hipóteses, estamos diante da interpretação analógica. (D) É possível, no Direito Penal, a utilização da analogia in malam partem (para o mal da parte). (E) A interpretação extensiva é admitida em direito penal para estender o sentido e o alcance da norma até que se atinja sua real acepção. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, a questão serve com uma boa revisão sobre interpretação da lei penal. A única alternativa incorreta é a letra D, tendo em vista que no Direito Penal não se admite a utilização de analogia in malam partem. Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 2 Vejamos um breve resumo sobre o tema: 1) Interpretação Extensiva: >É forma de interpretação. >Existe norma para o caso concreto. >Amplia-se o alcance da palavra (não faz surgir uma nova norma) >Prevalece ser possível, sua aplicação no Direito Penal, in bonam ou in malam partem. >Ex: a expressão “arma” no crime de extorsão majorado (art. 158, §1º, CP). 2) Interpretação Analógica: >É forma de interpretação. >Existe norma para o caso concreto. >Utilizam-se exemplos, seguidos de uma fórmula genérica para alcançar outras hipóteses. >Prevalece ser possível, sua aplicação no Direito Penal, in bonam ou in malam partem. >Ex: homicídio mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe (art. 121, §2º, I, III e IV, CP). 3) Analogia: >É forma de integração. >Não existe norma para o caso concreto. >Cria-se nova norma a partir de outra (analogia legis) ou do todo do ordenamento jurídico (analogia juris). >É possível sua aplicação, no Direito Penal, somente in bonam partem. >Ex: isenção de pena, prevista nos crimes contra o patrimônio, para o cônjuge em analogicamente, para o companheiro (art. 181, I, CP). Pelo exposto, o gabarito é a letra D. 3 Acerca da infração penal, seus elementos, suas espécies e, ainda, sobre seus sujeitos ativos e sujeitos passivos assinale a alternativa correta. (A) Segundo a teoria tripartida, são substratos do crime o fato típico, a antijuridicidade e a punibilidade. (B) Tanto ao crime, quanto à contravenção penal, aplicam-se as hipóteses de extraterritorialidade da lei penal. (C) Pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de crime ambiental. (D) Sob o enfoque material, infração penal é aquilo que assim está rotulado em uma norma penal incriminadora, sob ameaça de pena. (E) O morto pode ser sujeito passivo de crime. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, quero ressaltar que o tópico 2 de Direito Penal (2 Infração penal: elementos, espécies, sujeito ativo e sujeito passivo) do edital da PCGO 2022 é amplo e o Instituto AOCP pode cobrar diversos assuntos. Vamos focar nos mais importantes, ok? Alternativa A - Incorreta. A teoria tripartida (ou tripartite), por meio do conceito analítico do crime, divide seus substratos em: tipicidade, ilicitude (ou antijuridicidade) e culpabilidade. A punibilidade, que é o direito que o Estado tem de aplicar a sanção penal previstana norma incriminadora, contra quem praticou a infração penal, não faz parte do conceito analítico do crime. Alternativa B - Incorreta. Crimes e contravenções são espécies de infração penal. Aos crimes, aplica-se a extraterritorialidade, prevista no art. 7º, CP. Por outro lado, segundo Rogério Sanches, a extraterritorialidade não é aplicável às contravenções penais. Alternativa C - Correta. Essa é a posição da doutrina dominante e também do STF e STJ, que são claros em afirmar que a pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de crimes (ambientais, por exemplo), podendo ser responsabilizada administrativa, tributária, civil e penalmente. Alternativa D - Incorreta. O conceito de infração penal varia conforme o enfoque. São 03 os enfoques principais: 1) Enfoque formal - infração penal é aquilo que assim está rotulado em uma norma penal incriminadora, sob ameaça de pena. 2) Enfoque material- infração penal é um comportamento humano causador de relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado e passível de sanção penal. 3) Enfoque analítico- leva em consideração os elementos estruturais (substratos) que compõem a infração penal. Segundo a doutrina majoritária, a infração penal é um fato típico, ilícito e culpável. Alternativa E - Incorreta. Caveiras, segundo Rogério Sanches, o morto, por não ser titular de direitos, não é sujeito passivo de crimes. Cuidado: sujeito passivo é a pessoa (ou ente) que sofre as consequências da infração penal. Assim sendo, é punível, por exemplo, a calúnia contra morto (art. 138, § 2º, do CP, mas seu sujeito passivo é a sua família (e não o morto). Pelo exposto, o gabarito é a letra C. Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 3 4 Rufino, maior e capaz, trabalha como vendedor em um Shopping de Goiânia / GO. Certo dia, após passar por uma residência perto de sua casa e notar que a mesma estava com a janela aberta, aproveitou-se do descuido e subtraiu, intencionalmente, o aparelho de TV que estava sobre a estante da sala. A proprietária da TV, sra. Luzia, ao perceber a situação, registrou imediatamente um registro de ocorrência na Delegacia PCGO mais próxima de sua casa. Ocorre que, dias após, antes de o Poder Judiciário receber a respectiva denúncia, Rufino, por ato voluntário, resolveu restituir o aparelho televisor à Luzia, devolvendo-o em perfeitas condições de uso, assim como quando o subtraiu. Considerando esse cenário hipotético, Rufino poderá ser beneficiado pelo seguinte instituto jurídico: (A) Arrependimento eficaz. (B) Desistência voluntária. (C) Arrependimento posterior. (D) Abolitio criminis. (E) Erro de tipo. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Futuros e futuras PCGO, notem que Rufino tinha o dolo de subtrair o aparelho televisor de Luzia, mas por ato voluntário, se arrependeu e decidiu restituí-lo à dona antes mesmo do recebimento da denúncia por parte do Poder Judiciário. Notem também que o crime foi cometido sem violência ou grave ameaça. Assim sendo, Rufino faz jus ao benefício do arrependimento posterior, previsto no Código Penal, que é uma causa de redução de pena (1/3 a 2/3): Arrependimento posterior Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. Vejamos os erros das demais assertivas: Alternativa A - Incorreta. No arrependimento eficaz o agente inicia e conclui a execução do crime, mas impede que o resultado se produza. Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Alternativa B - Incorreta. Na desistência voluntária o agente inicia a execução do crime, mas não a conclui, desistindo de prosseguir. Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Alternativa D - Incorreta. A abolitio criminis ocorre quando uma lei dispõe que determinado fato que antes era visto como crime, deixa de ser. Não tem nada a ver com a situação em tela. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Alternativa E - Incorreta. O erro de tipo ocorre quando o sujeito ativo de um crime se confunde sobre algum dos elementos que compõem o tipo penal. Um exemplo disso está quando a pessoa, numa caçada, crê que mata um animal, mas acaba por atingir um ser humano agachado na mata. Erro sobre elementos do tipo Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Pelo exposto, o gabarito é a letra C. 5 São causas legais excludentes da culpabilidade, exceto: (A) Anomalia psíquica. (B) Erro de proibição inevitável. (C) Menoridade. (D) Obediência hierárquica à ordem não manifestamente ilegal. (E) Estrito cumprimento do dever legal. Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, questão boa para revisarmos as causas legais de exclusão da culpabilidade. Culpabilidade, de modo resumido, é a capacidade que alguém tem de receber pena. Ela é composta por 03 elementos, a saber: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude do fato e exigibilidade de conduta diversa. Cada um desses elementos acima possui o que a doutrina chama de dirimentes (são causas que, se presentes, excluem o elemento e, por consequência, dizemos que excluem a culpabilidade). Vejamos cada um separadamente: 1) Imputabilidade: Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 4 - Anomalia psíquica (art. 26, CP) - Menoridade (art. 27, CP) - Embriaguez (art. 28, § 1º, CP) 2) Potencial consciência da ilicitude do fato: - Erro de proibição inevitável (art. 21, CP) 3) exigibilidade de conduta diversa: - Coação moral irresistível (art. 22, CP) - Obediência hierárquica (art. 22, CP) Assim sendo, notamos que apenas o “estrito cumprimento do dever legal” não está acima, tendo em vista não ser uma causa legal excludente da culpabilidade, mas sim uma causa excludente de ilicitude (art. 23, II, CP). Pelo exposto, o gabarito é a letra E. 6 Assinale a alternativa em que há crimes nos quais, a depender de determinadas condições, o juiz poderá deixar de aplicar a pena. (A) Homicídio culposo e injúria. (B) Furto simples e apropriação indébita. (C) Injúria e extorsão. (D) Homicídio qualificado e fraude no comércio. (E) Contrabando e descaminho. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, considerando que o Instituto AOCP gosta de cobrar frações de aumento / diminuição, penas e outras coisas difíceis de serem memorizadas, vejamos os crimes listados no CP que permitem ao juiz que deixe de aplicar pena (desde que reunidas determinadas condições): > Homicídio culposo (art. 121, § 5º); > Injúria (art. 140, § 5º); > Apropriação indébita previdenciária (art. 168-A); > Outras fraudes (art. 176); > Receptação culposa (art. 180, § 5º); > Parto suposto (art. 241, p.ú); > Sonegação de contribuição previdenciária (art. 337-A). Pelo exposto, o gabarito é a letra A.7 Com base nos crimes previstos na parte especial do Código Penal, assinale a alternativa correta. (A) No crime de furto mediante fraude, cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, a pena aumenta-se até a metade se o crime é praticado contra idoso. (B) Não há aumento de pena no crime de roubo se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca. (C) O crime de estelionato praticado em desfavor de pessoa com deficiência mental é um delito de ação penal pública incondicionada. (D) Aquele que insere declaração falsa na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado, responde pelo crime de falsidade ideológica. (E) Devassar o sigilo de proposta apresentada em processo licitatório ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo é um ilícito punido apenas na esfera administrativa. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, mais uma questão abordando as diversas alterações legislativas ocorridas “recentemente” no CP. Provavelmente uma dessas novidades pode cair na sua prova da PCGO 2022!!! Vamos aos comentários: Alternativa A - Incorreta. Galera, o patamar de aumento está incorreto. Prestem atenção nessa alteração no crime de furto, inserida no CP em 2021 pela Lei nº 14.155/21: Art. 155 (...) § 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) § 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso: (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utilização de servidor mantido fora do território nacional; (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou vulnerável. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) Alternativa B - Incorreta. Caveiras, por expressa previsão legal, inserida no CP pela Lei nº 13.964/19 Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 5 (Pacote Anticrime), o crime de roubo cometido com uso de arma branca possui aumento de pena de 1/3 a 1/2. Por favor, não confundam com o aumento de pena no caso de uso de arma de fogo, cujo patamar de aumento é de 2/3 (previsto no art. 157, § 2º-A). Art. 157 (...) § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Alternativa C - Correta. Eis o nosso gabarito. A Lei nº 13.964/19 (Pacote Anticrime) alterou o CP e o crime de estelionato passou a ser considerado como um crime de ação penal pública condicionada à representação do ofendido. Existem algumas exceções em que a ação será pública incondicionada (vale a pena vocês memorizarem esse rol). Vejamos: Art. 171 (...) § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - a Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Alternativa D - Incorreta. Caveiras, nesse caso, devido ao princípio da especialidade, responde pelo crime de falsificação de documento público, por expressa previsão legal. Vejamos a diferença entre os dois crimes: Falsificação de documento público Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. §3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregadoou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsaou diversa da que deveria ter sido escrita. Falsidade ideológica Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular. Alternativa E - Incorreta. Futuros e futuras PCGO, em 2021 a Lei nº 14.133/21 inseriu o Capítulo 2-B no Código Penal, criando diversos crimes em licitações e contratos administrativos. Vale à pena vocês conhecerem esse capítulo, ok??? Sobre a nossa alternativa, a conduta informada é um crime previsto expressamente no CP e não apenas uma infração administrativa. Violação de sigilo em licitação (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) Art. 337-J. Devassar o sigilo de proposta apresentada em processo licitatório ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) Pena - detenção, de 2 (dois) anos a 3 (três) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) Pelo exposto, o gabarito é a letra C. Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 6 8 Acerca do delito de peculato, previsto na parte do Código Penal que versa sobre os crimes contra a Administração Pública, assinale a alternativa incorreta. (A) O peculato-desvio é crime formal que se consuma no instante em que o funcionário público dá ao dinheiro ou valor destino diverso do previsto. (B) O peculato-apropriação é crime de menor potencial ofensivo. (C) Admite a modalidade culposa. (D) Trata-se, em regra, de crime próprio. (E) No peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, vamos analisar as opções: Alternativa A - Correta. Esse é o entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante: O peculato-desvio é crime formal que se consuma no instante em que o funcionário público dá ao dinheiro ou valor destino diverso do previsto. A obtenção do proveito próprio ou alheio não é requisito para a consumação do crime, sendo suficiente a mera vontade de realizar o núcleo do tipo. Alternativa B - Incorreta. Eis o nosso gabarito. O peculato é um crime gravecontra a Adm. Pública e é considerado de maior potencial ofensivo (cuja pena máxima prevista ultrapasse a 02 anos, nos termos do art. 61, da Lei nº 9.099/95): Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. Alternativa C - Correta. De fato, admite-se o peculato culposo: Art. 312 (...) § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. Alternativa D - Correta. Caveiras, de fato, o peculato é um crime próprio segundo a doutrina majoritária, isso é, só pode ser cometido por que ostente a qualidade de funcionário público (art. 327, CP). De todo modo, isso não impede que um particular cometa esse crime em concurso com um funcionário público, desde que saiba dessa condição (ser funcionário público) do outro sujeito ativo. Alternativa E - Correta. Essa é a literalidade do CP: Art. 312 (...) § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Pelo exposto, o gabarito é a letra B. Noções de Direito Processual Penal 9 Acerca do inquérito policial e da investigação criminal, assinale a alternativa correta com base nos ensinamentos legais, doutrinários e jurisprudenciais. (A) Uma das características do inquérito policial é a indispensabilidade, de modo que a regra em nosso ordenamento jurídico é que o inquérito sempre servirá de base para a denúncia. (B) É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo a todos os elementos de prova nos procedimentos investigatórios realizados por órgão com competência de polícia judiciária e que digam respeito ao exercício do direito de defesa. (C) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial deverá proceder à reprodução simulada dos fatos. (D) Mesmo que o fato seja de difícil elucidação e o investigado esteja solto, a autoridade policial não poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências. (E) No crime de sequestro e cárcere privado o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, questão que mescla uns conteúdos bem bacanas. Vamos à análise: Alternativa A - Incorreta. Caveiras, uma das características do IP é a dispensabilidade. O próprio CPP frisa isso ao informar que “se o IP servir de base à denúncia ou queixa, a acompanhará”. Isso significa que, em regra, ele não acompanha, porque é dispensável. Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. Alternativa B - Incorreta. Galera, não são todos os documentos. A defesa possui acesso, segundo o STF, aos elementos já documentados. Por exemplo, um pedido de prisão temporária que não estiver anexado aos Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 7 autos, a defesa não terá acesso, obviamente até como uma medida para não frustrar a prisão. Súmula Vinculante nº 14, STF: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. Alternativa C - Incorreta. A reprodução simulada dos fatos, ou popularmente chamada de “reconstituição do crime” não é obrigatória e só pode ocorrer desde que não contrarie a moralidade ou a ordem pública. Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. Alternativa D - Incorreta. A devolução dos autos, nesse caso, é permitida. Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. § 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. Alternativa E - Correta. Essa é a exata previsão contida no CPP. Notem que um dos crimes mencionados é o art. 148, CP, o qual trata do sequestro e cárcere privado. Além disso, a alternativa está correta eis que não usa nenhum elemento restritivo em sua redação. Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) Pelo exposto, o gabarito é a letra E. 10 De acordo com o Código de Processo penal considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. Diante disso, assinale a alternativa correta: (A) A coleta é: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento. (B) O recebimento é: o exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito. (C) O Transporte é: o procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial. (D) O Armazenamento é: o procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente. (E) O isolamento é: a descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, aqui se a banca quiser complicar basta a letra da lei, não é mesmo? Então bora memorizar o Art. 158- B! A - Incorreta: Acondicionamento e não coleta! V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; B - Incorreta: Processamentoe não recebimento! VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 8 C - Incorreta: Descarte e não transporte! X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial. D - Correta: Armazenamento. Correto! IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente; E - Incorreta: Fixação e não isolamento! III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; Pelo exposto, o gabarito é a letra D. 11 No que diz respeito aos recipientes usados para a coleta de vestígios assinale a alternativa incorreta. (A) Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado. O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente. (B) O recipiente só poderá ser aberto pelo delegado de polícia que vai proceder à investigação e, motivadamente, pelo perito ou pessoa autorizada. (C) O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material. (D) O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. (E) Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Futuros (as) policiais! Alterações recentes qualquer banca gosta! A - Correta: Art. 158-D, § 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado § 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente. B - Incorreta! Art. 158-D, § 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, motivadamente, por pessoa autorizada. O responsável por proceder à análise, de acordo com a lei, é o perito! A lei não menciona delegado de polícia. Atenção, pois motivadamente outra pessoa poderá abrir o recipiente. Ou seja, para outra pessoa abrir o recipiente deve haver uma justificativa e ela deve ser registrada. C - Correta: Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material. D - Correta: Art. 158-D, § 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. E - Correta: Art. 158-D, § 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte. Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 12 Acerca das características do interrogatório do acusado. Item I - É ato personalíssimo e individual. Item II - É ato bifásico e protegido pelo direito ao silêncio. Item III - É ato não assistido tecnicamente. Item IV - Em regra, é um ato público. Está correta a alternativa: (A) Somente I e II. (B) Somente III. (C) Somente IV. (D) I, II, III e IV. (E) Somente I, II e IV. Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 9 Futuros(as) policiais, aqui a questão versa sobre as características do interrogatório do acusado. Vejamos as alternativas: I. É ato personalíssimo e individual. Correto! O interrogatório é um ato pessoal, significando, portanto, que deve ser exercido pessoalmente pelo acusado e em caso de pessoa jurídica, pelo seu representante legal. II. É ato bifásico e protegido pelo direito ao silêncio. Correto! Ao conceituarmos o interrogatório judicial, foi dito que se trata de ato processual por meio do qual o juiz ouve o acusado sobre sua pessoa e sobre a imputação que lhe é feita. Isso porque, a partir da Lei nº 10.792/03, foi inserida no Art. 187 do CPP a obrigatoriedade do interrogatório ser subdividido em duas partes, sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos, portanto, um ato bifásico. Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. Apesar do dito popular “de quem cala, consente”, como a CF assegura o direito ao silêncio (Art. 5º, LXIII) seu exercício não pode ser interpretado como indício de culpabilidade. III. É ato não assistido tecnicamente. Errado! Após a Lei 10.792/03 o interrogatório passou a ser um ato assistido tecnicamente, significando, por conseguinte, que a presença do advogado é indispensável a válida de ato. Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. IV. Em regra, é um ato público. Correto. Em regra, deve ser observada a publicidade do interrogatório conforme disposto no Art. 5º, LX c/c IX da CF. No entanto, a própria CF e o CPP ressalvam as hipóteses que se justifica uma restrição dessa publicidade: defesa da intimidade, interesse social no sigilo, imprescindibilidade à segurança da sociedade e do Estado, escândalo ou inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem, entre outros. Fonte: Renato Brasileiro de Lima, Manual de Processo Penal Comentado. Pelo exposto, o gabarito é a letra E. 13 Sobre o reconhecimento de pessoas e objetos, analise as afirmativas a seguir: Item I - Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, poderão fazer a prova todas juntas e poderão comunicar-lhes entre si para dirimir eventuais dúvidas. Item II - A pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando- se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la. Item III - Se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela. Item IV - Do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por três testemunhas presenciais. Está correta a alternativa: (A) Somente I e IV. (B) I, II, III e IV. (C) Somente II. (D) Somente III. (E) Somente II e III. Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR:Caveiras, letra da lei e muita atenção! Vamos analisar os itens: Item I. Errado: Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, poderão fazer a prova todas juntas e poderão comunicar- lhes entre si para dirimir eventuais dúvidas. Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a prova em separado, evitando-se qualquer comunicação entre elas. Item II. Correto: Art. 226, Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la. Item III. Correto: Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 10 Art. 226, III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela. Item IV Errado: Do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por três testemunhas presenciais. Art. 226, IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais. Pelo exposto, o gabarito é a letra E. 14 Com relação à prisão em flagrante é incorreto afirmar que: (A) Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. (B) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. (C) Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo. (D) Em até 48 (quarenta e oito) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. (E) Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Futuros(as) policiais, vamos analisar as alternativas: A - Correta: Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. B - Correta: Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. C - Correta: Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo. D - Incorreta: Art. 306, § 1º: Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. O prazo é de 24 horas e não de 48 como afirma a alternativa. E - Correta: Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal. Pelo exposto, o gabarito é a letra D. 15 Encontra-se na modalidade de flagrante chamada de “quase-flagrante”, segundo o entendimento doutrinário, quem: (A) Está cometendo a infração penal. (B) É perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. (C) Não cometeu o fato típico, tendo sido incriminado falsamente. (D) É encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (E) Acaba de cometer a infração penal. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Segundo a doutrina, temos os seguintes tipos de flagrante: 1) Flagrante Próprio - Está cometendo a infração penal (art. 302, I, CPP) ou Acaba de cometê-la (art. 302, II, CPP). 2) Flagrante Impróprio / Irreal / Quase-Flagrante - É perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração (art. 302, III, CPP). 3) Flagrante Presumido / Ficto / Assimilado - É encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração (art. 302, IV, CPP). 4) Flagrante Esperado - A autoridade policial toma conhecimento de que será praticada uma infração penal e se desloca para o local onde o crime acontecerá. Iniciados os atos executórios, ou até mesmo havendo a consumação, a autoridade procede à prisão em flagrante. 5) Flagrante Diferido / Ação Controlada - Ocorre quando, mediante autorização judicial, o agente policial retarda o momento de sua intervenção, para um momento futuro, mais eficiente e oportuno para a investigação. Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 11 6) Flagrante Provocado / Preparado - Aqui a autoridade instiga o infrator a cometer o crime, valendo-se de um agente provocador, criando a situação para que ele cometa o delito e seja preso em flagrante. NÃO é VÁLIDA, pois quem efetuou a prisão criou uma situação que torna impossível a consumação do delito, tratando- se, portanto, de crime impossível (STF admite se a provocação for sobre um crime, e a prisão sobre outro). 7) Flagrante Forjado - Aqui o fato típico não ocorreu, sendo simulado para incriminar falsamente alguém. É absolutamente ilegal. Pelo exposto, o gabarito é letra B. 16 Com relação à prisão preventiva assinale a alternativa correta: (A) será admitida a decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 8 (oito) anos. (B) será admitida a decretação da prisão preventiva se tiver sido condenado por outro crime culposo e que ainda não tenha sentença transitada em julgado. (C) será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa. (D) em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo delegado, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente. (E) não será admitida a decretação da prisão preventiva se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, as alternativas A, B e E estão erradas, pois estão totalmente em desacordo com o Art. 313 do CPP, vejamos: Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; A alternativaD afirma que o delegado decretará prisão preventiva, quem decreta prisão é o juiz, o delegado representa pela prisão! Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. A alternativa correta é a letra C. Art. 313, § 1º: Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. Pelo exposto, o gabarito é a letra C. Legislação Especial 17 Nos termos da Lei nº 13.869/19, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, não se pode afirmar que é um efeito da condenação: (A) A perda do cargo, do mandato ou da função pública. (B) A perda de bens e valores relacionados ao crime. (C) A inabilitação para o exercício de cargo, pelo período de 01 a 05 anos. (D) Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos. (E) A inabilitação para o exercício de mandato, pelo período de 01 a 05 anos. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Futuros e futuras PCGO, muita atenção aqui. A alternativa B nos traz um efeito genérico da condenação não previsto na Lei 13.869/19 (a título de curiosidade, está no art. 91, § 1º, do CP) Porém, as demais alternativas são sim efeitos da condenação previstos na Lei de Abuso de Autoridade. Vejamos: Art. 4º São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 12 II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. Uma dica importante: conforme o parágrafo único do mesmo artigo, os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença. Lembrem-se que na condenação por Tortura a perda do cargo é automática. Já na Lei de Abuso de Autoridade, a condenação não é automática, devendo haver reincidência específica + motivação da fundamentação. Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 18 Júlia tem sofrido constantemente com as atitudes desvirtuadas de seu filho, Ramon, o qual é usuário contumaz de drogas. Devido ao vício, Ramon tem, inclusive, vendido diversos móveis e eletrodomésticos de sua residência com a finalidade de comprar mais entorpecentes para consumo pessoal. A situação chegou ao limite no dia em que Júlia notou que seu filho havia furtado dinheiro de sua carteira. Segundo o estabelecido na Lei nº 11.343/06, Lei de Drogas, Júlia pode pleitear a internação involuntária de seu filho para tratamento interdisciplinar, que pode perdurar pelo prazo máximo de: (A) 30 dias. (B) 45 dias. (C) 60 dias. (D) 90 dias. (E) 15 dias. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, vamos tentar exaurir bons temas da Lei de Drogas que podem ser cobrados em sua prova da PCGO 2022, ok? A possibilidade de internação do usuário de drogas foi inserida na lei em 2019 e, por isso, é algo relativamente “novo” e pouco cobrado. De modo resumido, há a internação voluntária (aquela em que há o consentimento do dependente) e a involuntária (aquela que ocorre sem o consentimento do dependente, geralmente através da autorização de um familiar). Vejamos a literalidade da lei: Art. 23-A (...) § 4º A internação voluntária: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) I - deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa solicitante de que optou por este regime de tratamento; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) II - seu término dar-se-á por determinação do médico responsável ou por solicitação escrita da pessoa que deseja interromper o tratamento. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) § 5º A internação involuntária: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) I - deve ser realizada após a formalização da decisão por médico responsável; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e na hipótese comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) III - perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, tendo seu término determinado pelo médico responsável; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) IV - a família ou o representante legal poderá, a qualquer tempo, requerer ao médico a interrupção do tratamento. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019). Pelo exposto, o gabarito é a letra D. 19 Pedro foi preso em flagrante tentando ingressar Central de Flagrantes da cidade de Goiânia / GO, com porções de maconha escondidas dentro de suas vestes. O entorpecente era destinado à sua esposa, Mariana, cidadã que estava detida na referida unidade policial após ser presa em flagrante e ainda aguardava a realização da sua audiência de custódia. Pedro afirmou aos Policiais Civis responsáveis por sua prisão que é usuário de drogas, mas que naquele dia sua intenção era apenas entregar a substância, de modo gratuito, à sua companheira, para que a mesma realizasse o consumo do referido entorpecente. Nos moldes da Lei nº 11.343/06, conhecida como Lei de Drogas, Pedro responderá, em tese, pelo crime de: (A) Posse de drogas para consumo pessoal. (B) Associação para o tráfico. (C) Tráfico de drogas. (D) Financiamento para o tráfico. (E) Colaboração para o tráfico. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 13 Galera, a questão traz um conteúdo bem bacana para debatermos. Além disso, a Lei de Drogas tem altíssima probabilidade de ser cobrada na sua prova PCGO 2022. De modo simples, a diferença entre posse de drogas e tráfico é a avaliação feita pelo juiz, na qual se verificam a natureza e a quantidade da substância apreendida, o local e as condições em que se desenvolveu a ação, as circunstâncias sociais e pessoais, bem como a conduta e aos antecedentes do agente (art. 28, § 2º). A questão menciona que Pedro é usuário de drogas apenas para confundir vocês. O detalhe principal está no fato de que Pedro embora fosse usuário, naquele momento, estava transportando drogas para fornecer, gratuitamente, à sua esposa. Tal conduta, caracteriza, em tese, o crime de tráfico de drogas. Reparem nos verbos destacados no núcleo penal: Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinaçãolegal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. Destaco, ainda, possível causa de aumento de pena para esse caso concreto: Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos. Pelo exposto, o gabarito é a letra C. 20 Paulo Ricardo foi condenado irrecorrivelmente à pena privativa de liberdade por ter sido flagrado pela Polícia Civil de Goiás enquanto praticava um roubo a uma joalheria famosa de um centro comercial em Goiânia / GO. Segundo o previsto na Lei nº 7.210/84, Lei de Execução Penal, marque a alternativa INCORRETA no que se refere ao trabalho interno. (A) A jornada normal de trabalho não será inferior a 08 nem superior a 10 horas, com descanso aos sábados, domingos e feriados. (B) O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade. (C) Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de turismo. (D) Os maiores de 60 anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade. (E) Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior do estabelecimento. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Galera, a única alternativa incorreta é a letra A, nos termos da LEP, pois a carga horária está acima da prevista em lei e, consequentemente, incorreta. A carga de trabalho é de, no mínimo 06h e, no máximo, 08h. Outro erro é que os presos podem trabalhar aos sábados. Vejam: Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade (alternativa B). Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior do estabelecimento (alternativa E). Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado. § 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de turismo (alternativa C). § 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade (alternativa D). § 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao seu estado. Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 14 Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos domingos e feriados (alternativa A). Pelo exposto, o gabarito é a letra A. 21 Considerando o disposto na Lei nº 8.429/92, os atos de Improbidade Administrativa que causam prejuízo ao Erário, não possuem como uma de suas cominações: A) Proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos. B) Perda da função pública. C) Suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos. D) Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. (E) Multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração percebida pelo agente. Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Galera, recente atualização na Lei de Improbidade Administrativa, fiquem de olho!!! Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) I - na hipótese do art. 9º desta Lei (Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito), perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) II - na hipótese do art. 10 desta Lei (Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário), perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) III - na hipótese do art. 11 desta Lei (Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública), pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) IV - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021). Notamos que a única incorreta é a alternativa E, tendo em vista que o valor da multa civil está incorreto, conforme destacado no art. 12, II. Pelo exposto, o gabarito é a letra E. 22 Acerca da Lei nº 9.296/96 e dos entendimentos jurisprudenciais referentes à Interceptação Telefônica, assinale a alternativa incorreta. (A) A Interceptação telefônica, ou interceptação em sentido estrito, consiste na captação da comunicação telefônica alheia por um terceiro, sem o conhecimento de nenhum dos comunicadores. (B) A intercepção das comunicações telefônicas poderá ser determinada a requerimento da autoridade policial, na fase de investigação criminal, ou a requerimento do MP, somente na fase de instrução criminal. (C) Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas se, dentre outras hipóteses, o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. (D) A violação do sigilo telefônico é admitida pela norma constitucional, para fins de investigação criminal ou instrução processual penal, desde que a decisão judicial que a determine esteja devidamente fundamentada e que tenham sido esgotados todos os outros meios disponíveis de obtenção de prova. (E) Não é válida a interceptação telefônica realizada sem prévia autorização judicial, ainda que haja posterior consentimento de um dos interlocutores para ser tratada como escuta telefônica e utilizada como prova em processo penal.Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Futuros e futuras PCO, vamos aos comentários: Alternativa A - Correta. Esse é o conceito doutrinário de interceptação telefônica em sentido estrito, segundo as lições de Renato Brasileiro. Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 15 Ex: polícia, com autorização judicial, grampeia os telefones dos membros de uma quadrilha e grava os diálogos mantidos entre eles. Alternativa B - Incorreta. Nos termos do art. 3º, II, o MP pode requerer interceptação telefônica tanto na fase investigatória, quanto na fase processual. Por outro lado, a autoridade policial apenas pode representar pela medida na fase investigatória. Alternativa C - Correta. Essa é a regra, Caveiras: Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal; II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. Alternativa D - Correta. Não se inicia investigação criminal com a decretação direta da interceptação telefônica, posto seu caráter subsidiário, devendo ser observados os requisitos contidos no art. 2º, da Lei nº 9.296/96, quais sejam: 1) haver indícios suficientes de autoria ou participação da infração penal; 2) não haver outro meio disponível para a prova ser produzida; 3) o crime investigado deve ser punido com pena de reclusão. Alternativa E - Correta. Esse é o posicionamento do Informativo nº 510, STJ: “Não é válida a interceptação telefônica realizada sem prévia autorização judicial, ainda que haja posterior consentimento de um dos interlocutores para ser tratada como escuta telefônica e utilizada como prova em processo penal”. Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 23 Segundo a Lei nº 12.037/09, que regula a identificação criminal, a identificação civil pode ser atestada por qualquer dos seguintes documentos, exceto: (A) Carteira de identificação funcional. (B) Carteira de identidade. (C) Carteira de identidade de escola particular. (D) Carteira nacional de habilitação. (E) Passaporte. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, para fins penais, basta vocês lembrarem que são aceitos documentos públicos e que permitam a identificação (ou seja, com foto e demais dados pessoais). Vejam o que a lei diz: Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos: I – carteira de identidade; II – carteira de trabalho; (Revogado pela Medida Provisória nº 905, de 2019) II – carteira de trabalho; III – carteira profissional; IV – passaporte; V – carteira de identificação funcional; VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado. Notem que a CNH se enquadra no inciso VI. Ademais, a carteira de instituição escolar privada não é aceita, tendo em vista ser emitida por empresa privada. Pelo exposto, o gabarito é a letra C. 24 Previstas na Lei Maria da Penha, as medidas protetivas têm o propósito de assegurar que toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, idade, religião ou nível educacional, tenha direito a uma vida sem violência, com a preservação da saúde física, mental e patrimonial. Assim sendo, com relação à medida protetiva de urgência, decretada pelo Delegado de Polícia, quando o Município não for sede de comarca, com base no art. 12-C, da Lei nº 11.340/06, assinale a alternativa correta. (A) O Ministério Público será comunicado no prazo máximo de 24 horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Juiz do caso concomitantemente. (B) O juiz será comunicado no prazo máximo de 24 horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. (C) O juiz será comunicado no prazo máximo de 48 horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público posteriormente. (D) O Ministério Público será comunicado no prazo máximo de 24 horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Juiz do caso posteriormente. (E) O juiz será comunicado no prazo máximo de 72 horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público posteriormente. Gabarito: B Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 16 COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, destaco que essa é uma alteração recente na L.M.P: Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida: (Redação dada pela Lei nº 14.188, de 2021) I - pela autoridade judicial; (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019) II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019) III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019) § 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019). Pelo exposto, o gabarito é a letra B. Legislação Estadual 25 Considerando a Lei Estadual n.º 16.901/2010 (Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Goiás), assinale a alternativa incorreta quanto aos princípios institucionais da Polícia Civil. (A) Proteção dos direitos humanos. (B) Indelegabilidade das atribuições funcionais. (C) Hierarquia e disciplina funcionais. (D) Divisibilidade da investigação policial. (E) Atuação técnico-científica e imparcial na condução da atividade investigativa. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Futuros e futuras PCGO, a questão cobra de vocês a literalidade da L.O: Art. 3º São princípios institucionais da Polícia Civil: I – proteção dos direitos humanos; II – participação e interação comunitária; III – resolução pacífica de conflitos; IV – uso proporcional da força; V – eficiência na repressão das infrações penais; VI – indivisibilidade da investigação policial; VII – indelegabilidade das atribuições funcionais; VIII – hierarquia e disciplina funcionais; IX – atuação técnico-científica e imparcial na condução da atividade investigativa. Parágrafo único. No conceito de atuação técnico- científica não se compreende o exercício de perícia oficial. Notem que a investigação policial é indivisível, ao contrário do que se afirma na alternativa D, motivo que a torna incorreta. Pelo exposto, o gabarito é a letra D. 26 Analise os itens abaixo: Item I - Reversão. Item II - Exoneração. Item III - Aproveitamento. Com base na Lei Estadual n.º 20.756/2020 (regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado de Goiás, das autarquias e fundações públicas estaduais), são formas de provimentode cargo público: (A) Estão corretos os itens I e III, apenas. (B) Todos os itens estão corretos. (C) Estão corretos apenas os itens II e III. (D) Está correto apenas o item III. (E) Apenas o item I está correto. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, vejamos o que diz a referida lei: Art. 9º São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - readaptação; III - reversão; IV - reintegração; V - recondução; VI - aproveitamento; e Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 17 VII - promoção. Notamos que estão corretos os itens I e III, apenas, eis que a exoneração, obviamente, não é forma de provimento, mas sim de vacância (art. 58, I). Pelo exposto, o gabarito é a letra A. 27 De acordo com a Lei estadual n.º 13.800/2001 (processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado de Goiás), assinale a alternativa correta. (A) Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, apenas os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado pessoa portadora de deficiência. (B) Não se admite pedido do interessado para o início de processo administrativo feito por solicitação oral. (C) São legitimados como interessados no processo administrativo, dentre outros, as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos. (D) A competência é renunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. (E) A decisão de recursos administrativos pode ser objeto de delegação. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Galera, vamos analisar as assertivas (cuidem porque alguns itens dessa lei foram cobrados na prova de Cadete da PMGO pelo instituto AOCP, então há probabilidade de o examinador cobrar novamente em sua prova): Alternativa A - Incorreta. Existem outras prioridades na lei: Art. 3º-A Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: Redação dada pela Lei nº 17.054, de 22-06-2010. I – pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; Acrescido pela Lei nº 17.054, de 22-06-2010. II – pessoa portadora de deficiência; Acrescido pela Lei nº 17.054, de 22-06-2010. III – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo. Acrescido pela Lei nº 17.054, de 22-06-2010. Alternativa B - Incorreta. É plenamente possível. Art. 6º – O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: (...) Alternativa C - Correta. Eis a exata previsão legal: Art. 9º – São legitimados como interessados no processo administrativo: I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; II – aqueles que, sem terem iniciado o processo, tenham direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV – as pessoas ou associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. Alternativa D - Incorreta. É o contrário do que prevê a norma: Art. 11 – A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. Alternativa E - Incorreta. Na verdade, não podem: Art. 13 – Não podem ser objeto de delegação: I - Revogado; (Revogado pela Lei nº 14.211, de 08-07- 2002, retroagindo os efeitos a 23/01/2001) II – a decisão de recursos administrativos; III - Revogado; (Revogado pela Lei nº 13.870, de 19-7- 2001). Pelo exposto, o gabarito é a letra C. 28 Segundo o disposto na Lei estadual n.º 20.491/2019 (Organização administrativa do Poder Executivo), não integram a Governadoria: (A) Secretaria de Estado da Casa Civil. (B) Secretaria de Assuntos Estratégicos. (C) Vice-Governadoria. (D) Secretaria de Estado da Casa Militar. (E) Secretaria de Estado do Governo. Alexandre Oliveira Galvão CPF: 121.328.346-95 181992520425 PROJETO CAVEIRA 1º Mini Simulado – PCGO – 2022 – PÓS-EDITAL www.projetocaveira.com.br 18 Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Caveiras, é o tipo de questão que não tem o que fazer, a não ser tentar decorar a lei seca. Vamos lá: Art. 2º Integram a Governadoria:: I – a Secretaria de Estado da Casa Civil; II – a Secretaria de Estado do Governo; III - a Secretaria-Geral da Governadoria; IV – a Secretaria de Estado da Casa Militar; V - a Vice-Governadoria. § 1º Integram a Governadoria, como órgãos de assessoramento ao Governador do Estado: I – o Conselho de Governo; II – a Procuradoria-Geral do Estado; III – a Controladoria-Geral do Estado. (Redação dada pela Lei nº 20.820, de 04-08-2020.) § 2º Integram também a Governadoria: I – o Conselho Consultivo de Gestão; II – o Gabinete Particular do Governador; III – o Gabinete de Assuntos Sociais; (Vide Decreto nº 9.456, de 25-06-2019.) IV – o Gabinete de Gestão do Governador. Agora fica fácil notar que Secretaria de Assuntos Estratégicos não é um dos órgãos que integram a Governadoria do Estado de Goiás. Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 29 Analise os itens abaixo: Item I - Predominância do atendimento ao interesse público em relação ao interesse particular. Item II - Promoção da confiança como fundamento das relações de trabalho entre os servidores e os demais cidadãos. Item III - Definição de valores como referência para o aprimoramento de comportamentos e atitudes do servidor público estadual, vinculada à expectativa do cidadão goiano. De acordo com o Decreto estadual n.º 9.837/2021 (Código de Ética e Conduta Profissional do Servidor e da Alta Administração), o Poder Executivo do Estado de Goiás adota como valores fundamentais: (A) Apenas o item III está correto. (B) Estão corretos os itens II e III, apenas. (C) Apenas o item I está correto. (D) Todos os itens estão corretos. (E) Estão corretos os itens I e II, apenas. Gabarito: E COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Vejamos o que diz o referido Decreto: Seção I Dos princípios e valores fundamentais Art. 1º São princípios fundamentais que impõem e orientam a construção deste Código: I – a definição de valores como referência para o aprimoramento de comportamentos e atitudes do servidor público estadual, vinculada à expectativa do cidadão goiano; e II – o incentivo ao aperfeiçoamento dos padrões de conduta. Art. 2º O Poder Executivo do Estado de Goiás adota como valores fundamentais: I – predominância do atendimento ao interesse público em relação ao interesse particular; II – boa e regular utilização do recurso público, com a obtenção dos resultados esperados da execução das políticas públicas; e III – promoção da confiança como fundamento das relações de trabalho
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