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Resumo de hematologia básica Mielopoiese: É o processo do desenvolvimento das células granulocíticas, que são os eosinófilos, basófilos e neutrófilos, a partir da UFC-G(unidade de colônias granuocítica). Sua evolução: o mieloblasto. O mieloblasto dá origem ao promielócito, que por sua vez dá origem ao mielócito, que origina o metamielócito, do qual deriva o bastonete (ou bastão) e, por fim, o segmentado. divisão celular (mieloblasto, promielócito e mielócito) fase de maturação celular (metamielócito, bastonete e segmentado). Mieloblasto: 15 a 20 µm Núcleo redondo ou ovalado 1 a 4 nucléolos pode apresentar escassas granulações azurófilas, mas invisíveis a MO, Relação núcleo/citoplasma alta, Cromatina frouxa, sem grumos, homogeneamente mieloblasto é a primeira célula que pode ser reconhecida na série granulocítica. granulação primária Promielócito: Essas células representam 5% das células da medula óssea. Comparado ao mieloblasto, é uma célula um pouco maior, varia de 16 a 25 um, com citoplasma basófilo, Cromatina mais densa com ligeira condensação, Granulações azurófilas primárias (grosseiras) e início das granulações secundárias, presença de nucléolos, O núcleo é arredondado ou oval, apresenta cromatina frouxa e delicada, um ou mais nucléolos visíveis. Mielócitos: O citoplasma vai perdendo basofilia, as granulações primarias ficam pouco evidentes e aparecem as granulações secundárias especificas. O núcleo é geralmente oval e excêntrico. A cromatina é mais condensada e não existem nucléolos. A medula óssea normalmente contém 2 a 10 % de mielócitos. Metamielócito: É incapaz de dividir-se, esse tipo celular se caracteriza por citoplasma com muitos grânulos também diferenciados ou específicos neutrofílicos, eosinofílicos ou basofílicos. Os grânulos neutrofílicos são finos e de coloração acinzentada. Os grânulos eosinofílicos são maiores, arredondados e alaranjados. Os grânulos basofílicos são grosseiros na cor azul escuro ou pretos. O núcleo apresenta chanfradura e cromatina mais condensada. Seu tamanho oscila entre 10 a 15μMcondensada. Seu tamanho oscila entre 10 a 15μM Bastonete: Apresenta o citoplasma semelhante ao do metamielócito com granulações neutrófilas, eosinófilas ou basófilas dependendo do tipo celular. A chanfradura do núcleo é maior que a metade do diâmetro do mesmo que se apresenta na forma de bastão. Costiturm 1 a 5 % dos leucócitos presentes no sangue circulante e 10 a 40 % das célulaspresentes na medula óssea. Segmentado: O núcleo é separado em lonos (2a 5) interligados por filamentos de cromatina. A granulação cittoplasmática é fina e rósea no neutrófilo, alaranjada e greosseira no eusinófilo e azul escura e densa no basófilo. Eritrócitos: Também conhecidos como hemácias ou glóbulos vermelhos, elas têm como característica a presença de uma proteína rica em ferro (hemoglobina) que garante o transporte de oxigênio no sangue e é responsável pela coloração vermelha, ela tem formato de discos achatados bicôncavo, é produzido na medula óssea, a quantidade em homens é de 4,2 milhões milímetros cúbicos e em mulheres é de 4,0 milhões milímetros cúbicos. Os problemas associados é a ANEMIA, que tem como causa a diminuição da quantidade de hemoglobinas no sangue. A anemia pode ser decorrente de perda de sangue exagerado (hemorragias) ou até mesmo defeito na medula óssea. A forma mais comum de anemia é aquela em que ocorre a baixa produção de hemoglobinas, que é pela falta de ferro na alimentação. Problemas anêmicos: como principal problema é o transporte de oxigênio para as células, sem o oxigênio as células não conseguem produzir energia suficiente para o organismo e o paciente apresenta fraqueza, falta de ar, palidez, cansaço e outros sintomas. TEC Linhagem Mieloide: (participantes do sistema imune) Fagócitos mononucleares: MONOCITOS SANGUE Estão presentes no sangue, constituindo de 3% a 5% dos leucócitos circulantes, participam dos granulomas (tuberculose, lepra...) O granuloma nada mais é que o antígeno rodeado por uma barreira de monócitos durante o processo de defesa, mecanismo da imunidade inata. Morfologia: núcleo irregular que pode se oval, redondo ou formato geralmente excêntrico, ocupa a metade da área celular. Os monócitos tem papel importante em vários tipos de doenças e processo infecciosa e inflamatório. São causas de monócitose: doenças infeciosas bacterianas, doenças inflamatórias crônicas, doença do tecido conectivo como artrite reumatoide. Funções: Resposta imune, fagocitose e digestão de microrganismo, interação com antígenos e leucócitos na geração de resposta imune e citoxicidade como eliminação de algumas células tumorais. Fagócitos mononucleares: MACROFAGOS TECIDO Diferenciam-se a partir dos monócitos (células maiores), NÃO SÃO ENCONTRADOS NO SANGUE. São células teciduais e de grande poder fagocítico dos monócitos. Função: IMUNIDADE Antígeno (MHC – II) células de limpeza, produção de citocinas inflamatórias e regulatórias. São responsáveis pela defesa contra invasores (fagocitose) Podem ser encontradas: no SNC (Micróglia); no Fígado (Células de Kupppfer); na pele (Células de Langehans); no Pulmão (Macrófagos Pulmonares). (presentes no linfonodo, baço, outros tecidos). "macrófagos, células especializadas no processo de fagocitose de vírus, fungos e bactérias. Além disso, são responsáveis pela destruição de células mortas e danificadas no corpo." Morfologia: Os macrófagos apresentam contorno irregular e mais visível em relação aos monócitos. Fagócitos polimorfonucleares: NEUTROFILOS Mais abundante no sangue (62% dos leucócitos circulantes). Resposta rápida a estímulos quimiotático. Fagocitose de partículas opsonizadas. apresenta núcleo usualmente com 3 a 5 segmentos com cromatina condensada, ligados por um istmo de cromatina. Citoplasma com numerosas granulações finas e acinzentadas são células inflamatórias que chegam mais rapidamente ao local de injuria. Função: Fagocitose; Liberação de Mediadores (mieloperoxidase, fosfatase ácida e alcalina, colagenase e citocinas). De forma resumida, os neutrófilos atuam na defesa do organismo contra infecções bacterianas, liberando enzimas e realizando a fagocitose desses microrganismos. Fagócitos polimorfonucleares: EOSINÓFILO 2% a 5% dos leucócitos sanguíneos em indivíduos saudáveis. Núcleo bilobulado e grânulos que tem afinidade por corantes ácidos Coloração avermelhada, citoplasma com numerosa granulação grosseira e arredondadas de cor alaranjada. Ocorre em caso de processos alérgicos ou parasitários – defesa contra parasitas. Função: fagocitose e destruição dos microrganismos ingeridos, liberação de grânulos citoplasmáticos contra microrganismo maiores que não podem ser fagocitados ( vermes) Participação em reações alérgicas os eosinófilos atuam na infecção parasitária (liberação de enzimas e modulação da inflamação) Fagócitos polimorfonucleares: BASOFILOS Representa menos de 1% do total de leucócitos, sendo as células mais incomuns do sangue. Apresentam forma esférica e núcleo irregular. Mastócitos ( tecido) Basófilo (sangue) Concentram-se no tecido conjuntivo pulmonar – RISCO DE COAGULAÇÃO Função: Degranulação e liberação de histamina ( mediadores da inflamação) e heparinas (anticoagulantes) Destruição de vermes em associação com eosinófilos. Morfologia: Possuem grânulos grandes corados em azul os grânulos dos basófilos, que contêm heparina, apresentam alta afinidade pelo componente básico do corante (azul de metileno) os basófilos desempenham um papel em processos alérgicos (liberação de histaminas) PLAQUETAS plaquetas (ou trombócitos), que não são células propriamente ditas, mas fragmentos de citoplasma derivados dos megacariócitos da medula óssea. A função das plaquetas é reagir ao sangramento causado por lesões nos vasossanguíneos, elas formam agregados e iniciam a formação de um coágulo para estancar o sangramento. As plaquetas possuem formato variável e medem de 1 a 4 μm de diâmetro. Caracterizam-se como corpúsculos anucleados de citoplasma azul com prolongações no exterior. Elas agregam formando conglomerados. As plaquetas desempenham um papel importante nos processos de hemostasia e coagulação sanguínea, em conjunto com os vasos sanguíneos e os fatores da coagulação. são observadas em relação a quantidade e seu tamanho. Seu número normal é de 150.000 à 400.000 por microlitro de sangue. O tamanho de uma plaqueta varia entre 1 a 4 micrometros. SISTEMA LINFOCITÁRIO (pertencente ao Sistema Imune Específico) Os linfócitos são células agranulares muito abundantes no sangue, segundo tipo mais abundante de leucócitos perdendo para o neutrófilos. A função do linfócito está relacionada com a resposta imune adquirida, sendo as principais células do sistema imunológico, produzindo anticorpos (linfócitos B) ou atuando em infecções virais (linfócitos T). "Os linfócitos T diferenciam-se no timo, enquanto o linfócito B diferencia-se na medula óssea." LINFÓCITOS T: - Tipos distintos com os marcadores de superfície característicos: CITOTÓXICO, AUXILIAR TIPO 1 e AUXILIAR TIPO2 - Receptor de antígeno na superfície: RLT - Os LTc induzem a atividade citotóxica contra células tumorais e infectadas por vírus e outros parasitas intracelulares. LINFÓCITOS B: - Representam 5 a 15% da população de linfócitos - Os LB induzem a maturação fazendo que se tornem plasmócitos, secretando anticorpos, ou LB de memória; - Os linfócitos B ainda se diferenciam em plasmócitos (células produtoras de imunoglobulinas.), quando encontram um antígeno num órgão linfoide secundário e secretam anticorpos nos tecidos. O antígeno tem a função de se ligar e neutralizar o anticorpo ou a função de facilitar a fagocitose desse anticorpo (opsonização). ALTERAÇÕES HEREDITÁRIAS Pelger-Huët: A anomalia de Pelger-Huët é um defeito na segmentação de neutrófilos, sendo encontrados apenas bastonetes e bissegmentados (presença de desvio à esquerda). Trata-se de uma anomalia genética autossômica dominante sem significado patológico. Chédiak-Higashi: se caracteriza por granulações gigantes em leucócitos, oriundas da coalescência de lisossomos, com coloração que varia do cinza ao vermelho. Ela é observada no albinismo oculo-cutaneo, na pancitopenia e em infecções recorrentes. May-Hegglin: são observados grânulos amorfos semelhantes aos corpos de Döhle encontrados em neutrófilos e outros leucócitos, acompanhados por trombocitopenia e plaquetas gigantes. A anomalia ocorre devida a uma doença autossômica dominante. Alder- Reilly: observam-se grânulos roxo-escuro nos neutrófilos, que se assemelham as granulações tóxicas, porém muito mais abundantes. A sua causa é um defeito recessivo raro na granulação de neutrófilos, porém sem significado patológico. Anemias Hemolíticas: As anemias hemolíticas fazem parte do grupo das anemias regenerativas e manifestam-se quando o ritmo da eritropoiese não é suficiente para compensar o número de eritrócitos perdidos por hemólise Essa destruição eritrocitária pode ocorrer de maneira intravascular (em que a hemoglobina é liberada no plasma) ou extravascular (em que há hemólise dentro do sistema reticuloendotelial, principalmente no baço). Classificação etiologicamente : Hereditária - alterações intrínsecas dos eritrócitos e podem dividir-se em defeitos da membrana dos eritrócitos, distúrbios da hemoglobina e e défices de enzimas eritrocitárias. Adquirida - síndromes de fragmentação dos glóbulos vermelhos, hemoglobinúria paroxística nocturna, e podem ser secundárias a agentes físicos e químicos, a infecções e a patologias hepática e renal. FISIOPATOLOGIA: Ocorrem, principalmente, alterações na força vertical, as quais tornaram as hemácias cada vez mais esféricas, ficando incapazes de se deformarem ao passarem pela circulação esplênica e pelos pequenos capilares, momentos em que essa deformação é extremamente necessária. TRATAMENTO: O tratamento inicial é de suporte com reposição de ácido fólico, pela necessidade na hematopoiese, transfusões sanguíneas (principalmente no primeiro ano de vida) e transplante de células hematopoiéticas. Anemias hemolíticas hereditárias Esferocitose hereditária: a esferocitose hereditária é a anemia hemolítica mais comum em norte-europeus. Patógenos: é causada por defeitos nas proteínas envolvidas nas interações verticais entre o esqueleto e a bicamada lipídica da membrana dos eritrócitos. Aspectos clínicos: herança autossômica, apresentam-se em qualquer idade. Investigação e tratamento: citometria de fluxo, em casos difíceis é realizada a eletroforese das proteínas de membrana. Forma de tratamento é a esplenectomia. Elipotocitose hereditária: apresenta semelhança clinicas laboratoriais com a esferocitose hereditária, exceto pela morfologia dos eritrócitos na distensão sanguínea. ANEMIA FERROPRIVA: É uma anemia que resulta de longo período de balanço negativo entre a quantidade de ferro biologicamente disponível e a necessidade orgânica desse oligoelemento. FISIOPATOLOGIA - anemia ferropriva ou ferropênica é oriunda da deficiência de ferro com comprometimento dos estoques corpóreos de ferro. Nesse tipo de anemia, há prejuízo na síntese de hemoglobina e eritrócitos (hemácias), que por sua vez provoca disfunções nos processos metabólicos normais ligados à presença do ferro no sangue. RESUMO Deficiência de ferro, prejuízo na síntese de hemoglobina. Etiologia: carência nutricional, parasitoses intestinais, hemorragias agudas ou crônicas. Clínica: cefaleia, fadiga, sonolência, pele e mucosa pálidos, tonturas, cansaço perversão do apetite. Tratamento: reposição oral de ferro elementar, reposição parental de ferro elementar (apenas usada quando há impossibilidade de realização da via oral, porque ocorrem perdas sanguíneas e desordens no trato gastrointestinal. Adulto: dose diaria 200mg Crianças: dose de 3 a 6 mg de ferro por KG de peso. ANEMIA FALCIFORME A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária causada por anormalidade de hemoglobina dos glóbulos vermelhos. Eles perdem a forma de disco, ficando enrijecidos e deformados, tomando a forma de foice - daí vem o nome da doença. RESUMO Hereditária, autossômica recessiva Fisiopatologia: célula falciforme é menos solúvel, forma de bastonetes, infecção, carência nos tecidos, não circulam e obstruem artérias e veias. Tratamento: acompanhamento multidisciplinar, não tem cura Sintomas: crises de dor, icteria, síndrome mão-pé, infecções, sequestros de sangue no baço, ulcera na perna Diagnóstico: exames eletroforese de hemoglobina (tipo de anemia, análise familiar) teste de pezinho, teste de afoiçamento, teste de manha. Anemia megaloblástica A anemia megaloblástica é um tipo de anemia que acontece devido à diminuição da quantidade de vitamina B2 circulante, o que pode fazer com que exista uma diminuição da quantidade de hemácias e aumento do seu tamanho. RESUMO Carências de vitamina b12 e de folatos redução seletiva na síntese de DNA Clinica: Anemia, Queilite, Glossite, sangramento pouco comum, infecção pouco comum, alterações do SNC, apenas deficiência de B12. Laboratório: anemia macrocítica MEGALOBLASTOS na MO, Reticulócitos normal ou baixo, plaquetopenia moderada, neutropenia, neutrófilos polissegmentados. tratamento: carência de folato com a reposição de ácido fólico, correção da dieta, reposição vitamina B12 por via intramuscular com doses de 1000mcg por dia durante uma semana. HEMOGRAMA 1 - Hemoglobina: o valor da hemoglobina reflete a capacidade de transporte de oxigênio dos eritrócitos. 2- Hematócrito: é a porcentagem do volume total de sangue que é ocupado por eritrócitos sedimentados (centrifugados)3- Plaquetas: a contagem das plaquetas indica a capacidade do sangue coagular. 4 - Contagem de eritrócitos: um equipamento conta os eritrócitos conforme eles fluem através de um feixe de luz 5 - Contagem diferencial de leucócitos: a contagem diferencial de leucócitos estima as proporções relativas de cinco tipos de leucócitos em um fino esfregaço de sangue, corado com corantes biológicos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos) 6- Contagem total de leucócitos: a contagem total de leucócitos inclui todas os tipos de leucócitos, mas não distingue entre eles.
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