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MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, e com a Educação a Distância presente em todo estado do Espírito Santo, e com polos distribuídos por todo o país. Desde 1999 atua no mercado capixaba, destacando-se pela oferta de cursos de graduação, técnico, pós-graduação e extensão, com qualidade nas quatro áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sempre primando pela qualidade de seu ensino e pela formação de profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho. Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de Instituições de Ensino Superior que possuem conceito de excelência junto ao Ministério da Educação (MEC). Das 2109 instituições avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram notas 4 e 5, que são consideradas conceitos de excelência em ensino. Estes resultados acadêmicos colocam todas as unidades da Multivix entre as melhores do Estado do Espírito Santo e entre as 50 melhores do país. MISSÃO Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho, com elevado padrão de quali- dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança e modernidade, visando à satisfação dos clientes e colaboradores. VISÃO Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida nacionalmente como referência em qualidade educacional. R E I TO R GRUPO MULTIVIX R E I 2 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 3 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte) Rafael Junior dos Santos Figueiredo Salgado Marketing Digital e Novas Mídias / SALGADO, R. J. S. F. - Multivix, 2021 Catalogação: Biblioteca Central Multivix 2021 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. LISTA DE QUADROS UNIDADE 1 Cientistas envolvidos no desenvolvimento da internet 12 5 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 LISTA DE FIGURAS UNIDADE 1 Internet para fins educacionais e de pesquisa 13 World Wide Web (WWW) 14 Internet Explorer 15 Linha do tempo da internet 16 E-Commerce 17 Windows 18 Redes sem fio 21 Internet das coisas 22 Interatividade 24 UNIDADE 2 Marketing por e-mail 35 Tecnologias digitais 37 Decisão de investimento 38 Segmentação de público 41 Area global de abrangência 43 Análise de cenários 48 Portfólio de estratégias 49 Elaboração de uma análise de cenários e marketing digital 50 UNIDADE 3 Consumidor 1.0 56 Grandes atacadistas regionais 57 Consumidor 3.0 58 Consumidor 4.0 59 Consumidor 5.0 61 Prosumer 62 Relacionamento com o consumidor 63 6 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Cocriação 65 Consumidor participativo 67 Valor e preço 68 O papel do consumidor no processo de cocriação 71 Avaliação de produtos e serviços 74 UNIDADE 4 Marketing estratégico 81 Pesquisas na Web 83 Investimento 84 SEO 88 Tráfego pago em redes sociais 89 E-mail marketing 92 Landing pages 94 Produção de conteúdo 95 Inbound Marketing 98 E-Business 101 UNIDADE 5 Comércio eletrônico 104 Compras online 107 Loja online 110 Lojas online para PMEs 113 Identificação do consumidor 115 Mobile marketing 116 Dispositivos móveis no e-commerce 119 Marketing por meio de dispositivos móveis 120 Publicidade on-line 125 UNIDADE 6 Banners 127 Segmentação e interação com usuários 130 7 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Live marketing e aplicativos 133 QR Code 134 Localização do consumidor 136 Accountability marketing 140 Ferramentas de monitoramento digital 142 Social midia 145 8 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 1UNIDADE 2UNIDADE 3UNIDADE 4UNIDADE 5UNIDADE SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 12 1 O MARKETING E A INTERNET 15 1.1 INTRODUÇÃO 15 1.2 COMO SURGIU A INTERNET? 15 1.3 A INTERNET, SUAS TRANSFORMAÇÕES E A SOCIEDADE 21 1.4 A INTERATIVIDADE E SUA IMPORTÂNCIA 27 2 MARKETING DIGITAL 35 2.1 INTRODUÇÃO 35 2.2 O QUE DIFERENCIA O MARKETING TRADICIONAL DO MARKETING DIGITAL 40 2.3 A ANÁLISE DE CENÁRIOS NO MARKETING DIGITAL 48 3 NOVO CONSUMIDOR 58 INTRODUÇÃO 58 3.1 A EVOLUÇÃO DO CONSUMIDOR 58 3.2 O CONSUMIDOR ATUAL E O PROSUMER 65 3.3 COCRIAÇÃO 67 4 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL 83 INTRODUÇÃO 83 4.1 O QUE É ESTRATÉGIA? 83 4.2 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL 89 4.3 DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS DE MARKETING 94 5 E-BUSINESS 105 INTRODUÇÃO 105 5.1 E-BUSINESS E NOVOS MODELOS DE NEGÓCIO BASEADOS NA VIRTUALIDADE 106 5.2 A POTENCIALIDADE DE NEGÓCIO DO AMBIENTE VIRTUAL 115 5.3 MOBILE MARKETING 120 9 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 6UNIDADE 6 NOVAS MÍDIAS E ESTRATÉGIAS PROMOCIONAIS 128 INTRODUÇÃO 128 6.1 PUBLICIDADE ON-LINE 128 6.2 TECNOLOGIA E PROMOÇÃO 134 6.3 MARKETING DE PROXIMIDADE 139 6.4 A POSSIBILIDADE E NECESSIDADE DE ACCOUNTABILITY MARKETING 141 6.5 FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO DIGITAL 144 6.6 O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DO SOCIAL MEDIA 147 10 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 ATENÇÃO PARA SABER SAIBA MAIS ONDE PESQUISAR DICAS LEITURA COMPLEMENTAR GLOSSÁRIO ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM CURIOSIDADES QUESTÕES ÁUDIOSMÍDIAS INTEGRADAS ANOTAÇÕES EXEMPLOS CITAÇÕES DOWNLOADS ICONOGRAFIA 11 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina “Marketing Digital e Novas Mídias” tem o objetivo qualificar os estudantes para o planejamento de marketing digital, para o uso da internet como estratégia de marketing e para as novas mídias do marketing digital. Inicialmente, o estudante compreenderá como se deu a evolução da internet e como as mudanças provocadas impactaram a forma como interagimos e nos comunicamos. Em virtude dessas mudanças, é necessário que o estudante entenda quais são as principais diferenças entre o marketing tradicional e o marketing di- gital, este último alicerçado na comunicação via internet e nas possibilidades advindas de avanços tecnológicos e digitais. Também abordaremos os tipos de clientes e seus mercados, bem como os processos de compras envolvidos. Por fim, os estudantes aprenderão como identificar e desenvolver estratégias de marketing digital. Dado o contexto altamente inovador e dinâmico provocado pelo surgimento da internet, é importante que o estudante entenda os conceitos fundamen- tais em marketing digital e quais são as novas mídias criadas e amplamen- te utilizadas atualmente. Ele também deverá entender o papel da inovação tecnológica no marketing e suas aplicações. Esses conhecimentos auxiliam o planejamento de marketing e a elaboração de estratégias focadas no cenário de comunicação por meio da internet e das novas mídias. OBJETIVOS DA UNIDADE Esta disciplina busca qualificar os estudantes para o planejamento de ma- rketing digital, para o uso da internet como estratégia de marketing e para as novas mídias do marketing digital. UNIDADE 1 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 12 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS > Descrever o surgimento da internet > Identificar como a internet mudou a sociedade > Explicaro conceito de interatividade 13 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS 1 O MARKETING E A INTERNET 1.1 INTRODUÇÃO Nenhuma das facilidades de que dispomos atualmente, tais como fazer com- pras, realizar operações bancárias, ter acesso a notícias, pesquisar diferentes assuntos, participar de jogos interativos e fóruns de discussões, entre outros podem ser feitas por meio do computador sem sair de casa ou do trabalho, seria possível sem o surgimento e desenvolvimento da internet (TURCHI, 2018). Por isso, nesta unidade, vamos estudar a evolução da internet e os prin- cipais avanços permitidos a partir dela, apresentando os principais cientistas responsáveis pela invenção, e os principais protocolos e ferramentas criados para a evolução da internet. Analisaremos como a internet tem provocado transformações nas socieda- des, mudando a forma como consumimos, negociamos e nos comunicamos. Estudaremos as principais tendências de crescimento dos mercados relacio- nados direta e indiretamente à internet, como o acesso sem fio universal e a difusão de dispositivos que se integram e se conectam por meio da internet. Por fim, abordaremos o conceito de interatividade na sociologia e nas ciên- cias da comunicação e de mídia interativa. Desse modo, esta unidade tem a intenção de proporcionar reflexões sobre a influência e sobre a importância da internet na interação e na comunicação. Seu conteúdo está organizado em três tópicos: “Como surgiu a internet?”; “A internet, suas transformações e a sociedade” e “A interatividade e sua impor- tância”. 1.2 COMO SURGIU A INTERNET? A internet foi o resultado do pensamento visionário de cientistas que, no início dos anos 1960, viram grande potencial em permitir que computadores com- partilhassem informações sobre pesquisa e desenvolvimento em diferentes campos acadêmicos e militares (RÉVILLION et al., 2020). O pontapé inicial foi dado por três cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT): 14 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CIENTISTAS ENVOLVIDOS NO DESENVOLVIMENTO DA INTERNET Cientista Descrição Joseph Carl Robnett Licklider Propôs pela primeira vez uma rede global de computadores em 1962. Leonard Kleinrock Formaria as bases das conexões que tornariam a internet possível. Lawrence Roberts Primeiro a conectar um computador de Massachusetts a outro da Califórnia, em 1965, por meio de linhas telefônicas discadas, usando a tecnologia de comutação de pacotes. Fonte: Adaptado de Hafner e Lyon (1996). #PraCegoVer: Na imagem, temos uma tabela com quatro linhas e duas colunas. Na primeira linha, primeira coluna, a palavra “Cientista”; na primeira linha, segunda coluna, “descrição”; na segunda linha, primeira coluna, “Joseph Carl Robnett Licklider”; na segunda linha, segunda coluna, “Propôs pela primeira vez uma rede global de computadores em 1962”; na terceira linha, primeira coluna, “Leonard Kleinrock”; na terceira linha, segunda coluna, “Formaria as bases das conexões que tornariam a internet possível”; na quarta linha, primeira coluna, “Lawrence Roberts”; e na quarta linha, segunda coluna, “Primeiro a conectar um computador de Massachusetts a outro da Califórnia, em 1965, por meio de linhas telefônicas discadas, usando a tecnologia de comutação de pacotes”. 1.2.1 UMA REDE RUDIMENTAR A rede rudimentar, criada por Lawrence Roberts, então conhecida como Ar- panet, foi disponibilizada on-line em 1969, que inicialmente conectava quatro grandes computadores em universidades do sudoeste dos Estados Unidos. A internet foi projetada para fornecer uma rede de comunicações que fun- cionaria mesmo se alguns dos principais locais de armazenamento de dados estivessem inoperantes (HAFNER; LYON, 1996). Essa “internet primitiva” era usada essencialmente por especialistas em com- putação, engenheiros, cientistas e bibliotecários, pois deveriam operar um sis- tema muito complexo. Não havia ainda uma interface amigável aos usuários e não havia computadores pessoais em domicílios ou escritórios (RÉVILLION et al., 2020). 15 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS INTERNET PARA FINS EDUCACIONAIS E DE PESQUISA Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, um notebook vermelho aberto. Uma pilha de livros voa para dentro da tela do equipamento, remetendo à ideia original por trás da criação da internet. Neste contexto, o e-mail foi adaptado para Arpanet por Ray Tomlinson, em 1972. Foi ele quem escolheu o símbolo “@” dentre outros disponíveis no tecla- do para vincular o nome de um usuário a determinado endereço. O protocolo Telnet, que permitiu o login em computadores remotos, foi publicado pela primeira vez em 1972. Esse protocolo permitia o compartilhamento de traba- lho em desenvolvimento com toda a comunidade científica que compunha o grupo. Depois disso, foi inventado o File Transfer Protocol (FTP), que possi- bilitou a transferência de arquivos mais complexos entre diferentes locais da rede. A internet amadureceu de fato a partir dos anos 1970, como resultado da arquitetura TCP/IP, que era mais arrojada e simples de usar do que as an- teriores (LEINER et al., 2009). 1.2.2 EVOLUÇÃO Quando o número de sites na internet ainda era bem pequeno, era fácil acompanhar os recursos disponíveis. No entanto, à medida que mais univer- 16 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 sidades e organizações – e suas bibliotecas – se conectavam, a internet se tornava cada vez mais difícil de rastrear. Havia, assim, cada vez mais necessi- dade de ferramentas para agregar e compartimentar os recursos disponíveis. A inovação necessária para isso ocorreu em 1989, quando Tim Berners-Lee e sua equipe propuseram um novo protocolo para distribuição de informações. Esse protocolo era o que você conhece hoje como a World Wide Web (WWW) e foi lançado em 1991. A WWW é baseada em hipertexto, isto é, um sistema de incorporação de links em textos que podem ser vinculados a outros textos. Contudo, foi apenas com o surgimento dos primeiros navegadores que a in- ternet se tornou realmente popular (MARQUES, 2018). WORLD WIDE WEB (WWW) Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, o ponteiro de um mouse sobre a barra de endereço de um navegador, onde se vê escrito http:/www. Essa barra de endereço, ao fundo, mostra um céu com nuvens. Em 1993, Marc Andreessen idealizou a Netscape Corp., que produziu o primei- ro navegador gráfico amigável aos usuários. O navegador da Netscape teve um sucesso considerável e dominou o incipiente mercado da internet até a entrada da Microsoft, com o desenvolvimento do Internet Explorer (RYAN 2010 apud RÉVILLION et al., 2020). 17 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS INTERNET EXPLORER Fonte: Flaticon (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, o símbolo do Internet Explorer: um e com um círculo a sua volta. Com a gradual derrocada do Netscape, o Internet Explorer passou a ser o na- vegador hegemônico para o uso da internet até aproximadamente 2005. Isso ocorreu por conta da popularidade do Windows (sistema operacional da Mi- crosoft). Esse sucesso deriva do fato de que o navegador já vinha embutido na plataforma do sistema operacional e era, em alguns casos, acionado automa- ticamente quando o Windows se iniciava. Internet e WWW são coisas diferentes: Internet permite vários tipos de comunicação (e-mail, FTP, WWW e outros), enquanto a WWW está associada à nossa navegação em websites e nos seus derivados (MARQUES, 2018). Na Figura abaixo, você pode ver uma síntese da história inicial da internet.Atualmente acessam a rede cerca de 3,75 bilhões de pessoas, corresponden- do a cerca de 50% da população mundial. Entre essas pessoas, mais de 2,7 bilhões têm perfil em redes sociais e serviços de mensagens, 4,9 bilhões são 18 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 usuários de celulares e 2,5 bilhões acessam as redes sociais por meio móvel (TURCHI, 2018). LINHA DO TEMPO DA INTERNET Fonte: Adaptada de Turchi (2018). #PraCegoVer: Na ilustração, seis colunas apresentam as fases de desenvolvimento da internet. Na primeira coluna as seguintes informações: 1960 – Pesquisas militares na Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética compreendiam a necessidade de troca de informações (comunicação) segura e rápida. Na segunda coluna as seguintes informações: 1962 – Já se falava em uma rede de computadores interligados. Na terceira coluna as seguintes informações: 1969 – Ocorrer a primeira transmissão de e-mail da história. Na quarta coluna as seguintes informações: 1970 – Diminui a tensão entre as duas potências: União Soviética e Estados Unidos. Nisso, o governo americano permite os estudos da internet em universidades e a continuidade das pesquisas. Na quinta coluna as seguintes informações: 1976 – 12 computadores e 75 dispositivos terminais foram juntados e formaram uma rede. Na sexta e ultima coluna as seguintes informações: 1988 – No Brasil, surgem as primeiras universidades ligando o País aos Estados Unidos. 19 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS 1.3 A INTERNET, SUAS TRANSFORMAÇÕES E A SOCIEDADE Como em seu início a internet foi financiada pelo governo dos Estados Uni- dos, ela se limitou originalmente à pesquisa, à educação e aos usos do próprio governo. O uso comercial teve início nos anos 1990, quando as redes comer- ciais independentes começaram a crescer possibilitando rotear o tráfego em todo o país de um site comercial para outro sem passar pela estrutura da in- ternet financiada pelo governo (RÉVILLION et al., 2020). E-COMMERCE Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, o símbolo abstrato do e-commerce (comércio eletrônico): um e em preto com um globo terrestre em seu centro. Na linha central do e está escrito a palavra e-commerce. O ponteiro de um mouse “clica” o globo terrestre. 1.3.1 INTERNET COMERCIAL E COMÉRCIO ON- LINE A primeira empresa a oferecer um serviço nacional on-line de acesso à inter- net para assinantes por determinado preço foi a empresa Delphi. Ela abriu os primeiros serviços de conexão por e-mail em julho de 1992, e seu serviço com- 20 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 pleto de acesso à internet foi iniciado efetivamente em novembro de 1992. Todas as restrições para o uso comercial foram abolidas, por sua vez, em maio de 1995, e todo o tráfego passou a depender das redes comerciais. Nesse mo- mento, surgiram também outras empresas que passaram a oferecer serviços relacionados à internet, como a AOL, a Prodigy e a CompuServe (RYAN, 2010). A entrada da Microsoft no mercado de navegadores, servidores e provedo- res de serviços de internet foi determinante para conferir uma escala mun- dial à mudança para o modelo de internet que você conhece hoje. Em junho de 1998, o lançamento do Windows 98 – com o navegador Internet Explorer, também pertencente à Microsoft, integrado à área de trabalho – permitiu que a empresa capitalizasse e contribuísse para o crescimento exponencial da in- ternet a partir daquele ano (ASPRAY; CERUZZI, 2008). WINDOWS Fonte: Flaticon (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, o símbolo do sistema operacional Windows em preto. O símbolo representa uma janela quadriculada. A difusão da internet a partir desse período também possibilitou o surgimen- to do comércio on-line. O e-commerce transformou profundamente o modo como as organizações comercializavam seus produtos e serviços. As vendas desse tipo cresceram rapidamente para produtos como: 21 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Livros: as vendas de livros aumentaram rapidamente com a Internet. Graças à internet, hoje temos acesso a um catálogo enorme de livros, que podem ser impressos ou digitais. #PraCegoVer Na ilustração, no fundo vários livros empilhados de diferentes tamanhos. Em primeiro plano, um leitor digital de livros. CDs de músicas: Segundo Marques (2018), os CD e o CD-RW representaram um salto muito grande em armazenamento. #PraCegoVer Na ilustração, um disco de CD é inserido na unidade de leitor de CDs de um notebook branco. Computadores: os primeiros computadores pessoais possuíam disquetes para guardar documentos. #PraCegoVer Na ilustração, um bebê usando fralda com cara de surpresa está com as mãos em um notebook, indicando que o está usando. Contudo, as margens de lucro eram inicialmente reduzidas, pois as compara- ções de preços ainda não eram tão fáceis e a confiança do público na seguran- ça on-line ainda era um problema. Os modelos de negócios que funcionaram melhor nesse período foram os sites em formato de portais, que passaram a 22 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 ofertar troca e comércio de produtos entre usuários, além de leilões ao vivo (ASPRAY; CERUZZI, 2008). Para Turchi (2018), o mais impactado pelo crescimento contínuo e veloz da internet é o mundo corporativo. Isso decorre porque o ambiente virtual pos- sibilitou o surgimento de novos meios de promoção, venda de mercadorias (para pessoas e empresas, serviços e objetos) dos mais diferentes tipos e se- guimentos. Além disso, todo esse ambiente corporativo também foi forçado a rever suas metodologias de marketing e os modelos até então utilizado para interagir com sua clientela e parceiros comerciais, regionais, nacionais e inter- nacionais. A principal consequência é que, atualmente, não é possível virar as costas para todo o mundo digital e as possibilidades que oferece de acessibi- lidade, as quais, atualmente, não estão limitadas apenas ao acesso com um computador pessoal: expande-se para todo um conceito de ubiquidade, na qual diferentes dispositivos, como tablets, modelos de laptops, iPads e outros aparelhos móveis, chegando a eletrodomésticos, como smartTv´s. 1.3.2 DOS MODEMS DE 56 K AO WI-FI Uma das tendências atuais, com grandes implicações para o futuro (até mes- mo o futuro geopolítico mundial), é a evolução exponencial das conexões de altíssima velocidade, com maior estabilidade e capacidade de transmissão de dados. Os modems de 56 K e os provedores que os apoiaram se difundiram rapidamente, porém essa tecnologia se tornou obsoleta e entrou em desuso depois de um período razoavelmente curto. O 56 K não era rápido o suficiente para transportar multimídia, como som e vídeo, mesmo em qualidades re- duzidas. Com isso, as novas tecnologias mais rápidas, como as linhas digitais (DSL), se tornaram predominantes e são parte da base das conexões mais ve- lozes que ainda podem ser empregadas atualmente (COELHO, 2016). Além disso, as redes sem fio se desenvolveram e evoluíram nos últimos anos. As pessoas puderam, por exemplo, por meio das conexões wi-fi, se conectar enquanto estavam fora de casa ou dos escritórios. Atualmente, isso pode pa- recer corriqueiro, porém representou uma profunda transformação não ape- nas na estrutura de uso da própria internet, mas também na forma como as pessoas passaram a se relacionar por meio dela (RÉVILLION et al., 2020). 23 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS REDES SEM FIO Fonte: PlataformaDeduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, no fundo o globo terrestre. Na frente, um notebook com um cifrão em sua tela. Na parte superior direita do notebook há o símbolo do Wi-Fi. 1.3.3 TENDÊNCIAS Uma das principais áreas de crescimento dos mercados relacionados direta e indiretamente à internet é o acesso sem fio universal. Nas economias desen- volvidas, o foco é a criação de estruturas que possibilitem que praticamente todos os lugares possuam algum acesso à rede. Dessa forma, passou a crescer também o acesso wi-fi patrocinado por governos municipais, por exemplo. As tecnologias de maior velocidade oferecem também faixas mais amplas do que o wi-fi comum, como os modelos EV-DO, 4G, 5G (ainda em desenvolvi- mento) e o LTE. A competição tecnológica, econômica e política tem inclusive criado tensões diplomáticas e comerciais entre os países que disputam essa hegemonia (RÉVILLION et al., 2020). Outra tendência que está afetando rapidamente as sociedades é a difusão de dispositivos dos mais variados tipos que se integram e se conectam por meio da internet. Tablets, smartphones, e-books, videogames, relógios de pulso, dispositivos GPS, termostatos e até lâmpadas agora são capazes de acessar a Web (COELHO, 2016). A integração e a troca de dados entre esses diferen- 24 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 tes dispositivos geraram o fenômeno chamado de “internet das coisas”. Nela, por meio das conexões mais rápidas e estáveis possíveis atualmente, os dis- positivos trocam informações em tempo real. Agora, a maioria das televisões modernas está conectada às redes, e os dispositivos de streaming já saem integrados à estrutura das TVs, por exemplo. Essa mesma realidade vale para geladeiras, automóveis, portas de garagem, aparelhos de exercício, fornos, câ- meras, etc. (COELHO, 2016). INTERNET DAS COISAS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, quatro dispositivos que acessam a internet. Eles estão dispostos da seguinte maneira: ao topo, uma tela de computador; abaixo, um notebook; ao lado, um tablet e, ao lado do tablet um smartphone. Por fim, na contemporaneidade, à medida que a internet se tornou pratica- mente onipresente, mais rápida e cada vez mais acessível, as redes sociais e os serviços colaborativos e de compartilhamento cresceram rapidamente. Isso permite que as pessoas se comuniquem e compartilhem interesses das mais diferentes maneiras. Estruturas como Facebook, Twitter, LinkedIn, YouTube, Flickr, Instagram e wikis têm alterado profundamente a forma como as pes- soas e organizações se relacionam, modificando cada vez mais rápido a di- nâmica socioeconômica do mundo (RÉVILLION et al., 2020). Segundo Turchi 25 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS (2018), no Brasil, a maioria dos jovens entre 18 e 25 anos usa constantemente o Facebook (91%), o Youtube (48%), o Instagram (15%) e o Twitter (13%); Hafner e Lyon (1996) argumentam que não há um consenso entre os pesquisadores sobre o ano exato do surgimento das redes sociais. No entanto, é possível afirmar que essas ferramentas sociais, com as características atuais, começaram a aparecer nos anos 1990. No entanto, a primeira semente do que poderia ser considerada uma rede social foi plantada há várias décadas: em 1971, o primeiro envio de um e-mail foi feito por meio de dois computadores que estavam lado a lado. 1.4 A INTERATIVIDADE E SUA IMPORTÂNCIA Quando se consideram as origens do termo “interatividade”, duas áreas de conhecimento são fundamentais: a sociologia e as ciências da computação. A sociologia começou a se preocupar com as questões relativas à interatividade ainda no século XIX. Já as ciências da comunicação passaram a lidar com o termo no final dos anos 1980, quando as novas tecnologias computacionais se tornaram relevantes na distribuição e na concepção dos conteúdos de mídia de massa. 26 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 INTERATIVIDADE Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, mãos humanam e robótica desenhadas prestes a se tocar, representando a interação entre seres humanos e máquinas. 1.4.1 A INTERATIVIDADE NA SOCIOLOGIA A origem do termo “interatividade” está intimamente relacionada ao termo “interação”, que desempenha um papel central no contexto da teoria da ação sociológica. A palavra “interação” diz respeito a ações humanas ligadas entre si e dotadas de significado para quem participa delas. Isto é, o aspecto central da interação é a orientação e a percepção mútuas daqueles que participam dela. Segundo o interacionismo simbólico, por exemplo, que lida explicita- mente com a comunicação interpessoal, as pessoas se comunicam com base em símbolos e significados que emergem no processo de comunicação e estão sujeitos a mudanças sociais e históricas (QUIRING; SCHWEIGER, 2008). No vídeo disponível no link a seguir, veja como a interatividade é entendida no âmbito do senso comum. O vídeo mostra os principais canais utilizados pelas pessoas para se comunicar e interagir com outras pessoas. Além disso, aborda como as pessoas têm utilizado as redes sociais atualmente. Clique aqui. Originalmente, a noção de interação se aplicava à comunicação face a face, que pode ser de natureza verbal ou não verbal. Assim, a interação ocorre nas chamadas “sequências de reação”: sequências em que as ações de uma pes- https://qrgo.page.link/zWMVy 27 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS soa resultam em reações de outra pessoa. Como essas interações podem acontecer por meios tecnológicos (telefones ou computadores conectados por uma rede, por exemplo), a presença física deixou de ser critério essencial (QUIRING; SCHWEIGER, 2008). 1.4.2 A INTERATIVIDADE NA CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO As ciências da computação adotaram o termo com um sentido relacionado ao entendimento exposto. Nesse caso, ele passou a se referir ao uso de siste- mas de computadores por seres humanos. No âmbito da computação, a Interação Humano- Computador (ICH) examina a estrutura das interfaces orientadas aos usuários tendo como intuito melhorar e facilitar o diálogo entre homem e máquina. O principal objetivo da ICH é aprimorar as possibilidades de uso de hardware e software. O ponto inicial da ICH foi, na verdade, uma conquista técnica. Até a década de 1980, os computadores mainframe conectados às estações de trabalho dominavam o setor. Os usuários alimentavam esses computadores de gran- de porte com cálculos extensos, implementados por meio do processamento em lotes e com resultados que eram encaminhados para estações de traba- lho específicas. O processamento nessas instâncias não era fácil de usar, pois apenas os profissionais da informática eram efetivamente capazes de domi- ná-lo. Mais tarde, quando foram introduzidos computadores pessoais mais baratos e poderosos, os usuários comuns conseguiram acessar esse tipo de interação. Quando os computadores pessoais finalmente se tornaram uma realidade nas residências, a melhoria e a facilidade do diálogo homem-má- quina se tornaram centrais, porque os usuários possuíam e possuem, na sua maioria, habilidades técnicas limitadas (QUIRING, 2016). Como você pode notar, a sociologia e as ciências da computação usam o ter- mo “interação” em circunstâncias diferentes. Conforme aponta Quiring (2016): 28 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Sentido sociológico: a interação se refere à comunicação interpessoal, não importa se realizada pessoalmente ou por meios técnicos; Nas ciências da computação: usam o termo no contextoda comunicação com máquinas; Junção dos dois sentidos: a comunicação interpessoal via computador. Além disso, as ciências da comunicação, com foco nos meios de comunicação de massa, vinculam ambas as perspectivas. Inicialmente, o uso das mídias e a pesquisa sobre seus efeitos se concentraram no contato das pessoas com as mídias de massa, pensando nos destinatários como um “público ativo”. No entanto, como o suprimento e o conteúdo de mídia são sempre produzi- dos por comunicadores humanos que têm outros humanos como público, a perspectiva comunicacional considera implicitamente a comunicação entre indivíduos mais do que entre seres humanos e máquinas (QUIRING, 2016). O surgimento da Web foi fundamental para a popularização da internet. A internet já existia antes do WWW, mas se restringia a textos, códigos e usuários acadêmicos. Saiba mais sobre o surgimento da internet e como sua evolução contribuiu para sua disseminação no vídeo disponível no link a seguir. Clique aqui. 1.4.3 A MÍDIA INTERATIVA A mídia interativa atual considera que a interação pode ocorrer por meio de qualquer sistema eletrônico que permita ao usuário controlar, combinar e ma- nipular diferentes tipos de mídia, como textos, sons, vídeos, computação gráfica https://qrgo.page.link/9MDhg 29 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS e animações. A mídia interativa integra computador, armazenamento, dados digitais, telefones, televisões e outras tecnologias da informação. A mídia inte- rativa mudou profundamente o papel do usuário, que passou de observador a participante. Esse formato de mídia pode ser considerado o atual paradigma que as organizações devem levar em consideração ao pensar suas estratégias de marketing e de comunicação com seu público (QUIRING, 2016). Um exemplo de como a internet e as novas formas de interatividade muda- ram o mundo é o surgimento do que se chama hoje de “Indústria 4.0”. Ela se baseia na conexão ampla, total e praticamente irrestrita entre as diferentes tecnologias, com trocas e análises de grandes volumes de dados em tempo real. Coelho (2016) ressalta que o impacto da Indústria 4.0 transcende a mera digitalização, pois passa por uma forma muito mais complexa de inovação baseada na combinação de múltiplas tecnologias com a transmissão rápi- da de informações. Essa combinação mais complexa, por sua vez, exige que as organizações reflitam sobre a forma como gerenciam os seus negócios e processos, sobre a maneira como se posicionam na cadeia de valor e sobre o modo como articulam o desenvolvimento de novos produtos e os introdu- zem no mercado. Portanto, o ajuste das ações de marketing e de distribuição se torna imperativo. É preciso perceber também que as transformações pas- sam a ocorrer para todos os integrantes das cadeias de valor, tanto a nível das exigências dos clientes como dos parceiros de negócio. Nesse sentido, Coelho (2016) também sinaliza para quatro alterações principais que são esperadas na Indústria 4.0 em geral: mudanças nas expectativas dos clientes; produtos mais inteligentes e com melhor desempenho; novas formas de colaboração e parcerias; transformação do modelo operacional por meio da conver- são em modelos digitais. 30 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Segundo Ziegele (et al, 2018), há quatro diferenças básicas entre as interações tradicionais e aquelas que ocorrem por meio de mídias interativas on-line: 1 Feedback em tempo real: Ao usar os recursos de feedback das mídias on-line, os usuários não precisam mudar o dispositivo que estão utilizando. O feedback sobre aplicativos, por exemplo, costuma ser feito em tempo real. 2 Contato rápido, fácil e gratuito: Os serviços dependentes de computadores e de dispositivos móveis, como e-mails, redes sociais ou fóruns de discussão, permitem que o público entre em contato com os geradores de conteúdo de maneira rápida, fácil e frequentemente gratuita. 3 Resposta rápida e incorporação de opiniões: Os geradores de conteúdo também são capazes de responder ao feedback rapidamente e, quando acreditam ser pertinente, incorporar as opiniões dos usuários a seus produtos e serviços. Além disso, os dados relacionados ao uso dessas mídias, como visitas por dia ou visualizações de vídeos, podem ser coletados de forma rápida e gratuita. 4 Reduzido limite entre comunicadores e destinatários: Mesmo no setor das mídias de massa, os limites entre comunicadores e destinatários são cada vez menores. Afinal, na atualidade, os usuários podem agir simultaneamente como geradores de informação e conteúdo. Por exemplo, a enciclopédia on-line Wikipédia é um dos casos mais significativos na atualidade de conteúdos gerados pelos próprios usuários. 31 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS CONCLUSÃO Esta unidade apresentou uma reflexão sobre a evolução da internet e os prin- cipais avanços possibilitados a partir dela. Observamos que a internet, em seus primórdios, era usada exclusivamente para trocar informações nos cam- pos acadêmicos e militares. Entretanto, com a simplificação de uso e com o avanço da internet comercial e das possibilidades de negócios a partir do e- -commerce, houve uma expressiva expansão na sua utilização. No primeiro tópico da unidade, estudamos como se deu o surgimento da internet, do e-mail, do protocolo World Wide Web (WWW) e dos navegado- res. Também aprendemos sobre os principais marcos históricos na evolução da internet até chegar aos dias de hoje. Por fim, contextualizamos o acesso à internet em números. No segundo tópico, compreendemos como a internet permitiu o surgimento do comércio eletrônico e as mudanças provocadas a partir da abertura des- se novo canal para divulgação e comercialização de produtos e serviços para empresas. Também analisamos as principais tendências atuais, como as co- nexões de alta velocidade, as redes sem fio, a disseminação de dispositivos dos mais variados tipos que se integram e se conectam por meio da internet e o fenômeno das redes sociais e serviços colaborativos e de compartilhamento. No último tópico, aprendemos sobre a interatividade do ponto de vista so- ciológico e das ciências da computação e como a internet e as novas formas de interatividade mudaram o mundo. Notamos que os avanços na internet e nas tecnologias relacionadas a ela causou uma grande transformação na forma como interagimos e nos comunicamos. Estas mudanças também afe- taram as formas como consumimos e fazemos negócio. Compreender estas mudanças e os avanços permitidos a partir da internet e das novas mídias, permitirá aprimorar o planejamento e traçar estratégias em diferentes áreas, como a de marketing. UNIDADE 2 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 32 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS > Definir marketing digital > Identificar as diferenças entre marketing tradicional e marketing digital > Desenvolver análise de cenários para marketing digital 33 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS 2 MARKETING DIGITAL 2.1 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas, o paradigma digital substituiu o analógico, centrado em tecnologias tradicionais. A internet passou a ter uma importância central, e a conectividade passou a ser a tendência que unifica os mais diversos ei- xos de sociabilidade. Com a difusão e a popularidade da internet, um núme- ro crescente de pessoas está consumindo e socializando on-line. Isso torna o marketing digital a melhor maneira de uma organização alcançar os seus clientes-alvo (RÉVILLION et al., 2020). Nesta unidade,você vai verificar a importância do marketing digital e conhe- cer as suas peculiaridades. Primeiro, você vai ver a definição de marketing digital. Depois, vai ver como essa modalidade se diferencia do marketing tra- dicional. Por fim, vai verificar como desenvolver análises de cenário voltadas para o marketing digital. Assim, poderá desenvolver uma visão ampla do ma- rketing na atualidade, e como há todo um meio social ao qual ele se adéqua. 2.1.1 O QUE É MARKETING DIGITAL? O crescimento do marketing nas plataformas digitais já não é mais uma ten- dência, pois já passou a fazer parte da estratégia da grande maioria das em- presas. Segundo Turchi (2018), as motivações para ingressar no universo virtu- al são inúmeras. Em primeiro lugar, pela constatação de que mais da metade da população brasileira (cerca de 139 milhões de pessoas) está presente na web e, em comparação com o restante do mundo, representa uma das na- ções de internautas que mais tempo se dedica a navegar na rede. Além disso, há mais de 243 milhões de linhas ativas na telefonia móvel usadas por todas as classes sociais e grande parte deles com acesso à web, permitindo conexão em qualquer lugar e hora, trazendo a verdadeira inclusão digital. São pessoas se relacionado, produzindo e disseminando conteúdo, usando diversos en- tretenimentos on-line ou buscando informações e promoções pela Internet. Conforme você pode perceber, as possibilidades para o marketing digital são promissoras. Então vamos conhecer um pouco mais sobre esse tipo de ma- rketing e o que o diferencia do marketing tradicional? 34 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 2.1.2 CARACTERÍSTICAS DO MARKETING DIGITAL Com o passar dos anos, a forma mais usada pelas empresas para alcançar os clientes foi o marketing feito por meio de mídias físicas (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2010). No entanto, a evolução e a popularidade da tecnologia da informação aumentaram substantivamente a importância das atividades di- gitais. Cabe observar que o conceito de marketing digital está relacionado à comercialização de produtos ou serviços por meio de canais digitais, o que, atualmente, significa o uso da internet. Porém, não está limitado a isso, incluindo o envio de SMS´s, embora seja prática em declínio. O marketing digital envolve analisar o mercado e detectar o gosto dos consumidores, de modo a levar uma instituição á gerar e entregar o que aqueles querem, gerando o capital para a sua sobrevivência. Outra característica do marketing digital é o incentivo que ele promove ao uso de novos canais de comunicação, os quais, por sua vez, podem estabe- lecer um ciclo virtuoso entre o consumidor e determinada marca. Conforme assevera Turchi (2018), a cada nova mídia renovam-se o acesso às informa- ções, os modelos de negócio, o conteúdo e os formatos. Nessa perspectiva, os comentários e opiniões dos usuários criam uma relação de confiança e trans- parência entre o consumidor e a empresa. Hoje é impensável uma estratégia que não leve em conta a mudança de atitude dos consumidores, que passa- ram a ter mais poder e influência, devido, principalmente, à sua participação nas mídias sociais. Por isso, os comentários dos consumidores têm valor pois oferecem um atestado da qualidade e da confiabilidade da empresa. Portan- to, essa interação positiva tem muito potencial para agregar valor aos produ- tos e serviços (KINGSNORTH, 2019). Com o advento do imperativo das preferências dos clientes, passam a predo- minar as necessidades relativas à interação entre consumidores e empresas. Logo, os desafios para o marketing digital se configuram como esforços mais 35 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS complexos, multidisciplinares e multidepartamentais. As empresas precisam se envolver com seus clientes de maneira integrada por meio das mídias digi- tais. Além disso, devem reunir essas interações em torno de uma única visão abrangente e holística sobre a clientela e suas necessidades (KOTLER; KARTA- JAYA; SETIAWAN, 2016). 2.1.3 PLATAFORMAS PARA O MARKETING DIGITAL Existem diferentes tipos de plataformas disponíveis para o marketing digital. Entre as plataformas básicas que a maioria dos profissionais de marketing pode usar está, por exemplo, o Google AdWords. O AdWords é uma ferra- menta oferecida para ajudar as empresas a comercializar seus produtos ou serviços no mecanismo de pesquisa do Google e nos seus sites associados. Ao identificar palavras-chave relevantes, o Google consegue mostrar com que frequência os usuários as pesquisam, ajudando a identificar palavras úteis que podem ser integradas ao conteúdo de sites e perfis das empresas. Outra ferramenta interessante é o Google Analytics, que mostra, por exemplo, a per- centagem de visitar originadas por dispositivos móveis, para ter uma percep- ção do tipo de público que visita a sua página web (MARQUES, 2018). Por essa perspectiva, o que conhecemos como marketing digital vem a favo- recer o surgimento de respostas on-line, on-time e fulltime para as demandas dos clientes. Isso decorre de um processo avaliativo por meio de plataformas digitais, pois esse processo tende a consumir tempo e recursos que poderiam ser investidos em outras atividades igualmente relevantes. E, também, há a possibilidade de diversos modelos de plataformas, o que gera formatos ade- quados a vários dispositivos e canais, todos com potencial para auxiliar uma empresa a aproveitar as melhores oportunidades. Na contemporaneidade, há uma ampla oferta de soluções para a entrega de anúncios, estando as redes sociais entre as mais populares. Ambientes de sociabilidade como Facebook, Twitter, Instagram e LinkedIn se tornaram os alvos preferenciais para as em- 36 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 presas que desejam ampliar sua abrangência (CHARLESWORTH, 2018). 2.1.4 TÁTICAS DE MARKETING DIGITAL Segundo Charlesworth (2018), as táticas de marketing digital podem ser divi- didas em dois tipos: Outbound (de saída): Uso de anúncios, fazer chamadas ou enviar e-mails com o objetivo de alcançar clientes em potencial. Pode ser feito o uso de propagandas anexas em linhas editoriais para distribuir mensagens, isto é, criar uma situação na qual a publicidade é incorporada diretamente ao conteúdo editorial. Inbound (de entrada): Nesses casos, as empresas utilizam conteúdos digitais em e-books, webinars ou boletins eletrônicos para incentivar que seus consumidores cliquem em links e aprendam mais sobre elas e seus serviços. Embora o marketing outbound possa potencialmente atingir um público mais amplo, também corre o risco de afastar os consumidores mais desin- teressados. O marketing inbound é projetado, por seu turno, para alcançar clientes em potencial por meio da segmentação do público-alvo, mas, por sua natureza, pode atingir um segmento muito mais restrito (CHARLESWORTH, 2018). Além disso, o marketing inbound também pode ser uma ferramenta importante na retenção contínua de clientes já existentes, criando comunica- ções mais regulares com eles. Isso permite que as empresas se envolvam com esses consumidores e ofereçam conteúdo educacional e informativo, além de promoções de produtos. Dessa forma, por exemplo, as seguradoras podem 37 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS educar os compradores sobre a experiência de possuir casas e concomitan- temente tentar vender várias modalidades de seguros (KINGSNORTH, 2019). MARKETING POR E-MAIL Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, aparece um notebook e, a sua volta, na parte superior, várias imagens de cartas envoltas em diferentes cores representandoe-mails. Na tela do notebook, apare a imagem do planeta terra ao lado de uma carta aberta com o símbolo @ dentro, além dos termos “EDM” e “EPS10”. Em suma, o marketing digital tornou-se mais complexo não apenas por con- ta dos novos canais de comunicação que surgiram, mas também devido à análise necessária para entender os clientes e as suas preferências. Atualmen- te, as empresas usam uma variedade de ferramentas para entender compor- 38 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 tamentos e preferências. As organizações se veem diante do imperativo de utilizar cada vez mais recursos para entender seus clientes. 2.2 O QUE DIFERENCIA O MARKETING TRADICIONAL DO MARKETING DIGITAL Trazemos, agora, uma discussão muito atual, a qual envolve as transforma- ções no campo do marketing. 2.2.1 DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE MARKETING TRADICIONAL E MARKETING DIGITAL O que pode ser chamado de marketing tradicional refere-se ao que já conce- bemos como técnicas para a promoção de serviços e bens, de forma a chamar a atenção dos clientes, reais e em potencial. Agrega uma visão do público-alvo que é visado por meio de métodos promocionais e divulgação não digital. Dos métodos mais conhecidos temos revistas, jornais, televisores, rádio, en- vio de mensagens por cartão-postal e catálogos (a “mala direta”), sistema de telemarketing (variando por telefone, SMS, etc.), outdoors e outros (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2016). Por sua vez, o marketing digital emprega estratégias que dependem princi- palmente do uso de tecnologias como as redes sociais, enquanto o marketing tradicional depende da capacidade dos clientes de tocar ou interagir com os produtos e serviços para experimentá-los efetivamente. E, embora o termo “tecnologia” possa ter uma conotação genérica, aqui referimo-nos às tecno- logias digitais, as quais são utilizadas para se atingir os diferentes tipos de públicos. Desse uso surgem ferramentas como site, marketing pela utilização de buscadores da internet, também chamado Search Engine Optimization (SEO), o gerenciamento e a criação de conteúdos para mídias sociais, ma- rketing em mídias sociais, marketing por e-mail, assim como a necessidade 39 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS de tornar um conteúdo viral quando for possível. Por fim, é imperativo não negligenciar a entrega com qualidade dos produtos ou serviços (RÉVILLION et al., 2020). TECNOLOGIAS DIGITAIS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, aparecem imagens representando tecnologias digitais: Ao centro aparece a imagem de uma loja com uma placa em cima escrito marketing digital. Ao redor, em forma de círculo, aparecem imagens representando tecnologias sociais. Ao lado esquerdo da loja, os seguintes símbolos e palavras: “Video viral” (símbolo do Play), “Roi” (gráfico), “Seo” (lupa sobre uma barra de endereços) e “E-mail” (carta voando); ao lado direito da loja, “Promoção online” (megafone), “Website” (página da internet), “Blog” (folha A-4), “Mídia social” (mão fazendo um joia). O marketing digital traz consigo elementos que, em alguma medida, já se apresentavam no marketing tradicional. É o caso do posicionamento de uma marca por meio do branding, da elaboração de conteúdos mais específicos (content marketing) ou mesmo da necessidade de fazer determinadas pro- pagandas (advertising). Entretanto, o que diferencia o marketing digital do tradicional é a integração de seus elementos com plataformas tecnológicas atreladas à internet, que são integradas por meio dela. 40 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Existem diferenças centrais que permitem distinguir as modalidades tradicionais e digitais de marketing. Assista ao vídeo “Marketing digital x Marketing tradicional, o que funciona”, para observar situações nas quais os conceitos são aplicados, clique aqui. 2.2.2 EM QUAL ÁREA INVESTIR? A principal questão que emerge para as empresas é em que área investir: no marketing tradicional ou no marketing digital? DECISÃO DE INVESTIMENTO Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, uma mulher segura uma lupa com a mão. Ela analisa um gráfico de linhas que apresenta linhas que não estão retas, pois elas apresentam pontos que sobem e descem, como se representassem a oscilação do mercado. Dado o avanço da tecnologia, o marketing digital pode ajudar uma empresa a gerar retornos mais efetivos sobre seus investimentos. Além disso, o marke- https://qrgo.page.link/ii8K5 41 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS ting digital, como você vai ver, também oferece riscos razoavelmente meno- res em comparação ao marketing tradicional. Confira a seguir algumas dife- renças práticas entre essas duas modalidades (CHAFFEY; ELLIS-CHADWICK, 2019). • Custo: jornais, televisão e outros anúncios de mídia física tendem a demandar maior investimento. Comparativamente, a publicidade pela internet costuma requerer um investimento menor. • Taxa de conversão: o marketing digital tem potencial para produzir resultados rápidos. Com o marketing on-line, é possível visualizar o número de visitantes de uma página ou campanha, assim como suas taxas de aprovação e rejeição. • Reconhecimento da marca: por oferecer a possibilidade de maior projeção com um investimento menor, o marketing digital permite que determinada marca amplie sua projeção e expanda seu reconhecimento entre seus consumidores. • Maior exposição: as formas tradicionais de marketing, como a publicidade na televisão ou jornais, têm necessariamente uma cobertura geográfica e demográfica limitada. Por outro lado, a publicidade on-line tem potencial para atingir populações e áreas maiores. • Velocidade de promoção: devido à geração de resultados em tempo real, no marketing digital, é possível obter projeções mais rapidamente, assim como saber quais anúncios estão funcionando. 42 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 • Análise: as análises e mensurações no marketing digital tendem a ser mais precisas e consistentes. Isso ocorre porque é possível observar imediatamente qual estratégia está funcionando ou não por meio de ferramentas de gerenciamento como o Google Analytics. • Adaptabilidade: o marketing digital também permite que micro e pequenas empresas ampliem a presença de sua marca e gerenciem sua publicidade de forma mais efetiva do que na modalidade tradicional. 2.2.3 QUAL É MAIS EFICAZ? Um questionamento central para as organizações na hora de definir qual mo- dalidade de marketing adotar deve ser: qual é a mais eficaz? Por um lado, o marketing digital oferece grande capacidade de rastreamento de dados, mas isso não quer dizer que o marketing tradicional seja completamente ineficaz, pois ambos têm seu nicho (TODOR, 2016). Entretanto, é preciso lembrar que o impacto da tecnologia nos consumidores na contemporaneidade não está mostrando sinais de desaceleração. Esse elemento externo deve ser conside- rado em uma análise detalhada de cenários, como você vai ver mais adiante nesta unidade (RÉVILLION, 2020). Além disso, a segmentação de público é também um componente essencial no mundo do marketing. Por conta disso, um dos objetivos do profissional de marketing é alcançar e comunicar uma mensagem a um público-alvo espe- cífico. Isso certamente é possível para o marketing tradicional, pois, por um lado, é possível selecionar em quais revistas os anúncios são colocados e deci- dir onde os outdoors são expostos; por outro lado, o mesmo pode ser dito em relação ao marketing digital. Ou seja, é possível escolheronde colocar banners na Web e medir as estatísticas de postagens nas redes sociais (TODOR, 2016). 43 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS SEGMENTAÇÃO DE PÚBLICO Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, uma caneta é segurada entre os dedos, sem identificar de quem é essa mão. Essa mão desenha três figuras sobre um quadro negro. A primeira figura é um gráfico em forma de pizza dividido em cincos partes, uma delas está preenchida. A segunda representa a parte superior do corpo de quatro indivíduos, dois de cabelo curto, e dois de cabelo volumoso, como se procurasse identificar o sexo desses indivíduos. A terceira é um gráfico de dispersão. Todas as três figuras estão interligadas por setas indicadoras na seguinte forma: gráfico de pizza->indivíduos->gráfico de dispersão. A efetividade do marketing digital pode ser aferida de acordo com formas mais exatas de mensuração. Os anúncios tradicionais não conseguem rastre- ar ou medir os hábitos de visualização com a mesma precisão por não conta- rem com a conexão direta entre empresa, plataforma de exposição, consumi- dores e ferramentas de mensuração e análise (DAS; LALL, 2016). Por exemplo, considere que você estava em um site procurando sapatos e decidiu comprá-los. Você acaba acessando o Facebook e vê um anúncio dos sapatos que estava pensando em comprar ao lado de sua linha do tempo. Com a introdução desse tipo de campanha, os consumidores são constantemente expostos a anúncios de produtos que já pesquisaram e visualizaram on-line, o que torna a interação com o produto mais provável e, potencialmente, leva à sua aquisição. 44 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Ademais, no que diz respeito à mensuração e à análise dos resultados, a pre- cisão e a rapidez do marketing digital permitem que os profissionais dessa área mapeiem com maior exatidão o desempenho de seus esforços e, assim, aprimorem processos de tomada de decisão. Lembre-se de que a chave para o marketing eficaz é saber como analisar dados e implementar alterações com base no que eles informam (DAS; LALL, 2016). É possível dizer com exatidão quantas pessoas viram determinado outdoor? Essa maior subjetividade abre, por conseguinte, maior espaço para equívocos. Porém, no marketing digital é possível analisar os dados, mensura-los. Por exemplo, os dados podem ser refinados para demonstrar quanto tempo alguém passou em uma página da Web e em que espaços essa pessoa clicou, o que pode revelar, com um pouco mais de estudo, os porquês de cliques específicos. A capacidade de segmentar corretamente um perfil demográfico específico é crucial para o sucesso de uma campanha. Para o marketing digital, a demo- grafia pode variar de um público local a um global, muito mais difícil de se alcançar com as estratégias tradicionais de marketing (KANNAN; LI, 2017). Isso acontece, pois, um outdoor fica fixo em um só lugar e uma revista cobre ape- nas uma área, porém a internet possui uma área global de abrangência. Se houver uma barreira de idioma, a maioria dos navegadores da internet atual- mente pode traduzir textos e até mesmo figuras, o que reduz sensivelmente os limites presentes para as mídias digitais contemporâneas. 45 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS AREA GLOBAL DE ABRANGÊNCIA Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, uma imagem do planeta terra ao centro. Ao redor do globo estão várias ilustrações de pessoas, homens, mulheres e crianças, sendo conectadas por setas pontilhadas, representando a conexão permitida pelo marketing digital. A maior presença nos meios digitais também proporciona às empresas maio- res oportunidades de interação responsiva. Por exemplo, os gestores das mí- dias sociais de uma empresa podem responder a comentários ou perguntas em tempo real, aproveitando a oportunidade de estabelecer uma conexão pessoal com seu público. À medida que se avança para um mundo digital, faz sentido adotar um método de marketing que melhor atinja o público on-line. Ao adicionar o mapeamento digital à complexa equação que compõe a estratégia de marketing de uma empresa, uma abordagem eficaz também se torna uma maneira econômica de investir. 46 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 2.3 A ANÁLISE DE CENÁRIOS NO MARKETING DIGITAL Em meio à dinamicidade do mundo globalizado e interconectado, a análise de cenários é uma ferramenta importante no desenvolvimento de novas es- tratégias, algo que também vale para o marketing digital. ANÁLISE DE CENÁRIOS: Os cenários são sequências postuladas de eventos. Esse tipo de análise explora os vários caminhos que uma organização pode seguir e implementa aquele que melhor corresponde aos objetivos dela. Nesse sentido, a organização é pensada como a soma de suas escolhas ao longo do tempo, tomando como base alternativas previamente identificadas, avaliadas, selecionadas, implementadas, controladas e ajustadas (HAMILL, 2019). Por esse motivo, a análise de cenários é um instrumento crucial na gestão do marketing digital, pois cria previsões e situações futuras, analisando os am- bientes interno e externo e preparando a organização para determinados re- sultados. Nesse sentido, criar cenários ajuda a considerar uma variedade de possíveis resultados e fatores de mudança. Consequentemente, eles são uma ferramenta poderosa para entender possíveis situações e, em seguida, desen- volver estratégias apropriadas para cada uma delas (HAMILL, 2019). Segundo Chaffey e Ellis-Chadwick (2019), a análise de cenários possui os seguintes be- nefícios: • Ajudam a antecipar resultados; • Auxiliam os gestores a fazer questionamentos específicos e a se prepararem para resultados inesperados; • Aumenta a capacidade responsiva de uma organização e de seus gestores a problemas que podem emergir em diferentes situações. Assim, a criação de cenários é útil na medida em que torna o marketing digi- tal mais ágil; mas, para isso, requer informações e tempo. Portanto, é necessá- rio responder às perguntas a seguir: 47 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS • Quais informações acerca dos clientes, do mercado e da concorrência podem mudar? E quanto elas podem se alterar? • Que dados são preditivos sobre o comportamento dos consumidores da empresa? • Quais informações são essenciais para o engajamento eficaz com clientes já existentes e com consumidores em potencial? • Quais dados são necessários para oferecer uma experiência positiva ao cliente nos vários canais de comunicação digital que uma organização oferta? Para usar cenários de maneira eficaz e incorporar seus resultados a planeja- mentos, as empresas precisam cobrir uma gama de possibilidades. Para isso, existem determinados princípios gerais que podem ser seguidos (CHAFFEY; ELLIS-CHADWICK, 2019): • delimitar eventos que certamente ocorrem ou aconte- cerão; • criar cenários que abranjam um amplo conjunto de re- sultados; • identificar pelo menos de três a cinco incertezas críticas para a organização; • desenvolver pelo menos quatro cenários para abordar cada uma dessas incertezas; 48 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 • criar uma métrica de mensuração para avaliar a probabi- lidade e o risco de cada cenário; • usar o cenário com maior probabilidade de sucesso e maior alinhamento com o perfil da empresa como principal. 2.3.1 PASSOS PARA CRIAR CENÁRIOS Antes de criar cenários e analisá-los, é imperativodefinir o escopo e o prazo em que eles podem ocorrer. Segundo Révillion (2020), a elaboração e a aná- lise centradas no marketing digital devem levar em consideração elementos que seriam de maior relevância para a organização em determinado período: 1ª Passo: Atentar ao esclarecimento dos problemas essenciais; 2º Passo: Identificar tendências setoriais, políticas, econômicas, sociais, tecnológicas e jurídicas que podem afetar esses problemas; 3º Passo: Identificar as principais incertezas, isto é, eventos cujos resultados são incertos e que afetarão significativamente os problemas delimitados na etapa anterior. Dessa forma, é importante observar as relações entre essas incertezas e manter em mente as tendências do setor no qual a empresa está inserida. 4º Passo: Construir os cenários mais prováveis e alinhados com a organização. 49 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS No desenvolvimento desse processo, um método exequível é organizar os re- sultados possíveis a partir de uma escala crescente de probabilidades e do grau de preparação que a organização tem para cada um dos cenários. No decorrer dessa etapa, é necessário que o gestor de marketing digital (CHA- FFEY; ELLIS-CHADWICK, 2019): • avalie cada resultado em termos de probabilidade den- tro dos prazos previamente estabelecidos; • remova os resultados inexequíveis, isto é, elimine os ce- nários que sejam implausíveis, inconsistentes ou irrelevan- tes; • identifique os elementos mais relevantes estrategica- mente dentro de cada cenário; • organize os possíveis resultados e tendências em torno desses elementos; • realize pesquisas para refinar os detalhes e aumentar a compreensão acerca dos cenários restantes; • avalie cada cenário novamente. Nesse momento, é importante que o gestor de marketing digital evite sele- cionar um ou dois cenários, ou descartar cenários extremos. Além disso, é pre- ciso ter em mente que ignorar cenários aumenta a exposição ao risco, o que pode resultar também na implementação apenas de melhorias incremen- tais. É preciso lembrar que, em certas ocasiões, os cenários mais lucrativos po- dem ser aqueles que a princípio pareciam os mais improváveis (KINGSNOR- TH, 2019). O próximo passo é a escolha dos cenários cujos resultados parecem mais prováveis. Por conseguinte, deve ser criado um plano com base em cada cenário. Devem ser incluídas aí contingências claras para o caso de outro ce- nário — ou mesmo um que não foi imaginado — eventualmente emergir. Assim, é necessário que o gestor de marketing digital se certifique de que 50 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 cada cenário compreenda elementos que podem interagir também sob con- dições muito específicas (KINGSNORTH, 2019). ANÁLISE DE CENÁRIOS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, seis gestores estão sentados à volta de uma mesa retangular de madeira, três de cada lado da mesa, sendo três mulheres e três homens. Sobre a mesa estão várias folhas de papel A4 com conteúdo que remetem a dados, informações contáveis, gráficos e imagens. Algumas folhas apresentam post its amarelos ou rosa. A imagem ilustra gestores de marketing digital avaliando possíveis cenários para tomada de decisão. 2.3.2 ELABORAÇÃO DE UMA ANÁLISE DE CENÁRIOS DE MARKETING DIGITAL Os cenários escolhidos devem auxiliar no desenvolvimento de um portfólio de estratégias, estimular a discussão interna e ajudar a detectar sinais de risco. 51 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Dessa forma, os cenários ajudam a entender a magnitude de uma tendência e a incerteza dos ambientes internos e externos em que uma organização está inserida. Eles fornecem um veículo para o desenvolvimento de um conjunto de estratégias que otimizam as chances de sucesso sob quase todos os resultados possíveis (CHARLESWORTH, 2018). A dinamicidade e a velocidade das mudanças contemporâneas demandam que as empresas tenham um portfólio de estratégias, ou seja, estratégias di- ferentes prontas com base em um conjunto de cenários possíveis e realistas. PORTFÓLIO DE ESTRATÉGIAS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, uma lupa sobre três pastas amarelas contendo documentos de análise, representando portfólio de estratégias de marketing digital. Ao incorporar a construção e a análise de cenários de marketing digital aos seus planejamentos, as empresas podem explorar o impacto combinado de diferentes variáveis, melhorando a capacidade de a empresa prever mudan- 52 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 ças e de se adaptar a elas mais rapidamente. Consequentemente, essa fer- ramenta permite que a organização altere tais variáveis simultaneamente e identifique padrões entre os vários resultados possíveis. Por fim, os cenários devem ser aplicados quando um gestor entende o problema que está ten- tando resolver e o resultado que está tentando produzir. Para isso, ele cria cenários depois de identificar as tendências, fortalezas e incertezas e faz isso antes de desenvolver as suas estratégias (RÉVILLION et al., 2020). ELABORAÇÃO DE UMA ANÁLISE DE CENÁRIOS E MARKETING DIGITAL Fonte: Plataforma Deduca (2021) #PraCegoVer: Na imagem, há quatro pessoas: três homens e uma mulher olham para um quadro branco que contêm gráficos e tabelas. Um dos homens está com uma caneta na mão e parece escrever no quadro branco. Charlesworth (2018) sugere uma abordagem compreensiva para a elaboração de uma análise de cenários de marketing digital. O autor recomenda atentar a sete elementos que podem potencialmente influenciar os resultados de de- terminada campanha. Veja os elementos a seguir. 53 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS • Pesquisa: é importante que todas as campanhas sejam fundamentadas em pesquisas aprofundadas sobre a empresa e o seu negócio. Além disso, deve-se levar em consideração a concorrência e o setor no qual a empresa está situada. • Otimização: durante a fase de otimização, é preciso que a campanha seja flexível. A ideia é que possam ser realizadas diferentes alterações, sejam grandes ou pequenas. A capacidade de resposta da campanha deve ser eficiente e eficaz. • Conteúdo: o conteúdo criado para determinada campanha deve ter profundidade e qualidade, permitindo que o público-alvo se conecte a ele e, assim, reaja aos estímulos que tal conteúdo pretende gerar acerca de determinados produtos e serviços. • Palavras-chave: em campanhas focadas nos mecanismos de busca, as palavras-chave são cruciais, pois elas dão a base do que terá impacto nas buscas dos consumidores. Assim, é imperativo um estudo rigoroso do setor e a implementação de estratégias de segmentação para direcionar o tráfego para o site da empresa. • Mídias e links patrocinados: em caso de recursos para tal, é essencial o investimento no patrocínio, e na promoção, do conteúdo disponível. Dessa maneira, toda a campanha pode ser desenvolvida em conjunto com um conteúdo que será favorecido por toda uma rede de influenciadores digitais, dentre vários atores midiáticos. 54 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 • Testes: é imperativo testar os recursos que vão compor sites e outras estratégias estabelecidas na análise de cenário. Os testes permitem correções prévias, que podem, por sua vez, garantir melhores resultados. CONCLUSÃO Esta unidade apresentou uma reflexão sobre o importante papel desempe- nho pelo marketing digital na contemporaneidade.A relevância do marke- ting digital está na sua funcionalidade, uma vez que se tornou parte integran- te do que uma empresa representa para seus clientes. No entanto, também verificamos que ambas as formas de marketing, tradicional e digital, são mui- to importantes no mercado. Cada empresa deve avaliar a sua base de clientes atual e potencial antes de iniciar ações de marketing. A ideia é basear as ações em análises criteriosas dos cenários de negócios. No primeiro tópico da unidade, analisamos o conceito de marketing digital e suas características. Também estudamos algumas das plataformas para aná- lise no marketing digital, como o Google Analytics e Google AdWords. Por fim, compreendemos as táticas de marketing digital, que podem ser outbound e inbound. No segundo tópico, aprendemos as principais diferenças entre o marketing digital e o marketing tradicional. Analisamos as principais vantagens do ma- rketing digital e ponderemos sobre qual a melhor estratégia de investimento. No último tópico, analisamos a importância de desenvolver estratégias por meio da análise de cenário voltadas para o marketing digital. UNIDADE 3 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 55 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS > Descrever a evolução do perfil do consumidor; > Compreender o conceito de prosumer; > Analisar a demanda por processos de cocriação. 56 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS 3 NOVO CONSUMIDOR INTRODUÇÃO Marketing e consumidor sempre estiveram atrelados. Podemos dividir essa relação em duas fases: na primeira, o foco do marketing era amparar o setor de vendas, cujo foco era os consumidores diretos; na segunda, o marketing assume um papel mais estratégico na criação de uma oferta de mercado que atendesse às demandas dos consumidores e garantissem sua fidelidade. Este cenário implica que é imperativo compreender os desejos e as neces- sidades dos clientes. Com a mudança no mercado, o marketing também se modificou, o foco das ações de marketing passou do produto para o cliente (RÉVILLION et al., 2020). Assim, nesta unidade, estudaremos o processo de evolução do consumidor até chegar ao atual perfil do consumidor. Na sequência, analisaremos os con- ceitos de prosumer e a demanda por processos de cocriação. 3.1 A EVOLUÇÃO DO CONSUMIDOR O mundo tem passado por mudanças socioeconômicas, impulsionadas pelo surgimento de novas tecnologias da informação e comunicação. Estas mu- danças têm impactado diretamente as empresas e toda a sociedade. Os consumidores também são impactos por estas mudanças e, para com- preendê-los, é fundamental entender o processo de evolução pelo qual pas- saram, de modo a subsidiar o planejamento de estratégias de marketing na era digital. Para entender a evolução do consumidor vamos utilizar as classificações pro- postas por Souza (2010), que identificou cinco tipos de consumidores: consu- midor 1.0; 2.0; 3.0; 4.0; 5.0. 3.1.1 O CONSUMIDOR 1.0 (ATÉ 1980) O consumidor 1.0 vivia em um período que os mercados eram dominados por grandes empresas que detinham o monopólio, e criavam e ofertavam produ- 57 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 tos de maneira massiva Essas empresas também detinham os processos de informação e os meios de comunicação. Por isso, os consumidores só tinham acesso ao que era veiculado por elas (OLIVEIRA, 2018). Nesse contexto, podemos caracterizar o consumidor 1.0 como isolado. Ele so- fria grande influência dos meios de comunicação de massa e dos canais de venda. As informações sobre produtos eram escassas e o vendedor ou a em- presa eram os únicos detentores desse conhecimento (OLIVEIRA, 2018). As três características do consumidor 1.0 são sintetizadas abaixo: • Consumidor isolado: influenciado apenas pelos meios de comunicação de massa e pelos canais de venda. • Perspectiva informacional: só conseguia obter informações do vendedor ou da empresa. • Aquisição das mercadorias: só tinha acesso aos itens disponíveis nos pontos de venda. 58 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS CONSUMIDOR 1.0 Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, desenho de uma mulher feliz com um carrinho de compras. Dentro do carrinho há várias embalagens, como uma caixa de papelão azul, uma garrafa e sacos com alimentos. 3.1.2 CONSUMIDOR 2.0 (1980-1995) O consumidor 2.0 está situado em uma época que se percebe a evolução do mercado e, consequentemente, das estratégias de marketing, relacionadas, principalmente, a criação de novos canais de venda. Por exemplo, percebe- -se uma forte expansão das redes, como as empresas de departamento, que passam a criar filiais em vários estados. Há também expansão na distribuição por meio de franquias e a estruturação de grandes atacadistas regionais (OLI- VEIRA, 2018). 59 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 GRANDES ATACADISTAS REGIONAIS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, fachada do Walmart com uma bandeira dos EUA ao lado, uma grande multinacional estadunidense de lojas de departamento. Na fachada aparece um letreiro com os dizeres “Walmart”, e, ao lado, um círculo formado por cinco traços, apontando para o centro, como se representassem o sol. As características do consumidor 2.0 são resumidas abaixo: • Consumidor analógico: fortemente influenciado pelas informações transmitidas pelas empresas. • Consumidor multicanal: começa a ter opções diferenciadas na hora de comprar, em função da diversidade de canais e do surgimento de novas empresas que começam a explorar esses novos canais com novas propostas. Além das lojas de diversos tamanhos e formatos, o consumidor 2.0 convive com outros canais, tais como: vendedores ambulantes, feiras comerciais, ca- 60 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS tálogos de produtos, vendedores domiciliares, vendas por telefone e vendas pela televisão, com pedidos pelo telefone (SOUZA, 2010). 3.1.3 CONSUMIDOR 3.0 (1995-2006) O surgimento da internet do começo dos anos 1990 quebrou o paradigma in- formacional, proporcionando ao consumidor 3.0 o acesso a todos os tipos de informações. Isso permite uma transformações no conceito de consumidor, o qual passa a ter a possibilidade de dominar o processo de negociação. Graças à conexão permitida pela internet, ele sabe o que, como, quando e, principal- mente, quanto quer pagar pelos produtos e serviços. Esse consumidor chega para negociar possuindo um grande volume de informações (OLIVEIRA, 2018). CONSUMIDOR 3.0 Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, da tela de um notebook saem cifras de dinheiro em amarelo, representando o processo de compras pela internet. 3.1.4 CONSUMIDOR 4.0 (2006-2010) A popularização dos smartphones, cerca de 68 milhões no primeiro trimes- tre de 2015 (NIELSEN, 2015), permitiu ao consumidor acesso a todo o tipo de informações. Este cenário permitiu incorporar o celular como canal de paga- 61 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 mentos, promoções, vendas e relacionamento. Os consumidores passam a ter acesso a serviços que envolvem entretenimento e individualização. São exemplos o download de wallpapers e ringtones (SOUZA, 2010). O perfil consumidor 4.0 resulta de uma mudança na forma como empresas e clientes interagem. Essa mudança está alicerçada na evolução das tecnolo- gias mobile, no surgimento e na disseminaçãodas redes sociais, na internet das coisas, na TV digital, entre outras (OLIVEIRA, 2018). Essa evolução agregou aos consumidores o acesso fácil e ilimitado a informações. Os consumidores passaram a obter informações por meio de blogs, redes sociais, podcasts, ve- ículos de comunicação digitais, comunidades on-line, entre outros (CUNHA; MACHADO, 2011). CONSUMIDOR 4.0 Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, um smartphone. Em sua tela há um carrinho de supermercado com o numeral 3, indicando a compra de três itens. Abaixo do carrinho duas opções “Itens” e “Finalizar”. 3.1.5 CONSUMIDOR 5.0 (ATUAL) O aumento do acesso às informações emanciparam os consumidos, ou seja, eles se tornaram capazes de escolher criteriosamente o que desejam e não aceitam mais ofertas pré-formatadas, pois estão em busca de experiências únicas. 62 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Oliveira (2018) descreve as principais características do consumidor 5.0: • Mais cético e exigente: Com a popularização da internet, o consumidor passa a receber em tempo real uma quantidade enorme de informações verdadeiras e falsas. • Extremamente acessível: A internet proporcionou ao novo consumidor um aparato tecnológico, tornando-o extremamente acessível a ofertas das empresas. Agora ele não mais se prende a uma marca ou empresa e sua fidelidade está associada ao valor agregado. Tomemos como exemplo o consumo de automóveis. Antigamente, as pessoas só compravam uma marca ao longo de sua vida. Hoje, os consumidores estão abertos a outras propostas e estão atentos aos benefícios oferecidos por cada marca. • Possui grande sensibilidade a preços: Em virtude do fato do consumidor atual ser extremamente crítico na hora de realizar pesquisas de preço e do aumento das ofertas, percebe- se que o consumidor possui uma alta sensibilidade aos preços. Atualmente, antes de realizar qualquer compra, os consumidores utilizam ferramentas de pesquisa de preços para comparar propostas e tomar a decisão de compra. Esse cenário é impulsionado pelo surgimento e popularização de novas tecnologias e ferramentas para comparar preços, como o site Zoom. • Acessibilidade a produtos em qualquer lugar: Paralelamente a sensibilidade de preços, as tecnologias também proporcionam ao consumidor uma acessibilidade a produtos em qualquer lugar, assim o consumidor atual é extremamente imediatista, suas expectativas em termos de pronto atendimento são extremamente altas. 63 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONSUMIDOR 5.0 Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, um martelo da justiça com um carrinho de compras em um fundo branco, representando o julgamento do consumidor moderno. Diante desse cenário de contínua evolução do consumidor, as empresas pre- cisam adequar suas estratégias de marketing para atender as necessidades e desejos dos novos consumidores. O grande desafio é como conseguir superar expectativas de um público tão informado e crítico (OLIVEIRA, 2018). 3.2 O CONSUMIDOR ATUAL E O PROSUMER Apesar do consumidor ser foco central das estratégias de marketing da em- presa há algum tempo, a inserção do cliente no processo organizacional é algo recente, reflexo das mudanças culminadas no novo consumidor, que tem uma visão muito específica do que deseja e é avido por participar e cola- borar. O novo consumidor deixa de ser uma peça passiva para tornar-se um ator ativo no processo, um prosumer. 64 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS O prosumer é a pessoa que, além de consumidor, também atua como coprodutor de um produto ou serviço em virtude de ser extremamente opinativo. Por isso, esse consumidor deve ser incorporado aos processos de desenvolvimento de produtos e serviços das empresas. Na contemporaneidade, as empresas precisam ter o consumidor como foco no processo de desenvolvimento de produtos e serviços e, por isso, ele deve ser mais valorizado do que o próprio produto (MATIAS, 2011). Algumas empre- sas, ainda que timidamente, já tem adotado essa nova postura de produção e consumo, envolvendo os consumidores no processo de criação e planeja- mento do produto. Mas preste atenção, o envolvimento dos consumidores nesse processo não está relacionado a testes de produtos ou pesquisas, mas sim da participação efetiva dos clientes com direito de voz no processo de de- senvolvimento do produto (OLIVEIRA, 2018). PROSUMER Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, a mão de um homem segura um ícone representando o cliente alvo, um prosumer. 65 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Os prosumers geralmente atuam de forma espontânea por um instituto par- ticipativo. Nesse contexto, as empresas devem criar estratégias para incen- tiva-lo, como a criação de prêmios instantâneos quando eles sugerem algo. Além disso, precisam reconhecer a postura opinativa do prosumer como um canal que fornece dados diretamente da fonte (OLIVEIRA, 2018). Outra característica do prosumer que é capaz de modificar a dinâmica e as es- tratégias de marketing, sobretudo as promocionais, é que o prosumer busca experiência, mas não informações funcionais de produtos. Essa característica está relacionada a estratégias vivenciais, uma vez que os novos consumidores são atraídos por um novo conjunto de características que envolvem todo um contexto de atrativos coletivos e intangíveis (XAVIER, 2012). RELACIONAMENTO COM O CONSUMIDOR Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, dois homens apertam as mãos. Ao lado do vendedor, à esquerda na imagem, aparecem pequenas imagens representando assistência e suporte (atendentes com telefone; chave de fenda e 24h), logística (caminhão). Ao lado do consumidor, imagens de cartões de crédito, gráfico, megafone, uma mão fazendo um joia com cinco estrelas em volta. 3.3 COCRIAÇÃO Novos formatos de interação e produção de produtos e serviços são desenvol- vidos a partir das mudanças de mercado e das novas relações estabelecidas entre cliente e consumidor (OLIVEIRA, 2018). Dentre elas, está o processo de cocriação . 66 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Podemos entender cocriação como um processo em que o consumidor participa do processo de criação e desenvolvimento de produtos ou serviços. Além dos consumidores, outros atores da cadeia produtiva, de fora da empre- sa, podem se associar ao negócio ou ao produto, como os fornecedores e os clientes. Estes atores agregam inovação de conteúdo, valor ou marketing aos produtos e serviços que ajudam a desenvolver. Os benefícios de participar desse processo são o acesso a produtos customizados ou a promoção de suas ideias (TURCHI, 2018). A Natura, com o movimento Cocriando Natura, desenvolve processos de cocriação por meio de uma plataforma (http://cocriando.natura.net) onde são criadas Jornadas de Cocriação, de acordo com oportunidades ou temas indicados pela própria empresa. A visão centra no cliente implica que este é parte central do processo de de- senvolvimento de produtos e que, por isso, tem poder de influenciar onde, quando e como se gera valor. Esse processo se baseia na interação e nas tro- cas entre empresa e cliente para cocriar valor (OLIVEIRA, 2018). http://cocriando.natura.net 67 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 COCRIAÇÃO Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, três funcionárias de uma empresa, uma com um tablet namão, discutem um cliente homem possíveis melhorias nos produtos da empresa. Apesar de parecer simples, essa mudança de abordagem representa uma transformação radical no modo como se vê a criação de valor. Assim per- cebemos que a cocriação não é uma simples abertura da empresa para os clientes, pois demanda participação efetiva dos consumidores e o compar- tilhamento de valores, requisitos essenciais para reestruturar o processo de criação e desenvolvimento da empresa com foco no consumidor (OLIVEIRA, 2018). O processo de cocriação representa uma revisão dos poderes e papéis no processo de criação de produtos, onde o consumidor se torna um ator ati- vo envolvido em todo o processo de desenvolvimento e criação de produtos e serviços de uma empresa. 3.3.1 COCRIAÇÃO COM CLIENTE E FORNECEDORES O processo de cocriação já tem sido adotado nas relações entre clientes e for- necedores. As empresas têm buscado estabelecer novas formas de agir no processo de construção de relacionamentos com seus consumidores. Para 68 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS isso, elas precisam conhecer as características desenvolvidas pelos grupos sociais a fim de comunicar de forma eficiente e eficaz com o público alvo (EHRENBERG; OLIVEIRA, 2015): Abaixo, selecionamos alguns exemplos de cocriação em diferentes setores elencados por Oliveira (2018): Indústrias automobilísticas: O desenvolvimento de projetos de carros envolve diferentes fornecedores e clientes. Esse processo, como o desenvolvimento do Fiat Mio, tem permitido a criação de carros nos moldes do consumidor, não deixando de lado as opiniões dos fornecedores, ator chave nessa cadeia produtiva. #PraCegoVer Na ilustração, uma linha de montagem de automóveis com três braços mecânicos. Moda: Na indústria da moda há uma proximidade muito grande entre clientes, estilistas e as indústrias têxteis. Nesse caso, a capacidade produtiva e as demandas são unidas para a criação de novos produtos; #PraCegoVer Na ilustração, foto de parte do corpo de uma mulher, acima dos ombros, em um fundo preto. A mulher está com bato vermelho e vestindo apenas um chapéu preto. 69 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Games: Os consumidores finais já participam mais ativamente no segmento da tecnologia. Eles são recrutados para ajudar no processo de criação, desenvolvimento e aprimoramento de produtos e serviços. A Microsoft, por exemplo, por meio do programa Windows Insider, conta com a colaboração dos usuários para o desenvolvimento do seu sistema operacional. Já na indústria dos games, os jogadores são chamados a contribuir diretamente no desenvolvimento dos jogos. #PraCegoVer Na ilustração, um homem de camisa branca e calça jeans e uma mulher de camisa bege e calça jeans estão cada um com um controle de videogame branco. Para que o processo de cocriação ocorra eficientemente, é preciso que haja uma cultura participativa. Isso implica que, por parte do consumidor, eles de- vem estar realmente interessas e comprometidas a participar e, por parte da empresa, ela tem que estar aberta a esse processo. CONSUMIDOR PARTICIPATIVO Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, um homem de camisa xadrez representando um consumidor está sentado numa mesa de trabalho com uma mulher representando uma funcionária. Na mesa há algumas folhas de papel A4 com informações sobre os produtos. Eles discutem ideias e avaliam os produtos da empresa. 70 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS 3.3.2 CRIAÇÃO DE VALOR A criação de valor era associada unicamente à formatação de preços de um produto, reflexo de uma relação custos e preços. Atualmente, a questão de valor centra não somente na empresa, mas fundamentalmente no consumi- dor. Isso implica que o desenvolvimento de produtos não deve ocorrer apenas com base na visão da empresa, mas também na do consumidor, uma vez que ele faz parte do processo. Além do preço, os valores podem envolver a com- binação de uma série de elementos direcionados a atender as necessidades dos clientes, tais como a velocidade do serviço, o design dos produtos, a expe- riência do cliente, entre outros (OSTERWALDER; PIGNEUR, 2011). VALOR E PREÇO Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, na parte superior, um homem está na frente de um pato cujo preço/valor é $10. Na parte de baixo, um homem e duas mulheres estão na frente do mesmo pato cujo preço/valor é $100. O processo de desenvolvimento da cocriação depende de alguns elemen- tos básicos que permitirão a efetiva participação do consumidor. Conforme Prahalad e Ramaswamy (2004), os pré-requisitos necessários: 71 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 • Diálogo: está relacionado à geração de compreensão empática entre empresa e cliente, resultado da experimentação da experiência dos consumidores. O processo de comunicação e o compartilhamento de aprendizado entre clientes e empresas estão alicerçadas em igualdade de condições. • Acesso: para os consumidores atuais o foco não é a propriedade de um produto, mas sim a experiência. • Risco: com o processo de cocriação, o risco, antes restrito aos possíveis danos a empresa, também são compartilhados com os consumidores, cujos impactos precisam ser considerados pelas empresas. • Transparência: está relacionada à abertura da empresa ao consumidor, que permite a ele visualizar todas as informações referentes ao processo de criação de produtos e serviços. Esse processo é necessário, pois fortalece os laços de confiança entre consumidores e empresas. Dentre as estratégias adotadas pelas empresas para atrair e incentivar os con- sumidores está a criação de ambientes virtuais do consumidor (AVC). AVC: são espaços que utilizam das tecnologias de informação e comunicação para permitir a comunicação dialógica, a participação e, consequentemente, a cocriação entre clientes e empresas. São exemplos de AVS os fóruns de discussão on-line, e os centros de protótipos de produtos. 72 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Conforme assevera Marques (2018), é nesse cenário que as empresas devem se atentar para o fato de que o marketing digital não se restringe apenas a di- vulgação e promoção. O ambiente digital também é extremamente propício para estimular a colaboração e a cocriação, ou seja, a contribuição do consu- midor para melhorar produtos já existentes e até para criar novos. 3.3.3 PAPEL DO CONSUMIDOR NO PROCESSO DE COCRIAÇÃO O processo de cocriação passa por um processo de amadurecimento, exigin- do que empresas e clientes se adaptem a uma nova dinâmica no processo de relacionamento e de produção. Nesse contexto, dependendo do estágio de maturidade do processo de inovação e cocriação, os consumidores tendem a assumir diferentes papéis (OLIVEIRA, 2018). O consumidor pode ser considerado um recurso no processo de criação e de- senvolvimento de produtos e serviços, pois ele é fonte de ideias. Dessa forma, a empresa selecionar consumidores que sejam inovadores, obter seu conhe- cimento e oferecer incentivos para induzi-los a participar dos processos criati- vos (HUERTAS; VARELA; STREHLAU, 2012). Segundo Huertas, Varela e Strehlau (2012, p. 262), além de participar do desen- volvimento do projeto, o cliente também pode assumir o papel de cocriador na fase de design e desenvolvimento, se envolvendo com atividades como “a validação e escolha do escopo do produto, suas características e especifica- ções”. Ainda segundo os autores supracitados, o consumidor também pode atuar comousuário no processo de teste por meio de opiniões sobre um produto, permitindo descobrir inconsistências, o que permite sua adequação. O processo de interação e cocriação depende da empresa criar um ambiente que propicie acolhimento e aceitação, de modo a induzir o engajamento do cliente com a equipe de desenvolvimento (OLIVEIRA, 2018). 73 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O PAPEL DO CONSUMIDOR NO PROCESSO DE COCRIAÇÃO Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, a figura de um homem, representando um consumidor. A sua volta estão várias lupas, representando a análise de suas ideias, anseios e desejos. 3.4 NOVO MOMENTO MERCADOLÓGICO FOCADO NO CLIENTE Conforme estudamos, as mudanças ocorridas no mercado têm levado as empresas a mudar a forma como desenvolvem produtos e como se relacio- nam com os clientes. E o marketing tem acompanhado essas mudanças para atender as demandas do novo consumidor. Para se adequar a esse novo perfil do consumidor, o marketing tem utiliza- do metodologias de outras áreas para um melhor planejamento de ações. Neste tópico abordaremos três tendências utilizadas atualmente para atingir os consumidores atuais: Design Thinking, e User Experience e Marketing de Conteúdo 74 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS 3.4.1 DESIGN THINKING O processo de planejamento e criação de um produto envolve diferentes áre- as, além do marketing. Uma dessas áreas é a de design, relacionados direta- mente à definição do produto, tanto do ponto de vista funcional, com foco nas funcionalidades do produto, quanto do estético. O design, junto com o marketing, tem papel estratégico na criação de pro- dutos que efetivamente correspondem ao que às expectativas dos clientes. Neste contexto surge o design thinking, responsável por desenvolver o produ- to, dentro dos preceitos do design, mas tomando como base o futuro cliente (OLIVEIRA, 2018). Além de projetar produtos inovadores de acordo com a visão dos clientes, o desing thinking também é responsável pelo processo de criação que permite que os clientes consigam identificar facilmente os atributos necessários dos produtos. De acordo com Stickdorn e Schneider (2014 apud OLIVEIRA, 2018), os pontos fundamentais do desing thinking são: • Foco no usuário: a perspectiva do usuário precisa ser levada em conta no desenvolvimento. • Cocriação: a empresa deve envolver clientes e fornecedores no processo de criação e desenvolvimento. • Interpelação de etapas: previsão de uma interpelação de etapas no processo de planejamento e fornecimento. • Intangibilidade: devem ser trabalhados os aspectos intangíveis. 75 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 • Contexto: o contexto da empresa e do usuário precisam ser considerados de maneira dinâmica. 3.4.2 USER EXPERIENCE O intuito da abordagem user experience é desenvolver uma experiência dife- renciada para o usuário, que se baseia em uma relação vivencial, que sensa- ções e percepções que perduram e podem ser retomadas (OLIVEIRA, 2018). A experiência não ocorre somente quando os usuários utilizam um produto ou serviço, mas também se baseia nos desejos e nas expectativas, perpassan- do pelo uso do produto e do resultado desse uso (OLIVEIRA, 2018). Nesse con- texto, uma estratégia de marketing que foca na experiência do usuário deve analisar e pesquisar as expectativas dos consumidores, passando pelo uso e pós-uso do produto. Vamos exemplificar, você geralmente compra produtos ou serviços cuja ex- pectava foi gerada pelo marketing ou ele desenvolveu um produto com base em expectativas. Após usar o produto, você tem uma percepção do produto, e quando positiva, divulga gratuitamente, especialmente em um contexto di- gital. O contrário também é verdade, se a expectativa não for atendida, a em- presa terá problemas, já que os feedbacks negativos são divulgados em uma velocidade muito maior que os positivos. 76 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS AVALIAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, na parte de cima há cinco estrelas amarelas. O dedo indicador de uma mão aperta a quinta estrela. A utilização da abordagem do user experiente tem como vantagens: • Aumenta a lealdade e fidelização do cliente: ao conseguir efetivamente utilizar o produto e ver seu resultado, há uma maior percepção de sua eficiência; • Reduz o custo no desenvolvimento dos produtos: ao pensar os produtos pela perspectiva do cliente, reduz-se a necessidade e ajustes e retrabalhos; • Reduz o custo no pós-venda: diminui o número de chamados relativos à insatisfação, mal-uso e outras queixas. 77 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 3.4.3 MARKETING DE CONTEÚDO O Marketing de conteúdo tem como objetivo gerar resultados para as empre- sas a partir da entrega de conteúdo relevando ao público-alvo. Marketing de conteúdo (branded content) significa o uso do conteúdo em volume e qualidade suficientes para permitir que o consumidor possa encontrar, gostar e se relacionar com uma empresa. A ideia por trás do marketing de conteúdo é obter resultados significativos (novos negócios, clientes fiéis, boas associações com marca e valor agregado), e não somente resultados vinculados à comunicação (audiência, interação, etc.) (RÉVILLION et al., 2020). Para saber o que funciona ou não para uma empresa é necessário pensar nos clientes e/ou consumidores, no que eles precisam e em como gerar conteúdo de forma viável. Turchi (2018) elenca os principais tópicos que devem ser con- siderados: • Quem é o público: se refere ao consumidor com interesse específico na empresa. Exemplo, solteiros de 18 a 35 anos, das classes A e B, que querem uma opção de danceteria com ambiente descolado em São Paulo. Se o público-alvo for amplo, uma sugestão é dividi-lo em grupos menores, segmentando-os para atingir cada grupo com conteúdo específico e direcionado. • Como se comporta esse público: se refere ao comportamento on-line dos eu público-alvo. Para isso, o ideal seria fazer pesquisas on-line sobre o assunto para entender o comportamento dessas pessoas a fim de descrevê-las, definir o conteúdo que elas procuram e quando o fazem. 78 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS • Que informação esse público busca: está relacionado à informação que o seu público-alvo quer obter. O conteúdo deve ser construído para que possa ser encontrado com facilidade pelo consumidor e também pelas ferramentas de busca. • Que conteúdo produzir para esse público: se refere à definição do conteúdo propriamente dito. Depende da estrutura, tipo de empresa e do quanto se pode investir nessa atividade. É recomendado algo simples e econômico, para que haja continuidade. • Como produzir conteúdo: se refere a quem irá produzir o conteúdo (agência contratada para essa atividade ou funcionários da própria empresa), seu perfil (jornalista ou blogueiro), e a quantidade, frequência e profundidade com que o conteúdo será produzido. É importante que a empresa tenha posts publicados de acordo com o perfil de cada rede. Na medida em que as empresas entenderem que a Internet é um lugar em que é possível atingir milhões de micromercados com mensagens precisas exatamente no momento do consumo, o modo como criam conteúdo para esse meio mudará drasticamente. Em vez de sites padronizados com men- sagens para o mercado de massa, é preciso desenvolver minisites diferen- tes, compáginas iniciais adequadas ao propósito da busca e com o conteúdo “sob medida” direcionado a um público-alvo específico. É o que observamos com maior frequência nos sites de comércio eletrônico. CONCLUSÃO Essa unidade apresentou uma reflexão sobre a evolução do mercado e res- pectivo impacto nas organizações, na dinâmica competitiva e no compor- tamento e perfil do consumidor. Essas alterações geram a necessidade, por parte das empresas, de uma maior troca de informações com os clientes, ins- tituindo-se uma relação de parceria que até então não existia. Quando pen- 79 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 samos no impacto dessa mudança, percebemos que há a eminencia de uma reinvenção do marketing, já que é a área tradicionalmente responsável pela criação das ofertas ao mercado, processo que está se alterando. No primeiro tópico da unidade, analisamos a evolução do consumidor. Estu- damos as características dos consumidores ao longo dos tempos e o impacto dessas características nas estratégias de marketing. No segundo tópico, aprendemos sobre o prosumer, pessoa que não é só con- sumidora, mas coprodutora de bens e serviços. Também analisamos o pa- pel do prosumer no desenvolvimento de produtos e de como o surgimento desse novo tipo de consumidor tem induzido as empresas a mudarem suas estratégias de marketing e de relacionamento. Por fim, no último tópico analisamos o processo de cocriação de produtos e serviços, calçados fundamentalmente na experiência do usuário. Compreen- demos como esse processo pode gerar valor e garantir competitividade às empresas. UNIDADE 4 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 80 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS > Definir estratégia > Identificar as estratégias de marketing digital > Desenvolver estratégias de marketing digital 81 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS 4 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL INTRODUÇÃO A utilização do marketing nas plataformas digitais já passou a fazer parte da estratégia da grande maioria das empresas. O crescimento no universo virtu- al se deve a várias motivações, dentre elas, podemos ressaltar o fato de mais da metade dos brasileiros (cerca de 139 milhões, atualmente) está presenta na web. Ademais, o Brasil possui atualmente 243 milhões de linhas ativas na telefonia móvel, usadas por todas as classes sociais (TURCHI, 2018). Estudante, nesta unidade você vai conhecer os mecanismos estratégicos uti- lizados no ambiente de marketing digital. Cada vez mais presente nos am- bientes corporativos, o marketing é basicamente uma ferramenta estratégica que permeia e direciona os caminhos das empresas em determinado merca- do de atuação. Definir estratégias de marketing é fundamental para diferenciar marcas, pro- dutos e serviços, ainda mais no superpovoado território do marketing digital. Nesse contexto, os profissionais de marketing devem dominar cada vez mais os conceitos estratégicos e as múltiplas possibilidades que a determinação de estratégias confere às marcas, principalmente no que tange à busca por melhores resultados. 4.1 O QUE É ESTRATÉGIA? Para compreender o conceito de estratégia, você deve, inicialmente, conhe- cer o conceito de marketing, conforme Kotler e Keller (2018, p. 3). Marketing está relacionado ao processo social pelo qual pessoas e grupos de pessoas obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, da oferta e da troca de produtos de valor com outros. 82 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Esse processo social, e também gerencial, no qual o marketing é construído exige o uso adequado de ferramentas para se compreender, de forma holísti- ca, o consumidor. É nessa seara que o pensamento estratégico ganha corpo no ambiente de marketing (RÉVILLION et al., 2018). O surgimento da internet mudou profundamente o comportamento dos consumidores, tirando-os de um estado de passividade e tornando-os mais críticos, exigentes e ativos, verdadeiros protagonistas junto às marcas. Esse novo cenário exigiu das empresas a adoção de novas estratégias de marke- ting, que levem em conta a significativa mudança de atitude dos consumido- res, que hoje possuem mais poder e influência, em razão, principalmente, de sua participação nas mídias sociais (TURCHI, 2018). Para se manterem competitivas e acessarem esse novo consumidor, as em- presas precisam construir uma adequada presença digital e implementar novas estratégias de marketing voltadas ao mundo digital. Antes de abordar- mos especificamente algumas dessas estratégias, vamos entender o que é estratégia de marketing. 4.1.1 DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIA DE MARKETING A formulação de um plano de ação em marketing tem por objetivo atingir metas. As estratégias são um conjunto de ações que conduzem às metas. Toda empresa precisa elaborar estratégias de marketing para alcançar seus objetivos. Estas estratégias precisam ser compatíveis com uma estratégia de tecnologia e uma estratégia de busca de recursos (KOTLER; KELLER, 2018). 83 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MARKETING ESTRATÉGICO Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na foto, um gestor de marketing tomando café está em frente à tela de um computador. Na tela do computador aparece o título “Marketing estratégico” e diferentes imagens: símbolo de questão, um gráfico de barras, um símbolo de compartilhamento, um símbolo de bate papo. As definições estratégicas costumam ser mais amplas e genéricas. Elas são pautadas na missão, na visão e nos valores da empresa, nos objetivos de ma- rketing e financeiros, bem como nas necessidades que o produto ou serviço oferecido deve satisfazer. Uma fase mais específica do pensamento estraté- gico é a definição tática de marketing, ou seja, a organização das atividades que serão realizadas para a marca viabilizar as suas estratégias de marketing. Nessa fase, são descritos os principais elementos que podem atrair consumi- dores: definição de preços, formas de distribuição e comunicação (KOTLER; KELLER, 2018). O pensamento estratégico de marketing deve considerar os objetivos de mercado, as necessidades e os desejos dos consumidores, perpassando atributos táticos que permitirão à marca atingir as metas definidas no seu planejamento de marketing. 84 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O processo estratégico é componente fundamental para as marcas desde os anos 1950, quando surgiram os conceitos de marketing mix, ciclo de produto e segmentação de mercado. Entretanto, não basta conhecer apenas os con- ceitos já estabelecidos de marketing, na contemporaneidade, o marketing digital tem se tornado um complemento essencial à estratégia de marke- ting das organizações. Seu desenho deve permitir, por exemplo, a conquista de novos mercados consumidores, construir e fortalecer a reputação de uma marca, potencializar a conexão das empresas com seus consumidores, entre outras possibilidades (RÉVILLION et al., 2018). Um pequeno e despretensioso restaurante, por exemplo, pode não realizar campanhas de marketing digital constantemente, mas é provável que tenha um perfil em redes sociais, receba avaliações de clientes no Google Maps, utilize aplicativos de mensagem para realizar reservas ou atender aos pedidos e, provavelmente, esteja credenciado em algum serviço de delivery, como o Uber Eats. Adotar uma estratégia de marketing digital tem se tornado uma prática cada vez mais corriqueira no ambiente corporativo.Um dos motivos é a possibili- dade de o marketing digital atrair consumidores, que estão cada vez mais co- nectados à internet e realizam pesquisas na Web para encontrar o que neces- sitam, incluindo produtos e serviços. Empresas que investem em estratégias de marketing digital percebem o poder da internet, mecanismo que permite alcançar diferentes segmentos de mercado em pouco tempo (RÉVILLION et al., 2018). 85 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS PESQUISAS NA WEB Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, em primeiro plano aparece uma barra de buscas da internet, o inicio da barra o símbolo de uma lupa e no final da barra a palavra “pesquisa”. Ao fundo, um homem de terno e gravata com está com a mão estendida de modo que o dedo indicador toca a barra de buscas. 4.1.2 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL E DE MARKETING TRADICIONAL Quando falamos de marketing digital, precisamos entender que até pouco tempo os meios virtuais eram poucos utilizados. Antes da disseminação da internet e das tecnologias mobile, quando o consumidor ia adquirir um pro- duto ele precisava se lembrar qual empresa o oferecia, pois não possui opções para pesquisar. As empresas, principalmente as maiores, investiam vultosos recursos para construir suas marcas usando principalmente mídia de massa (campanhas e anúncios em televisão, rádio, jornais e revistas) (TURCHI, 2018). O advento da internet tem impacto nas estratégias de marketing das marcas e, por isso, ocorre forte crescimento de negócios nessa área, em detrimento do marketing tradicional. Por ser muito acessível, a internet serve aos interes- ses estratégicos das empresas de diferentes portes, o que permite, por exem- plo, a criação de campanhas on-line, seja por meios gratuitos, como conteú- dos para redes sociais, seja em plataformas pagas, via anúncios publicitários, que, embora exijam mais investimento, são estratégias mais elaboradas (RÉ- VILLION et al., 2018). 86 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 As ferramentas estratégicas de marketing digital são, muitas vezes, métodos mais acessíveis às empresas, principalmente às de pequeno porte, do que as mídias usualmente utilizadas no marketing tradicional, tais como televisão, rádio e meio impresso. Além disso, tais estratégias normalmente exigem me- nos investimentos. INVESTIMENTO Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, em primeiro plano aparem gráficos de linha. Ao fundo, uma mulher vestindo uma camisa azul com uma lupa na mão analisa os gráficos. Embora estejam cada vez mais presentes nos planos de marketing, as ações de marketing digital ainda são vistas, muitas vezes, como uma opção ou com- plemento às estratégias traçadas para os meios tradicionais. É importante você ter em mente que a quantidade de investimento em ações digitais e em meios tradicionais depende de uma série de itens, como verba, prazos, objeti- vos, etc. Assim, o mais assertivo não é decidir qual método (tradicional ou digi- tal) utilizar, mas em que proporção, pois dificilmente um plano de marketing, nos dias atuais, descartará o uso de mecanismos digitais; em muitos casos, tais mecanismos serão o único meio estratégico (RÉVILLION et al., 2018). Além de decidir a proporção a ser investido em cada método, as empresas precisam compreender que os consumidores desejam cada vez mais ser ou- vidos, ter respeito, envolvimento, interação e engajamento. Por isso, um dos 87 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS grandes desafios de implementar estratégias de marketing digital é abrir es- paços para o efetivo diálogo com o consumidor (TURCHI, 2018). 4.2 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL A presença das marcas na internet deve ser desenhada de forma estratégica. Por isso, desenvolver um bom planejamento e definir claramente as métricas são ações cada vez mais fundamentais, seja para estabelecer uma comunica- ção eficaz junto ao público alvo, como na atuação em mídias sociais, seja no que tange às vendas, o que pode ser observado com a ascensão das vendas on-line. O e-commerce — ou seja, as vendas que ocorrem na internet — tem cresci- do à medida que o uso de smartphones se populariza. Por isso, as empresas precisam criar e gerenciar sistemas complexos de canais e redes de valor (KO- TLER; KELLER, 2018). Isso quer dizer que é cada vez mais necessário definir estratégias e táticas que permitam integrar os canais de marketing e, dessa forma, desenvolver redes de valor. Estabelecer uma comunicação digital efi- caz com consumidores e realizar vendas on-line são ações importantes para as marcas (RÉVILLION et al., 2018). 4.2.1 ESTRATÉGIAS Para conquistar retorno significativo com a presença digital, é necessário uti- lizar outros elementos estratégicos, o que requer planejamento e métricas. Abaixo são apresentados brevemente algumas estratégias: • Inbound marketing: criar e compartilhar conteúdo de qualidade e relevante para o público- alvo é cada vez mais importante como componente estratégico. O motivo é que essa ferramenta tende a atrair um público mais qualificado, aumentando as chances de negócios. 88 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 • Links patrocinados: funciona como um anúncio para divulgar a empresa e seus produtos e serviços. Ele pode ser utilizado em buscadores da internet, como o Google, e também nas redes sociais. Muitos usuários tendem a evitar os links patrocinados, por isso a publicidade nativa tem se tornado uma ferramenta estratégica eficaz. A prática consiste em publicar artigos e postagens patrocinados em meio ao conteúdo de um site, blog ou rede social. Apesar de serem identificados como conteúdo publicitário, esses materiais se misturam às demais postagens, o que facilita o engajamento do usuário. • E-mail marketing: Recomendado para criar relacionamento e engajar os consumidores, os quais recebem conteúdo por e-mail de acordo com seus interesses e características. • Search Engine Marketing (SEM): estratégia que permite revelar um site ou blog ao internauta, facilitando o acesso a determinados conteúdos. 4.4.2 TRÁFEGO ORGÂNICO E TRÁFEGO PAGO O ponto de partida para a definição de estratégias de marketing digital é de- terminar se o tráfego será orgânico, pago ou de ambas as formas. Tráfego: visitas de possíveis compradores aos canais digitais de uma empresa. 89 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS O tráfego é um indicador muito importante para campanhas digitais, pois permite direcionar esforços tendo em vista, por exemplo, o número de usuá- rios que visitam os canais digitais de uma empresa. A produção de conteúdo tende a gerar resultados positivos. Quando um con- teúdo gera tráfego intenso e atinge um número significativo de pessoas, é possível afirmar que se trata de um material relevante e que resultou em en- gajamento. Um conteúdo pode gerar dois tipos de tráfego: orgânico e pago. • Tráfego orgânico: consiste na produção de conteúdo para atrair o público-alvo de forma espontânea. Esse recurso estratégico tem por objetivo atrair as pessoas para assuntos de seu interesse. É uma estratégia muito usada pelas marcas; afinal, quando um conteúdo cresce de forma orgânica na internet, a empresa não tem custos, pois não se trata de publicidade paga. • Tráfego pago: consiste na utilização de técnicas que requerem investimento publicitário. O processo consiste, basicamente, em investir em ferramentas para promover, por exemplo, links e palavras-chave. O objetivo é possibilitar que o conteúdo pago fique bem posicionado na páginainicial dos sites de busca. Esse tipo de divulgação, que ocorre por meio de anúncios publicitários na internet, aparece em destaque nos buscadores, e o pagamento é feito após os receptores da mensagem interagirem com os anúncios por meio de cliques. Para aumentar o tráfego orgânico as empresas usualmente utilizam estraté- gias de otimização de pesquisa, que permite aumentar o tráfego e compre- ender melhor o que as pessoas buscam on-line. As plataformas de pesquisa, ou seja, os buscadores existentes na internet, como o Google, determinam o que apresentar aos usuários que executam pesquisas. Essas ferramentas se- lecionam conteúdos que incidam nos termos de busca da pesquisa realizada e, ainda, que estejam nos sites mais visitados. É comum encontrar esses con- teúdos nos sites das empresas. 90 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O investimento sites de buscas, como o Google, é uma das ações de marke- ting que mais cresce no meio digital, responsável por 60% dos recursos des- tinados a marketing on-line no País (TURCHI, 2018). Para gerar tráfego orgâ- nico, as empresas investem em Search Engine Optimazion (SEO), técnicas implementadas na página que permitem aprimorar um site para possa ser melhor encontrado pelo Google. Um exemplo é o uso de palavras-chave em textos corporativos em ambiente digital. Quando repetidas inúmeras vezes ao longo do texto, tais palavras permitem que um assunto seja localizado pelo buscador e apareça como um dos primeiros resultados da busca realizada. Para a criação de palavras-chave, é muito importante imaginar quais pode- riam ser os termos usados pelos consumidores ao realizarem pesquisas sobre determinado produto ou serviço na internet. A identificação desses termos colabora para a criação de palavras-chave relevantes para uso em conteúdo produzido por meio da técnica SEO. SEO Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, em primeiro plano uma ocupa quase toda a tela com a palavra SEO ao centro dela. Em um fundo verde, aparecem várias palavras-chave. É importante que as empresas que investem em estratégias de marketing digital aprimorem os mecanismos que permitem crescimento do tráfego or- gânico do público-alvo. A estratégia de marketing digital para a produção de conteúdo SEO deve causar impacto junto ao receptor da mensagem. Quan- do isso acontece, as marcas ganham mais credibilidade e melhoram a sua reputação. Além disso, cresce o número de visitas ao seu site, por exemplo. 91 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Embora muito eficaz, a estratégia de SEO não garante que toda e qualquer marca seja melhor posicionada nos buscadores da internet. Afinal, há seg- mentos de mercado muito concorridos, como é o caso de calçados e cosmé- ticos. Por isso, além de palavras-chave realmente relevantes, é fundamental investir em títulos que despertem o interesse dos internautas; tais títulos ge- ralmente são listados nas primeiras páginas pelos buscadores. Já em relação ao aumento do tráfego pago, as empresas podem utilizar ferra- mentas como a plataforma Google Ads, na qual é feita boa parte dos anúncios veiculados na internet, ela classifica os anúncios com base em um ranking. Dessa forma, determina os anúncios que serão exibidos em destaque. Para isso, segue critérios como: qualidade, relevância e lances por cliques. A grande vantagem em gerar tráfego pago é a possibilidade de segmentação geográfica e demográfica do público-alvo. Em redes sociais, como Instagram e Facebook, também é possível realizar campanhas de tráfego pago. Essa es- tratégia é utilizada, por exemplo, quando uma pessoa faz uma pesquisa sobre um produto em um buscador na internet e mais tarde recebe anúncios desse mesmo produto na timeline de suas redes sociais. TRÁFEGO PAGO EM REDES SOCIAIS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, aparecem os logotipos das principais redes sociais impressos em pape, cortados e colados em palitos de madeira: Facebook, Google Plus, Twitter, Instagram, Linkedin. 92 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Os métodos de tráfego (orgânico e pago), quando aplicados em conjunto, tendem a gerar melhores resultados para as campanhas de marketing digi- tal. Atualmente, eles têm sido muito utilizados pelas marcas. 4.3 DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS DE MARKETING Para desenvolver estratégias de marketing digital, você deve conhecer as ca- racterísticas do meio digital (RÉVILLION et al., 2018) lista as principais: • Segmentação: o mundo digital conta com mecanismos que facilitam a segmentação do público-alvo a ser atingido. É possível direcionar uma campanha ou anúncio, por exemplo, por meio de dados geográficos e demográficos, mas também por nível de interesse em determinado assunto, sendo esse um dos principais diferenciais em relação aos meios tradicionais de marketing. Dessa forma, alcançar o público-alvo pretendido tende a ser uma tarefa mais simples e assertiva. • Rapidez: ações on-line desenvolvidas por meio do marketing digital são mais rápidas em comparação aos meios disponíveis no marketing tradicional, principalmente no que tange à veiculação. Prova disso é o fenômeno viral, que consiste na rápida divulgação de determinado conteúdo — via redes sociais, por exemplo —, de modo que tal conteúdo ganha proporções gigantescas em termos de compartilhamento e alcance. • Investimento: ações de marketing digital costumam exigir menos investimento do que ações nos meios tradicionais. Por exemplo, na criação de um anúncio na plataforma de publicidade do Google (Google Ads), o investimento é definido pelo anunciante, algo impossível de ser feito em outros veículos, cujos valores são fixos. Isso significa que é possível acompanhar os resultados da campanha e pausar, manter ou aumentar o valor do investimento. 93 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS • Interação: é a possibilidade de a marca estabelecer um relacionamento com o seu público-alvo. Isso é uma característica intrínseca do meio digital e um importante fator para o êxito de determinada campanha on- line. A interação se relaciona ao grau de engajamento do público, por exemplo, ao comentar a campanha em redes sociais, compartilhar ou curtir. A interação é uma das principais métricas do marketing digital. • Métricas: o retorno e o engajamento de campanhas de marketing on-line podem ser medidos com mais precisão do que os resultados das campanhas veiculadas nos meios tradicionais. Isso ocorre, pois, as ferramentas on-line permitem obter dados, por exemplo, da quantidade exata de cliques e de conversões que determinado anúncio obteve, o que permite gerenciar com mais eficácia o investimento realizado. Nos subtópicos a seguir vamos abordar mais detidamente como desenvolver estratégias de marketing digital por meio das principais ferramentas disponí- veis no mercado atualmente. 4.3.1 E-MAIL MARKETING Quando a internet surgiu, a primeira ferramenta digital utilizada pelas empre- sas para divulgar os produtos era o e-mail (OLIVEIRA, 2018). O e-mail marke- ting é um dos instrumentos mais antigos no mundo digital, mas importante e muito utilizado em campanhas de comunicação (TURCHI, 2018). Afinal, ele é o seu passaporte digital, pois sem e-mail não é possível sequer criar conta online na maioria das redes sociais ou dos outros serviços (MARQUES, 2018). Além disso, muitas pessoas possuem pelo menos uma conta de e-mail e a checam com frequência. Vale lembrar que muitas contas de consumo, tais como as de cartão de crédito e internet, são enviadas por e-mail, uma vez que as empresas buscam diminuir custos com papel e postagem.Essas con- tas, por serem mensais, obrigam as pessoas a checarem os seus e-mails com mais frequência (RÉVILLION et al., 2020). 94 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O e-mail marketing requer baixo investimento, pois não necessita de impres- são ou intermédio de um veículo de comunicação, que cobraria pelo espaço. Além disso, essa ferramenta confere conveniência e permite mensurar o re- torno das ações com mais eficiência, pois gera informações para a identifica- ção da origem dos leads que chegam ao canal da empresa. Muitas marcas estão frustradas com o custo das redes sociais, o que favorece a aposta no e-mail marketing, meio que tem apresentado novos layouts e mais investimento em conteúdo relevante, além de ter incorporado vídeos e aprimorado as newsletters. Marques (2018) apresenta as principais razões para apostar no e-mail marketing: i) universalidade; ii) popularidade; iii) facili- dade; iv) ajuda a construir ligações e relações; v) boa ferramenta para comuni- cação regular; vi) bom retorno do investimento. E-MAIL MARKETING Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, um notebook preto com a tela aberta. De dentro da tela sai uma vara de pescar. A vara de pescar possui como “isca” no anzol o símbolo @, que se refere ao e-mail marketing. 4.3.2 LANDING PAGES As landing pages (“páginas de destino”) são uma ferramenta estratégica mui- to importante para o marketing digital. 95 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Landing page: página de entrada num website ou uma página criada para vender ou captar um consumidor. São exemplos: Página do produto de uma loja online, página sobre serviços da empresa no seu website. As landing page são páginas customizadas inseridas em sites institucionais das marcas e contam com elementos para aumentar a conversão de clientes, ao mesmo tempo em que geram leads. A taxa de conversão oriunda de lan- ding pages costuma ser superior à de outras páginas dos sites nos quais elas estão inseridas. O mecanismo de funcionamento é simples: em um buscador on-line, ao cli- car no resultado da pesquisa, o internauta é direcionado para uma landing page; somente depois ele acessa o destino procurado no site, como a página principal. A principal função desse processo é encorajar o internauta a conti- nuar a navegação no site. Dessa forma, a informação disponível e o visual da página devem ser atrativos e impactantes, e o texto deve ser esclarecedor. Quanto mais landing pages houver, maior é a probabilidade de a empresa atrair diferentes públicos, gerar tráfego e oportunidades de negócios. É co- mum que as empresas solicitem o preenchimento de um cadastro em suas landing pages. O objetivo disso é colher dados dos visitantes em troca de be- nefícios, como o download de um e-book gratuito. As landing pages possuem grande importância quando uma empresa pre- tende criar uma campanha, fazer um lançamento ou vender um produto ou serviço (MARQUES, 2018). 96 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 LANDING PAGES Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, um notebook preto sob uma mesa redonda. Ao lado do notebook há um uma xicara de café. Na tela do notebook aparece a página de um blog. 4.3.3 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO A criação e a produção de conteúdo são ferramentas-chave para o marketing digital, assim como os anúncios publicitários são recursos importantes para a propaganda e o marketing tradicionais. Como observa Vaz (2009), na inter- net, a propaganda dá lugar à publicidade, aqui compreendida como um tipo de informação semelhante à veiculada pelos textos jornalísticos. O conteúdo se torna uma forma de identificação com os consumidores e, por isso, exige mais atenção e investimentos das marcas, que devem selecionar o que de fato é relevante e merece ser entregue ao público alvo. 97 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS PRODUÇÃO DE CONTEÚDO Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, um notebook preto sob uma mesa. Em cima do notebook há um tablet e um smartphone. Todos os dispositivos estão abertos na mesma página, indicando a necessidade de desenvolvimento de conteúdo para diferentes dispositivos. É necessário identificar e explorar o que pode despertar e atrair a atenção do internauta, bem como o que gera engajamento. Atualmente, o conteúdo é um elemento prioritário para as marcas, uma vez que é ele que vai ser visto, apre- ciado e compartilhado nas redes sociais, tornando-se peça-chave no leque de ferramentas estratégicas disponíveis no marketing (RÉVILLION et al., 2018). Como você sabe, o brasileiro é assíduo no uso de redes sociais. Nesse contexto, a produção de conteúdo para alimentar os perfis das marcas nas redes sociais e em sites e blogs próprios permite que as empresas conheçam melhor o perfil dos seus clientes, seus hábitos on-line e seus interesses. Quanto mais se conhece o consumidor, mais fácil se torna a venda. As mídias sociais e os blogs têm a capacidade de aumentar o alcance das empresas, tornando-as conhecidas por mais usuários. 98 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 4.3.4 MARKETING NOS BUSCADORES (SEM – SEARCH ENGINE MARKETING) Com o advento da internet ocorreu uma grande inversão na forma como fa- zemos marketing. Agora é o cliente quem procura o que deseja quando quer adquirir um bem. Nesse cenário, os consumidores utilizam buscadores ou fer- ramentas de busca como Yahoo, Bing e Google ou agregadores ou indexado- res de preços como o Zoom e o BuscaPé para pesquisar, de forma rápida e segura, o item desejado (TURCHI, 2018). Para captar novos clientes as empresas tem investido massivamente no ma- rketing de busca. Isso ocorre porque o consumidor possuo maior poder de barganha, uma vez que possui um grande número de potenciais fornecedo- res e muitas fontes de informações. Assim, ele está mais preparado para reali- zar o processo de compras e é menos fiel às marcas (TURCHI, 2018). Após realizar uma pesquisa em um buscador, 100% das pessoas olham as pri- meiras linhas de resultado da página e, depois, começam a ser apenas o início das linhas seguintes. A visibilidade da empresa no ranking de pesquisa cai a partir da primeira linha, diminuindo para 85% no final da área visível – sem rolagem da página e, então cai drasticamente para 50% depois do ponto de rolagem na página até 205 no final da primeira página. Por isso, além de se preocupar com as palavras-chave, as empresas precisam se atentar e analisar periodicamente a posição da empresa nesse ranking vir- tual, comparando-a com seus principais concorrentes. Se na primeira página houver links de reclamações sobre seus produtos ou serviços, como aquelas realizadas no Reclame Aqui, a empresa precisa agir rapidamente para iden- tificar as queixas e solucioná-las. Além disso, precisa desenvolver ações para eliminar essa exposição negativa das primeiras posições, pois com certeza já está prejudicando suas vendas e imagem atual (TURCHI, 2018). Para conseguir estar bem posicionada nas primeiras posições dos buscado- res, as empresas precisam investir em ações de SEO. Para isso, é preciso de- senvolver ações na página ou site (on site) e ações fora da página ou site (off site). Turchi (2018) elenca algumas ações utilizadas para auxiliar nessa estraté- gia de melhor indexação dos sites: 99 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Ações off page • Obter links de outros sites que possuem relação com o temaabordado que direcionem para o seu site. • Ações nas mídias sociais. • Desenvolvimento e distribuição reiterada de conteúdo relevante para outros blogs e sites parceiros, entre outras. Ações on page • O site tem que apresentar conteúdo relevante e pertinente para o tema pesquisado. • Vida útil do site, quando mais tempo estiver no ar sendo alimentado com conteúdo relevante mais fácil será indexado pelo Google. • Seleção de palavras-chave trabalhadas (tanto nos textos como nas tags), exemplos: no caso de uma loja de eletrônicos as palavras-chave poderia ser “smartphones, notebooks, smarttvs” etc. • Atuação com frequência do conteúdo do site relacionado às palavras-chave, bem como elaboração de conteúdo exclusivo e inédito. • Utilizar links internos para outros conteúdos. • Possuir extraordinário agilidade e usabilidade no site. • Monitoramento frequente dos resultados, utilizando ferramentas de monitoramento e métricas, para redirecionar as ações, se necessário. Ao adotar as estratégias enumeradas acima de forma sistemática, a empresa poderá figurar nas primeiras paginas dos buscadores. Mas esse resultado de- manda esforço e estratégia, e não será conseguido de imediato. Além disso, a empresa precisa envolver a equipe de tecnologia das informações ao longo do desenvolvimento do site (TURCHI, 2018). 4.3.5 INBOUND MARKETING Também chamada de “marketing de atração”, a técnica denominada in- bound marketing é, como descreve Turchi (2018), uma forma de criar cami- nhos estratégicos para engajar consumidores por meio de determinado con- teúdo atrativo e relevante. O processo se inicia quando a empresa busca atrair o consumidor por meio de mensagens direcionadas, que permitem capturar a atenção dele e sensibilizá-lo. 100 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O objetivo central da estratégia é fazer com que as marcas “joguem iscas” para atrair clientes, sendo que um conteúdo relevante e bem preparado de- sempenha o papel de isca. O mais comum é atrair o consumidor para uma plataforma da marca na qual ele forneça espontaneamente seus dados. INBOUND MARKETING Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, um anzol com o símbolo @ como isca, indicando a utilização de ferramentas para “fisgar” os clientes potenciais. A partir daí, estabelece-se proximidade, o que ocorre por meio de diferen- tes canais de comunicação institucional. Isso permite à empresa conhecer melhor esse consumidor e aumentar as possibilidades de engajamento e conversão. O inbound marketing é estruturado por meio de quatro pilares: 1. atrair o público alvo por meio de conteúdo relevante; 2. executar a conversão desse público alvo em clientes potenciais; 3. fechar a venda; 4. estabelecer uma relação duradoura com os consumidores Em resumo, é fundamental que as marcas compreendam os desejos, neces- sidades e anseios dos consumidores. Por isso, é necessário adotar uma meto- dologia que permita escutá-los previamente, para somente depois produzir um conteúdo significativo. Isso é possível com a implantação das técnicas de inbound marketing. 101 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Além disso, utilizar uma gama de mecanismos — como campanhas de e-mail marketing, ferramentas para gerar tráfego orgânico e pago, mídias sociais, entre outros — permite que as marcas se aproximem de clientes potenciais e consumidores. Dessa forma, elas podem potencializar e aprimorar os meca- nismos de comunicação a fim de gerar mais engajamento e conversão CONCLUSÃO Esta unidade apresentou uma reflexão sobre a importância de as empresas desenvolverem estratégias eficientes e eficazes para capturar o consumidor alvo. A evolução no comportamento do consumidor tem demandado das empresas novas estratégias para acessa-lo e fidelizá-lo. Nesse cenário, as es- tratégias de marketing digital são fundamentais, uma vez que o consumidor na atualidade utiliza a todo o tempo a internet para pesquisar e consumidor. No primeiro tópico da unidade, analisamos o conceito de estratégia em ma- rketing digital e sua importância. Também estudamos as principais vanta- gens de adotar estratégias de marketing digital frente ao marketing tradicio- nal, mas enfatizamos que o desafio das organizações não é decidir em qual tipo investir, mas qual a proporção necessária para atingir o público alvo, uma vez que as duas abordagens são importantes. No segundo tópico, aprendemos as principais estratégias em marketing di- gital e a importância de escolher estratégias de marketing digital baseadas em tráfego orgânico e tráfego pago. Também analisamos as diferenças entre tráfego orgânico e tráfego pago, explorando quando devemos utilizar um ou outro. No último tópico, analisamos detidamente algumas das principais estraté- gias de marketing digital, como o e-mail marketing, landing pages, marke- ting nos buscadores, produção de conteúdo e inbound marketing. Ao final desta unidade, aprendemos que um dos principais desafios das em- presas no desenvolvimento de marketing digital é planejar ações de marke- ting contemplando os vários meios e tecnologias relacionadas a estratégias digitais. UNIDADE 5 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 102 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS > Analisar os novos modelos de negócio baseados na virtualidade > Descrever a potencialidade de negócio do ambiente virtual > Entender o papel no mobile marketing 103 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS 5 E-BUSINESS INTRODUÇÃO A internet tem revolucionado a forma como os consumidores se comportam e realizam pesquisas e compras de bens e serviços. Para acompanhar essa evolução, as empresas precisam entender como utiliza-la para aprimorar seus negócios. Em relação às estratégias de marketing, a internet possibilita a otimização e criação de novos canais de vendas e a instituição de novos meios de relacio- namento e comunicação com parceiros e clientes. Estudante, nesta unidade você vai compreender as possibilidades de utiliza- ção da internet e das tecnologias da informação e comunicação nos negócios das organizações. E-BUSINESS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na ilustração, aparece um notebook com o sinal do wi-fi ao seu lado, na parte direta superior. Na tela do computador há o símbolo cifrão. Ao fundo, uma ilustração do planeta terra. 104 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 5.1 E-BUSINESS E NOVOS MODELOS DE NEGÓCIO BASEADOS NA VIRTUALIDADE Podemos definir e-business como a utilização da tecnologia (hardwares e sof- twares) nos negócios das empresas, ou seja, é utilizado nos processos externos e internos das organizações, nas aplicações empresariais e na estrutura orga- nizacional. Apesar da possibilidade de utilização da tecnologia em diferentes áreas das empresas, trataremos aqui, especificamente, de sua utilização na área comercial. 5.1.1 NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS Na contemporaneidade, praticamente todo o processo de troca de informa- ções entre duas ou mais empresas, entre empresas e seus fornecedores e entre empresas e clientes acontece por meio de aparato tecnológico, ou seja, por meio de sistemas e-business. Reflexos em outros setores: • Indústria automobilística: nessa, a tecnologia é utilizada para integrar as empresas a seus fornecedores, considerados parceiros no processo de desenvolvimento dos carros e peça chave na garantir de qualidade e competitividade ao setor. • Setor de Saúde: aqui, o e-business é utilizado por alguns planos de saúde para integrar clientes e parceirospor meio dos sistemas de autorização de exames e consultas. Este sistema eletrônico integra informações entre os médicos conveniados, os laboratórios e as clínicas especializadas, suprimindo o processo de liberações, já são pré-aprovados no sistema. O uso da tecnologia na área de negócio tem como objetivo aprimorar os pro- cessos organizacionais, a oferta mercadológica da empresa e o relacionamen- to com clientes e parceiros. Além disso, pode ser utilizada para alcançar novos clientes por meio do desenvolvimento de novos produtos e de novos modelos de negócios (OLIVEIRA, 2018). 105 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Várias empresas utilizam as tecnologias para criar ou aprimorar produtos. Nas indústrias de brinquedos, incorpora-se a tecnologia aos produtos, recriando-os por meio do incremento tecnológico, como o uso de apps no celular para jogar. Na indústria de eletrodomésticos, vários produtos já vêm integrados à internet, como geladeiras que automatizam compras e os dispositivos que deixam a casa inteligente, como iluminação automatizada, assistentes de voz e fechadura inteligente. Além da tecnologia da informação ser utilizada no desenvolvimento de novos produtos, ela pode ser utilizada para reinventar negócios antigos, criar novos modelos de negócios, além de explorar outros nichos de mercado. Na indústria da moda, os modelos negócios têm sido remodelados para adotar a moda sob demanda. Dois exemplos são a marca americana Contrato e a marca portuguesa Wetheknot. Saiba mais sobre o modelo de negócios dessas duas empresas no artigo “A Ascenção da moda sob demanda e sustentável” no link A disseminação da utilização das tecnologias para reinventar produtos e criar novos modelos de negócios situa o e-business como importante estratégia a ser adotada pelas empresas diante das potencialidades e dos desafios advin- dos com a popularização da internet, dos celulares e das redes sociais. Nesse cenário, muitas empresas têm criado negócios baseados na internet, ou seja, o e-commerce (comércio eletrônico) se tornou parte das estratégias das em- presas. Compreendemos melhor essa nova interface das empresas na subtó- pico a seguir. https://www.assintecal.org.br/noticias/3580/a-ascensao-da-moda-sob-demanda-e-sustentavel 106 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 COMÉRCIO ELETRÔNICO Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, uma caixa de papelão com a palavra “loja na web” escrita em letras garrafais. Na parte de baixo da caixa há três símbolos: setas para cima indicando a forma correta como a caixa deve ser posicionada, taça indicando que o objeto é frágil, guarda-chuva significa que a caixa não pode ser molhada ou acomodada em local úmido. 5.1.2 DIFINIÇÃO DE E-COMMERCE E SUAS VANTAGENS Com o desenvolvimento e popularização da internet e consequente mudan- ças no comportamento do consumidor, o ambiente digital se tornou uma área prioritária a ser explorada pelas empresas. Na década de 1980, as grandes empresas, principalmente dos setores indus- trial e varejista, já realizavam transações comerciais pela via eletrônica, com o uso de tecnologias específicas, tais como o Electronic Data Interchange (EDI – Troca Eletrônica de Documentos) e Electronic Funds Transfer (EFT – Transfe- rência Eletrônica de Fundos). Estas tecnologias eram utilizadas para envio de documentos (ordens de compra e de pagamentos), com o objetivo de agilizar as operações de logística e da cadeia de suprimentos (TURCHI, 2018). A partir do final dos anos 1990 e início de 2000, com a evolução da internet e dos mecanismos de segurança, essas operações começaram a ser feitas tam- 107 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS bém pela web. Mas o potencial oferecido pela Internet levou as empresas a pensar de forma mais ampla e a incluir em seus planejamentos de marketing as estratégias de e-business. Foi nesse contexto que foram lançadas as bases para o e-commerce. E-commerce: operações de compra e venda de produtos e serviços pela internet. Na contemporaneidade, o conceito de e-commerce deu origem a outras de- nominações: m-commerce (mobile commerce – comércio por meio de dis- positivos móveis), t-commerce (television commerce – comércio por meio da televisão), o social commerce (comércio com influência das redes sociais), en- tre outras. Em termos conceituais, o comércio eletrônico engloba as seguin- tes modalidades (TURCHI, 2018): •B2C – Business to Consumer: modelo de negócio que abrange qualquer transação em que uma companhia ou organização venda seus produtos ou serviços diretamente para os consumidores finais; nesse caso, consumidores que navegam pela Internet. Assemelha-se muito às lojas que fazem venda direta ao consumidor (varejo) através de catálogos, e se apresenta tipicamente na web na forma de lojas virtuais. Estão inclusões leilões virtuais e modelos de shopping virtuais. •B2B – Business to Business: abrange as transações comerciais – compra e venda de produtos e serviços – entre empresas ou entidades. Como exemplos, temos as indústrias que vendem para os atacados, os atacados que vendem para pequenas lojas de varejo, e assim por diante. 108 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 •B2G – Business to Government: define as atividades comerciais, nesse caso pela internet, entre empresas privadas e governamentais. •B2I – Business to Institutions: atividades comerciais pela via eletrônica entre empresas e instituições (educacionais, associações etc.). •B2E – Business to Employee: modelo de comércio eletrônico em que empresas vendem serviços ou produtos a seus funcionários. •E-Procurement: modalidade de comércio eletrônico utilizado pelas empresas para compra de suprimentos (como materiais de escritório, higiene e limpeza etc.). •CtoC – Consumer to Consumer: comércio entre consumidores, feito de forma direta, por meio de sites apropriados, tais como Mercado Livre, Imovelweb, Webmotors, ou seja, pessoas anunciando para vender para outras pessoas, sejam produtos novos ou usados, que hoje é uma grande tendência, via sites como OLX, Bom Negócio, Enjoei, entre outros. •OtoO – On-line to Off-line: são serviços adquiridos no on-line para uso no offline, e embora tenha crescido 30% em 2016 com relação a 2015, esse é um mercado que ainda tem muito para crescer. 109 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS •BtoN – Business to Network: atualmente, a empresa deve considerar essa transação não apenas com uma pessoa, e sim com a rede à qual ela pertence, pois, esse consumidor poderá impactar, de acordo com suas atitudes, as vendas futuras dessa empresa, ou seja, se ele for bem atendido e ficar satisfeito poderá difundir informações que vão favorecer a empresa. Mas o contrário também é verdadeiro: se ele ficar insatisfeito, poderá difamar a organização, fazendo que ela perca futuros negócios. O comércio eletrônico deve ser considerado um canal de distribuição e parte da estratégia de mercado das empresas, integrado às outras estratégias e aos diferentes setores da empresa. Além das empresas desenvolverem venderem seus produtos na internet, outros modelos de negócios foram criados, como os sites que intermedeiam processos de compra e venda entre empresas e clientes, como o Mercado Livre. COMPRAS ONLINE Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, uma pessoa segura um tablet com as duas mãos. Na tela do tablet a representação do conceito de e-commerce: um “e” com um “traço” e um carrinho de supermercado ao lado do traço. 110MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 5.1.3 INTEGRAÇÃO COMÉRCIO ONLINE E FÍSICO Muitas empresas que já possuem lojas físicas têm migrado e criados lojas si- milares na internet. Além disso, novos modelos de negócios têm aproveitado a infraestrutura física das lojas e a ampla abrangência geográfica do comér- cio online para criar o ominichannel, que diz respeito a integração dos canais virtuais e físicos (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2016) O site Estante Virtual integra várias livrarias físicas que comercializam livros usados. A estratégia desse e-commerce é aproveitar os estoques das livras para aumentar a capacidade de oferta das obras. Dessa forma, o site atende às necessidades de clientes que não conseguem localizar os livros em suas cidades, potencializando as vendas de livros usados das livrarias físicas e aumentando a oferta a outras regiões do Brasil. As empresas tem explorado a internet para preencher diferentes lacunas de ofertas aos clientes, alterando os sites de comércio eletrônico. Por exemplo, o Magazine Luiza e a Americanas antigamente vendiam seus produtos direta- mente para os clientes por meio dos websites, porém, atualmente, suas pla- taformas integram diversos tipos de produtos novos e usados, procedentes de diferentes fornecedores, se tornando verdadeiros intermediários virtuais (OLIVEIRA, 2018). A integração entre o comércio virtual e o mundo físico pode ocorrer de dife- rentes formas, conforme a classificação apresentada abaixo (OLIVEIRA, 2018): • Comercio virtual: venda online de produtos de uma loja física de varejo em uma versão on-line da loja. Exemplo: Ricardo Eletro. 111 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS • Bricks-and-clicks: empresas com lojas físicas desenvolvem canais de distribuição na web. Exemplo: Polishop. • Catálogo comercial: empresas que utilizam catálogo de mala direta desenvolvem uma versão on-line. Exemplo: Lojas Daju. • Fabricante direto: empresas fabricantes de produtos utiliza o canal on-line para comercializar diretamente ao cliente. Exemplo: Natura. • Provedores de conteúdo: empresas utilizam a internet para entregar conteúdo digital após aluguel ou pagamento. A renda é gerada por meio do consumo do próprio conteúdo pelos assinantes/pagantes. Exemplo: Amazon Prime. • Provedores de comunidade: empresas disponibilizam ponto de encontro para empresas ou pessoas. A renda pode ser gerada pelo lucro obtido com publicidade em buscadores ou publicidade tradicional na web. Determinados sites cobram assinaturas do usuário para obter benefícios na comunidade. Exemplo: Linkedin. • Transaction broker: empresas intermediam processos de compra e venda de diferentes produtos e serviços, como as agências de viagens e os corretores. Exemplo: MaxMilhas. 112 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 • E-distributors: versão na web de uma empresa atacadista que possui relacionamento com diferentes empresas que compram seus produtos. Exemplo: Martins Atacadista on-line. É importante ressaltarmos que a migração do mundo físico para o virtual possui desafios e que algumas vezes pode não dar certo. Como é o caro da empresa Hermes, que criou um site para comercializar seus produtos que eram vendidos por meio de catálogo. Entretanto, ela não obteve sucesso nes- sa empreitada. Por isso, para ingressar no mundo virtual, as empresas preci- sam se planejar e alinhar as exigências do mundo virtual às necessidades da empresa. LOJA ONLINE Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, um notebook aberto. A tela do notebook representa uma loja online, com opções de produtos a serem comprados. Saindo da parte de cima da tela um toldo nas cores branco e vermelho. Ao lado do mousepad há uma abertura com um cartão de crédito inserido nele, representando forma de pagamento. Do lado direito do notebook a palavra “comprar” com uma seta clicando nela. Do lado esquerdo, uma lupa “olha” uma sacola vermelha. 113 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS 5.2 A POTENCIALIDADE DE NEGÓCIO DO AMBIENTE VIRTUAL O e-commerce começou a fazer sucesso nos EUA nos anos 1995, com o surgi- mento da Amazon.com e de outras empresas pioneiras que apostaram nesse novo modelo de fazer negócios. No Brasil, temos como pioneiras e exemplo de sucesso em negócios on-line a Submarino, atual B2W, formada pela fusão da Submarino com a Americanas.com e Shoptime. Desde então, o comércio eletrônico tem mantido crescimento contínuo, consistente ao longo dos anos e em ritmo acelerado. 5.2.1 COMPRAS ONLINE A compra por meio de dispositivos móveis tem representado uma tendência no comércio eletrônico. A participação das compras por meio do mobile com- merce tem apresentado crescimento vertiginoso nos últimos anos. Represen- tava 0,8% do total transacionado em 2012, 21,5% em 2016 e no primeiro semes- tre de 2017 avançou para 31%. O crescimento exponencial do m-commerce é um caminho sem volta, principalmente com novos aplicativos e tecnologias direcionadas a esse tipo de comércio (TURCHI, 2018). Além de permitir a compra de produtos em todo o Brasil, a compra de sites internacionais como o Aliexpress também tem crescido. Os sites internacio- nais vêm conquistando espaço no e-commerce brasileiro ao oferecer preço mais baixo, produto não disponível em lojas brasileiras e lançamentos que não chegaram ao País. O avanço na realização de compras online releva que a população estar per- dendo o receito de efetuar compras on-line e representa uma oportunidade de mercado para as empresas. 5.2.2 COMÉRCIO ELETRÔNICO E AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS As informações que apresentamos evidenciam que as empresas precisam explorar as potencialidades oferecidas pelo e-commerce, especialmente as de pequeno e médio porte (PMEs). Porém, as pequenas e médias empresas ainda têm muito por fazer com relação ao uso da internet, seja para imple- 114 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 mentar estratégias de marketing e divulgação, seja para estabelecer negó- cios e relacionamento com os clientes (TURCHI, 2018). As PMEs podem não só competir no comércio eletrônico, mas até se sobres- sair em relação às grandes empresas, mesmo com menor investimento, des- de que saibam implantar corretamente ações de marketing e ter foco. Para chamar atenção no mundo virtual, as PMEs podem investir na especialização de forma sustentável. Elas podem ser encontradas pelos consumidores que estiverem buscando produtos e serviços específicos, ou seja, podem focar sua atuação em nichos, buscando não atender a todos, mas sim a grupos especí- ficos, com interesses próprios. Um exemplo, poderia ser a criação de uma loja de roupas voltadas para bebês prematuros, algo difícil de encontrar em cidades menos ou fora da capital, mas que na web funciona porque se vende para todo o Brasil. O atendimento oferecido pelas PMEs tende a permitir maior proximidade com os clientes, já que nas operações menores o atendimento é oferecido numa escala mais personalizada. O desafio de todas as empresas é o mesmo: investir e evoluir no relaciona- mento com os clientes. Nessa perspectiva, as PMEs podem utilizar das ferra- mentas de marketing digital para segmentar e focalizar suas campanhas ex- clusivamente para aqueles que pertencem ao público-alvo ou têm interesse pelo que elas comercializam. Para isso, podem se valer se estratégias como os links patrocinados. Isso faz que os custos sejam menores, pois só se paga quando o anúncio recebe um clique (custo por clique – CPC). Além disso, as PMEs podem implantarno mundo virtual ações de forma mais rápida que no mundo físico, como uma campanha de e-mail marketing – versus o envio de mala-direta, por exemplo. A primeira pode trazer melhores resultados, com menor investimento, do que a última opção, desde que feita de forma adequada. Estudante, você pode relembrar sobre as estratégias de marketing digital na Unidade 4. 115 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS A união de dois fatores – atendimento a nichos específicos de mercado e in- vestimento em divulgação segmentada – permite às PMEs competirem no comércio eletrônico, figurando como opção de compra para o consumidor. LOJAS ONLINE PARA PMES Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, um notebook aberto. A tela do notebook representa uma loja online de uma PMEs que vende hortifrutigranjeiros. Saindo da parte de cima da tela um toldo nas cores branco e vermelho. Na tela, produtos que vendidos online: leite, frutas e legumes. Em cima do teclado uma cesta verde. 5.2.3 FRAUDES NO COMÉRCIO ELETRÔNICO Dado o avanço nas compras online, a segurança na internet se tornou um tema importante, tanto para aqueles que navegam pela rede, como para aqueles que comercializam por intermédio ela. Em relação ao comércio ele- trônico, o fator mais preocupante refere-se a fraudes. Em relação às transações de pagamento e à privacidade de informações e dados, as empresas que efetuam vendas on-line devem investir constante- mente em segurança para obter a confiança dos seus consumidores. Inves- tir em agilidade de navegação e simplificar as etapas de transação on-line também são ações que colaboram para estabelecer conexões positivas para quem compra no ambiente virtual (RÉVILLION et al., 2020). 116 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Nas lojas físicas, as empresas já lidam com fraudes como cheques e cartões de crédito roubados, cheques sem fundo, cheques com valores adulterados, etc. No ambiente virtual, somam-se a esses riscos alguns outros, porque não há como ter certeza sobre a identidade do comprador e a veracidade das infor- mações fornecidas. Esse é o tipo de fraude mais comum, ou seja, a compra de um bem ou serviço por meio de um pagamento fraudulento. Para evitar esses problemas, as empresas que comercialização na web devem considerar o risco como parte do negócio e precisará mensurar qual será o provável índice de perda e verificar a possibilidade de incluir esse percentual no seu custo. Além disso, deverá desenvolver estratégias para reduzir esse risco e suas perdas: • Terceirizar toda operação – ponto positivo: A empresa pode terceirizar toda operação para empresas especializadas, que são os intermediadores de pagamento e oferecem soluções completas de meios de pagamento (abertura comercial com bandeiras de cartões de crédito e bancos, análise antifraude e scrow, etc.). Essa estratégia irá gerar maior segurança para o comprador e para o vendedor, reduzindo as perdas de vendas. Esta estratégia é recomendada para pequenas empresas. • Terceirizar toda operação – ponto negativo: O aspecto negativo dessa opção é que, em geral, as empresas especializadas podem cancelar ou negar um número maior de pedidos por suspeitas de fraude, o que reduzirá as vendas do lojista. Esse cancelamento maior acontece porque os intermediadores de pagamento têm como diferencial o pagamento de fraudes contra o lojista. • Estrutura própria de análise de crédito: para realizar essa estratégia, a empresa deverá focar na identificação do comprador e de suas fontes de pagamento. Além disso, esse processo de análise e liberação de crédito não poderá ser demorado e pressupõe o uso de ferramentas automáticas de scoring – ranking que aponta se há maior ou menor risco em vender para determinado cliente – ou de detecção de sinais de fraudes. 117 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Com o crescimento do uso de dispositivos móveis como celulares, iPad para realizar compras, também se aumenta o risco de fraudes nas negociações feitas por esses canais. O problema é que as ferramentas atuais para prevenir fraudes não funcionam bem nos aparelhos existentes no mercado, o que exi- girá das empresas maior investimento para prevenir. O método de proteção mais utilizado no m-commerce se baseia em um ser- vidor em que o usuário precisa “logar” /cadastrar por meio de um programa em Java. Dessa forma, o script poderá obter as informações sobre o navega- dor e o telefone do usuário, além do número de serial do dispositivo e número da placa de rede, e transmitir às empresas de e-commerce. Outra opção é utilizar as informações de localização do smartphone, e a compra apenas é efetivada se esses dados forem fornecidos pelo usuário. IDENTIFICAÇÃO DO CONSUMIDOR Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, um homem com camisa marrom está com uma placa branca com o formato de um rosto humano em frente ao rosto. Na placa o símbolo de interrogação, indicando a dificuldade de obter informações dos usuários das compras online. 118 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 5.3 MOBILE MARKETING Ao planejar estratégias de marketing com base na utilização da tecnologia, devemos considerar qual é a forma que os consumidores interagem com as novas tecnologias. Nessa perspectiva, as empresas precisam considerar que os consumidores tem cada vez mais utilizado tecnologias digitais para se co- municar e para consumidor e, dentre os canais de comunicação disponíveis, o móvel tem apresentado expressivo crescimento e abrangência, especial- mente celulares e smartphones. MOBILE MARKETING Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, há um celular e ao seu lado três embalagens de presente e três cartões de crédito. Na tela do celular a imagem de um carrinho de compras com o número três na parte superior indicando o número de presentes comprados. 5.3.1 MOBILE COMMERCE Conforme vimos, mobile commerce ou m-commerce se refere à utilização de dispositivos móveis como meio de comercialização de produtos e serviços. Já mobile payment é o uso desses equipamentos, tais como smartphones, ce- lulares, tablets, iPods, como um veículo para pagamento e acesso a serviços financeiros. 119 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS A convergência digital já é uma realidade. Ela pressupõe a integração de vá- rias mídias em um único ambiente, possibilitando comunicação multicanal. Dentre os veículos eleitos (televisão, computador, celular) para se tornar a base convergente comum de todos os canais de comunicação destaca-se o celular. O crescimento explosivo da utilização desse dispositivo móvel, que a cada dia ganha novas funcionalidades e mais inteligência, vem conquistando um número maior de usuários de forma constante e contínua. A grande base de usuários, somada à praticidade do celular, abre grandes perspectivas para o mobile commerce, ou seja, ações comerciais. O Android da Google e o iOS da Apple são os sistemas operacionais móveis que domi- nam o m-commerce. A maioria dos conteúdos é consumida em dispositivos móveis, pois é o dispositivo que utilizamos para acessar a web, tal como con- sultar e-mails, redes sociais e pesquisas (MARQUES, 2018). Por isso as empresas precisam desenvolver websites que proporcionem uma boa experiência em dispositivos móveis. Outra estratégia é desenvolver apli- cativos para Android ou para Iphone, que possuem os seguintes objetivos (MARQUES, 2018): • Envolvimento dos clientes com a marca: com descontos especiais e campanhas, acesso a informação específica, comunicaçãosegmentada e outras ferramentas para melhorar a relação com o cliente; • Diversão: com um jogo ou outra atividade que divirta o utilizador; • Utilidade: com algo que ajude o utilizador num assunto específico do seu dia a dia, como um GPS, um tradutor, cotações, etc. Os grandes varejistas perceberam que os dispositivos móveis, especialmente com o avanço da internet 4G e 5G, começam a ganhar a preferência da nova geração de consumidores, por sua economicidade e praticidade, se compara- 120 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 dos aos computadores, se tornando o próximo passo estratégico no comércio online (TURCHI, 2018). Por isso, várias vezes você vai se deparar com promo- ções que só podem ser usufruídas ao baixar o aplicativo da loja em seu celu- lar, uma forma de incentivar a utilização desde canal para realizar compras e transações. Abaixo são apresentados alguns exemplos da utilização de dispo- sitivos móveis no e-commerce. • Ame Digital: A Ame Digital é um serviço de conta digital gratuita da Americanas disponível via aplicativo que dá cashback ao realizar compras feitas em lojas parceiras. Além disso, permite receber e enviar dinheiro facilmente entre outros usuários da Ame, tornando as transações financeiras mais práticas e devolvendo aos clientes parte de suas compras. • PagSeguro: O PagSeguro, da empresa UOL, permite fazer pagamentos com cartão de crédito por meio de celulares e tablets. As transações são realizadas por meio de um leitor de cartões acoplado à saída para fone de ouvido dos aparelhos. Podemos observar que o e-commerce é uma das atividades que mais têm se desenvolvido quando tratamos de inovações criadas a partir da internet, ten- do ampliado também seus diversos tipos de desdobramentos possíveis, tais como o m-commerce, o social commerce, entre outros. Atualmente, a utilização de dispositivos móveis no e-commerce se tornou uma importante alternativa de novo canal e novas receitas para muitas em- presas de diferentes portes e setores, atraindo novos investidores. 121 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS DISPOSITIVOS MÓVEIS NO E-COMMERCE Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, aparece os braços e mão de uma mulher vestindo uma camisa rosa. Na mão esquerda ela segura um cartão de crédito. A mão direita está sobre um tablet para realizar uma compra online. No lado direito da imagem há um carrinho de supermercado. 5.3.2 MARKETING POR MEIO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS Conforme vimos, o número de pessoas que utilização celulares ou smartpho- nes para acessar a internet tem crescido, assim como o tempo que perma- necem online por meio desses dispositivos, aumentando sua importância enquanto canal para relacionamento e comunicação com o consumidor (OLIVEIRA, 2018). Essa é a essência do mobile marketing, que pode ser defini- do como: Mobile marketing: consiste na realização de ações estratégicas de marketing por meio de dispositivos móveis, tais como smartphone, tablet, smartwatches e wearables para estabelecer conexão direta entre clientes e empresas. 122 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 A aproximação das empresas com os consumidores pode ocorrer de forma direta, através das promoções de vendas de aplicativos que possibilitam co- nexão entre determinada empresa ou marca com o consumidor. Além de facilitar o acesso ao consumidor, esse novo canal de comunicação é conve- niente, pois permite às empresas desenvolver soluções interativas, que possi- bilita ao consumidor realizar compras ou reserva-las diretamente no celular (OLIVEIRA, 2018). MARKETING POR MEIO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, um tablet com tela sensível ao toque. Na tela aparece um gráfico de barras e um gráfico de pizza. As informações apresentadas até agora deixam claro a importância que o mobile marketing assume frente aos meios tradicionais. Mas precisamos analisar outras características que são exclusivas e inerentes a esse canal de comunicação: 123 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS • Mobilidade: Através dos dispositivos móveis é possível acessar consumidores em diferentes partes do mundo, em qualquer momento do dia. Podemos realizar compras estando em diferentes lugares. Além disso, ao passarmos em frente a um estabelecimento, podemos receber promoções direcionadas pela empresa. Isso permite que o marketing incremente seus serviços atrelados aos produtos, melhorando a experiência do consumidor quando ele utiliza aplicativos para acessar informações ou tirar dúvidas. • Os celulares tem identificação própria: cada celular, por meio do SIM Card, possui uma identificação atrelada a uma única pessoa. Isso permite que sejam adotadas estratégias de marketing personalizadas. Além disso, os celulares possuem GPS e bluetooth, que permitem que os usuários sejam localizados, possibilitando segmentar as ações de marketing por região, potencializando os resultados das ações. • Ficam ligados por muito tempo: Essa característica permite o aumento do período de ações e efetivações comerciais. Assim, empresa tem intercalado ações com mídias tradicionais, como televisão e o celular. Por exemplo, as ofertas são veiculadas na televisão e os consumidores podem utilizar o WhatsApp para tirar dúvidas junto às empresas. CONCLUSÃO Nesta unidade, estudamos os novos modelos de negócio surgimentos a par- tida da evolução da internet, do novo comportamento dos consumidores e do desenvolvimento de novas tecnologias. Estudante, você aprendeu sobre as possibilidades de utilização da internet e das tecnologias da informação e comunicação nos negócios das empresas. No primeiro tópico da unidade, analisamos os novos modelos de negócio ba- seados no mundo virtual. o conceito de marketing digital e suas característi- 124 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 cas. Aprendemos que as novas tecnologias da informação podem ser utiliza- das pelas empresas para desenvolver novos produtos ou ainda para reinventar os negócios antigos. Além disso, as empresas podem criar novos modelos de negócios e explorar outros nichos de mercado. No segundo tópico, analisamos as potencialidades de negócio no ambiente virtual. Compreendemos o diferencial dos negócios virtuais para as pequenas e médias empresas e aprendemos sobre a importância de as empresas ado- tarem estratégias para evitar fraudes nas compras online. No último tópico, analisamos o papel e importância do celular como canal de comunicação e relacionamento entre empresa e clientes. Estudamos as ca- racterísticas do mobile marketing e como delinear estratégias de marketing. UNIDADE 6 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 125 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS > Apresentar o surgimento e utilização da publicidade on-line. > Descrever o papel da tecnologia na promoção de produtos e serviços. > Conceituar marketing de proximidade. > Analisar a possibilidade e necessidade de accountability marketing. > Apresentar as ferramentas de monitoramento digital. > Entender o papel e a importância do social media. 126 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS 6 NOVAS MÍDIAS E ESTRATÉGIAS PROMOCIONAIS INTRODUÇÃO A utilização das tecnologias na área de marketing já é um fato. As empre- sas precisam estar atentas ao potencial das novas tecnologiaspara aprimorar seus produtos, serviços e negócios. Nesta unidade, vamos analisar as novas mídias promocionais que as empre- sas podem utilizar para se promover ou promover seus produtos e serviços. Abordaremos a utilização de publicidade on-line, aplicativos, realidade au- mentada e o marketing de proximidade. Ainda estudaremos alguns aspectos relacionados a efetividade das ações e resultados do marketing, tais como os conceitos de accountability marketing, as ferramentas de monitoramento digital e analisaremos o papel e a importância do social midia. 6.1 PUBLICIDADE ON-LINE Num passado nem tão remoto as companhias tinham de investir muitos re- cursos para impactar os consumidores com suas marcas, para tentar conven- cê-los de que elas eram sua melhor opção. Hoje, quando se deseja comprar um produto qualquer, basta pesquisar nos buscadores ou em sites especiali- zados em pesquisa de preços e definir em que loja o produto será comprado, e ainda se a transação será on-line ou não. Pode-se ainda pesquisar o que está sendo dito sobre aquele produto, ou loja, pelos compradores anteriores, e assim obter maior segurança antes de tomar a decisão. Por isso, a publicidade on-line ganha cada vez maior relevância. Não por aca- so os investimentos nesse sentido estão crescendo de forma contínua. Entre as várias possibilidades, os banners, ou mídia display, são a forma mais sim- ples e direta de publicidade na Internet. 127 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PUBLICIDADE ON-LINE Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, oito megafones conectados por setas com a palavra “anunciar” e outros termos, como “atenção”, “publicidade” e “marketing” representando a transmissão de mensagens de uma empresa ou produto. 6.1.1 BANNERS Podem ter diversos formatos e são apresentados em posições definidas nos sites/portais. O conceito do banner é simples: o consumidor está acessando um portal, vê o banner e recebe a mensagem publicitária. Em geral, um cli- que sobre o banner leva ao site do anunciante, mas existem banners que apresentam somente o endereço ou telefone da empresa. Os formatos de banners são muito variados, os mais comuns são banners com imagens estáticas (nos formatos .jpg ou .gif) ou com imagens animadas (formato .gif). Entretanto, banners multimídia estão utilizando vídeos, anima- ção e som, e as tecnologias Java e Flash. Além dos banners de imagem, existem os que são apenas texto, muito usa- dos pelo Google AdSense. Esses banners de texto surgiram pela necessidade de adaptação dos anúncios de links patrocinados do Google a um formato que pudesse ser utilizado em sites e blogs fora da ferramenta de busca, em sua rede de conteúdo, por exemplo. 128 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS O método de pagamento pela veiculação do banner é outro fator importante de decisão. Ele varia entre três modelos básicos: Por Impressão (CPM): nesse método, o anunciante irá pagar pelo número de banners “impressos”, ou seja, carregado por um usuário. Cada anunciante pode contratar um número de impressões, ou exibições no site, e pagar por ele. O espaço em que os banners aparecem é compartilhado com outros anunciantes. Este método tem como vantagem pagar apenas pelo número de pessoas que efetivamente exibiu o banner. Por Clique (CPC): nesse método, o anunciante só irá pagar se o usuário clicar sobre o banner e for direcionado ao site do anunciante. O banner pode ou não ser compartilhado com outros anunciante. Este método tem como vantagem que o anunciante só irá pagar quando o usuário visita seu site e é recomendado para as empresas que comércio eletrônico e para os sites que precisam aumentar suas visitas. Por Tempo: nesse método, o anunciante irá pagar por um tempo determinado de exibição. É muito utilizado por instituições ou para patrocínio de site. A publicidade na Internet, porém, vai muito além da publicação de banners, embora eles sejam parte do planejamento de divulgação on-line. Mas é im- portante considerar também outras alternativas. Algumas talvez sejam até mais adequadas e eficientes para determinadas empresas. 129 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 BANNERS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, um espaço moderno de trabalho com uma tela de computador mostrando o site de web design, exemplificando um espaço para alocação dos banners. 6.1.2 SEGMENTAÇÃO E INTERAÇÃO COM USUÁRIOS Não basta as empresas adotarem estratégias para conseguir quantidades de cliques ou atrair muitos visitantes ao site, página de rede social ou aplicativo, é preciso que elas desenvolvam estratégias para selecionar um público-alvo e desenvolver um bom relacionamento com ele. Esse processo de segmentar o público exige esforço e trabalho, mas apresen- ta excelentes resultados, uma vez que possibilita encontrar e estabelecer um bom relacionamento com diversos públicos e desenvolver sites customizados para o público alvo, com fotos, nome e promoções direcionadas de acordo com o histórico de compras e perfil do usuário. A coleta dessas informações é possível quando um usuário é marcado com um cookie. 130 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Cookie: são pequenos arquivos criados e salvos no computador do usuário quando ele faz uma visita a um site. Seu objetivo é coletar e armazenar informações do usuário. Após coletar os dados por meios dos Cookies, as empresas podem elaborar campanhas de remarketing. Remarketing: recurso utilizado para gerar propagandas gráficas direcionadas ao usuário que tenha navegado pela página, de acordo com seu interesse por determinado produto ou serviço. Ao utilizar ferramentas de segmentação, as campanhas conseguem atingir a pessoa certa, no momento certo e transmitir a mensagem eficientemente e em larga escala. As empresas, entretanto, precisam levar em conta que os internautas possuem diferentes plataformas de comunicação disponíveis, ca- nais de Youtube, aplicativos para smartphone, milhões de sites, disponíveis a apenas um clique de distância. Além disso, o mercado tem desenvolvido no- vas tecnologias para estimular a seleção, como os bloqueadores de anúncios. Nesse cenário, as empresas precisam adotar estratégias de marketing digi- tal baseadas na escolha dos usuários, não apenas no conteúdo das campa- nhas. Dessa forma, as campanhas devem migrar para formatos nos quais os internautas tenham poder de selecionar quais anúncios desejam assistir e os anunciantes paguem apenas pelo que foi assistido. Essa nova forma de pen- sar a publicidade incentivará anunciantes e agências a desenvolver anúncios cada vez atraentes, relevantes e úteis para chamar a atenção do público alvo. As novas mídias sociais, como o Facebook, Instagram e Youtube utilizam a es- tratégia participativa, que possibilita ao internauta interagir com a publicida- de e dessa forma gerar engajamento. O YouTube utiliza o formado TrueView, em que o usuário pode escolher quais anúncios deseja assistir e o anunciante só pagará pelos anúncios assistidos. Estratégia mais atraente para os inter- nautas e eficaz para os anunciantes. 131 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Como exemplo, o vídeo “The Lovi Istóry”, da Head & Shoulders, segundo da marca depois do sucesso da campanha “Maria sem Caspa” estrelada por Sabrina Sato, Rodrigo Faro e Joel Santana (trio de embaixadores da Head & Shoulders), atingiu mais de 18 milhões de visualizações, sendo que essas visualizações foram de pessoas que optaram por assistir ao anúncio. Novos modelostêm sido experimentados no mercado, como os anúncios de engajamento, em que os anunciantes só precisam pagar pelos anúncios efe- tivamente assistidos (por pelo menos dois segundos). Esse formato é vantajo- so para os anunciantes, pois eles só pagarão quando os internautas realmen- te estiverem interessados no produto ou serviço fornecido pela marca. Esta é uma tendência do comércio eletrônico e do marketing digital, o usuá- rio está se tornando o centro das atenções e possui maior controle e partici- pação. 132 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS SEGMENTAÇÃO E INTERAÇÃO COM USUÁRIOS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, na parte de baixo aparece a sobre de homens e mulheres representando consumidores. Na parte de cima, um notebook ao centro e ao redor dele dispositivos de comunicação: celular, câmera fotográfica, videogame, fone de ouvido, interligadas pelas palavras “interação”, “comunicação” e “conteúdo”. 6.2 TECNOLOGIA E PROMOÇÃO O surgimento e popularização da internet e das novas tecnologias de infor- mação e comunicação levou as empresas a incluir a tecnologia em seu pla- nejamento de marketing, com vistas a explorar o seu aspecto promocional. A utilização de tecnologias na área promocional é uma tendência e ocorre em virtude de o consumidor atual estar cada vez mais conectado a internet e em busca de processo de comunicação e de interação que proporcionem experi- ências e informações. Esse cenário levou o marketing a reinventar todo o pro- 133 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 cesso de promoção, induzindo a utilização de tecnologias para as empresas divulgarem seus produtos/marcas e manter relacionamento com os clientes. 6.2.1 LIVE MARKETING E APLICATIVOS Dentre as iniciativas de marketing disponíveis para envolver os clientes em uma experiência diferenciada está o live marketing. Live marketing: ações de marketing capazes de proporcionar uma interlocução vive entre os consumidores e as marcas, promovendo compreensão diferenciada de serviços, de produtos ou propósitos. O objetivo do live marketing é atrair os consumidores e solidificar a imagem da empresa utilizando como estratégia experiências vivenciais, gerando maior envolvimento e engajamento dos consumidores, além da longevidade da ação. Essas ações podem proporcionar aos consumidores melhores experiên- cias da marca, pois são capazes de gerar maior envolvimento e engajamento. O desenvolvimento e utilização de aplicativos que aproximam os consumi- dores das empresas. Os aplicativos podem ser explorados para oferecer en- tretenimento, serem utilitários ou operacionais e podem ser explorados por diferentes segmentos, tais como turismo, beleza, transportes, saúde, etc. Os mais utilizados atualmente pelas empresas são os utilitários, buscam atender às constantes mudanças no comportamento dos consumidores. Em termos de promoção de marketing, as empresas utilização os aplicativos utilitários para manter o relacionamento com os consumidores, oferecendo conteúdos específicos aos clientes relacionados direta ou indiretamente à marca do produto. Por exemplo, uma empresa da área de saúde pode de- senvolver um aplicativo que oferece dicas e orientações de uso de produtos saudáveis ou de exercícios e de atividades físicas que fazem bem para o corpo e mente. 134 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS A marca de tintas Coral desenvolveu um aplicativo que permite aos usuários visualizar os produtos no ambiente real, como no apartamento do cliente, por meio da sobreposição das imagens dos produtos. As empresas também podem utilizar os aplicativos de entretenimento, tais como jogos, para oferecer diversão e proporcionando maior interação da mar- ca com os clientes, aumentando, consequentemente, a lembrança da marca para ele. A marca Nestlé desenvolveu um aplicativo game para promover o produto Danoninho Ice, aproximando o público infantil ao produto. Outra estratégia adotada atualmente pelas empresas é a utilização de aplica- tivos para aprimorar os processos de atendimento aos clientes. Esses aplicati- vos permitem agilizar o atendimento de processos por meio da automatiza- ção dos serviços, tal como ocorre nos aplicativos desenvolvidos pelos bancos, que permite a realização de várias transações de forma virtual, tal como pagar um boleto ou um financiamento. 135 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 LIVE MARKETING E APLICATIVOS Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, uma mão segura um celular. Da tela do celular saem várias imagens representando diferentes aplicativos: câmera, chamadas, música, calendário, chat, e-mail. 6.2.2 REALIDADE AUMENTADA E MOBILE TAGGING A realidade aumentada é outra tecnologia explorada pela área de marketing, pois permite simular cenários e experiências em que os consumidores consi- gam visualizar o produto ao vivo ou em diferentes contextos. Essa tecnologia permite integrar elementos físicos, virtuais e reais. Esta tecnologia tem ganhado espaço graças ao avanço do mobile tagging, ou seja, processo de ler um código de barras bidimensional usando a câmera de um aparelho móvel. Quase todos os tipos de dados podem ser codificados em QR codes e DataMatrix (TURCHI, 2018). Qualquer pessoa com acesso a uma câmera de celular e a internet pode ler QR Codes, bastando fazer download de um aplicativo. A possibilidade de ar- mazenar URL's nesse código 2D transforma um QR Code, impresso em al- gum lugar, em tipo de “botão” de conexão para o mundo on-line. Ou seja, essas tags unem o mundo on com o off-line. 136 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Esses códigos podem ser publicados em páginas de revista, ou num outdoor, e basta focar o celular nele para ler a mensagem inscrita. A L’Oréal lançou uma campanha baseada em realidade aumentada e ganhou premiação no Festival de Publicidade de Cannes há aproximadamente dois anos. Com essa ação, as mulheres podiam testar produtos de forma virtual, visualizando como ficariam maquiadas, testando suas cores sem aplicar qualquer item em sua pele, e ainda compartilhar com seus contatos nas redes sociais para obter feedback. O QR Code também possibilita o crescimento do uso da realidade aumenta- da. Por meio dos códigos bidimensionais podem ser projetados objetos virtu- ais em uma filmagem do mundo físico, melhorando as informações exibidas e expandindo as fronteiras da interatividade. Isso é feito colocando-se um ob- jeto real em frente à câmera, para que esta capte a imagem e a transmita ao equipamento que fará a interpretação (TURCHI, 2018). QR CODE Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, ilustração quadrada do QR code usando nas cores preto e branco. 137 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 A câmera manda as imagens, em tempo real, para o software que gerará o objeto virtual. O dispositivo de saída, que pode ser uma televisão ou moni- tor de computador, exibe o objeto virtual em sobreposição ao real, como se ambos fossem uma coisa só. Essa tecnologia tem sido utilizada em jogos, por exemplo, mas também em sites de comércio eletrônico de vestuário, nos quais a pessoa pode ter a sensação de estar vestindo aquela peça que deseja comprar. Para o lançamento do novo Golf, há aproximadamente seis anos, a Volkswagen criou um QR Code para anúncios em revistas e um aplicativo para Android e iPhone que permitia ao usuário interagir com o carro, trocar suacor, ver a roda, girar e ainda tirar uma foto junto com o produto. O recurso ainda possibilitava que a foto fosse compartilhada no Facebook. 6.3 MARKETING DE PROXIMIDADE A evolução e popularização dos smartphones conectados à internet permi- tiu que as empresas explorassem um novo meio de comunicação baseado na localização do consumidor e no contato direto com ele. Os recursos do ambiente mobile permitem desenvolver ações promocionais direcionadas e localizadas, na hora e no lugar certo (OLIVEIRA, 2018). A adoção de estratégias de marketing de proximidade se refere ao processo em que as empresas identificam os consumidores potenciais pela sua pro- ximidade. A partir da localização do cliente, as empresas enviam promoções instantâneas utilizando o impulso de venda. 6.3.1 BLUETOOTH Para implementar estratégias de marketing digital as empresas podem uti- lizar a tecnologia bluetooth, que possibilita estabelecer conexões e enviar mensagens. 138 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Bluetooth: é um protocolo de comunicação utilizado para conectar diversos dispositivos, como smartphones, notebooks, câmeras digitais. Ele permite a troca de informações entre os dispositivos por meio de uma frequência de rádio de curto alcance. O bluetooth permite à empresa enviar promoções a determinado público- -alvo no local onde ele frequente, circula ou transita. Por exemplo, se o con- sumidor passar em frente a uma hamburgueria e recebe uma promoção di- ferenciada pelo smartphone, há uma grande chance de ele entrar e comprar um hambúrguer. É dessa forma que funciona o marketing de proximidade. Apesar de seu potencial, há alguns desafios, como o fato de os clientes preci- sam deixar essa função habilidade no celular para receber mensagens. Para supera-lo, as empresas podem incentivar os clientes a ativarem seus bluetoo- ths. LOCALIZAÇÃO DO CONSUMIDOR Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, em primeiro plano, um homem segura um celular na mão, na tela do celular aparece um mapa com sua localização em tempo real. Ao fundo da imagem aparece uma representação do globo terrestre, ao lado imagens de vários edifícios. 139 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 As empresas ainda podem utilizar a tecnologia de localização indoor, ou seja, quando os clientes estão dentro das lojas, para criar e direcionar promoções aos clientes. A empresa Netshoes, hoje uma das maiores redes de varejo on-line focada no setor de artigos esportivos no País, usou esse recurso no passado para que torcedores de futebol o acionassem num estádio durante um jogo para adquirir a camisa do time que estava sendo lançada naquele dia. Essa ação teve grande repercussão por explorar a questão de permitir a interação com o consumidor no momento exato em que ela terá maior impacto, nesse caso, durante um jogo de futebol do time relacionado à camisa ofertada, no momento do seu lançamento. 6.4 A POSSIBILIDADE E NECESSIDADE DE ACCOUNTABILITY MARKETING Accountability marketing se refere ao processo de gerenciar sistematicamen- te processo e recursos de marketing para mensurar os resultados dos inves- timentos realizados e da crescente eficiência mercadológica, para garantir qualidade e aumentar o valor da organização (OLIVEIRA, 2018). Além de avaliar os investimentos e retornos das campanhas e aprovar estra- tégias, o accountability marketing permite escolher quais ações realmente são efetivas para as empresas, retroalimento o processo de planejamento das ações de marketing. Existem algumas métricas de marketing digital que as empresas podem uti- lizar para medir e acompanhar o desempenho de campanhas. As empresas usam várias ferramentas para promover seus bens e produtos, e a avaliação dos resultados é fundamental. A especificidade, a objetividade e a precisão das métricas facilitam a determinação de metas e a mensuração do desem- penho. A seguir, você vai conhecer algumas métricas importantes para que uma campanha possa ser considerada bem-sucedida. Logo, tais métricas de- vem ser monitoradas para garantir que determinado investimento tenha re- 140 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS torno. Essas métricas podem ser categorizadas em três grupos: tráfego, con- versão e receita (RÉVILLION et al., 2020). 6.4.1 MÉTRICAS DE TRÁFEGO As métricas de tráfego são medidas e monitoradas principalmente durante o estágio de geração de tráfego. Nesse sentido, uma primeira métrica é tráfego geral do site, que informa sobre alterações significativas na forma como o trá- fego flui e pode fornecer uma visão da eficácia de uma estratégia. Ao medir o tráfego de um site, você não deve calcular apenas as visualizações de uma página ou o número de acessos que o site recebe; é necessário verificar tam- bém quantos visitantes únicos o site atrai por semana ou por mês. Quanto mais visitantes únicos um site recebe, maiores são as chances de conseguir clientes em potencial. Outra métrica importante é o tráfego móvel, que fornece informações que podem ajudar os empresários e profissionais a estruturar e planejar efetiva- mente o conteúdo de determinada estratégia, o que resulta em um maior engajamento com os visitantes oriundos de dispositivos móveis, como smar- tphones e tablets. Uma terceira métrica relevante é a taxa de cliques, que mede quantas pesso- as realmente clicaram em determinado anúncio. Por fim, outra métrica de tráfego central é o Custo por Clique (CPC), isto é, aquilo que se pagará à plataforma de marketing de pesquisa toda vez que um usuário clicar em um anúncio. Esse valor varia de acordo com a popularidade das palavras-chave ou das frases-chave escolhidas. Ele também depende dos mecanismos de pesquisa de preço padrão inicialmente definidos. É possível definir o orçamento de CPC por palavras-chave, frase-chave e categoria indi- vidualmente estabelecida. 6.4.2 MÉTRICAS DE CONVERSÃO As métricas de conversão objetiva converter o tráfego do site em leads, que são clientes em potencial. A taxa de conversão mede quantos visitantes foram realmente convertidos em leads ou vendas efetivas. O monitoramento siste- mático das taxas de conversão pode fornecer uma perspectiva apurada sobre quais aspectos específicos de uma campanha de marketing digital oferecem os melhores resultados. 141 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Outra métrica de conversão relevante é o Custo por Lead (CPL), definido a partir da taxa de conversão de leads de uma campanha específica e seu cus- to correspondente, fornecendo, assim, informações sobre a rentabilidade da campanha. Além disso, outra métrica significativa dentro dessa categoria é a média de visualizações por visita. Quanto mais visualizações de página são geradas em cada visita, maiores as chances de envolvimento com os visitan- tes, que eventualmente são convertidos em leads ou clientes pagantes. Outra métrica importante é o custo médio por visualização da página, que expressa a quantidade de investimento em um canal de marketing digital pago com base em uma média feita a partir das visualizações da página e da quantidade de receita que pode ser gerada. Em termos práticos, o custo por visualização de página deve ser significativamente menor do que a receita gerada para garantir que as campanhas de fato sejam rentáveis. O tempo médio no site mensura o tempo médio de cada visita. Ele é impor- tante para avaliar qual conteúdo é relevante e efetivamente gera visitas. Por fim, outra métrica de conversão importante é a taxa de retorno de visitan- tes, que expressa o número de visitantes que continuam voltando para rever um conteúdo. Conhecera taxa de retorno de visitantes pode fornecer uma visão do que é possível melhorar no conteúdo de forma a atrair mais cliques. 6.4.3 MÉTRICAS DE RECEITA A terceira categoria, as métricas de receita, explicitam se determinada cam- panha é rentável ou não. Além disso, possibilitam que se façam ajustes para que um conteúdo seja aprimorado a fim de obter maior engajamento dos usuários e maiores receitas. Uma das primeiras métricas de receita é o Retorno do Investimento (ROI). Ele pode ser adequadamente aferido a partir do tráfego que é convertido em novos clientes. Essa métrica também ajuda a identificar qual área de uma campanha está gerando receitas e quais estratégias devem ser melhoradas. Outra métrica de receita importante é o Custo para Adquirir um Cliente (CAC). Ela é definida pelo cálculo do total de custos em determinado período di- vidido por quantos novos clientes pagantes foram gerados durante aquele mesmo período. Embora os cálculos não sejam sempre exatos e precisos, o CAC pode fornecer uma boa visão sobre o quão eficaz e bem-sucedida uma campanha é. 142 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Por fim, você deve notar que cada uma das métricas descritas é um bom in- dicador de quão bem-sucedidos são seus esforços de marketing digital. Cada uma delas se concentra em uma área e um estágio específicos da campanha. Portanto, é melhor usar essas ferramentas de forma integrada. A chave aqui é usar os dados para identificar quais componentes funcionam ou não, o que permite fazer melhorias e estabelecer uma campanha de marketing digital melhor e mais rentável. ACCOUNTABILITY MARKETING Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, em cima de uma mesa aparecem um notebook, uma calculadora, uma caneca de café e folhas contendo relatórios financeiros e gráficos, representando o accountability marketing. 6.5 FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO DIGITAL A mensuração dos resultados é parte importante do planejamento de ma- rketing, pois permite melhorar aquilo que conseguimos medir. Nota-se que a dificuldade para analisar o retorno de algumas campanhas foi ampliada com o uso, cada vez maior, das estratégias de marketing digital, tendo em vista a diversidade de novas ações que podem ser utilizadas. Apesar da dificuldade 143 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 para acompanhar e explicar os resultados por conta das diversas mídias di- gitais que podem ser empregas, as mídias digitais oferecem a vantagem de possibilitar mensurar e acompanhar praticamente tudo (TURCHI, 2018). Há algumas formas gratuitas de acompanhar diversas informações do site da empresa utilizando, por exemplo, o Google Analytics, a mais conhecida das ferramentas. Pode-se monitorar, por exemplo, o volume de acesso por determinado período, de onde as pessoas acessam o site, entre outras informações. O caminho mais indicado é definir, primeiramente, quais os objetivos que se deseja atingir com a realização de determinada campanha ou ação. Essa etapa contempla a definição dos principais indicadores de controle ou de su- cesso de determinada estratégia, que varia de acordo com o negócio. Em alguns casos a empresa não está buscando somente vendas, mas captar novos contatos para posterior oferta de algum novo serviço, como cursos, por exemplo. Nesses casos, o resultado ou a taxa de conversão que devemos ana- lisar é se os futuros interessados estão preenchendo algum tipo de formulário ou cadastro. É preciso realizar um acompanhamento constante para avaliar se os investi- mentos realizados estão sendo alocados na melhor estratégia e nos melhores canais, sejam portais, links patrocinados, etc. Essa é uma vantagem da web, pois permite medir praticamente tudo e fazer alterações de rota em tempo real (TURCHI, 2018). Devem-se analisar os resultados trazidos não apenas pelos diferentes canais, mas também pelos diferentes formatos utilizados: Banners: Deve-se analisar qual tipo mais atrai a atenção do internauta, por exemplo, comparando os resultados com o uso de um banner simples versus um formato rich media (que pode ser definido como uma forma de maior atração e com a possibilidade de acessar informações mais rapidamente). 144 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Links patrocinados: Deve-se selecionar e analisar as palavras-chave mais adequadas para localizar aquele tipo de produto ou serviço da empresa, acompanhar sistematicamente e, mediante seus resultados, alterar essa lista caso necessário. Outra forma de análise do site é o ClickStream, que analisa a navegação por meio dos cliques em cada página; nesse caso, cada seta é um clique e cada ponto é uma página do site. Isso mostra o tempo de navegação, e os botões clicados e as cores indicam a popularidade da página. Em resumo, é preciso definir quais itens mensurar, utilizas ferramentas gra- tuitas ou pagas para trazer informações, mesclar com levantamentos inter- nos realizados pela equipe de marketing e, quando necessário, recorrer aos prestadores de serviços especializados, para aprimora o que foi mensurado. FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO DIGITAL Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, três telas de computador ao centro mostrando em suas telas gráficos de pizza, barra, linhas. Em cada tela há uma mão apontando para um gráfico. Na tela do meio, uma mão analisa com uma lupa um gráfico de linha. 145 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 6.6 O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DO SOCIAL MEDIA Os Social Media, no âmbito do mundo digital, tiveram um crescimento muito rápido. Beneficiaram, igualmente, de uma grande diversificação, atingindo, assim, necessidades diferentes de públicos diversos. O advento do mobile e do 4G foi a combinação perfeita para o crescimento explodir por todo o mun- do (MARQUES, 2018). É importante salientar que as redes sociais não são o mesmo que os Social Media, embora se pense que sejam a mesma coisa. As redes sociais são foca- das nas pessoas; os Social Media nos conteúdos. Mas as redes sociais fazem parte do mundo Social Media – que engloba muito mais tipos de ferramenta –, cujo objetivo é dar poder às pessoas para publicarem conteúdos na web. 6.6.1 ESTRATÉGIA O conteúdo papel estratégico, já deve ter lido isto em muitos sítios. No entan- to, o contexto desse conteúdo é igualmente importante em relação à plata- forma e ao público-alvo. Além disso, deve dominar tecnicamente cada uma das ferramentas e conhecer as necessidades dos respetivos públicos-alvo. Podemos observar que o Facebook é a maior Rede Social. No entanto, cada uma delas apresenta características específicas ou se dirige a um público- -alvo em particular. Por isso, de acordo com o tipo de conteúdo ou a quem deseje chegar, deve selecionar as redes sociais relevantes para a sua presença online. O LinkedIn, o WordPress e o Facebook são os Social Media mais antigos, tendo muita importância para a sua presença online. Mas repare que o Instagram, o Periscope ou o Snapchat são dos mais recentes, sendo muito importantes quando queremos dirigir a mensagem para um público mais jovem. As tecnologias, as ferramentas e as formas que utilizam para comunicarmos vão avançando e mundo com o passar do tempo. Por isso as empresas devem focar, não apenas na tecnologia utilizada, mas em estratégias de marketing digital menos perecíveis, como na produção de conteúdo relevante e de qua- lidade, priorizar o bom relacionamento dos seus clientes e alinhar suas estra- tégias às necessidades e desejos do seu público alvo. 146 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Existem alguns passos que as empresas devem adotar no momento de pla- nejar suas estratégias de marketing digital (MARQUES, 2018): Definir as características público alvo da comunicação: ao elaborar e planejar suas estratégias de marketing digital, as empresas precisam levar em conta com quem querem comunicar, pois as estratégias precisam variar de acordo com as expectativas do público alvo. Definir objetivo e estratégias de alcance e de medição: após definir o público alvo, as empresas precisam definir os objetivos da comunicação, como irá alcança-lo e a forma de medir. Definir critérios de segmentação: os critérios de segmentação se referem as informações sociais, econômicas, demográficas, geográficas, estilo de vida, gostos e comportamentos. A partir da obtenção destas informações, as empresas enviarão mensagens customizadas de acordo com as características dos usuários. A maioria das redes sociais possui estas informações de segmentação do público nas ferramentas analíticas. Definir critérios de posicionamento: para definir o posicionamento dos seus serviços e produtos, as empresas precisam escolher a sua proposta de valor. Para isso, deve identificar uma oportunidade de negócio que servirá para suprir uma necessidade do mercado, melhor do que a de qualquer outro negócio. A empresa precisa definir as características intrínsecas associadas à marca, aos seus serviços ou aos seus produtos. Os passos delineados acima ajudaram as empresas a alcançarem seus objeti- vos utilizando estratégias de Social Mídia. 147 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 SOCIAL MIDIA Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Na imagem, tela de um tablet onde aparecem aplicativos de rede social em destaque, tais como Facebook e Twitter. CONCLUSÃO Nesta unidade, estudamos como as mídias promocionais podem ser utiliza- das na área de marketing para as empresas aprimorarem seus negócios, pro- dutos e serviços e promover seus produtos e serviços. Nos tópicos inicias abordamos a utilização de diferentes mídias sociais e es- tratégias, tais como a publicidade on-line, o desenvolvimento de aplicativos, o investimento em realidade aumenta e no marketing de proximidade. A ade- quação das estratégias de marketing das estratégias ao surgimento de novas mídias deve ser aumento sistemático para que a empresa sempre se mante- nha atualizada. Além de definir as estratégias e planejar a utilização de novas mídias, as empre- sas precisam monitorar os resultados da adoção de novas mídias para verificar se elas são adequadas ao negócio e ao público-alvo e se estão atingindo os objetivos traçadas para ela. Estes foram os temas abordados nos tópicos finais, quando tratamos de conceitos de accountability marketing, ferramentas de monitoramento digital e analisamos o papel e a importância do social mídia. 148 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS Abordaremos a utilização de publicidade on-line, aplicativos, realidade au- mentada e o marketing de proximidade. Ainda estudaremos alguns aspectos relacionados a efetividade das ações e resultados do marketing, tais como os conceitos de accountability marketing, as ferramentas de monitoramento digital e analisaremos o papel e a importância do social midia. 149 MARKETING DIGITAL E NOVAS MÍDIAS MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REFERÊNCIAS ASPRAY, W.; CERUZZI, P. The internet and American business. Cambridge: MIT Press, 2008. CHAFFEY, D.; ELLIS-CHADWICK, F. Digital marketing. London: Pearson UK, 2019. CHARLESWORTH, A. Digital marketing: a practical approach. New York: Routledge, 2018. COELHO, P. M. N. Rumo à indústria 4.0. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra, Coimbra, 2016. Dispo- nível em: https://estudogeral.uc.pt/handle/10316/36992. Acesso em: 19 jun. 2021. CUNHA, M. R. R. L.; MACHADO JR, E. V. 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