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Tecnologia e Sociedade – Aula II Página 11 Sociedade da Informação e cultura digital Objetivos Gerais da Aula II: Conhecer a partir da teoria de Alvin Toffler as características e os avanços das 4 ondas que trouxeram uma revolução digital e científica no mundo moderno a partir da revolução industrial. Conceituar o novo paradigma e a revolução da Tecnologia da informação segundo Castells. Conceituar o termo “sociedade em rede”. Introdução: Alvin Toffler Escritor e futurista norte-americano doutorado em Letras, leis e ciências, conhecido pelos seus escritos sobre a revolução digital, a revolução das comunicações e a singularidade tecnológica. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alvin_Toffler A 1ª Onda – Agrícola Caracterizou-se pelas atividades no setor rural, de forma rudimentar e durou cerca de dez mil anos. É a exploração do setor primário da economia, com o homem e sua prole satisfazendo necessidades essenciais (trabalho, lazer, informação, convívio) em torno da cabana primitiva. Nesta onda fluem basicamente os materiais. Não há escola, educação transmitida pela família. A 2ª Onda – Industrial/Urbana Surgiu como a atividade industrial tradicional, constituindo o setor secundário (revolução industrial) e já dura 300 anos. Na 2ª onda o homem abandona a sua cabana primitiva e diariamente desloca-se para trabalhar em torno da “máquina” nos grandes centros industriais. Nesta onda prevalece o fluxo da energia. Esta fase é marcada pela educação em massa, emprego, dinheiro. Algumas regiões do mundo não atingiram esse estágio. Tecnologia e Sociedade – Aula II Página 12 A 3ª Onda – Informática Iniciada em meados da década de 50. Nesta onda flui a informação. É a fase calcada no setor dos serviços, da informática, através dos computadores, das telecomunicações, da robótica, dos microprocessadores. Estudos específicos, formação de especialistas. Conhecimento passa a ser, não um meio adicional de produção de riquezas, mas, sim, o meio dominante. Tecnologia e Sociedade – Aula II Página 13 E a 4ª Onda ? Já existe? Segundo Alvin Toffler, nos anos 2010, começamos a viver o final da terceira onda, que foi marcada pelo crescimento da oferta de serviços (agregados a produtos ou não); do avanço das tecnologias de processamento de dados e de acesso à informação; e avanços inicias na área da biotecnologia. Qual será a realidade da quarta onda? Toffler destaca que avanços na biotecnologia, na nanotecnologia e avanço na colonização espacial serão os principais pontos de nova fase. A biotecnologia permitirá a cura de doenças e a manipulação de organismos por meio do DNA, a ponto de “fabricarmos” homens especiais para a exploração espacial. A nanotecnologia permitirá a constituição de processadores minúsculos com mais velocidade de processamento de dados e de acessibilidade, permitindo a inclusão de inteligência artificial e de informação em qualquer objeto e ambiente. Porém, a facilidade tecnológica, mesmo facilitando a vida das pessoas, trará conflitos éticos sobre privacidade e moral na humanidade. 4ª Onda – Biotecnologia e nanotecnologia “Até agora a revolução biológica dependeu da tecnologia, sem a qual as pesquisas não seriam possíveis. Mas daqui para a frente os avanços da biologia serão determinantes para desbravar fronteiras tecnológicas.” Alvin Toffler Tecnologia e Sociedade – Aula II Página 14 A nova ordem econômica e social está centrada nas tecnologias de informação e comunicação. Devido a sua penetrabilidade em todas as esferas da atividade humana, a revolução da tecnologia da informação é o ponto inicial de Castells para analisar a complexidade da nova economia, sociedade e cultura em formação. “...a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi para a Era Industrial”; “...distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade humana.” (Manuel Castells) � Castells afirma que a Revolução da Tecnologia da Informação é, no mínimo, um evento histórico da mesma importância da revolução industrial do século XVIII, provocando um padrão de descontinuidade nas bases da economia, sociedade e cultura. � O que caracteriza a atual revolução tecnológica não é a centralidade de conhecimentos e informação, mas a aplicação desses conhecimentos e desta informação para a geração de conhecimentos e de dispositivos de processamento/comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso. (Castells, 2007, p.51) � Pela primeira vez na história, a mente humana é uma força direta de produção, não apenas um elemento decisivo no sistema produtivo. � Outra característica da revolução da tecnologia da informação em relação a outras revoluções tecnológicas, é que estas ocorreram apenas em algumas sociedades e foram difundidas em áreas geográficas limitadas, enquanto a revolução da tecnologia da informação difundiu-se pelo mundo em menos de duas décadas. As características da revolução da Tecnologia da Informação A informação é a matéria prima fundamental: são tecnologias para agir sobre a informação e não apenas informação para agir sobre a tecnologia. A penetrabilidade dos efeitos das novas tecnologias: o processamento de informação torna domínios de nosso sistema eco-social e, por isso, o transforma. Tecnologia e Sociedade – Aula II As características da revolução da Tecnologia da Informação fundamental: são tecnologias para agir sobre a informação e não apenas informação para agir sobre a tecnologia. dos efeitos das novas tecnologias: o processamento de informação torna social e, por isso, o transforma. Página 15 fundamental: são tecnologias para agir sobre a informação e não apenas dos efeitos das novas tecnologias: o processamento de informação torna-se presente em todos os Tecnologia e Sociedade – Aula II Página 16 A lógica das Redes: em qualquer sistema ou conjunto de relações, usando essas novas tecnologias da informação, é uma morfologia bem adaptada à crescente complexidade das interações. Estamos gradualmente saindo de estruturas fechadas, feudais, familiares e patriarcais para estruturas em redes. Formação de redes entre empresas: as redes são e serão componentes fundamentais para as organizações • Terceirização / sub-contratação • Franchising (modelo Benetton) • Clusters - Alianças corporativas estratégicas • Redes de distribuição • Redes de fornecedores • Redes de produtores • Redes de cooperação tecnológica A flexibilidade, entendida como a capacidade de reconfiguração constante sem destruir a organização (ex. reegenharias, downsizing). A convergência de tecnologias específicas para um sistema altamente integrado. Tecnologia e Sociedade – Aula II Página 17 Saiba mais em: Video_aula2 O Paradigma da TI A sociedade em Rede. Castells, disponível em: http://biblio.ual.pt/Downloads/REDE.pdf Tecnologia e Sociedade – Aula II Página 18 Desafios do século XXI com o novo paradigma da tecnologia da informação Com esse novo paradigma (modelo) ditado pela sociedade da informação, novas ocupações estão sendo criadas, novas oportunidades se abrem e também são requeridas novas habilidades (competências). Qual o maior desafio para o profissional do século XXI? Tecnologia e Sociedade – Aula II Página 19Bibliografia � CASTELLS, Manuel. Sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultura.10. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007
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