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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Rinossinusite, Epistaxe e Corpo estranho nasal Anatomia Nariz é um órgão único. Cavidade nasal é dividida pelo septo nasal em duas fossas nasais. 2 paredes laterais e 2 paredes mediais (as paredes mediais são os septos). 4 ossos: etmoide, vômer, palatino e maxilar. Cartilagem quadrangular. Narina: abertura anterior do nariz. Coana: abertura posterior do nariz. É denominada cavidade nasal até a coana, após a coana é chamada de nasofaringe (adenoide/tonsila faríngea, abertura da tuba auditiva). 3 conchas: inferior, média e superior formam 3 meatos. Meato superior: drenagem dos seios esfenoides e etmoides posteriores. Meato médio: drenagem seios frontal, maxilares e etmoides anterior. Meato inferior: drenagem duto nasolacrimal (nenhum seio drena no meato inferior). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Rinossinusite (RSA) Definição: inflamação sintomática da mucosa do nariz e dos seios paranasais. Tempo de sintomas: - Aguda: < 12 semanas. - Crônica: > 12 semanas. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Infecções bacterianas são secundárias a infecções virais. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Diagnóstico de RSA Diagnóstico é clínico! Sem necessidade de exame de imagem. RX de seios da face não tem indicação (baixa especificidade). Tomografia – reservada para suspeitas de complicação (ex: oculares, cerebrais), falhas terapêuticas, necessidade de internação. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Em crianças Tosse persistente que piora ao deitar-se. Sem dor em face. Os pais podem referir que a criança tem “um resfriado que nunca vai embora”. Tratamento Lavagem nasal com Soro fisiológico (0,9%): – Alto volume – Baixa pressão – Melhora da função mucociliar – Remoção de mediadores inflamatórios – Remoção mecânica da secreção espessa. Descongestionantes – Diminuição de edema – Sistêmicos – Tópicos: risco de efeito rebote e uso abusivo (máximo 5 dias). Anti-histamínicos de 2º geração (não os de primeira): Alívio sintomático e diminuição da rinorreia. AINH /Analgésicos – alívio sintomático. Fitoterápicos (Probiótios/ Pelargonium sidoides). Glicocorticoides tópicos (pós-viral). Glicocorticoides orais (se sintomas muito intensos, não é recomendado usar de rotina). Tratamento se for RSA bacteriana VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Epistaxe A epistaxe, palavra de origem grega, é o termo médico utilizado para sangramento nasal. A epistaxe é uma alteração da hemostasia do nariz, dentro da cavidade nasal, causada por comprometimento da integridade da mucosa. 1. Não cause mais pânico no paciente. 2. Sala de urgência – ATLS. 3. Sinais vitais/acesso venoso. 4. Medidas imediatas: compressão local, postura correta... parar, respirar, pensar… 5 vasos que irrigam o nariz, alguns vem da carótida interna e outros da carótida externa Anastomose de vasos da carótida interna e carótida externa. Na área de Little está o plexo de Kiesselbach: extremamente vascularizada, a maioria dos sangramentos nasais ocorrem nessa área A grande maioria dos casos de epistaxe (aproximadamente 90%) ocorre ao longo da região anteroinferior septal, no plexo de Kiesselbach ou área de Little. Geralmente esses sangramentos têm resolução espontânea ou requerem intervenção médica simples para o controle, sem necessidade de admissão hospitalar. No entanto, em alguns casos, o sangramento volumoso em geral de localização posterossuperior pode ocasionar complicações hemodinâmicas e ser potencialmente letal. 90% das epistaxes – área de Kiesselbach (ANTERIORES). Sangramentos leves, pequeno volume, autolimitados. Causas: Traumas locais, RA (rinite alérgica). ... E os outros 10%? – Por artérias etmoidais/esfenopalatina (POSTERIORES/ superiores) – Sangramento abundante – HAS – Encaminhar na urgência a um serviço especializado. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 5. Paciente sentado, cabeça pouco fletida. 6. Compressão local por 5-10 minutos. 7. Vasoconstritor local (gelo ou algodão com medicação – adrenalina/ antifibrinolíticos). 8. Informações importantes de anamnese (se conseguir pegar as informações): – Tempo – Estimativa de volume **** – Idade – Repercussão clínica do sangramento – Uso de anticoagulantes / antiagregantes – Rinite – Uso de drogas inalatórias – HAS, Doença renal, hepatopatia. 9. Se sangramento persistente: – Encaminhar – Pensar em Antifibrinolíticos EV (ácido tranexâmico / ácido aminocaproico) Tamponamento anterior se não melhorar com compressão inicial – Pensar em colher HMG, TP, TTPA, TS/CP – Tamponamento. 10. Cauterização nasal e cirurgias – para o ORL. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Corpo estranho nasal
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