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A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉCULO XX A SUPERIORIDADE ECONÓMICA EUROPEIA Principais países industrializados a nível mundial: Inglaterra, França e Alemanha. A Europa produzia metade da produção industrial mundial. A Europa controlava o comércio a nível mundial, era responsável por 62% das trocas internacionais, detinha 83% da frota mercantil e aqui se situavam os portos mais importantes. O PESO DA EUROPA NO MUNDO - 1880 In Rumos da História 9, Caderno de Actividades do Aluno, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA A SUPERIORIDADE ECONÓMICO/FINANCEIRA EUROPEIA Os grandes Bancos eram europeus. 80% dos capitais investidos a nível mundial eram provenientes da Europa. A Europa explorava e controlava económica e financeiramente as suas colónias africanas e asiáticas. In Rumos da História 9, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA REVISTA DOIS MUNDOS (1896) “(…) são cinco ou seis países que detêm a maior parte da riqueza do Mundo (…) (Grã-Bretanha, França, Alemanha, Holanda, Bélgica). O seu grande negócio consiste em investir vultuosos capitais noutros países, retirando daí enormes benefícios. Eles são senhores de terras longínquas, donde lhes vêm os lucros sem precisarem de lá por os pés; (…) Fazem cultivar em seu proveito territórios imensos, por legiões de negros, de chineses e até mesmo de brancos (…), possuem minas e fábricas de que recebem os dividendos sem jamais as terem visto com os seus próprios olhos; numa palavra: enriquecem com o trabalho dos outros.” INTERESSES COLONIAIS “A política colonial é filha da política industrial. Para os estados ricos, onde os capitais abundam e se acumulam rapidamente, onde as manufacturas estão em vias de constante crescimento, a exportação é um factor essencial da prosperidade pública. As colónias são, para os países ricos, um lugar vantajoso para o investimento de capitais.” Julles Ferry, Discours (1885) A SUPERIORIDADE DEMOGRÁFICA EUROPEIA A Europa era o continente populoso onde vivia cerca de ¼ da população mundial. ( De 1800 a 1914 a população mundial duplicou. Em 1800 a população europeia representava 20% da população mundial e em 1914 27,3%.) Era onde se situavam os maiores centros urbanos. Foi, durante muito tempo, fornecedora de milhões de emigrantes que ocuparam outros continentes. (África, América,Ásia e Oceânia) A SUPERIORIDADE CIENTÍFICA E CULTURAL EUROPEIA Até 1914 todos os prémios científicos Nobel foram atribuídos a europeus. As mais importantes universidades, academias literárias e de artes, museus e bibliotecas situavam-se em solo europeu. A Europa exportava a moda e os seus estilos de vida. A Europa exportava as suas línguas e culturas. EXPLORAÇÃO ECONÓMICA EXPORTAÇÃO DE MODELOS “ Os missionários fazem… de povos selvagens… pessoas alegres, trabalhadoras, civilizadas.” In Flama, ANO VI, Nº 85, 21 DE OUTUBRO DE 1949, pág. 12 A SUPERIORIDADE POLÍTICA EUROPEIA Imperialismo - Sistema político em que nações mais poderosas dominam vastos territórios mesmo se politicamente independentes. Colonialismo - Forma de domínio económico, político, social, cultural e até religioso, exercido por um país mais poderoso sobre populações autóctones que vivem separadas geograficamente desse país com o intuito essencial de fazer a sua exploração económica. A Europa controlava politicamente vastas áreas doutros continentes através do imperialismo e do colonialismo. O MUNDO CERCA DE 1850 In Rumos da História 9, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA MOTIVOS DA INTENSIFICAÇÃO DO COLONIALISMO E IMPERIALISMO NO SÉC. XIX De ordem económica: necessidade de matérias-primas ( ferro, algodão, petróleo), de mão-de-obra barata, de expandir mercados para colocação dos produtos provindos da 2ª revolução industrial. De ordem política e estratégica: cada potência desejava-se afirmar como mais poderosa do ponto de vista político e militar. De ordem cultural: desejo de levar a religião, a cultura, a língua, a ordem aos indígenas. Continente extenso, pouco conhecido, muito rico em matérias-primas habitado por povos considerados inferiores e não civilizados que podiam fornecer mão-de-obra barata. Vários países europeus enviam exploradores que viajam para o interior do continente. ÁFRICA O CONTINENTE MAIS COBIÇADO EXPLORAÇAO DE ÁFRICA (1850-1885) In Rumos da História 9, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA David Livingstone (1813-1873) explorou o interior do continente africano In JORNAL DE VIAGENS E AVENTURAS DE TERRA E MAR, Nº 34, 2º VOLUME, 18 DE JANEIRO DE 1880, pág. 84 In JORNAL DE VIAGENS E AVENTURAS DE TERRA E MAR, Nº 37, 2º VOLUME, 8 DE FEVEREIRO DE 1880, pág. 116 HENRIQUE STANLEY E PIERRE DE BRAZZA In JORNAL DE VIAGENS E AVENTURAS DE TERRA E MAR, Nº 44, 2º VOLUME, 28 DE MARÇO DE 1880, pág. 204 Jornalista e explorador inglês que, financiado por um jornal americano, explorou o interior do continente africano entre 1871 e 1889. In Rumos da História 9, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA Explorador francês cujas explorações em África deram origem à colónia francesa do Congo. ) HERMENEGILDO CAPELO (1841-1917) E ROBERTO IVENS (1850-1898 In Rumos da História 9, Aníbal barreira e Mendes Moreira, ASA EDITORES Oficiais da Marinha que exploraram o interior do continente africano em várias viagens. Uniram Angola a Moçambique por terra, numa viagem que teve a duração de catorze meses. SERPA PINTO (1846-1900) In JORNAL DE VIAGENS E AVENTURAS DE TERRA E MAR, Nº 5, 1879, pág. 49 Oficial do exército, explorou o interior do continente africano. In JORNAL DE VIAGENS E AVENTURAS DE TERRA E MAR, Nº 30, 2º VOLUME, 21 DE DEZEMBRO DE 1879, pág. 36 SERPA PINTO EM EXPEDIÇÃO CONFERÊNCIA DE 16 DE JUNHO DE 1879, LISBOA In JORNAL DE VIAGENS E AVENTURAS DE TERRA E MAR, Nº 16, 14 DE SETEMBRO DE 1879, pág. 181 In JORNAL DE VIAGENS E AVENTURAS DE TERRA E MAR, Nº 7, 13 DE JULHO DE 1879, pág. 81 FINALIDADES DAS VIAGENS DE EXPLORAÇÃO AO CONTINENTE AFRICANO GEOGRÁFICO/ CIENTÍFICA POLÍTICA ECONÓMICA RACISMO In Rumos da História 9, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA Defende a superioridade de certas “raças” relativamente a “outras” o que legitima o domínio ou mesmo a supressão das raças consideradas inferiores. NEGROS In JORNAL DE VIAGENS E AVENTURAS DE TERRA E MAR, Nº 7, 13 DE JULHO DE 1879, pág. 84 In JORNAL DE VIAGENS E AVENTURAS DE TERRA E MAR, Nº 9, 27 DE JULHO DE 1879, pág. 97 “É preciso dizer abertamente que as raças superiores têm um direito para com as raças inferiores porque têm o dever de as civilizar.” Julles Ferry, Discours (1885) CONFERÊNCIA DE BERLIM A PARTILHA DE ÁFRICA (1884-1885) Realizada em Berlim por proposta do chanceler alemão Bismark. Procurou-se regularizar a partilha de África entre as várias potências europeias. Definiu-se as condições de posse desses territórios e substituiu-se o direito de ocupação histórico pelo direito de ocupação efetiva. DELIMITAÇÃO DA FRONTEIRA FRANCO-ALEMÃ NO CONGO (1913) INGLESES, FRANCESES, ALEMÃES E RUSSOS COBIÇAM A ÁSIA In Rumos da História 9, Caderno de Actividades do Aluno, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA In Páginas da História 9, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA A FRANÇA COLONIZADORA E TROPAS INGLESAS NA ÍNDIA In Rumos da História 9, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA In Rumos da História 9, Caderno de Actividades do Aluno, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA MAPA COR-DE-ROSA - 1886 In Rumos da História 9, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA Pretensão portuguesa, manifestada em 1886, no chamado mapa cor-de-rosa, de unir Angola a Moçambique. Chocava com a pretensão inglesa de unir o Cairo, no Egito, ao Cabo, na África do Sul A QUESTÃO DO ULTIMATO INGLÊS 1890 Última ordem em que Inglaterra impõe a Portugal a retiradaimediata dos territórios situados entre Angola e Moçambique. Portugal, muito dependente economicamente de Inglaterra, cedeu de imediato o que provocou ondas de descontentamento e protesto. OS IMPÉRIOS EUROPEUS NO INÍCIO DO SÉCULO XX Império Inglês (1/4 do planeta) África, Índia, Austrália, Canadá, ilhas do Pacífico Império Francês África do Norte e Central, Indochina e ilhas do Pacífico Inglaterra e França detinham c. de 80% dos territórios coloniais Existiam ainda os impérios alemão, holandês, belga, português, espanhol OS IMPÉRIOS COLONIAIS C. 1910 In Rumos da História 9, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕS ASA BIBLIOGRAFIA Crisanto, Natércia; Simões, Isabel; Mendes, J. Amado, Olhar a História 9, Porto Editora Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes, Rumos da História 9, Edições Asa Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes, Sinais da História 9, Edições Asa
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