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APOSTILA PREPARATÓRIA ROTEIRO DE ESTUDOS GEOGRAFIA ENSINO MÉDIO CAPÍTULO 1 1 INTRODUÇÃO – CONCEITOS BÁSICOS Geografia é a ciência que estuda as inter-relações que ocorrem entre o ser humano e o quadro natural que o cerca. - TERRA - Planeta do Sistema Solar (terra + água + ar). - 3º Planeta pela ordem de afastamento do Sol (1º Mercúrio, 2º Vênus). - Superfície da Terra: 510.000.000 km² - PLANETA- Astro sem luz e calor próprio. Gira em torno de uma estrela que o aquece e ilumina. - O Sistema Solar é constituído por nove planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão. - MOVIMENTO DE ROTAÇÃO: Movimento executado pela Terra em torno de seu eixo imaginário de Oeste para Leste, em 23 horas, 56 minutos, e 4 segundos (um dia). - MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO: Movimento executado pela Terra em torno do Sol de Oeste para Leste, em 365,6 dias. - MERIDIANO DE GREENWICH: Círculo tomado como origem do tempo universal e que passa pela antiga sede do observatório de Greenwich, na Inglaterra. - LINHA DO EQUADOR: Círculo máximo imaginário do Globo Terrestre que divide a Terra em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. Existem quatro paralelos importantes por delimitarem as zonas térmicas da Terra. - TRÓPICOS: - TRÓPICO DE CÂNCER: ao Norte da linha do Equador (Caribe). - TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO: ao Sul da linha do Equador (São Paulo). São os dois círculos terrestres paralelos ao Equador. -CÍRCULOS POLARES: - ÁRTICO – Hemisfério Norte - ANTÁRTICO – Hemisfério Sul -HEMISFÉRIO – Meia esfera. Cada uma das meias esferas em que a Terra é imaginariamente dividida pela linha do Equador (Norte e Sul) e Greenwich (Leste e Oeste). BRASIL: País da América do Sul, com território de 8.511.965 km², na maior parte (93%) no Hemisfério Sul. O Brasil possui 150.000.000 habitantes e está politicamente dividido em 26 estados e um Distrito Federal. A divisão em estados foi estabelecida a partir da Proclamação da República e consequentemente, a partir da 1ª Constituição Republicana. Os Estados substituíram as Províncias do Império. Copiamos o sistema adotado nos Estados Unidos da América do Norte. 2 - DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL: Segundo o IBGE, o Brasil está dividido em cinco regiões geográficas de acordo com os seus contrastes físicos, humanos e econômicos: Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul. - DIVISÃO GEO ECONÔMICA: Três complexos regionais de acordo com a formação histórico econômica do país: Amazônia, Nordeste e Centro Sul. RELAÇÃO DOS ESTADOS COM AS RESPECTIVAS CAPITAIS: - Região Norte Amazonas Pará Roraima Amapá Acre Rondônia Tocantins Manaus Belém Boa Vista Macapá Rio Branco Porto Velho Palmas - Região Nordeste Pernambuco Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Alagoas Sergipe Bahia Recife São Luís Teresina Fortaleza Natal João Pessoa Maceió Aracaju Salvador - Região Centro Oeste Mato Grosso Mato Grosso do Sul Goiás Cuiabá Campo Grande Goiânia - Região Sudeste Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Belo Horizonte Vitória Rio de Janeiro São Paulo - Região Sul Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Curitiba Florianópolis Porto Alegre - Distrito Federal Sede Administrativa do País Brasília Obs.: Tocantins é o mais novo estado do Brasil. Foi desmembrado do estado de Goiás. 3 Relevo: Relevo é o conjunto de acidentes geográficos da superfície terrestre. No Brasil predomina um relevo de baixa altitude. Planaltos do Brasil: - O Planalto Brasileiro subdivide-se em: Planalto Central e Planalto Meridional. - Planalto Atlântico: onde se localizam a Serra do Mar, a Serra da Mantiqueira e a Serra do Espinhaço. Neste Planalto, localizam-se o Pico da Bandeira com 2.840 metros e o Pico das Agulhas Negras com 2.787 metros de altitude. - Planalto Nordestino - Planalto das Guianas: Neste Planalto, localiza-se o Pico da Neblina com 3.014 metros de altitude, sendo o ponto culminante do Brasil. - Planícies do Brasil: 1 – Planície Amazônica ao Norte. 2 - Planície Costeira junto ao litoral. 3 – Planícies do Pantanal na região Centro Oeste, onde é localizada a Chapada dos Guimarães, hospedeira de 650 espécies de aves. Clima: - É a sucessão de estados da atmosfera em um determinado lugar. - É a sucessão dos estados do tempo em certo lugar. No Brasil: 1 – Clima Equatorial – Na Amazônia (fenômeno da friagem). 2 – Clima Tropical na maior parte do país. Apresenta verão quente e úmido e inverno quente e seco. 3 – Tropical de altitude –nas áreas mais elevadas do Sudeste. 4 – Semiárido no interior do Nordeste. 5 – Subtropical no Sul do país. Santa Catarina (um estado do Sul) possui este tipo de clima. 4 Hidrografia no Brasil: - Hidrografia: estudo das águas continentais (rios e lagos). - Dá-se o nome de Bacia Hidrográfica ao conjunto de terras banhadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. O Brasil, neste particular, é um país privilegiado. - Nossas principais Bacias são: 1 - Bacia Amazônica: - Extensão: 7.000 km com 20.00 km de rios navegáveis - Tem como principal rio o Amazonas. - Afluentes mais importantes Negros, Tapajós, Xingu, Japurá e outros. 2 – Bacia Platina - Subdivido em: a)Bacia do Paraná, região sul do Brasil. - Tem como principal rio o Paraná que é o maior rio brasileiro em potencial hidroelétrico. Nasce na fusão dos rios Grandes e Paranaíba e deságua no Rio da Prata. Divide o Brasil, o Paraguai e a Argentina. Na Bacia Platina estão as hidroelétricas de Furnas, Três Irmãos, Barra Bonita, Ilha Solteira e a principal que é a de Itaipu. (b) Bacia do Uruguai: Rio principal: Uruguai que nasce da fusão dos rios Canoas e Pelotas. c) Bacia do Paraguai: Rio Principal: Paraguai que nasce na Serra do Araporé (MT). Atravessa o Pantanal e é altamente utilizado para a navegação. 3 – Bacia do São Francisco - Fica no Planalto do Brasil - Tem como principal rio o São Francisco que embora apresentando muitas cachoeiras, é também um rio navegável. É a mais importante bacia hidrográfica do Brasil inteiramente brasileira, tanto que o Rio São Francisco é conhecido como o Rio da Unidade Nacional. O São Francisco nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais e deságua no Oceano Atlântico (2.000km navegáveis). Nesta bacia estão as hidroelétricas de Três Maria (MG), Sobradinho e Paulo Afonso (BA). No passado foi o principal elo entre o Nordeste e o Sul do país 4 – Bacia Tocantins – Araguaia - É a maior bacia totalmente brasileira. - Tem como principal rio o Tocantins com 2.400 km de extensão. - Seu principal afluente é o Araguaia. - Nesta bacia está a hidroelétrica de Tucuruí (Pará) 5 BRASIL – UM PAÍS PRODUTIVO Economia: é o conjunto de atividades que visa produzir e comercializar bens e serviços. O Brasil possui uma economia bastante diversificada nos diversos setores: A) Primário 1 – Agricultura: um dos sustentáculos da economia bastante diversificada nos diversos setores. - No passado foi baseado em poucos produtos (café e cana-de-açúcar principalmente). Tornou-se bastante variada com o cultivo da soja, do trigo, do fumo, do algodão, da uva, etc.. - Papel: Abastece o país, cria excedente para as exportações e ainda energia através do cultivo da cana-de-açúcar. - Predomínio de latifúndios (propriedade rural com mais de 600 há) sobre os minifúndios.Principais produtos a) Cana-de-açúcar: Introduzida no Brasil durante o século XVI por Martim Afonso e Sousa donatário da Capitania de São Vicente. Na Europa o açúcar era produzido a partir da beterraba. De qualidade inferior e de pouca produtividade propiciou o uso do açúcar produzido com cana-de-açúcar. O produto tornou-se um importante fator econômico na Colônia Brasileira e foi responsável pelo aumento populacional e ocupação de São Vicente, Bahia e Nordeste do Brasil. Maiores produtores mundiais (SP, AL, PE, PB, PR, RJ). b) Café: Já foi nossa maior fonte de renda, sua produção cresceu durante o 2º Império ocupando regiões do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Vale do Paraíba, Minas Gerais e Paraná. No Paraná, região de terra roxa, o café teve alta produtividade e por ponde passou plantou cidades, vilas, fazendas, gerando lucro e fazendo fortunas. Atualmente, o estado de Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, com 31% da produção nacional. O café motivou, além da ocupação territorial, o desenvolvimento das Estradas de Ferro do Brasil. Foi o café a base econômica do crescimento de São Paulo. Maiores produtores: MG, ES, PR, SP, BA, MT e RO. c) Laranja: O Brasil é o maior produtor de laranja do mundo. Recentemente direcionado para a exportação (na forma de suco) sob o controle de multinacionais. d) Soja: é o segundo produto em área cultivada no Brasil. Terceiro maior produtor mundial. Maiores produtores: RS, PR, MS, MT e GO. 2 – Pecuária: Desempenhou marcante papel no povoamento e expansão territorial do Brasil, nos colocando entre os maiores criadores do mundo. A Soma total do nosso rebanho é de aproximadamente 140 milhões de cabeças (bovino – segundo maior do mundo; suíno – quarto maior do mundo; e equino – quinto maior do mundo). Tipos de criação: - Intensiva: pequena propriedade, áreas limitadas, alto rendimento, em geral utilizada com a criação leiteira. - Extensiva: grandes áreas, gados à solta, pastagens naturais, baixo rendimento, destinado à criação de corte. 3- Extrativismo: São divididos em dois tipos: - Vegetal: destacando-se o Babaçu (palmeira do Nordeste cujo fruto fornece óleo, álcool e glicerina), o mogno (madeira nobre e de alto valor comercial, cortada livremente no Pará, Mato Grosso e Rondônia), etc.. - Mineral: destacamos o minério de ferro e o petróleo. a) Minério de ferro: principais áreas: quadrilátero mineiro (Belo Horizonte, Santa Bárbara, Mariana e Congonhas) e Vale do Rio doce. Nosso principal corredor de exportação é o Porto de Tubarão, em Vitória (ES) b) Petróleo: encontrado nas bacias sedimentares, monopólio da Petrobrás. Principais áreas produtoras no continente: BA, AL, SE, etc. e na plataforma continental RS, SE, AL, RN. B) Secundário: Indústria: forte e diversificada, concentrada principalmente no Sudeste em função da melhor rede de transportes e comunicações, maior concentração de mercado consumido, maior produção energética, maior capital e mão de obra de maior qualificação. Essa concentração é maior de Minas Gerais e São Paulo para o Sul. Existem poucas no Norte e Nordeste. C) Terciário: Comércio: encontramos atividades modernas (bancos, empresas de seguros e transportes, cadeias de supermercados, etc.) e atividades tradicionais (mercearias, bazares, etc.). 6 ROTEIRO DE ESTUDOS GEOGRAFIA ENSINO MÉDIO CAPÍTULO 2 7 América: Continente “descoberto” por Colombo em 1492, habitado por representantes de diferentes culturas e civilizações (astecas, maias e incas) amerígenas. Entre os séculos XVI e XVII, foi colonizada pelos europeus, onde exploraram riquezas e cultivaram produtos tropicais (cana-de-açúcar, tabaco, algodão) de alto valor comercial para as metrópoles europeias. Os ingleses estabeleceram “colônias de povoamento”, pois visava constituir uma nova vida, um novo lar, “um novo mundo”: seus produtos agrícolas e artesanais atendiam seus próprios interesses de comércio local. Hoje constituem a América Anglo-Saxônica (Estados Unidos e Canadá). Todo o restante forma a América Latina, pois foi colonizada por espanhóis e portugueses e é caracterizada por uma grande diversidade cultural, instabilidade política, países subdesenvolvidos cujas características são essenciais, são: a dependência econômica evidenciada pela injustiça na balança comercial, grande divida externa e forte presença de empresas transnacionais, além das acentuadas diferenças sociais. A América está separada da Ásia pelo Estreito de Bering, é circundada pelo Oceano Glacial Ártico (ao Norte), Oceano Atlântico (Leste), Oceano Pacífico (Oeste). Limita-se ao Sul com a Antártida. Vastas Cordilheiras estendem-se a Oeste, planaltos e planícies a Leste. Grande número de Ilhar e arquipélagos. Geograficamente temos a América do norte, a América Central e a América do Sul. América do Norte: Países e Capitais: Canadá Estados Unidos México Otawa Washington Cidade do México. Canadá: Maior país da América e 2º produtor mundial de artigos industrializados. Maior produtor mundial de zinco, urânio, e níquel, produz grande quantidade de ouro, prata, cobre chumbo e minério de ferro. Possui áreas de excelente solo agrícola e ativa pecuária leiteira. Toronto, Montreal e Vancouver são grandes centros industrializados. Estados Unidos: Nação mais rica e poderosa da terra, por seu predomínio industrial- financeiro-econômico, 2º maior produtor de petróleo e maior mercado mundial de produtos agrícolas. Chicago é o centro de Lós Angeles, do cinema e produtos bélicos. México: Faz parte da América Latina, 3º produtor mundial de prata, população de maioria mestiça (índios com espanhóis). Possui uma das maiores reservas mundiais de petróleo, gás natural, ouro, enxofre, manganês, zinco, chumbo e cobre. O país busca a industrialização: siderurgia (em Monterrey), petroquímica (em Salamanca), refinarias (em Tampico e Vera Cruz). Canadá, Estados Unidos e México integram a NAFTA (Acordo Norte-Americano de Livre Comércio), desde 1994 cujo objetivo é apenas a criação de uma zona de livre comércio. Na América do Norte encontram-se: - O Círculo Polar Ártico. - O Trópico de Câncer (passa pelo México) - As Montanhas Rochosas (a Oeste), pontiagudas e cobertas de neve eternas. - O Mc Kinley (6.194): ponto culminante, no Alasca. - As Planícies do Rio S. Lourenço e dos Grandes Lagos (Superior, Michigan, Huron, Erie, Ontário) – as cataratas do Niágara ficam entre os lagos Ontário e Erie: uma beleza turística. - As Penínsulas da Califórnia e Yucatán. - Os Golfos da Califórnia e do México. - O Mar e Arquipélago das Antilhas. - Os Planaltos ricos em minarias, como o Planalto do Labrador (Canadá), os Montes Apalaches (EUA) e os Planaltos Mexicanos de Chihuana e Anauc. - Uma planície costeira acompanhando o Atlântico. - Os rios S. Lourenço (a Leste), a Bacia do Rio Mississipi (ao Centro), Mackenzie ( ao Norte), Hudson (corta Nova Iorque), Colorado (a Oeste) e Grande (ao Sul). - O Vale da Morte (-83m) na Califórnia. - O famoso Grand Canyon, no Planalto do Rio Colorado. - A Serra Madre Oriental, Ocidental e do Sul (no México). Vegetação: - Tundra e floresta de coníferas – no Norte do Canadá e Alasca. - Floresta temperada – nos Apalaches, Labrador e Rochosas. - Floresta tropical – próxima ao Golfo do México. - Pradarias (vegetação rasteiras e herbáceas) – nas planícies centrais. - Xerófitas – nas áreas desérticas do Colorado. - Climas com invernos rigorosos e verões fortes. - Indústrias com elevada tecnologia e agricultura amplamente mecanizada (exceto o México) 8 América Central: É dividida em duas partes: -Ístmico ou Continental – liga a América do Norte à América do Sul. -Insular ou Arquipélago das Antilhas - são divididas em Antilhas, Pequenas Antilhas e Arquipélago das Bahamas. São suas características:- A Península e Planície do Yucatén. - Solo fértil, elevadas temperaturas e chuvas abundantes (na porção oriental). - Montanhas, clima temperado e chuvas escassas (na porção ocidental). - Vegetação variável: florestas, savanas, estepes com cactáceas. - Golfo do México (que sofre com a poluição petroquímica). - Mar das Antilhas (ou do Caribe). - Países exportadores de matérias primas e consumidores de industrializados. - Economia agrícola (açúcar, banana, café) e extrativismo mineral. - Denso povoamento de índios, mestiços e brancos (minoria). - Pouca rede de comunicações. - Urbanização causada pelo êxodo rural. - O canal do Panamá (controlado pelos norte-americanos até o ano 2.000), une Atlântico ao Pacífico, através de comportas e eclusas. Principais países e capitais da América - Insulares: Jamaica Kingston Cuba Havana (país socialista exportador agrícola) Porto Rico San Juan Haiti Porto Príncipe República Dominicana São Domingo Estes países apresentam uma das mais elevadas densidades demográficas do mundo, população de negros e mestiços, agricultura de cana-de-açúcar, tendo o turismo como fonte de divisas. - Continentais Guatemala Guatemala El Salvador San Salvador Honduras Tegucigalpa Nicarágua Manágua Costa Rica San José Panamá Panamá O colonialismo, a exploração de companhias norte-americanas e a resistência das elites em promover mudanças que beneficiassem a população, contribuíram para o grande estado de pobreza da América Central. Os Estados Unidos intervieram militarmente em vários países, utilizando justificativas de “proteção da democracia”, “restauração de paz”, “promoção da estabilidade externa”, “ameaça da paz interna”- sempre defendendo seus interesses e a necessidade de promover- se como “xerife do mundo”. 9 América do Sul: É cortada pelo Equador (passa por Macapá – AP) e pelo Trópico de Capricórnio (passa por São Paulo-SP). - Tem o Aconcágua (6.959) como ponto culminante. - A Cordilheira dos Andes, que se estende na costa do Pacífico: tem 7.500km de extensão e 300 km de largura, com neves eternas mesmo sob o Equador. - Planalto das Guianas, Brasileiro e da Patagônia. - A hidrografia tem grande importância econômica já que é intensamente utilizada para a irrigação, transporte, comunicação e produção energética nas margens de rios e lagos onde se desenvolvem importantes atividades econômicas. Ex.: Planícies do Rio Orenoco (em cujas margens se desenvolvem atividade criatória), do Rio Amazonas (o mais extenso do mundo), do Rio Paraná (que apresenta enorme potencial hidrelétrico, como Itaipu) e do Rio São Francisco (que é via de transporte e irrita o sertão nordestino). No encontro do Rio Amazonas com o Atlântico ocorre à pororoca. Lagos: - Maracaibo (Venezuela) – exploração de Petróleo. - Titicaca (Peru/Bolívia) – utilização agrícola das margens Ilhas: - Marajá, Falklands (Malvinas), Bananal (maior ilha fluvial do mundo) - A Corrente Marinha Humboldt, que bordeja o litoral do Pacífico e é responsável pelo clima desértico do Peru e Atacama (Chile); já a Corrente dos Falklands produz o clima semiárido da Patagônia. - A cobertura vegetal acompanha o clima: - Floresta Equatorial: na Amazônia. - Floresta Tropical: representada pela Mata Atlântica e Serrado. - Vegetação árida ou desértica: litoral do Peru, Norte do Chile e Sul da Argentina. - Vegetação semiárida: caatinga do Nordeste brasileiro. - Vegetação subtropical: mata de araucária ou pinhais. - Floresta Fria: nos Andes. - Economia agrícola, extrativismo mineral e industrialização (Brasil, Argentina e etc..) - Centro exportador de matérias-primas e consumidor de industrializados. Os países da América do Sul possuem certa unidade cultural devido à colonização espanhola e portuguesa, principalmente. Destacam-se: - Países Andinos: Chile Bolívia Peru Colômbia Venezuela Santiago: La Paz: Lima: Bogotá: Caracas: 2º produtor mundial de cobre. 3º produtor mundial de estanho. Produtor pesqueiro de sardinha anchoveta. 2º produtor mundial de café 5º produtor mundial de petróleo. - Países Platinos: Argentina Uruguai Paraguai Buenos Aires: Montevidéu: Assunção: 3ª maior população da América Latina Notável pelas indústrias agropecuárias Agropecuária, tanino e erva-mate. - Guianas Suriname Guiana Guiana Francesa Paramaribo: Georgetown: Caiena: Antiga Guiana Holandesa. Ex- Guiana Inglesa. Departamento Ultramarino da França. Cultivam produtos tropicais, extração de minerais, principalmente a bauxita (minério de alumínio), exportada para os Estados Unidos e Canadá. - Brasil Brasília Economia basicamente agrícola com grande avanço na industrialização e exportações industriais. OBS: A Bolívia e o Paraguai não têm acesso ao mar. A queda dos governos militares e a redemocratização abriu caminho para a integração de países e a criação dos megablocos econômicos dessa parte de América: 1) MERCOSUL, constituído pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. O Mercado Comum do Cone Sul unificou as taxas de importação dos países membros e tem por objetivo obter uma unificação econômica até o ano 2000. 2) O Pacto Andino é integrado por Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela foram assinados em 93. 10 3) MCCA (Mercado Comum Centro-Americano) reúne a Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Tem pouca expressividade. Curiosidades: - A Ilha da Páscoa (Chile) exerce um grande fascínio sobre os milhares de turistas que o visitam anualmente, devido às suas grandes estátua de pedra chamada “moais”, muito bem exploradas no filme Rapa-Nui. - A cidade de Cuzco, capital do antigo império Inca, é a mais antiga do continente, os espanhóis demoliram seus templos, derreteram o ouro e a prata das estátuas e esculturas e escravizaram sua população. - A cidade de Machu Pichu, construída por volta de 1.420, no cimo da Cordilheira dos Andes serviu de refúgio par aos incas quando Cuzco foi conquistada pelos espanhóis. Cercada de mistérios com suas construções anti-abalos sísmicos, é patrimônio cultural e natural da humanidade. 11 ROTEIRO DE ESTUDOS GEOGRAFIA ENSINO MÉDIO CAPÍTULO 3 12 Continentes Em 1912, foi lançada a teoria do alemão Alfred Wegener – “a deriva dos continentes” – segundo a qual há milhões de anos os continentes formavam uma única massa da terra, que foi se deslocando, se dividindo e se fragmentando até as formas atuais. Eles continuam se movimento de 2 a 10 mm por ano. Continentes são extensas massas de terra que emergem dos oceanos, com seus climas, vegetação, rios e montanhas, golfos e península, baías e cabos e são também os conjuntos dos países, com seus aspectos físicos, humanos, econômicos e históricos. Há países ricos e pobres, bem desenvolvidos, pouco ou subdesenvolvidos. Países que se unem em organizações de cooperação e países que não se entendem. Há também outra classificação: países capitalistas (1º mundo), socialistas (2º mundo) e pobres ou subdesenvolvidos (3º mundo). Quase todos os desenvolvidos estão no Hemisfério Norte, os pobres, no Sul. Europa: - Tem 10 milhões de km², duas vezes menor que a América do Sul e 3 vezes menor que a África. É a mais povoada depois da Ásia. - Limites: N – Oceano Glacial Ártico S – Mar Mediterrâneo L – Ásia O - Atlântico - Separam a Europa da Ásia os Montes Urais, o Rio Ural, os Mares Cáspio e Negro, a Cadeia do Cáucaso. - Seu litoral é muito extenso e recortado com inúmeros cabos, penínsulas (Escandinava, Ibérica, Itálica, Balcânica), golfos, baías, mares (Mediterrâneo, Negro, Cáspio,Báltico, do Norte) e ilhas (Britânicas, Islândia, Córsega, Sardenha, Sicília e as do Mar Egeu); depressão do Mar Cáspio. - O Estreito de Gibraltar é o ponto de aproximação entre a Europa e o Norte da África, o Canal da Mancha separa a Grã-Bretanha e a Europa continental. O litoral da Noruega apresenta fiordes (golfo estreitos e profundos entre montanhas) e a Holanda é famosa por seus por seus poderes (terras conquistadas ao mar, dessecado e cercado de diques, abaixo do nível do mar). Principais países e capitais da Europa: Noruega Oslo Holanda Amsterdã Suécia Estocolmo Dinamarca Copenhague Inglaterra Londres Alemanha Berlim França Paris Polônia Varsóvia Espanha Madri Itália Roma Portugal Lisboa Grécia Atena Iugoslávia Belgrado Rússia Moscou Relevo: Contrastes entre as grandes cadeias de montanhas (Alpes, Pireneus, Apeninos, Cárpatos, Urais), os planaltos (da França, Espanha, Baviera) e as planícies (do Báltico, Russa, Húngara). Destacam-se os vulcões Etna, Vesúvio (Itália) e Hecla (Islândia). Hidrografia: Os rios são importantes vias de comunicação e transporte, como o Reno (o mais navegado do mundo, atravessa regiões ricas e industrializadas), o Danúbio e o Volga (o mais extenso da Europa) – estes são interligados e ligados a outros através de canais. Merecem destaques também o Tejo (Portugal) Sena (França), Tamisa (Inglaterra), Vistula (Polônia) e Tibre (Itália). Clima: Apresenta três tipos: frio, temperado (é o predominante) e mediterrâneo. Vegetação: Possui cinco variações: - Tundra (formada por musgos e liquens) - Florestas Coníferas (abetos, pinheiros, ciprestes – fornece madeira para indústria). - Florestas temperadas (quase extintas pela ocupação humana). - Mediterrânea (maquis) - Estepe (gramíneas e arbustos) – campos importantes para pastagens. 13 Aspectos humanos: Noruega, Finlândia e Suécia apresentam baixas densidades, Reino Unido e Itália, altas densidades demográficas. São mais de 50 as línguas faladas, divididas em três ramos: - Eslavo (polonês, russo, tcheco, eslavo, húngaro, iugoslavo) - Germânico (alemão, inglês, holandês, dinamarquês, sueco) - Românico (italiano, português, espanhol) Economia: Agricultura de alta produtividade com emprego de técnicas modernas e uso adequado de fertilizantes (trigo, centeio, aveia, beterraba, uva, azeitonas). Pecuária destinada a consumo e industrialização. Extrativismo mineral: carvão (Alemanha, Polônia, Inglaterra, Rússia), ferro (França, Suécia, Rússia), petróleo (Rússia, Inglaterra), pesca (Noruega, Finlândia, Suécia e Islândia). O turismo é importante fonte de divisas. A Europa possui a melhor rede de transportes do mundo. Os trens são muito utilizados. Ressaltamos que a Europa foi o “Berço da indústria moderna” e sete das maiores nações industrializadas estão lá: Alemanha, Rússia, Grã Bretanha, França, Polônia, Bélgica e Itália. Elas dispõem de abundantes matérias primas, mão de obra especializada, políticas de incentivos, leis de proteção aos trabalhadores e grandes organizações internacionais. Apesar disso, o desemprego crônico está ocasionando aumento do número de pessoas que vivem abaixo dos limites de pobreza (França, Inglaterra e Alemanha). Criaram-se mercados comuns destinados ao crescimento industrial, eliminação de barreiras alfandegárias, o aumento de empregos e produção de mais mercadorias e serviços ao consumidor. COMECON – Conselho de Ajuda Econômica Mútua (abrange países socialistas). MCE OU CEE – Mercado Comum Europeu ou Comunidade Econômica Europeia. A partir de 01/01/93 se transforma em União Europeia e amplia seus objetivos: livre circulação de mercadorias. Busca-se ainda a adoção de uma moeda única. Ásia Junto com a Europa, forma EURÁSIA. Os Urais e a Cáucaso são limites convencionais. É o maior dos seis continentais. Superfície de 44 milhões de km², 6 bilhões de habitantes (censo de 1995). Tem seis dos 10 países mais populosos do mundo: China, Índia, Indonésia, Japão, Bangladesh e Paquistão. - Limites: N – Oceano Glacial Ártico S – Oceano Índico L – Oceano Pacífico O – Europa, Mar Negro e Mediterrâneo, África Há países continentais e insulares, eminentemente agrícolas (China e Índia), altamente industrializados (Japão), ricos (Kuwait) e pobres (Paquistão), países budistas (Ceilão, Nepal), muçulmanos (Bangladesh, Paquistão) e hinduístas (Índia). A Rússia é o maior do mundo. Características do Sul e Sudeste: intensa atividade agrícola e grandes populações pobres. No Oriente Médio, nasceu o judaísmo, o cristianismo e o islamismo: a região é rica em petróleo e desertos de areia. O Extremo Oriente é a religião mais povoada da Ásia. Palestinos e Curdos não têm pátria. No Oriente Médio e no sul do continente, as diferenças religiosas provocam constantes conflitos. Relevo: - Possui um conjunto de cadeias montanhosas, como o Himalaia, onde está o Everest (ponto culminante do mundo – 8872 m). - Planaltos do Tibete, da Mongólia, da Arábia, do Irã e do Decã. - Deserto gelado de Góbi e desertos quentes do Oriente Médio (Arábia). Planícies férteis na Índia. - O contorno do Litoral asiático (130.000 km) corresponde a mais de 3 vezes a circunferência da Terra> Bastante recortado por penínsulas (Arábia, Decã, Malaia, Indochina, Coréia, Kamtchaka), cabos, golfos (Pérsico, Omã, Bengala), baías e arquipélagos (Indonésia, Filipinas, Japão). Intensa atividade vulcânica e abalos sísmicos. 14 - Rios: Desempenham um papel fundamental na vida das pessoas. Aglomerados nos vales e deltas, dos rios Indo e Ganges (Índia), Azul e Amarelo (China), Mekong (Indochina), Ienissei, Ob e Irsith (Rússia), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia). O Canal de Suez (Egito) separa a Ásia da África. - Climas variados: - calor úmido e constante no Sul e Sudeste; - calor seco e abrasador no Sudoeste; - benigno e uniforme no Leste; - verões tórridos, invernos polares e frios (Sibéria). Monçônico, equatorial e subtropical. - Vegetação: Destaca-se a taiga (na Sibéria); florestas temperadas e abertas no Leste, florestas equatoriais e densas, gramíneas na região árida dos planaltos centrais, tamareiras e oliveiras nos oásis. - Fauna: camelo, dromedário, elefante, búfalo, tigre de bengala, orangotango, gibão, urso negro e rena. Principais países, capitais e economia da Ásia: - Rússia asiática: (dos Urais ao Estreito de Béring). Agricultura extensiva (trigo, beterraba...), rica em energia hidrelétrica e matérias primas (carvão, petróleo, ferro), indústrias básicas (siderurgia, refinarias, químicas). - Japão – Tóquio: grande potência industrial e agrícola (arroz, chá, trigo...), maior frota pesqueira mundial (atum, salmão, baleia...) indústrias químicas, petroquímicas, maquinarias, ópticas, fotográfica, microscópica, eletroeletrônicas, automobilísticas. - China – Pequim: maior rebanho suíno mundial, exportação de produtos agropastoris, minerais, seda naturais e eletroeletrônicos. - Taiwan/Cingapura/Hong Kong/ Coréia do Sul. “Tigres asiáticos” – peculiar agressividade no crescimento industrial e comércio internacional: eletrônicos, equipamentos para computadores e telecomunicações, tecidos sintéticos, roupas, plásticos, veículos. - Índia Nova Delhi - Irã Teerã - Iraque Bagdad - Turquia Ancara - Arábia Saudita Riad - Israel TelAviv - Indonésia Jacarta - Tailândia Bangkok CURIOSIDADES: - Um túnel de 54 km (23 km sob o mar) une as ilhas japonesas de Honshu e Hokkaido, a Japan Railway Company opera 327 trens balas por dia, impecavelmente limpos e pontuais. - Os “navios-fábricas” do Japão são também uma característica de pesca em alto mar russa. - a ferrovia Transiberiana liga Moscou a Vladivostok, no Mar do Japão. 15 ÁFRICA Terra da árvore baobá (que dura de 3 a 6 mil anos),extraordinárias florestas, desertos escaldantes, animais exóticos e selvagens, pirâmides milenares e arrojadas construções modernas. É cortada pelo Equador e pelos dois trópicos: Câncer e Capricórnio. Separa-se da Europa pelo Mar Mediterrâneo e Estreito de Gibraltar, da Ásia, pelo Canal de Suez e Mar Vermelho. O leste é banhado pelo Atlântico, a Oeste, pelo Índico. Possui um litoral pouco recortado. - Relevo:- Cadeia do Atlas (ao Norte) e Cadeia do Cabo (ao Sul) - No “Rift Valley” (extensa linha de falhas geológicas no lado oriental) estão os lagos Niassa, Vitória, Alberto e Tanganiça e os maciços vulcânicos contendo o Kilimanjaro (5.895 m) e o Quênia. - Os planaltos são bastante elevados, como os da Etiópia (a Leste) e o Drakensberg (ao Sul). - Planícies pouco extensas na faixa litorânea e junto ao vale dos rios. - Desertos do Saara (o maior do mundo) e o Kalahari (a Sudoeste). - Rios: com grandes obstáculos à navegação, destacando-se as bacias do Nilo, Níger, Congo, Zambeze e Kalahari. - Ilhas principais: Madeira, Canárias, Cabo Verde, Comores, Zanzibar e Madagascar. - Climas quentes: predomina o equatorial, o tropical e o desértico. Na porção centro- ocidental, estão a floresta equatorial e as savanas. Margeando o Mar Mediterrâneo, o clima e vegetação são característicos. - Aspectos humanos: população jovem com baixa expectativa de vida. Altas taxas de mortalidade infantil (em cada 3 africanos, um passa fome). Predomínio da raça negra com 1/3 de brancos. - Agricultura de subsistência (praticada nas savanas e zonas litorâneas). Atividade criatória pouco desenvolvida. A carne é consumida no Norte e no Sul do continente. Grande rebanho ovino produz lã para as indústrias locais e para exportação. A partir dos anos 60, muitos países nacionalizaram suas minas, cujas riquezas sempre foram exploradas por estrangeiros e suas multinacionais. Desenvolvimento da indústria alimentícia. Países destacados: - Líbia, Nigéria, Argélia e Gabão grandes produtores de petróleo. - Zaire 1º produtor mundial de diamantes - África do Sul 35% da produção mundial de ouro - Egito barragem hidrelétrica de Assuã/Canal de Suez - Etiópia, Camarões, e Quênia produção de café. - Costa do Marfim e Gana produtores de Cacau. - Egito, Uganda e Quênia produzem algodão. Quase todos os países africanos fazem parte da OUA – Organização da Unidade Africana, que visa: soberania e integridade territorial, solidariedade e cooperação internacional, eliminação do colonialismo e desenvolvimento. 16 OCEANIA: O menor dos continentes divide-se em quatro linhas maiores (Austrália, Nova Zelândia, Tasmânia e Nova Guiné), a Melanésia, a Micronésia e a Polinésia. Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos instalaram bases navais e comerciais em várias de suas ilhas. Na colonização da Austrália e Nova Zelândia ocorreu o massacre e escravização de seus nativos. - Grande parte das ilhas é constituída por atóis de corais. - Predomina o clima tropical e equatorial. - Na Austrália, encontram-se desertos. As florestas tropicais são constituídas por palmeiras e bambus e nas florestas subtropicais predomina o eucalipto gigante - Também na Austrália está o maior rebanho de ovinos do mundo, seus recursos minerais são a bauxita,, zinco, mineiro de ferro, ouro e níquel. - A população da Oceania é urbana e de imigrantes. - As cidades mais populosas são: Sídnei e Melbourne (Austrália), Aucklend e Cristchurch (Nova Zelândia) e Honolulu (Havaí). CURIOSIDADE: É na Austrália que se encontra o maior monólito do mundo – o Rochedo de Ayers – crivado de fendas e fossos, perto de Alice Springs, na região desértica. Mais de 30 mil pessoas por ano visitam essa estranha maravilha da natureza. Tem 335 m de altura por 2,6 km de comprimento por 1,6 km de largura e um perímetro de 8km. Seu tom avermelhado abrange todas as cores do espectro, do amarelo ao roxo, segundo a hora do dia e as condições do tempo. As cavernas na parte inferior possuem pinturas aborígenes. ANTÁRTIDA A costa gelada do polo Sul é um continente de 13.200.000 km². As temperaturas são baixíssimas e chegam a 87º abaixo de zero. Os ventos são constantes e fortes. Levantam poeira de gelo. Dois vulcões estão ativos: o Erebus e o Terror. As terras Antártida são reivindicadas por muitos países, como os Estados Unidos, Rússia, Noruega, França, Inglaterra, Chile, Argentina e Austrália. Em 1959, um tratado estabeleceu que a utilização do continente fosse feita para fins pacíficos. Ali já foram instaladas estações de pesquisas no continente e nas ilhas periféricas. Existem possibilidades de aproveitamento de recursos minerais (carvão, ferro, urânio). Na borda do Oceano Glacial Antártico, é rica a vida animal: baleias, pinguins, focas e elefantes marinhos. ROTEIRO DE ESTUDOS 17 HISTÓRIA ENSINO MÉDIO CAPÍTULO 1 18 Portugal, país da Europa, foi que liderou o movimento das Grandes Navegações. Queriam descobrir o caminho marítimo para a Índia. Para isto passou a explorar o Atlântico Sul, chamado de Mar Tenebroso. Desvendou, conquistando o litoral ocidental da África. Descobriu, através de Bartolomeu Dias, o Cabo da Boa Esperança e chegou à Índia em 1498 através da expedição de Vasco da Gama. Tendo em vista a concorrência espanhola, Portugal e Espanha celebraram o Tratado de Tordesilhas. Para conquistar a Índia, o soberano D. Manuel organizou a esquadra de Pedro Álvares Cabral que, em 13 embarcações, viajou ao “largo”, isto é, afastou-se do litoral africano e acabou por descobrir o Brasil. A viagem de Cabral foi muito importante para Portugal. Significou a esperança de novas conquistas, novos negócios, além do domínio definitivo da Índia. Por esta razão é que festivamente a esquadra iniciou viagem saindo do Rio Tejo no dia 10 de março de 1500, de Com Cabral, vieram os melhores navegantes além de Pero Vaz de Caminhas que seria o governador português na Índia. Foi Pero Vaz de Caminha quem escreveu um diário de viagem, transformando mais tarde, na célebre Carta de Caminha que, enviada ao rei D. Manuel, noticiou a descoberta do Brasil. Descoberto o Brasil, a esquadra rumou diretamente para a Índia. Gaspar de Lemos Levou a Carta de Caminha a D. Manuel que ordenou que Gaspar de Lemos voltasse ao Brasil para melhor conhecer a nova terra. Então, Gaspar de Lemos comandou a primeira expedição que, viajando pelo litoral, deu nomes aos principais acidentes geográficos, como por exemplo, Cabo S. Roque, Baia de Todos os Santos, Cabo S. Tomé, Rio de Janeiro, etc. Gonçalo Coelho, Cristóvão Jacques, mas nada encontraram que desse á Portugal oportunidade de um grande negócio. A colônia foi abandonada e somente em 1530 os portugueses voltaram a interessar- se por, esta terra, isto porque os franceses aqui vieram roubar pau-brasil. Foi criado o sistema de governo Capitanias Hereditárias – primeiro sistema administrativo do Brasil. Das quinze existentes, somente duas prosperam: S. Vicente e Pernambuco. Como o resultado não foi o esperado, o governo de Portugal criou para o Brasil o Governo Geral. Foi nomeado como primeiro governador, Tomé de Sousa. Ele trouxe para cá, D. Pero Fernandes Sardinha, nosso primeiro Bispo. Além do mais fundou, com a ajuda de Caramuru, a Vila de Salvador para ser a primeira Capital. Os três primeiros governadores foram: Tomé de Sousa, Duarte da Costa e Mem de Sá. O primeiro cumpriu bem o seu papel, instituiu uma estrutura administrativa, iniciou o trabalho agrícola, fomentou a pecuária, iniciou a catequese, deu amparo às Capitanias do Sul. Duarte da Costa foi péssimo, atacou a catequese e os jesuítas, desentendeu-se com Caramuru e com os índios, provocou a mortede D. Pero Fernandes Sardinha. Curiosamente, foi nesse governo, sem nenhuma participação governamental, que Manuel da Nóbrega, José de Anchieta e Manuel de Paiva fundaram a Vila de S. Paulo do Piratininga (1554). 19 A colônia brasileira arrastou-se na monotonia do tempo. Foi, ora esquecida, ora explorada por Portugal. É evidente, entretanto, que uma nova sociedade aqui estava se formando. Sociedade esta que se miscigenava a cultura do índio, do português e pouco mais tarde, do negro. Foi esta sociedade que por instinto, por amor próprio, por necessidade, passou a defender seus interesses, sua terra. A isto se deu o nome de Nativismo. Nativismo é, portanto, amor à Terra Natal. Os principais movimentos nativistas foram: Emboabas, Mascates, Aclamação de Amador, Revolta de Beckman, Revolta de Felipe dos Santos e a Inconfidência Mineira. A chamada “Guerra dos Emboabas”, no inicio do século XVIII, aconteceu na região de Minas Gerais. Foi um movimento dos paulistas, que chegando primeiro, descobriram e exploraram as minas de ouro, contra os portugueses, forasteiros, que chegaram depois fazendo concorrência com os paulistas. A “Guerra dos Mascastes” aconteceu na mesma época de Emboabas, porém em Pernambuco. Foi uma contenda entre os moradores de Recife, mascates, pescadores, gente simples, contra a aristocracia portuguesa residente em Olinda. Recife, que lutou pela sua autonomia, acabou por conseguir. O principal movimento nativista foi a Inconfidência Mineira. Aconteceram principalmente na Vila de Ouro Preto, Minas Gerais. Dela participaram intelectuais, padres, militares, fazendeiros, porém quem mais falou, mais propagou o movimento fracassou, foi condenado à morte, enforcado para servir de exemplo à população (21/04/1792). D. Maria, mãe de D. João VI, rainha de Portugal, foi quem assinou a condenação de Tiradentes. No inicio do século XIX, Napoleão queria dominar a Europa, decretou o Bloqueio Continental e impondo-se, pela força e pelo medo, invadiu os países aliados da Inglaterra. Portugal foi um deles, D. João, que governava como regente (D. Maria estava louca), fugiu para o Brasil (1808), aqui chegando, procurou melhorar a colônia, principalmente o Rio de Janeiro, a fim de instalar a sua corte. Foi nesta ocasião que D. João VI construiu, no Rio de Janeiro, o Jardim Botânico. D. João não gostava da França, era inimigo de Napoleão. D. Carlota Joaquina, espanhola de origem, estava aborrecida com o seu país porque havia ajudado Napoleão a invadir Portugal. Ambiciosa, exigiu de D. João invadisse a região do Uruguai que pertencia aos espanhóis e que foi anexada ao Brasil com o nome de Província Cisplatina. D. João VI, por sua vez, mandou invadir, por vingança, a Guiana Francesa. No governo D. João VI o Brasil progrediu. Em 1815, por decreto imperial, fez do Brasil um Reino Unido de Portugal e Algarves. Em 1820, Portugal passou pela Revolução do Porto que de imediato exigiu o retorno de D. João VI. Os revolucionários queriam novamente a corte de Lisboa, sem outro meio, D. João VI voltou, deixando no Brasil o príncipe herdeiro. D. Pedro que assumiu o governo como regente. Com o regresso da Família Imperial, os nacionalistas movimentaram-se no caminho da independência. Os políticos de Portugal queriam que D. Pedro voltasse também, enquanto isso, nossos políticos perceberam que isto prejudicaria o processo de independência e através de um abaixo assinado, solenemente entregue, pediram ao príncipe que aqui permanecesse. Conseguiram o que pretendiam e este acontecimento ficou conhecido como do Dia do Fico (09/01/1822). 20 D. Pedro proclamou a Independência do Brasil, às margens do Riacho Ipiranga, em São Paulo, no dia 07 de setembro de 1822 dando início ao Primeiro Império que durou até 1831. Um governo necessita, além do chefe do executivo, de um ministério que atenda suas múltiplas necessidades específicas. O Imperador, muito jovem, era de temperamento intempestivo, arrojado, mas politicamente mal preparado. Por esta razão e por influência de D. Leopoldina, convidou José Bonifácio, político idoso, paulista, experiente, para ser o seu principal Ministro. Proclamada a Independência, o Imperador convocou a Assembleia Constituinte. Queria das ao novo país uma Constituição. Os deputados foram eleitos, a Constituinte instalada, porém logo se percebeu que a maioria dos deputados era contra D. Pedro, contra os portugueses, contra a monarquia reinante. Um impasse político foi criado. O imperador foi atacado política e pessoalmente. D. Pedro perdeu a paciência, e, fazendo valer seu ímpeto despótico, fechou a Assembleia prendendo os deputados inimigos. (Noite da Agonia – 11/1823). Depois da Independência, o Imperador preocupou-se também, com o reconhecimento internacional da nossa autonomia sem o que, seria impossível governar. O primeiro país a reconhecer a nossa Independência foi os Estados Unidos. Depois de algumas providências diplomáticas, a Inglaterra também reconheceu e forçou Portugal a fazê-lo. Os outros países seguiram a tradição. D. Pedro era um libertino. Sua vida foi ponteada de romances, aventuras e escândalos. O Imperador, casado com D. Leopoldina, tinha muitas amantes e dentre elas, a preferida era Domitila de Castro, a Marquesa de Santos. No ano de 1824, D. Pedro entregou ao povo a nossa primeira Constituição que ficou conhecida como a Carta Outorgada. Ele mesmo escreveu esta Constituição em companhia de alguns políticos de sua confiança. A dissolução da Assembleia Constituinte motivou revolta nas províncias. No Nordeste, lideradas por Pernambuco, as províncias rebelaram-se formando a Confederação do Equador. O movimento fracassou e seu líder intelectual, Frei Joaquim do Amor Divina Caneca (Frei Caneca), foi condenado à morte e executado. Este fato impopularizou D. Pedro. D. Pedro não soube governar o Brasil, sua situação política não era das melhores. Rompeu com José Bonifácio, perdeu a confiança e o apoio dos nacionalistas, permitiu a condenação de Frei Caneca, escandalizou a corte com suas amantes, fez guerra contra a Província Cisplatina, maltratou D. Leopoldina que acabou morrendo de parto, ficando assim, impossibilitando de governar. Quando viúvo, D. Pedro ficou desesperado e mandou à Europa embaixador a procura de uma nova esposa. Não foi fácil. Sua vida de escândalo muitos o atrapalhou. Acabou casando com Amélia de Leuchetenberg, filha do Príncipe Eugênio e neta da Imperatriz Josefina, primeira esposa de Napoleão. Politicamente, tudo ia mal. A Luta política entre nacionalista e monarquista estava cada vez mais acirrada. Havia uma intranquilidade social e política, principalmente nas províncias de Minas Gerais e de São Paulo. D. Pedro resolveu ir a Minas e tentar pessoalmente pacificar a província. Foi um total constrangimento. Ele foi recebido friamente e percebeu que seu governo estava no fim. Voltou ao Rio de Janeiro como um derrotado. Seus correligionários, na maioria portuguesa, a fim de amenizar a situação, preparam-lhe uma festa. Foram, entretanto impedidos pelos nacionalistas. Portugueses e brasileiros brigaram durante três noites. Este episódio ficou conhecido como A Noite das Garrafadas. 21 Desmoralizado não mais conseguindo dominar a situação, D. Pedro resolveu, num ato que surpreendeu a todos, abdicar a favor do príncipe herdeiro, D. Pedro de Alcântara, que tinha apenas cinco anos de idade. Isto aconteceu no dia 07 de Abril de 1831 e o Brasil, por esta razão, passou a ser governado por uma Regência. A Regência durou até 1840, neste período destacaram-se: Padre Feijó, Araújo Lima e o legislador Antonio Carlos, irmão de José Bonifácio, que encabeçou o movimento da maioridade. Em 1840, D. Pedro II, com apenas 15 anos de idade, ocupou o governo. Ficou 49 anos no poder, isto é, atéa Proclamação da República, em 1889. Na segunda metade do século XIX, o Brasil assistiu a uma Campanha Republicana, nela se envolveram intelectuais, religiosos, militares, fazendeiros e políticos liberais. Foi, entretanto, Deodoro liderando os militares, que pela força derrubou o último gabinete imperial encabeçado pelo Visconde de Ouro Preto. Deodoro proclamou, no Rio de Janeiro, a República brasileira. Isto aconteceu no dia 15 de novembro de 1889. Deodoro, na verdade, não era um republicado autêntico. Era isto sim, um desgostoso com o governo imperial. Ao liderar o movimento revolucionário que derrubou a monarquia, acabou por assumir o governo provisório republicano, que então se instalou. Dois anos depois, em 1891, numa eleição discutível, foi eleito o Presidente da República para o primeiro quatriênio. Não era um democrata, não era um liberal e não soube governar juntamente com o poder legislativo. Foi um ditador, enfrentou uma revolução da marina e não conseguindo resolver a crise política, mesmo fechando o Congresso, resolveu renunciar ficando apenas sete meses no governo. Foi o primeiro presidente eleito e o primeiro a renunciar. Muitos foram os presidentes da chamada República Velha ou Primeira República. Depois de Deodoro veio Floriano, depois Prudente de Moraes que foi sucedido por Campos Sales. Prudente e Campos Sales foram os dois primeiros presidentes civis, paulistas e republicanos autênticos. Rodrigues Alves, também paulista e civil, foi quem sucedeu Campos Sales. Sales havia recuperado as finanças do país e de a Rodrigues Alves, a oportunidade de remodelar a cidade do Rio de Janeiro, bem como sanea-la. Foi o sanitarista Oswaldo Cruz quem desempenhou este papel. Na ocasião, o governo decretou o uso obrigatório da vacina. Foi o bastante para que os inimigos do governo tentassem, envolvendo o povo, derrubar Rodrigues Alves do poder, liderou então, a Revolução da Vacina que felizmente fracassou. A partir de 1930, o país foi governado por Getúlio Vargas, caudilho, ditador, que chegou ao governo com a Revolução de 1930. Impôs sua vontade, fez a sua lei, derrubou o governo de Washington Luis e em 1932 venceu a Revolução. Constitucionalista de São Paulo, em 1934 deu ao país uma Constituição que ele próprio não respeitou. No ano de 1937, através de um golpe de Estado, fechou o Congresso instituindo o Estado Novo – período mais forte de sua Ditadura. De 1939 a 1945, aconteceu a Segunda Guerra Mundial, o Brasil entrou na guerra a favor dos aliados A.F.E.B. – Força Ária Brasileira desenvolveu suas atividades bélicas na Itália. A Segunda Guerra terminou em 1945, Hitler suicidou-se e Getúlio perdeu o poder. O Brasil voltou a ordem democrática. Eurico Gaspar Dutra foi eleito Presidente da República, entretanto, no ano de 1950, quando da eleição sucessória, os políticos foram procurar novamente Getúlio Vargas, que desta vez, foi eleito pelo povo. Estando velho e já não possuindo a mesma disposição política, deixou-se envolver por negociatas e escândalos, acabando por suicidar-se. Era o ano de 1954. 22 Depois de contornada a crise política que o suicídio desencadeou, foi eleito o presidente, o governador mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira. O país passou então por um período de grande desenvolvimento, industrialização e Democracia plena. Juscelino assumiu o poder no Catete, no Rio de Janeiro e terminou o seu mandato na Nova Capital, que ele mandou construir: Brasília. O sucessor de Juscelino foi o presidente Jânio Quadros, político intempestivo, populista ditatorial que, não tendo maioria no Congresso, acabou por renunciar. Este ato surpreendeu o país que mergulhou na maior crise política de sua história. João Goulart, vice- presidente, mesmo contra a vontade dos militares, assumiu a presidência. Durou pouco, pois uma revolução no ano de 1964 acabou por derruba-lo. Nasceu da ditadura militar que mandou neste país durante 20 anos, Figueiredo foi o último presidente, último ditador militar. Foi pressionado pela oposição e pelos trabalhistas, permitiu a eleição de um civil. Tancredo Neves foi o eleito, mas morreu antes da posse. O vice-presidente José Sarney assumiu a presidência, levando o país à redemocratização plena. Foi substituído pelo presidente Collor – tragédia nacional. Imaturo, arrogante, sem apoio político, envolve-se em negociatas e acabou sofrendo um processo de cassação. Renunciou para não ser cassado, mas de nada adiantou, pois o Congresso, numa atitude discutível, acabou concluindo o processo e casando-o. Itamar Franco, vice-presidente, teve sua vez. Terminou o mandato Collor, colocou como Ministro da Fazendo Fernando Henrique Cardoso que conseguiu a aventura de acabar com a inflação. Fernando Henrique escudado no Plano Real foi eleito Presidente da República do Brasil. 23 ROTEIRO DE ESTUDOS HISTÓRIA ENSINO MÉDIO CAPÍTULO 2 24 HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA é a ciência que estuda o passado das sociedades humanas. Procura compreender as transformações da humanidade e ajuda a explicar nossas realidades econômicas, sociais, políticas e culturais. Para melhor entendê-las, os historiadores a dividiram em 4 períodos, a saber: IDADE ANTIGA: de 4.000 a.C. (origem da escrita) a 476 (queda de Roma); IDADE MEDIEVAL: de 476 a 1453 (queda de Constantinopla); IDADE MODERNA: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa); IDADE CONTEMPORÂNEA: de 1789 até hoje. Todo período anterior a 4.00 a.C. é chamando PRÉ-HISTÓRIA e baseia-se nos estudos dos fósseis, cavernas, restos de fogueiras, ossos, instrumentos e desenhos que nossos ancestrais deixaram. O estudo da HISTÓRIA ANTIGA abrange várias civilizações, como: I – Na Mesopotâmia (hoje Iraque, região entre os rios Tigre e Eufrates), destacam-se 3 civilizações: a) Os SUMÉRIOS (ao sul): fundaram cidades-reinos (Ur, Nipur, Uruk), criaram a escrita cuneiforme marcada sobre tabletes de argila. De Ur saiu Abraão, patriarca dos hebreus (judeus). b) Os BABILÔNIOS (ao centro): seus maiores soberanos foram Hamurábi, que organizou o primeiro código de leis escritas do mundo (Código de Hamurábi) e Nabucodonosor, responsável pela construção dos “Jardins Suspensos” e da “Torre de Babel”. c) Os ASSÍRIOS (ao norte): cruéis por suas guerras, conquistas e massacres, como Sargão II, Assurbanípal e Nabopolassar. Suas capitais foram Assur e Nínive, foram os primeiros a usar cavalaria. Os mesopotâmios, cuja economia era agrícola, eram politeístas. Criaram os horóscopos, o calendário, dividiram o dia em 24 horas, a hora em minutos e os minutos em segundos. Desenvolveram as quatro operações aritméticas, cálculos de raiz quadrada e cúbica, usavam plantas medicinais, contratos, cartas de crédito, empréstimos a juros. Deixaram lendas sobre a Criação e o Dilúvio, tinha escolas públicas e água encanada. Construíram zigurates (pirâmides escalonadas). O cuneiforme foi decifrado por Henrique Hawlinson. II – Às margens do Rio Nilo florescer a civilização EGÍPCIA, famosíssima por suas pirâmides e templos monumentais. O poder dos seus reis, os “faraós” eram teocráticos (governavam com deuses). Destacaram-se Menés (unificador territorial), Quéops e Quéfren (construtores de pirâmides), Thotmés III (levou as fronteiras até o Rio Eufrates) e Ramsés II (o maior de todos eles). Dedicaram-se À agricultura, técnicas de irrigação e drenagem, geometria e astronomia. Eram politeístas (Osíris, Ísis, Hórus, Amon, Rá) e mumificavam seus mortos: acreditavam na vida após a morte e seus túmulos são verdadeiros “poemas líricos”. Inventaram o papiro (papel) e sua escrita hieroglífica foi decifrada, em 1822, pelo sábio francês Champollion. III – Entreo Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo localizaram-se: a) Os FENÍCIOS (atual Líbano): construíram as cidades reinos de Ugorit, Biblos, Sidon e Tiro. Dedicaram-se à agricultura, ao comércio marítimo e pirataria. Fundaram feitorias e colônias em toda a bacia mediterrânea. A mais famosa foi Cartago (no norte da África). Vendiam objetos de cobre, ouro, marfim, artesanato, cerâmica, tecidos de lã, joias, vidro e escravos. Inventaram um alfabeto com o som das consoantes. Difundiram armas de ferro e bronze, alem de ideias e culturas entre povos diferentes. b) Os HEBREUS: saldos de Ur, liderados pelo patriarca Abraão (contemporâneo de Hamurábi) emigram para a Palestina e, por causa das secas, fixam-se no Egito, onde são reduzidos à escravidão. Foi o único povo monoteísta da Antiguidade seu deus Javé outorgou a Moisés, líder do Êxodo (Fugas do Egito) às tábuas com o Decálogo (10 Mandamentos) no Monte Sinais. As 12 tribos hebraicas conquistam a Palestina sob o comando de Josué e após sua morte perdem a unidade, sendo governados por juízes (Gedeão, Jefté, Sansão, Samuel, etc.). Salomão (ergueu o Templo de Jerusalém, organizou o culto e as festas religiosas). Sob o sucesso, Robão, o reino se divide é o Cisma: - Reino de Israelvai ser destruído pelos assírios. - Reino de Judá que será escravizado e levado por Nabucodonosor à Mesopotâmia, onde permanecerão 50 anos, até ser libertado por Ciro, rei dos persas. Retornados à Palestina reorganizam-se, mas no ano 70 serão dispersos (Diáspora) no mundo pelo imperador romano Adriano. A religião judaica sobrevive até hoje. A reunião dos livros que descrevem todas estas histórias chama-se Bíblia. JESUS CRISTO nasceu entre os judeus, durante o domínio romano. 25 IV – Os PERSAS (Atual Irã): também formaram um imenso império, sob Ciro, Cambises e Dario. Cunharam moedas (dáricas), construíram estradas pavimentadas, inventaram os azulejos e aperfeiçoaram o sistema de correios. O sacerdote Zoroastro criou o Masdeísmo: religião que predizia a vinda de um Messias, a ressurreição dos mortos, um purgatório e um juízo final. V – Gutis, amoritas, hilitas, cassitas, mitanos, medas, líbios, núbios, cananeus, filisteus, amalecitas, edomitas, moabitas, arameus, árias, hindus, mongóis, chineses e japoneses foram outros tantos povos da Antiguidade. VI – No Sul da Europa, na Península Balcânica (banhada pelos mares Jônios, Egeu e Mediterrâneo) e na Península Itálica (circundada pelo Adriático, Jônio, Mediterrâneo e Tirreno), floresceram outras duas civilizações que são conhecidas pelo nome “clássicas”: a grega e a romana. Antes dos gregos surgirem, as ilhas do Mar Egeu era habitado pelos CRETENSES, com suas belas cidades de nossos (na ilha de Creta) e Tróia (no estreito que leva ao Mar Negro). Pelos anos 2.00 a.C., aqueus, eólios, jônios e dórios, sucessivamente, invadem a Península Balcânica formando os GREGOS, que se organizaram em várias “polis” (cidades- reinos). Duas delas se projetarão: Esparta, preocupada com a disciplina militar, castigos corporais e exercícios físicos para formar bons guerreiros; Atenas, preocupada em formar bons cidadãos – um dos maiores privilégios sociais. Os atenienses aperfeiçoaram sua forma de governo em vários sistemas (Monarquia, Ar contado, Tirania) até chegarem à Democracia – uma exclusividade dos homens livres. O povo, os estrangeiros e escravos eram excluídos dela. Mesmo assim foram excepcionais: imaginaram seus deuses olímpicos (Zeus, Apolo, Afrodite, Hermes, etc.) como seres humanos, porém, imortais. Criaram as competições olímpicas entre as cidades, expandiram-se criando colônias por todo o Mediterrâneo, as crianças frequentavam escolas desde os 7 anos e aprendiam música, literatura, matemática, poesia, oratória, história, medicina e filosofia (Sócrates, Platão, Aristóteles. Adoravam Teatro, maravilhavam-se com a beleza estética. Os gregos foram atacados três vezes pelos persas e também guerrearam entre si, o que possibilitou sua conquista por Filipe da MACEDÔNIA, cujo filho, Alexandre Magno espalhou a cultura grega por todo o mundo, casando-a com a de outros povos: a isto se chamou “HELENISMO”. Gauleses, etruscos, italiotas e gregos ocupavam a Itália. As margens do Rio Tibre, os latinos fundaram ROMA (há a lenda de Rômulo e Remo), cuja evolução política apresentou três períodos: Realeza (com sete reis), República (marcada pelas conquistas militares na península e com Cartago) e Império (quando se apoderam de toda a bacia mediterrânea, Espanha, Gália e Bretanha). Lutas internas também ocorreram: a dos plebeus por igualdade de direitos e dos escravos por liberdade. Augusto, Tibério, Calígula, Nero, Marco Aurélio, Cômodo – foram alguns dos imperadores. Constantino mudou a capital para Constantinopla e Teodósio dividiu o império em duas partes: - Império Romano do Ocidente – capital: Roma (será invadida e dominada pelos bárbaros em 476); - Império Romano do Oriente ( ou Império Bizantino) – capital: Constantinopla (irá perdurar até 1453, quando cairá em poder dos turcos otomanos). O espírito enérgico e político romano orientaram-nos para a Política, o Direito, as Artes e as Letras. Não se destacaram nas ciências e na Filosofia. Em todas essas civilizações, predominou o modo de produção escravista. Os reis ou imperadores eram donos da força de trabalho (escravos), dos meios de produção (terras), dos instrumentos (ferramentas) e do produto do trabalho. 26 Os chamados “povos bárbaros” (visigodos, ostrogodos, vândalos, francos, hérulos, anglos, saxões, russos, checos, hunos, turcos, etc.) desintegraram o Império Romano do Ocidente, com seus movimentos migratórios da Ásia. Suas tribos fixam-se em várias regiões europeias formando reinos. São politeístas, mas muitos se convertem ao cristianismo. As tradições bárbaras mescladas aos costumes e sistema romano originam uma nova organização sócio-política-econômica na Europa: a IDADE FEUDAL. Feudo é a propriedade rural pertencente a um senhor (vassalo) por doação do rei (suserano), nele moram e trabalham os servos, produzindo tudo para a manutenção desse sistema administrativo chamado feudalismo, da hierarquia social e do grande poder espiritual da Igreja, que se organiza como instituição e chega a ser dona de 2/3 da Europa. O Papa é o sucessor de São Pedro. O clero rezava, pregava e copiava livros à mão nos mosteiros: uma grande empresa econômica e que preservou a cultura clássica. O poder real enfraqueceu senhores e cavaleiros nobres vestidos com armaduras de metal, escudo, lança e espada, guerreia e faz torneios. A economia baseia-se na agricultura e no comércio à base de troca. O IMPÉRIO BIZANTINO, sob o reinado de Justiniano, atinge o apogeu como centro econômico e cultural. Enquanto isso, em Meca, na Arábia, surge a religião muçulmana criada pelo profeta Mohamed, que conseguiu reunir religiosa e politicamente as guerreiras tribos beduínas. Através da “Guerra Santa”, estende-se pelo Oriente próximo, o Norte da África e até a Espanha, criando califados. Tonam-se inventores, divulgadores das artes, ciências, comércio e agricultura. Atendendo o apelo do Papa, os cristãos organizam expedições militares, as CRUZADAS, para a retomada dos lugares santos. Barões, reis (como Frederico Barba Roxa, Ricardo Coração de Leão e Felipe Augusto), cavaleiros, gente do povo e até crianças participam das oito expedições. Graças a elas renasce o comércio de produtos orientais. Gênova, Veneza, Florença, cidades italianas, praticamente controlam o Mediterrâneo, enquanto Bremen, Hamburgo e Lubeck dominam o Mar do Norte e o Báltico. Surgem feiras, confrarias, corporações de comerciantes e de ofícios, bancos, cheque, letras de câmbio e o capitalismo comercial. A nova classe burguesa faz-se poderosa e rica. Para derribar a nobreza feudal e tornarem-se senhoresabsolutistas, os reis fazem alianças com a burguesia, propiciando a formação de monarquias nacionais como o Sacro Império Romano-Germânico e as Monarquias Francesa e Inglesa. Os reis retomam sua força militar, controlam a justiça e a riqueza nacional. Uma guerra entre Inglaterra e França, por razões sucessórias, prolonga-se por 100 anos (1337 – 1453) e dela participa a donzela-guerreira Joana d’Arc, que morreu queimada em Rouen, acusada de bruxaria pelos partidários ingleses. Entre 1455 e 85, as famílias Lancaster e York lutam pela coroa da Inglaterra e só terminam quando Henrique VII, um Tudor (descendente dos Lancaster) se casa com a herdeira dos York. As guerras desorganizaram a produção e provocaram crises de fome e epidemia como a peste negra, que matou 1/3 da população europeia. Em 1453 a célebre Constantinopla, ponto final das rotas das caravanas comerciais afro-orientais, é sitiada e conquistada barbaramente pelo sultão turco Mohamed II, muçulmano. O comércio no Mediterrâneo passa para suas mãos. A Idade Média se finda em 1453. 27 LINHA DO TEMPO PRÉ-HISTÓRIA - descoberta do fogo - origem da agricultura - descoberta dos metais 4.000 a.C. origem da escrita. - Civilizações: Sumérios Egípcios Babilônios Assírios Hebreus (monoteísmo) Fenícios Persas Hindus Chineses Japoneses Cretenses Gregos/Helenismo Romanos (outras...) Invasões bárbaras na Europa 476 Queda de Roma Império Bizantino Reinos Bárbaros / Feudalismo Domínio da Igreja Islamismo (Maomé) e Império Árabe As Cruzadas A Burguesia:- renascimento comercial e urbano. - corporações/ hansas/ feiras - Gênova, Veneza, Pisa /Lubeck, Hamburgo. - Capitalismo comercial. Monarquias Nacionais Guerra dos 100 anos 1453 Queda de Constantinopla HISTÓRIA ANTIGA CRISTO HISTÓRIA MEDIEVAL 28 ROTEIRO DE ESTUDOS HISTÓRIA ENSINO MÉDIO CAPÍTULO 3 29 HISTÓRIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA NAVEGAÇÕES: Os principais acontecimentos do início da Idade Moderna foram as viagens marítimas e o descobrimentos de novos continentes, graças ao invento da caravela, da bússola, do astrolábio, das armas de fogo. O príncipe D. Henrique fundara uma escola de navegantes em Sagres: os portugueses iniciaram a exploração do litoral africano, a escravidão negra e a descoberta do caminho marítimo para a Índia, realizada por Vasco da Gama. Em 1492, Colombo (um genovês a serviço da Espanha) “descobriu” a América procurando chegar à Índia pelo ocidente, baseado no principio da esfericidade da Terra. Fernão de Magalhães (português à serviço da Espanha) iniciou a primeira viagem de circunavegação (1519/22), que foi completada por Sebastião Elcano. Ingleses, franceses e holandeses concorreram com os ibéricos na colonização do mundo desconhecido. RENASCIMENTO/HUMANISMO: O comércio, o crescimento das cidades, as navegações e o contato com regiões e povos distantes despertou novos sentimentos e ideias nos artistas, cientistas e pensadores europeus. Tal movimento foi chamado Renascimento e surgiu na Itália: valorizou a cultura clássica Greco-romana e buscou uma exaltação da razão, personalidade, otimismo e individualismo. Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Botticelli, Shakespeare, Velásquez, El Greco e Camões foram os grandes destaques, além de Kepler e Copérnico (Heliocentrismo). Newton e Galileu (descobriu os anéis de Saturno e as manchas do Sol). O Humanismo foi essa valorização do homem tornando-o o centro de todas as coisas. No século XV, ocorreu também uma revolução profunda e radical na economia europeia, marcando o aparecimento do capitalismo e de companhias comerciais, do desenvolvimento do sistema bancário e do Mercantilismo: uma série de medidas onde cada país defendeu sua produção e seu comércio e assim, fortalecer o absolutismo real e a prosperidade do estado. ABSOLUTISMO: Denomina-se “absolutismo” o regime político no qual os reis e ministros tinham todos os poderes: decidiam sobre todos os assuntos. Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet procuraram explicar e justificar o sistema alegando que os reis governavam por “direito divino ” e só a Deus deviam prestar contas de seus atos. REFORMA: a Alemanha do Imperador Carlos V foi o palco de um grande movimento religioso-político-econômico que provocou uma divisão nos católicos europeus: a origem do Protestantismo (ou Reforma). O objetivo de seu líder, o padre Martinho Lutero, era restabelecer a simplicidade e pureza da fé cristã, rejeitando a tradição ensinada pela igreja, a imoralidade do clero, o comércio de coisas sagradas e indulgências (perdão dos pecados mediante pagamento). Excomungado pelo Papa e condenado pelo Imperador à fogueira, refugiou-se no castelo do Príncipe Frederico onde traduziu a Bíblia para o alemão, possibilitando a qualquer pessoa entender a palavra de Deus. Para ele a salvação estava na fé. O governo convocou as Diretas (assembleias) de Spira e Worms para discutir o assunto, finalmente a Paz de Augsburgo (1555) acabou com o movimento reformista na Alemanha, concedendo liberdade de culto. Os protestantes dividiram-se em várias seitas, até rivais. Na Alemanha, Suécia e Dinamarca predominou o Luteranismo, em Genebra (Suíça) nasceu o Calvinismo de João Calvino que alegava “só tem fé quem Deus predestinar a salvação”. Suas ideias difundem-se na Holanda, França e Escócia. Guerras de religião assolaram toda a Europa. Até Henrique VIII, rei da Inglaterra e “Defensor da Fé” rompeu com o Papa, pois lhe pedira o divórcio de Catarina de Aragão para desposar a amante Ana Bolena. Furioso pela negação, ele próprio se divorcia e responde à excomunhão criando o Anglicanismo. Fechou conventos, confiscou terras e tesouros, fez-se Papa na Inglaterra. CONTRARREFORMA: A Igreja contra-atacou a Reforma com a convocação do Concílio de Trento (1545) que corrigiu abusos nela existentes e se disciplinou. Crio seminários, o catecismo, reafirmou os seus dogmas, a autoridade papal, o culto aos santos e a Maria e o celibato (ausência de casamento do clero). Reorganizou a Inquisição (que queimava pessoas “demoníacas”). Inácio de Loyola fundou a Companhia de Jesus – ordem jesuítica que recuperou o catolicismo em grande parte da Europa catequizou o Japão, a Índia e a América do Sul. 30 ILUMINISMO E DESPOTISMO ESCLARECIDO: Iniciado na Inglaterra (séc. XVII) e atingindo seu apogeu na França, no início da Idade Contemporânea, o Iluminismo foi o movimento intelectual que combateu o Absolutismo, a intolerância, a desigualdade social, a política mercantilista e defendia o predomínio da razão como cria da sabedoria. Filósofos como Voltaire, Montesquieu, Rousseau e o economista Adam Smith defendiam o governo exercido pelo povo, a igualdade social, a liberdade de culto e de expressão, a liberdade econômica. Para impedir desordens e revoluções dos descontentes, alguns governantes promoveram reformas em seus Estados, sem, contudo, destruir o Absolutismo - seus métodos ficaram conhecidos como “Despotismo Esclarecido”. Os principais déspotas foram Catarina II da Rússia, Frederico II da Prússia, José II da Áustria, Carlos III da Espanha e o português Marquês de Pombal. INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS: Após as tentativas de Sir Walter Raleigh fundar a colônia da Virginia, foram os peregrinos do navio Mayflower, fugidos das guerras religiosas, que deram início à colonização da América do Norte. Com o passar do tempo, forma 13 colônias, nas do Norte, predominou o comércio, a indústria artesanal e o trabalho assalariado. Nas do Sul, latifúndios (grandes propriedades), monoculturade algodão e escravagismo negro. Apesar dos monopólios e restrições comerciais, os colonos eram fiéis à Inglaterra. Porém, a elevação dos impostos, abusivamente e as doutrinas do Iluminismo despertam a consciência de libertação. A cidade de Filadélfia sedia dois congressos pela Independência, que é proclamada a 4 de julho de 1776. Lutam ainda 7 anos para conseguirem o reconhecimento inglês pelos “Estados Unidos da América”. Sua Constituição democrática, a primeira do mundo, saiu em 1787: Federalismo, 3 Poderes independentes, liberdade de religião, reunião, pensamento e associação – democracia, só para brancos, exclusão para negros e índios. George Washington foi eleito primeiro Presidente. REVOLUÇÃO FRANCESA: Em 1789, a França está arruinada por guerras, falências, desemprego, altíssimo custo de vida, total miséria e fome para 96% do povo, que é obrigado a sustentar o clero e a nobreza. O Absolutismo de Luís XVI se mantinha pela repressão e regras políticas. Inflamados por “liberdade, igualdade e fraternidade” o povo, manobrado pela burguesia, ataca e invade uma tenebrosa fortaleza – prisão onde apodreciam criminosos e adversários políticos: é o dia 14 de julho. A Revolução se alastra: invade, queima castelos, assalta cartórios, desaparece com títulos de propriedade ao som da “Marselhesa”. Uma Assembleia Constituinte aprova a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” e a Constituição de 1791. Os reis são guilhotinados, Danton, Marat e Robespierre agitam os partidos políticos com suas ideias e discursos. A guilhotina não para. Por fim, a burguesia abraça o Poder e Napoleão Bonaparte coroa-se Imperador. CONGRESSO DE VIENA E SANTA ALIANÇA: Notável administrador, Napoleão reergue a França, conquista, anexa, cria reinos, decreta o Bloqueio Continental para enfraquecer a Inglaterra. Amedrontadas, outras potências se coligam para derrotá-lo. Invade a Rússia e retorna vencido pelo inverno. Sofre invasão, abdica, foge do exílio de Elba e retoma o poder. É derrotado em Waterloo (Bélgica), abdica, tenta fugir e morre prisioneiro inglês na ilha de Santa Helena (1821). Reis e representantes das nações vitoriosas redefinem o mapa político europeu no Congresso de Viena e criam a Santa Aliança para reprimir qualquer movimento pelas liberdades. Em 1823, o presidente James Monroe dos Estados Unidos dizia considerar ato de agressão ao seu país qualquer tentativa de interferência europeia nos problemas americanos, era a DOUTRINA MONROE. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: Ela eclodiu na Inglaterra, a partir de 1760. Indústria significa iniciativa, investimento, rapidez de produção, assiduidade de operários, o uso de máquinas movidas a energia (primeiro a vapor, depois elétrica). Exige fornecimento de matérias primas, aumento da população urbana, mercados consumidores, expansão do capitalismo. Significa também REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA, onde se expandem lâmpada, telégrafo, fotografia, morto a explosão, petróleo, aço, ferro, rádio, avião, locomotiva, cimenta, etc.. Organizam-se monopólios controlados por danos de capitais bancários. Os volumosos negócios transbordam dos países desenvolvidos para o NEOCOLONIALISMO da África e Ásia: esses continentes são divididos pelas potências e a America do Norte. 31 DOUTRINAS SOCIAIS: Enquanto isso, a péssima situação do operário (mal remunerado, sem moradia, sem direitos trabalhistas) preocupa alguns pensadores que conceberam algumas doutrinas sociais e econômicas. Dois deles, Karl Marx e Engels pregaram a união e luta armada dos trabalhadores contra o capitalismo, se quisessem cria uma sociedade sem injustiças, desigualdades e pobreza. A Igreja pedia reformas em bases cristãs. NACIONALISMO E UNIFICAÇÕES: Uma onde de movimentos rebenta em diferentes lugares da Europa no século XIX. Os povos buscam o direito de viver num território unificado por laços étnicos, linguísticos, culturais e, sobretudo independentes como Nação. Exemplo: A Itália achava-se fragmentada em diversos Estados desde a Idade Média, sua unificação foi um árduo trabalho do qual participaram o conde Camilo diCavour e o revolucionário José Garibaldi (que lutou aqui no Brasil na Guerra dos Farrapos). Na Alemanha, o primeiro passo foi dado pela criação do Zolverein união aduaneira que aboliu os impostos alfandegários, facilitando o intercâmbio entre os diversos Estados alemães. Foi o primeiro ministro Otto Von Bismarcko planejador e executor da unificação alemã, possibilitando a proclamação de Guilherme I (em 1871) como “Kaiser” do novo Império Alemão. 1ª GUERRA MUNDIAL: No começo do século XX as relações entre as potências europeias não eram sinceras e cordiais, mas resultado de um trabalho que continham desconfianças, interesses econômicos e imperialistas. Havia um espírito de competição, orgulho nacional e rivalidades. Até que em 28 de junho de 1914, o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império austro-húngaro, em Saravejo (Capital da Bósnia), deu início a 1ª Guerra Mundial: 1914 a 1918. Dois grupos, a Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro Húngaro, Itália) e a Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia) deixaram um saldo de 20 milhões de mortos e uma Alemanha vencida, extorquida e humilhada pelo tratado de Versalhes, outros tratados recaíram sobre os demais perdedores. Por sugestão do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, criou-se a Liga das Nações, destinada a resolver, pacificamente, as questões internacionais. ENTRE GUERRA: A Primeira Guerra Mundial não solucionou problemas, apareceram outros, impérios caíram, repúblicas surgiram. Ainda em 1917, na Rússia, uma revolução proletária derrubou o Czar Nicolau II e, sob a posterior liderança de Lênin, implantou o primeiro regime socialista do mundo e criou- se a União das Repúblicas Soviéticas (1922) uma nova potência. Na Europa surgem outros sistemas que defendem o poder total do Estado, um nacionalismo agressivo e expansionista, como o Fascismo, na Itália e o Nazismo na Alemanha, que abandonaram os ideais liberais e democráticos. Benito Mussolini, o “Duce”, Adolf Hitler, o “Fuhrer” e o poderio militar do Japão na Ásia, aliados à crise econômica mundial de 1929, prepararam os caminhos para outro confronto mundial. 2ª GUERRA MUNDIAL: A política Imperialista do EIXO (Alemanha, Itália e Japão) entrou em choques com os interesses dos ALIADOS (Inglaterra, França, Rússia e Estados Unidos). O inconformismo e ódios da Alemanha com a perda de territórios impostos no Tratado de Versalhes fez Hitler iniciar reconquistas, invadindo a Polônia em 1 de setembro de 1939. Estava iniciando outro conflito mundial. A arte de matar, dominar, controlar e exterminar foi aperfeiçoada, ataques e contra-ataques, bombardeamentos, assaltos, fome, miséria, destruição, ruínas. Milhares de judeus sofreram horrores dos campos de concentração, das câmaras de gás, das experiências científicas, etc.. Duas bombas atômicas atiradas, sobre civis em Hiroshima e Nagasaki. Milhões de mortos e vitória dos Aliados. Até o Brasil foi envolvido no conflito, enviando a Força Expedicionária Brasileira (FEB) para lutar na Itália. Os “pracinhas” lá caídos descansam no cemitério de Pistóia. Outros, no mausoléu no Rio de Janeiro. Finda a guerra com a derrota dos regimes totalitários, cria-se a ONU (Organização das Nações Unidas), com o objetivo de manter a paz mundial, fomentar as amizades e cooperações internacionais buscando soluções para os problemas humanos. 32 ATUALIDADE: A supremacia internacional passar a ser disputada por um conflito ideológico entre Socialismo e Capitalismo, entre a URSS e os Estados Unidos, uma “Guerra Fria”. Outra marca significativa da nova mudança internacional é a luta pela independência nas colônias afro asiática e o surgimento de novas nações. Esses países não desenvolvidos costumam ser designados
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