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APx2 Geomorfologia Continental 2022.1

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Disciplina: GEOMORDOLOGIA CONTINENTAL 
Coordenador: Otavio Miguez da Rocha Leão 
 
Aluna:
 
APx2 
 
 
1) Escreva um texto sobre as alterações provocadas pela intervenção humana nas bacias hidrográficas diferenciando as intervenções diretas e indiretas nos canais fluviais e demonstrando como a ocupação das vertentes afeta a dinâmica hidrológica dos rios? 
 
O homem desde o início de sua história, tem feito modificações ao seu redor, o que nem sempre quer seja a médio ou a longo prazo lhe traz benefícios. Civilizações se inseriram ao longo dos rios, onde assim puderam desenvolver a agricultura, havia o equilíbrio socioespacial. Porém essa dinâmica foi afetada devido a lógica capitalista, onde a preservação do meio é lançada para escanteio. A ação antrópica tem afetado negativamente as bacias hidrográficas a níveis aterradores e até mesmo de forma irreversível. As modificações fluviais feitas pelo homem são denominadas alterações direta e indireta. 
Alterações diretas, são realizadas diretamente no canal fluvial, com obras de engenharia que objetivam a redução de imprevistos da dinâmica fluvial à sociedade. Alterações essas que podem ser classificadas em obras de barragem e de canalização para manutenção dos reservatórios. Canalização trata-se de uma obra de engenharia feita no canal fluvial que modifica-o, tais modificações impactam as planícies e os rios de inundação e precisam de constante manutenção, por causa da dinâmica dos Rios. 
As obras de canalização dos rios são : retificação do canal fluvial, a partir do aumento da velocidade do escoamento, tem o objetivo de reduzir as cheias; dragagem, que configura alargamento e escavamento do canal fluvial, dando ao canal mais área de dragagem, reduzindo assim as chances de cheias nas planícies de inundação, este procedimento exige constante manutenção; construções de canais artificiais/desvios de canais , construindo canais e ou desviando, visando o controle de vazões, inundações e transpor águas de um rio para o outro; diques através da elevação da altura das margens do canal, protegendo a planície fluvial de cheias; retirada de obstáculos do canal, tem o intuito de remover qualquer obstáculo no canal que possa dificultar a drenagem fluvial; barragens através da criação de reservatórios com o objetivo de produzir energia e armazenamento de água. 
As mudanças indiretas, não são feitas diretamente no canal, e sim mudanças no uso do solo da bacia, modifica e atinge diretamente o comportamento dos canais. Podemos mencionar como exemplos: a urbanização, com a pavimentação, o que acarreta no escoamento artificial, aumentando a descarga do canal, dependendo do local onde houve a drenagem, afetando a qualidade da água; o desmatamento que interfere na infiltração da água e erosão, interferindo na quantidade de sedimentos que chegará ao canal; atividades industriais, que utilizam os canais no despejo de efluentes, comprometendo o equilíbrio ecológico e a qualidade das águas; atividades agropecuárias, que através do uso intensivo dos solos gera a erosão; mineração, atividade que compromete a qualidade da água. 
As alterações quer sejam diretas ou indiretas, interferem na dinâmica do canal fluvial, impactando no comportamento dos rios. 
 
Referência bibliográfica: 
 
LEÃO, O. M. R. AS intervenções antrópicas que atuam na dinâmica hidrológica e geomorfológica dos canais fluviais. Geomorfologia Continental: volume único. Aula 9. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2016. 
 
2) Por que os solos são considerados um importante componente dos sistemas geomorfológicos? Quais são os cinco fatores de formação do solo e de que forma atuam nas características do Perfil do Solo? 
 
Os solos são de suma importância nos processos geomorfológicos, pois estão relacionados com os processos de deposição e erosão atuantes nas vertentes, assim como nas baixadas e nos fundos de vale. Sendo assim os solos agem na modelagem do relevo por meio.da influência na histologia das vertentes, que é um elemento fundamental na dinâmica geomorfológica das bacias hidrográficas. 
Os cinco fatores de formação do solo são: material de origem, clima, relevo, organismo e tempo. Material de origem, material que sofre ação do intemperismo é dos processos pedogenéticos é a base inicial para a formação dos horizontes do perfil do solo. 
Clima: suas condições são essenciais para a formação do perfil do solo, pois atua no controle da temperatura e na disponibilidade hídrica, que são fundamentais na indicação do tipo, nos níveis de intemperismo é na intensidade com que atuam os processos pedogenéticos. 
Relevo, para a formação dos solos é um fator fundamental, determinando a dinâmica hidrológica nas vertentes, é o agente que influencia em como a unidade é distribuída nas encostas, influenciando as condições de molhamento e drenagem dos perfis o que condiciona diferentes tipos de intemperismo e patogênese sobre os materiais que estão na vertente. 
Organismos: responsáveis na decomposição, incorporação e produção da matéria orgânica nos solos, devido a isso agem na sua formação. Agem nas prioridades químicas e físicas dos solos principalmente nos horizontes próximos à superfície. 
Tempo, fator importantíssimo pois o tempo em que atuam o intemperismo é os processos pedogenéticos, determina os diferentes estágios de evolução nos diversos horizontes pedogênicos. Quanto maior for o tempo de exposição do material de origem nos processos de formação do solo, maior será a quantidade de horizontes no perfil e mais acentuada será a diferença entre os mesmos. 
Esses fatores promovem a grande variedade de perfis do solo, levando em consideração que as condições locais, mudam de um lugar para o outro, caracterizando assim a distribuição dos distintos tipos de solo. 
 
Referência bibliográfica: 
LEÃO, O. M. R. A importância do relevo para a formação do solo: relações entre a geomorfologia continental e a podologia. Geomorfologia Continental: volume único. Aula 14. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2016. 
 
3) Qual é a importância da geomorfologia para o planejamento ambiental e para a geografia? Na resposta destaque as relações entre a dinâmica geomorfológica e o planejamento da ocupação humana no espaço geográfico. 
 
A geomorfologia propõe-se a compreender, estudar e analisar as formas de relevo presentes na superfície do planeta, assim como sua dinâmica evolutiva e para compreendê-las, é preciso conhecer os processos que atuam na modelagem do relevo. Os processos que Impactam e atuam na dinâmica evolutiva dos relevos, podem ser produzidos pela natureza e pela ação antrópica. Característica que faz com que a ciência geomorfológica possa integrar com outros campos de conhecimento, sendo útil para a produção de subsídios, para uma avaliação que integre os sistemas ambientais, na criação de propostas de planejamento ambiental. 
Em se tratando da inserção da Geografia no planejamento ambiental , destacamos que a legislação brasileira, sobre meio ambiente e o ensino e a pesquisa nos cursos universitários, permitem ao geógrafo um amplo campo de atuação profissional, o que possibilita o trabalho com o planejamento ambiental, como exemplo: na caracterização do meio físico estudos de climatologia, monitoramento ambiental, entre outros. 
Compreendemos o planejamento ambiental como um instrumento relacionado à sustentabilidade ambiental, que tem o objetivo de diminuir os impactos da organização social no espaço sobre os recursos naturais. A ocupação humana no espaço geográfico, principalmente após a Revolução Industrial e a Revolução Verde, se deu de forma desordenada, rompendo o aqui com a natureza, poluindo rios, causando desmatamentos, degradando a natureza, sem mencionar as ocupações desordenadas nas encostas, em planícies de inundação, em áreas com instabilidade geomorfológica, dessa forma, os estudos geomorfológicos para o planejamento ambiental irá identificar a ocorrência de fenômenos que geram impactos ambientais, podendo colocar a todos em risco, bem como causar prejuízos financeiros à sociedade e ao estado.Referência bibliográfica: 
 
LEÃO, O. M. R. Geomorfologia e planejamento ambiental. Geomorfologia Continental: volume único. Aula 15. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2016. 
 
 
4) Qual a importância do conhecimento do período quaternário para o entendimento da dinâmica geomorfológica atual? Quais as principais características desse período que influenciaram os processos geomorfológicos? 
 
O clima é de extrema relevância para a modelagem do relevo, é ele quem determina a atuação dos processos geomorfológicos e as taxas de intemperismo, sendo assim, a Geomorfologia, assume um papel fundamental para compreendermos muitas formas e processos atuais do relevo terrestre, compreendendo as mudanças climáticas ocorridas no quaternário, tais mudanças ocasionaram a formação dos depósitos de encosta e fundos de vale, afetando suas propriedades físicas e hidrológicas, regulando a atual dinâmica hidroerosiva em diversas paisagens geomorfológicas. O estudo do quaternário nos ajuda a compreender as mudanças ambientais , geradas pelas ações do clima em um recente passado geológico, conseguimos através desses estudos, compreender a dinâmica geomorfológica , dessas mudanças no ambiente, que se baseiam na compreensão da formação de depósitos, correlatos às formas e processos que atuaram em condições climáticas diferentes da atualidade. 
Podemos citar como características desse período, a ocorrência de ciclos erosivos-deposicionais, que removeu grande volume de materiais das encostas, formando os depósitos de fundo de vale. A deposição de sedimentos e o ciclo de erosão se deu em várias partes da superfície da Terra. As mudanças no clima, por vezes úmidos, outras mais secos, gerou os espessos pacotes de sedimentos que preencheram os fundos de vale e as encostas com materiais de origem aluvio- coluvionar. No quaternário, as mudanças climáticas e as ações do homem no holoceno, foram responsáveis por um grande número de fatores ambientais, dentre eles, a configuração da topografia e a atuação dos processos geomorfológicos no modelado das formas do relevo. 
 
Referência bibliográfica: 
 
LEÃO, O. M. R. BRUM, L. B. Geomorfologia do Quaternário. Geomorfologia Continental: volume único. Aula 13. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2016.

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