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PARTO PÉLVICO

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A apresentação pélvica tem uma incidência de 2-3% nas gestações a termo, e ela aumenta com a 
prematuridade (32 semanas – 16%). A chance de ocorrência da versão cefálica espontânea reduz com o 
aumento da idade gestacional. 
Fatores predisponentes: 
• Malformações e anomalias de conformação da cavidade uterina (mioma, tumores etc.); 
• Inserção anômala de placenta (prévia ou cornual); 
→ Geralmente, a placenta é anterior, fúndica ou posterior. 
• Multiparidade; 
• Polidrâmnio; 
• Malformação fetal (anencefalia, hidrocefalia ou teratoma sacrococcígeo); 
• Gestação múltipla; 
• Prematuridade; 
• Restrição do crescimento fetal; 
• Óbito fetal; 
• Cordão curto. 
Tipos: 
• Modo nádegas ou agripina: coxa fletidas sobre o tronco e pernas estendidas – as pernas 
encontram-se próximas ao polo cefálico (50-70%). 
 
 
 
 
 
 
 
• Pélvica completa: atitude de flexão generalizada, coxas fletidas sobre o tronco e pernas fletidas 
sobre as coxas (5-10%). 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Pélvica incompleta modo joelho ou modo de pé: o feto apresenta uma ou ambas as coxas 
estendidas, de tal forma que um ou ambos os joelhos ou pés se apresentam no estreito superior 
(10 a 40%). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Durante o trabalho de parto, se a paciente chega no pronto socorro com dor, ao toque, podemos sentir 
joelho, um pé, dois pés, dedos. O que sentirmos no toque, determina a apresentação pélvica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existe um procedimento chamado versão cefálica externa (VCE), uma manobra para modificação da 
apresentação fetal (de pélvico para cefálico). Tem sucesso em 2/3 dos casos, e é realizada geralmente 
entre 36 e 37 semanas, pois existem alguns riscos, como rotura de bolsa, descolamento de placenta, 
compressão de cordão, sofrimento fetal agudo etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contraindicações da VCE: 
• Inexperiência do obstetra; 
• Gestação múltipla; 
• Alteração da vitalidade fetal; 
• Restrição de crescimento intrauterino; 
• Placenta prévia; 
• Malformações uterinas. 
Complicações da VCE: 
• Descolamento prematuro de placenta (DPP); 
• Sofrimento fetal; 
• Compressão de cordão; 
• Amniorrexe. 
Mecanismos de parto 
No parto pélvico, os mecanismos diferem pela ordem de desprendimento das extremidades. Ocorre: 
1. Insinuação. 
2. Descida e rotação do polo pélvico. 
3. Desprendimento das espáduas. 
4. Desprendimento do polo cefálico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ O problema do parto normal pélvico é o desprendimento da cabeça. 
Etapas: 
• Insinuação: o diâmetro bitrocantérico ocupa um dos oblíquos do estreito superior. O ponto de 
referência é o sacro; a linha de orientação é o sulco interglúteo. 
• A rotação interna – sempre de 45º - leva o diâmetro bitrocantérico para o diâmetro anteroposterior. 
• O diâmetro bitrocantérico que mede 12 cm chega a 9,5 cm por aconchego dos tecidos moles, 
ocupando o estreito inferior da bacia. 
• Desprende-se o quadril anterior seguido do posterior. 
→ Apresentação pélvica incompleta – se o membro exteriorizado for posterior, o dorso deve girar 
145º. 
• Diâmetro biacromial insinua-se em um dos diâmetros oblíquos, desce e roda 45º, colocando-se em 
sentido anteroposterior e, assim, desprendendo-se. 
• Desprendimento do polo cefálico: cabeça encontra-se fletida quando tudo evolui normalmente. A 
rotação interna leva o suboccipício por baixo do pube, recalca o cóccix pela região frontal e 
desprende-se, libertando sucessivamente o mento, a face e a fronte. 
Expulsão do polo pélvico: 
As mãos do obstetra abarcam-no, com os quatro últimos dedos aplicados sobre a região sacrococcígea de 
cada lado e os polegares mantendo as coxas aconchegadas. Respeitando a lordose do feto, sem tracioná-
lo, soergue-se o feto em torno do púbis da mãe. 
 
 
 
 
 
 
 
• Faz-se alça de cordão; 
• Os braços e espáduas desprendem-se em correspondência com as extremidades do diâmetro 
transverso; 
• Feto rebatido progressivamente sobre o abdome da mãe, e a cabeça desprende-se de modo 
espontâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
Manobras: 
• Manobra de Thiessen: recomendada para sucesso da expulsão fetal – impedir o desprendimento 
fetal durante 2 ou 3 contrações, pressionando-se o períneo. Seguida pela realização de episiotomia 
(se não for uma multigesta). 
• Manobra de Bracht: consiste em atender ao parto pélvico em atitude passiva, apenas orientando o 
feto que é rebatido sobre o abdome materno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Manobra de Pajot: indicada quando há deflexão dos braços e deslocamento dos mesmos para a 
face anterior ou posterior da cabeça fetal. Apreende-se o braço anterior com os dedos médios 
realizando movimento de flexão do cotovelo e descida do braço pela região anterior da face e do 
tronco fetal. Se o braço anterior não for acessível, recomenda-se tornar o braço posterior em 
anterior, girando o dorso para trás, para evitar que o braço anterior passe para trás da cabeça fetal 
(braço nucal). 
 
 
 
 
 
 
Cabeça derradeira: 
É o que mais é temido no parto pélvico, definida pela ausência do desprendimento do polo cefálico após a 
saída do corpo em parto pélvico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manobras para extração do polo cefálico: 
• Manobra de Liverpool: consiste em manter pendente o corpo fetal por 20 segundos, até que o 
polo cefálico desça e seja possível visualizar a raiz da nuca. Em seguida, segurando o feto pelos 
pés, eleva-se e traciona-se suavemente o corpo fetal, direcionando-o para o ventre materno. 
• Manobra de McRoberts: consiste na hiperflexão da coxa materna para aumentar a amplitude dos 
estreitos médio e inferior da bacia. 
• Manobra de Mauriceau: consiste em apreender o corpo fetal com uma das mãos sobre o dorso e 
os dedos indicadores e médio em torno da região cervical. A outra mão segura pelo ventre, com os 
dedos indicador e médio localizados no interior da boca fetal (base da língua). Ao visualizar a raiz 
do couro cabeludo, levanta-se o corpo do feto em direção ao ventre materno para desprendimento 
do polo cefálico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O fórcipe de Piper pode ser usado em caso de cabeça derradeira, se as manobras anteriores não forem 
bem sucedidas. Não é utilizado em parto cefálico.

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