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Anomalia de esmalte

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2- ANOMALIAS DO ESMALTE DENTÁRIO
O desenvolvimento do esmalte passa por três estágios principais: (1) formação de matriz,
(2) mineralização e (3) maturação. Durante a formação da matriz, as proteínas do esmalte
são depositadas. Na fase seguinte, ocorre a deposição mineral e a maior parte das
proteínas originais é removida. Durante o período final da maturação, o esmalte sofre
mineralização e os remanescentes das proteínas originais são removidos. O período em
que ocorre a agressão aos ameloblastos tem grande importância na localização e aparência
do defeito do esmalte.
as anomalias do esmalte podem
ter origem de defeitos quantitativos (quando há uma
diminuição na quantidade (espessura) de esmalte
formado, ou seja, ocorre uma formação deficiente ou
incompleta da matriz orgânica - hipoplasias) ou
qualitativos (onde o esmalte apresenta espessura
normal, porém com alteração na translucidez -
hipomineralizações).2-4
Além da prevalência alta das Anomalias de
Esmalte Dentário, vale ressaltar a importância de se diagnosticá-las corretamente, pois, em
muitas alterações o esmalte apresenta-se em pequena quantidade ou ausente e há maior
perspectiva de ocorrência de cárie dental, já que a dentina encontra se desprotegida.
Conceito -Características Clínicas e Tratamento
2.1 DO TIPO HIPOPLÁSICAS:
A- HIPOPLASIA DE TURNER
B- AMELOGÊNESE IMPERFEITA
A amelogênese imperfeita compreende um grupo complexo de condições que demonstram
alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte na ausência de uma alteração
sistêmica ou síndrome. Amelogênese Imperfeita pertence às hipoplasias de caráter
hereditário, afetando geralmente ambas as dentições e todos os dentes, ocorre durante a
odontogênese.2,26,27 O seu principal fator etiológico ainda não é reconhecido
cientificamente.29 Por isso, a Amelogênese Imperfeita normalmente é detectada através do
exame clínico, por meio do histórico familiar.20,30,31
O defeito estrutural do dente está limitado ao esmalte, sendo que a dentina apresenta-se
normal, assim como a câmara pulpar e a morfologia radicular.
A formação do esmalte consiste em um processo que passa por múltiplas etapas e
alterações podem ocorrer em qualquer uma delas. Em geral, o desenvolvimento do esmalte
pode ser dividido em três estágios principais: Formação da matriz orgânica Mineralização
da matriz Maturação do esmalte Historicamente, os defeitos hereditários da formação do
esmalte também são divididos ao longo dessa linha: hipoplásico, hipocalcificado,
hipomaturado.
A AI pode ser dividida em três tipos: hipoplásica, hipocalcificada e hipomaturada.
Na AI hipoplásica a matriz do esmalte parece ser imperfeitamente formada, com falhas na
fase de aposição(na deposição inadequada da matriz de esmalte) . Embora a calcificação
da matriz ocorra posteriormente e o esmalte seja duro, é deficiente em quantidade e sua
espessura é reduzida ou irregular. Apresenta superfície áspera, com fossetas e sulcos
generalizados, ainda que possa apresentar-se liso e polido. Sua coloração vai de amarelo a
pardo, de acordo com a intensidade da lesão. As coroas dos dentes podem não ter um
contorno normal de esmalte e geralmente apresentam formas mais quadradas. Devido à
diminuição na quantidade de esmalte (com consequente diminuição do tamanho do dente),
pode ocorrer falta de contato interproximal. As superfícies dos dentes posteriores são
relativamente planas com cúspides baixas4,5. Radiopacidade igual ao do esmalte normal.
Já na AI hipocalcificada a formação da matriz parece ter espessura normal, porém, a
calcificação é inadequada e o esmalte é mole2 As coroas dos dentes têm tamanho e forma
normais quando erupcionam, mas ao início de sua função na boca sofrem rapidamente
abrasão, resultando em desgastes grosseiros, principalmente nas incisais e oclusais.
Desse modo, as coroas dos dentes anteriores tendem a ficar mais quadrangulares,
enquanto que os posteriores apresentam cúspides mais baixas e
não bem definidas. O esmalte hipocalcificado tem permeabilidade aumentada e se torna
manchado e escurecido, apesar de cáries serem incomuns nesses dentes4
A radiopacidade do esmalte é menor do que a da dentina, com aspecto de “roídos de
traça”.apresenta um esmalte semelhante a queijo, rapidamente perdido de forma difusa,
exceto pela porção cervical do dente.
Na AI hipomaturada temos um esmalte fino e duro, que não parece exageradamente
suscetível à abrasão e à cárie, As coroas têm forma normal, mas apresentam manchas de
descoloração branca-marrom-amarela opaca (aspecto mosqueado). O esmalte é mais
macio que o normal e tende a lascar a partir da dentina subjacente5. associado a um
esmalte que trinca e fratura com facilidade, mas não mostra uma grande perda tecidual
após a erupção.
Radiopacidade do esmalte assemelha-se à da dentina, com aspecto de “neve”4
tratamento: As implicações clínicas de amelogênese imperfeita variam de acordo com o
subtipo e sua gravidade, mas os principais problemas são de estética, sensibilidade
dentária e perda da dimensão vertical. Além disso, em alguns casos de amelogênese
imperfeita, há aumento da prevalência de lesões cariosas, mordida aberta anterior, erupção
retardada, impactação dentária ou inflamação gengival associada.
variações requerem cobertura protética total o mais cedo possível; se o tratamento é
postergado, ocorre uma perda do comprimento da coroa clínica. O tratamento da AI
depende do tipo e da gravidade da desordem, de fatores como idade e nível
socioeconômico e da saúde bucal do paciente no mo- mento do planejamento. É importante
saber diagnosticar e classificar corretamente essa anomalia para realizar um trabalho
adequado. Algumas alterações da amelogênese devem receber acompa-
nhamento profissional com intervalos pequenos devido ao risco da perda de esmalte
pós-eruptiva ou ao desgaste do esmalte. Procedimentos preventivos e interceptativos, como
a correta limpeza dos dentes, a aplicação tópica de verniz fluoretado e selantes
ionoméricos, também são indicados12. Casos mais complexos podem requerer múltiplas
extrações dentárias, restaurações estéticas, placas para restabelecimento de dimensão
vertical e controle da sensibilidade dentinária5

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