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curso-157196-aula-10-grifado-02a4

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1. SUMÁRIO 
1. Sumário ............................................................................................................. 1 
2. Introdução ......................................................................................................... 4 
3. Decadência e Prescrição .................................................................................... 5 
3.1. Conceito ...................................................................................................................... 5 
3.2. Introdução da Decadência e Prescrição no Custeio Previdenciário .......................... 6 
3.3. Decadência no Custeio Previdenciário ....................................................................... 7 
3.2.1. Regra Geral de Decadência ............................................................................................................... 8 
3.2.1. Decadência no Lançamento por Homologação ............................................................................... 10 
3.2.1. Decadência em Caso de Anulação de Lançamento por Vício Formal. ............................................. 15 
3.2.1. Decadência na Regra de Antecipação de Contagem ...................................................................... 17 
3.4. Prescrição no Custeio Previdenciário ....................................................................... 19 
3.4.1. Prazo de Prescrição ......................................................................................................................... 19 
3.4.2. Interrupção do Prazo Prescricional .................................................................................................. 21 
3.4.3. Prescrição na Restituição e Compensação de Contribuições ........................................................... 22 
3.5. Decadência em Matéria de Benefícios ..................................................................... 23 
3.5.1. Regra Geral ..................................................................................................................................... 23 
Ações Judiciais em Matéria Previdenciária
Recurso das Decisões Administrativas.
Justificação.
 Decadência e Prescrição. 
 
 
 
 
 
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3.5.2. Prazo para a Previdência Social anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis 
para os beneficiários ................................................................................................................................. 29 
3.6. Prescrição em matéria de Benefícios ........................................................................ 31 
3.6.1. Regra Geral ..................................................................................................................................... 31 
3.6.2. Prescrição para ajuizar ação referente à prestação por acidente de trabalho .................................. 33 
4. Justificação ...................................................................................................... 42 
4.1 . Conceito ................................................................................................................... 42 
4.2. Justificação Administrativa (JA) ................................................................................ 43 
4.3. Do Processamento da Justificação Administrativa (JA) ........................................... 53 
4.4. Impossibilidade de Justificação ................................................................................ 56 
5. Recurso das Decisões Administrativas .............................................................. 57 
5.1 . Processo Relativo ao Custeio Previdenciário .......................................................... 57 
5.1.1. Competência para Julgamento ....................................................................................................... 58 
5.1.2. Do Julgamento em Primeira Instância ............................................................................................. 60 
5.1.3. Recurso ao CARF ............................................................................................................................. 62 
5.1.3.1. Recurso Voluntário ao CARF ......................................................................................................... 62 
5.1.3.2. Recurso de Ofício ao CARF .......................................................................................................... 63 
5.1.3.3. Recurso à Câmara Superior de Recursos Fiscais - CSRF ................................................................ 64 
5.2 . Processo Relativo aos Benefícios Previdenciários ................................................... 64 
5.2.1. Instâncias Recursais ......................................................................................................................... 66 
5.2.2. Efeito dos Recursos ......................................................................................................................... 69 
5.2.3. Renúncia à Instância Administrativa ................................................................................................. 69 
6. Ações Judiciais em Matéria Previdenciária ....................................................... 70 
6.1 . Prévio Requerimento na Via Administrativa (INSS). ................................................ 70 
6.2 . Competência das Ações Previdenciárias ................................................................. 72 
 
 
 
 
 
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6.2.1. Benefícios de Natureza Comum e Assistencial. ............................................................................... 72 
6.2.2. Benefícios de Natureza Acidentária ................................................................................................. 73 
6.3 . Competência dos Juizados Especiais Federais (JEF) .............................................. 75 
6.4. Tutela Antecipada ..................................................................................................... 75 
6.5. Coisa Julgada Previdenciária .................................................................................... 75 
7. Resumo da Aula ............................................................................................... 79 
8. Exercícios Comentados .................................................................................... 92 
8.1 . Lista de Exercícios ............................................................................................... 129 
9. Gabarito Geral ............................................................................................... 140 
10. Questionário de Revisão .............................................................................. 141 
10.1. Respostas Comentadas do Questionário de Revisão .......................................... 142 
11. Considerações Finais da Aula ....................................................................... 147 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. INTRODUÇÃO 
Olá meus amigos e minhas amigas! Sejam todos muito bem-vindos a mais uma 
aula do nosso curso de Direito Previdenciário. Vamos continuar com nosso 
trabalho diário de preparação, sempre com muita disciplina, rotina e 
comprometimento, até o dia da sua aprovação. 
Em nossa aula de hoje estudaremos Decadência e Prescrição, Acumulação de 
Benefícios, Justificação e Recurso das Decisões Administrativas. 
São assuntos de grande importância para a nossa prova de Direito Previdenciário, razão pela qual 
aprofundei cada um dos temas, mantendo a objetividade e o costumeiro foco na retenção de 
conteúdo e preparação para enfrentar a prova, sem rodeios inúteis e sem perda de tempo. 
No estudo da Decadência e Prescrição, tenham muita atenção para memorizar quais são prazos 
são decadenciais e quais são prescricionais. Ademais, percebam que dividimos o estudo da 
decadência e prescrição em área de custeio e área de benefícios, pois as regras aplicáveis, bem 
como os respectivosprazos, são diferentes. 
Sobre acumulação de benefícios, procurei cobrir da forma mais abrangente e detalhada possível 
o assunto, para que não exista questão perdida na prova. Ao final deste assunto, montei uma 
tabela para facilitar a memorização. 
No assunto de Justificação Administrativa, vamos conhecer todas as regras e fazer inúmeros 
exercícios, para que consigamos consolidar o conteúdo e fechar qualquer prova que cobre este 
assunto. 
Por fim, trataremos dos Recurso das Decisões Administrativas. Neste tópico, também fiz a divisão 
entre as regras aplicáveis ao custeio previdenciário e as regras aplicáveis aos benefícios 
previdenciários, para facilitar o entendimento, a consolidação e a retenção de conteúdo. 
Espero que consigamos, juntos, cobrir de maneira eficaz e eficiente todos os detalhes do Direito 
Previdenciário, tornando seu estudo agradável e de fácil compreensão. 
Que Deus os abençoe e consolide o aprendizado de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO 
3.1. CONCEITO 
A prescrição e a decadência são institutos muito parecidos, porém não devemos confundi-
los. Ambos possuem em comum, essencialmente, a perda de um direito ante a falta de 
iniciativa de seu titular em exercê-lo dentro dos prazos legais. Constituem, outrossim, 
instrumentos que têm a finalidade de garantir a segurança jurídica, haja vista que a 
pretensão do titular do direito não pode se perpetuar no tempo. No entanto, inobstante 
as semelhanças, existem pontuais diferenças entre os institutos, as quais serão destacadas 
a seguir: 
Decadência: 
• é a perda de um direito que não foi exercido pelo seu titular no prazo previsto em 
lei; 
• é a perda do próprio direito em si, em razão do decurso do tempo; 
• é a perda do direito pelo seu não uso no prazo legalmente previsto; 
• é a perda próprio direito material, por não ter formalizado o pedido de seu direito 
dentro de um prazo definido. 
 
Prescrição: 
• é a perda do direito de mover ação judicial para reaver um direito violado; 
• é a perda do direito de exigir algo pela via jurisdicional, pelo decurso do prazo legal; 
• é a perda de uma pretensão de exigir judicialmente de alguém um determinado 
comportamento; 
• é a perda do direito à pretensão em razão do decurso do tempo; 
• é a perda do direito de ação, de modo de o direito material subsiste, contudo, não 
pode mais ser alcançado pelas vias judiciais, em razão da extinção do direito de 
pleitear em juízo. 
 
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3.2. INTRODUÇÃO DA DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO NO CUSTEIO 
PREVIDENCIÁRIO 
Na mesma linha conceitual já apresentada, vamos agora analisar os conceitos específicos 
de decadência e prescrição dentro do custeio previdenciário: 
Decadência no custeio previdenciário: É a extinção do direito de constituir o crédito 
previdenciário através do lançamento. Ou seja, é o prazo que a Receita Federal do Brasil 
tem para lavrar o auto-de-infração ou emitir a notificação de lançamento contra o sujeito 
passivo devedor. Assim sendo, o prazo para que a Administração Tributária , por meio da 
autoridade competente, promova o lançamento, é um prazo decadencial. 
Prescrição no custeio previdenciário: É a extinção do direito de cobrar judicialmente, 
por meio de uma ação de execução fiscal, o crédito previdenciário já definitivamente 
constituído, tendo em vista o inadimplemento do sujeito passivo. Na prescrição não se 
perde o direito material em si (pois este direito já foi garantido pela lavratura do auto-de-
infração ou notificação de lançamento), mas tão somente a oportunidade de exigir 
judicialmente este direito, por meio de uma ação judicial de execução fiscal. Assim sendo, 
o prazo para que se ajuíze a ação de execução fiscal é prescricional. 
Em resumo, podemos afirmar que o lançamento é o marco que separa, na linha do tempo, 
a prescrição da decadência. 
 
 
CONCEITO NO CUSTEIO PREVIDENCIÁRIO
É A EXTINÇÃO DO DIREITO DE CONSTITUIR O
CRÉDITO PREVIDENCIÁRIO
ATRAVÉS DO LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
DECADÊNCIA
É A EXTINÇÃO DO DIREITO DE COBRAR
JUDICIALMENTE O CRÉDITO JÁ CONSTITUÍDO
(PERDA DO DIREITO À AÇÃO)
PRESCRIÇÃO
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO: PERDA DO DIREITO PELO DECURSO DO PRAZO LEGAL
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3.3. DECADÊNCIA NO CUSTEIO PREVIDENCIÁRIO 
A decadência no custeio previdenciário segue as mesmas regras do da decadência 
tributária, previstas no Código Tributário Nacional - CTN, em seu art. 173 e art. 150, §4º, 
conforme segue: 
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao 
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, 
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida 
pelo obrigado, expressamente a homologa. 
(...) 
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato 
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se 
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de 
dolo, fraude ou simulação. 
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) 
anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento 
anteriormente efetuado. 
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do 
prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário 
pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. 
Como podemos perceber pela leitura dos dispositivos mencionados acima, o prazo de 
decadência para o fisco constituir o crédito tributário/previdenciário pelo lançamento é de 
5 anos, em qualquer caso. No entanto, para cada situação mecionada, temos um marco 
inicial específico para a contagem deste prazo, senão vejamos: 
1º marco inicial (regra geral): primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o 
lançamento poderia ter sido efetuado; 
2º marco inicial: da ocorrência do fato gerador; 
3º marco inicial: da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por 
vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. 
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4º marco inicial: da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário 
pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao 
lançamento. 
A seguir, vamos estudar detalhadamente quando utilizamos cada um dos pontos de 
partida para a contagem do prazo decadencial. 
 
 
 
3.2.1. Regra Geral de Decadência 
Vamos iniciar nosso estudo de decadência no custeio previdenciário pela regra geral, 
prevista no inciso I do art. 173 do CTN, conforme segue: 
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) 
anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; 
(...) 
Esta regra de contagem de prazo decadencial ocorre quando o contribuinte não realizou 
qualquer pagamento ou quando agiu com dolo, fraude ou simulação. 
Exemplo: 
Vamos supor que ocorreram fatos geradores de contribuição previdenciária em 
maio/2018, com a prestação dos serviços de empregados a uma determinada 
empresa. 
DECADÊNCIA (CUSTEIO PREVIDENCIÁRIO)
ART. 150, 4º
ART. 173, INCISO I
ART. 173, PARÁGRAFO ÚNICO
ARTIGO 173, INCISO II
CÓDIGO
TRIBUTÁRIO
NACIONAL
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A empresa teria, consequentemente, que recolher suas contribuições, 
juntamente com as contribuiçõesarrecadadas do emprego a seu serviço, até o 
dia 20 do mês seguinte (no exemplo, até 20/junho/2018). 
Caso não recolha qualquer contribuição até o vencimento, a Receita Federal 
poderá, por meio do auditor-fiscal (autoridade competente), lavrar um respectivo 
auto-de-infração (lançamento tributário) para constituir o crédito tributário 
correspondente. 
O prazo para que a autoridade competente lavre o auto-de-infração e constitua 
o crédito tributário será de 5 anos, contados de 01/01/2019, pois este é primeiro 
dia do exercício seguinte (ano seguinte) àquele em que o lançamento poderia 
ter sido efetuado. 
No exemplo acima, o lançamento poderia ter sido efetuado pelo fisco a partir do 
dia seguinte ao vencimento da contribuição previdenciária, sem que tenha 
havido qualquer pagamento. E o primeiro dia do exercício seguinte (ano 
seguinte) àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado é 01/01/2019, 
sendo este o termo inicial da contagem do prazo decadencial. 
Consequentemente, a decadência estará consumada em 01/01/2024, de forma 
que o lançamento somente poderia ser realizado até 31/12/2023. 
Como podemos perceber, por esta regra a Administração Tributária acaba tendo maias de 
5 anos para exercer seu direito de constituir o crédito tributário, pois a contagem dos 5 a 
os só tem início no primeiro dia do ano seguinte, conferindo um maior prazo para que o 
Fisco tome conhecimento da ocorrência do fato gerador. 
Esta regra, como dissemos, é aplicável nos seguintes casos: 
• o sujeito passivo não realizou qualquer pagamento; 
• ficar provado que o sujeito passivo agiu com dolo, fraude ou simulação. 
A seguir, vamos estudar outras situações e seus respectivos inícios de contagem do prazo 
decadencial. 
 
 
 
 
 
 
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3.2.1. Decadência no Lançamento por Homologação 
Vamos estudar agora a decadência no custeio previdenciário segundo a regra aplicável aos 
tributos sujeitos a lançamento por homologação, desde que não se comprove dolo, fraude 
ou simulação por parte do sujeito passivo, conforme previsto no § 4º do art. 150 do CTN 
abaixo: 
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao 
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, 
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida 
pelo obrigado, expressamente a homologa. 
(...) 
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato 
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se 
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de 
dolo, fraude ou simulação. 
Esta regra de contagem de prazo decadencial ocorre quando o contribuinte não realizou 
qualquer pagamento ou quando agiu com dolo, fraude ou simulação. 
Inicialmente, para melhor compreensão desta contagem de prazo decadencial, temos que 
esclarecer o que é lançamento por homologação: 
O lançamento por homologação é usado em relação aos tributos cuja legislação atribua ao 
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade 
administrativa. Ou seja, o próprio contribuinte apura o tributo que entende devido, declara 
ao fisco e efetua o pagamento, sem prévio exame da autoridade administrativa. Contudo, 
REGRA GERAL OU QUANDO FOR COMPROVADO
DOLO, FRAUDE OU SIMULAÇÃO
DO PRIMEIRO DIA DO EXERCÍCIO SEGUINTE ÀQUELE
EM QUE O LANÇAMENTO PODERIA TER SIDO EFETUADO
DECADÊNCIA (ART. 173, INCISO I – CTN)
O DIREITO DA FAZENDA PÚBLICA CONSTITUIR SEUS CRÉDITOS
EXTINGUE-SE APÓS 5 ANOS, CONTADOS:
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após realizado o pagamento pelo contribuinte dos valores que este entende devidos, 
compete a autoridade fiscal homologá-lo, aceitando o cálculo e pagamento realizados pelo 
contribuinte, ou recusar a homologação. 
No caso de recusar a homologação, o fisco deverá efetuar o lançamento e cobrar a 
diferença correspondente ao tributo que deixou de ser pago pelo contribuinte, acrescido 
de juros e multa. 
Este lançamento, por se tratar de tributos sujeitos a lançamento por homologação, deve 
ser realizado dentro de 5 anos, contados da data da ocorrência do fato gerador, salvo se 
comprovado dolo, fraude ou simulação, como estudamos pela regra anterior. 
Entretanto, passado o prazo sem qualquer providência ou discordância do fisco em relação 
aos valores apurados e recolhidos pelo sujeito passivo, o lançamento por homologação 
reputa-se legalmente efetuado, decaindo, portando, o direito de a Administração 
Tributária lançar de ofício as diferenças apuradas . 
Assim sendo, passados os 5 anos contados do fato gerador, sem manifestação contrária 
da autoridade competente, considera-se realizado tacitamente o lançamento por 
homologação, tendo tal prazo natureza decadencial, pois ele implica na perda do direito 
do fisco de efetuar, de ofício, o lançamento de eventuais diferenças devidas. 
Para que ocorra o lançamento por homologação é necessário que exista algum pagamento 
por parte do contribuinte, ainda que insuficiente para cobrir a totalidade do crédito 
tributário. No entanto, caso não exista qualquer pagamento, o prazo decadencial é 
computado pela regra geral, prevista no inciso I do art. 173 do CTN, ou seja, a partir do 
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. 
No entanto, nunca é demais repetir: se houver dolo, fraude ou simulação por parte do 
sujeito passivo, com a intenção de reduzir ou suprimir tributo devido, o dia inicial para a 
contagem do prazo decadencial deixará de ser a data do fato gerador, passando a 
obedecer a regra geral, ou seja, iniciará a contagem no primeiro dia do exercício seguinte 
àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. 
As contribuições previdenciárias são tributos sujeitos a lançamento por homologação, ou 
seja, cabe ao próprio sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento que entende 
devido sem prévio exame da autoridade administrativa. Assim sendo, para as contribuições 
previdenciárias o prazo decadencial deverá ser contado da data da ocorrência do fato 
gerador, salvo nos seguintes casos: 
• se o sujeito passivo não efetuou qualquer pagamento; 
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• se ficar provado que o sujeito passivo agiu com dolo, fraude ou simulação; 
Obs: Nestes dois casos acima, o prazo decadencial será contado do primeiro dia do 
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. 
Assim sendo, se o contribuinte realizou pagamento de contribuição previdenciária dentro 
do prazo legal, ainda que o valor recolhido tenha sido ínfimo, a homologação tácita 
ocorrerá em 5 anos contados da data do fato gerador, sendo este o prazo que o fisco tem 
para cobrar as diferenças que apurar. No entanto, se o contribuinte não antecipou 
qualquer valor, o prazo para a realização do lançamento de ofício começará a fluir a partir 
do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido 
efetuado. 
 
Segundo o entendimento atual do Superior Tribunal de Justiça – STJ, temos os seguintes 
posicionamentos: 
1) Contribuição previdenciária não declarada e nem paga: 
• Termo inicial do prazo decadencial é o primeiro dia do exercício seguinte àquele 
em que o lançamento poderia ter sido efetuado. 
• Art. 173, I, do CTN. 
 
2) Se for realizado algum pagamento: 
• Termo inicial do prazo decadencial é a data do fato gerador, para o fisco 
homologar expressamente o pagamento efetuado pelo contribuinte (caso 
concorde com os valores recolhidos), ou efetuar lançamento suplementar em 
relação aos valores devidos. 
• Art. 150, §4º, do CTN. 
DECADÊNCIA (ART. 150, 4º – CTN)
O DIREITO DA FAZENDA PÚBLICA CONSTITUIR SEUS CRÉDITOS
EXTINGUE-SE APÓS 5 ANOS, CONTADOS:DA DATA DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR
LANÇAMENTO POR
HOMOLOGAÇÃO
SALVO SE COMPROVADA
FRAUDE, DOLO OU
SIMULAÇÃO
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3) Contribuição previdenciária declarada corretamente e não paga integralmente: 
• Não há que se falar em decadência, pois o crédito tributário já se considera 
constituído pela própria declaração de débito do contribuinte, sendo possível a 
imediata inscrição em dívida ativa e posterior ajuizamento da ação de execução 
fiscal. 
• Súmula STJ 436: “A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo 
débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência 
por parte do fisco” 
Exemplo: 
Vamos supor que ocorreu fato gerador de contribuição previdenciária em 
31/maio/2018. 
Em decorrência de tais fatos geradores, o sujeito passivo deveria ter declarado 
e recolhido R$800.000,00. No entanto, a empresa apenas declarou e recolheu 
R$300.000,00. Neste caso, a Receita Federal do Brasil poderá, por meio do 
auditor-fiscal (autoridade competente), lavrar um respectivo auto-de-infração 
(lançamento tributário) para constituir o crédito tributário sobre a diferença de 
R$500.000,00 (com os devidos acréscimos de juros e multa), uma vez que tais 
valores não foram declarados e nem recolhidos pelo sujeito passivo. 
O prazo para que a autoridade competente lavre o auto-de-infração e constitua 
o crédito tributário, neste caso, será de 5 anos, contados do fato gerador. Desta 
forma, o prazo de decadência para se cobrar os valores ainda devidos pelo 
sujeito passivo inicia-se em 31/05/2018 e termina em 31/05/2023. 
Utilizando os mesmos dados do exemplo acima, vamos trabalhar com a seguinte situação: 
• Valor correto que deveria ser declarado e pago pelo contribuinte: R$ 800.000,00. 
Diante desta premissa, vamos ver algumas situações possíveis e os respectivos prazos para 
início da contagem da decadência: 
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Analisando o quadro acima, temos: 
 
Situação 1: Como o contribuinte declarou a menor sua contribuição previdenciária devida 
e efetuou algum recolhimento, ainda que menor que o devido, temos um caso típico de 
contagem de prazo desde a ocorrência do fato gerador (Art. 150, §4º, do CTN). 
 
Situação 2: Como o contribuinte declarou corretamente o valor devido, sem ter recolhido 
tais valores conforme declarado, não há que se falar em decadência, pois o crédito 
tributário já se considera constituído pela própria declaração de débito do contribuinte, 
sendo possível a imediata inscrição em dívida ativa e posterior ajuizamento da ação de 
execução fiscal, nos termos da Súmula STJ 436. 
 
Situação 3: Como o contribuinte declarou corretamente o valor devido, sem ter recolhido 
a totalidade dos valores conforme declarado, não há que se falar em decadência, pois o 
crédito tributário já se considera constituído pela própria declaração de débito do 
contribuinte, sendo possível a imediata inscrição em dívida ativa e posterior ajuizamento 
da ação de execução fiscal, nos termos da Súmula STJ 436. 
 
Situação 4: Como o contribuinte nada declarou e nada pagou, temos um caso típico de 
contagem de prazo que tem início no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o 
lançamento poderia ter sido efetuado (Art. 173, I, do CTN). 
 
DECADÊNCIA (LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO)
DECLARADO
R$ 800.000,00
R$ 800.000,00
PAGO
NADA
R$ 300.000,00
INÍCIO DA CONTAGEM
DOS 5 ANOS
JÁ CONSTITUÍDO
(SÚMULA STJ 436)
JÁ CONSTITUÍDO
(SÚMULA STJ 436)
FRAUDE / DOLO / SIMULAÇÃO
1º DIA DO ANO SEGUINTE
(ART. 173 §1º)
R$ 300.000,00 R$ 300.000,00
FATO GERADOR
(ART. 150 §4º)
NADA NADA
1º DIA DO ANO SEGUINTE
(ART. 173 §1º)
1
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3
4
5
 
 
 
 
 
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Situação 5: Nos casos em que houver dolo, fraude ou simulação, temos, também, um caso 
típico de contagem de prazo que tem início no primeiro dia do exercício seguinte àquele 
em que o lançamento poderia ter sido efetuado (Art. 173, I, do CTN). 
 
3.2.1. Decadência em Caso de Anulação de Lançamento por Vício Formal. 
Vamos estudar agora a decadência no custeio previdenciário em caso de anulação, por 
vício formal, de um lançamento anteriormente efetuado, conforme previsto no inciso II do 
art. 173 do CTN: 
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) 
anos, contados: 
(...) 
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento 
anteriormente efetuado. 
Esta regra de contagem de prazo decadencial ocorre quando é efetuado um lançamento, 
dentro do prazo legal, porém com vício de forma, sendo posteriormente anulado por uma 
decisão administrativa ou judicial definitiva. 
Considera-se vício formal, neste contexto, situações em que se verifique desrespeito a 
alguma regra do procedimento de lançamento. Ou seja, o vício formal não se refere ao 
conteúdo do ato, mas sim a um aspecto formal. 
Como exemplo podemos citar um auto-de-infração lavrado por pessoa incompetente (sem 
competência legal) para a prática do ato, bem como erro de identificação do sujeito 
passivo, cerceamento do direito de defesa, etc. 
Assim sendo, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 
5 (cinco) anos, contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, 
por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. 
Exemplo: 
Vamos supor que ocorreu fato gerador de contribuição previdenciária em 
31/05/2013. 
Em decorrência de tais fatos geradores, o sujeito passivo deveria ter declarado 
e recolhido R$800.000,00. No entanto, o respectivo contribuinte apenas 
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declarou e recolheu R$300.000,00. Neste caso, a Receita Federal do Brasil 
poderá, por meio do auditor-fiscal (autoridade competente), lavrar um respectivo 
auto-de-infração (lançamento tributário) para constituir o crédito tributário sobre 
a diferença de R$500.000,00 (com os devidos acréscimos de juros e multa), uma 
vez que tais valores não foram declarados e nem recolhidos pelo sujeito passivo. 
O prazo para que a autoridade competente lavre o auto-de-infração e constitua 
o crédito tributário, neste caso, será de 5 anos, contados do fato gerador. Desta 
forma, o prazo de decadência para se cobrar os valores ainda devidos pelo 
sujeito passivo inicia-se em 31/05/2013 e termina em 31/05/2018. 
Admita-se que, no dia 15/04/2016 um agente público sem competência legal 
promova o lançamento das contribuições previdenciárias devidas e que, 
posteriormente, o sujeito passivo impugne o lançamento realizado, resultando 
em anulação, por vício formal, decorrente da incompetência da autoridade 
lançadora. 
Admita-se, ainda, que a declaração de nulidade se tornou definitiva no dia 
15/08/2018. 
Pelas regras que acabamos de estudar, como trata-se de anulação por vício 
formal, a partir de 15/08/2018 começará a fluir, novamente, um prazo 
decadencial de 5 anos, para que o fisco realize um novo lançamento (desta vez 
sem o vício formal), o qual poderá ser realizado, neste exemplo, até 15/08/2023. 
 
 
 
DA DATA EM QUE SE TORNAR DEFINITIVA A DECISÃO
QUE HOUVER ANULADO, POR VÍCIO FORMAL,
O LANÇAMENTO ANTERIORMENTE EFETUADO.
OCORREU O LANÇAMENTO
DENTRO DO PRAZO LEGAL
MAS FOI ANULADO POR
QUESTÕES FORMAIS
DECADÊNCIA (ART. 173, INCISO II – CTN)
O DIREITO DA FAZENDA PÚBLICA CONSTITUIR SEUS CRÉDITOS
EXTINGUE-SE APÓS 5 ANOS, CONTADOS:
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3.2.1. Decadência na Regra de Antecipação de Contagem 
Vamos estudar agora a decadência no custeio previdenciário no caso em que ocorre a 
antecipação do início da contagem do prazo decadencial, conforme previsto no parágrafo 
único do art. 173 do CTN: 
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-seapós 5 (cinco) 
anos, contados: 
(...) 
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do 
prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário 
pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. 
Trata-se aqui de uma situação em que poderá ocorrer antecipação do início da contagem 
do prazo decadencial, quando, originalmente, sua contagem teria início no primeiro dia do 
exercício seguinte. 
Aplica-se este dispositivo se, durante o lapso de tempo compreendido entre o fato 
gerador e o início da fluência do prazo decadencial (nos casos em que tal contagem teria 
início no primeiro dia do exercício seguinte), o fisco adota medida preparatória para o 
lançamento, antecipando-se o início da contagem do prazo decadencial para esta data. 
Como exemplo de medida preparatória para o lançamento podemos citar o 
recebimento, pelo sujeito passivo, de um Termo de Início de Procedimento 
Fiscal, tomando ciência do início do procedimento de fiscalização relativo ao 
fato. 
Uma vez que a administração tributária iniciou procedimento de fiscalização relativo ao 
contribuinte (ou deu ciência ao contribuinte de qualquer outra medida preparatória 
indispensável ao lançamento), antecipa-se o marco inicial da decadência (caso ainda não 
tenha iniciado) para a data em que o sujeito passivo foi cientificado das medidas 
preparatórias adotadas pelo fisco. 
Caso o prazo decadencial já esteja em curso, não haverá qualquer alteração. Tal regra 
somente tem o condão de antecipar a contagem de prazo, não gerando qualquer efeito 
sobre o prazo que já teve sua fluência iniciada. 
 
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Exemplo: 
Vamos supor que ocorreram fatos geradores de contribuição previdenciária em 
maio/2018, com a prestação dos serviços de empregados a uma determinada 
empresa. 
A empresa teria, consequentemente, que recolher suas contribuições, 
juntamente com as contribuições arrecadadas do emprego a seu serviço, até o 
dia 20 do mês seguinte (no exemplo, até 20/junho/2018). 
Caso não recolha qualquer contribuição até o vencimento, a Receita Federal 
poderá, por meio do auditor-fiscal, lavrar um respectivo auto-de-infração para 
constituir o crédito tributário correspondente. 
Considerando que não houve qualquer declaração ou pagamento por parte do 
sujeito passivo, o prazo para que a autoridade competente lavre o auto-de-
infração e constitua o crédito tributário será de 5 anos, contados de 01/01/2019, 
pois este é primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento 
poderia ter sido efetuado. 
No entanto, vamos considerar que o Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil 
mandou um Termo de Início de Fiscalização para o sujeito passivo, tendo este 
tomado ciência do início do procedimento de fiscalização relativo ao fato em 
15/07/2018. 
Desta forma, e nos termos do parágrafo único do art. 173 do CTN, o início da 
contagem do prazo decadencial (que seria em 01/01/2019) será antecipado para 
15/07/2018. 
 
DA DATA EM QUE TENHA SIDO INICIADA A CONSTITUIÇÃO DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO PELA NOTIFICAÇÃO, AO SUJEITO PASSIVO, DE
QUALQUER MEDIDA PREPARATÓRIA INDISPENSÁVEL AO LANÇAMENTO
ESTA REGRA SERVE APENAS PARA
ANTECIPAR O INÍCIO DA
CONTAGEM DO PRAZO.
DECADÊNCIA (ART. 173, PARÁGRAFO ÚNICO – CTN)
O DIREITO DA FAZENDA PÚBLICA CONSTITUIR SEUS CRÉDITOS
EXTINGUE-SE APÓS 5 ANOS, CONTADOS:
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3.4. PRESCRIÇÃO NO CUSTEIO PREVIDENCIÁRIO 
3.4.1. Prazo de Prescrição 
Estudaremos agora a prescrição em relação às contribuições previdenciárias. Como 
sabemos, a prescrição, neste caso, é a extinção do direito da Fazenda Pública de cobrar 
judicialmente, por meio de uma ação de execução fiscal, o crédito previdenciário já 
definitivamente constituído, tendo em vista o inadimplemento do sujeito passivo. 
A regra de prescrição das contribuições previdenciárias segue a mesma regra da prescrição 
dos demais tributos, prevista no Código Tributário Nacional - CTN, em seu art. 173 e art. 
150, §4º, conforme segue: 
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da 
sua constituição definitiva. 
Parágrafo único. A prescrição se interrompe: 
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; 
II - pelo protesto judicial; 
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito 
pelo devedor. 
 
Na prescrição, como já estudado, não se perde o direito material em si (pois este direito 
já foi garantido pelo lançamento), mas tão somente a oportunidade de exigir judicialmente 
este direito, por meio de uma ação judicial de execução fiscal. 
Uma vez constituído o crédito previdenciário pelo lançamento, surge para a União (sujeito 
ativo), por meio da Fazenda Pública, o direito de cobrá-lo judicialmente, mediante uma 
ação judicial de execução fiscal. 
Assim sendo, opera-se a prescrição quando a Fazenda Pública não propõe, no prazo legal, 
a respectiva ação judicial de execução fiscal, para exigir do sujeito passivo devedor a 
satisfação do crédito previdenciário. 
O prazo legal para a Fazenda Pública propor a ação de execução fiscal é de 5 anos, 
constados da data da constituição definitiva do crédito previdenciário. 
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Considera-se definitivamente constituído o crédito previdenciário quando não possa mais 
ser modificado administrativamente, ou seja, não caiba mais qualquer impugnação ou 
recurso administrativo por parte do sujeito passivo dentro do processo contencioso 
administrativo fiscal. 
Quando o sujeito passivo é notificado do lançamento, o crédito tributário está constituído. 
Neste caso, não falamos mais em decadência, pois houve a constituição tempestiva do 
crédito tributário pelo lançamento. No entanto, para que ele esteja definitivamente 
constituído, como vimos, é necessário que não possa mais ser modificado na esfera 
administrativa. 
Assim sendo, podemos concluir que o curso da decadência termina no momento da ciência 
do auto-de-infração ou notificação de lançamento pelo sujeito passivo, quando se 
considera constituído o crédito previdenciário. Outrossim, o prazo de prescrição só tem 
início com a constituição definitiva do crédito previdenciário, após concluído todo o 
processo contencioso administrativo fiscal referente a este lançamento (auto-de-infração 
ou notificação de lançamento). Assim, no intervalo entre a ciência do lançamento e a 
decisão administrativa final não corre nem prazo de decadência e nem prazo de prescrição. 
De forma resumida, podemos afirma que a ação para a cobrança do crédito previdenciário 
prescreve em 5 anos, contados da data da sua constituição definitiva, ou seja, 5 anos 
contados: 
• Da data em que expirar o prazo para o sujeito passivo impugnar o lançamento; 
• Da data em que expirar o prazo para recorrer de decisão administrativa que manteve 
o lançamento, no todo ou em parte; 
• Da data da ciência da decisão administrativa final, para a qual não caiba mais recurso. 
Caso a contribuição previdenciária tenha sido declarada em GFIP (ou por meio do eSocial 
ou por qualquer outro documento legal de declaração dos fatos gerados previdenciários), 
nos termos da Súmula STJ 436, os valores declarados já se consideram definitivamente 
constituído, independentemente de qualquer procedimento administrativo, conforme 
segue: 
Súmula STJ 436: “A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito 
fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte 
do fisco.” 
Neste caso, a contagem do prazo prescricional se inicia: 
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• GFIP (oudocumento equivalente) entregue antes do vencimento do prazo para 
pagamento da contribuição previdenciária: o prazo prescricional começa a fluir no 
dia seguinte ao do vencimento da contribuição. 
• GFIP (ou documento equivalente) entregue após o vencimento do prazo para 
pagamento da contribuição previdenciária: o prazo prescricional começa a fluir no 
dia seguinte ao da entrega. 
 
 
 
3.4.2. Interrupção do Prazo Prescricional 
Existem situações legalmente previstas em que o prazo prescricional poderá ser 
interrompido. Tais situações estão enumerados no art. 174 do CTN, conforme segue: 
Art. 174. (...) 
(...) 
Parágrafo único. A prescrição se interrompe: 
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; 
II - pelo protesto judicial; 
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito 
pelo devedor. 
Interrupção da prescrição implica na devolução integral do prazo ao interessado, com o 
reinício de sua contagem, desconsiderando o tempo já decorrido. 
A AÇÃO PARA A COBRANÇA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO PRESCREVE EM
5 ANOS, CONTADOS DA DATA DA SUA CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA.
CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA SIGNIFICA QUE NÃO PODERÁ MAIS
SER MODIFICADO NA VIA ADMINISTRATIVA.
AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL
PRESCRIÇÃO - ART. 174 – CTN (CUSTEIO PREVIDENCIÁRIO)
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Como vimos, uma vez que o crédito previdenciário esteja definitivamente constituído, 
começa o curso da prescrição. No entanto, se antes de decorridos os 5 anos ocorre umas 
das hipóteses de interrupção prevista no CTN, o prazo decorrido é desconsiderado e a 
contagem volta a ser iniciada. 
Assim sendo, nos termos do parágrafo único do art. 174 do CTN, interrompem o prazo de 
prescrição: 
• o despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; 
• o protesto judicial; 
• qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
• qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento 
do débito pelo devedor. 
 
 
 
3.4.3. Prescrição na Restituição e Compensação de Contribuições 
O art. 253 do Regulamento da Previdência Social – RPS trata da prescrição na restituição 
e compensação de contribuições previdenciárias, conforme segue: 
Art. 253. O direito de pleitear restituição ou de realizar compensação de contribuições ou de outras 
importâncias extingue-se em cinco anos, contados da data: 
I - do pagamento ou recolhimento indevido; ou 
II - em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a sentença judicial que 
tenha reformado, anulado ou revogado a decisão condenatória. 
A PRESCRIÇÃO SE INTERROMPE: 
PELO DESPACHO DO JUIZ QUE ORDENAR
A CITAÇÃO EM EXECUÇÃO FISCAL 
PRESCRIÇÃO (ART. 174, PARÁGRAFO ÚNICO – CTN)
PELO PROTESTO JUDICIAL
POR QUALQUER ATO JUDICIAL QUE
CONSTITUA EM MORA O DEVEDOR 
POR QUALQUER ATO INEQUÍVOCO AINDA QUE EXTRAJUDICIAL,
QUE IMPORTE EM RECONHECIMENTO DO DÉBITO PELO DEVEDOR 
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Neste caso, a contagem do prazo prescricional se inicia: 
• na data do pagamento ou recolhimento indevido: nos casos em que o sujeito passivo 
pagou espontaneamente contribuição previdenciária indevida ou maior do que a 
devida. 
• na data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a 
sentença judicial que tenha reformado, anulado ou revogado a decisão 
condenatória: nos casos em que o sujeito passivo tenha pago os valores exigidos no 
auto-de-infração ou notificação de lançamento, conforme decisão condenatória, e, 
posteriormente, instaura-se um litígio judicial ou administrativo para discutir a 
legitimidade da cobrança. Caso a cobrança seja considerada ilegítima, o contribuinte 
tem direito de pleitear restituição ou de realizar compensação dentro de 5 anos, a 
contar da decisão final. 
 
3.5. DECADÊNCIA EM MATÉRIA DE BENEFÍCIOS 
3.5.1. Regra Geral 
Estudaremos agora os prazos determinados por lei para que os beneficiários do RGPS 
(segurados e dependentes) possam pleitear seus direitos previdenciários. 
Começaremos com o estudo da decadência em matéria de benefícios, conforme disposto 
no caput do art. 103 da Lei 8.213/91, reproduzido a seguir: 
Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a revisão 
do ato de concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, do ato de deferimento, 
indeferimento ou não concessão de revisão de benefício é de dez anos, contado: (...) 
Em outras palavras podemos dizer que os beneficiários do RGPS têm um prazo de 10 anos 
para pedir revisão do ato de concessão dos seus benefícios previdenciários. 
Esse prazo de 10 anos será contado: 
• do primeiro dia do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou da 
data que a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto: uma vez recebida a 
primeira prestação do benefício previdenciário, o beneficiário tem um prazo de 10 
anos, a contar do primeiro dia do mês seguinte, para pedir revisão (correção) do ato 
de concessão do benefício, na via administrativa ou judicial. 
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• do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito 
administrativo: neste caso, o segurado ingressou tempestivamente com seu pedido 
de revisão de benefício na via administrativa, mas seu pedido foi indeferido 
(negado). Diante da negativa administrativa, o beneficiário tem um prazo de 10 anos 
para pedir revisão do ato de concessão na via judicial, contados do dia em que tomar 
conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. 
Segundo a Súmula 81 da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais 
Federais – TNU, “Não incide o prazo decadencial previsto no art. 103, caput, da Lei n. 8.213/91, nos 
casos de indeferimento e cessação de benefícios, bem como em relação às questões não apreciadas pela 
Administração no ato da concessão.” 
Assim sendo, nos termos da Súmula 81 da TNU, este prazo decadencial de 10 anos não 
pode ser invocado: 
• para impedir ações revisionais nos casos de indeferimento e cessação de benefícios; 
• em relação às questões não apreciadas pela Administração no ato da concessão. 
O prazo decadencial em questão é aplicado somente à revisão do ato concessório, uma 
vez que o benefício já tenha sido concedido. No entanto, os beneficiários poderão pleitear 
administrativamente ou judicialmente, a qualquer tempo, os benefícios cujo direito já tenha 
sido adquirido, mesmo que em prazo superior a 10 anos. 
Devemos destacar, outrossim, que nos termos do art. 79 da Lei 8.213/91, não se aplica o 
prazo de decadência que acabamos de estudar ao pensionista menor, incapaz ou ausente, 
na forma da lei. 
 
DECADÊNCIA (BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS)
O PRAZO DE DECADÊNCIA DO DIREITO OU DA AÇÃO DO SEGURADO
OU BENEFICIÁRIO PARA A REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO,
INDEFERIMENTO, CANCELAMENTO OU CESSAÇÃO DE BENEFÍCIO,
DO ATO DE DEFERIMENTO, INDEFERIMENTO OU NÃO CONCESSÃO
DE REVISÃO DE BENEFÍCIO É DE DEZ ANOS, CONTADO:
DO PRIMEIRO DIA DO MÊS
SUBSEQUENTE AO DO RECEBIMENTO
DA PRIMEIRA PRESTAÇÃO OU DA DATA
EM QUE A PRESTAÇÃO DEVERIA TER
SIDO PAGA COM O VALOR REVISTO;
DO DIA EM QUE O SEGURADO TOMAR
CONHECIMENTO DA DECISÃO DE
INDEFERIMENTO, CANCELAMENTO OU
CESSAÇÃO DO SEU PEDIDO DE
BENEFÍCIO OU DA DECISÃO DE
DEFERIMENTO OU INDEFERIMENTO DE
REVISÃO DE BENEFÍCIO, NO ÂMBITO
ADMINISTRATIVO.
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Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
(FCC - Juiz do Trabalho - TRT 1ª Região – 2014). Isis recebe benefício previdenciário 
constituído por renda mensal desde abril de 2010. Entretanto, efetuada uma perícia 
contábil particular, que considerou os valores de contribuição dabase de cálculo do 
benefício, ficou constatado que o cálculo da renda mensal inicial está equivocado. Isis 
ingressou com petição junto ao INSS, requerendo a revisão do valor inicial do 
benefício, pedido esse que foi administrativamente negado em todas as instâncias. 
Nesse caso, é 
 
a) de dez anos o prazo de decadência de qualquer direito ou ação do segurado para 
a revisão do ato de concessão do benefício, a contar do dia em que tomar 
conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. 
b) de dez anos o prazo prescricional para ajuizar ação visando à revisão da concessão 
do benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao recebimento da primeira 
prestação. 
c) de cinco anos o prazo de decadência de qualquer direito ou ação do segurado para 
a revisão do ato de concessão do benefício, a contar do dia do recebimento da 
primeira prestação. 
d) de cinco anos o prazo prescricional para toda medida judicial do segurado para 
revisão do ato de concessão do benefício, a contar do dia em que tomar 
conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. 
e) decadencial ou prescricional de dez anos o prazo para o direito de ajuizar ação 
postulando revisão do cálculo inicial do benefício, contado do dia imediato ao 
recebimento da primeira prestação, vez que não há interrupção ou suspensão do 
prazo por via administrativa. 
 
COMENTÁRIOS: 
Vamos às assertivas, bem como suas peculiaridades no que tange este tema e suas bases 
legais: 
 
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a) de dez anos o prazo de decadência de qualquer direito ou ação do segurado para a 
revisão do ato de concessão do benefício, a contar do dia em que tomar conhecimento da 
decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. 
Correta, conforme podemos verificar no Art. 103-A da Lei 8.213/91, 
Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a revisão 
do ato de concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, do ato de deferimento, 
indeferimento ou não concessão de revisão de benefício é de dez anos, contado: 
I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da data em que 
a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; 
II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento, cancelamento ou 
cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de 
benefício, no âmbito administrativo. 
 (Destaques Nossos). 
 
b) de dez anos o prazo prescricional para ajuizar ação visando à revisão da concessão do 
benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao recebimento da primeira prestação. 
Incorreto, pois, conforme podemos verificar no Art. 103 da Lei 8.213/91, o prazo é de 
decadência (e não de prescrição). 
Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a revisão 
do ato de concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, do ato de deferimento, 
indeferimento ou não concessão de revisão de benefício é de dez anos, contado: 
I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da data em que 
a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; 
II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento, cancelamento ou 
cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de 
benefício, no âmbito administrativo. 
 (Destaques Nossos). 
 
c) de cinco anos o prazo de decadência de qualquer direito ou ação do segurado para a 
revisão do ato de concessão do benefício, a contar do dia do recebimento da primeira 
prestação. 
Incorreta, prazo de decadência é de 10 anos, conforme podemos verificar no Art. 103-A 
da Lei 8.213/91: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm
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Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a revisão 
do ato de concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, do ato de deferimento, 
indeferimento ou não concessão de revisão de benefício é de dez anos, contado: 
I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da data em que 
a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; 
II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento, cancelamento ou 
cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de 
benefício, no âmbito administrativo. 
 (Destaques Nossos). 
 
d) de cinco anos o prazo prescricional para toda medida judicial do segurado para revisão 
do ato de concessão do benefício, a contar do dia em que tomar conhecimento da decisão 
indeferitória definitiva no âmbito administrativo. 
Incorreto, pois, conforme podemos verificar no Art. 103 da Lei 8.213/91, o prazo de 
decadência (e não de prescrição) é de 10 anos (e não 5 anos). 
Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a revisão 
do ato de concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, do ato de deferimento, 
indeferimento ou não concessão de revisão de benefício é de dez anos, contado: 
I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da data em que 
a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; 
II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento, cancelamento ou 
cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de 
benefício, no âmbito administrativo. 
 (Destaques Nossos). 
 
e) decadencial ou prescricional de dez anos o prazo para o direito de ajuizar ação 
postulando revisão do cálculo inicial do benefício, contado do dia imediato ao recebimento 
da primeira prestação, vez que não há interrupção ou suspensão do prazo por via 
administrativa. 
Incorreto, pois, conforme podemos verificar no Art. 103 da Lei 8.213/91, o prazo para o 
direito de ajuizar ação postulando revisão do cálculo inicial do benefício é de decadência 
(e não de prescrição). Ademais, a contagem do prazo decadencial tem início no dia 
primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm
 
 
 
 
 
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do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito 
administrativo ( e não do dia imediato ao recebimento da primeira prestação). 
Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a revisão 
do ato de concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, do ato de deferimento, 
indeferimento ou não concessão de revisão de benefício é de dez anos, contado: 
I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da data em que 
a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; 
II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento, cancelamento ou 
cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de 
benefício, no âmbito administrativo. 
 (Destaques Nossos). 
Fique atento, é muito comum o examinador tentar confundir o candidato trocando 
prescrição por decadência; trocar os prazos de 5 anos pelos prazos de 10 anos; ou alterar 
a data do início da contagem dos prazos. A maior parte das questões sobre este tema 
resume-se a isto. Portanto, é importante que você saiba os prazos e a partir de quando 
eles começam a contar. 
Gabarito:A. 
(FCC - Técnico do Seguro Social – 2012). José pleiteou aposentadoria por tempo de 
contribuição perante o INSS, que foi deferida pela autarquia e pretende a revisão do 
ato de concessão do benefício para alterar o valor da renda mensal inicial. O prazo 
decadencial para o pedido de José é de 
 
a) dez anos contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao do recebimento da 
primeira prestação. 
b) cinco anos contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao do recebimento 
da primeira prestação. 
c) três anos contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao do recebimento da 
primeira prestação. 
d) cinco anos contados da ciência da decisão que deferiu o benefício. 
e) dez anos contados da ciência da decisão que deferiu o benefício. 
 
COMENTÁRIOS: 
PAULO
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PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
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Realce
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PAULO
Realce
 
 
 
 
 
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147 
Conforme podemos verificar no Art. 103 da Lei 8.213/91: 
Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a revisão 
do ato de concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, do ato de deferimento, 
indeferimento ou não concessão de revisão de benefício é de dez anos, contado: 
I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da data em que 
a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; 
II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento, cancelamento ou 
cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de 
benefício, no âmbito administrativo. 
 (Destaque Nosso). 
 
A partir do dispositivo legal, podemos constatar que a alternativa correta é a letra A. 
 
Gabarito: A. 
 
3.5.2. Prazo para a Previdência Social anular os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os beneficiários 
Do lado da administração pública, a revisão de benefício concedido também sofre prazo 
decadencial de 10 anos. Ou seja, o INSS tem lapso temporal decenal (10 anos) para exercer 
o seu direito de revisão do benefício concedido, sob pena de decadência pelo transcurso 
do tempo, nos termos do art. 103-A, da Lei 8.213/91, conforme segue: 
Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, 
salvo comprovada má-fé. 
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção do 
primeiro pagamento. 
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que 
importe impugnação à validade do ato. 
O prazo decadencial de 10 anos fixados para que o INSS possa revisar e anular os benefício 
previdenciários concedidos não poderia ser eterno, sob pena de prejudicar o direito à 
ampla defesa dos segurados, uma vez que demandar beneficiários sobre a legalidade de 
Cintia
Highlight
PAULO
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seus benefícios após longos lapsos temporais implica, indiretamente, no cerceamento ou 
total exclusão do direito à ampla defesa, pois, por óbvio, o beneficiário raramente terá 
todos os documentos solicitados pelo INSS, bem como o próprio beneficiário poderá já se 
encontrar em idade avançada, sem a menor condição física ou psicológica para fazer prova 
perante a Previdência Social. 
Por outro lado, quando comprovada má-fé do beneficiário, o mencionado prazo 
decadencial não irá correr. Importante destacar, por oportuno, que a má-fé deve ser única 
e exclusivamente do beneficiário, excluindo, assim, a má-fé de terceiros sem conhecimento 
do beneficiário. 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
(CESPE - Procurador Federal – 2013). Julgue o item de relativo à seguridade social. 
O termo inicial para a contagem do prazo decadencial para a previdência social anular 
o ato administrativo do qual decorram efeitos favoráveis para o beneficiário é de dez 
anos a partir da data em que for praticado o ato, ainda que se comprove má-fé do 
beneficiário. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar a assertiva, avaliando as peculiaridades do conceito exposto, bem como o 
embasamento legal pertinente ao caso: 
O prazo para administração anular seus atos é de dez anos, salvo comprovada má-fé, 
conforme podemos verificar no art. 103-A, da Lei 8.213/91, a seguir: 
Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, 
salvo comprovada má-fé. 
 (Destaques Nossos). 
Quando comprovada má-fé do beneficiário, o mencionado prazo decadencial não irá 
correr. Importante destacar, por oportuno, que a má-fé deve ser única e exclusivamente 
do beneficiário, excluindo, assim, a má-fé de terceiros sem conhecimento do beneficiário 
PAULO
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PAULO
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Sendo assim podemos concluir que a assertiva está incorreta. 
Gabarito: ERRADO. 
 
3.6. PRESCRIÇÃO EM MATÉRIA DE BENEFÍCIOS 
3.6.1. Regra Geral 
O estudo da prescrição em matéria de benefícios está disposto no parágrafo único do art. 
103 da Lei 8.213/91, reproduzido a seguir: 
Art. 103. (...) 
 Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e 
qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela 
Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. 
Em outras palavras, podemos dizer que os beneficiários do RGPS têm um prazo de 5 anos 
para promover toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer 
restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social. Esse prazo de 5 anos será 
contado da data em que deveriam ter sido pagas tais prestações, restituições ou diferenças 
devidas pela Previdência Social. 
Assim sendo, mesmo que reconhecido um erro no cálculo do benefício nos últimos 10 
anos, o beneficiário só terá direito a receber a diferença dos últimos 5 anos. 
O prazo prescricional que estamos estudado apenas garante o recebimento dos valores 
devidos pela Previdência Social aos beneficiários referentes aos últimos 5 anos, mesmo 
que se prove diferenças devidas em período superior a 5 anos. 
Enquanto a decadência permite que o beneficiário solicite ao INSS uma revisão do ato de 
concessão do seu benefício no prazo de até 10 anos, a prescrição só garante o recebimento 
de valores devidos referente aos últimos 5 anos, contados da data em que deveriam ter 
sido pagas tais prestações, restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social. 
Devemos destacar, outrossim, nos termos do parágrafo único, do art. 103, da Lei 8.213/91, 
em sua parte final, que não se aplica o prazo de prescrição que acabamos de estudar aos 
menores, incapazes ou ausentes, na forma do Código Civil. 
 
Cintia
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Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
CESPE - Técnico do Seguro Social – 2016). Com relação a contribuições sociais dos 
segurados e (ou) a decadência e prescrição relativamente a benefícios previdenciários, 
o próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser 
julgada. 
Dagoberto obteve aposentadoria por tempo de contribuição concedida pelo INSS 
em junho de 2012. Entretanto, o INSS não efetuou o pagamento do abono anual 
proporcional do ano de 2012 nem o do ano de 2013. Nessa situação, atualmente, 
Dagoberto não mais tem direito a exigir o pagamento dos abonos anuais referentes 
aos anos de 2012 e 2013, visto que está prescrito o direito ao percebimento das 
referidas prestações. 
( ) Certo 
( ) Errado 
COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar a assertiva, avaliando as peculiaridades do conceito, bem como o 
embasamento legal pertinenteao caso: 
Vejamos o disposto no parágrafo único, do Art. 103, da Lei 8.213/91: 
Art. 103. [...] Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido 
pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças 
devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do 
Código Civil. 
PRESCREVE EM 5 ANOS, A CONTAR DA DATA EM QUE DEVERIAM
TER SIDO PAGAS, TODA E QUALQUER AÇÃO PARA:
HAVER
PRESTAÇÕES VENCIDAS 
HAVER QUAISQUER
RESTITUIÇÕES OU DIFERENÇAS
DEVIDAS PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL
SALVO O DIREITO DOS MENORES, INCAPAZES E AUSENTES,
NA FORMA DO CÓDIGO CIVIL
PRESCRIÇÃO (BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm
Cintia
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(Destaques Nossos). 
Considerando que essa questão é de 2016, está incorreta, pois em 2016, ainda não havia 
passado o prazo de 5 anos. 
Gabarito: ERRADO. 
(CESPE - Inspetor de Controle Externo - TCE-RN - Administração, Contabilidade, 
Direito ou Economia – 2015). Com base nas disposições legais referentes ao regime 
geral de previdência social (RGPS), julgue o item subsequente. 
Uma ação que tenha por objetivo haver prestações vencidas devidas pela previdência 
social está sujeita a prescrição decenal. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar a assertiva, avaliando as peculiaridades do conceito exposto, bem como o 
embasamento legal pertinente ao caso: 
Conforme podemos verificar no parágrafo único, do Art. 103, da Lei 8.213/91, temos: 
Art. 103. [...] Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido 
pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças 
devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do 
Código Civil. 
(Destaques Nossos). 
Assim sendo, podemos concluir que a assertiva está incorreta, pois uma ação que tenha 
por objetivo haver prestações vencidas devidas pela previdência social está sujeita a 
prescrição quinquenal (5 anos) e não decenal (10 anos). 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
3.6.2. Prescrição para ajuizar ação referente à prestação por acidente de trabalho 
As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, 
contados da data: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm
PAULO
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• do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada 
esta em perícia médica a cargo da Previdência Social; ou 
• em que for reconhecida, pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o 
agravamento das seqüelas do acidente. 
Esta regra está prevista no art. 104, da Lei 8.212/91, conforme segue: 
Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, 
observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data: 
I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em perícia 
médica a cargo da Previdência Social; ou 
II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento 
das seqüelas do acidente. 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
(CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-RO – Direito – 2013). Considerando as 
normas de concessão de benefícios pelo regime geral de previdência social (RGPS), 
julgue o item a seguir. 
Prescrevem em dez anos as ações referentes à prestação por acidente de trabalho, 
contados da data do acidente, quando dele resultar morte ou incapacidade 
temporária do beneficiário, verificada em perícia médica a cargo da previdência social; 
ou nos casos em que seja reconhecida a incapacidade permanente ou o agravamento 
das sequelas do acidente. 
( ) Certo 
( ) Errado 
COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar a assertiva, avaliando as peculiaridades do conceito exposto, bem como o 
embasamento legal pertinente ao caso: 
A prescrição mencionada na presente assertiva encontra-se amparada pelo art. 104 da Lei 
8.213/91, conforme segue: 
Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, 
observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data: 
Cintia
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PAULO
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I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em perícia 
médica a cargo da Previdência Social; ou 
II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento 
das seqüelas do acidente. 
(Destaques Nossos). 
Como vimos, o prazo de prescrição para ajuizar ação referente à prestação por acidente 
de trabalho é de 5 anos (e não de 10 anos). Outrossim, nos casos em que seja reconhecida 
a incapacidade permanente ou o agravamento das sequelas do acidente, o prazo de 
prescrição é contado da data em que for reconhecida pela Previdência Social tal 
incapacidade permanente ou agravamento das sequelas (e não da data do acidente). 
Sendo assim, podemos concluir que, para a situação exposta pelo examinador, a assertiva 
está incorreta. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
(FCC – Auditor – TCE/AM – 2015). Medusa pretende ajuizar ação referente à 
prestação por acidente de trabalho, prevista no regime geral. Neste caso, o prazo 
prescricional para ajuizar ação judicial é de: 
 
a) dez anos, contados da data do acidente, quando dele resultar incapacidade 
temporária, verificada em perícia médica a cargo da Previdência Social. 
b) cinco anos, contados da data do indeferimento do pedido junto ao órgão 
previdenciário. 
c) cinco anos, contados da data em que for reconhecida pela Previdência Social a 
incapacidade permanente ou o agravamento das sequelas do acidente. 
d) dois anos, contados da data do acidente, seja em caso de incapacidade temporária 
ou permanente. 
e) cinco anos, contados da data do acidente em caso de incapacidade temporária, e 
dez anos, contados da data do acidente em caso de incapacidade permanente. 
 
COMENTÁRIOS: 
PAULO
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A resposta dessa questão virá da leitura atenta do art. 104 da Lei 8.213/91: 
Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, 
observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data: 
I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em perícia 
médica a cargo da Previdência Social; ou 
II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento 
das sequelas do acidente. 
 
Vamos às assertivas: 
a) dez anos, contados da data do acidente, quando dele resultar incapacidade temporária, 
verificada em perícia médica a cargo da Previdência Social. 
Incorreto, o prazo é de 5 anos conforme podemos ver no artigo transcrito acima. 
b) cinco anos, contados da data do indeferimento do pedido junto ao órgão previdenciário. 
Incorreta, pois o prazo começa a ser contado da data do acidente ou em que for 
reconhecida a incapacidade permanente ou agravamento das sequelas pela Previdência 
Social, conforme podemos ver no artigo transcrito acima. 
 
c) cinco anos, contados da data em que for reconhecida pela Previdência Social a 
incapacidade permanente ou o agravamento das sequelas do acidente. 
Correta, conforme podemos conferir no artigo transcrito acima. 
 
d) dois anos, contados da data do acidente, seja em caso de incapacidade temporária ou 
permanente. 
Incorreta, o prazo é de 5 anos. 
 
e) cinco anos, contados da data do acidente em caso de incapacidade temporária, e dez 
anos, contados da data do acidente emcaso de incapacidade permanente. 
Incorreta, o prazo é de 5 anos em ambos os casos. 
 
Gabarito: C. 
 
 
 
 
 
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(FCC - Procurador de Contas - TCE-CE – 2015). A prescrição e a decadência são 
institutos que tratam dos efeitos gerados pelo decurso de tempo nas relações 
jurídicas em geral. No que tange a sua aplicação na Seguridade Social, nos termos da 
legislação pertinente, tem-se que o: 
a) segurado ou dependente, como regra, tem o prazo de dez anos, para pleitear a 
revisão do ato de concessão de benefícios. 
b) contribuinte terá o prazo de dez anos para pleitear a restituição ou compensação, 
sempre contado da data do pagamento do recolhimento indevido. 
c) prazo de prescrição das ações referentes a prestações previdenciárias por acidente 
de trabalho será de quinze anos, contados da data do acidente quando dele resultar 
a morte. 
d) direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis a seus beneficiários prescreve em cinco anos, sem qualquer 
exceção. 
e) prazo prescricional das ações referentes a prestações por acidente de trabalho será 
contado da data em que for reconhecida pela Previdência Social a incapacidade 
temporária e neste caso o prazo será reduzido para dois anos. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos às assertivas, avaliando as peculiaridades dos prazos de decadência e prescrição, 
bem como os embasamentos legais: 
 
a) segurado ou dependente, como regra, tem o prazo de dez anos, para pleitear a revisão 
do ato de concessão de benefícios. 
Correta, conforme podemos ver no art. 103 da Lei 8.213/91: 
 
Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou 
beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês 
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar 
conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. 
(Destaques Nossos). 
 
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b) contribuinte terá o prazo de dez anos para pleitear a restituição ou compensação, 
sempre contado da data do pagamento do recolhimento indevido. 
Incorreta, pois o prazo é de cinco anos e não dez anos. Além disso, o prazo não será sempre 
contado da data do pagamento do recolhimento indevido, conforme podemos verificar no 
art. 253 do Regulamento da Previdência Social – RPS abaixo: 
 
Art. 253. O direito de pleitear restituição ou de realizar compensação de contribuições ou de outras 
importâncias extingue-se em cinco anos, contados da data: 
I - do pagamento ou recolhimento indevido; ou 
II - em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a sentença judicial que 
tenha reformado, anulado ou revogado a decisão condenatória. 
 
c) prazo de prescrição das ações referentes a prestações previdenciárias por acidente de 
trabalho será de quinze anos, contados da data do acidente quando dele resultar a morte. 
Incorreta, conforme podemos ver no Art. 104 da Lei 8.213/91: 
 
Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, 
observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data: 
I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em perícia 
médica a cargo da Previdência Social; ou 
II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento 
das sequelas do acidente. 
(Destaques Nossos) 
 
d) direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis a seus beneficiários prescreve em cinco anos, sem qualquer exceção. 
Incorreta, conforme podemos ver no art. 103 da Lei 8.213/91: 
Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé. 
(...) 
(Destaque Nosso). 
 
 
 
 
 
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Como podemos perceber, a presente assertiva apresenta três erros, conforme segue: 
Primeiro erro: o prazo em questão não é de prescrição, mas de decadência; 
Segundo erro: o prazo decadencial em questão não é de 5 anos, mas de 10 anos; 
Terceiro erro: Existe exceção para a regra da presente assertiva, no caso de comprovada 
má-fé. 
 
e) prazo prescricional das ações referentes a prestações por acidente de trabalho será 
contado da data em que for reconhecida pela Previdência Social a incapacidade 
temporária e neste caso o prazo será reduzido para dois anos. 
Incorreta, pois temos duas datas para início da contagem do prazo prescricional, nas ações 
referentes à prestação por acidente do trabalho, além de não ter previsão de redução para 
dois anos em caso de incapacidade temporária, conforme podemos ver no Art. 104 da Lei 
8.213/91: 
 
Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, 
observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data: 
I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em perícia 
médica a cargo da Previdência Social; ou 
II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento 
das sequelas do acidente. 
(Destaque Nosso). 
 
Gabarito: A. 
 
(FCC - Procurador Judicial – Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco – 2014). 
Considerando os prazos decadenciais e prescricionais relacionados aos benefícios 
previdenciários, é correto afirmar: 
 
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a) As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 10 anos, 
contados da data do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade 
temporária, verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência Social. 
b) No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da 
percepção do primeiro pagamento. 
c) Prescreve em dez anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e 
qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças 
devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na 
forma do Código Civil. 
d) O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em cinco anos, contados da data 
em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
e) É de cinco anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do 
segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar 
do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando 
for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no 
âmbito administrativo. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos às assertivas, bem como suas peculiaridades no que tange este tema e suas bases 
legais: 
 
a) As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 10 anos, 
contados da data do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, 
verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência Social. 
Incorreto, pois conforme podemos verificar no Art. 104 da Lei 8.213/91, o prazo é sempre 
de 5 anos. 
Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, 
observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data: 
I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em perícia 
médica a cargo da Previdência Social; ou 
II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento 
das seqüelas do acidente. 
(Destaques Nossos). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm
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b) No caso de efeitos patrimoniais

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