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O Plano de Marketing em Nutrição

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Descrição
A exploração dos principais passos referentes à elaboração de um plano de marketing como roteiro para fortalecimento de uma marca, de um produto ou de um serviço direcionado para nutrição. 
PROPÓSITO
A compreensão de todos os passos, bem como a execução adequada de um plano de marketing por profissionais nutricionistas é essencial para aqueles que buscam se colocar no mercado através de empresas focadas no segmento de nutrição e alimentação.
OBJETIVOS
Módulo 1
Reconhecer a importância e a aplicação de todas as etapas do plano de marketing em nutrição e a atuação do nutricionista no processo
Módulo 2
Identificar as melhores maneiras de se traçar objetivos de marketing em nutrição para um problema a ser solucionado e qual o papel do nutricionista no processo
Módulo 3
Descrever as formas de elaboração dos planos de marketing em nutrição para alcançar os objetivos determinados
Introdução
Como em qualquer cenário onde é indispensável a venda de um serviço/produto, o plano de marketing em nutrição é a formalização do que se aprendeu sobre o mercado a ser explorado, indicando como a companhia planeja atingir seus objetivos de marketing e ajuda no direcionamento e na coordenação do seu esforço. 
Os planos de marketing em nutrição estão se tornando mais orientados pelos clientes e pelos concorrentes cada vez mais sofisticados. A idealização do plano está se transformando em um processo sucessivo para responder às rápidas mudanças do mercado de nutrição e de alimentação, sendo que o profissional nutricionista nesse contexto consegue ter uma visão técnico-estratégica que ajuda na compreensão dos dados de mercado e dos próximos passos a serem seguidos a partir de determinado produto/serviço. 
Muitas vezes, os principais problemas dos planos de marketing estão em ações que beiram o irreal, por meio de avaliação competitiva insuficiente e esforços direcionados em prazos curtos. Nos módulos a seguir, conheceremos a importância do planejamento através de informações de mercado fidedignas, para que haja clareza dos cenários a serem explorados, bem como a importância de se entregar valor ao consumidor de forma planejada e, ainda, como medir os resultados de toda implementação do conteúdo executado. 
MÓDULO 1 
Reconhecer a importância e a aplicação de todas as etapas do plano de marketing em nutrição e a atuação do nutricionista no processo
A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS SITUAÇÕES
Todo e qualquer plano de marketing precisa apoiar o fortalecimento de uma marca, entregando o produto/serviço para os clientes de forma sustentável. O plano de marketing nunca deve ser formatado sem planejamento prévio e sem conhecimento do mercado onde esse produto/serviço irá fazer parte.
Foto: Shutterstock.com 
Captar um insight do consumidor e entender suas implicações de marketing podem levar um lançamento de produto ao sucesso ou estimular de forma consistente o crescimento de uma marca.
Nesse quesito, é necessário que o profissional nutricionista, no contexto do marketing, esteja atento às macrotendências que influenciarão as bebidas e os alimentos em todo o mundo. Destacam-se, portanto, pontos como: nostalgia (em decorrência da pandemia, muitos consumidores estão em busca de bebidas e alimentos que possuam sabor mais reconfortante), sabores inovadores e saudabilidade.
Saudabilidade
Trazem saúde.
Um exemplo que podemos explorar no nicho de saudabilidade é o mercado de iogurtes, com grandes empresas concorrendo pela preferência e pelo foco dos consumidores. Dentre tantas opções de iogurtes, reconhecer e valorizar um atributo do produto e conseguir explorá-lo para trazer diferenciação junto à concorrência é fundamental.
Foto: Shutterstock.com 
Exemplo 
A chegada no Brasil de uma categoria de iogurtes há mais de quinze anos que continua em expansão: os iogurtes funcionais. Além de servir de lanche ou de sobremesa para muitos brasileiros, esse tipo de iogurte explora profundamente o papel dos probióticos na saúde intestinal, considerando seu consumo regular.
No entanto, não basta desenvolver ou apenas buscar um diferencial para ser explorado sem uma análise profunda do ambiente/cenário onde os produtos/serviços serão comercializados. É fundamental elaborar e oferecê-los para os mercados-alvo de forma bem definida. Esse espectro mais direcionado coloca o marketing no começo do planejamento de um novo produto/serviço. Isto é, ao invés de apenas reforçar a execução e a venda, as empresas começaram a ponderar como parte da metodologia a entrega de valor dentro do segmento de alimentação e nutrição, onde o processo de entrega de valor está se tornando cada vez mais importante, devido à alta competitividade nesses segmentos. 
PREÇO VERSUS VALOR
É muito claro que, ao pensarmos em um plano de marketing em nutrição, é fundamental exaltar e reforçar o valor dos produtos/serviços comercializados.
Imagem: Shutterstock.com 
Preço
É o que o cliente paga.
Imagem: Shutterstock.com 
Valor
É o que o cliente leva. 
É preciso demonstrar as características e o mais importante, os benefícios que seu produto promete, para que ocorra a construção do valor do seu produto a cada cliente. Obviamente, os clientes compram pelo valor percebido e não simplesmente pelas características do produto. Um grande exemplo da questão do valor percebido são os alimentos orgânicos, que, apesar de serem mais caros que os alimentos convencionais, há um valor percebido pelos consumidores, os quais passam a gastar mais para adquirir o produto. 
É necessária, portanto, a criação de um conjunto de valores que atraia o interesse do comprador, que, em troca, vai gastar dinheiro, tempo e energia a fim de adquirir e consumir tais produtos/serviços.
Por esse motivo, é fundamental entender quais serão os valores que mais condizem com o segmento/público-alvo a ser explorado.
Ou seja: é preciso realizar um pré-trabalho para compreender em profundidade: qual segmento do mercado será explorado, como está o cenário atual (se existem competidores, se é um nicho de mercado que ainda não foi explorado, etc.) e qual a potencialidade desse mercado. 
Com base nessas informações, é possível selecionar o mercado-alvo mais interessante e adequado para desenvolver todo o posicionamento do produto a ser lançado/reposicionado. Dessa maneira, é possível ter mais direcionamento ao levar em consideração alguns atributos dos produtos/serviços a serem comercializados e, assim, convertê-los em benefícios que façam sentido para o mercado-alvo selecionado. 
 
Temos, por exemplo, o grande crescimento do chamado plant-based ou produtos vegetarianos/veganos. Com a tendência crescente à escolha desse tipo de produto pelos consumidores (cenário atual), é preciso entender: em qual dos segmentos (bebidas, suplementos desportivos, etc.) se espera participar; se já existe concorrência (e como esta já atua no segmento escolhido) e como está a potencialidade desse mercado.
Nesse cenário, é questionado se a troca de alimentos de origem animal por alimentos de origem vegetal pelos clientes é algo passageiro, uma moda, ou se é uma tendência que veio para ficar. Tudo indica que existe um crescente desejo dos indivíduos em se relacionar com o planeta e com os animais de maneira mais justa, sendo nesse ponto que o profissional da nutrição, junto ao marketing, pode fazer diferença.
O conhecimento profundo dos nutrientes e das necessidades nutricionais da população faz com que o nutricionista possa apoiar na diferenciação dos produtos, de forma a atender às necessidades de saudabilidade, junto ao mercado vegetariano/vegano. Alimentos sem resíduos animais, com nutrientes essenciais em quantidades adequadas, sem gordura saturada advinda dos alimentos de origem animal, podem ser explorados por nutricionistas. 
Dessa forma, é fundamental o apoio do nutricionista na área de pesquisa e de desenvolvimento, de modo a entender qual seria a combinação mais adequada de nutrientes para a elaboração de um novo produto vegano, perpassando por sua atuação junto ao departamento regulatório (elaboração de rotulagem dos alimentos) e,por fim, em marketing. Nesse último, no que diz respeito à exploração dos dizeres da embalagem – claims –, de forma mais vendedora possível. 
Resumindo 
Em resumo: a participação do nutricionista na indústria alimentícia e de bebidas, em seus diversos segmentos, pode ser realizada em inúmeras áreas, agregando valor em todas as etapas de elaboração e de lançamento de um produto. 
ETAPAS DE UM PLANO DE MARKETING EM NUTRIÇÃO
Um plano de marketing em nutrição possui duas fases: 
Estratégica
Tática
Enquanto o plano estratégico estabelece o que chamamos de “mercados-alvo” e a proposta de valor a ser ofertada com base em uma análise das melhores brechas do negócio, o plano tático explicita as ações operacionais a serem executadas. 
Existem diversos padrões de planos de marketing que englobam os aspectos estratégicos e táticos, mas, via de regra, um plano de marketing apresenta as seguintes divisões: 
Sumário e resumo executivo
O plano deve conter um sumário e um resumo conciso das principais recomendações e finalidades.
Análise situacional
Dados fundamentais sobre vendas, custos, mercado, concorrência e várias forças do macroambiente (aspectos demográficos, econômicos, culturais, tecnológicos, por exemplo). Como delimitamos o mercado, qual a sua dimensão e com que celeridade está ganhando corpo? Quais são as tendências proeminentes e as questões críticas? Esses dados serão usados para uma análise SWOT. 
Análise do ambiente interno/produto
Análise da própria marca, considerando os 4Ps do marketing, bem como instalações internas, qualidade de atendimento, por exemplo para uma avaliação as competências em uma análise SWOT.
Análise SWOT: avaliação de competências e análise dos cenários
Reunião das informações levantadas nas etapas anteriores – forças e fraquezas do produto ou da empresa, ameaças e oportunidades, onde esses últimos consideram toda a avaliação do macro e do microambiente (mercado, concorrentes, público-alvo, etc.).
Objetivos e metas de marketing
Podem relacionar quaisquer áreas do marketing, como lançamento de um produto/serviço, ativamento ou retomada de imagem, aumento das vendas e market share.
Estratégias de marketing
Onde são traçadas as estratégias, considerando os 4Ps do marketing para acolher os objetivos que foram estabelecidos.
Planos de ação (tático-operacionais)
Delimitam como a estratégia de marketing será implementada.
Orçamento (budget) e cronogramas
Planejamento para alocação dos recursos financeiros, que podem já terem sido pré-determinados pela companhia. É importante que a alocação dos recursos ocorra de maneira cronológica e considere quais atividades são essenciais para a execução do plano elaborado.
Avaliação e controle
Todas as atividades do plano de marketing precisam ser aptas para mensuração por indicadores-chave de desempenho (ou os chamados KPIs – Key Performance Indicator).
Sumário e resumo executivo
A elaboração do sumário e resumo executivo é a última tarefa a ser realizada, pois contempla todos os pontos fundamentais que serão abordados ao longo do plano a seguir. É uma visão geral sobre o plano, de maneira que quem leia, entenda o que determinou sua elaboração.
 
É importante que se consiga endereçar de forma clara e concisa o que se analisou do mercado e do cenário atual, e como será o posicionamento de produtos/marcas que irão se desenvolver. Com isso, a declaração dos objetivos e metas, pilares estratégicos, pilares táticos e budget complementam o exercício. 
Análise situacional
Para endereçarmos um produto/serviço como “solução” para os clientes potenciais, é fundamental que haja uma análise do ambiente competitivo. Nesta etapa do plano, busca-se avaliar toda e qualquer variável do macroambiente e os impactos que possam exercer sobre produto ou empresa. As variáveis do macroambiente são: 
Tecnológicas
Econômicas
Sociais e culturais
Políticas
Demográficas
Naturais
Vale ressaltar que os acontecimentos nas variáveis do macroambiente, inicialmente, são neutros, já que afetam a sociedade como um todo, sendo que um mesmo fato pode afetar positivamente alguns negócios, mas, negativamente, outros. Um exemplo que se pode citar é o impacto da pandemia causada pelo coronavírus nos mais diversos segmentos da sociedade. Situação que pôde trazer oportunidades de crescimento ou de adaptação de negócio.
Imagem: Shutterstock.com 
Uma oportunidade explorada na pandemia foram os produtos direcionados a pacientes entubados em terapia intensiva, como é o caso das dietas enterais para pacientes graves.
Imagem: Shutterstock.com 
Por outro lado, a retração de alguns mercados (como os restaurantes por quilo direcionados ao público de empresas e escritórios) faz com que seja necessária uma série de reflexões sobre o futuro desse mercado e como mitigar os prejuízos, buscando novas oportunidades. 
O objetivo dessa etapa do plano de marketing é buscar todas as variáveis que possam ser ameaças e oportunidades para empresa/produto/serviço, de modo a utilizá-las na análise SWOT.
Um ponto importante para mencionar é que, durante a análise do impacto das variáveis do macroambiente sobre determinado produto/negócio, podemos encontrar algumas variáveis que não afetam o negócio/mercado a ser explorado. A demografia pode não fazer diferença por não causar impacto para produtos que atendam a consumidores de todas as idades. No entanto, dependendo do produto a ser comercializado, a demografia é fundamental. Um exemplo, nesse caso, é o mercado de fórmulas infantis: saber e entender o comportamento do número de nascidos vivos em determinado país ou região (além da evolução da taxa de natalidade) ajuda a determinar o potencial e o crescimento desse segmento, clarificando também algumas oportunidades que podem ser exploradas, como é o caso de compostos lácteos para crianças em fase pré-escolar. 
Ao abordarmos o mercado a ser trabalhado, exploramos também a análise do microambiente:
Imagem: Shutterstock.com 
Mercado
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Concorrência
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Público-alvo
O mercado, nesse caso, refere-se ao mercado de atuação do produto ou da empresa: mercado de nutrição enteral, mercado de suplementos desportivos, mercado de alimentos veganos, etc. O objetivo é a realização de uma análise quantitativa das atuais tendências do mercado foco, com base em dados reais.
Atenção
A retenção de informações amplas e atuais sobre as tendências do macroambiente e os efeitos do microambiente característicos para o seu negócio é fundamental. Dessa maneira, será assertiva a análise da situação ou do cenário, bem como a observação de oportunidades para marca/produto/serviço, com fontes fidedignas de informação, a fim de melhor compreender não somente o mercado, mas também a concorrência. 
 
Pesquisas de mercado
A pesquisa de informações de macro e microambientes precisa ser realizada de forma profunda, com bases de dados que tenham credibilidade. Afinal, é com base nesse conhecimento que as oportunidades de expansão de mercado ou de lançamento de produtos são originadas.
Vejamos quais são as pesquisas necessárias:
Vendas totais do mercado
Estes dados informam sobre a atratividade de determinado mercado em termos de volume. Tais elementos, assim como os demais dados explorados a seguir, podem ser adquiridos através de empresas especializadas em pesquisas de mercado, tais quais: IQVIA, Close-Up (mercado de nutrição enteral e suplementação oral), Nielsen, Kantar, IPSOS, Euromonitor, KPMG, Mind Miners, etc.
Vendas do mercado por região
Estes dados podem apoiar na decisão das regiões onde o mercado pode ser melhor explorado ou reconsiderado.
Vendas do mercado por segmento
Informações sobre os segmentos do mercado com maiores e menores volumes de vendas. Aqui, a segmentação pode ser demográfica, geográfica, comportamental e psicográfica (estilo de vida, características psicológicas, etc.). Considerando o exemplo citado acima, podemos incluir no estilo de vida o segmento de veganos, vegetarianos e flexitarianos (pessoas que reduzem o consumo de alimentos de origem animal). 
Principais concorrentesdo mercado e suas participações (market share)
Sabendo quem são os principais players (empresas atuantes) de determinado mercado, pode-se analisar o tipo de concorrência (poucos concorrentes, concorrentes locais ou multinacionais, concorrência acirrada) capaz de apresentar ameaças ou oportunidades para os produtos da empresa.
Sazonalidade de vendas
Quando existe, normalmente, representa ameaças e pode indicar a necessidade de ações compensatórias no plano de marketing, como é o caso da venda de sorvetes no inverno.
Cruzamentos ou cross-selling
A venda cruzada é a venda de produtos que se relacionam com o produto em questão. Exemplo: venda de nutrição enteral e venda de sondas, equipos ou bombas de infusão. Entender quais tipos de produtos podem ser usados em ações de cruzamento podem indicar oportunidades estratégicas para um mix de produtos ou de parcerias com outras empresas. 
Um exemplo para ilustrar a importância desses dados mais abrangentes e fidedignos pode ser observado no caso sobre o aumento do consumo de produtos lácteos na pandemia. Se estamos elaborando um plano de marketing para iogurtes funcionais de uma empresa multinacional, é necessário que se compreenda como está o comportamento do consumidor frente ao cenário pandêmico e frente ao mercado competitivo. Seguem alguns dados:
Alguns dados do comportamento do consumidor na pandemia do coronavírus 
	De acordo com análise realizada pela consultoria Nielsen, a venda de derivados de leite cresceu 5,3% nos primeiros seis meses de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior. 
	De acordo com os dados pesquisados pela Embrapa Gado de Leite, o começo da pandemia chegou a provocar preocupação, já que o setor de food service representa aproximadamente 10% das vendas de leite no Brasil. No entanto, as pessoas passaram a consumir os produtos em casa, o que gerou uma “corrida aos supermercados”, compensando esse primeiro impacto da pandemia. Acredita-se também que o Auxílio Emergencial do governo tenha colaborado para a ampliação do consumo. 
	O estudo da Kantar Brand Footprint, com base em pesquisa realizada com 74% da população mundial, reforçou o poder das marcas locais/regionais, que compõem 65,9% dos produtos consumidos. A escolha pelas marcas mundiais ficou ao redor de 34,1%. Na categoria de lácteos, a Italac ocupa a liderança do ranking, com participação em 80% dos lares do Brasil. 
Auxílio Emergencial
O Auxílio Emergencial foi uma benfeitoria estabelecida no Brasil pela Lei de nº 13.982/2020, que, inicialmente, anteviu o repasse de 600 reais por mês a trabalhadores de baixa renda e informais, microempreendedores e contribuintes individuais do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), para aqueles que perderam a renda devido às restrições impostas pela pandemia do coronavírus.
Fonte: Ministério da Cidadania, 2021. 
 
 
Análise da concorrência
Concorrentes são ofertas e substitutos verdadeiros ou possíveis do produto/marca que o consumidor-foco pode ponderar. A análise dos concorrentes ajuda na compreensão sobre prováveis oportunidades e ameaças para o produto/empresa. Uma força do seu competidor pode representar uma ameaça para seu produto/empresa; por outro lado, uma fraqueza do seu concorrente pode significar uma oportunidade. 
É preciso analisar os seguintes pontos da concorrência:
Quais são os principais concorrentes
É necessário identificar pelo menos três concorrentes, diretos ou indiretos. Exemplo: dependendo do seu público-alvo, para um mercado de iogurtes proteicos prontos para beber, podemos considerar as bebidas lácteas proteicas em embalagens tetra pak e até mesmo os suplementos proteicos em pó destinados aos pacientes idosos. 
Evolução da participação junto ao mercado de cada concorrente por segmento
Apresenta tendências que podem ser indicativos de ameaças ou oportunidades para o produto ou para a empresa. Exemplo: uma empresa produtora de whey protein (proteína do soro do leite) para praticantes de exercícios e atletas está verificando o crescimento acelerado de vendas da concorrência focada em módulos de proteína plant-based (ou módulos vegetarianos/veganos).
Estratégia de cada concorrente por área/segmento
Apresenta informações estratégicas valiosas sobre suas possíveis forças e fraquezas. Exemplo: busca e uso de influenciadores digitais para divulgação de marca/formas de uso do produto. 
Imagem de cada concorrente em meio ao público-alvo
Esta informação é especialmente interessante para explorar oportunidades e ameaças em relação ao posicionamento e ao branding do produto. Esse tipo de informação é adquirido através de pesquisas de mercado. 
Forças e fraquezas de cada concorrente
A avaliação das forças e fraquezas dos concorrentes é fundamental para que sejam verificadas ameaças e oportunidades iminentes. Exemplo: concorrência pode ter uma bebida com apelo saudável (sem ingredientes de origem animal) em tetra pak e sem o canudinho de plástico, o que está em linha com as últimas tendências de proteção ao meio ambiente e melhor relação dos seres humanos com o planeta. 
 
Público-alvo
O público-alvo é o foco das iniciativas estratégicas de marketing em nutrição. Dessa forma, quanto mais se sabe sobre o público-alvo, melhores serão as chances de se desenvolver estratégias apropriadas. 
Destaca-se que o público-alvo é mais abrangente do que somente consumidor final/compradores potenciais. Decisores e influenciadores podem compor o público-alvo: se estamos falando de uma empresa de refeições coletivas, o nutricionista chefe responsável pelas compras pode decidir acerca da aquisição de uma sobremesa pronta das empresas X ou Y. No entanto, os nutricionistas gerentes das unidades e os comensais podem exercer importante influência para a aquisição de um ou de outro item, levando em consideração os mais diversos atributos, como: sabor das sobremesas, apresentação, forma de armazenamento, etc. Em resumo: o público-alvo, nesse caso, não é somente o comensal, os nutricionistas das unidades ou a compradora chefe. Todos são importantes nesse processo. 
É importante analisar o público-alvo a partir de dados reais de estudos de mercado e, quando for aplicável, também por segmento de tal mercado. No caso de encomendas de pesquisas mercadológicas, é essencial haver uma prévia definição de quem será entrevistado. 
As informações necessárias para análise do público-alvo incluem:
Quem é? 
O que quer? 
Onde compra? 
Como compra? 
Como usa? 
Quem é?
A determinação do público-alvo é o primeiro passo estratégico em um plano de marketing em nutrição. Dependendo do mercado onde se atue, é possível ter mais de um tipo de público-alvo. No caso do ambiente de nutrição desportiva ou de nutrição clínica, temos os chamados prescritores (nutricionistas, médicos) e os consumidores (pacientes). Se o produto faz parte do mercado de fórmulas infantis, um dos stakeholders (partes interessadas) é o médico prescritor, além dos pais/responsáveis pela criança e, por fim, o próprio bebê consumidor.
O que quer?
Levantamento das necessidades do público-alvo relacionadas ao produto ou à empresa. Aqui, temos o exemplo da participação do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), junto à coleta dessas informações. Clientes e consumidores buscam ativamente as empresas para reclamações, dúvidas e elogios. A partir desse contato, é possível buscar e entender qual o público que está procurando a empresa e quais são suas “dores” referentes a determinado produto vendido. 
Onde compra?
Dados sobre os locais de compra do seu produto e dos seus competidores fornecem informações importantes. Exemplo: seu concorrente possui um e-commerce(Comércio eletrônico.) desenvolvido através de plataforma própria? É possível comprar on-line e retirar em loja física?
Como compra?
Hábitos de compra do público-alvo (comprar parcelado, à vista, com cartão de crédito) podem trazer informações para serem usadas, tanto no desenvolvimento do produto quanto no preço e na praça. Exemplo: dependendo do hábito de compra do público-alvo, pode ser interessante realizar o lançamento de packs promocionais.Como usa?
Informações sobre os hábitos de uso do produto podem indicar oportunidades, estratégias ou ameaças. Exemplo: embalagens de cereais matinais menores, em sacos, para facilitar o consumo por crianças e evitar desperdício. 
Um exemplo são os produtos para nutrição desportiva. Ao se pensar em atletas ou praticantes de atividade física que fazem uso regular de módulos proteicos, é necessária a realização de uma série de considerações. Possivelmente, esse público consome regularmente, mas a compreensão clara do comportamento desses consumidores se faz por meio de uma definição prévia de público-alvo, através de pesquisa de mercado. 
Com base nessas informações, já existem alguns pontos de reflexão para se elaborar a pesquisa:
A preferência é que seja um produto 100% whey protein (proteína do soro do leite) ou um produto mais barato com outros tipos de proteínas (por exemplo, a caseína)?
Quais são as pessoas que mais influenciam para a escolha de uma marca: amigos, professor de Educação Física, nutricionista prescritora, médico do esporte prescritor?
A fidelidade por determinada marca leva sempre em consideração a prescrição do profissional de saúde que o acompanha ou existem características do produto que podem influenciar na decisão da compra (por exemplo, o sabor)?
A avaliação dos produtos na internet, como nota de usuários, reviews em plataformas, como o YouTube, e os comentários nos sites de compras interferem no processo decisório?
 
Análise do ambiente interno/produto
A avaliação do ambiente interno da empresa (marca, departamentos, funcionários, instalações, qualidade de atendimento, preço, praça, promoção, produto) permite a detecção de forças e fraquezas do nosso próprio produto/serviço, possibilitando uma posterior avaliação dessas competências na matriz SWOT. 
Os levantamentos de informações desenvolvidos nesse momento do plano de marketing em nutrição devem apresentar um retrato da situação atual da empresa/produto. Esses dados mostrarão, após a análise SWOT, o que deverá ser implementado ou revisto nas estratégias dos 4Ps.
Aspectos que precisam ser avaliados:
Produto no mercado
Esta informação apresenta indícios de tendências do produto, sendo que vale entender o comportamento do nosso próprio produto e da concorrência, a fim de se verificar se nossa evolução é maior ou menor do que a evolução da concorrência. Utilizemos mais uma vez o exemplo do mercado plant-based: existe um concorrente direto ou indireto que está performando melhor, com mais vendas e melhor distribuição? O produto possui sabores/apresentações diferentes? Qual o atributo/valor que o concorrente possui como diferenciação?
Estratégia atual
Análise dos 4Ps do marketing em detalhes, onde é preciso realizar um levantamento da situação atual. É importante conhecer todos os aspectos da estratégia que está atualmente implementada, para que, na fase de desenvolvimento das estratégias dos 4Ps, sejam consideradas as alterações ou os ajustes necessários.
Imagem do produto/marca percebida pelo público-alvo
Esta informação pode trazer à tona forças ou fraquezas do produto em relação ao seu posicionamento, inclusive a possível necessidade de adaptações entre o posicionamento almejado e o que de fato foi atingido. Exemplo: o produto plant-based lançado atende às expectativas do público consumidor? Ele compreende e vê valor nos atributos explorados, como sabor, preocupação com o meio ambiente e valor nutricional?
Levantamento financeiro
Apresenta informações sobre a lucratividade, composição dos custos e identificação de maneiras de aumentar a lucratividade. Tais informações podem dar indícios estratégicos para modificar produto/preço/praça, tanto para endereçar situações de baixa lucratividade quanto para melhorar a lucratividade ou o possível aumento de participação no mercado.
Uma coisa é achar ocasiões atrativas; outra é ser capaz de tirar vantagem dessas oportunidades. Todo e qualquer negócio precisa ter a capacidade de entender suas fraquezas e forças internas. Naturalmente, a companhia não necessita ajustar todas as suas fraquezas, muito menos gabar-se de todas as suas forças. O grande ponto é se o negócio deve limitar-se às opções para as quais têm as forças requeridas ou se deve considerar aquelas que podem demandar o encontro ou o desenvolvimento de novas forças, como reestruturação de departamentos para que sejam lançados produtos inovadores, além de reformulação de portfólio para trazer maior foco à inovação. 
Análise SWOT: avaliação de competências e análise dos cenários
A análise SWOT é um método descomplicado e versátil, pois, como abordado anteriormente, averigua o posicionamento estratégico de negócios. Nesta etapa, todas as informações coletadas nas etapas precedentes são reunidas para realização da análise SWOT, termo em inglês que significa:
Imagem: Shutterstock.com 
[S] Forças do produto/empresa
Coletadas na análise do ambiente interno/produto.
Imagem: Shutterstock.com 
[W] Fraquezas do produto/empresa
Obtidas também através da etapa de análise do ambiente interno/produto.
Imagem: Shutterstock.com 
[O] Oportunidades
Informações advindas da coleta e da avaliação do macro e do microambiente.
Imagem: Shutterstock.com 
[T] Ameaças
Também resultantes das avaliações de macro e microambiente. 
Vale lembrar que, apesar da análise SWOT estar sob responsabilidade junto à área de marketing das empresas, para sua construção, toda a equipe precisa fazer parte do processo, uma vez que os funcionários de cada área possuem conhecimento específico sobre as respectivas qualidades e desafios.
Cabe aos profissionais de marketing que atuam em nutrição serem bons para identificar oportunidades, como os exemplos a seguir:
Uma empresa pode se beneficiar de uma tendência de convergência entre os setores e lançar produtos híbridos que sejam inovadores para o mercado 
Dentro do mercado de nutrição enteral, algumas empresas multinacionais atuantes no mercado brasileiro lançaram dispositivos que convertem uma dieta no sistema fechado (utilizada especialmente no ambiente hospitalar) para o sistema aberto (uso na alta hospitalar e no home care). Dessa forma, o prescritor não precisa alterar o tipo de produto entre o período de internação e a alta hospitalar do paciente, trazendo mais share of mind das marcas relacionadas. Aqui, o profissional nutricionista é fundamental para apoiar nas estratégias de exploração de mensagem, através da explanação clara das características e dos benefícios desses dispositivos, trazendo uma vantagem competitiva associada à melhoria da rotina do profissional no ambiente hospitalar/home care.
Share of mind
Maneira de fixar uma marca (produto, empresa) na memória do consumidor ou público em geral.
Uma empresa pode tornar o método de compra mais favorável ou eficiente 
Atualmente, com a evolução do e-commerce, não basta apenas estar presente na internet. A experiência do usuário precisa ser efetiva e precisa atender às suas mais diferentes necessidades, como: realizar uma compra com poucos cliques através de uma plataforma simples e intuitiva; comprar através da internet e buscar na loja física, ou receber o produto mediante logística eficiente.
Exemplo: entendendo claramente as necessidades de um paciente que precisa adquirir nutrição enteral para ambiente domiciliar, o nutricionista, atuando em marketing junto a um ponto de venda que comercializa dietas enterais e suplementos, consegue antever alguns cenários e pode ajudar a mitigá-los, como é o caso da implementação de uma experiência de compra mais eficiente nesse segmento.
O nutricionista pode auxiliar no plano de melhorias de entrega e logística das dietas enterais e suplementos desse ponto de venda, pois compreende a importância da realização de atendimento em feriados e finais de semana (ocasiões em que pode ocorrer a alta hospitalar de pacientes com dieta enteral e sua necessidade de aquisição em dias não úteis), bem como implementação de uma logística eficiente para esses pacientes. O próprio nutricionista, atuando como marketing, entende que umprofissional da mesma classe pode ser contratado para agregar valor ao serviço, sanando as dúvidas de pacientes e cuidadores no processo de alta hospitalar e manutenção de dieta ou suplementação em ambiente domiciliar. 
Uma empresa pode atender às necessidades dos consumidores por mais informações e orientação 
Muitas lojas de produtos naturais, lojas de suplementos nutricionais desportivos ou pontos de venda de dietas enterais e suplementos orais possuem nutricionistas enquanto funcionários para apoiar e orientar os clientes, com edificação de um relacionamento de confiança com os pacientes/consumidores.
Uma empresa pode lançar um recurso 
Dentro do mercado de nutrição enteral, a Prodiet, empresa brasileira, lançou o Zappar, um aplicativo de realidade aumentada que ensina os pacientes a como fazer uso dos produtos em ambiente domiciliar.
Compete também aos profissionais de marketing identificar, analisar e adaptar suas estratégias a diferentes cenários de mercado. Uma ameaça ambiental é um desafio atribuído a uma tendência ou a um acontecimento adverso, que, na carência de ações defensivas de marketing, levaria a níveis mais baixos de vendas ou lucros.
Exemplo 
Um excelente exemplo para esse caso é a pandemia de covid-19, que assolou o mundo. As empresas, de uma forma geral, tiveram de ter muita agilidade para trazer modelos adaptados de negócio que iam de encontro à nova realidade de isolamento social, como é o caso de restaurantes e lanchonetes que tiveram de se adaptar rapidamente ao mercado delivery. 
Vale ressaltar que a detecção de oportunidades e ameaças é o produto resultado de vários estudos – aqui, destaca-se a importância de pesquisas de mercado.
Quanto mais acurada a percepção e mais efetiva a visão sistêmica do gestor em nutrição, mais diferenciada e substanciosa será a definição de oportunidades e ameaças. É importante mencionar que a identificação das ameaças e das oportunidades propicia à empresa bases mais efetivas para a determinação dos objetivos/metas, e o levantamento dos pontos fortes e fracos apoia a definição das estratégias.
De volta ao exemplo de iogurtes funcionais, vamos imaginar que a estratégia da empresa multinacional seja aumentar as vendas pela maior penetração no mercado do Nordeste. Após pesquisas e compreensão profunda do mercado (vendas totais, concorrentes regionais, sazonalidade de vendas, etc.) e do público-alvo, definiu-se com clareza que, frente às análises dos produtos e da capacidade produtiva e de logística, era possível aumentar a participação no mercado nordestino.
As pesquisas de mercado reforçam a justificativa para essa estratégia, já que o consumo per capita de iogurtes no Brasil está aumentando e muitas pessoas (em especial, das classes A e B) buscam uma vida com mais saudabilidade através da alimentação. 
Após um estudo detalhado, chegou-se à seguinte matriz SWOT:
	
	POSITIVO
	NEGATIVO
	ORIGEM INTERNA 
	FORÇAS: 
	Reconhecimento mundial. 
	Qualidade dos produtos reconhecida pelo público-alvo. 
	P&D avançado para lançamento de produtos funcionais. 
	FRAQUEZAS: 
	Expansão do mercado nas classes C, D e E da sociedade. 
	Distribuição por canais indiretos (distribuidores). 
	Presença somente na Bahia de toda região Nordeste. 
	ORIGEM EXTERNA 
	OPORTUNIDADES: 
	Logística e distribuição para regiões distantes do Sudeste do Brasil. 
	AMEAÇAS: 
	Alta participação de empresas regionais. 
	Custos mais baixos das empresas regionais. 
	Produtos funcionais (como leite fermentado) que podem substituir o iogurte. 
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Um exemplo prático da atuação do Nutricionista com base na análise SWOT 
O especialista Danilo Prazeres Cunha abordará um exemplo prático da atuação do Nutricionista com base na análise SWOT.
É importante reforçar que a constatação de pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades incidem dos resultados de uma análise ajustada, em que o cenário interno precisa ser aplicado e confrontado com os cenários do ambiente de negócios da empresa. A partir dessa perspectiva, pontos fortes e fracos só podem ser reconhecidos nos contextos em que acontecem e em relação às ameaças e às oportunidades presentes. 
Atenção
Dessa maneira, o que pode ser sinalizado como “força” em um contexto, em outro, pode ser pontuado como ponto fraco. Vale ressaltar que, com essa observação, não se está considerando que “tudo é relativo”, mas, sim, que pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças só podem ser compreendidos em relação uns aos outros. 
Vem que eu te explico
Etapas de um plano de marketing
Etapas de um plano de marketing
Análise SWOT: avaliação de competências e análise dos cenários
Análise SWOT: avaliação de competências e análise dos cenários
Verificando o aprendizado
1. Um dos principais desafios na preparação de um plano de marketing consistente é a análise clara do ambiente para a elaboração dos objetivos, do desenho do plano tático e das ações estratégicas. Para o lançamento de um novo produto para 2022, uma forma de analisarmos o cenário é:
Buscarmos informações baseadas nas opiniões dos funcionários mais antigos da empresa, pois eles possuem expertise para apoiar na tomada de decisão.
Analisarmos o que o concorrente faz para agirmos da mesma forma, pois ele já analisou o mercado e entende quais são as áreas de oportunidades para os produtos comercializados. Com isso, temos economia de tempo e de esforços.
Realizarmos diversos tipos de análises para uma compreensão profunda de diversos aspectos, com o apoio de pesquisas de mercado, como é o caso de: macroambiente, microambiente, público-alvo e concorrência. Uma análise interna também é fundamental para a elaboração de uma análise SWOT e a compreensão de fraquezas, fortalezas, ameaças e oportunidades que podem ser endereçadas no plano de marketing. 
Realizarmos uma análise SWOT detalhada com base no que ocorreu no ano anterior para a correção de desvios e implementação de novas estratégias.
Utilizarmos as pesquisas de mercado, bem como as pesquisas de público-alvo adquiridas em 2018, que estão na base de dados da empresa, juntamente com a análise SWOT para elaboração do plano, já que houve grande investimento de tempo e recursos financeiros que não foram aproveitados na ocasião.
2. Ao executar a análise SWOT, estamos reunindo as informações coletadas para checagem do nosso produto/empresa pela ótica estratégica dos negócios. Dito isso, assinale a alternativa correta:
As fortalezas e as fraquezas de uma análise SWOT consideram a concorrência como foco da avaliação.
As oportunidades são analisadas no item “O” da SWOT e estão relacionadas com as análises internas da empresa e do produto promovido.
A realização da análise SWOT é resultado da profunda avaliação do ambiente interno e do produto/serviço promovido.
A análise SWOT deve considerar uma análise combinada de macroambiente, microambiente e ambiente interno/produto, pois o cenário interno da empresa precisa ser comparado com o ambiente de negócios e com a concorrência. Dessa maneira, pontos fortes e fracos só podem ser analisados em situações relacionadas às oportunidades e às ameaças observadas no meio externo.
A análise SWOT é a primeira etapa analítica de um plano de marketing, pois é a partir da análise SWOT que se determina quais serão as análises de ambiente externo que devem ser realizadas.
Gabarito
1. Um dos principais desafios na preparação de um plano de marketing consistente é a análise clara do ambiente para a elaboração dos objetivos, do desenho do plano tático e das ações estratégicas. Para o lançamento de um novo produto para 2022, uma forma de analisarmos o cenário é:
A alternativa "C " está correta.
Para a preparação de qualquer plano de marketing, é essencial que haja um estudo profundo e atualizado de macro e microambientes, público-alvo e concorrência, além da análise interna do produto e da própria empresa. Esse estudo só pode ser realizado com base em informações atuais e coletadas por fontes idôneas, sendo que, no contexto, destacam-seas pesquisas de mercado para suportar tais análises.
2. Ao executar a análise SWOT, estamos reunindo as informações coletadas para checagem do nosso produto/empresa pela ótica estratégica dos negócios. Dito isso, assinale a alternativa correta:
A alternativa "D " está correta.
A análise SWOT traz de forma gráfica simples a reunião das informações previamente coletadas do ambiente externo (macroambiente e microambiente – mercado, concorrência, público-alvo) e do ambiente interno (marca, departamentos, instalações, 4Ps do marketing). Essas informações possibilitam a detecção de forças e fraquezas da empresa (ou do produto) e as ameaças e as oportunidades, quando avaliadas de forma conjunta e sobreposta.
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MÓDULO 2 
Identificar as melhores maneiras de se traçar objetivos de marketing em nutrição para um problema a ser solucionado e qual o papel do nutricionista no processo
ETAPAS DE UM PLANO DE MARKETING EM NUTRIÇÃO
Ainda sobre as etapas de um plano de marketing, começaremos detalhando a etapa “objetivos de metas de marketing”.
Objetivos e metas de marketing
A definição de objetivos e metas de marketing em nutrição é a fase que marca efetivamente o começo do planejamento estratégico orientado ao mercado, pois passa a definir, de forma clara, qual a finalidade da empresa, além de determinar onde e quando ela quer chegar. Essa atuação se dá por meio do estabelecimento de objetivos e metas a serem buscadas pela empresa. 
Quando os responsáveis pelo planejamento estratégico fazem um trabalho minucioso de análise de micro e de macroambientes, articulando todas essas informações ao SWOT e operando com o máximo de possibilidades, a empresa dispõe de um conhecimento acumulado de informações importantes a respeito de alguns elementos, como:
Própria empresa
Fornecedores e parceiros
Clientes e mercado em que se encontra
Concorrência e ambiente ao seu redor
A partir desses pressupostos, surgem infinitas possibilidades diante da equipe de planejamento, gerando um turbilhão de articulações nesse conjunto de interesses que podem ser estabelecidos.
Se o momento de análise foi devidamente privilegiado, muitos problemas e oportunidades, certamente, surgirão desse processo e, portanto, precisam ser considerados. Para tanto, a equipe precisa levar em conta nesse momento do plano de marketing toda a integração dos pontos fortes e fracos da empresa, as oportunidades e as ameaças do mercado e os campos ambientais de influência que incidem, de forma crítica, configurando as variáveis vitais para o sucesso dos objetivos e das metas. 
Dentro desse contexto de análise e planejamento mercadológico, raras são as empresas e os negócios que optam pelo estabelecimento de um único objetivo, até porque é muito complexo usar um único referencial para toda a organização.
Quer-se dizer que: um plano de marketing em nutrição é desenvolvido quando existem problemas a serem solucionados ou objetivos a serem alcançados no mercado. 
Muitas BUs (sigla em inglês que significa unidades de negócio) buscam um conjunto de objetivos, incluindo, por exemplo: lucratividade, volume e crescimento das vendas, progresso na participação de mercado, retenção de riscos, inovação ou reputação. De fato, um objetivo de marketing pode envolver quaisquer aspectos do ramo, como lançamento e relançamento (fortalecimento ou recuperação de imagem) de um produto, aumento de vendas e de market share, etc.
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Junto com essas variáveis, é fundamental considerar a análise de barreiras do mercado em questão, juntamente com a capacidade da empresa em conseguir superá-las, não deixando de lado o chamado core business, ou seja, a própria razão de ser da empresa (missão e valores), além do escopo que orienta todo o negócio. 
Uma multinacional do mercado de lácteos que deseja expandir de forma robusta seu portfólio de iogurtes, por exemplo, pode até tentar empreender através de diversas frentes, mas não deve se esquecer do estabelecimento de conexões sinérgicas essenciais, como:
Planejamento de produção da fábrica (considerando toda a produção atual).
Planejamento de novos produtos (todo o time de pesquisa e desenvolvimento, time do Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC, time da cozinha experimental, etc.).
Planejamento financeiro (considerando o atual e o novo portfólio a ser desenvolvido).
Planejamento de recursos humanos (equipe suficiente para lançar os novos produtos no tempo determinado).
Planejamento de vendas (ponderar mercado e portfólio atuais para estabelecer o crescimento). 
Atenção
Não é incomum que, em algumas situações, os planejamentos tornem-se conflitantes, suscitando problemas sérios de relacionamento e de disputa de poder entre os diferentes setores da organização. 
Um ponto essencial no estabelecimento dos objetivos é lembrar que nenhum setor de uma organização se sustenta sozinho. Da mesma forma que a participação das demais áreas de uma empresa para apoiar na coleta das informações externas e internas é fundamental, aplicar esse conceito de sinergia entre os departamentos torna-se fator-chave para o sucesso. 
Faz-se necessário, portanto, o estabelecimento de um objetivo geral, que, por sua vez, poderá ser desdobrado em objetivos específicos para cada área envolvida. Por exemplo:
Objetivo geral 
Objetivos específicos (derivados do objetivo geral) 
Objetivo geral
Expandir as atividades da empresa com incremento da participação do mercado de fórmulas infantis.
Objetivos específicos (derivados do objetivo geral)
Melhorar a produtividade das fórmulas infantis X, Y e Z (setor de produção); incrementar as receitas de venda nos grandes distribuidores e farmácias (setor de vendas); aperfeiçoar o relacionamento com os fornecedores de matéria-prima para proteína do soro do leite e mix de vitaminas e minerais (setor de compras); melhorar a imagem institucional (setor de relações públicas), etc. 
Em busca de um resultado relativamente pleno e sem equívocos, o objetivo do plano de marketing pode ser encarado como o conjunto de valores finais a serem obtidos ao longo e ao final de determinado período de planejamento, execução e controle.
Uma vez que ocorre o estabelecimento dos objetivos, é possível realizar a administração. Para que esse sistema funcione, os objetivos previamente determinados precisam ser organizados de forma hierárquica (do mais para o menos importante), o mais quantitativo possível, reduzindo interpretações subjetivas, realistas e consistentes com o negócio e com o mercado a ser trabalhado. 
	Algumas outras escolhas importantes a se considerar incluem:
		Lucro em curto prazo versus lucro em longo prazo. 
	Maior penetração nos mercados atuais ou desenvolvimento de mercados novos. 
	Metas com ou sem lucros e baixo risco versus alto crescimento. 
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Toda escolha realizada requer uma estratégia de marketing diferente. Cabe à equipe multidepartamental apresentar todos os objetivos em uma ordem satisfatória, de forma que se propicie seu devido cumprimento. 
Além da premissa anterior, não se aconselha a elaboração de objetivos que concorram entre si, pois isso pode causar um verdadeiro conflito de decisões estratégicas. Exemplo: ampliar a participação do mercado com o iogurte funcional e aumentar expressivamente o percentual de lucratividade com o mesmo iogurte. Outro exemplo seria acelerar o crescimento do negócio e buscar mercados de baixo risco – que, muitas vezes, possuem baixo potencial de crescimento – ao mesmo tempo.
 
Não podemos deixar de reforçar que balizar o estabelecimento dos objetivos, fundado na síntese das análises, diminui a margem de erro em termos de magnitude, tanto para mais como para menos.
As metas compõem-se na quantificação dos objetivos: aquilo que se ambiciona conseguir em termos de tempo, valor e volume. Essa definição quantitativa é essencial, porque pode ser desdobrada em metas setoriais específicas, além de permitir a aferição periódica dos resultados parciais obtidos. As metas devem ser as maisrealistas possíveis, sem subestimar a capacidade dos concorrentes e sem superestimar o potencial de negócios da empresa.
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Exemplos:
	Aumentar para 42% o market share do Nutri Fitness em 9 meses. 
	Lançar uma nova bebida em tetra pak no mercado vegano para alcançar um volume de vendas de pelo menos R$550 mil em 6 meses. 
	Consolidar a liderança dos produtos focados para UTI no mercado hospitalar, com market share acima de 65%. 
Market Share
O quanto uma empresa participa em relação a vendas de determinado produto.
Conforme observamos acima, a definição de metas a serem alcançadas no final de um período possibilita o estabelecimento de metas intermediárias, que deverão servir de parâmetro para a avaliação constante da evolução dos resultados das estratégias e ações previstas no planejamento. 
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Exemplo:
Alcançar 35% de market share do Nutri Fitness no primeiro semestre, chegando no terceiro trimestre com 42%. 
Tal monitoramento permite à empresa efetivar os devidos ajustes de rota necessários ao longo do tempo. 
Vejamos o fluxograma de definição das estratégias: 
 
Um exemplo prático de uma empresa do ramo alimentício com base nas metas de marketing 
O especialista Danilo Prazeres Cunha abordará um exemplo prático de uma empresa do ramo alimentício com base nas metas de marketing. 
Vale ressaltar aqui uma questão que será melhor abordada no próximo módulo: o alinhamento de objetivos e metas com as estratégias gerais de marketing da empresa. Uma empresa pode perseguir alguns pressupostos para o pensamento estratégico e os objetivos desenhados precisam estar em linha com tais pressupostos. Se a empresa em questão tem como estratégia a diferenciação – por exemplo, ser reconhecida no mercado como uma empresa de produtos premium, elaborados com matéria-prima de qualidade diferenciada e eficácia comprovada –, os objetivos mais importantes precisam estar alinhados com o direcionamento da empresa. 
PAPEL DO NUTRICIONISTA NO ESTABELECIMENTO DOS OBJETIVOS 
Como observamos até o momento, todo o conhecimento prévio do nutricionista é fundamental no estabelecimento de objetivos dentro de um plano de marketing em nutrição.
O conhecimento das patologias, o papel dos nutrientes no corpo humano, a evolução das doenças crônicas não transmissíveis junto à população, bem como os comportamentos e as tendências da sociedade em sua relação com os alimentos auxiliam nas avaliações prévias de cenário e no conhecimento de mercado. Podem, inclusive, ajudar a companhia a estabelecer alguns drivers (caminhos) que podem ser seguidos quando se desenha ou se lança um novo produto para o mercado, ou ainda, quando se reposiciona um já existente. 
Atenção
Todo o conhecimento técnico-científico, aliado ao conhecimento em saúde pública e sociedade em geral, é um grande apoio para a discussão e o estabelecimento desses objetivos em empresas que atuem com nutrição e alimentação, direta ou indiretamente. 
Objetivos e metas no universo digital 
É evidente que as tecnologias digitais estão cada vez mais inseridas em todas as áreas da vida humana moderna (pessoal, social, profissional), impactando a sociedade, a cultura e o modo como estamos vivendo e interagindo com o mundo. As tecnologias digitais penetram cada vez mais as ações humanas, em que o digital passa a ter cada vez mais influência no marketing, o que reflete nos objetivos e metas de qualquer empresa atualmente. Estamos em uma fase na qual a experiência e a interatividade são prioritárias para o sucesso das estratégias de marketing que veremos a seguir. 
 
Portanto, não apenas as grandes empresas precisam se preocupar em melhorar/aumentar a presença digital; as pequenas também precisam se atualizar e acompanhar as tendências mundiais de experiência do consumidor atrelada à tecnologia. 
A mensuração é um dos principais componentes de qualquer estratégia, tanto para abalizar as ações quanto para aferir resultados. Dessa forma, quanto melhor o processo de mensuração, melhor é o desenvolvimento claro de objetivos e metas de um plano de marketing em nutrição. Uma das modificações principais no marketing por conta da introdução das tecnologias digitais se pauta na facilidade de medições que o ambiente digital proporciona.
Para as mídias analógicas tradicionais (revistas, jornais, rádio, TV, etc.), são necessárias metodologias externas para observação e acompanhamento dos resultados (pesquisas de mercado, códigos promocionais nos produtos, etc.).
No mundo digital, o rastreamento dos acessos, a observação dos resultados e o comportamento do usuário são processos nativos, ou seja: são naturais e fazem parte do mundo digital. Dessa forma, não são necessárias metodologias externas para a coleta e a interpretação dos dados, pois o universo digital é totalmente pautado em métricas passíveis de análise.
Com base nessas informações, os objetivos referentes ao plano de marketing em nutrição podem incluir a esfera digital, uma vez que os objetivos digitais podem ser claramente pautados em objetivos “clássicos”, os quais relacionem crescimento nas vendas, inovação, melhoria de reputação.
Imagem: Shutterstock.com 
Exemplo:
	Aumentar o percentual de vendas no ambiente digital para 25% do total das vendas dos cereais matinais em 3 meses. 
	Lançar um novo sabor do produto Nutri Fitness somente através das mídias digitais para alcançar um volume de vendas de R$480 mil em 12 meses. 
Com os objetivos e metas determinados, finaliza-se a fase de avaliação estratégica do plano de marketing em nutrição. É fundamental salientar que, para cada objetivo ou meta em relação a um público-alvo específico, é necessário desenvolver ações estratégicas também específicas. A próxima fase é o desenvolvimento das estratégias de marketing. 
Vem que eu te explico
Objetivos e metas de marketing
Objetivos e metas de marketing
Objetivos e metas no universo digital
Objetivos e metas no universo digital
Verificando o aprendizado
1. O desenvolvimento de um plano de marketing ocorre quando há uma situação a ser resolvida ou um objetivo a ser obtido no mercado com determinado produto ou marca. Assinale a alternativa correta sobre o desenvolvimento de objetivos e de metas de marketing:
Via de regra, os objetivos de marketing precisam considerar a análise SWOT e o público-alvo que foram estudados e estabelecidos nas etapas anteriores do plano de marketing. Tais objetivos sempre precisam ser quantificáveis no tempo.
“Crescimento da marca” é um objetivo claro definido para um plano de marketing.
Os objetivos e metas de marketing fazem parte da primeira etapa de elaboração de um plano de marketing. A partir dos objetivos e metas, estabelece-se quais serão as análises de ambiente interno e externo que deverão ser realizadas para suportar os objetivos já definidos.
A elaboração de objetivos e metas de marketing se dá logo ao final do plano de marketing anterior, pois parte-se da premissa daquilo que não foi conquistado ao final de um período e que precisa ser retomado no período seguinte. 
O desenvolvimento de objetivos e metas de marketing independe da avaliação de competências da empresa e dos cenários observados na análise SWOT, e precisam ser definidos o quanto antes. 
2. Sabemos que a influência do mundo digital nas empresas e nas marcas é algo cada vez mais tangível e consistente. Portanto, assinale a alternativa correta sobre objetivos e metas no universo digital:
Ter objetivos e metas para o universo digital de uma grande empresa é algo totalmente opcional e que não vai trazer nenhuma influência no plano de marketing da empresa/marca.
É totalmente possível desenvolver objetivos e metas de marketing voltados ao mundo digital, pois ele faz parte do plano de marketing de uma marca ou de um produto. 
O mundo digital possui uma dinâmica de mensuração de resultados altamente particular, o que faz com que sejam sempre necessárias buscas externas de informação através de pesquisas digitais lideradas por terceiros.
A interatividade e a experiência do usuário em plataformas digitaissão informações irrelevantes para o possível estabelecimento de objetivos e metas dentro do universo digital.
A preocupação de haver a participação dentro do universo digital se restringe a grandes empresas, com um portfólio mais robusto de produtos e serviços. 
Gabarito
1. O desenvolvimento de um plano de marketing ocorre quando há uma situação a ser resolvida ou um objetivo a ser obtido no mercado com determinado produto ou marca. Assinale a alternativa correta sobre o desenvolvimento de objetivos e de metas de marketing:
A alternativa "A " está correta.
Um objetivo de marketing pode endereçar quaisquer aspectos do marketing, que podem incluir lançamento de produto, recuperação de imagem, aumento de market share, aumento das vendas, etc. Para que isso ocorra, é necessário que sejam considerados os pontos levantados na análise SWOT, juntamente com o público-alvo previamente pesquisado e estudado. Todos os objetivos devem possuir metas quantificáveis no tempo, como: “aumentar para pelo menos 35% o market share do produto X em 6 meses, alcançando a vice-liderança do mercado”. 
2. Sabemos que a influência do mundo digital nas empresas e nas marcas é algo cada vez mais tangível e consistente. Portanto, assinale a alternativa correta sobre objetivos e metas no universo digital:
A alternativa "B " está correta.
Frente à grande transformação digital que estamos vivenciando atualmente, considerar objetivos e metas de marketing focados para o universo digital se faz cada vez mais importante e necessário, já que os consumidores buscam ativamente as marcas dentro das plataformas digitais. A pandemia e a evolução das plataformas digitais trouxeram uma verdadeira democratização do universo digital, em que, tanto as pequenas quanto as grandes empresas, têm conseguido se posicionar e coletar dados dos seus consumidores potenciais nesse universo. 
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MÓDULO 3 
Descrever as formas de elaboração dos planos de marketing em nutrição para alcançar os objetivos determinados
ETAPAS DE UM PLANO DE MARKETING EM NUTRIÇÃO 
Neste terceiro módulo, ainda detalharemos as demais etapas de um plano de marketing, as quais foram citadas no módulo 1: “Estratégias de marketing”, “Planos de ação tático-operacionais”, “Orçamento (budget) e cronogramas” e “Avaliação e controle”.
Estratégias de marketing 
Enquanto as metas indicam o que a empresa deseja conseguir, a estratégia é o plano de ação para alcançar esse objetivo. Para que se possa atingir as metas, todo e qualquer negócio necessita elaborar uma estratégia, que é denominada “estratégia de marketing”, assim como uma estratégia de tecnologia, por exemplo, ou uma estratégia de busca por fornecedores de matérias-primas compatíveis. 
Estratégias genéricas de marketing
Vale ressaltar que a empresa em questão pode perseguir algumas premissas para o pensamento estratégico, ou seja, é possível que haja objetivos mais amplos – podemos chamar aqui de “estratégias genéricas da empresa” – para a companhia. Objetivos esses que precisam estar em consonância com o plano de marketing em nutrição elaborado. 
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Exemplo 
A empresa pode buscar como foco a liderança total do mercado através dos custos. Nesse caso, a empresa trabalha para atingir os menores custos possíveis de produção e distribuição, de maneira que possa praticar preços inferiores da concorrência e conquistar market share.
Na verdade, essa empresa não precisa ser boa em marketing, pois o foco é o preço baixo.
O grande problema é que outras organizações também buscam a redução de custos e podem afetar profundamente as empresas que apostaram todo seu futuro somente nos custos mais baixos.
Existem diversos exemplos no mercado de alimentos, onde algumas empresas sempre praticam um preço inferior aos similares do mercado, buscando essa similaridade inclusive no tipo embalagem, nas cores e na disposição do rótulo, nos sabores e na indicação de consumo.
Outro objetivo mais amplo da empresa é a diferenciação: o drive (direcionamento) da empresa pode se concentrar no alcance do maior desempenho em um campo importante para os clientes, valorizada por uma grande parcela do mercado.
Vamos manter aqui o exemplo da multinacional de iogurtes: se o objetivo da empresa é ser reconhecida como a linha de iogurtes com melhor sabor, melhor apresentação ou maior eficácia comprovada, a estratégia de marketing para os iogurtes funcionais precisará refletir esse ponto de diferenciação. Ou seja: será preciso trazer no plano estratégico esse posicionamento de diferenciação frente aos concorrentes, como valorizar e demonstrar junto aos consumidores toda a eficácia dos lactobacilos ou das bifidobactérias do iogurte, através da sobrevivência em meio ácido do estômago e comprovação na regularização da função intestinal. 
Atenção
Outra estratégia mais genérica que pode ser almejada por uma empresa é o foco. O negócio concentra-se em um ou mais segmentos do mercado, conhece-os a fundo e busca a liderança em diferenciação ou custo no segmento alvo.
 
Um bom exemplo que temos para foco é a empresa Yakult, com mais de 80 anos no mercado brasileiro, cujo foco se concentra na promoção do leite fermentado de mesmo nome, sendo reconhecido como sinônimo de categoria. Sua estratégia ao longo dos últimos anos sempre foi o maior foco no leite fermentado – apesar de ter outros produtos na linha com e sem lactobacilos, como é o caso do Sofyl, que possui os mesmos lactobacilos do leite fermentado, e de produtos, como Taffman-EX, sucos de soja Tonyu e suco de maçã, que são isentos de lactobacilos.
Estratégias do plano de marketing em nutrição
Com as estratégias mais genéricas em mente, é a partir deste ponto do plano de marketing em nutrição que são traçadas as estratégias com os chamados 4Ps do marketing (produto, preço, praça e promoção). O objetivo, neste momento, é atender aos objetivos de marketing pré-determinados na etapa anterior. 
Dessa maneira, o plano precisa apresentar em detalhes os 4Ps indicados como estratégia. É preciso agora relatar as mudanças e os ajustes dentro dos 4Ps que foram descritos na análise do ambiente interno/produto. Assim, alguns modelos de ações estratégicas dentro dos 4Ps podem incluir modificações no mix de produtos, criação de novos produtos, alteração de praça e o que será feito na comunicação. 
Os 4Ps precisam ser analisados separadamente:
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Produto
Estabelecer modificações e novidades que precisam de implementação em relação ao produto ou à linha de produtos (mix: lançamento de novos sabores, embalagens e tamanhos, características de produtos, etc.).
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Preço
Estabelecer tudo o que for alterado e as inovações que devem ser praticadas referentes ao preço (reformulação de preço – aumento ou rebaixa, formas de pagamento – em e-commerce, sites parceiros ou marketplaces, descontos em packs promocionais, entre outros).
Marketplace
Plataforma de compra e venda de produtos.
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Praça
Determinar tudo o que for modificado e as inovações que devem ser implementadas referentes à praça (criação/expansão/alteração de pontos de venda, expansão para outras cidades/localidades, estruturação ou reformulação do e-commerce, logística, inclusão e remoção de canais, etc.).
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Promoção
Determinar modificações e novidades que precisam ser implementadas em relação à comunicação. É preciso avaliar cada item do conjunto de comunicação, definindo como deve ser trabalhado ou modificado: comunicação junto ao consumidor ou junto ao shopper, pacientes ou cuidadores, propagandas em mídias de massa ou mídias digitais, promoção de vendas, etc.
Um exemplo prático de uma empresa do ramo alimentício com base nas estratégias do marketing (4Ps) 
O especialista Danilo Prazeres Cunha abordará um exemplo prático de uma empresa do ramo alimentício com base nas estratégias do marketing (4Ps).
Presença digital 
Vale ressaltar nesse momento que a presença digital junto à estratégia de marketing em tempos atuais se torna uma condição praticamenteobrigatória para a sobrevivência das marcas e das companhias. A velocidade com que o consumidor está assumindo o controle da jornada de compra está desafiando profundamente o status quo dos negócios. A transformação relativamente rápida e contínua segue como a maior tendência que qualquer setor está enfrentando neste momento, ainda mais acelerada pela pandemia mundial ocasionada pelo Coronavírus. 
Atualmente, os consumidores/clientes exigem uma experiência cada vez mais conectada, contínua, transparente e relevante junto às marcas consumidas.
O marketing dentro do ambiente digital coloca a empresa nos mesmos canais onde se encontram os clientes comuns e os clientes potenciais. Dessa maneira, as companhias podem ser vistas por diferentes formas no ambiente digital, onde os consumidores podem aprender mais sobre a empresa, consultar informações sobre os produtos (ou serviços), comprar ou receber atendimento e realizar elogios ou reclamações. Hoje, a jornada de compra do cliente tem absolutas condições de ser 100% realizada através dos canais digitais. 
Atenção
A introdução dos canais digitais na distribuição dos produtos ou serviços impacta sensivelmente o P de praça, abrindo grandes possibilidades, como é o caso da comercialização e das transações – como o site do produto ou o portal da empresa, o já citado e-commerce, e ainda, os e-marketplaces, as mídias sociais e os aplicativos de mensagens. 
Ao abordarmos o P de promoção, entende-se que, hoje, por conta do ambiente digital, é uma das atividades mais complexas do composto do marketing, tanto por conta da fragmentação da comunicação quanto pela fragmentação das preferências das pessoas em termos de mídia.
De fato, surgiram — e continuam a surgir — novas plataformas e canais de comunicação, o que torna mais complexa a tarefa de impactar o público-alvo, que, muitas vezes, pode não estar presente somente em uma plataforma.
Ou seja: sabemos que o ambiente digital acomoda diversas novas plataformas para o desenvolvimento das estratégias de marketing, como é o caso das mídias sociais, dos sites de busca (de forma paga ou orgânica), dos displays/banners digitais em sites parceiros (ex.: caso de um banner de cereais infantis em uma página de farmácia), etc.
O grande desafio é saber como trabalhar com os diferentes tipos de mídia de acordo com o público-alvo e com os objetivos de marketing. O mesmo conteúdo, via de regra, não deveria abastecer uma mídia social voltada para o contato profissional e uma mídia que possui como foco a produção de vídeos curtos, por exemplo. Estar presente em todos os tipos de mídias digitais não significa replicar o mesmo conteúdo naquelas já existentes. Conhecer qual a melhor forma de interação com o público nas diferentes mídias sociais é fundamental para maior conexão com o público-alvo presente e consumidor desse tipo de conteúdo. Isso porque estamos tratando de plataformas com públicos, tipos de comunicação e objetivos de plataformas diferentes. 
 
Planos de ação tático-operacionais
Neste momento do plano de marketing, são determinados os planos de ação ou a forma como a estratégia elaborada será implementada. 
Note que grandes estratégias de marketing podem ser literalmente arruinadas por uma implementação ruim.
Por exemplo: se uma empresa decide alcançar a diferenciação dentro do mercado de iogurtes funcionais, ela deve fortalecer seu departamento de pesquisa e desenvolvimento (P&D), juntamente com o departamento científico, a fim de reunir informações robustas e atualizadas sobre a temática (como: microbiota, ingredientes prebióticos, lactobacilos e bifidobactérias), além de desenvolver produtos de ponta, treinar sua força de vendas com excelência e comunicar adequadamente ao público consumidor sobre sua liderança e robustez dentro desse mercado. 
Para cada atuação relacionada nas estratégias dos 4Ps (definidas na etapa anterior), deve-se ter um plano que decida como será a sua implementação.
Por exemplo: se um item da estratégia do P do produto é o desenvolvimento de um novo sorvete que será lançado no segundo semestre do ano com menos açúcar e mais proteínas, o plano de ação para essa estratégia deve determinar os passos operacionais necessários para que haja a criação desse novo sorvete. Abaixo, seguem alguns passos, como: 
De onde virá a receita do sorvete? Será um desenvolvimento da própria empresa ou haverá a contratação de um terceiro para esse desenvolvimento?
Qual a estimativa de tempo para desenvolvimento desse novo produto? 
O time do Serviço de Atendimento ao Consumidor e a cozinha experimental terão papel no desenvolvimento desse sorvete? 
Quais serão as matérias-primas necessárias para aquisição após a elaboração e teste desse sorvete? Essas matérias-primas já fazem parte do rol de fornecedores da empresa? 
A marca será uma variante das marcas de sorvete já consagradas pela empresa ou será uma marca totalmente nova e diferente dos demais produtos vendidos? 
Quais os custos estimados para cada etapa citada?
Todas as questões tático-operacionais deverão ser planejadas nesta etapa do plano de marketing e devem contar com a intensa participação da equipe multifuncional da empresa, já que diversos itens não são de responsabilidade do gestor de marketing. Os tempos e os momentos operacionais, dependendo do plano de ação determinado, contarão com a participação extensa de outras áreas da companhia, como é o caso de pesquisa e desenvolvimento, finanças, compras, qualidade, regulatórios, etc. 
Para facilitar o processo, o plano de ação para cada estratégia elaborada deve responder aos seguintes questionamentos: 
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	O que precisa ser realizado para a execução da estratégia? 
	Quando deve ser realizado? 
	Quem deverá fazer? 
	Quais são os custos diretos e indiretos envolvidos? 
Atenção
Em função do desenvolvimento detalhado do plano de ação, pode-se constatar que existem etapas que não poderão ser devidamente executadas por limitações orçamentárias ou de prazo, recursos disponíveis, etc. Quando isso ocorre, é preciso retornar para a etapa de determinação das estratégias e modificá-las de forma a conciliar os objetivos de marketing com as limitações reais do plano. 
Com base no exemplo do sorvete com menos açúcar e mais proteínas, durante o desenvolvimento dos planos, podem ocorrer limitações de prazo de desenvolvimento/dificuldades de aquisição de matéria-prima. Portanto, será necessária a revisão da estratégia, com uma possível flexibilização do tipo de produto a ser desenvolvido ou o tempo em que isso deve ocorrer. 
Orçamento (budget) e cronogramas
Neste estágio, são realizados os gráficos/planilhas de alocação dos planos de ação estruturados no estágio anterior, de forma cronológica, física e financeira. 
A fim de que esta etapa seja devidamente realizada, é fundamental que haja uma pesquisa/realização de orçamentos, de forma que a alocação dos recursos previstos seja a mais assertiva possível.
Por isso, o trabalho integrado do time multifuncional para a elaboração do plano de marketing é decisivo para o sucesso do plano. Caso a previsão de custos de uma ação do plano tático-operacional seja mal elaborada, a ação poderá ser comprometida somente no momento que for implementada, o que pode gerar retrabalho, busca por outros fornecedores, cancelamento ou atraso do plano de ação e desvio dos objetivos e metas planejados. 
Como citado anteriormente, conforme a alocação de recursos/finanças ao longo do tempo são devidamente visualizadas, pode ser mandatório voltar e rever as estratégias ou os planos de ação. Por exemplo, caso se verifique que a quantidade de recursos alocada em determinada etapa do cronograma seja maior que a disponibilidade da empresa/unidade de negócios para o período no qual o plano de marketing está sendo elaborado, será necessária uma readequação, a fim de alocar os recursos necessários ou conseguir recursos suficientes para manter o plano em curso. 
 
Colocando o modelo acima em prática, vamos considerar o exemplo de se expandir a área de atuação da multinacionalde iogurtes para o Nordeste do Brasil. Caso a estimativa para cobrir a operação de todo a região seja muito mais alta do que o inicialmente previsto, poderá ser necessária a implementação da chegada nesse território em um número menor de estados, como aqueles com maior potencial de mercado consumidor, por exemplo, ou aqueles com uma malha rodoviária mais acessível, ou ainda, aqueles estados mais próximos da fábrica produtora de iogurtes. 
Portanto, após a elaboração do cronograma físico-financeiro, é fundamental que haja nova avaliação acerca de ser ou não viável a aplicação. 
Avaliação e controle 
Todas as atividades de um plano de marketing precisam estar aptas para clara mensuração através de indicadores que permitam a avaliação e o controle para, então, possibilitar futuros ajustes. 
Os chamados “indicadores-chave de desempenho/performance”, conhecidos pela sigla em inglês KPIs(Key Performance Indicators), devem ser pré-estabelecidos antes da implementação do plano de marketing, e medidos durante toda a sua evolução. Isso para que, após toda a implementação do plano, sejam analisados com a finalidade de controle e avaliação de desempenho das estratégias do plano de marketing executado. 
Ao elaborarmos KPIs, é importante saber a sua diferença com relação às métricas.
Uma métrica é algo que você pode contar, como número de vendas, downloads, etc.; é apenas um número, em que cada um interpretará de uma forma.
Já um indicador-chave de desempenho (KPI) contém dados que podem ser quantificados, que o ajudam a enxergar e medir o sucesso. 
Geralmente, os KPIs são resultantes do cruzamento de uma ou mais métricas com uma meta de tempo. Um exemplo de KPI é a taxa de conversão dos e-mails marketing para o público-alvo de distribuidores potenciais de iogurtes funcionais, através da taxa de abertura de ≥ 20% e da taxa de cliques para a página da empresa ≥ a 2%. 
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Todas as análises que são resultado do controle do plano de marketing (o que foi certeiro, o que deu errado, o que pode ser aperfeiçoado, o que foi superado) devem ser devidamente registradas na etapa, para que esses outputs (resultados) orientem planos futuros sobre produto, marca ou serviço, realizando-se obviamente os ajustes necessários.
Um ponto relevante nesse caso é que alguns resultados esperados, como consciência da marca mais difundida/lançada, imagem da marca intensificada, maior fidelidade do cliente, podem levar alguns meses ou até mesmo anos para se manifestar de forma mais consistente. Dessa forma, algumas empresas utilizam métricas de marketing (resultados de curto prazo ou mensurações como consciência e comportamento dos clientes), painéis (indicadores de tempo real, como análise de desempenho em relação ao atendimento aos clientes) e várias análises para avaliar o desempenho ao longo do tempo. 
Uma das análises mais relevantes do plano de marketing é a análise da lucratividade: avaliar a rentabilidade de produtos, territórios, grupos de clientes, segmentos e canais de vendas, acaba auxiliando as companhias a determinarem se algo precisa ser eliminado ou modificado durante o curso do plano de marketing.
Vale reforçar que a questão da lucratividade possui forte relação com o ciclo de vida do produto:
Um produto em franco lançamento que ainda não foi devidamente adotado pelos consumidores pode trazer lucros negativos ou baixos.
Em contrapartida, caso o produto se encontre na etapa de crescimento, observa-se um rápido aumento de vendas, muitas vezes, de forma mais rápida do que os custos e, assim, observa-se um lucro crescente.
Na maturidade, um produto tem seu índice de crescimento de vendas lentificado, o que resulta em uma estabilização da lucratividade.
Por fim, o estágio de declínio, em que as vendas e a lucratividade são reduzidas por conta da intensificação da concorrência, avanços tecnológicos ou até mesmo mudanças no gosto do consumidor.
Atualmente, muitas empresas utilizam análises de lucratividade de marketing para quantificar a sua verdadeira lucratividade. Dessa forma, os gestores podem reduzir os recursos adquiridos para a realização de diversas atividades, torná-los mais produtivos, adquiri-los a um custo inferior ou aumentar os preços de produtos que gastam enorme volume de recursos. 
Vem que eu te explico
Planos de ação tático-operacionais 
Planos de ação tático-operacionais 
Avaliação e controle
Avaliação e controle
Verificando o aprendizado
1. A etapa de orçamento e cronogramas é fundamental para melhor visualização a respeito dos investimentos para um plano de marketing. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta:
A parte de orçamentos e cronogramas pode ser realizada de forma não realista, considerando-se somente estimativas rasas de custos para se ter somente uma ideia de gastos e implementação do plano de marketing.
Neste estágio do plano, pode-se considerar somente os gastos finais de cada ação, desconsiderando-se os recursos que serão consumidos ao longo do tempo.
A alocação dos recursos, bem como a verificação da quantidade de recursos necessária para a implementação das etapas do plano podem sinalizar a necessidade de reavaliação de etapas do plano devido à falta de recursos ou busca por alternativas para conseguir investimentos suficientes para sustentar o plano em curso.
Caso haja limitação do ponto de vista financeiro para execução do plano, o cronograma deverá ser executado da mesma forma, sendo que a busca por mais recursos deverá ser realizada ao longo do desenvolvimento do plano.
Não há a obrigação de se trabalhar de forma cronológica ou financeira, pois sabe-se que o plano de marketing precisa ser prioritário dentro da organização e tudo deverá ser executado de forma planejada. 
2. Uma empresa X pode buscar algumas premissas gerais para sua estratégia, isto é, objetivos mais amplos (as chamadas estratégias genéricas da empresa), que precisam estar em conformidade com o plano de marketing a ser desenvolvido. Dito isso, assinale a alternativa que apresenta conceitos de estratégias genéricas:
Uma empresa pode ter como estratégia genérica a diferenciação através dos custos. Nesse caso, as empresas trabalham para se diferenciar no mercado através dos menores custos possíveis, que resulta em grande esforço junto ao planejamento em marketing.
A liderança total do mercado através dos custos implica um trabalho multidepartamental importante, pois as empresas precisam buscar os menores custos possíveis através de produção e distribuição, com grande esforço de trabalho junto ao planejamento em marketing.
Se uma empresa está focada na liderança total do mercado através dos custos, o plano de marketing precisa refletir detalhadamente a diferenciação, em que o plano precisa trazer como a empresa vai alcançar uma atuação superior em um setor importante para os clientes/consumidores.
A partir do momento que a estratégia genérica da empresa é o foco, o plano de marketing pode trazer como alternativas o lançamento de diversos produtos para outros segmentos do mercado, de modo que haja uma expansão do foco da empresa e o aumento de participação do mercado.
Em uma empresa que possui o foco como estratégia genérica, o negócio acaba se concentrando em um ou mais segmentos do mercado, que são compreendidos em profundidade e com grande objetivo de se buscar a liderança em tal mercado.
Gabarito
1. A etapa de orçamento e cronogramas é fundamental para melhor visualização a respeito dos investimentos para um plano de marketing. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta:
A alternativa "C " está correta.
O trabalho de orçamento e cronogramas precisa ser realizado de forma cronológica e financeira, buscando-se a alocação mais adequada dos recursos necessários ao longo de uma linha do tempo. Um estudo de custos prévio das ações/iniciativas planejadas ajuda na melhor quantificação dos valores a serem investidos nos planos de ações tático-operacionais. Infelizmente, nem sempre tudo que é planejado consegue ser executado por uma questão financeira. Por conta disso, a revisão das ações ou

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