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ESCOLA BRASILEIRA DE MEDICINA CHINESA – EBRAMEC 
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ACUPUNTURA 
 
ELIANA ALVES MOURA DOS SANTOS FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: EFEITO DA MOXABUSTÃO E 
ACUPUNTURA NA REDUÇÃO DE TUMOR 
HEMORRÁGICO NO FÍGADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2015 
 
 
 
 
2 
 
 ESCOLA BRASILEIRA DE MEDICINA CHINESA – EBRAMEC 
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ACUPUNTURA 
 
 
ELIANA ALVES MOURA DOS SANTOS FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: EFEITO DA MOXABUSTÃO E 
ACUPUNTURA NA REDUÇÃO DE TUMOR 
HEMORRÁGICO NO FÍGADO 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa do Trabalho de Conclusão de 
Curso de Pós Graduação em Acupuntura apresentado 
à EBRAMEC - Escola Brasileira de Medicina 
Chinesa, sob orientação da Professora Cintia Akemi 
Sugahara e co-orientador Dr. Reginaldo de Carvalho 
Silva Filho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
 
2015 
3 
 
 
ELIANA ALVES MOURA DOS SANTOS FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: EFEITO DA MOXABUSTÃO E 
ACUPUNTURA NA REDUÇÃO DE TUMOR HEMORRÁGICO NO 
FÍGADO 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
___________________________________ 
 
 
___________________________________ 
 
 
___________________________________ 
 
 
 
 
Cintia Akemi Sugahara 
Co-orientador Dr. Reginaldo de C. Silva Filho 
 
 
 
Eliana Alves Moura Dos Santos Farias 
 
 
 
 
São Paulo, _____ de _____________de _____ 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 Dedico esta pesquisa em memória do meu querido pai, exemplo de fé, esperança e 
força e que me fez conhecer através da sua doença a Acupuntura. 
 Em especial a minha amiga e paciente Elza Florido, pelo imensurável apoio e 
confiança depositados em todos esses meses de estudos e dedicação para que essa pesquisa se 
realizasse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço a Deus por estar sempre presente em minha vida, sem o qual nada teria feito. 
A minha família, que sempre incentivaram meus sonhos e estiveram ao meu lado nesta 
jornada de estudos. 
Ao Lar Assistencial Rubataiana, que me deu a oportunidade de fazer parte do quadro de 
voluntariados e por em prática meus conhecimentos na área da Acupuntura e poder ajudar o meu 
próximo. 
Em especial quero agradecer a minha orientadora Cintia Akemi Sugahara, que me orientou 
neste projeto, a escola EBRAMEC e aos professores que me incentivaram e fizeram eu me 
apaixonar pela ACUPUNTURA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
RESUMO 
 
 
A Acupuntura foi aprovada pela Organização Mundial de saúde, em 1970, como método de 
tratamento e prevenção para diversas doenças, e pelos resultados clínicos alcançados, vem se 
tornando, a cada dia, como uma opção de tratamento médico em todo o mundo. Segundo a 
medicina ocidental o Fígado (Gan) é o maior órgão sólido humano e localiza-se no abdome 
superior, sob as costelas, do lado direito do corpo. É responsável pelo aproveitamento de um grande 
número de substâncias absorvidas pelo intestino e pela produção de várias proteínas que 
desempenham as mais diferentes funções no organismo, tais como a coagulação sanguínea e a 
defesa contra infecções. Os tumores hepáticos se dividem em benignos e malignos. Dentre os 
tumores benignos, destacam-se os hemangiomas. Os cistos são outro tipo de lesões hepáticas 
comuns e de comportamento benigno. A paciente além do tumor no Fígado (Gan) apresentou 
alguns sintomas decorrente da alteração energética do Fígado (Gan) como: enxaqueca, bursite em 
ombro, insônia, estresse, irritabilidade entre outros decorrentes de fatores emocionais. O objetivo 
deste TCC é melhorar a qualidade de vida da paciente, reduzindo o tumor, fortalecendo os vasos 
sanguíneos para que não ocorra uma hemorragia e equilibrando a energia do Fígado (Gan). Os 
resultados do estudo fornecem perspectivas de que a Moxabustão e a Acupuntura podem reduzir 
significativamente os tumores benignos no fígado. 
 
 
Palavras-chave: Hemangioma Hepático, Moxabustão, Acupuntura, Tumor Benigno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
ABSTRACT 
 
 
 Acupuncture was approved by the World Health Organization in 1970 as a 
method for the treatment and prevention of various diseases and the clinical results achieved, is 
becoming every day as a treatment option worldwide. According to Western medicine the liver is 
the largest human solid organ and is located in the upper abdomen, under the ribs on the right side 
of the body. It is responsible for the use of a large number of substances absorbed from the gut and 
production of various proteins which play the most different functions in the body such as blood 
clotting and to protection against infections. The hepatic tumors are divided into benign and 
malignant. Among the benign tumors, stand out hemangiomas. Cysts are another common type of 
liver injury, and are benign. The patient beyond the liver tumor had some symptoms resulting from 
the energy of the liver change as migraine, bursitis in shoulder, insomnia, stress, irritability and 
others due to emotional factors. The purpose of this is to improve the TCC patient's quality of life, 
reducing tumor strengthening blood vessels so that there is bleeding and balancing the energy of the 
liver. The study results provide insights that moxibustion and acupuncture can significantly reduce 
the benign tumors in the liver. 
 
 
Key-words: Liver hemangioma, moxibustion, Acupuncture, Benign Tumor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
SUMÁRIO 
 
 
1- INTRODUÇÃO............................................................................................................... 
09 
1.1 – Segundo a Medicina Ocidental................................................................................... 
09 
1.2 – Na Visão da Medicina Chinesa (MC)......................................................................... 
10 
1.3 – A Moxaterapia Japonesa............................................................................................. 
13 
1.4 – Técnica Tradicional KI-TIKU-BA-NO KETSU-HO (Montando no Cavalo de Bambu)........ 
14 
1.5 – Acupuntura.................................................................................................................. 
15 
2 – APRESENTAÇÃO DO CASO...................................................................................... 
18 
2.1- Caso Clínico.................................................................................................................. 
18 
2.2- Materiais e Método..................................................................................................... 
18 
2.2.1 – Principais Funções dos Pontos Selecionados............................................................ 
19 
2.2.2 – Materiais Utilizados................................................................................................. 
22 
2.2.3 – Avaliação através do Ryodoraku............................................................................. 
22 
2.2.4 – Etapas do Tratamento............................................................................................... 
23 
2.2.5 – Evolução do Quadro Clínico.................................................................................... 
25 
3 – DISCUSSÃO.................................................................................................................. 
27 
3.1 – Moxabustão Direta em Grãos...................................................................................... 
27 
4 – CONCLUSÃO................................................................................................................ 
30 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................31 
APÊNDICE A – Protocolo de Consentimento.................................................................... 
32 
APÊNDICE B – Tabela de Ryodoraku................................................................................ 
33 
APÊNDICE C – Resultados de Exames.............................................................................. 
35 
ANEXO A – Protocolo de Avaliação Geral........................................................................ 
38 
 
 
9 
 
1– INTRODUÇÃO 
 
1.1– Segundo a Medicina Ocidental 
 
Os Hemangioma Hepático Benigno (Tumor Hemorrágico no Fígado) são pequenos tumores 
formados por vasos sanguíneos enovelados. Surgem durante a formação do embrião antes do 
nascimento podendo ocorrer em diversos órgãos entre eles a pele e o fígado. 
Em geral o Hemangioma permanece inalterado após o nascimento, podendo crescer mais 
raramente causando algum sintoma principalmente quando está localizado no Fígado. Esse tumor é 
encontrado por acaso, por algum exame (ultrassonografia, tomografia ou ressonância) realizado por 
outro motivo. 
Os Hemangiomas são os tumores benignos do Fígado (Gan) mais comuns. Geralmente 
encontrados em mulheres jovens pelos exames de ultrassonografias ginecológicas de rotina. 
Acometem de 0,4 a 7% de toda a população e são múltiplos (mais de um) e 70% dos casos, 
geralmente as lesões são pequenas, mas em 10% dos casos podem ultrapassar 5 cm de diâmetro 
sendo chamados gigantes. 
Sintomas são comuns e mesmo nas pessoas com sintomas tipo (dor abdominal, 
empachamento após alimentação, febre, náusea e vômitos), muitas tem outra doença (como 
dispepsia que é a dificuldade de digestão) e acabam descobrindo o Hemangioma por acaso. 
No entanto se o Hemangioma é muito grande (alguns chegam a ocupar quase todo o fígado), 
há risco de que se rompa (após trauma é raro que se rompa sozinho). Geralmente hemorragia 
interna ou que forme coágulos no seu interior, que consomem plaquetas e fatores da coagulação e 
provocam hemorragias em outros órgãos (síndrome de Kasabach –Mert). 
A comparação diagnóstica se faz por exames de imagem. Na ultrassonografia o aspecto 
típico é de uma lesão arredondada hiperecogênica (mais branca), com bordas bem definidas e fluxo 
sanguíneo ao Doppler. A tomografia mostra a lesão captando contraste, geralmente de modo 
uniforme e a ressonância magnética mostra uma lesão com 1hipersinal (mais branca) na fase T2 e 
hipossinal (mais escuro) na fase T1. (Danton Corrêa – Cirurgia oncológica) Cemad – Centro 
Médico do Aparelho Digestivo / Florianópolis – SC. Ano da pesquisa Setembro 2014. 
 
1 Lesão Hipersinal (mais branca) na fase T2 - Tecido Tumoral que mostra a presença de edemas ou hemorragias. 
 Lesão Hipossinal (mais escura) na fase T1- Tecido Tumoral que mostra a presença de manchas escuras, formando grande massa. 
10 
 
Apesar de a lesão ser tipicamente uniforme e o padrão de “enchimento” com contraste pode 
ajudar a diagnosticar e descartar a possibilidade de câncer. Como um novelo de vasos sanguíneos, o 
hemangioma torna-se completamente cheio de contraste logo após a sua aplicação. Lesões menores 
“enchem” rapidamente enquanto que lesões maiores “enchem” mais devagar a partir do centro com 
possibilidade de “falhas de enchimento”, causadas por trombose e focos de fibrose. 
Geralmente não é necessário nenhum tratamento apenas observação clínica com exames 
(geralmente ultrassonografia anual ou a cada dois anos é suficiente). Hemangiomas sintomáticos 
são incomuns, mas gigantes sintomáticos podem exigir tratamento. As principais opções 
terapêuticas são ressecção cirúrgica (retirada em percentagem do órgão com um tumor benigno), 
transplante hepático, ligadura da artéria hepática, embolização (técnica terapêutica que consiste em 
parar uma hemorragia ou diminuir o fluxo de sangue de um tumor), radioterapia e corticoterapia. A 
escolha do tratamento dependerá de particularidades de cada caso e da experiência e possibilidades 
do serviço. (Danton Corrêa – Cirurgia Oncológica – CEMAD (Centro Médico do Aparelho 
Digestivo / Florianópolis – SC. Ano da pesquisa Setembro/ 2014. 
As perspectivas do hemangioma são ótimas. A maioria dos casos é descoberta ao caso e a 
pessoa permanece assintomática por toda a vida. Apenas uma minoria necessita de tratamento que 
geralmente é cirúrgico e com mortalidade quase zero. 
 
 
1.2- Na Visão da Medicina Chinesa (MC) 
 
O Fígado (Gan), do ponto de vista energético, está estreitamente envolvido com a Vesícula 
Biliar (Postura e Decisões), mas também com os Olhos (Sentido da Visão), Ombros, Joelhos e 
Tendões (Flexibilidade), Unhas, Seios e todo o Aparelho Reprodutor Feminino. 
Na Medicina Chinesa (MC) se diz que o Fígado (Gan) é o órgão mais importante para a 
mulher, assim como o Rim (Shen) é para o homem. Praticamente todo o sistema reprodutor 
feminino é regido pelo Fígado, responsável por alterações no ciclo menstrual, presença de cistos de 
ovários, miomas uterinos, corrimento ou prurido vaginais, alterações da libido como frigidez e 
impotência. O Fígado (Gan) é responsável por manter o Livre Fluxo da Energia total do corpo. 
Como o movimento do Sangue (Xue) segue o movimento da Energia, dizemos que o Fígado (Gan) 
direciona a Circulação do Sangue (Xue) e regula também o ciclo menstrual. 
11 
 
Mas seu papel mais importante é sem dúvida, sobre o equilíbrio emocional. É o Livre Fluir 
da energia do Fígado (Gan) que vai nos permitir responder vitoriosamente aos desafios da vida, aos 
estímulos emocionais e efetivos. 
O Fígado (Gan) desempenha um importante papel na MC. Como é ele que comanda o Fluxo 
Suave do Qi por todo o corpo, qualquer desequilíbrio em suas funções, geralmente afeta outro 
órgão. A Estagnação do fluxo do Qi do Fígado (Gan) freqüentemente desequilibra o fluxo 
emocional, produzindo sentimentos de frustração e ira. Contrariamente, essas mesmas emoções 
podem levar a uma disfunção no Fígado (Gan), resultando em um ciclo interminável de causa e 
efeito. Quando o Fígado (Gan) está desequilibrado, os seguintes sintomas podem ocorrer: 
problemas emocionais, dor ou sensação de estufamento nas costelas, vertigem, cefaléia, cólicas, 
problemas nos tendões, bursites, insônia, câimbras, problemas menstruais, TPM, Hipertensão, 
icterícia, visão fraca ou borrada e desordens digestivas, formação de massas (tumores). 
Os problemas ligados ao Fígado (Gan) podem ser por Falta ou por Excesso de Energia 
Circulante. Um bom exemplo de Excesso é a raiva, mais exatamente a raiva reprimida e, num 
quadro de Vazio Energético, temos o medo paralisante ou síndrome de pânico. A Estagnação do 
Fluxo de Energia do Fígado (Gan) freqüentemente desequilibra o emocional, produzindo 
sentimentos de frustração e ira. Essas mesmas emoções podem levar a uma disfunção no Fígado 
(Gan), resultando em um ciclo interminável de causa e efeito. (Trucom, 2014). 
Como todas as emoções, boas ou más, passam pelo Fígado (Gan), não devemos reprimi-las 
infinitamente. A repressão das emoções provoca um bloqueio da energia que leva ao Excesso de 
Calor no Fígado (Gan). Cabe uma distinção entre sentimento e emoção. Os sentimentos geralmente 
fortalecem os órgãos e servem como mecanismos de defesa para o organismo, uma irritação que nos 
leva a reagir diante de um ataque ou quando nos sentimos lesados, é diferente da raiva que é cega e 
destrutiva. 
Os olhos são manifestação externa do Fígado (Gan). Em outras palavras, o Fígado (Gan) 
rege o sentido da visão. Assim, patologias da visão irão sinalizar alguma alteração no Fígado (Gan) 
As mais comuns são: conjuntivites, olhos vermelhos sem processo inflamatório, coceiras, “vista” 
seca, visão fraca, embaçada ou borrada, terçol, pontos brilhantes que aparecem no campo visual e 
outros. A lágrima é a secreção interna que ajuda a aliviar o Fígado (Gan). 
As unhas são manifestação externa das condições do Fígado (Gan), e as suasdeformidades 
ou a presença de micose sugerem algum comprometimento do Fígado (Gan) ou desequilíbrio 
prolongado da sua energia. (Trucom, 2014) 
12 
 
O Fígado (Gan) rege as articulações do ombro e joelhos e também os tendões de modo geral. 
Assim sendo, as bursite e dores nos joelhos sem causa aparente, as tendinites e os estiramentos 
frequentes são sinais de comprometimento da energia do Fígado. 
Todo Órgão está associado a uma Víscera que, no caso do Fígado (Gan), é a Vesícula Biliar 
(Dan). Resumidamente, a Vesícula Biliar (Dan) atua mantendo o equilíbrio postural. Todos os 
quadros de tonturas, vertigens, labirintites estão ligados a ela. Rege a articulação tempero 
mandibular (ATM). Todas as tensões que ficam retidas no Fígado (Gan) podem ser descarregadas 
nesta região e produzir o bruxismo, que é um quadro de ranger os dentes, que se manifesta mais 
frequentemente durante o sono. Metafisicamente a Vesícula Biliar (Dan) comanda a capacidade de 
tomarmos decisões assertivas. Uma Vesícula desequilibrada se manifestará na forma de indecisões 
ou mesmo desorientações, perda de rumo. Autora: Conceição Trucom – Editora Alaúde. 
WWW.docelimao.com.br. Setembro de 2014. O Fígado (Gan) tem como função armazenar o 
sangue (Xue). O Fígado (Gan) é considerado uma área de armazenamento para o sangue quando 
este não está sendo usado para atividade física. Esses períodos de descanso contribuem para os 
processos restauradores do corpo. Durante o exercício, o sangue é liberado para nutrir tendões e 
músculos. Essa função também está intimamente associada ao ciclo menstrual, pois o Fígado (Gan) 
mantém o suprimento de sangue adequado e regula o conforto da menstruação. Quaisquer 
disfunções no ciclo menstrual são quase tratadas regulando-se o Sangue do Fígado (Gan), Qi ou 
Yin. 
Quando o Qi do Fígado (Gan) está Estagnado (uma condição muito comum), uma pessoa 
apresenta os seguintes sintomas: irritabilidade, sensação de aperto no peito e, nas mulheres, 
sintomas de tensão pré-menstrual. Quando o Sangue (Xue) do Fígado (Gan) está Deficiente, 
sintomas como olhos e pele secos, palidez e falta de menstruação podem ocorrer. 
O Fígado (Gan) garante o Fluxo Suave do Qi. O Nei Jing refere-se ao Fígado (Gan) como 
um general no exército, coordenando o movimento das tropas. Quando o Fígado (Gan) funciona 
suavemente, a atividade física e emocional por todo o corpo também ocorre suavemente. 
Porém, quando a habilidade do Fígado (Gan) de Disseminar o Qi suavemente por todo o 
corpo é prejudicada devido a estresse ou opções de estilo de vida, o Qi do Fígado (Gan) pode se 
tornar Estagnado ou Hiperativo, causando danos em outros órgãos, como Pulmões, Estômago (Wei) 
e Baço (Pi) . Geralmente, problemas relacionados ao estresse, como Síndrome do Intestino Irritável 
ou Indigestão, podendo ser tratados com sucesso trabalhando-se a “Suavização do Qi do Fígado”. 
 
 
http://www.docelimao.com.br/
13 
 
1.3– A Moxaterapia Japonesa 
 
Conhecida como Artemísia Japonesa, o Yomogi é uma planta nativa do Japão. É encontrada 
em montanhas, campos e no mato. Conhecida como uma planta vigorosa é um arbusto, e suas 
folhas são aveludadas por baixo (Cunha, 2006). 
Yomogi é parte essencial da tradicional vida japonesa. O maior exemplo do uso do Yomogi 
é a Moxaterapia. Ela apareceu no livro de arte medicinal “Meiibetsuroku” publicado na China em 
500 D.C. provavelmente introduzido pelos monges budistas chineses (Cunha, 2006). 
A Moxaterapia se tornou prática comum durante o período Edo. Na época, os tratamentos 
com Moxa faziam parte de um grande festival. Este evento anual era dedicado à manutenção da 
saúde. Outro nome comum para esta planta é a Mogusa (erva processada). Como fazia parte do 
costume de preservação da saúde durante o período Edo, havia reportagens contendo informação 
detalhada do seu cultivo, preservação e preparação do Yomogi para a prática da Moxaterapia em 
livros. Estes livros publicados traziam informações precisas dos pontos de tratamento e como 
produzir o estímulo terapêutico com Moxa (Cunha, 2006). 
Os japoneses inicialmente utilizaram a Moxaterapia para deter o sangramento em condições 
de menstruação irregular, hemorróidas, crises de tosse com sangue (Cunha, 2006). 
Há três tipos de Artemísia processada: 
Uma é chamada de Mogusa, de aspecto amarelo semelhante à lã, de cheiro agradável e cor 
amarelo claro bem definido, produz um calor agradável (Cunha, 2006). 
A outra de aspecto verde-escuro semelhante à lã, de cheiro forte chamada de Wakakusa que 
proporciona um calor mais forte. (Cunha, 2006) 
A do tipo Unryu fica na metade do tipo Mogusa e Wakakusa, geralmente usada na técnica 
ChinetsuKyu (Moxa de transferência de calor) (Cunha, 2066). 
A montanha Ibuki, famosa desde a Antigüidade, era reconhecida como um rico distrito 
especializado no plantio da erva Yomogi (Artemísia) e no fabrico da produção de M oxa. O termo 
MoxaIbuki ou Kamaya tem sido empregado desde a era Tokugawa como sinônimo de Moxa de alta 
qualidade (Cunha, 2006). 
O uso da Moxa (Artemísia processada) é tradicional no Japão, desde a Antigüidade, por 
monges budistas e religiosos sectários japoneses. Eles acreditavam que o seu uso afastava energias 
maléficas, causadora de doenças. (Cunha, 2006) 
14 
 
Portanto, concluímos que a aplicação de Moxa é indicada no tratamento de distúrbios 
psicossomáticos e psicogênicos. O paciente ao receber a aplicação de Moxa sente conforto e paz 
interior principalmente nas doenças associadas ao estresse. 
O povo Ainu (índios japoneses) creditava a erva Artemísia valores espirituais. Era de sua 
crença que os ramos de suas folhas os protegiam dos demônios (Oni) que causavam doenças. O 
motivo se baseava no tipo de cheiro exalado, proveniente da planta Artemísia, que desencorajava 
estes seres a permanecerem por perto de onde existia esta planta (Cunha, 2006) . 
A Moxaterapia sempre esteve ligada à saúde e longevidade. 
 
1.4-- Técnica Tradicional KI-TIKU-BA-NO KETSU-HO (Montando no Cavalo de 
Bambu) 
 
Descrição da técnica antiga de tratamento do câncer, utilizando o método do cordão. 
Segurando uma ponta do fio no centro da prega da articulação do cotovelo (Cunha, 2006). 
Nas mulheres usamos como medida o braço esquerdo, para os homens o braço direito, 
medindo a distância até a ponta do dedo médio (Cunha, 2006). 
Em seguida, adaptar uma das pontas do fio na ponta do cóccix e subimos o cordão pela linha 
mediana vertebral até encontrarmos a altura, onde bilateralmente distando uma polegada 
encontramos os pontos Ki-tiku-ba (Cunha, 2206). 
Sawada para encontrar os pontos Ki-tiku-ba, buscava a localização do Ponto Ganshu B 18 
(Shu do Fígado) Ponto Shu Dorsal do Fígado, somava uma polegada acima e uma polegada ao lado 
da linha média vertebral. (Uma polegada corresponde a 25,4 mm, aproximadamente a 1,5 Cun). 
Aplicar 10, 30,50 até alcançar 100 cones de Moxa diariamente (Cunha, 2006). 
Esta técnica foi aplicada como tratamento principal para a redução do Tumor Hemorrágico 
no Fígado. 
 
 
 
 
 
15 
 
1.5- Acupuntura 
 
A Acupuntura é uma técnica importante da Medicina Chinesa (MC) que consiste na 
aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo humano, sendo um dos maiores benefícios 
oriundos da China para a humanidade, cuja história remota há mais de três mil anos. Em 1970, a 
Acupuntura foi aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como método de tratamento e 
prevenção para diversas doenças, e pelos resultados clínicos alcançados, vem se tornando, a cada 
dia, como uma opção de tratamento médico em todo o mundo. 
O Chen-Chuí ou Acupuntura, como é conhecido no Ocidente, é um antigo método 
terapêutico chinês que se baseia na estimulação de determinados pontos do corpo com Agulha 
(Chen) ou com Fogo (CHUI), a fim de restaurar e manter a saúde (Yamamura, 2001). 
A Acupuntura foi idealizada dentro do contexto global da Fisiologia do Tao e das 
concepções fisiológicasque nortearam a Medicina Chinesa. A concepção dos Canais de Energia e 
dos pontos de Acupuntura, o Diagnóstico Energético e o tratamento baseiam-se nos preceitos do 
Yange do Yin, dos Cinco Movimentos, da Energia (QI) e do Sangue (Xue) (Yamamura, 2001). 
A Acupuntura é uma das mais antigas formas de tratamento que têm sobrevivido e evoluído 
não só no Extremo Oriente (China), mas em todo o mundo. Faz parte de um conjunto de técnicas 
com fins terapêuticos da Medicina Chinesa (MC), sendo, atualmente, praticada como terapia 
primária e adjuvante para uma variedade de doenças e condições crônicas. A técnica consiste na 
inserção de agulhas em vários níveis de profundidade da pele em pontos específicos chamados de 
“Acupontos”, podendo ser estimuladas manualmente ou com uma corrente de baixa tensão elétrica 
(Eletroacupuntura). Também pode ser utilizada pelo aquecimento de uma de suas extremidades com 
um incenso a base de Artemísia. Esta técnica chama-se Moxabustão (Cabanillas, 2012). 
As técnicas de inserção de agulhas (Acupuntura) têm a finalidade de promover a 
imobilização, a circulação e o fortalecimento das energias humanas, bem como a Expulsão de 
Energias Perversas que acometem o indivíduo (Yamamura, 2001). 
A Acupuntura pode ser praticada em conjunto com outras técnicas da MTC tais como: Gua-
Sha (raspagem da pele), Fitoterapia (farmacoterapia por meio do uso de plantas, minerais e 
animais), Tui-na (massagem terapêutica manipulativa), Auriculoterapia (estímulo auricular por 
meio de agulhas ou sementes) e o Qi Gong (ginástica terapêutica) (Cabanillas, 2012). 
A base da MC fundamenta-se nas teorias do Yin-Yang e dos Cinco Movimentos, e sobre 
esses princípios, estão os outros grandes conceitos da MC: o do “Qi” e o do “Xue”, as patologias 
16 
 
ocasionadas pelo Calor, Frio, Excesso e Deficiência, e os princípios de tratamento, como também a 
determinação dos pontos Acupunturais (Wang, 2005). 
A Acupuntura baseia-se na busca e no princípio da manutenção ou recuperação da 
Homeostasia, que somente ocorrerá com a harmonia e Livre Fluxo de “QI”. Os antigos chineses 
tinham a convicção profunda da unidade orgânica, do universo e do corpo humano como um todo, 
onde o corpo orgânico reflete a existência de duas forças fundamentais, antagônicas e 
complementares. Estas forças fundamentais, o Yang, representando a luz, masculino, lado externo, 
ensolarado e seco e o Yin representando a escuridão, feminino, lado interno, sombrio e úmido. No 
organismo vivo, estas forças, trabalham juntas e em equilíbrio, com o Yang sendo a parte mais sutil 
e energética, e o Yin a mais densa, matéria. Por exemplo, a dualidade é expressa como Yang (QI) e 
Yin (XUE) como dois sistemas de circulação distinta. Enquanto o Sangue (YIN) é bombeado pelo 
Coração e circula através das Artérias, Veias e Capilares, o QI (YANG) é gerado pelos Pulmões e 
flui no corpo através de folhetos invisíveis “Jing-Luo” (Meridianos) e impulsiona o Sangue 
(Cabanillas, 2012). 
O Sangue e o Qi estão inter-relacionados, mutuamente equilibrando ou balanceando o Yin e 
o Yang. Estas duas forças (Yin e Yang), juntamente com os Meridianos (Jing-Luo), Cinco 
Movimentos (Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal) e a teoria dos Órgãos e Vísceras (Zang-Fu) são 
pilares fundamentais para a fisiologia, fisiopatologia, Semiologia e o tratamento na MC (Wen, 
1998). 
Fazer uso da Acupuntura sem ter um entendimento de seus princípios filosóficos e de sua 
teoria é como administrar um medicamento sem conhecer a Anatomia, a Fisiologia e a 
Farmacologia no contexto da Medicina Ocidental, tendo como conseqüência resultados aquém do 
esperado, e até imprevisíveis (Firmino, 2009). 
A Acupuntura visa restabelecer a Circulação de Energia (Qi) nos Canais de Energia e nos 
Órgãos e Vísceras e com isso levar o corpo a uma harmonia de energia e de matéria. Assim, os 
efeitos combinados da ação de Qi nos Canais de Energia, que se faz de maneira primária, agem 
sobre o Sistema Nervoso Autônomo e sobre o Sistema Nervoso Central, assim como no Xue 
Sangue, difundindo o Qi e os substratos provocando as reações (Analgesia, Hipoalgesia, Hipo ou 
Hiperfunção das estruturas orgânicas) quando se estimulam os pontos de Acupuntura (Yamamura, 
2001). 
Os Meridianos, como constelações estelares, conectam entre si todos os Acupontos 
espalhados pelo corpo. Assim, os Meridianos são as vias condutoras ou matrizes de rede de apoio a 
Circulação de Qi ao redor do corpo. Ao longo dos Meridianos existe um grande número de 
Acupontos na superfície do corpo. Até o primeiro século A.C., foram determinados 365 Acupontos 
17 
 
e mais 400 no final do século XX, mas para fins práticos, um pouco mais de 60 Acupontos são 
normalmente empregados (Cabanillas, 2012). 
A função do Sistema de Vias de Canais do corpo humano é promover uma Circulação 
normal do Sangue e do Qi, para que as Essências Vitais derivadas dos alimentos do homem possam 
nutrir o Yin e o Yang, sustentar os Músculos, Tendões e Ossos, e lubrificar as articulações 
(Cabanillas, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2 – APRESENTAÇÃO DO CASO 
 
Trata-se de um Estudo de Caso sobre os efeitos da Moxabustão e Acupuntura na Redução de 
Tumor Hemorrágico no Fígado, tratamento realizado em uma única paciente, com início dia 22 de 
Janeiro de 2014 a 16 de Janeiro de 2015, perfazendo um total de 12 meses. Foram realizadas 50 
sessões de tratamento, variando de uma a duas sessões semanais, conforme a disponibilidade da 
paciente. 
 
2.1 – Caso Clínico 
 
E. F., sexo feminino, 60 anos, funcionária pública (Guarda Civil Municipal), viúva, com 
dois filhos. Em 2001 a paciente foi diagnosticada portadora de Tumor Hemorrágico no Fígado, 
medindo 5 cm sendo considerado gigante (Hemangioma Hepático). Desde então iniciou tratamento 
no Hospital das Clínicas em São Paulo. Em 2005 a paciente passou a fazer parte do grupo de 
pesquisa do hospital (Disciplina de Topografia Estrutural Humana – Departamento de Cirurgia da 
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – Estudos da Ciência). 
Durante o tratamento fez uso de vários medicamentos importados, inclusive a base de 
veneno de cobra para diminuir o tamanho do tumor, tramal, albumina, ácido fólico, castanha da 
índia para a circulação, cloreto de magnésio para deixar o sangue alcalino, entre outros. 
Desde então vinha sofrendo os transtornos causados pela doença e pelos vários tipos de 
medicamentos ministrados em seu tratamento como: náuseas, diarreia - seguida de vômito, aumento 
de tamanho do fígado, gases, hepatite A, emagrecimento, Xistossoma, imunidade baixa, gastrite, 
pensamentos suicidas, depressão, melancolia, opressão torácica, irritabilidade, sensação de 
obstrução na garganta, dores nas costelas, distensão abdominal, gosto amargo na boca pela tarde e 
noite, entre outras. 
 
2.2 – MATERIAIS E MÉTODO 
 
A paciente foi esclarecida sobre a pesquisa e aceitou participar da mesma, assinando o 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). 
19 
 
Para o diagnóstico na Medicina Chinesa, foi utilizada a Ficha de Diagnóstico Energético, 
empregada no Centro de Estudos de Terapias Naturais. 
A avaliação em Medicina Chinesa (MC) ocorreu em 22/01/2014, onde o Diagnóstico da 
paciente apresentou um quadro de desarmonia energética do Fígado (Gan), que ao longo dos anos, 
transformou-se em um tumor no Fígado (Gan), gerando vários sintomas desagradáveis oriundo do 
Fígado (Gan) como: dores e distensão do abdome, depressão, insônia, explosões de raiva, bursite, 
tensão cervical, cefaléias e outros, que são citados detalhadamente no Anexo A. 
Todo o detalhamento do Diagnóstico Energético encontra-se no anexo A – Ficha de 
Diagnóstico na Medicina Chinesa. 
A voluntária foi submetida a um tratamento envolvendo a Técnica tradicional Japonesa de 
MoxabustãoKi-tiku-ba-no-Ketsu-Ho (Montando no Cavalo de Bambu) e técnicas de Acupuntura, 
durante 12 meses, com frequência de uma a duas vezes por semana, perfazendo um total de 50 
sessões e utilizados cones de Moxa queimados no ponto Ki-tiku-ba, próximo ao ponto Ganshu (B 
18). 
Os pontos de Acupuntura foram selecionados com o objetivo de harmonizar de um modo 
geral os sintomas apresentados. Os pontos utilizados foram: F3 (Taichong), F14 (Quimen), B17 
(Geshu), B18 (Ganshu) e P9 (Taiyuan). 
 
2.2.1 – Principais funções dos pontos selecionados: 
 
 F3 (Taichong) – Grande precipitação: Ponto Shu riacho, Ponto Yuan Fonte e 
Ponto Terra do canal do Fígado (Gan). Ponto Estrela Celestial de Ma Dan-yang. 
Localiza-se no dorso do pé, na depressão abaixo da junção do primeiro e segundo 
ossos metatársicos. 
Ações: - Dispersa o Qi do Fígado (Gan). 
- Domina o Yang do Fígado (Gan) e extingue vento. 
- Nutre o sangue do Fígado (Gan) e o Yin do Fígado (Gan). 
- Clareia a cabeça e os olhos. 
- Regula a menstruação; 
- Regula o Jiao inferior. 
20 
 
Indicações: Dor de cabeça, tontura, entorpecimento da cabeça, contração dos tendões 
das mãos e dos pés, desvio da boca, hipertensão, distensão e dor da região costal 
lateral, dor do Fígado (Gan) e do Coração (Xin), dor no Coração (Xin) com pulso em 
corda, dor na mama, dor e plenitude do hipogástrio, insônia, visão turva, visão 
nublada, dor nos olhos, dor na garganta, garganta seca, amenorréia, menstruação 
irregular, hemorragia uterina incessante, prolapso uterino, micção difícil, retenção de 
urina, icterícia, vômito, náusea, constipação, emagrecimento, dor lombar que se 
irradia para a parte inferior do abdome (Deadman, 1981). 
 
 F14 (Quimen) - Portão do ciclo: Ponto Mu do Fígado (Gan), ponto de encontro dos 
canais do Fígado (Gan) e do Baço(Pi) com vaso de ligação do Yin. Localiza-se na 
linha do mamilo, no sexto espaço intercostal, 4 cun laterais à linha média. 
Ações: - Espalha-se para o Fígado (Gan) e regula o Qi. 
 - Revigora o sangue e dispersa as massas. 
 - Harmoniza o Fígado (Gan) e o Estômago (Wei). 
Indicações: Dor, distensão e plenitude no peito, massas na região costal lateral, dor 
na região costal lateral, distensão e dor na mama, distensão epigástrica e dor, vômito, 
sangramento uterino, icterícia, rigidez e dor de cabeça e no pescoço (Deadman, 
1981). 
 
 B17 (Geshu) – Shu do Diafragma: Ponto Hui de encontro do Sangue (Xue). 
Localiza-se 1,5 cun do lado da borda inferior do processo espinhoso da sétima 
vértebra torácica (T7). 
Ações: - Revigora o Sangue (Xue) e dispersa a estase. 
- Esfria o calor no Sangue (Xue) e cessa a hemorragia. 
- Nutre e harmoniza o sangue. 
- Harmoniza o diafragma e descende o Qi rebelde. 
Indicações: Opressão no tórax, dor epigástrica, plenitude do abdome e da região 
costal lateral, vômito, refluxo no Estômago (Wei), urticária, tontura, peso no corpo, 
inchaço, distensão e dor no corpo todo, dor nas costas e rigidez da coluna, 
incapacidade de comer, icterícia, todas as doenças hematológicas, é um importante 
21 
 
ponto para muitos tipos de distúrbios hemorrágicos decorrentes de estase de Sangue 
(Xue) (Deadman, 1981). 
 
 B18 (Ganshu) – Shu do Fígado: Ponto Shu dorsal do Fígado(Gan), localiza-se 1,5 
cun do lado da borda inferior do processo espinhoso da nona vértebra torácica (T9). 
Ações: - Dispersão Qi do Fígado (Gan). 
- Regula e nutre o sangue do Fígado (Gan). 
- Pacifica o Vento. 
- Esfria o fogo e dispersa umidade-calor. 
- Beneficia os olhos e os tendões. 
Indicações: Distensão e dor da região costal lateral, dor epigástrica, massas 
abdominais, dor na parte inferior do abdome, cólicas abdominais, icterícia, plenitude 
do tórax, muita raiva, visão turva, vermelhidão dos olhos, cegueira noturna, tontura, 
rigidez no pescoço e da coluna, dor na coluna,dor lombar, dor no pescoço e nos 
membros, dor nos ombros, câimbras e dor nos tendões (Deadman, 1981). 
 
 P9 (Taiyuan) – Supremo abismo: Ponto Shu Riacho, Yuan fonte e terra do canal do 
Pulmão (Fei), ponto Hui de encontro dos vasos. Localiza-se na articulação do punho, 
na depressão entre a artéria radial e o tendão do abdutor longo do polegar, no mesmo 
nível de Shenmen C7, a borda proximal do osso pisiforme. 
Ações: - Tonifica o Pulmão (Fei) e transforma fleuma. 
 - Promove a função de descensão do Pulmão (Fei). 
 - Regula e harmonizam os cem vasos. 
 - Ativa o canal e alivia a dor. 
Indicações: Tosse, tosse com fleuma aquosa, respiração curta, opressão e agitação no 
tórax com dificuldade de respirar, rebelião do Qi do Estômago (Wei), eructação, 
obstrução visual superficial, vermelhidão e dor nos olhos, inchaço da face, fraqueza 
ou dor no punho, dor no ombro e nas costas, dor supra-clavicular, dor no aspecto 
interno do braço e, dor na mama (Deadman, 1981). 
 
22 
 
2.2.2 – Materiais Utilizados 
 
 Moxa lã amarela tipo Gold, incenso tipo japonês, para possíveis queimaduras foi 
utilizado pó de pérola com creme nívea ou pomada anti-queimadura para aplicação 
posterior, lápis dermográfico para marcar os pontos, isqueiro e água para aderir o 
cone à pele e cinzeiro com um pouco de água no seu interior; 
 Agulha Dong Bang, 0,25x30mm, filiforme, em aço inoxidável, esterilizada e 
descartável; 
 Maca, travesseiro, rolo de posicionamento e cadeira Quick para aplicação das moxas 
devido a paciente ter dificuldade de deitar-se em decúbito ventral; 
 Algodão e álcool 70%. 
 
2.2.3 – Avaliação através do Ryodoraku 
 
Durante o tratamento foi empregado o sistema de avaliação Ryodoraku, com o intuito de se 
obter uma escala energética. 
Antes da medição, o aparelho de Ryodoraku foi aferido em 200 microamperes, que 
corresponde à resistência elétrica da pele. As medidas foram realizadas sempre com a paciente em 
repouso por 15 minutos, sem objetos ou vestimentas comprimindo os membros e foram feitas da 
seguinte forma: a paciente segurava o eletrodo metálico numa das mãos e o Acupunturista segurava 
o eletrodo explorador (com uma bucha de algodão prensada, molhada com solução salina saturada, 
de temperatura ambiente a morna) e o colocava de forma perpendicular nos pontos do Ryodoraku 
por 3 segundos. Após cada medição o algodão era umidificado. O valor no meridiano e a 
lateralidade efetuada eram anotados. 
Depois de realizada a medição nos 24 pontos (12 de cada lado do corpo), somava-se o valor 
destes e dividia-se por 24, resultando em uma média. Caso essa média fosse um número fracionado, 
era feito o arredondamento para um número inteiro. Utilizando o gráfico do Ryodoraku, esta média 
era apontada nas duas réguas laterais do gráfico e era feito um traço contínuo ligando-as. A partir 
dessa linha media-se 7mm para cima e 7mm para baixo e traçava-se duas paralelas. 
De acordo com a técnica de Ryodoraku, os pontos contidos entre a linha superior e a inferior 
(faixa de normalidade) são considerados energeticamente equilibrados. Os pontos que se encontram 
acima da linha superior são considerados em excesso e os pontos encontrados abaixo são 
23 
 
considerados em deficiência. O gráfico dos pontos do Ryodoraku será anexado no final deste 
trabalho. 
 
2.2.4 – Etapas do Tratamento 
 
Da primeira sessão até a última foi seguido à mesma sequência de tratamento, iniciando com 
a Moxabustão e depois com a Acupuntura Sistêmica. 
O primeiro período de tratamento iniciou dia 22/01/2014 e foi até dia 29/04/2014. Em Maio 
houve um recesso para a paciente fazer novos exames no Hospital das Clínicas, retornando em 
20/06/2014 para o segundo período de tratamento que foi até 16/01/2015. 
 
1ª Sessão: Foram utilizados 20 cones de Moxa em grãos, 10 cones de cada lado e 10 agulhas 
0,25x30mm, nos pontos de Acupuntura selecionados. 
Manuseio da Moxabustão: 
1. Foi encontrado o ponto Ki-tiku-ba-no-Ketsu-Ho e marcado com lápis dermográfico 
bilateral.2. Com a paciente sentada em uma cadeira de Quick Massage, foi aceso um cone 
usando um incenso previamente aceso encostando o mesmo na ponta do cone 
acendendo-o. Foram usados inicialmente 20 cones de Moxabustão, 10 em cada lado 
para acostumar o corpo ao estímulo. Após aceso o cone irá queimar e será apagado a 
1mm da pele. 
3. No final das aplicações, foram retirados os carvões acumulados e foi limpo o local da 
aplicação com algodão seco. 
4. Foi aplicado pomada anti-queimadura no local da aplicação para evitar manchas na 
pele. 
5. A paciente no final da aplicação foi informada sobre os procedimentos após o uso da 
Moxabustão. 
 
2ª Sessão: Foram utilizados 40 cones de Moxabustão em grãos e 10 agulhas 0,25x30mm. 
Foi seguido o mesmo procedimento descrito anteriormente, sendo queimados 20 cones de 
Moxabustão em grãos em cada lado do ponto e aplicados os pontos de Acupuntura 
selecionados. 
24 
 
 
3ª Sessão: Foram utilizados 60 cones de Moxabustão em grãos e 10 agulhas 0,25x30mm. 
Foi seguido o mesmo procedimento descrito anteriormente, sendo queimados 30 cones de 
Moxabustão em grãos em cada lado ponto e aplicados os pontos de Acupuntura 
selecionados. 
 
4ª Sessão: Foram utilizados 80 cones de Moxabustão em grãos e 10 agulhas 0,25x30mm. 
Foi seguido o mesmo procedimento descrito anteriormente, sendo queimados 40 cones de 
Moxabustão em grãos em cada lado ponto e aplicados os pontos de Acupuntura 
selecionados. 
 
5ª Sessão: Foram utilizados 100 cones de Moxabustão em grãos e 10 agulhas 0,25x30mm. 
Foi seguido o mesmo procedimento descrito anteriormente, sendo queimados 50 cones de 
Moxabustão em grãos em cada lado ponto e aplicados os pontos de Acupuntura 
selecionados. 
 
6ª Sessão: Foram utilizados 120 cones de Moxabustão em grãos e 10 agulhas 0,25x30mm. 
Foi seguido o mesmo procedimento descrito anteriormente, sendo queimados 60 cones de 
Moxabustão em grãos em cada lado do ponto e aplicados os pontos de Acupuntura 
selecionados. 
 
7ª Sessão: Foram utilizados 140 cones de Moxabustão em grãos e 10 agulhas 0,25x30mm. 
Foi seguido o mesmo procedimento descrito anteriormente, sendo queimados 70 cones de 
Moxabustão em grãos em cada lado do ponto e aplicados os pontos de Acupuntura 
selecionados. 
 
8ª Sessão: Foram utilizados 160 cones de Moxabustão em grãos e 10 agulhas 0,25x30mm. 
Foi seguido o mesmo procedimento descrito anteriormente, sendo queimados 80 cones de 
Moxabustão em grãos em cada lado do ponto e aplicados os pontos de Acupuntura 
selecionados. 
 
25 
 
9ª Sessão: Foram utilizados 180 cones de Moxabustão em grãos e 10 agulhas 0,25x30mm. 
Foi seguido o mesmo procedimento descrito anteriormente, sendo queimados 90 cones de 
Moxabustão em grãos em cada lado do ponto e aplicados os pontos de Acupuntura 
selecionados. 
 
10ª Sessão: Foram utilizados 200 cones de Moxabustão em grãos e 10 agulhas 0,25x30mm. 
Foi seguido o mesmo procedimento descrito anteriormente, sendo queimados 100 cones de 
Moxabustão em grãos em cada lado do ponto e aplicados os pontos de Acupuntura 
selecionados. 
No final das 10 sessões foram utilizados 1100 cones de Moxabustão em Grãos e 100 agulhas 
0,25x30mm. 
No total foram efetuados Cinco ciclos de 10 sessões. Sendo utilizados 11.000 cones de 
Moxabustão em grãos e 1000 agulhas 0,25x30mm, nos pontos de Acupuntura selecionados. 
 
2.2.5 – Evolução do quadro clínico da paciente 
 
Data do exame: 13/12/2013 Hospital Das Clínicas Da Faculdade De Medicina Da 
Universidade De São Paulo (anterior ao tratamento de Acupuntura e Moxabustão) 
Fígado (Gan) - Dois cistos de paredes finas e conteúdo anecogênico no segmento hepático 
VII medindo 2,1 x 2,1 x 2,1 cm e 1,1 x 0,6 x 0,5 cm. 
Imagem hiperecogênica no parênquima hepático, contornos bem definidos no segmento 
VIII, medindo 3,6 x 2,8 x 3,0 cm. 
Data do exame: 15/05/2014 – Clínica CRM – Centro de Referência Médica da Baixada 
Santista (Após 4 meses de tratamento com Acupuntura e Moxabustão) 
Fígado (Gan) – Apresenta-se com contornos regulares, volume conservado, ecotextura 
típica, exceto por observarmos imagem ovalada, regular, hiperecogênica, sem sombra acústica 
posterior, medindo 1,9 x 2,5 cm de diâmetro e duas imagens ovaladas, com bordos bem evidentes, 
regulares, conteúdos anecóicos e reforços acústicos posteriores, a maior medindo 1,8 x 2,2 cm. 
- dois cistos simples no parênquima hepático. 
26 
 
Data do exame: 20/01/2015 – Clínica CRM – Centro de Referência Médica da Baixada 
Santista. Após ter completado 12 meses de tratamento com Acupuntura e Moxabustão. 
Fígado (Gan) – Apresenta-se com contornos regulares, volume conservado, ecotextura 
típica, sendo que observamos imagem ovalada, com bordos bem evidentes, regulares, conteúdo 
anecóico e reforço acústico posterior, medindo 1,4 x 1,8 cm e imagem ovalada, regular 
hiperecogênica, sem sombra acústica posterior, medindo 1,8 x 2,1cm. O parênquima exibe 
ecogenicidade habitual. 
- Um cisto simples no Fígado (Gan) 
Após 4 meses de aplicações de Moxaterapia e Acupuntura, a paciente fez uma nova 
ultrassonografia do abdome total e teve uma redução considerável do tumor no Fígado (Gan), bem 
como a redução da dor no ombro (bursite), na cervical e as enxaquecas. Houve uma pausa no 
tratamento no mês de Maio/14, onde a paciente se internou no Hospital das Clínicas em São Paulo 
para fazer novos exames e obteve este primeiro resultado. 
A paciente retornou ao tratamento com Moxabustão e Acupuntura em Junho/14 e recebeu 
mais 8 meses de aplicações até Janeiro/15, onde a paciente se submeteu a uma nova 
ultrassonografia do abdome total e teve uma grande redução do tumor hemorrágico no Fígado (Gan) 
e um cisto hepático sumiu, restando apenas um cisto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
3. DISCUSSÃO 
 
Antes de iniciar o tratamento com a Moxabustão e Acupuntura, a paciente deste estudo ficou 
internada várias vezes, submetendo-se a exames e medicamentos para tentar manter estável o tumor 
e os sintomas existentes. 
No decorrer dos doze meses de tratamento com Moxabustão e Acupuntura, foi utilizada a 
mesma técnica no intuito de saber se este tratamento é eficaz na redução do tumor hepático. A 
Moxabustão foi usada específica para a redução do tumor e os pontos de Acupuntura, foram usados 
com o objetivo de amenizar os efeitos desagradáveis surgidos com o descontrole energético do 
Fígado (Gan). 
Foi estudando a Técnica de Tratamento do Câncer usando Moxabustão Direta com cone de 
Moxabustão em grãos da Professora Dra. Wang Lingling e a Técnica Tradicional Ki-TiKu-Ba-
NoKetsu-Ho (Montando no Cavalo de Bambu), técnica antiga de tratamento do câncer. 
A Dra. Wang Lingling usa moxabustão direta em cones do tamanho de 1 grão de arroz 
cateto na Nanjing University of Chinese Academy durante o tratamento com Acupuntura em 
pacientes com câncer em metástase como forma de eficiente terapia preventiva. 
A Moxabustão direta na pele utilizando cones do tamanho de 1 grão de arroz amplia a 
imunidade interferindo na atuação do câncer impedindo a sua circulação na forma de metástase, 
como um anticâncer provocando uma mudança no quadro geral da doença (Dra. Lingling, 1999). 
A Medicina Chinesa já utilizava a Moxabustão como um método eficaz na cura e prevenção 
do Câncer. Já faziam tratamentos de câncer desde a antiguidade, há registros em livros clássicos. 
 
3.1 – Moxabustão direta em grãos 
 
A técnica do uso de Moxabustão direta na pele usando cones de Moxabustão do tamanho de 
um grão de arroz cateto é especialidade do estilo japonês de Acupuntura. 
Desde a antiguidade tanto na China como no Japão houve melhorias na tecnologia na busca 
por um melhor método de aplicação da Moxabustão direta sem lesionar muito a pele. Desde então a 
China começou a adotar o método japonês de aplicação de Moxabustão direta em suas clínicas 
como um modo de reverter o estado das doenças crônicas e graves. No Japão, a Moxabustão direta 
28usando pequenos cones é tradicional sendo utilizada em famílias como um tratamento caseiro assim 
como em hospitais e clínicas privadas (Dra.Lingling, 1999). 
Moxabustão direta é um estímulo de calor considerado mais forte e rápido do que o uso da 
moxa bastão que leva 8 a 10 minutos para aquecer o ponto superficialmente. A moxa cone direta 
gera um estímulo de vermelhidão e pequena escara devido à micro queima da pele pelo cone de 
moxa lã amarela em pontos específicos de tratamento. O estímulo é semelhante a aplicação de uma 
agulha de punção profunda em seus pontos. Este tipo de moxabustão atua diretamente sobre o 
sistema imunológico podendo gerar uma produção purulenta (pus e fluido amarelado) 
desintoxicando o sistema imunológico de substâncias tóxicas de uma maneira mais forte do que o 
uso de agulhas (Dra. Lingling, 1999). 
Em paciente com câncer o uso da Moxabustão direta em grão segundo a orientação da MTC 
deve ser aplicado também em casa pelos parentes próximos como uma prevenção gerando um 
grande efeito terapêutico (Dra. Lingling, 1999). 
Pacientes com câncer são tratados ativamente com este tipo de Moxabustão e tem uma 
grande resposta em seus casos de câncer. Este tratamento foi utilizado em pacientes com estado de 
câncer na Cabeça, Pulmão (Fei), Fígado (Gan), tanto no Hospital como em pacientes particulares, 
utilizando esse tipo de Moxabustão. Aliviando a dor após o tratamento, e aliviando o inchaço e 
estado geral, dando uma melhor qualidade de vida a estes pacientes, mesmo em casos especiais 
antes da cirurgia (Dra. Lingling, 199). 
O tratamento do Câncer com Moxabustão exige o uso de pontos especiais tradicionais pela 
MC além do uso de pontos em várias partes do corpo relacionadas tornando este tratamento 
apropriado a cada caso. 
A Dra. Wang Lingling indica como principal ponto o VG 14 (Dazhui / Grande Vértebra – 
Ponto de encontro do Vaso Governador com os seis Canais Yang da mão e do pé e Ponto do Mar de 
Qi). Ativa a circulação sangüínea e melhora a imunidade. 
Ponto E36 (Zusanli / Três Milhas da perna – Ponto He Mar e Ponto Terra do Canal do 
Estômago. Ponto de Comando de Gao Wu. Ponto Estrela Celestial de Ma Dan-Yang. Ponto Mar de 
Água e grão). Ativa a imunidade, alivia a dor. Ativa a Energia Qi em todos os Meridianos (Dra. 
Lingling, 1999). 
Pode ser aplicado em outras partes do corpo, como pontos no Meridiano do Pulmão, 
Estômago, Intestino para câncer cólon-retal, buscar no Meridiano VG (Vaso Governador) na coluna 
e aplicar nestes pontos a Moxabustão (Dra. Lingling, 1999). 
29 
 
Utiliza-se a Moxabustão apenas nos pontos necessários ao tratamento, e são utilizados de 7 a 
9 cones de Moxa em cada ponto geral. 
Aumento de apetite, aumento da imunidade, alívio das dores, não apresenta efeitos 
colaterais. Aplicar uma semana antes da radioterapia, os efeitos secundários da radioterapia ficarão 
diminuídos, aplicar também uma semana antes da cirurgia. Evitar queimaduras na pele (Dra. 
Lingling, 1999). 
A Moxabustão em grãos é conhecida pelo seu efeito lendário no Japão de estimular o anti-
envelhecimento devendo ser aplicado diariamente em pessoas após 40 anos de idade para evitar os 
efeitos do envelhecimento e prevenir o corpo contra todas as doenças, mantendo-a forte, dinâmica e 
resistente (Dra. Lingling, 1999). 
Esta técnica de tratamento serviu de parâmetro para realizar a pesquisa de uso de 
Moxabustão e Acupuntura na redução do Tumor de Fígado (Gan) Hemorrágico. Assim como 
também foi estudado a técnica Ki-tiku-ba-no-Krtsu-Ho Montando no Cavalo de Bambu, técnica 
antiga para tratamento de câncer, utilizando o método do cordão do Livro do Prof. Antonio Augusto 
Cunha. 
Pensando que a Moxabustão pode tratar câncer, então poderia ajudar também em tumores, 
daí resolvi usar a Moxabustão e alguns pontos de Acupuntura para tratamento de redução de tumor 
no Fígado (Gan) (Gan) bem como seus sintomas. 
E o resultado foi surpreendente, proporcionando uma melhor qualidade de vida para a 
paciente com um tumor hemorrágico no Fígado (Gan). 
Após a última sessão, foi observada uma grande melhora no quadro geral da paciente. Os 
maiores benefícios foram: a redução do tumor hemorrágico, o desaparecimento de um cisto 
hepático e redução do outro cisto. 
A paciente não reclamou mais de dor nos ombros, cervical e cefaléia. A taxa de colesterol 
normalizou, e o mais importante a paciente se encontra mais equilibrada energeticamente. 
Pesquisas sobre o efeito da Acupuntura no tratamento de diversas doenças têm aumentado 
de forma significativa nos últimos anos e muitos países como nos EUA, onde existe a intervenção 
governamental direcionada para a pesquisa na área de medicina alternativa e complementar. No 
Brasil, a utilização da Acupuntura também está aumentando, mas com muitas limitações, relativas à 
adequação de estudo, a confiabilidade dos resultados apresentados, acrescidos das inúmeras 
particularidades inerentes a MC. 
 
30 
 
4. CONCLUSÃO 
Após doze meses de tratamento, um total de 50 sessões, a paciente obteve ótimos resultados 
com o uso da Moxabustão e Acupuntura para a redução do tumor no Fígado (Gan). 
Os resultados do estudo fornecem perspectivas de que a Acupuntura pode melhorar 
significativamente a qualidade de vida de portadores de Tumor Hepático bem como reduzi-los. 
Comparando o diagnóstico inicial com o final, percebe-se que a paciente está 
energeticamente mais equilibrada, tanto no que se refere à tabela do Ryodoraku, quanto do 
Diagnóstico energético. A princípio a paciente apresentou Fígado (Gan), Vesícula Biliar (Dan), 
Pericárdio (JueYin), Coração(Xin), IntestinoDelgado (XiaoXang), Intestino Grosso (Dachang), 
Baço (Pi) e Estômago (Wei) em Excesso e Pulmão (Fei), Triplo Aquecedor (San Jiao), Rin (Shen), 
Bexiga (Dang Guang) em Deficiência. No final do tratamento apresentou apenas Pericárdio (Jue 
Yin) e Intestino Delgado (Xiao Xang) em excesso e Fígado (Gan), Rins (Shen) Bexiga (Dang 
Guang), Vesícula Biliar (Dan) e Estômago (Wei) em deficiência, tendo que ser tonificado. 
Em relação às queixas citadas no Diagnóstico, a paciente teve seus sintomas amenizados e 
apresenta-se mais tranqüila e feliz. 
A paciente foi orientada a continuar com as sessões de Moxabustão e Acupuntura, mas com 
uma freqüência menor e estar sempre atenta para quaisquer sinais e sintomas. 
A Acupuntura, técnica integrante da MC, apresentada entre outras terapias complementares, 
têm-se mostrado bastante atrativa por, entre outros fatores, proporciona um reequilíbrio orgânico 
geral e ser praticamente isenta de fatores deletérios que normalmente acompanham os tratamentos 
convencionais. 
A Acupuntura pode trazer um grande benefício para a prevenção e o tratamento de um 
grande número de enfermidades, portanto deve estar numa prática integrada a Medicina Ocidental, 
visando o alívio de sofrimento causado pelas doenças e proporcionando uma melhor qualidade de 
vida aos pacientes. 
Termino esta pesquisa satisfeita com o resultado obtido. A paciente com este tratamento 
teve uma grande redução do tumor e no último rastreamento de tumores, constatou que ela não tem 
outros tumores e um cisto hepático desapareceu, restando apenas um e tendo seu tamanho reduzido. 
O melhor de tudo é saber que a paciente poderá após anos de tratamento, ter um 
acompanhamento anual e não mais periódico, pelos médicos do Hospital das Clínicas. 
Os resultados dos exames estão no Apêndice C 
 – Exames de Ultrassonografia Abdominal. 
31 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
DEADMAN, PETER; AL-KHAFAJI, MAZIN; BAKER, KEVIN. Manual de Acupuntura. Gen / 
Roca. 
 
 
ROSS, J. Sistemas de Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional Chinesa. Segunda Edição. 
Roca 
 
 
CUNHA, ANTÔNIO AUGUSTO AZEVEDO; HOGA, TERUYOSHI. A Moxaterapia Japonesa. 
Ícone editora. 
 
 
www.cirurgiadocancer.com (Câncer do Fígado (Gan) e Tumor Benigno) 
Danton Corrêa - Cirurgia Oncológica. 
 
 
LINGLING,DRA. WANG – Artigo: Tratamento do Câncer usando ¨Moxabustão Direta com 
cone de Moxa Arroz¨. 
 
CABANILLAS, J. G.Q. - Efeito da eletroacupuntura na qualidade de vida de pacientes com 
esclerose múltipla forma recorrente-remitente. Capinas, 2012. Citações. 
 
FIRMINO, E. M. – Aspectos epidemiológicos da demanda do ambulatório de acupuntura do 
Hospital da Clínicas da UFPE (período: 2005 a 2007). Recife, 2009. 
 
 
WEN, T. S. - Acupuntura Clássica Chinesa: São Paulo: Cultrix,1998 
 
WANG, L.G. – Tratado Contemporâneo de Acupuntura e moxa. São Paulo: 2005. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.cirurgiadocancer.com/
32 
 
APÊNDICE A – Protocolo de Consentimento 
 
 
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APÊNDICE B – Tabela de Ryodoraku 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APÊNDICE C – Resultados de Exames 
 
 
 
 
 
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38 
 
ANEXO A – Protocolo de Avaliação Geral 
 
 
Para o diagnóstico na Medicina Tradicional Chinesa, foi utilizada a Ficha de Diagnóstico 
Energético, empregada no Centro de Estudos de Terapias Naturais. 
A avaliação em Medicina Tradicional Chinesa (MTC) ocorreu em 22/01/2014. 
 
Como queixa principal a paciente apresentou: Tumor Hemorrágico e dois cistos hepáticos. 
 
Como queixa secundária a paciente apresentou: 
- Dor e distensão abdominal, estufamento, (sugerindo Estagnação do Qi do Fígado (Gan) invadindo 
o Baço (Pi); 
- Gosto amargo na boca pela tarde e noite; 
- Depressão, melancolia, opressão torácica, irritação e dor nas costelas (sugerindo Estagnação do Qi 
do Fígado (Gan)); 
- Sensação de obstrução na garganta (sugerindo Estagnação do Qi do Fígado (Gan) com Fleuma); 
- Irritação, pequenas explosões de raiva, cefaléia (sugerindo Hiperatividade do Yang do Fígado 
(Gan)); 
- Bursite subacromiodeltóidea em ombro esquerdo; 
- Colesterol alto; 
- Tensão cervical; 
- Ansiedade (podendo ser causada por Deficiência de Yin do Coração (Xin)); 
- Insônia (podendo ser Ascendência do Yang do Fígado (Gan) ou Deficiência de Yin do Coração 
(Xin)); 
- Cansaço (Deficiência de Qi do Baço (Pi)). 
 
Como antecedentes de doenças a paciente apresentou: 
Hepatite A e Xistossoma (Verme), conhecido como “Barriga D’Água”. 
 
Na Inspeção foram observados: 
Língua: 
- Com Saburra Branca (Frio Interno); 
- Denteada (Umidade, Deficiência de Qi do Baço (PI)); 
- Arroxeada na lateral da língua (Estase de Xue). 
 
39 
 
Compleição Geral: Yang 
 
Cor da pele: Face amarelada (Estômago (Wei) e Baço (Pi)). 
 
Auscultação: 
- Fala alta (Síndrome de excesso, calor); 
- Fala muito (Deficiência de Yin do Coração (Xin)). 
 
Interrogatório: 
 
Transpiração: Sua pouco (normal) 
 
Sono: Insônia 
 
Emoções: Raiva/ Irritabilidade, Preocupação e tristeza 
 
Alimentação: Segue dieta hospitalar 
 
Sabores: 
Amargo (Deficiência de Qi do Coração (Xin)); 
Azedo/Ácido (Estagnação de Qi do Fígado (Gan)). 
 
Sede: Muita sede (Calor Interno) 
 
Disfunções Gastro-Intestinais: 
- Náuseas (enjôos) (Qi perverso calor–umidade em Estômago (Wei)); 
- Gastrite (Qi Perverso Calor em Estômago (Wei)); 
 - Diarréia (Qi perverso calor ou frio/umidade). 
 
Fezes: Fezes finas com água (Qi perverso umidade/frio em Baço (Pi) e Estômago (Wei)). 
 
Urina: Muita e Clara 
Órgãos dos sentidos: 
 
Olhos e visão: Secura (Vazio de Yin Qi do Fígado (Gan)) 
40 
 
Síndrome dos olhos secos 
Boca e gosto: Boca amarga (Qi perverso calor/umidade em Fígado (Gan) e Vesícula Biliar (Dan)). 
 
Algias: Coluna Cervical. 
 
Algias periféricas: Tendinites e Bursites (Estagnação de Qi do Fígado (Gan)). 
 
Abdome: 
- Dores epigástricas (Qi perverso Frio no Estômago (Wei)); 
- Dor no hipocôndrio tipo pontada (Estase de Qi do Fígado (Gan)). 
 
Tórax: Opressão Torácica (Qi perverso Frio e Umidade no Pulmão (Fei)). 
 
Dores de Cabeça: Temporal (Hiperatividade de Yang Qi do Fígado (Gan), Calor/Umidade de 
Fígado (Gan) e Vesícula Biliar (Dan)). 
 
Pulsologia: O pulso encontrava-se superficial e em couro (Desarmonia do Fígado (Gan)). 
 
Os padrões de desarmonias foram baseados no livro de Jeremy Ross, 1994.

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