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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS MÉDICAS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO PNEUMOLOGIA QUESTÕES PRIMEIRO ESTÁGIO (Doc atualizado) MONITORES: WILLGNEY PORTO. G., MARIA CLARA V. MORAIS Campina Grande, 2022 1) Paciente 50 anos, masculino, ex-tabagista, com relato de cirurgia para tratamento de um abcesso cerebral em 2015. Há 07 meses surgiu dispneia progressiva com piora havia 2 meses. Relato de febre esporádica e perda de 5kg no último mês. De acordo com a radiografia, assinale V ou F. Ampliação da imagem* ( ) Presença de padrão intersticial ( ) Nódulos pulmonares localizados nos lobos superiores ( ) Massas localizadas no pulmão esquerdo ( ) Presença de padrão alveolar com broncograma aéreo ( ) Alargamento do mediastino por provável adenomegalias ( ) Presença do sinal da silhueta 2) Qual o laudo radiográfico da imagem acima? 3) Cite 5 patologias que apresentam como mecanismo de insuficiência respiratória o distúrbio de baixa V/Q. 4) 24 de junho de 2022, noite de São João em Campina Grande. Janilson, 26 anos de idade, estava no bar do Nilson quando um cara pisou em seu pé sem pedir desculpas. Janilson relata que só se lembra de acordar no chão com falta de ar e observar mesas e garrafas de vidro quebradas em seu entorno. Foi informado que ocorreu uma briga generalizada no bar e ele foi nocauteado. Ao chegar no hospital, o plantonista da noite identificou um trauma pérfuro-contuso na região intercostal do lado esquerdo. Rapidamente solicitou uma radiografia de tórax em PA. Qual alteração presente na imagem? 5) Durante uma festa em família, Júnior, 16 anos, começa a tossir e ter falta de ar após sentir o cheiro forte do perfume de uma convidada. Havia um médico no local e, ao atendê-lo, notou que Júnior apresentava também o olho bem vermelho e uma queixa de prurido ocular (queixas essas já iniciadas há duas semanas, que apareciam sazonalmente). Ao realizar a ausculta, encontrou sibilos difusos. Apesar de consciente, Júnior pronunciava frases incompletas durante todo o exame, sem sinais de fadiga respiratória; RCR, bulhas normofonéticas, FC 130 bpm, FR 30, PA 110 x 70 mmHg. Com base no quadro, responda: A) Qual foi o provável diagnóstico aventado pelo médico? Cite a relação com o quadro oftalmológico prévio. B) Qual a classificação da crise apresentada por Júnior neste momento? Justifique. C) Quais devem ser as linhas gerais de tratamento para este quadro? D) Considerando que Júnior apresentava cerca de dois sintomas diurnos semanais, mas sem limitação de suas atividades, qual seria a classificação mais apropriada para ele? Em quanto tempo deverá ser o retorno para reavaliação do tratamento? E) Como deveria ser o tratamento de manutenção para este paciente? E o tratamento sintomático? 6) Admitido no HUAC com quadro de tosse, febre e dispnéia há 15 dias. Está em seu 7º dia de internação, em uso de Levofloxacina desde o 1º dia que deu entrada. Sem febre há 5 dias. Na noite anterior surgiu dor torácica ventilatório-dependente no HTE. Relato de perda ponderal e astenia há 03 meses. Ex-tabagista (30 maços/ano). De acordo com a história clínica, qual a sua principal conduta? Justifique. 7) O plantão na enfermaria de pneumologia no HUAC estava bem mais tranquilo que o normal, permitindo que você estudasse e descansasse das provas da semana anterior. Porém, como todos nós sabemos, "o plantão só acaba quando termina", e é neste contexto, meia hora antes de terminar seu horário, que Dona Clotilde, asmática de 60 anos, funcionária do HUAC, pede sua ajuda pois faz uso do Alenia (inalador de pó seco) mas sem respostas de melhora. Sabiamente você pede para que ela repita a técnica inalatória em sua frente, e percebe que a senhora não faz a pausa de 10s após inalação. O interno que o acompanhava pergunta se não deveria trocar o dispositivo inalatório. Você concorda? Justifique. 8) Você acaba de pegar o plantão de 24h na enfermaria do HUAC, e o plantonista anterior vai embora antes de passar o caso de João Luiz, paciente que, enquanto descansa no leito, apresenta tosse ineficaz, dor torácica e percebe redução da capacidade de realizar inspirações profundas. Sendo assim, você rapidamente solicita o raio-x. Qual alteração observada? 9) Relacione o exame com sua respectiva finalidade: A) Fundamental para excluir doenças parenquimatosas. B) Útil para identificar doenças obstrutivas ou restritivas. C) Útil para diferenciar causas pulmonares de cardíacas. D) Indicado quando as causas mais comuns de tosse crônica foram excluídas e aspiração de corpo estranho. E) Reflete o estado fisiológico do paciente, avaliando trocas gasosas. ( ) Raio X de Tórax ( ) Broncoscopia ( ) Gasometria ( ) BNP ( ) Espirometria 10) Seu José, 71 anos, está internado na sala de emergência no HUAC. Foi admitido apresentando dispneia (Mmrc 4), bastante ansioso, sudoreico e com as extremidades frias e cianóticas. Ao exame físico foi verificado estertores crepitantes difusos ao longo do terço médio até as bases em ambos os hemitórax. Logo em seguida foi solicitado a radiografia de tórax. Qual padrão radiológico encontrado e qual seria a hipótese diagnóstica? 11) Paciente do sexo masculino, 48 anos, relata dor torácica ventilatório-dependente à esquerda iniciada há 1 mês, sem relação com os esforços, e após alguns dias início de cansaço aos moderados esforços, sem outras queixas. Descreva o laudo radiográfico e possível diagnóstico sindrômico: 12) Paciente 59 anos, feminino, evoluiu com febre, dor torácica e hemograma infeccioso. Qual padrão radiológico e diagnóstico provável? 13) Paciente do sexo feminino, 49 anos, asma desde a infância. Qual o laudo da espirometria? Previsto L. inferior Pré-bd Pós-bd % variação CVF 2,98 2,43 2,72 (91%) 2,78 (93%) 2% VEF1 2,33 1,90 2,01 (86%) 2,27 (97%) 11% VEF1/CVF 79 71 73 81 FEF25-75/CVF 76 46 51 72 PFE 7,56 6,45 6,56 (86%) 6,70 (88%) 2% 14) Paciente de 62 anos, sexo masculino, diagnóstico prévio de DPOC. Qual o laudo da espirometria? 15) Paciente do sexo feminino, 53 anos, com história de asma desde a infância. Fumante de 30 maços/ano. Qual o laudo da espirometria? 16) Paciente de 23 anos, sexo masculino, queixa-se de dispneia e chiado no peito ao se expor a ambientes com poeira ou mofo. 17) Paciente do sexo masculino, 62 anos, com diagnóstico de DPOC. Apresenta a seguinte radiografia de tórax: Qual o laudo da espirometria? EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010 PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – PSU-MG Asma é uma doença que afeta parcela significativa da população mundial. Apesar de ser frequente e causar elevado custo social e econômico, sua letalidade é baixa. As afirmativas abaixo fazem parte do conceito desta importante doença, EXCETO: a) Quando não há remodelamento, a obstrução do fluxo aéreo é reversível, espontaneamente ou com o tratamento. b) Mastócitos e eosinófilos têm importante papel na inflamação das vias aéreas. c) A hiper-responsividade brônquica é a tradução do aumento da reatividade das vias aéreas a uma variedade de estímulos. d) A resposta mediada por IgA é o fator predisponente mais significativo para o desenvolvimento da asma. RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SÃO PAULO – SUS-SP Diante de um paciente com história de tosse e dispneia, são fatores que DIMINUEM a probabilidade de asma: a) Eosinofilia sem outra justificativa. b) História familiar de atopia. c) Antecedente de tabagismo importante (> 20 maços/ano). d) Sibilos, dispneia e tosse que pioram com exercício e resfriamento do ar inspirado. e) Sibilos, dispneia e tosse após ingestão de salicilato ou betabloqueador. RESIDÊNCIA MÉDICA – 2006 SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SANTA CATARINA SES-SC Assinale, entre as alternativas abaixo, o exame que você escolheria para confirmar o diagnóstico de Asma Brônquica em paciente com história típica, mas com espirometria normal: a) Pletismografia. b) Testes cutâneos alérgicos. c) Estudo radiológico do tórax em ins e expiração máxima. d) Teste de broncoprovocação pela metacolina.e) Nenhuma das opções acima. RESIDÊNCIA MÉDICA – 2018 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP-SP Menina de 9 anos de idade está em seguimento ambulatorial por quadro de sibilância recorrente, iniciada aos 6 meses de idade. Os episódios são desencadeados por infecções virais, mudança de temperatura ambiental e exposição a alérgenos (poeira e fumaça). Foi internada 3 vezes devido a exacerbações, e a última internação foi aos 6 anos de idade. Nas últimas 4 semanas a mãe refere que a criança tem apresentado tosse e cansaço durante a noite, acordando 1 vez por semana devido a estes sintomas. Durante o dia a criança fica bem, faz suas atividades habituais sem dificuldades, participando inclusive, das aulas de educação física da escola. A mãe refere que a criança não faz uso de broncodilatador há mais de 6 meses. Qual é a classificação da asma dessa paciente? a) Parcialmente controlada. b) Intermitente moderada. c) Persistente leve. d) Episódica descontrolada. RESIDÊNCIA MÉDICA – 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para manejo da asma, que critérios são usados para classificar o controle da asma de um paciente em acompanhamento ambulatorial? a) Número de sintomas mensais e frequência do uso de corticosteroide sistêmico. b) Número de sintomas semanais e frequência do uso de broncodilatador de resgate semanal. c) Frequência de procura a serviço de pronto atendimento e quantidade de corticosteroide inalatório usado para manutenção. d) Pico de fluxo expiratório maior que 70% e presença de sintomas durante as atividades físicas. e) Faltas escolares semanais e necessidade de corticosteroides inalatórios associado a broncodilatador de longa duração. RESIDÊNCIA MÉDICA – 2013 PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – PSU-MG Adolescente de 11 anos veio ao consultório com crises de dispneia em intervalos mensais, às vezes a cada 15 dias, necessitando do uso de corticoides na maioria das crises. Procurou várias vezes os serviços de emergência, inclusive com internamentos. Queixa-se de tosse e dispneia após andar pequenas distâncias e fazer atividades como subir escadas. Não consegue correr. Apresenta tosse diária persistente. Necessita de broncodilatadores inalatórios duas a três vezes ao dia para alívio dos sintomas. A espirometria evidenciou um valor do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) de 58% do valor previsto. Como você classificaria, CORRETAMENTE, esse paciente de acordo com a classificação da gravidade da asma (fora da crise)? a) Asma persistente leve. b) Asma persistente moderada. c) Asma persistente grave. d) Asma intermitente ou episódica. RESIDÊNCIA MÉDICA – 2017 HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ – HC-UFPR Com relação ao tratamento da asma, enumere a coluna da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda. 1. ß2-agonista de curta ação. 2. ß2-agonista de ação prolongada. 3. Corticosteroide inalatório. 4. Antileucotrieno. 5. Anticolinérgico de ação prolongada. 6. Anticorpo monoclonal anti-IgE. ( ) Montelucaste. ( ) Budesonida. ( ) Salbutamol. ( ) Formoterol. ( ) Omalizumabe. ( ) Tiotrópio. Assinale a alternativa que apresenta a numeração CORRETA da coluna da direita, de cima para baixo. a) 5 – 3 – 2 – 6 – 4 – 1. b) 6 – 3 – 2 – 1 – 4 – 5. c) 4 – 3 – 5 – 6 – 2 – 1. d) 5 – 3 – 1 – 2 – 6 – 4. e) 4 – 3 – 1 – 2 – 6 – 5. RESIDÊNCIA MÉDICA – 2019 UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – UNAERP – SP Paciente de 44 anos, asmática grave em uso de montelucaste, beta-agonistas de longa duração e corticoide inalatório em altas doses, foi acompanhada por um ano, revisando técnica inalatória, comorbidades com rinite, refluxo gastroesofágico, controle ambiental e, mesmo assim, manteve-se não controlada. Apresentava IgE elevada, escarro com esinófilos acima de 3% e eosinofilia no sangue baixa. Qual é a MELHOR droga para adicionar a seu tratamento? a) Corticoide endovenoso. b) Corticoide intramuscular de depósito. c) Anticolinérgico de longa ação (antimuscarínico). d) Anti IL-5. e) Omalizumabe. RESIDÊNCIA MÉDICA – 2019 PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – PSU-MG Pré-escolar de quatro anos, há um ano com relato de episódios recorrentes de tosse, dispneia e sibilância desencadeados por resfriados, mudança climática e contato com poeira doméstica. Nos últimos três meses, os pais notaram que ele interrompe as atividades físicas e tem acordado à noite devido a tosse e cansaço. No último mês, foi levado ao pronto-atendimento devido a duas "crises de chieira", quando usou oxigenioterapia, salbutamol e prednisona, com melhora do quadro. Após a alta do pronto-atendimento, qual teria sido a MELHOR conduta terapêutica nesse caso? a) Iniciar o uso de Salbutamol associado a Brometo de Ipratropium por via inalatória, uma hora antes das atividades físicas. b) Iniciar terapia de manutenção com antileucotrieno por via oral e agonista beta-2 adrenérgico de longa ação por via inalatória. c) Iniciar terapia de manutenção com associação de corticoide com agonista beta-2 adrenérgico de longa ação por via inalatória. d) Iniciar terapia de manutenção com corticoide por via inalatória e usar agonista beta-2 adrenérgico de curta ação quando necessário. RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012 HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ – HC- UFPR A.M.B., 6 anos, foi internado na emergência pediátrica por estado de mal asmático. Qual, entre os dados abaixo, é o mais importante preditor de desenvolvimento de estafa respiratória e de necessidade de ventilação mecânica? a) Hipoxemia. b) Hipercapnia. c) Hipocapnia. d) Tiragem intercostal. e) Taquipneia.