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Fases e Características do Parto

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Parto
Fisiologia
Fases Clínicas do Parto
Fase de quiescência
Fase de estimulação
Fase de involução
Apresentação Pélvica
Definição
Fase caracterizada pela relativa ausência de resposta a agentes que
determinam a contratilidade uterina
Início
Contrações
Implantação do zigoto e perdura por quase toda a gestação
Algumas poucas contrações são observadas nesse período, mas não
modificam a estrutura cervical nem causam dilatação do colo uterino
Definição
Preparação do útero e do canal cervical para o trabalho de parto
Características
Retorno ao estado pré-gravídico (puerpério)
Fase de ativação
Definição
Fase caracterizada por contrações uterinas efetivas
Duração
Característica principalDescida do fundo uterino
6 a 8 semanas
Frequência regular2 a 5 contrações a cada 10 minutos
Duração30 e 90 segundos
Períodos
Dilatação
Expulsão 
Dequitação
Contração persistente que promove a involução uterina
InícioApós a dequitação
Dilatação
Início
Fase latente
Fase ativa
Primeiras contrações dolorosas
Duração de 8 horas
Dilatação cervical gradual0,35 cm/h
PrimíparasDuração prolongada > 20 horas
MultíparasDuração prolongada > 14 horas
Duração da dilatação cervical
Dilatação inicial4 cm
Primíparas
Multíparas
Velocidade de dilatação 1,2 cm/h com duração de 6 horas
Velocidade de dilatação 1,5 cm/h com duração de 3 horas
Cervical
Aceleração
A velocidade de dilatação começa a modificar-se e a curva se eleva
Máximo2 a 3 para 8 a 9 cm
DesaceleraçãoPrecede a dilatação completa
Principal ação Modificação da cérvix
Processo
Início
Término
Dilatação completa do colo uterino
Permite a passagem fetal
Modificações cervicais
Esvaecimento do colo
Dilatação cervical
Apagamento do canal cervical
Consiste na incorporação do colo à cavidade uterina, terminando com a
formação de um degrau ao centro da abóbada cervical
Etiologia
Alterações bioquímicas que levam à fragmentação e à re-disposição das
fibras de colágeno
Alteração na concentração de glicosaminoglicanas
Expulsão
Definição
Período em que o feto é expelido do útero através do canal de parto por
meio da ação conjugada das contrações uterinas e das contrações voluntárias
dos músculos abdominais
Puxos
Características
As paredes do canal vaginal, retal e da bexiga são comprimidas, gerando uma
resposta reflexa, que irá expor o movimento voluntário da prensa abdominal
Contrações uterinas
Força contrátil do diafragma
Metrossístoles
Força contrátil da parede abdominal
Início
Fim
Dilatação completa
Saída do feto
Imobilização uterina
Contenção dos ligamentos largo, uterossacro e redondo
Dequitação
Definição
Momento em que o útero expele a placenta e as membranas (após o
nascimento do feto)
Etiologia
Diminuição do volume uterino depois da expulsão fetal, associada às
contrações uterinas vigorosas e indolores
Deslocamento de Baudelocque-Schultze
Central
Mais frequente
Apresenta sangramento após a dequitação, com formação de hematoma
retroplacentário
Deslocamento de Baudelocque-Ducan
Marginal ou periférico
Menos comum
Apresenta escoamento de sangue antes da total expulsão da placenta
Relações Uterofetais
Atitude
Situação
Apresentação
Relação das partes fetais entre si, demonstrando a forma de o feto adaptar-
se ao espaço intrauterino
Flexão generalizada
Extensão
Cabeça curvada para frente e com braços e pernas fletidas
Parte posterior e inferior da cabeça se aproxima da costa fetal
Longitudinal
Transversa
Oblíqua
Quando ambos os eixos (materno e fetal) são coincidentes
Quando o maior eixo do feto está perpendicular ao eixo maior do útero
O eixo fetal encontra-se oblíquo em relação à coluna vertebral materna
Região fetal que ocupa a área do estreito superior da bacia materna e que
consequentemente nela vai se insinuar
A apresentação somente é definida a partir de 7 meses de gestação
Cefálica
Fletida
Defletida
O mento se aproxima do esterno
O mento se afasta do esterno
1º grau
2º grau
3º grau
Apresentação de bregma, o ponto de referência que surge no estreito
superior é o ângulo anterior do bregma
Apresentação de fronte, surge a raiz do nariz como ponto de referência
fetal
Apresentação de face, surge o mento como ponto de referência fetal
Pélvica
Completa
Incompleta
Os MMII estão completamente fletidos (as coxas sobre a bacia e a as
pernas sobre as coxas)
Os MMII estão estirados e rebatidos de encontro à parede ventral do feto
– as nádegas ocupam o estreito superior
Modo nádegas ou agripina
Pelvicodálica
Posição e variedade
Relação do dorso fetal com o lado materno
1ª posição
2ª posição
Esquerda
Direita
1ª letra
2ª letra
3ª letra
Ponto de referência da apresentação fetal: O (occipício), B (bregma), N
(naso), M (mento), S (sacro) e A (acrômio)
Lado materno para o qual está voltado o ponto de referência fetal (posição):
D (direita) e E (esquerda)
Variedade de posição, conforme o feto esteja voltado para o ponto de
referência ósseo da bacia materna: A (anterior) – eminência ileopectínea, T
(transversa) – extremidade do diâmetro transverso, P (posterior ou púbis) –
sinostose sacroilíaca ou púbis, S (sacro) – materno
Apresentação Cefálica Fletida
Definição
Passagem do maior diâmetro da parte apresentada, perpendicular à linha de
orientação fetal, pelo estreito superior da bacia materna
Insinuação
Ponto de referência
Nível das espinhas isquiáticas maternas
Plano 0 de De Lee ou terceiro plano de Hodge
Assinclitismo
Posterior
Anterior
Sincliitismo
A sutura sagital se aproxima da pube e o parietal posterior desce até
ultrapassar o promontório materno
A sutura sagital está mais próxima ao sacro, mais baixo está o parietal
anterior
Quando a sutura sagital fica na mesma distância entre o púbis e o
promontório
Descida ou progressão
Rotação interna
Definição
Passagem do polo cefálico (ou da apresentação fetal em geral) do estreito
superior para o estreito inferior da pelve materna
Início
Sempre ocorre de forma sincrônica com o primeiro tempo, o terceiro tempo
ou ambos
Objetivo
Coincidir o diâmetro anteroposterior do polo cefálico com o maior diâmetro
da bacia materna
Fatores
Contrações de baixa intensidade
Ausência de flexão cefálica
Fetos grandes
Movimento de espira
Movimento de rotação para locar o polo cefálico sob o púbis durante a
descida do feto
Rotação
Anterior ou púbica
Posterior ou sacra
Ponto de referênciaOccipício
Traz o ponto de referência fetal para a frente, junto ao púbis
O feto roda para trás
Desprendimento cefálico
Definição
Período que se inicia com a descida final da cabeça fetal em posição
occipitopúbica, até que seja possível a locação do suboccipício no subpúbis
materno
Polo cefálicoEstá em flexão e precisa estar em deflexão ou extensão da cabeça
Rotação externa
Occipício
Sutura sagital
Espáduas
Volta-se para o lado materno que ocupava no interior do canal de parto
Transversa a fenda vulvar
Rodam trazendo o diâmetro biacromial para o diâmetro anteroposterior do
estreito inferior
Desprendimento do ovoide córmicoExteriorização das cinturas escapular e pélvica do feto
Apresentação Cefálica Defletida
1º grau
Identifica-se a linha de orientação sagitometópica e a fontanela bregmática
Fatores de risco
Multiparidade
Desproporção cefalopélvica
Braquicefalia fetal
Bacias muito amplas
Feto pequeno
2º grau
No exame vaginal, é possível sentir a sutura metópica (como linha de
orientação) e a glabela ou raiz do nariz, que corresponde ao ponto de
referência fetal
Fatores de risco
Multiparidade
Feto pequeno
Feto volumoso
Feto morto
Dolicefalia
Polidrâmnio
Placenta prévia
3º grau
Ao toque vaginal, se reconhece a linha de orientação representada pela linha
facial, na qual é possível sentir glabela, nariz, boca e mento – esse é o ponto
de referência fetal
Fatores de risco
Hidrocefalia acentuada
Tumores cervicais anteriores
Excesso de líquido amniótico
Rotura intempestiva das membranas ovulares
Multiparidade
Completa
Modo de nádegas ou agripina
O feto permanece em atitudede flexão generalizada, com as coxas fletidas
sobre o tronco e as pernas fletidas sobre as coxas
Prevalência 5 a 10%
O feto fica com as coxas fletidas sobre o tronco e as pernas estendidas, de
tal forma que os pés se encontram próximos ao polo cefálico
50 a 70%Prevalência
Incompleta ou modo de joelho ou de pé
O feto apresenta uma ou ambas as coxas estendidas, de tal forma que
permaneçam um ou ambos os joelhos ou pés no estreito superior
10 a 40%Prevalência
Distocias
Definição Anormalidade no desenrolar do trabalho de parto
Etiologia Anormalidade em 1 ou + dos determinantes: força, trajeto e objeto
Funcional
Fetal
Trajeto
Força motriz/contratilidade uterina
Objeto: tamanho ou apresentação fetal
Trajeto: bacia e partes moles
Presença de anormalidade do fator contrátil durante o trabalho de parto
Epidemiologia Cerca de 37% em nulíparas com gestações de baixo risco
Fatores predisponentes
Assistência obstétrica inadequada
Utilização da ocitocina de forma indiscriminada e indevida
Estado emocional da parturiente
Classificação de Goffi
Hipoatividade
Hiperatividade
Primária
Secundária
Sem obstrução
Com obstrução
Hipertonia
Dilatação
Polissistolia
Superdistensão
Descolamento prematuro de placenta
Intensidade < 25 mmHg (hipossistolia)
Frequência < 2/10 minutos (bradissistolia)
Tônus < 8 mmHg
Início do trabalho de parto de forma ineficaz e lenta
Diminuição significativa da atividade uterina, após início de contrações
uterinas adequadas ou exageradas
Terapêutica
Administração de ocitocina
Amniotomia
Intervalo de tempo entre uma medida e outra: 1 a 2 horas
Caso as medidas não funcionem: considerar a hipótese de incoordenação
uterina e indicar analgesia
Intensidade > 50 mmHg (hiperssistolia)
Frequência > 5/10 minutos (taquissistolia)
Tônus > 12 mmHg
Parto taquitócito
Epidemiologia Comum em grandes multíparas
Evolução rápida < 3 horas
Complicações
Lacerações do canal de parto
Hemorragia intracraniana
Prolapso de cordão umbilical
Terapêutica
Objetiva evitar ou tratar possíveis traumas maternos e fetais decorrentes
do trabalho de parto de curta duração
Amniotomia tardia, analgesia precoce, revisão cuidadosa do canal de parto e
observação rigorosa do recém-nascido
Existe processo obstrutivo impedindo o trânsito do feto pelo canal de parto,
como ocorre na desproporção cefalopélvica
Terapêutica
Objetiva evitar a ocorrência de rotura uterina
Cesárea
Tônus > 20 mmHg
Presença de mais de cinco contrações em 10 minutos
Etiologias
Idiopática
Uso inadequado de ocitocina
Hiperestimulação
Taquissistolia
5 ou + contrações em 10 minutos ou contrações com duração > 2 minutos e
intervalo < 1 minuto entre as contrações, podendo estar ou não
acompanhadas de alterações na cardiotocografia
+ do que 5 contrações sem alterações na FC fetal
Terapêutica
Decúbito lateral
Aumenta o aporte sanguíneo para o útero, favorece a regularidade e
efetividade das contrações uterinas
Preferência pelo esquerdo
Analgesia
Descontinuação da ocitocina
Etiologias
Gestação múltipla
Polidrâmnio
Terapêutica da gemelidade
Amniotomia
Administração de ocitocina
Terapêutica no polidrâmnio
Amniocentese
Drenagem lenta e progressiva do líquido amniótico
Amniotomia
Analgesia
Uso de ocitocina
Incoordenação de algum segmento uterino
Ausência de dilatação cervical ou a progressão lenta
Terapêutica
Analgesia
Amniotomia
Ocitocina
Definição
Ósseas
Presença de distocias ósseas ou de partes moles, representando
estreitamento da pelve capaz de diminuir sua capacidade e, com isso,
dificultar ou impedir a passagem fetal
Presença de anormalidade na forma, na dimensão ou na inclinação da pelve
que dificulte ou impossibilite o parto vaginal
Vícios do estreito superior
Vícios do estreito médio
Conjugata diagonalis: < 11,5 cm
Conjugata vera: < 10 cm (subtrai-se 1,5 cm da diagonalis)
Apresentação: se mantém alta
Partos prolongados
Feito insinuado (plano zero De Lee), mas não progride
Bituberoso: < 8 cm
Partes moles
Presença de anormalidade em um dos integrantes do canal de parto - colo,
vagina e vulva - impedindo-se a progressão do trabalho de parto
Vagina
Vulva
Colo
Septos vaginais: septos transversos geralmente impedem o parto vaginal
Situações capazes de dificultar a evolução do parto
Situações capazes de dificultar a evolução do parto
Veias varicosas, estenose vulvar, edema de vulva e condiloma acuminado
extenso
Hipertrofia do colo do útero, estenose cervical e edema de colo
Tamanho fetal
> 4.000g
Medida da altura uterina > percentil 95
Desproporção cefalopélvica
Manobra de Pinard
Manobra de Müller
Biacromial
Apresentação é cefálica e o polo cefálico já se desprendeu, mas os ombros
não se soltam e não se observam quaisquer outras dificuldades
Fatores predisponentes
Obesidade materna
Pós-datismo
DM gestacional

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