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QUESTIONÁRIO I- RESPONSABILIDADE CIVIL GABARITO: 1:E 2:E 3:D 4:E 5:E 6:D 7:e 8:d 9:B 10:A PERGUNTA 1 Considere as seguintes proposições: I. Entende-se por responsabilidade civil a obrigação que incumbe uma pessoa de reparar o prejuízo causado à outra, por ação ou omissão própria. II. A obrigação que tem como fonte o ato ilícito, por descumprimento de contrato ou de preceito normativo ocorre apenas no âmbito penal. III. A obrigação de reparar o dano é princípio geral de direito dos mais antigos. Quem causa dano a outrem tem o dever de reparar. IV. A reparação visa em geral à recomposição do prejuízo. A responsabilidade civil é a obrigação que tem como fonte o ilícito. São corretas: a. I, II e III. b. I, III e IV. c. I, II e IV. d. Todas as proposições. e. Somente as proposições III e IV. 0,5 pontos PERGUNTA 2 Quanto ao seguro de responsabilidade, é matéria de interesse crescente, visando à socialização do prejuízo, evitando situações em que a vítima ficaria sem indenização por falta de condição de pagamento pelo agente causador do dano. O seguro de responsabilidade ainda traz benefício ao segurado, que não corre risco de empobrecimento, desde que cause dano por culpa leve ou levíssima (não pode a seguradora responder por ato ilícito do segurado se o ato for doloso ou por culpa grave ou gravíssima). No Brasil, o seguro de responsabilidade civil é considerado: a. Ilícito, pois não pode a seguradora responder por ato ilícito de segurado. b. Lícito, mas não disciplinado pela lei. c. Lícito, mas não usado, posto que não é de interesse para a sociedade. d. Ilícito por não estar disciplinado pela lei. e. Lícito e cada vez mais utilizado, com regulamentação nos artigos que disciplinam o contrato de seguro. 0,5 pontos PERGUNTA 3 Considere as proposições seguintes: I. A indenização em caso de homicídio compreende, sem excluir outras reparações: pagamento de despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; e prestação de alimentos a quem a vítima os devia, levando-se em conta a provável duração da vida da vítima. II. A responsabilidade civil por danos físicos em caso de lesão ou outra ofensa à saúde compreende despesas de tratamento e lucros cessantes até o fim da convalescença, além de outro prejuízo eventualmente sofrido. III. Na responsabilidade civil por danos físicos em caso de lesão ou outra ofensa à saúde, se da ofensa resultar defeito que impossibilite a prática da profissão ou do ofício, como a dificuldade de locomoção do atleta, a cicatriz para o modelo, por exemplo, ou se diminuir a capacidade de trabalho, a indenização ainda incluirá pensão correspondente à parte que se perdeu nos rendimentos do ofendido. IV. Na responsabilidade civil por danos físicos em caso de lesão ou outra ofensa à saúde o prejudicado não pode optar pelo pagamento da indenização de uma só vez. São corretas: a. I, II e IV. b. I, III e IV. c. II, III e IV. d. I, II e III. e. Todas as proposições. 0,5 pontos PERGUNTA 4 Considere as proposições abaixo: A exclusão da responsabilidade civil ocorre em caso de culpa concorrente da vítima PORQUE Em caso de culpa exclusiva da vítima não há como imputar culpa ao agente e o dano é inevitável. Pode-se afirmar que: a. As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira. b. As duas proposições são corretas e a segunda não justifica a primeira. c. As duas proposições são falsas. d. Apenas a primeira proposição é correta. e. Apenas a segunda proposição é correta. 0,5 pontos PERGUNTA 5 Considere as seguintes afirmações: I. O abuso de direito só pode ser considerado ato ilícito quando o agente viola cláusula contratual expressa. II. O abuso de direito só pode ser considerado ato ilícito quando o agente causador do dano viola texto expresso de lei. III. O abuso de direito enseja a responsabilidade civil apenas quando o comportamento do agente causador do dano é doloso. É possível dizer que: a. As afirmações I e III são falsas. b. As afirmações I e II são falsas. c. A afirmação III é falsa. d. As afirmações II e III são falsas. e. Todas as afirmações são falsas. 0,5 pontos PERGUNTA 6 Não podem acarretar responsabilidade civil: a. Atos que não violem texto expresso de lei. b. Atos que não violem texto expresso de lei e nem de contrato. c. Atos de terceiro. d. Atos praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido. e. Atos praticados em estado de necessidade. 0,5 pontos PERGUNTA 7 Não é exemplo de responsabilidade civil extracontratual: a. A responsabilidade por danos provocados por animais, objetiva. O dono ou o detentor responde, salvo excludentes: força maior ou culpa exclusiva da vítima. b. A obrigação do dono de edifício ou construção pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. c. A responsabilidade do que habitar prédio, ou parte dele, pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. d. A do condomínio quando da impossibilidade de identificação do causador do dano decorrente de objetos lançados, consoante interpretação jurisprudencial. e. A do empreiteiro que não entrega a obra no prazo previsto ao dono da obra. 0,5 pontos PERGUNTA 8 “Remanesce a responsabilidade objetiva e solidária do Estado nas questões ambientais, sem qualquer possibilidade de excludentes, pois o Poder Público é o sujeito responsável pelo controle, vigilância, planificação e fiscalização do meio ambiente. A responsabilidade do Estado por danos ambientais encontra fundamento no art. 225. §3º, da CF e não no art. 37, §6º, da mesma Carta, pois neste a proteção é de bens individuais, naquele, de direito difuso insuscetível de desamparo jurídico. O Superior Tribunal de Justiça, em julgamento realizado em junho de 2007, considerou a União Federal, por omissão no dever de fiscalizar, solidariamente responsável pelos danos causados ao meio ambiente, ao logo de duas décadas, por empresas mineradoras (REsp 647.493-SC, 2ª T., rel. Min. João Otávio Noronha)”. (Darlan R. Bittencourt e Ricardo K. Marcondes, apud Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro, vol. 4, Responsabilidade Civil. Ed. Saraiva, 5ª Ed., 2010, pp. 95 e 96). Em matéria de dano ambiental, a responsabilidade civil do agente causador do dano: a. Não estará configurada se o ato praticado for autorizado por lei. b. Depende de culpa ou dolo do seu agente causador. c. Não poderia ser solidária porque a solidariedade não se presume no direito brasileiro. d. Não depende de culpa e não se exclui ainda que o ato praticado pelo agente causador do dano seja autorizado por lei. e. É subjetiva do Estado nas atividades sujeitas à aprovação pelo Poder Público e envolve a responsabilidade solidária do Estado pela omissão em fiscalizar. 0,5 pontos PERGUNTA 9 A responsabilidade nuclear se configura mesmo se o dano for oriundo de caso fortuito e força maior, que não elidem a presunção de culpa. Assim, é correto afirmar que: a. A responsabilidade de quem explora atividade nuclear nunca pode ser elidida. b. A responsabilidade civil de quem explora atividade nuclear pode ser elidida, dentre outras hipóteses, por culpa exclusiva da vítima. c. Ainda que o dano nuclear resulte de conflito armado ou guerra civil, não está exonerado de responsabilidade aquele que explora atividade nuclear. d. A responsabilidade civil de quem explora atividade nuclear é subjetiva e contratual. e. O fundamento para a responsabilidade civil objetiva de quem explora atividade nuclear advém exclusivamente de norma infraconstitucional. 0,5 pontosPERGUNTA 10 No Direito Romano Antigo, os delitos que acarretavam a responsabilidade civil do agente eram furto, injúria e dano. Também é correto afirmar que: a. A vingança, permitida nas origens, importava a retribuição privada contra o autor do prejuízo, com a ideia de que o dano poderia ser reparado com outro dano. b. Com a Lei das XII Tábuas, em 450 a.C., inicia-se a ideia de vingança, com a restituição do prejuízo causado, pelo seu autor. c. Em 286 a.C., no Direito Romano, na Fase Republicana, é criada a Lex Aquilia de damnum, fixando a desnecessidade de culpa para a caracterização da responsabilidade civil pela reparação do dano causado. d. Com a Lex Aquilia, em 286 a.C., as penas passam a não depender mais da culpa para serem aplicadas. e. O Direito Romano não tolerava a ideia da vingança na aplicação das penas.
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