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Resumo - Juizado Especial Federal

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Juizado Especial Federal 
 
- Funcionará apenas com um juiz togado; 
- Princípios informativos: oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e a 
celeridade. 
 
Competência absoluta: 
- Ao contrário do que se passa com os juizados especiais estaduais, havendo na Justiça Federal 
vara do Juizado Especial, o autor não terá opção de escolher entre ela e as varas comuns; 
 
Conflito de competência: 
- os juízes de primeira instância, tal como aqueles que integram os Juizados Especiais, estão 
vinculados ao respectivo Tribunal Regional Federal, ao qual cabe dirimir os conflitos de 
competência que surjam entre eles. 
 
Composição do órgão judicante: 
- O juizado especial federal consistirá numa vara especializada dentro da Justiça Federal; 
- Devem existir, porém, conciliadores, que serão designados pelo juiz presidente do Juizado pelo 
período de dois anos, com possibilidade de recondução; 
 
Sessão de conciliação: 
- Cabe à Secretaria do Juizado designar, logo após o registro do feito, a sessão de conciliação, a 
realizar-se no prazo de quinze dias. 
- O réu deverá ser citado, mas seu comparecimento espontâneo supre a falta da citação; 
 
Competência: 
- A ação será proposta no juizado especial federal sediado no local onde o réu tiver seu domicílio 
ou residência. 
- Se ali não houver tal juizado, a competência, conforme o art. 20 da referida Lei, será daquele 
que se achar mais próximo: 
(a) do domicílio do réu ou do local onde este exerça suas atividades profissionais ou econômicas 
ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório; 
(b) do lugar onde a obrigação deve ser satisfeita; 
(c) do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação do dano de qualquer 
natureza; 
- O autor poderá livremente optar por qualquer um deles, segundo suas próprias conveniências; 
- No caso, porém, de inexistir no foro, a cuja competência caberia a causa, vara da Justiça Federal, 
o ajuizamento no Juizado Especial Federal mais próximo, previsto no art. 20 da Lei nº 10.259, é 
apenas facultativo. 
 
 
 
Conflito de competência: 
- Entre órgão do próprio juizado a solução do conflito caberá à turma recursal; 
- Se o conflito se instala entre juízes vinculados a Turmas diferentes ou entre juízes do juizado 
especial e juízes da justiça federal, a competência se fixa no Tribunal Regional Federal; 
- Se for entre Turmas Recursais e Tribunais Federais, o julgamento caberá ao Superior Tribunal 
de Justiça; 
 
Causas de competência dos juizados especiais federais: 
- processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta 
salários mínimos, bem como executar suas sentenças; 
- Acham-se, porém, excluídas dos juizados especiais, pelo § 1º do mesmo dispositivo legal, as 
seguintes causas: 
(a) causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada 
ou residente no País; causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro 
ou organismo internacional; disputa sobre direitos indígenas; 
(b) as ações de mandado de segurança, de desapropriação, 6 de divisão e demarcação, populares, 
execuções fiscais e por improbidade administrativa, e as demandas sobre direitos ou interesses 
homogêneos; 
(c) as ações sobre imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais; 
(d) as ações para a anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, 8 salvo o de natureza 
previdenciária e o de lançamento fiscal; 
(e) as ações que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores 
públicos civis ou de sanções disciplinares aplicadas a militares; 
- O maior volume de causas atribuídas aos juizados especiais federais se concentrará, sem dúvida, 
no campo previdenciário e tributário (excluídas, deste último, porém, as execuções fiscais). 
 
Legitimação: 
- pessoas físicas e as microempresas, bem como as empresas de pequeno porte; 
- Como rés podem ser demandadas a União e as autarquias, fundações e empresas públicas 
federais. Todas estas pessoas jurídicas apenas se legitimam passivamente; 
- Diversa, porém, é a situação das pessoas jurídicas de direito público, quando saem vitoriosas em 
ação contra elas movida, se resolvem executar a sentença pronunciada no âmbito do Juizado 
Especial. 
- Nos Juizados Especiais Federais Cíveis, aplica-se a dispensa da representação de poderes por 
advogado; 
 
Intervenção de terceiro e litisconsórcio: 
- também, ao juizado especial federal o incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 
 
Ministério Público: 
- não prevê a intervenção do Ministério Público nas causas processadas no Juizado Especial 
Federal, a não ser na fase de uniformização de interpretação de lei federal; 
 
 
 
Jus postulandi e representação das partes: 
- A presença das partes em juízo, nos juizados especiais federais, independe de representação 
por advogado. 
- O jus postulandi é conferido diretamente aos litigantes. Todavia, faculta-se-lhes a designação, 
por escrito, de preposto, ou seja, de representante para a causa, advogado ou não; 
- O representante tem amplos poderes, inclusive para contestar a ação, prestar depoimento 
pessoal, fazer acordo e atuar em todas as fases do processo, independente de explicitação no 
documento de credenciamento. 
- Os mesmos poderes são reconhecidos aos representantes judiciais das pessoas jurídicas de 
direito público; 
 
Atos de comunicação processual: 
- As autarquias, fundações e empresas públicas serão citadas na pessoa do representante legal 
máximo da entidade, no local onde proposta a demanda, se ali existir escritório ou representação. 
Não havendo órgão local, a citação dar-se-á na sede da entidade; 
- Não se aplica aos juizados da espécie a citação por edital. 
- O comparecimento espontâneo do réu supre a falta ou a nulidade da citação pessoal; 
- A sentença, quando publicada na audiência, reputa-se intimada no próprio ato, mesmo que a parte 
não esteja presente, mas tenha sido intimada para a sessão. Proferida fora da audiência, as 
partes serão intimadas pelo Correio; 
- Os outros atos processuais serão intimados às partes ou seus representantes, pessoalmente ou 
por via postal, sem que se imponha o registro para “entrega em mão própria; 
 
Uso de meios eletrônicos: 
- autoriza intimações e petições por meio eletrônico. Não se estendeu a medida, porém, à citação 
que, desta maneira, terá de aperfeiçoar-se pessoalmente; 
 
Prazos: 
- As pessoas jurídicas de direito público não desfrutam, no juizado especial federal, de prazos 
privilegiados, nem mesmo para recorrer. Ambas as partes desfrutarão dos mesmos prazos; 
 
Petição inicial: 
- do pedido constarão, “de forma simples e em linguagem acessível”: (i) o nome, a qualificação e o 
endereço das partes; (ii) os fatos e os fundamentos, de forma sucinta; e (iii) o objeto e seu valor; 
- as secretarias dos juizados deverão adotar o sistema de fichas ou formulários; 
- Não se pode, também, descartar a apresentação de pedido oral; 
 
Resposta: 
- O réu, no juizado especial, se defende normalmente por meio de contestação, que tal como se dá 
com a petição inicial pode ser formulada por escrito ou oralmente. 
- A falta de contestação produz a revelia; 
 
 
- A revelia tanto ocorre quando o réu não comparece à audiência como quando, comparecendo, não 
se defende. 
- Ao contestar a ação, o réu, no juizado especial, pode formular pedido contraposto; 
 
Exceções: 
- Os juízes que servem no juizado especial federal, em primeiro e segundo graus, sujeitam-se, nos 
termos do Código de Processo Civil, às arguições de impedimento e suspeição, cuja apreciação se 
dará na audiência. Sendo resistida a arguição, caberá ao juiz suspender o processo e encaminhar 
a resolução do incidente à Turma Recursal competente. 
 
Sessão de conciliação: 
- A citação nas causas do juizado é feita no sentido de convocar o réu paracomparecer à sessão 
de conciliação; 
- Compete à Secretaria do juizado designar a sessão de conciliação, cuja realização deverá dar-se 
no prazo de quinze dias; 
- Não se obtendo a conciliação, designar- se-á a audiência de instrução e julgamento, se houver 
provas orais a produzir. Nada impede que se designe, desde logo, uma só audiência para a 
conciliação e a instrução. 
- A defesa do réu é de se produzir na sessão de conciliação se esta se frustrar. 
 
Instrução probatória: 
- Todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda que não especificados em lei, são utilizáveis 
no juizado especial. 
- As provas documentais em poder da entidade pública demandada deverão ser fornecidas ao 
Juizado, até a instalação da audiência de conciliação. 
- As perícias devem ser realizadas de forma sumária. O juiz nomeará pessoa habilitada que 
apresentará o laudo até cinco dias antes da audiência, independentemente de intimação das 
partes (Lei nº 10.259, art. 12). Apenas nas ações previdenciárias e relativas à assistência social, 
as partes participam da perícia, apresentando quesitos e indicando assistentes; 
- Não estão as partes impedidas de produzir parecer técnico, obtido extrajudicialmente. Os 
honorários do técnico nomeado pelo juiz são antecipados à conta de verba orçamentária do 
Tribunal; 
- As provas orais são colhidas ordinariamente pelo juiz durante a audiência de instrução e 
julgamento. Pode, no entanto, o conciliador, “para fins de encaminhamento da composição 
amigável, ouvir as partes e testemunhas sobre os contornos fáticos da controvérsia; 
 
A sentença e as máximas de experiência: 
- ao examinar as provas para fundamentar a sentença, dará especial valor às “regras de 
experiência comum ou técnica; 
- As regras de experiência comum surgem por meio da observação do que comumente acontece; 
 
 
- As regras de experiência técnica não são do domínio comum, por isso são, em princípio, exploradas 
no processo por meio de concurso de peritos. O juiz não está autorizado a substituir o perito 
porque a prova técnica, como qualquer outra, se submete a um procedimento necessário; 
- O emprego de regras de experiência técnica, portanto, só se permite quando a vulgarização do 
critério caia no domínio comum, como, por exemplo, a de que determinado produto é tóxico ou de 
que uma enfermidade acarreta certos efeitos sobre o organismo da pessoa. 
 
Reexame necessário: 
- O reexame necessário, ou remessa ex officio, que o Código processual prevê nos casos de 
sentença contrária à Fazenda Pública não se aplica aos processos do juizado especial federal; 
 
Recursos no juizado especial: 
- A lei prevê o cabimento apenas do recurso ordinário para um colegiado de juízes de primeiro 
grau, integrado por membros do próprio juizado ou de outros juizados da mesma natureza. 
- O prazo para tal recurso é de dez dias. 
- No caso de concessão de liminar, de medida cautelar, ou de antecipação de tutela, é de admitir-
se agravo para a turma recursal; 
- Ainda que não se lhe atribua o nome de agravo, o recurso contra decisão interlocutória deverá 
observar o procedimento próprio do agravo de instrumento, para evitar a paralisação do 
processo, que seria incompatível com o princípio informativo da celeridade. 
- Quanto às demais decisões interlocutórias, não há recurso. A parte prejudicada deverá 
simplesmente protestar, para ressalvar sua impugnação; 
- Os embargos de declaração, obviamente, terão cabimento nos juizados especiais, já que não se 
pode aceitar a insanabilidade de sentenças omissas, contraditórias ou obscuras; 
 
Recurso especial e recurso extraordinário: 
- não é de admitir-se recurso da espécie em face de julgado das Turmas Recursais dos Juizados 
Especiais Federais; 
- no Juizado Especial Federal, o recurso extraordinário será processado e julgado segundo o 
estabelecido nos §§ 4º a 9º do seu art. 14, e no Regimento do Supremo Tribunal Federal. 
- No entanto, para tornar-se cabível o extraordinário, é indispensável esgotar-se a via recursal no 
âmbito do juizado, ou seja, deve-se interpor, primeiro, o recurso ordinário, a fim de obter-se, 
com o respectivo julgamento, a decisão de última instância na esfera local. 
 
Incidente de uniformização de jurisprudência: 
- Em relação à Justiça comum, a divergência de interpretação da lei federal enseja recurso 
especial, por meio do qual o Superior Tribunal de Justiça procede à desejada uniformização; 
- Se a Turma de Uniformização, em questões de direito material, contrariar súmula ou 
jurisprudência dominante no STJ, a parte interessada poderá provocar a manifestação deste, 
que discutirá a divergência (§ 4º). Ao relator, nesse caso, será permitido deferir liminar de 
suspensão dos processos, quando plausível o direito invocado e presente o risco de dano de difícil 
 
 
reparação (§ 5º). Se julgado necessário, será ouvido o Ministério Público (§ 7º). Também aqui o 
meio de levar a causa ao STJ será, sem dúvida, um recurso. 
- “Não cabe incidente de uniformização que tenha como objeto principal questão controvertida de 
natureza constitucional que ainda não tenha sido definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) 
em sua jurisprudência dominante”. 
 
Execução: 
- A execução das sentenças proferidas em feitos tramitados perante o Juizado Especial Federal 
civil será de sua competência; 
- é de admitir-se, também, como integrantes da competência do Juizado Especial Federal a 
execução de títulos extrajudiciais contra a Fazenda Pública Federal, desde que se respeite o 
limite de sessenta salários mínimos; 
- Por outro lado, a execução das sentenças que imponham cumprimento de obrigação de fazer, não 
fazer ou entrega de coisa certa terá natureza mandamental. Não há, pois, necessidade de actio 
iudicati. O juiz oficiará à autoridade citada para a causa, com cópia da sentença ou do acordo, 
ordenando o respectivo cumprimento; 
- Nas condenações de obrigação de pagar quantia certa, o pagamento será efetuado mediante 
requisição judicial, dentro de sessenta dias, mediante depósito em favor do credor da agência 
mais próxima da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil, independentemente de 
precatório; 
 
Medidas cautelares: 
- No juizado federal, a Lei nº 10.259 atribui ao juiz poder de determinar, de ofício ou a 
requerimento da parte, medidas cautelares no curso do processo, para evitar dano de difícil 
reparação; 
- O magistrado, na condução da causa no juizado especial federal, sempre terá a faculdade de 
ordenar medidas cautelares necessárias, mesmo sem requerimento da parte, como se deduz do 
art. 4º da Lei nº 10.259. 
- Quando pleiteada pela parte, o deferimento da tutela cautelar não é simples faculdade do juiz. 
Desde que presentes os requisitos legais, a medida integra direito subjetivo do requerente, a 
que o juiz não poderá deixar de atender, sob pena de denegação de justiça 
 
Antecipação de tutela: 
- não há incompatibilidade entre o procedimento sumaríssimo dos juizados especiais e o instituto 
da tutela provisória satisfativa, prevista nos arts. 294, parágrafo único, e 303 26 do CPC/2015; 
- competência do juiz para determinar, de ofício ou a requerimento das partes, “quaisquer 
providências cautelares ou antecipatórias, no curso do processo, para evitar dano de difícil ou 
de incerta reparação”;

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