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PORTFÓLIO PEDAGOGIA 1 SEMESTRE

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Introdução
O sistema educacional brasileiro teve no ano de 2008 um dos momentos que mudaram completamente as aulas de história, artes e literatura brasileira, foi a criação da lei N° 11.645 onde teve a inclusão do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígenas nas escolas brasileiras, foi um marco na educação brasileira, um momento onde todos que sempre foram esquecidos foram lembrados e a partir disso a busca por uma escola cada vez mais democrática, pois um país como o Brasil que tem em sua história uma base cultural diversificada com inúmeras etnias que compõem a nossa sociedade e que cada uma delas foi responsável pelos pilares do nosso povo. 
Com uma sociedade diversa culturalmente e com diversos aspectos culturais o Brasil passou por muito tempo uma educação eurocêntrica, onde o conquistador europeu sempre era colocado como centro das histórias, e cultas como a afro-brasileira e indígena não tinha o prestigio que elas tinhas por direito, eram sempre colocado como submissos, sempre no papel do conquistado, isso foi por muito tempo passado nas aulas nas escolas do país. A história e a cultura eram sempre no ponto de vista do europeu e com isso as culturas bases do Brasil foi por muito tempo deixada de lado. 
Por tanto a criação da lei N°11.645 foi um grande marco na educação brasileira, colocando no centro das discursões em sala de aulas assunto que antes eram excluídos, hoje nas salas de aulas esses assuntos são discutidos abertamente, muitos deles com ajudas de quilombolas, indígenas, ribeirinhos, eram pessoas que sempre estiveram em nossa sociedade, mas que sempre ficaram de fora principalmente na escola onde deveria ser o espaço mais democrático de nosso sociedade, tornado assim a escola um espaço onde todos tem vozes e vezes tornado assim um espaço democrático. 
 
 
“A importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção de uma escola democrática”
Uma escola escola é um espaco que por lei deve ser democratico, pois é um lugar onde diversas pessoas se reúnem para debater assuntos que englobam diveras culturas, sociedas e etinias, mas nem sempre isso foi assim já passamos por periodos na história da educação brasileira que muitos assuntos não eram abordados como deveriam, principlamnte os ligados aos povos afro-brasileiros e os indigenas.
Como a professoa Elisabeth Maria de Fátima Borges nos traz em seu artigo que embora a população brasileira seja composta de 45% de população negra, segundo o IBGE, convivemos com ideologias, desigualdades e estereótipos racistas. Predomina aqui um imaginário étnico-racial que privilegia a brancura e valoriza principalmente as raízes europeias da nossa cultura, ignorando ou pouco valorizando as outras que são a africana, a indígena e a asiática. E isso afeto muito o sistema educacional brasileiro fazendo com que a escola não se tornasse um espaço democrático, mas sim um enaltecedor do dominante europeu e tendo uma educação eurocêntrica. 
Com esse enorme problema que afetava a educação brasileira foi criada em 10 de março de 2008 a lei N° 11.645 Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (BRASIL, 2008.).
Atraves dessa lei o ensino da história e cultura afro-brasileira e indigena foi obrigado nas escolas de todo o país, isso foi um grande avanço na educação brasileira, dando um grande passo na criação de uma escola mais democratica, onde todos deveriam se sentir rrepresentados, onde as parcelas das populaçoes que muito tempo foram esquecidas ou minorizadas pela história positivista. A autonomia dos estabelecimentos de ensino para compor os projetos pedagógicos, no cumprimento do exigido no artigo de Lei citado, permite que se valham da colaboração das comunidades a que a escola serve, do apoio direto e indireto das universidades, do Movimento Negro, de grupos de capoeira ou congada, entre outros, portanto, propicia um momento de interação escola/comunidade.( Borges, 2010). Por isso a escola se tornara cada vez mais um espaço democrático com a autonomia das escolas em construção dos seus planos de ensinos com a ajuda de movimentos que representam essas comunidades, podendo um representante quilombola ajudar na preparação dos conteúdos, um chefe indígena, isso nos faz refletir o verdadeiro papel da escola na sociedade, um espaço de colaboração da sociedade, fazendo da escola uma parceira da sociedade. 
Essa parceria entre escola e sociedade é uma enorme passo para uma escola igualitária e justa, e com a lei N° 11.645 fica evidente que ela foi um marco na educação brasileira, as populações que antes não tinha vozes, eram faladas sempre como minorias, hoje elas tem papeis principais dentro das aulas de história, o negro que antes era colocado só como o escravo nos livros didáticos, hoje já não é mais visto assim, mas como uma grande alicerce da sociedade brasileira junto da população indígena, foram responsáveis por toda a diversidade cultural e social que tomos no nosso país, e esses assuntos discutido em sala de aula é um grande passo na construção de uma escola democrática. O princípio da consciência política e histórica da diversidade conduz à compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos étnico-raciais distintos, que possuem cultura e histórias próprias igualmente valiosas, e que em conjunto constroem, na nação brasileira, a sua história. (Borges, 2010). 
Segundo o Ministério da Educação e Cultura (MEC): 
Reconhecimento implica justiça e iguais direitos sociais, civis, culturais e econômicos, bem como valorização da diversidade daquilo que distingue os negros dos outros grupos que compõem a população brasileira. E isto requer mudança nos discursos, raciocínios, lógicas, gestos, posturas, modo de tratar as pessoas negras. Requer também Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana que se conheça a sua história e cultura apresentadas, explicadas, buscando-se especificamente desconstruir o mito da democracia racial na sociedade brasileira; (BRASIL, 2004:11-12)
 Apesar do parágrafo acima explicitar principalmente a questão do negro, isso pode e deve ser associado também aos povos indígenas. A citação acima aborda ainda uma importante reflexão no que diz respeito à necessidade de Diretrizes que regulamentem o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, agora com o acréscimo da Indígena.
Segundo a professora Elisabeth Maria de Fátima Borges:
Este ensino vem acontecendo por diferentes meios, inclusive pela realização de projetos de diferentes naturezas, projetos interdisciplinares com vistas à divulgação e ao estudo da participação dos africanos e de seus descendentes em episódios da História do Brasil. São projetos que culminam em feiras culturais, visitas a núcleos arqueológicos, museus e até a grupos remanescentes de quilombos.(Borges, 2010)
As escolas podem ir além das salas de aulas, as aulas podem ser muito mais atrativas com visitas a projetos sociais, quilombos, comunidades indígenas, criações de eventos e debates com a comunidade local, isso tudo pode fazer da escola um lugar ainda mais democrático, a escola e a sociedade andando juntas conseguem fazer um ótimo trabalho 
Como já vimos, a inclusão do tema história e da cultura afro-brasileirae africana nos currículos da Educação básica brasileira é um momento histórico ímpar, de crucial importância, porém ela traz uma necessidade de professores qualificados para este trabalho, pessoas sensíveis e capazes de direcionar positivamente as relações entre pessoas de diferentes pertencimentos étnico-raciais, no sentido do respeito e da correção de posturas, atitudes e palavras preconceituosas. Daí a necessidade de se investir na formação inicial e continuada dos professores, para que, além da sólida formação na área específica de atuação, recebam formação que os capacite não só a compreender a importância das questões relacionadas à diversidade étnico-racial, mas a lidar positivamente com elas e, sobretudo, criar estratégias pedagógicas que possam auxiliá-las e reeducá-las.(Borges, 2010)
Com tudo a escola pode sim ser um espaço cada vez mais democrático, mas ao mesmo tempo que que pensamos nas inovações que as escolas podem ter, também devemos lembrar dos profissionais responsáveis por passas esses conhecimentos para os alunos, por isso além da escola ser um espaço democrático devemos dar uma atenção aos professores, para que os profissionais tenham uma formação continuada, material que os possibilitam esse trabalho em sala de aula, ter o apoio do corpo pedagógico da escola, sendo assim a escola se torna cada vez mais democrática.
POSTAGEM FORMATIVA
Documentário: O Povo Brasileiro
Diretor Geral: Isa Grinspum Ferraz
Ano: 2005
Sinopse: O antropólogo Darcy Ribeiro (1913-1997) foi um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX. Esse DVD duplo traz todos os 10 programas da elogiada série baseada na obra central de Darcy: O Povo Brasileiro, em que o autor responde à questão "quem são os brasileiros?", investigando a formação do nosso povo
O Povo Brasileiro, inspirado na obra do grande antropólogo Darcy Ribeiro “O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil”, nessa serie o antropólogo vem explorar as diversa etnias que deu a formação do povo brasileiro em especial aos afro-brasileiros e indígenas, mostrando essas populações pelos quatro cantos do Brasil e como essas populações foram fundamentais na construção da sociedade brasileira.
 Em diversas analises que essa serie traz temos uma em especial que é a fala de Darcy “A luta mais árdua do negro africano e de seus descendentes brasileiros foi – e ainda é – a conquista de um lugar e de um papel de participante legítimo na sociedade nacional.” – Darcy Ribeiro em “O Povo Brasileiro”. Essa fala nos faz refletir sobre o real papel que as populações negas e indígenas tem em nossa sociedade, levando uma serie de reflexões sobre o real papel dessas populações em nossa sociedade. 
Várias campanhas, leis e projetos aconteceram e ainda acontecem para que haja um reconhecimento de que afrodescendentes e indígenas são sujeitos históricos, que tiveram e ainda têm um importante parcela na construção social, econômica e histórica do Brasil. “A distância social mais espantosa do Brasil é a que separa e opõe os pobres aos ricos. A ela se soma a discriminação que pesa sobre índios, mulatos e negros.” 
Com a lei 11.645/08 foi uma forma de contemplar essas populações que por muitas vezes eram colocadas como insignificantes na formação da nossa sociedade, usando dessa lei e com base no documentário aqui analisado, da para se fazer um excelente trabalho sobres essas etnias que por sua maioria das vezes eram colocadas em posições de submissão e agora vemos elas no centro das atenções e como elas foram responsáveis para que o Brasil se tornasse essa nação tão rica culturalmente. E para finalizar ficaremos com uma pergunta para analisarmos: Por que por muito tempo temas ligados a cultura afro-brasileira e indígenas não foram abordados em sala de aula ou as vezes os colocando sempre com coadjuvantes da história? 
Considerações Finais 
Depois de todos os argumentos aqui expostos concluímos que a lei N°11.645 foi um grande marco na educação a inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da Educação básica brasileira gerou o sonho de uma escola cada vez mais democrática, esses assuntos discutido em sala de aula é um avanço para a sociedade que carecia de uma escola mais inclusiva. 
A lei 11.645 vem trazer para a escola uma série de questões que antes eram silenciadas, ou simplesmente ignoradas pela comunidade escolar. Essa lei é de fundamental importância para que haja um reconhecimento da pluralidade da sociedade brasileira, que foi e é formada por diferentes histórias e culturas, diferenças estas que também se fazem presentes no espaço escolar. 
Pensar no espaço escolar como um local de diferentes sujeitos, como território atravessado pela diversidade cultural, é refletir no trabalho em que o professor exercerá enquanto intercessor das relações de ensino-aprendizagem, relações éticas e conflitos de ideologias. De forma que ensinar para os alunos que a nação brasileira é primeiramente pluriétnica e que nenhum grupo ou povo é superior ao outro, é importante pra construir junto com esse aluno a noção de heterogeneidade cultural, diferença e respeito.
Referências bibliográficas 
ALMEIDA, Ana Maria Gomes. Literatura afro-brasileira e indígena na escola: a mediação docente na construção do discurso e da subjetividade. 32º Congresso Internacional de IBBY, 2010. Disponível em: <http://www.ibbycompostela2010.org/descarregas/11/11_IBBY2010_1.pdf>Acesso em : 01/11/2020
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2004. Disponível em <http://www.uel.br/projetos/leafro/pages/arquivos/DCN-s%20- %20Educacao%20das%20Relacoes%20Etnico-Raciais.pdf> Acesso em: 01/11/20
BRASIL. Lei 11.645, de 10 de marco de 2008. Disponível em: Acesso em: 2013-06-01
Bernard, François. “Por uma redefinição do conceito de diversidade cultural”. In: Brant, Leonardo. Diversidade Cultural. São Paulo: Escrituras Editora, 2005.
Candau, Vera Maria (Org.). Somos tod@as iguais? Escola, discriminação e educação em direitos humanos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
PASSOS, Joana Célia dos. “Discutindo as relações raciais na estrutura escolar e construindo uma pedagogia multirracial e popular”. In. Nogueira, João Carlos (Org.). Multiculturalismo e a pedagogia multirracial e popular. Florianópolis: Editora Atilènde, 2002.
Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: outubro de 2005.

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