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Avaliação, diagnóstico e tratamento - apostila

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AVALIAÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
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SUMÁRIO 
 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
DIAGNÓSTICO E SUA ELABORAÇÃO ............................................... 6 
AUTISMO E A REABILITAÇÃO ........................................................... 9 
INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS................................................... 14 
FARMACOTERAPIA .......................................................................... 16 
PROGNÓSTICO ................................................................................ 20 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 23 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
 
Segundo Pereira (2009), o autismo foi cunhado na literatura médica por 
Eugen Bleuler em 1911, para classificar pessoas que apresentavam dificuldades 
na comunicação e interação social com tendência ao isolamento, resultando em 
um importante e categórico trabalho sobre esquizofrenia do adulto e 
adolescente. 
De acordo com Schmidt (2013), o termo autismo atravessa a literatura ora 
como um tipo específico do TEA, ora como conjunto de sinais e sintomas. Esse 
autor aponta que historicamente as primeiras publicações sobre o autismo são 
dos psiquiatras infantis Hans Asperger (1944) e Leo Kanner (1943), ambos 
respaldados dos casos que observavam juntamente com suas suposições 
teóricas a respeito da desconhecida síndrome. 
Em 1952, a Associação Americana de Psiquiatria (APA) publicou a 
primeira versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 
(DSM). Nesse caso, os sintomas do diagnóstico de esquizofrenia faziam 
referência às “reações” psicóticas em crianças (reação esquizofrênica), não 
apresentando explicações específicas sobre o autismo (GRANDIN; PANEK, 
2015). 
De acordo com Volkmar, McPartland e Reichow (2014), em 1968 foi criada 
a segunda edição do DSM. Segundo Grandin e Panek (2015), o termo “reação” 
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referido no primeiro manual foi eliminado, e a classificação passou a ser 
“Esquizofrenia tipo infantil”. 
A terceira edição do DSM foi publicada em 1980, listando o autismo infantil 
em uma categoria denominada Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). 
Em 1987, em sua revisão denominada DSM-III-R, foi abordado o termo 
Transtorno Autista. Critérios e diagnósticos específicos foram implementados e 
divididos em categorias, em que o sujeito deveria se enquadrar para obter o 
diagnóstico (GRANDIN; PANEK, 2015). Dessa maneira, o DSM-III e sua revisão 
foram um marco importante em termos de revolução no diagnóstico do autismo, 
pois passou a ser uma entidade nosográfica. 
Já o DSM-IV-TR (APA, 2002) descreve que os TGD caracterizam-se pelo 
comprometimento severo e invasivo em três áreas do desenvolvimento, sendo 
elas: habilidades de comunicação; presença de comportamentos, interesses e 
atividades estereotipadas, e habilidades de interação social recíproca. 
O DSM-IV apresenta dezesseis critérios detalhados, agrupados em três 
domínios da disfunção. Para um diagnóstico de autismo, seis critérios ou mais 
precisavam estar presentes, com pelo menos dois da categoria social e um de 
cada uma das demais categorias, sendo elas: prejuízo na interação social amplo 
e persistente, podendo haver um fracasso no desenvolvimento de 
relacionamentos com seus pares e no uso de comportamentos não verbais 
(exemplo: contato visual direto, posturas, gestos corporais e expressão facial); 
falta de busca espontânea pelo prazer compartilhado, interesses ou realizações 
com outras pessoas (exemplo: não apontam, mostram ou trazem objetos que 
consideram interessantes) e falta de reciprocidade social (exemplo: não participa 
de brincadeiras, preferindo atividades solitárias); alterações da comunicação, 
afetando habilidades verbais e não verbais com atraso ou ausência da linguagem 
falada, podendo haver um uso estereotipado, repetitivo ou idiossincrático da 
linguagem (exemplo: repetição de palavras ou frases, linguagem que somente é 
entendida por familiares); a fala, o timbre, a entonação, a velocidade, o ritmo ou 
a ênfase podem ser anormais (exemplo: tom de voz monótono ou elevado); no 
comportamento, padrões restritos, repetitivos e estereotipados de interesses e 
atividades podem ocorrer, com adesão aparentemente inflexível a rotinas ou 
rituais específicos e não funcionais, com maneirismos motores estereotipados e 
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repetitivos ou uma preocupação com partes de objetos (exemplo: botões, partes 
do corpo); resistência frente a mudanças (exemplo: mudança ou alteração de 
ambiente); movimentos corporais estereotipados envolvendo as mãos (exemplo: 
bater palmas, estalar os dedos) ou o corpo todo (exemplo: inclinação abrupta, 
oscilação do corpo, balanço), postura (exemplo: movimentos atípicos das mãos 
e postura) (APA, 2002). 
Em 2014 foi lançado o DSM-V, que retirou a síndrome de Rett do TEA, 
uma vez que seu gene, chamado de MECP2, localizado no cromossoma X e 
identificado em 1999, ocorre quase que exclusivamente em meninas. O 
desenvolvimento da doença acontece, normalmente, até os quatro anos de 
idade, para posteriormente apresentar prejuízos cognitivos e neurológicos, 
desaceleração do crescimento da cabeça e o surgimento de alguns sintomas do 
TEA (HALGIN; WHITBOURNE, 2015). 
A escolha do tratamento adequado é de extrema importância, pois o TEA 
acompanha o indivíduo por todo seu período de vida. Assim como qualquer 
indivíduo, o autista é único dentro da sua singularidade, e os resultados desse 
tratamento serão variáveis. Eles dependerão do nível de comprometimento e da 
interatividade de cada indivíduo. Por isso, não existem métodos únicos ou 
engessados que possibilitem um desenvolvimento regular em todos os autistas, 
independente de gênero ou idade cronológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIAGNÓSTICO E SUA ELABORAÇÃO 
 
 
Os pais dos indivíduos com TEA são normalmente os primeiros a verificar 
que algo diferente está acontecendo com seu filho. Nesse momento, começa a 
busca por auxílio, sendo um período de incertezas o que antecede o processo 
de elaboração e formação do diagnóstico. No entanto, cabe salientar sobre a 
importância da forma como esse diagnóstico é elaborado pelos pais das crianças 
com TEA. Schulman (2002) afirma que, assim que o diagnóstico é comunicado, 
é importante dirigir os pais aos recursos úteis, o que auxilia na sensação de que 
existe algo para fazer. 
Entre os recursos referidos por esse autor para a compreensão sobre o 
transtorno estão as leituras sobre o diagnóstico, a fim de compreenderem os 
sintomas do TEA,
que variam muito dependendo do caso. Sabe-se que, no 
autismo, “nem todos são iguais e nem todos têm as mesmas características. Uns 
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podem ser mais atentos, uns mais intelectuais e outros mais sociáveis, e assim 
por diante” (FERREIRA, 2009, p. 15). 
Pelo fato de a etiologia do autismo ser pouco definida, os pais podem 
apresentar sentimentos negativos em vista da necessidade de busca por 
respostas. A fim de dar sentido para o que está acontecendo com seu filho, essas 
dificuldades enfrentadas podem gerar sentimentos confusos (SCHMIDT, 2013). 
Para esse autor, esses sentimentos estão associados a diferentes reações, entre 
eles enquadram-se: 
1- Negação; 
2- Raiva; 
3- Culpa; 
4- Pensamento mágico; 
 5- Início da aceitação, e; 
 6- Busca por soluções. 
Conforme Ardore, Cortez e Regen (2001), muitos pais, após o 
recebimento do diagnóstico do filho, buscam um culpado, choram e negam sua 
doença. Há um choque diante do novo, do inesperado, um futuro imprevisível 
dessa criança e da família. Alguns sentem dificuldades em interagir com o filho 
e, reclusos na sua dor, acabam perdendo o contato com a sociedade e voltando 
sua atenção para a família, evitando julgamentos e críticas. 
Outros autores ressaltam a importância da elaboração do diagnóstico por 
parte dos pais, funcionando como um luto (OPPENHEIM et al., 2009; 
MILSSHTEIN et al., 2010). Isso porque esse filho vai se distanciar ainda mais do 
imaginário e desejo dos pais pelo fato de terem uma expectativa em ter um filho 
perfeito, saudável e que desenvolva sua autonomia ao longo de seu ciclo vital. 
Essas descrições remetem à ideia de que as características do autismo 
podem acabar interferindo na família em função de ter um filho que, muitas 
vezes, não corresponde ou supre suas expectativas ou de seus membros e terão 
que ser idealizadas novamente por seus pais (APOLÓNIO; FRANCO, 2009, p.4). 
Baptista e Sanchez (2009) apontam que o diagnóstico torna-se um fator 
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importante e gerador de desestabilização familiar e a combinação de novos 
papéis faz parte da busca por novos arranjos da família frente à nova realidade. 
Sabe-se que existem poucos recursos instrumentais para a realização do 
diagnóstico do indivíduo com suspeita de autismo e, mesmo com muitos estudos 
na área, não existe nenhum marcador biológico que possibilite um exame preciso 
para a confirmação ou não desse diagnóstico. Outro fator importante a ser 
salientado é a forma como ocorrerá a comunicação do diagnóstico de autismo 
aos pais. É um processo delicado, que promove uma oportunidade única aos 
profissionais em estabelecerem uma aliança de confiança com eles, e para que 
possam elaborar o diagnóstico de forma mais coerente possível e menos 
estressante (BOSA; SEMENSATO, 2013). 
Cabe aos pais compreender, portanto, as reais necessidades do seu filho 
e aceitar principalmente suas diferenças, para que possam deixar de lado o 
medo de serem inadequados, buscando auxílio e informação a respeito da sua 
condição. Assim, quanto mais cedo a criança for tratada e diagnosticada, 
maiores serão as chances de seu desenvolvimento acontecer da melhor forma 
possível. No entanto, por vezes, na prática sabe-se que não ocorre de forma 
apropriada. 
Araújo e Schwartzaman (2011) enfatizam que crianças são encaminhadas 
à avaliação mais tarde do que o desejável, visto que os pais começam a 
expressar suas dúvidas por volta dos 17 meses da criança e a idade do 
diagnóstico é por volta dos quatro anos. A identificação precoce do diagnóstico 
e as intervenções realizadas em crianças com TEA podem determinar o 
prognóstico, incluindo maior rapidez na aquisição da linguagem, facilidade nos 
diferentes processos adaptativos e no desenvolvimento da interação social, 
aumentando sua chance de inserção em diferentes âmbitos sociais (ARAÚJO; 
SCHWARTZAMAN, 2011). 
Existe uma grande variabilidade de sinais e sintomas em pessoas com 
autismo. Entretanto, há uma marcada alteração em domínios como habilidade 
social, comunicação/linguagem e comportamento antes do terceiro ano de 
nascimento (ver tabela). Destes domínios a sociabilidade foi enfatizada desde a 
descrição de Kanner, onde o isolamento, mais que um sintoma, representava 
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uma disfunção essencial na habilidade de interagir socialmente. Uma das mais 
intrigantes manifestações deste prejuízo é que desde pequenos parecem não se 
interessar pelo contato social com o outro (HILL e FRITH, 2003). 
 
 
AUTISMO E A REABILITAÇÃO 
 
Após a realização do diagnóstico precoce e da comunicação aos pais, 
inicia-se nova fase, a busca ao tratamento adequado juntamente com o processo 
de reabilitação. 
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“A reabilitação é um processo dinâmico e global orientado para a 
recuperação física e psicológica do indivíduo com deficiência, tendo como 
objetivo a sua reintegração social” (BATISTA, 2012, p. 3). 
Em 2013, o Ministério da Saúde Brasileiro em parceria com o Sistema 
Único de Saúde (SUS), criaram uma cartilha denominada “Diretrizes de Atenção 
à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA)”. 
Essas diretrizes têm como objetivo central salientar as orientações às equipes 
multiprofissionais para o cuidado à saúde do indivíduo com TEA e sua família, 
nos diferentes pontos de atenção da rede de cuidados à pessoa com deficiência. 
Para sua elaboração, foram utilizados o Código Internacional de Funcionalidade 
e Incapacidade (CIF) e os sistemas internacionais de Classificação Estatística 
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). 
Como o TEA não tem cura, a busca pelo tratamento específico porta 
consigo, entretanto, a importância de atenuar os déficits apresentados, pois, 
alguns tratamentos podem ser mais eficazes para uns e menos para outros, em 
função de cada autista apresentar um nível de desenvolvimento diferente do 
outro. Contudo, no que se refere ao tratamento, ainda a psicoterapia 
comportamental é a mais preconizada juntamente com o processo de 
condicionamento que facilita os cuidados com o autista, tornando-o mais bem 
estruturado emocionalmente e organizado (SANTOS, 2008). 
A psicoterapia tem como objetivo auxiliar a interpretar a linguagem 
corporal, a comunicação não verbal, a aprendizagem e também as emoções e 
as interações sociais (BARROS; SENRA; ZAUZA, 2015). A terapia cognitivo 
comportamental (TCC) contribui para o ensinamento dos autistas em relação a 
diferentes formas de utilizar, recordar e processar as informações, como 
treinamento de autoinstrução (WHITMAN, 2015). 
Outra forma de tratamento do indivíduo com TEA é a musicoterapia. É 
uma técnica de terapia que recorre à música com o objetivo de ressaltar as 
potencialidades por meio da aplicação de métodos e técnicas, juntamente com 
outras capacidades, incluindo a cognição (PAREDES, 2012). 
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Segundo Grandin e Panek (2015), no ano de 2005 foram realizados 
estudos com 40 indivíduos autistas, que se submeteram ao tratamento da 
musicoterapia por um período de dois anos. Eles apresentaram melhoras em 
relação à linguagem e comunicação, assim como na cognição, motricidade e no 
comportamento. 
Há pouco tempo, a musicoterapia começou a ser explorada. Grandin e 
Panek (2015) descrevem em seu estudo uma linha de tratamento chamado 
Treinamento para Mapeamento Auditivo-Motor (AMMT), o qual visou a estimular 
a produção da fala, treinando o indivíduo a experimentar a relação entre falar, 
em tons diferentes, no momento em que tocavam um tambor com som afinado. 
Esse estudo foi realizado com seis crianças que tinham a linguagem prejudicada 
entre as idades de seis e nove anos, por um período de oito semanas. No final 
do tratamento, verificaram-se melhoras significativas na articulação de frases e 
palavras. No entanto, tem-se um caminho longo em relação a essa forma de 
tratamento, pois existem ainda poucos dados concretos
que comprovam a 
eficácia da musicoterapia. 
Bosa (2006) descreve a influência das quatro formas básicas para o 
tratamento: estimulação do desenvolvimento comunicativo e social, 
aprimoramento na capacidade de solucionar problemas e do aprendizado, 
minimização dos comportamentos que afetam o acesso às novas experiências 
do dia a dia e auxílio à família. 
Essa autora traz que, dependendo do grau de comprometimento, crianças 
com déficit na área da comunicação e no desenvolvimento social podem aderir 
a diferentes formas de comunicação alternativa. Umas das alternativas 
sugeridas incluem o PECS (Picture Exchange Communication System) e a 
linguagem de sinais. O programa PECS foi desenvolvido em 1993 e utiliza-se de 
objetos, palavras impressas, imagens ou combinações dos envolvidos e alguma 
forma de auxílio físico, como placas de comunicação, livreto e exibição dos 
materiais visuais. A associação entre símbolos e atividades facilita tanto na 
compreensão quanto na comunicação. 
 
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Para Whitman (2015), a linguagem de sinais para as crianças autistas 
pode ser uma das melhores formas de tratamento, dependendo de suas 
capacidades cognitivas, motoras e sensoriais, pois não há necessidade do uso 
de dispositivos físicos. Esse programa inclui também o treinamento para as 
pessoas que convivem com o autista. Esse autor enfatiza que a tecnologia e os 
avanços dos programas de computador são excelentes aliados da comunicação, 
pois são capazes de converter palavras impressas, imagens e outros símbolos 
na forma de fala. 
Nesse contexto, pode-se citar o programa educacional TEACCH - 
Tratamento e Educação Relacionados a Problemas de Comunicação 
(Treatment and education of Autistic and Related Communication Handicapped 
Children). Segundo Leon e Osório (2011), o programa foi desenvolvido em 1966 
por Schopler e seus colaboradores. 
A essência do TEACCH é o ensino estruturado, que visa a buscar a 
organização do ambiente por meio das rotinas e atividades como forma de 
ensino e orientação para novas habilidades funcionais (FONSECA; LEON, 
2013). Essas autoras destacam que o principal objetivo do programa é propiciar 
o desenvolvimento de habilidades funcionais e emergentes, principalmente nas 
áreas de comunicação e autonomia. Nesse sentido, o TEACCH foi criado para 
ajudar os autistas e sua família. O foco do tratamento é melhorar a adaptação, 
principalmente quando se sentem aflitos com mudanças, salientando seus 
pontos fortes (WHITMAN, 2015). 
Outro método a ser salientado é a Análise Aplicada do Comportamento 
(ABA), que visa ensinar à criança autista habilidades que ela não possui, por 
meio de etapas associadas a instruções ou indicações. O ABA tem por objetivo 
tornar o aprendizado prazeroso para a criança e ensiná-la a reconhecer 
diferentes estímulos (FERNANDES; NEVES; SCARAFICCI, 2011). 
Déficits motores e sensoriais são comuns entre os indivíduos com TEA. 
Umas das abordagens que envolvem o arranjo dos estímulos sensórios às 
respostas apropriadas são os tratamentos passivos e ativos. O passivo inclui a 
orientação dos movimentos do autista pelo terapeuta, e o ativo o integra em 
atividades que fornecem informações sensoriais (WHITMAN, 2015). 
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Terapias de Integração Sensorial (TIS) estabelecem a estimulação 
sensorial, com atividades lúdicas, jogos e brincadeiras que gradativamente se 
tornam mais desafiadoras e complexas (ARAÚJO; SCHWARTZAMAN, 2011). 
Seu objetivo é desenvolver no autista um nível crescente de alerta e ativação à 
medida que vai se deparando com diferentes informações de estímulos. 
São diversos métodos de reabilitação encontrados hoje na literatura, que 
visam a favorecer a autonomia do indivíduo com TEA, frente a uma sucessão de 
comportamentos que são exigidos para a convivência social com o outro. De 
modo geral, indivíduos com TEA acabam influenciando na dinâmica estrutural e 
funcional da família, cabendo salientar a importância da orientação aos pais em 
relação às vantagens e desvantagens relacionados a cada tratamento, pois cada 
autista é único e o que pode funcionar para um pode não ter êxito para outro. 
Outros fatores relevantes a serem respeitados são os limites e os recursos 
financeiros de cada família. 
Nesse paradigma, a escolha do método a ser utilizado no tratamento e o 
processo de reabilitação escolhido pela família devem visar à melhora das 
capacidades funcionais do autista, como também ressaltar as potencialidades 
dele. 
 
 
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INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS 
 
O manejo de autistas requer uma intervenção multidisciplinar. As bases 
do tratamento envolvem técnicas de mudança de comportamento, programas 
educacionais ou de trabalho e terapias de linguagem/comunicação. É essencial 
trabalhar com psicólogos ou educadores bem treinados em análise 
comportamental funcional e em técnicas de mudança de comportamento. Além 
dos déficits sociais e cognitivos, os problemas de comportamento são uma 
grande preocupação, já que representam as dificuldades que mais 
frequentemente interferem na integração de crianças autistas dentro da família 
e da escola, e de adolescentes e adultos na comunidade. Em crianças, esses 
problemas incluem hiperatividade, desatenção, agressividade e 
comportamentos automutilantes. As dificuldades comportamentais persistem 
em uma proporção significativa de adolescentes e adultos, e a agressividade e 
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os comportamentos automutilantes podem aumentar na adolescência. As 
respostas anormais a estímulos sensoriais, tais como sons altos, 
supersensitividade táctil, fascínio por determinados estímulos visuais e alta 
tolerância a dor, também contribuem para os problemas de comportamento dos 
autistas. Distúrbios de humor e de afeto são comuns e podem ser manifestados 
por crises de riso ou de choro sem razão aparente, falta de percepção de perigo 
ou, ao contrário, medo excessivo, ansiedade generalizada, ataques de cólera, 
comportamento automutilante ou reações emocionais ausentes ou diminuídas. 
Movimentos anormais são comuns em autistas e incluem as 
estereotipias (movimentos repetitivos das mãos, balanço repetitivo do corpo ou 
movimentos complexos do corpo), bem como as anormalidades de postura e 
uma variedade de outros movimentos involuntários. As estereotipias persistem 
em um número significativo de adultos autistas (mesmo aqueles com alto nível 
funcional), mas se tornam, às vezes, "miniaturizadas". 
Em adolescentes e adultos, a possibilidade de que movimentos 
anormais possam ser relacionados ao uso de neurolépticos deve ser 
considerada. Um estudo mostrou que as estereotipias típicas observadas em 
autistas não podem ser diferenciadas, com certeza, de discinesias. Este 
achado salienta a importância de caracterizar e quantificar movimentos 
anormais antes de se iniciar o uso de medicações. 
Convulsões ocorrem em 16 a 35% de crianças autistas. A variabilidade 
na prevalência se deve às diferenças entre as populações estudadas quanto a 
patologias associadas. Os fatores de risco principais para a epilepsia são 
retardo mental severo e a combinação de deficiência mental severa com déficit 
motor (nesse caso, 40% das crianças tinham epilepsia associada). Se déficits 
cognitivos e motores forem excluídos, o único outro fator associado a um risco 
aumentado de epilepsia em crianças com autismo é o tipo de déficit de 
linguagem. Qualquer tipo de convulsão pode ocorrer em crianças autistas. Uma 
observação interessante é a associação entre autismo e espasmos infantis 
(síndrome de West). Diversos estudos têm sugerido uma distribuição bimodal 
quanto ao risco de epilepsia em crianças com autismo: um pico de incidência 
no primeiro ano de vida e outro na adolescência. Este secundo pico, na 
adolescência, alcança um máximo entre os 17-18 anos, diminui gradualmente 
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a partir dessa idade e parece estar associado com a severidade do déficit 
cognitivo.
O manejo de convulsões em autistas não difere daquele em 
indivíduos sem autismo, porém o risco de convulsões pode tornar-se um fator 
na seleção dos medicamentos usados para tratar distúrbios comportamentais. 
Um número significativo de autistas tem problemas relacionados com o 
sono, mas há poucos estudos sobre distúrbios do sono em autismo. Um 
trabalho recente com crianças não-autistas porém com outros distúrbios de 
desenvolvimento sugere que há uma relação estreita e quantificável entre 
alterações na arquitetura do sono e resultados de testes neuropsicológicos que 
avaliam atenção, concentração, velocidade psicomotora e funções cognitivas 
altas. O relacionamento entre distúrbios do sono e as manifestações 
comportamentais e cognitivas do autismo é uma área que requer mais 
pesquisa. 
 
FARMACOTERAPIA 
O uso de medicamentos no autismo ainda é incipiente. Neurolépticos, 
especialmente o haloperidol, têm sido as drogas mais usadas para o tratamento 
de distúrbios comportamentais em autistas. No entanto, os efeitos colaterais 
potenciais desses medicamentos limitam o seu uso em processos crônicos, 
como o autismo. 
Tem sido demonstrado que o haloperidol diminui significativamente a 
agressividade, estereotipias e comportamentos automutilantes em autistas. 
Antipsicóticos atípicos também parecem ter efeitos positivos em "sintomas-
alvo", tais como irritabilidade, agressividade e hiperatividade em pacientes com 
TEA. 
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Em um estudo multicêntrico controlado que foi pioneiro pelo número de 
pacientes autistas (101) e pela escolha de sintomas-alvos bem determinados, 
um grupo formado especificamente com o propósito de pesquisar o uso de 
psicofármacos em pediatria (Research Unit in Pediatric Psychopharmacology 
ou RUPP) demonstrou uma clara melhora em agressividade e irritabilidade nos 
pacientes tratados com risperidona (em doses de 0,5 a 3,5 mg/dia). A 
quantidade de estereotipias também diminuiu significativamente. Efeitos 
colaterais, sedação e ganho de peso foram relativamente leves. Dados ainda 
não publicados com um seguimento de 4 meses, incluindo os pacientes que 
responderam à risperidona e aqueles que não responderam a placebo, 
sugerem que a resposta à medicação foi mantida por esse período de tempo. 
Estudos não-controlados com um número bastante pequeno de 
pacientes usando olanzepina, quetiapina e ziprazidona sugerem que esses 
antipsicóticos atípicos talvez possam ter efeitos semelhantes aos da 
risperidona. Efeitos colaterais potencialmente significativos, tais como elevação 
da prolactina e triglicerídeos (risperidona, quetiapina e olanzepina), um risco 
maior para desenvolver diabetes tipo 2 (olanzepina e possivelmente outros 
atípicos) e síndrome do QT prolongado (ziprazidona) tornam necessária a 
monitorização cuidadosa desses pacientes. 
 
 
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A clomipramina (antidepressivo tricíclico e bloqueador não-seletivo da 
recaptação de serotonina) provou ser eficaz no tratamento de comportamento 
obsessivo-compulsivo e, mais recentemente, em sintomas obsessivo-
compulsivos, na redução de estereotipias e de comportamento automutilante 
em autistas. O risco de arritmias cardíacas, entre outros, tem limitado o seu 
uso. 
Inibidores seletivos da captação de serotonina, tais como fluoxetina, 
fluvoxamina, paroxetina, sertralina e citalopram, têm sido usados em autistas 
na tentativa de diminuir comportamentos obsessivos, rituais e estereotipias com 
eficácia variável e, em geral, são bem tolerados. Dois estudos controlados em 
autistas adultos (um com fluoxetina e um com fluvoxamina) mostraram 
diminuição de comportamentos repetitivos na comparação com o placebo. 
Acatisia ou "ativação excessiva" parece ser um efeito colateral dose-
dependente relativamente freqüente. 
Medicações com efeitos moduladores sobre o glutamato têm criado 
interesse no que diz respeito ao uso em autistas. Um estudo controlado 
utilizando amantidina em 39 autistas entre 5 e 15 anos sugere um efeito positivo 
em irritabilidade e hiperatividade, mas o tamanho da amostra pode ter sido 
demasiadamente pequeno. Lamotrigina, mesmo com níveis séricos altos, não 
mostrou diferenças significativas em relação ao placebo. 
No momento, não há dados que suportem o uso de naltrexone para 
diminuir comportamentos automutilantes. 
Buspirona, um agonista de receptores 5HT, pode ter um efeito positivo 
ao diminuir ansiedade e, secundariamente, comportamentos estereotipados ou 
automutilantes. 
A clonidina parece ser útil no tratamento de hiperatividade, impulsividade 
e comportamento agressivo, embora poucos estudos tenham sido feitos para 
confirmar esta impressão clínica. 
Tem sido relatado que piridoxina (vitamina B6) e magnésio poderiam 
aumentar o nível de alerta e reduzir comportamentos automutilantes. A maioria 
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desses estudos tinha problemas metodológicos, e seus resultados não têm sido 
confirmados em estudos controlados. 
Em 1998, Horvath et al. descreveram uma "melhora nas habilidades 
sociais e de linguagem" após a administração de secretina (um hormônio 
peptídeo com 27 aminoácidos) endovenosa em três pacientes autistas com 
queixas gastrointestinais (a secretina é utilizada como parte de um teste 
diagnóstico endoscópico). Desde então, um grande número de crianças 
autistas tem recebido esse "tratamento". Subsequentemente, 13 estudos 
controlados e randomizados foram realizados, com um total de mais de 550 
pacientes. Em 11 desses estudos (±520 pacientes) não foram encontradas 
diferenças significativas entre o grupo de pacientes que recebeu secretina e o 
grupo controle no que diz respeito a sintomas básicos de autismo ou 
comportamentos aberrantes. 
Crianças com distúrbios do espectro autista, regressão em linguagem 
(agnosia verbal auditiva) e anormalidades epileptiformes no EEG, sem história 
de convulsões, têm sido descritas como tendo uma regressão autista 
epileptiforme (RAE). Em um número limitado de estudos com crianças nesse 
subgrupo de TEA, foram testados tratamentos como os utilizados em pacientes 
com síndrome de Landau-Klefner. Quatro desses estudos eram descrições de 
casos em que ácido valpróico foi usado em crianças com TEA sem história de 
convulsões mas com descargas epileptiformes no EEG. 
 Um outro descreve o uso de esteróides em uma criança autista com 
agnosia verbal auditiva e regressão, mas com EEG normal. Há numerosos 
resumos e descrições de casos na literatura a respeito do uso de ácido 
valpróico e esteróides em crianças com RAE, mas são necessários estudos 
controlados. 
Um número pequeno de estudos em crianças com regressão autista e 
epilepsia (história clínica de convulsões) tem sugerido a possibilidade do uso 
de técnicas de cirurgia de epilepsia, com resultados positivos. Nesses casos, 
as crianças sofriam de epilepsia intratável, e essa foi a indicação do 
procedimento cirúrgico. Em um estudo, após cirurgia, houve melhora no 
controle das convulsões, mas não na sintomatologia autista. 
20 
 
 
Por outro lado, Lewine et al. descreveram melhoras de comportamento 
e linguagem em 12 de 18 crianças com TEA, regressão em linguagem, 
anormalidades epileptiformes multifocais e possíveis convulsões subclínicas 
(episódios de olhar fixo, piscadelas repetitivas, etc.), mas sem história clínica 
clara de convulsões após transecções subpiais múltiplas. Os resultados desse 
estudo são controversos e salientam a necessidade de estudos controlados 
para evitar intervenções inapropriadas e irreversíveis. Se considerarmos que a 
indicação de cirurgia para tratar sintomas comportamentais em crianças com 
síndrome de Landau-Klefner ainda é controversa e precisa ser validada138, 
seu uso em crianças com TEA é, presentemente, inaceitável. 
 
PROGNÓSTICO 
 
 
Em 1978, Lotter revisou as publicações no campo do autismo até 
meados dos anos 70. Oito estudos do Reino Unido, três dos Estados Unidos e 
um da Bélgica foram apreciados. A conclusão
desses estudos era de que o 
prognóstico de autismo é variável, mas que há uma tendência, em geral, para 
um prognóstico pobre, com 66% dos indivíduos tendo deficiências severas, 
com nenhum progresso social ou sendo incapazes de levar qualquer tipo de 
vida independente. 
21 
 
 
Gillberg & Steffenburg obtiveram resultados semelhantes em um estudo 
populacional. Em geral, o prognóstico de autismo é variável e, provavelmente, 
dependente da severidade das etiologias subjacentes. Estudos que têm 
acompanhado crianças autistas até a idade adulta revelaram que o prognóstico 
está relacionado com seu nível de habilidades, demonstrado em testes 
cognitivos e de linguagem. 
Aproximadamente 5 a 10% das crianças estudadas tornaram-se adultos 
independentes (1 a 2% com testes cognitivos e de linguagem normais), e em 
torno de 25% atingiram progresso considerável com algum grau de 
independência. Os restantes 65 a 70% continuam com déficits muito 
significativos e requerem um nível elevado de cuidados. Uma pesquisa feita no 
Japão sugeriu que o prognóstico de indivíduos com autismo pode estar 
melhorando: 54 de 197 (27,4%) adultos autistas tinham alcançado um patamar 
social razoável (empregados e vivendo independente ou quase 
independentemente). As razões dadas para esse resultado melhor incluíram o 
fato de que esses indivíduos receberam intervenções intensivas e precoces, de 
que o estudo incluía indivíduos de capacidade cognitiva elevada (high-
functioning) e de que a boa situação econômica do Japão favorecia a oferta de 
empregos. 
Os programas de intervenção precoce podem fazer uma diferença 
importante e produzir ganhos significativos e duradouros. Seria razoável supor 
que indivíduos com autismo e com outras patologias associadas, tais como ET, 
terão um prognóstico diferente daqueles sem distúrbios severos associados, 
mas isso não tem sido claramente demonstrado. Sabe-se que serviços 
educacionais e comunitários melhores e mais disponíveis poderão mudar o 
prognóstico de autistas a longo prazo. 
Autismo é um distúrbio complexo que afeta o desenvolvimento social e 
cognitivo e, como tal, nos oferece uma oportunidade para entender e delimitar 
os sistemas neuronais determinantes para a interação social e comunicação. 
O espectro de apresentações e de manifestações clínicas sugere uma 
heterogenicidade neurobiológica. 
22 
 
 
A delimitação de subgrupos específicos de indivíduos dentro do espectro 
autista é essencial na busca de uma melhor compreensão de suas bases 
neurobiológicas. A cooperação entre neurologistas, psiquiatras, 
neurocientistas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e 
educadores é crucial não somente para impulsionar o entendimento dos TEA e 
permitir um manejo mais adequado desses indivíduos durante toda a sua vida, 
mas também para permitir uma visão mais clara do ser social como um todo. 
 
23 
 
 
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