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trabalho constitucional

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A constituição é clara ao afirmar que os tratados internacionais de direitos humanos têm força de norma, no entanto, não é especifica a hierarquia dos tratados dos direitos humanos.
A constituição destaca duas posições:
A) Para a menor parte de doutrina, todos os tratados internacionais de direitos humanos têm força de lei.
B) Para a maioria do STF, os tratados internacionais não aprovados, tem força de lei supralegal e infraconstitucional
Dessa forma, abaixo da constituição brasileira encontramos o Supremo Tribunal Federal. Os tratados que não foram aprovados com procedimento especial têm força de norma supralegal e infraconstitucional, segundo o STF, que julgou invalida a prisão civil do depositário infiel.
Essa configuração chamada de “pirâmide brasileira”, criou uma duplicidade na validade de leis, para que as leis sejam validas é necessário que sejam compatíveis com a constituição. A análise de contratos supralegais vem recebendo o nome de convencionalidade, sendo assim, é considerado que as leis e atos normativos são tratados de caráter supralegal. Essa posição enfraquece a tutela dos direitos humanos no Brasil, tanto que é uma decisão isolada na américa do sul.
Essa medida adotada pelo supremo tribunal federal de supralegalidade e infraconstitucionalidade dos tratados internacionais a respeito dos direitos humanos de alguma forma deixa fraca a realização dos direitos humanos no território brasileiro. Implantou-se no Brasil um acontecimento inusitado, o poder judiciário começou a interpretar de forma domesticas os tratados internacionais. O Brasil valida tratados e faz o devido reconhecimento dos órgãos encarregados de interpreta-los.
Quando se trata de tratados internacionais sobre os direitos humanos da américa do sul, devemos atentar para cada país, começando pela Argentina que durante uma reconstrução constitucional de 1994 acordos e pactos internacionais de alguma forma adquiriram uma hierarquia de superioridade em relação as leis. Ou seja, a constituição Argentina tinha como formação um único documento, entretanto com o decorrer do tempo passou a ser formada por mais de um documento, já no Brasil os tratados internacionais ingressaram no direito brasileiro como norma constitucional. Já na Bolívia, existiu o pacto internacional de direitos econômicos, sociais e culturais, a constituição boliviana era extremamente corajosa com inovações no modo de hierarquia dos tratados internacionais de direitos humanos, todos os tratados a respeito dos direitos humanos com a devida aprovação entram no ordenamento jurídico boliviano com muita força e desse modo formando um bloco de constitucionalidade.
Quando falamos da Chile vale ressaltar que os tratados internacionais de sua constituição foram alterados por uma reconstrução constitucional de 1989, mesmo que não exista clareza quanto a forma hierárquica desses tratados, tal doutrinação chilena aponta uma predominância constitucional, a Colômbia não está na forma constitucional, a corte colombiana mantem a teoria do bloco de constitucionalidade para expressar certo tipo de tratamento diferencial, ou seja, especial aos tratados internacionais de direitos humanos, de tal forma o Equador, seus tratados internacionais de direitos humanos receberam de sua constituição características de supralegalidade e infraconstitucionalidade, e a partir disso sua corte decidiu que seus tratados são formadas por hierarquias de normas constitucionais.
O Peru mesmo que esteja presente no ordenamento jurídico, está de forma incerta sua hierarquia que vai de contrapartida do que acontecia na constituição passada que cedia hierarquia constitucional. A doutrinação do Peru tinha o habito de fazer certo tipo de analise sistemática de mecanismos constitucionais e a partir disso via um cero tipo de status constitucional aos tratados de direitos humanos
O Uruguai por sua vez não esclarece a respeito dos tratados internacionais sua hierarquia, sendo assim fica subtendido que existe uma força legal e desse modo à suprema corte já definiu que os tratados internacionais de direitos humanos detêm força de norma constitucional.
Desde muito antes até o ano de 2020, o Brasil já tinha 9 condenações feitas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. Desse modo, algumas dessas condenações eram bem agravantes pelo fato de agentes de dentro do próprio sistema não terem cumprido suas obrigações, pois a ideia do STJ prevalecia e decidiram que segundo eles a tortura que ocorria no antigo regime militar não existia, mas. Ao analisarmos alguns casos em que autoridades brasileiras foram responsáveis por tragédias, destacaremos alguns como o caso Ximenes Lopez vs. Brasil, nesse processo se predominou a questão mental e física de uma pessoa, no ano de 1999 o paciente psiquiátrico chamado Damião Ximenes Lopez foi morto e antes torturado em uma casa de repouso. Após a corte interamericana sentenciou o Brasil a indenizar a família da vitima em aproximadamente R$250.000,00 e só com um passar de um tempo que os responsáveis pela morte do senhor Lopez foram condenados, outro caso que devemos citar é o de Garibaldi, neste caso o tema era o direito a vida e as obrigações que o Estado tem com a sociedade, em decorrência dos fatos o profissional do meio rural sétimo Garibaldi foi assassinado em 1998, tal acontecimento gerou ao Brasil a obrigação de indenizar os familiares da vitima que veio a falecer e não apenas isso, o inquérito policial foi reaberto para uma melhor apuração dos fatos, pois já tinha sido arquivado. De tal modo, não parando por ai vale ressaltar o caso Escher e outros, esse caso foi de predominância do direito a intimidade, após investigações os oficiais do Paraná solicitaram o bloqueamento de terminais telefônicos utilizados por uma empreses de operadores do meio rural, pois constataram que tais redes estavam grampeadas com escutas que duraram 49 dias, e isso infringiu normas constitucionais e a partir disso o órgão CIDH considerou o Estado brasileiro culpado por ter grampeado as redes telefônicas, com isso expondo informações por meio de gravações obtidas de forma ilegal. Logo a Corte aplica que o Estado brasileiro deve indenizar os atingidos e que ainda em rede nacional o Estado deveria assumir a responsabilidade pelo acontecimento e assim ocorrendo a 3 condenação do Brasil. O caso Gomes Lund se refere aos desaparecimentos e falecimentos na região Bico do papagaio, já o Caso Favela Nova Brasília, esse processo se caracteriza pelo acontecimento de duas chacinas que ocorreram na comunidade no complexo alemão onde foram comprovados que ocorreram assassinatos, estupros, diversas torturas e abuso de autoridade pelos oficiais da policia, após isso a corte realizou reaberturas de investigações, reparações. Os Casos Trabalhadores da Fazenda Brasil Verde foi quando a corte determinou que o país de fato infringiu o direito de liberdade, onde no Estado do Pará 85 pessoas foram escravizadas em uma fazenda. Já este Caso do Povo Indígena Xucuru e seus Membros, lutavam para que suas terras fossem já reconhecidas como propriedades deles, entretanto o governo demorou quase 16 anos para reconhecer com área indígena e essa atitude fez o Brasil ser condenado e com isso o governo teve que prestar auxilio para de fato assegurar aquela área para os povos indígenas e pagar indenizações aos proprietários das terras, Caso Herzog foi um caso na qual o Brasil foi condenado pela tortura e morte do jornalista Vladimir Herzog , tirando fato que o Estado brasileiro teve que indenizar a família do jornalista, foi exigido que reabrisse as investigações para poder identificar os participantes da morte do jornalista embora estejam pessimistas com objetivo. Por ultimo, os Casos Empregados da Fábrica de Fogos em Santo Antônio de Jesus esse caso ocorreu em decorrência da irresponsabilidade do Estado brasileiro, pela falta de fiscalização da segurança, as normas não foram atendidas e assim infringindo os direitos dos prejudicados, tirando os direitos de garantirem justiça, o Brasil vai indenizar no valor de R$50.000,00 cadavitima, ou seja, a cada família e será ainda responsável pelo tratamento psicológico e médico, nessa trágica explosão na qual tirou a vida de 64 pessoas nas quais 63 eram mulheres.

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