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TUBERCULOSE BOVINA Seminário técnico: Zoonoses Ana Júlia: O que é a doença, artigos e slides; Cláudio: tratamento; Denise: sintomas; Heloane : como ocorre a transmissão; Maick: forma de prevenção. O QUE É A DOENÇA? A tuberculose bovina é uma doença de distribuição mundial, causada pela bactéria Mycobacterium bovis, que se apresenta como bastonetes Gram positivos, aeróbios estritos, imóveis, não esporulados e álcool-ácido resistentes na coloração Ziehl-Neelsen (Ruggiero, et al., 2007; Caetano, 2014; Oliveira, 2015). Além disso, o agente etiológico da Tuberculose Bovina é muito resistente e em condições favoráveis pode sobreviver longos períodos no ambiente (Caetano, 2014). Ela ainda é comum em países menos desenvolvidos, ocasionando graves perdas econômicas, que podem ocorrer devido à morte de animais, doença crônica e restrições comerciais. Essa enfermidade pertence à lista de doenças de notificação obrigatória da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), por ser um grande problema de saúde pública. Nos países desenvolvidos, os programas de erradicação reduziram ou eliminaram a tuberculose em bovinos e a doença em humanos agora é rara; no entanto animais silvestres atuam como reservatórios o que pode dificultar a erradicação completa. ANA JÚLIA COMO OCORRE A TRANSMISSÃO HELOANE Os bovinos afetados pelo M. bovis, mesmo antes de desenvolverem lesões teciduais, podem disseminar o patógeno, por descarga nasal, leite, fezes, urina, secreções nasal, vaginal, uterina e sêmen (Almeida, Soares & Araújo, 2004), a disseminação é maior por animais que se encontram nos últimos estágios da infecção, os quais possuem um amplo número de organismos para serem eliminados. Ela é uma doença de caráter zoonótico, que causa perdas econômicas significativas na bovinocultura pois causa aumento da mortalidade animal, redução de produtividade de carne e leite, condenação de carcaça em frigoríficos e restrições nas exportações. A transmissão da tuberculose zoonótica se dá por via direta aerógena, por meio da inalação do patógeno, ou via indireta, pelo consumo de leite contaminado cru que não recebeu nenhum tipo de tratamento térmico ou de carne contaminada crua ou mal cozida, que é menos recorrente, pois a presença da bactéria na musculatura é rara. SINTOMAS A tuberculose geralmente é uma doença debilitante crônica em bovinos, mas ocasionalmente pode ser aguda ou rapidamente progressiva. Infecções precoces são frequentemente assintomáticas. Nos estágios finais, sinais clínicos incluem emagrecimento progressivo, febre com oscilações de baixo grau, fraqueza e inapetência. Animais com acometimento pulmonar geralmente apresentam tosse, isso é pior no período matutino, durante clima frio ou exercício e podem ter falta de ar ou respiração acelerada. Nos estágios terminais, os animais podem tornar-se extremamente magros e desenvolverem desconforto respiratório agudo. Em alguns animais, os linfonodos retrofaríngeos ou outros linfonodos aumentam, podendo romper e drenar. Linfonodos muito aumentados também podem obstruir vasos sanguíneos, vias aéreas ou trato digestório. Se o trato digestório é envolvido, pode ocorrer diarreia intermitente e constipação. No homem, a maioria dos casos ocorre em jovens e resulta da ingestão ou manipulação de leite contaminado, desenvolvendo a tuberculose pulmonar. A maioria das pessoas infectadas com a bactéria que causa a tuberculose não apresenta sintomas. Quando ocorrem, os sintomas geralmente incluem tosse (às vezes, com sangue), perda de peso, sudorese noturna e febre. DENISE TRATAMENTO CLÁUDIO Por ser uma antropozoonose não é permitido o tratamento de animais infectados pela tuberculose bovina, portanto, animais positivos devem ser sacrificados em frigorifico ou matadouro conveniado e após encaminhado para graxaria. Devido à inexistência de um tratamento para os animais a prevenção da entrada da doença é a chave de controle. O tratamento em animais não é recomendado por alguns fatores como: incerteza do resultado, alto custo com medicamentos, e os problemas que podem ser gerados com resistência a drogas, complicando a terapêutica da doença no homem. A vacinação poderá́ ser uma alternativa no futuro, mas por enquanto não existem razões para sua utilização. O tratamento em humanos é um processo de cura lento. Existe um coquetel de medicamentos que necessita ser adotado por seis meses, dependendo dos exames laboratoriais e da avaliação medica esse período poderá́ ser prolongado. Normalmente os doentes reagem muito bem ao tratamento e devido a isso alguns pacientes param a terapia promovendo a não regressão da doença ou recidivas. Os medicamentos utilizados são antibióticos que atuam nas fases de desenvolvimento e metabólica do M. bovis, impedindo que o sistema enzimático realize a síntese de metabolitos essenciais para o desenvolvimento do microrganismo, conforme descrito no quadro abaixo. Como a tuberculose possuí diferentes formas de apresentação como a intracelular, caseosa e dentro da cavidade pulmonar os medicamentos escolhidos devem considerar estas importantes informações. Assim como o pH, ação enzimática, acúmulo de oxigênio (O2), gás carbônico (CO2) e presença de nutrientes. Localização do agente e atuação dos antibióticos utilizados no tratamento da tuberculose humana. TRATAMENTO CLÁUDIO TRATAMENTO CLÁUDIO Para o tratamento do M. tuberculosis é utilizado a pirazinamida, no entanto, existem relatos de resistência a este medicamento por M. bovis, em casos em que pacientes infectados por M. bovis sejam tratados com pirazinamida poderá́ ocasionar cepas multirresistentes, tratamentos ineficientes e sem cura. Além disso, o infectado será́ um potencial transmissor para outras pessoas e animais e possivelmente desencadeará a morte destes indivíduos. Sabemos que não existe a vacinação nem tratamento para bovinos com tuberculose, deste forma notamos que é de extrema importância um médico veterinário para inspecionar e fiscalizar os alimentos de origem animal segundo as normas de inspeção sanitária. São exigidos testes de tuberculinização com resultados negativos da doença nos animais, caso contrário, o animal contaminado deve ser isolado e até descartado. Além da fiscalização, o médico veterinário ou zootecnista devem estar presentes nas propriedades instruindo os produtores com práticas de biossegurança para os animais e os envolvidos, já que estamos falando de uma zoonose. Saneamento e desinfecção podem previnir a transmissibilidade do agente dentro do rebanho. Com isso, colocando estas práticas de prevenção em ação, certamente irá melhorar o desempenho e o resultado da produção, dando uma segurança maior aos consumidores. FORMA DE PREVENÇÃO MAICK Leite e derivados pasteurizados Carne provenientes de abatedouros que seguem as normas de inspeção sanitária REFERÊNCIAS Consulta de casos, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Coordenação de Informação e Epidemiologia - Saúde Animal Sintomas, prejuízos e medidas preventivas sobre tuberculose bovina, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Epidemiologia da tuberculose bovina na América do Sul, M da Silva Garcia, 21/07/2021, Research, Society and Development Tuberculose Bovina, Outubro de 2007, Instituto Federal Catarinense, The Center for Food Security and Public Health ALBERTON, Luana França. Tuberculose bovina - métodos de diagnóstico, tratamento, controle e prevenção. UFSC, 2021. https://rsdjournal.org/ https://www.cfsph.iastate.edu/
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