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Aula 3 - Das Psiquiatrias Reformadas às Rupturas com a Psiquiatria

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Das Psiquiatrias Reformadas às Rupturas com a Psiquiatria
Ana Mara Melo
Psicologia – F5
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Contextualização
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O alienismo era objeto de críticas que feriam os ideias da Revolução Francesa sobre liberdade;
Os 1ª asilos ficaram lotados rapidamente, desafios:
Denúncias de violências
Dificuldades de estabelecimento de limites entre sanidade e loucura
Segmentos “marginalizados” entram “depositados”
Descredibilidade do hospital e da Psiquiatria.
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Colônia dos Alienados
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1ª Proposta de resgate do potencial terapêutico da instituição Psiquiátrica;
Construídas em grandes áreas agrícolas;
Alienados submetidos ao trabalho terapêutico;
Familiares contratados para cuidar dos internos
“O trabalho é o meio terapêutico mais precioso”
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Colônia dos Alienados
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No Brasil, as colônias iniciaram após a Proclamação da República;
Colônia Agrícola de Alienados de Juquery chegou a ter 16.000 internos;
Colônias mostraram-se iguais aos asilos tradicionais.
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Colônia dos Alienados
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SEMELHANÇA COM ALGUM LUGAR DE HOJE? 
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Após a II Guerra
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Pacientes psiquiátricos
Condições dos campos de concentração
Ausência de dignidade humana
Reformas Psiquiátricas 
1ª Comunidade Terapêutica e Psicoterapia Institucional
 
2ª Psiquiatria de setor e Psiquiatria preventiva
Antipsiquiatria e a Psiquiatria democrática
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Comunidade Terapêutica e Psicoterapia Institucional
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COMUNIDADE TERAPÊUTICA
Surgiu na Inglaterra e o principal nome foi Maxweel Jones
Qualificar a Psiquiatria tornando suas práticas terapêuticas 
Luta por horizontalização dos papéis sociais e democratização das relações
Participação de pacientes, familiares e funcionários nas intervenções a partir de reuniões, assembleias e grupos de discussões e operativos.
Defendiam que o fracasso dos hospitais psiquiátricos estavam na forma de gestão
Psicoterapia Institucional
Surgiu na França e o principal nome foi François Tosquelles
Escuta polifônica (ampliação dos referenciais teóricos
Noção de acolhimento
Suporte de referência
Resgate da noção de “trabalho terapêutico”, através de oficinas de trabalho, ateliês e arte.
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Comunidade Terapêutica e Psicoterapia Institucional
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François Tosquelles
Defendiam que o fracasso dos hospitais psiquiátricos estavam na forma de gestão
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Psiquiatria de setor e Psiquiatria preventiva
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PSIQUIATRIA DE SETOR
Surgiu na França e o principal nome foi Lucien Bonnafé
Defendiam um trabalho externo ao manicômio
Medidas de continuidade terapêutica após a alta hospitalar
Criação de Centros de saúde mental em diferentes regiões
Assistência psiquiátrica regionalizada
Equipes multidisciplinares
Vínculo estabelecido já no hospital 
Defendiam que os hospitais deveriam ser desmontados, dando lugar a serviços assistenciais, qualificando o cuidado terapêutico, diminuindo a importância do hospital
PSIQUIATRIA PREVENTIVA
Surgiu nos EUA e o principal nome foi Gerald Caplan
Direciona a política de assistência psiquiátrica com o foco na redução de doenças mentais nas comunidades promoção de saúde
Todas as doenças mentais poderiam ser prevenidas desde que detectadas precocemente
Busca por “suspeitos” e equipes de saúde, os consultores
3 níveis de prevenção
Construção do conceito de “crise” a partir da noção de adaptação social
Desinstitucionalização ( de ingresso de pacientes e tempo médio de internação e de alta hospitalar
Serviços e estratégias desospitalizantes (lares, enfermarias, hospitais-dia, centros de saúde mental...)
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Comunidade Terapêutica e Psicoterapia Institucional
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Gerald Caplan
Defendiam que o fracasso dos hospitais psiquiátricos estavam na forma de gestão
Lucien Bonnafé
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Antipsiquiatria e Psiquiatria Democrática
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ANTIPSIQUIATRIA
Surgiu na Inglaterra e os principais nomes foram Ronald Laing e David Cooper
Rompimento com a psiquiatria tradicional
Iniciaram implantando a Comunidade Terapêutica e Psicoterapia institucional, nos locais de trabalho
Consideravam que as pessoas “loucas” eram oprimidas e violentadas
Procuravam compreender a experiência dita patológica a partir das relações sociais
No âmago das discussões, não existiria a doença mental enquanto objeto natural e sim uma determinada experiência do sujeito com seu ambiente social. 
Influenciaram outros autores como Erving Goffman e o livro “Manicômios, prisões e conventos”
O termo “reforma” é inadequado, pois, questionavam todo modelo psiquiátrico e instituições
PSIQUIATRIA DEMOCRÁTICA
Surgiu na Itália e o principal nome foi Franco Basaglia
Psiquiatria deveria deixar seu processo de mortificação e des-historicização
Defendia a superação do aparato manicomial (instituições, saberes, práticas, leis, etc)
Criação de serviços substitutivos de base territorial
Reconstrução das formas como a sociedade lida com pessoas em sofrimento mental
Inclusão social, residências terapêuticas
Inspiração brasileira, especialmente em Santos e Sobral.
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“
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David Cooper
Ronald Laing
Antipsiquiatria e Psiquiatria Democrática
Franco Basaglia
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Ana Mara Farias de Melo
Orientador: Prof. Dr. Aluísio Ferreira de Lima
UFC/Sobral - Psicologia
CONCEPÇÕES SOBRE O TRANSTORNO MENTAL E SEU TRATAMENTO EM SERVIÇOS SUBSTITUTIVOS DE SAÚDE MENTAL NA PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS, FAMILIARES E USUÁRIOS
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4.2 Concepções de Tratamento
U1: “É tomar medicamento e receber orientação do médico”.
U2: “Tratamento é vir pra consulta do médico, participar das terapias e tomar medicamento corretamente, senão não adianta o tratamento”.
F2: “É controlar a doença, levar ao médico, dar remédio e observar”.
PM2: “Vai bem além apenas da medicação, pois inclui a necessidade de fatores outros (...). Uma equipe multi e interdisciplinar é essencial, pois, a depender do caso, um amplo e personalizado projeto terapêutico deve ser pensado, o que envolveria a participação de outros profissionais, além do médico”.
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Discurso dos usuários e familiares não condiz com os profissionais
Lei 10.216 / 2001 não tem sido muito efetivo na superação da pessoa a redução da doença
Valorização do médico
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4.4 Reconhecimento social da pessoa que frequenta o serviço
U3: “Com o diagnóstico a gente fica consciente que tem um problema e busca tratamento. Tem pessoa que acha que não é doença, que é “senvergonhice”, quem tem depressão é preguiça e trata mal a gente”.
U9: “A pessoa fica bem quando recebe um nome, um diagnóstico. Tem pessoas que me chamam de doido e eu fico com raiva, já tentaram me bater na rua”.
F4: “A pessoa se sente excluída, diferente das outras pessoas, a maioria não aceita. As pessoas fora do Caps têm preconceito e indiferença”.
F10: “Ela se sente bem de saber o que tem, mas as vezes fica mal por ter que tomar remédio todo dia. As pessoas de fora parece que tem medo e quando vira as costas chama de doido, de maluco e as vezes sai de perto.”.Clique para editar o estilo de título Mestre
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Existência da marca danosa de preconceito e Estigma
Diagnóstico X Reconhecimento
- Reconhecimento Perverso
(GOFFMAN ,1988, p. 13) ; (LIMA, 2010) 
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4.5 Diferença do tratamento em Hospital Psiquiátrico e CAPS
U1: “Concordo porque no hospital a gente sofre maus tratos, fui amarrado e agora tô bem, tomando remédio direitinho. Já fui várias vezes internado, não me lembro muito, mas é ruim, era mal tratado. No CAPS é melhor, é liberto, tem profissionais, tem apoio dos doutores do CAPS e da família”.
F2: “Concordo, porque andei em outros lugares e só encontrei tratamento aqui. Minha filha já foi internada no Guararapes e lá era ruim, as pessoas ficavam nuas, misturadas, ela não teve sucesso no tratamento e aqui no CAPS o paciente é acompanhado direito, é maravilhoso”.
PE2: “Os hospitais psiquiátricos em algum momento contribuem para melhoria do paciente e muitas vezes torna-se necessária a internação”.
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Profissionais aceitam lugares fechados, nos momentos de “crise”
Consequência Hospitalocêntrico e a Atenção Psicossocial aparece como complementares
Reforma Psiquiátrica implica a superação total do modelo.
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