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tecido conjuntivo

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IMEPAC
Histologia
Tecido Conjuntivo
Hudson Filho
2022
T8
Tecido Conjuntivo
1. Quais as características principais do Tecido?
O tecido conjuntivo é responsável pela sustentação e ligamento de todos os outros tecidos
do corpo. Ele é formado por células e matriz extracelular (MEC), as quais podem ser substâncias
fibrilares - colágeno e elastina - ou amorfas - proteínas multiadesivas e cadeias de
polissacarídeos.
Esse tecido também tem importante papel na cicatrização de feridas e reposição tecidual,
além de respostas imunológicas e inflamatórias.
Fibras colágenas
1
Fibras elásticas
● Correlações clínicas: Síndrome de Marfan (fibrilina) e Síndrome de Ehlers-Danlos
(colágeno).
2. Descreva as características gerais das células do tecido conjuntivo
● Fibroblasto: componente tecidual permanente do tecido conjuntivo, responsável pela
produção de MEC. Ela possui aparência fusiforme e núcleo elíptico, além de
prolongamentos citoplasmáticos. Quando ela se torna inativa, passa a ser chamada de
fibrócito, que são fibroblastos velhos.
● Mastócitos: apresenta núcleo esférico e central, grânulos secretores e lisossomos
secretores. Eles participam do processo inflamatório localizado e alérgico exacerbado.
2
● Macrófago: apresenta morfologia variável, dependendo do local em que se encontra. Ele
possui capacidade fagocítica e pinocítica, de defesa do organismo. O monócito se
diferencia posteriormente em macrófago.
● Plasmócito: originam-se do linfócito B. Essas células sintetizam e secretam anticorpos
específicos. Apresentam núcleo esférico e excêntrico deslocado do centro
3
● Leucócitos: são células produzidas nos tecidos da medula óssea. Elas permanecem
temporariamente no sangue e não retornam para ele após atingirem os tecidos alvos. A
principal atuação dos leucócitos é a defesa do organismo. Elas não pertencem
intrinsicamente ao tecido sanguíneo, apenas o usa para transporte.
3. Explique o processo de cicatrização de feridas
Esse processo ocorre em três etapas:
● Fase inflamatória: a cascata de coagulação sanguínea é iniciada pelas plaquetas e
células endoteliais. Os vasos sanguíneos são dilatados, aumentando sua
permeabilidade para que células responsáveis pela defesa corpórea possam chegar
ao local da ferida (quimiotaxia). Os neutrófilos são as primeiras células a chegar,
induzidas pelos grânulos liberados pelas plaquetas, e após 24hrs tem-se a maior
concentração dessa estrutura no local. O neutrófilo libera radicais livres,
responsáveis pela destruição bacteriana, e são, posteriormente substituídos por
macrófagos. Estes, por sua vez, dão continuidade às atividades realizadas pelos
neutrófilos, além de secretar citocinas, fatores de crescimento e terminarem o
desbridamento.
● Fase de proliferação/granulação: aqui ocorre a epitelização, angiogênese e
formação do tecido de granulação, além da deposição de colágeno. Os
fibroblastos dos tecidos vizinhos migram a fim de produzirem colágeno e,
4
posteriormente, se diferenciarem em miofibroblastos, os quais atuam na contração
da ferida.
● Fase de remodelação/maturação: aqui ocorre a deposição de colágeno de forma
organizada, sendo, portanto, a mais importante clinicamente. O colágeno inicial é,
aos poucos, substituído por um mais grosso e reorganizado ao longo das linhas de
tensões. Os fibroblastos e os leucócitos secretam colagenases, que destroem a
matriz antiga. O sucesso da cicatrização ocorre quando há maior deposição de
matriz nova que lise da antiga. Entretanto, mesmo após toda a cicatrização, o
colágeno cicatrizado é mais desorganizado que o normal.
4. Do que é composto o pus?
O pus é produzido pelo próprio sistema imunológico. Sua composição contém restos
celulares dos leucócitos e bactérias, substâncias secretadas por células, entre outros restos
celulares do tecido acometido.
5. Discorra acerca do tecido cartilaginoso
Esse tecido apresenta grande quantidade de matriz extracelular, composta por colágenos
tipo II, proteoglicanos, elastinas, glicoproteínas e ácido hialurônico. Além disso, esse tecido
possui grande quantidade de água. Tudo isso, configura uma organização celular esparsa, sem
contar que o tecido é avascular, sendo nutrido pelo pericôndrio - membrana superficial da
cartilagem composta por tecido conjuntivo.
As células específicas da cartilagem são os condroblastos, quando jovens, e os
condrócitos, quando adultas.
Apresenta como funções o revestimento das extremidades ósseas, sustentação de tecidos
moles, absorção de impactos mecânicos, configurar elasticidade, servem como molde para a
formação óssea, sustentam o embrião quando em formação e possibilitam o crescimento,
deslizamento e lubrificação dos ossos e articulações.
O tecido possui origem mesenquimal, sendo portanto originado da mesoderma. É
dividido em cartilagem elástica, fibrocartilagem e cartilagem hialina.
O crescimento desse tecido pode ser pelo método aposicional, em que o pericôndrio dá
origem às células que irão se diferenciando e adentrando no tecido, ou pelo método intersticial,
em que as células, por meio de mitoses, dão origem a grupos isógenos.
5
condrócitos e grupos isogênicos
pericôndrio
6. Como é a configuração da cartilagem articular?
Ela é do tipo hialina, porém não possui pericôndrio, estando, portanto, em contato direto
com o osso.
Apresenta muito líquido sinovial, o qual apresenta grande quantidade de ácido
hialurônico com efeito deslizante e via de transporte de nutrientes. Além disso, pode ser dividida
em quatro zonas:
● Z1 (zona superficial): resistente à pressão; condrócitos achatados entre fibrilas colágenas
dispostas paralelamente à superfície articular; altos níveis de fibras colágenas paralelas e água.
● Z2 (zona intermediária): condrócitos esféricos entre fibrilas colágenas dispostas
obliquamente em relação à superfície articular.
● Z3 (zona profunda): condrócitos esféricos dispostos em colunas curtas perpendiculares à
superfície articular entre as fibrilas colágenas; altos níveis de proteoglicanos.
6
● Z4 (zona calcificada): matriz calcificada com pequenos e poucos condrócitos.
Organização da cartilagem articular com suas zonas
7. Descreva as alterações que podem ocorrer na cartilagem
Degradação da matriz, perda da integridade da superfície, hiper-hidratação, necrose dos
condrócitos superficiais, quebra dos proteoglicanos, etc.
Na osteoartrose, por exemplo, o ácido hialurônico é despolimerizado, ocasionando
deterioração mecânica do tecido. Além disso, a perda desse ácido diminui a capacidade
viscoelástica do líquido sinovial. A partir do desgaste da cartilagem, as células mortas vão
liberando enzimas que degradam toda a estrutura cartilaginosa.
Geralmente, na osteoartrose observa-se uma hipercelularidade na cartilagem, numa
tentativa de reparar o tecido lesionado.
8. Discorra sobre tecido ósseo
Primeiramente, é importante ressaltar que tecido ósseo não é sinônimo de osso. O osso é
um órgão, composto de diversos tecidos, dentre os quais o ósseo é o mais abundante e principal.
O tecido ósseo apresenta matriz orgânica, composta de colágeno tipo I, além de
proteoglicanos e glicoproteínas, e matriz inorgânica, composta por fosfato de cálcio, que são
7
convertidos em cristais de hidroxiapatita
pelos osteoblastos. A parte orgânica
confere maleabilidade e resistência ao
osso. Quando a matriz recém sintetizada
é formada, ela apresenta-se apenas com
a parte orgânica, sendo denominada
osteóide.
Em uma visão geral, o osso é
composto por diversas estruturas
organizadas conforme a figura ao lado.
O osso esponjoso, localizados na
epífise do osso, é responsável pela
hematopoiese, enquanto que o osso
compacto, presente em toda a extensão
na periferia do osso, e responsável pela
rigidez óssea.
O periósteo, camada de tecido conjuntivo que reveste o osso, é vascularizado e
responsável por nutrir o osso. Já o endósteo, é composto por uma camada de células
osteoprogenitoras, as quais se diferenciam em células específicas do tecido conforme seja
necessário.
As células mesenquimais, durante o desenvolvimentoembrionário, se diferenciam em
osteoprogenitoras, que darão origem ao osteoblastos, responsáveis pela formação óssea da
8
matriz. Estas, por sua vez, podem se diferenciar posteriormente em osteócitos, que realizam a
manutenção da matriz ou em células de revestimento (endosteais ou periosteais). Os osteócitos
se encontram na matriz óssea,
enquanto que os osteoblastos se
encontram na periferia do tecido
ósseo, realizando a deposição de
matriz.
Os osteoclastos, células
grandes e polinucleadas, realizam o
remodelamento e desmineralização
do osso, sendo originadas da fusão
de células hematopoiéticas.
A nutrição dos osteócitos se
deve aos vários prolongamentos
citoplasmáticos destes ao longo da
matriz de modo a achar alguma
fonte nutrícia (vasos sanguíneos).
O local onde essas células se
encontram é denominado lacuna, e
os canalículos são os locais onde
os prolongamentos se adentram
no osso.
Em relação ao processo de
ossificação, este se dá de duas
formas diferentes: ossificação
endocondral e intramembranosa.
A ossificação endocondral
é realizada com um molde de
cartilagem, a qual é substituída
por osso no decorrer da formação.
Além disso, há a formação de
cartilagem epifisária, a qual é
responsável por permitir o
crescimento do osso no decorrer
do crescimento.
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Já a ossificação intramembranosa é realizada sem molde de cartilagem, com
diferenciação celular de células mesenquimatosas em osteoblastos e osteócitos.
Por fim, a organização óssea se dá de duas formas: osso imaturo/primário/não lamelar e
maduro/secundário/lamelar.
Lamelas são camadas organizadas de células e matriz. Observe a imagem abaixo:
Além disso, a organização na diáfise e na epífise são diferentes.
● organização do osso na diáfise (osso compacto).
É realizada em lamelas concêntricas,
formando o sistema de Havers/ósteon, em que
o centro é composto pelo canal de Havers
(seguem o comprimento do osso), conectados
pelos canais de Volkman (perpendiculares aos
de Havers), os quais levam suprimentos
sanguíneos e nervos.
10
● organização do osso na epífise (osso esponjoso).
Organizado em trabéculas, como as da figura a seguir.
9. Quais as características do disco epifisário?
O disco epifisário (cartilagem epifisária) permite o crescimento longitudinal dos ossos
longos e curtos. Nele, são encontradas 5
zonas.
A zona de repouso está localizada
perto da epífise do osso. Na zona de
proliferação, há maior divisões mitóticas,
enquanto que na zona hipertrófica os
condrócitos estão iniciando um processo de
acúmulo de substâncias, dentre as quais
substâncias que degradam a cartilagem. A
seguir, na zona de cartilagem calcificada há
apoptose dos condrócitos, sendo portando
uma região com poucos ou nenhum
condrócitos. Por fim, na zona de reabsorção
há reabsorção da cartilagem calcificada e deposição de matriz óssea.
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Placa epifisária em roxo
Zonas da placa epifisária
Zona de ossificação
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10. Descreva sobre remodelamento ósseo
É um processo de substituição de tecido ósseo, em que há eliminação de osso velho e
formação de osso novo. A reabsorção e a formação são fenômenos intimamente acoplados, onde
o início da primeira estimula a atividade reparadora da segunda.
As células envolvidas são os osteoclastos (reabsorção) e os osteoblastos (formação).
Os osteoblastos produzem fatores de diferenciação e ativação dos osteoclastos, os quais
iniciam o processo de absorção do tecido. O osteoclasto ativo apresenta borda pregueada e libera
substâncias ácidas que corroem a matriz mineralizada e as substâncias orgânicas do osso.
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Algumas células oriundas dos monócitos atuam impedindo a erosão óssea adicional por
meio de uma linha cimentante e atraem pré-osteoblastos para a deposição de matriz nova.
Os osteoblastos diferenciados preenchem a cavidade aberta, sintetizando e mineralizando
o osteóide formado.
11. Descreva sobre reparo ósseo (fraturas)
Após a lesão da fratura, há a formação de um hematoma, que é a resposta inicial à lesão
(reação inflamatória aguda).
Após isso, há a formação de um tecido de granulação substituindo o hematoma
(fibroblastos e células periosteais).
Em seguida, o calo mole é formado, constituído por cartilagem fibrosa, estabilizando e
unindo as extremidades. Há também nesse momento a formação da bainha óssea, que é a
superfície externa do calo mole, com células osteoprogenitoras que darão início à ossificação
endocondral,formando o calo duro.
Por fim, há a remodelação óssea, de modo a substituir o osso imaturo pelo osso maduro.
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