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Em um processo seletivo, a metade dos profissionais se sentiu prejudicada e isso porque eram os mais qualificados, aponta uma pesquisa realizada pelo g1.globo.com e publicada no dia 19/06/2018. Levantamento revela que mulheres, pessoas pretas, pessoas com deficiência foram os que mais se sentiram em desvantagem na disputa por um emprego. Entre profissionais que se sentiram prejudicados em seleções de emprego estão as pessoas com deficiência. — Foto: Natália Normande/G1 A pesquisa, feita com mais de 3,2 mil candidatos entre 6 de fevereiro e 13 de março, mostra que 50% dos candidatos respondentes se sentiram prejudicados em dinâmicas seletivas. Dentro desse grupo, 54% são mulheres, 55% são pessoas pretas, 59% são pessoas com deficiência, 64% são pessoas com mais de 55 anos e 59% são pós-graduados. Ao serem questionados sobre os motivos da discriminação, os candidatos afirmaram as seguintes razões: Idade (37%) Local de moradia (15%) Raça/etnia (12%) Estilo e condição social (11%, cada) Peso (10%) Faculdade que frequentaram (9%) Gênero (6%) Religião ou crença (5%) Deficiência (1%) Mulheres, pessoas pretas, pessoas com deficiência e profissionais mais experientes e qualificados foram os que mais se sentiram afetados em processos de recrutamento e seleção, revelou uma pesquisa da Vagas.com, empresa de soluções tecnológicas de recrutamento e seleção, e da Talento Incluir, que atua na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Discriminação racial é frequente no mundo corporativo, diz presidente da Bayer. Quando decidiu relatar no seu perfil na rede LinkedIn a discriminação que um amigo negro teria sofrido em um processo seletivo de uma multinacional, o presidente da Bayer Brasil, Theo Van der Loo, não esperava a repercussão que o caso ganharia. “Não entrevisto negros”, teria dito o recrutador na presença do candidato, que abandonou o local e decidiu ignorar o ocorrido por temer que a denúncia prejudicasse sua carreira. A denúncia de Van Der Loo já recebeu 3.100 curtidas e 885 comentários no seu perfil do LinkedIn em um curto prazo de tempo. Na presidência da Bayer Brasil desde 2011, o filho de imigrantes holandeses se tornou referência na luta pela inclusão no ambiente corporativo ao ganhar prêmio de personalidade do Fórum São Paulo Diverso em 2015 pela promoção de ações afirmativas. O passado dos pais, que fizeram trabalho forçado durante a Segunda Guerra Mundial, instiga o executivo a repensar o papel das empresas. Para Van der Loo, as empresas deveriam ser um vetor de mudanças sociais em um país. Ele afirma que o ambiente corporativo ainda é racista no Brasil. "O racismo ocorre em todo lugar, de forma mascarada. Mas não na mesma intensidade que no Brasil. Aqui, a discriminação racial no ambiente corporativo é frequente", disse Van der Loo, em entrevista ao G1. Para ele, as empresas precisam de políticas de inclusão racial para aumentar a presença de negros no alto escalão. Segundo a entrevista Van der Loo relatou sobre o caso de seu amigo: “Meu amigo estava procurando um emprego e tinha colocado o currículo no mercado, então liguei para ele e perguntei como estavam as coisas. Foi então que ele me contou que tinha ido fazer a entrevista e ouviu a pessoa falar ao responsável do RH, na sua frente, que não o entrevistaria porque era negro. Fiquei indignado e ainda mais surpreso por ele não denunciar por ter medo de manchar sua imagem. ” E não existe somente esses tipos de descriminação, nos dias de hoje podemos dizer que existe os dos mais variados tipos, entre os mais comuns seria a descriminação de raça/etnia, religião/crença, idade, peso, deficiência, local de moradia, estilo, tipo de faculdade que frequentaram etc, mas, alguns chegam até ser bizarros como descriminação por ter filhos, IMC dentro do padrão (pessoa magra), ter boa aparência, saber se vestir. Algumas vezes, determinadas empresas meio que extrapolam com alguns requisitos e acabam ferindo o direito dos candidatos, isso seria o tipo de coisa que deveriam ser repensadas por elas durante o processo de seleção, é necessário uma atenção maior durante essa etapa que é de grande importância para as empresas, pois na maioria das vezes acabam descartando grandes talentos que fariam toda a diferença e na maioria das vezes por coisas sem cabimento. O que fazer em uma situação de descriminação? Em casos de racismo ou discriminação racial anote o endereço do local, caso seja estabelecimento comercial ou público, nome do autor (a) nome das testemunhas e números de documentos, ligue para 156 e dirija-se a delegacia de polícia na região onde os fatos ocorreram e faça o boletim de ocorrência, depois se dirija a prefeitura 10º Andar, Secretaria de Governo, avise que está deixando um boletim de ocorrência para o Conepir, deixe telefone que entraremos em contato. Se preferir ligue ao 156, deixe sua denúncia e aguarde contato para procedimentos. O Que diz a Constituição: Sobre o Racismo Lei nº 7.716 de 05 de Janeiro de 1989 Define e tipifica os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) Pena: reclusão de um a três anos e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) No Parágrafo § 3º Inciso III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na rede mundial de computadores. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) Código Penal em seu Artigo 140 – Racismo Parágrafo 3º: Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem: (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997). Pena – reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997). Referências: https://g1.globo.com/ https://conselhos.piracicaba.sp.gov.br/ http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111031/lei-n-7-716-de-05-de-janeiro-de-1989#art-20 https://g1.globo.com/ https://conselhos.piracicaba.sp.gov.br/
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