Buscar

livro tricologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 136 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 136 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 136 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estética Capilar 
e Tricologia
ACESSE AQUI O SEU LIVRO 
NA VERSÃO DIGITAL!
Dra. Franciele Neves Moreno
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3413
FICHA CATALOGRÁFICA
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. 
Núcleo de Educação a Distância. MORENO, Franciele Neves.
Estética Capilar e Tricologia. 
Franciele Neves Moreno.
Maringá - PR.: Unicesumar, 2021.
136 p.
“Graduação - EaD”. 
1. Estética 2. Capilar 3. Tricologia. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 646.726 
CIP - NBR 12899 - AACR/2
ISBN 978-65-5615-169-4
Impresso por: 
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679 Fotos: Shutterstock
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar
Diretoria de Design Educacional
Equipe Produção de Materiais
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Design Educacional 
Débora Leite Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho Diretoria de Permanência Leonardo 
Spaine Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdo 
Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais Nádila Toledo Supervisão Operacional de Ensino Luiz Arthur Sanglard
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de 
Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de 
EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
DIREÇÃO UNICESUMAR
EXPEDIENTE
BOAS-VINDAS
Reitor 
Wilson de Matos Silva
Neste mundo globalizado e dinâmico, 
nós trabalhamos com princípios éticos 
e profissionalismo, não somente para 
oferecer educação de qualidade, mas 
também, acima de tudo, gerar a conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. 
Baseamo-nos em quatro pilares: 
intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Assim, iniciamos a Unicesumar em 1990, 
com dois cursos de graduação e 180 
alunos. Hoje, temos mais de 100 mil 
estudantes espalhados em todo o Brasil, 
nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Londrina, Curitiba e Ponta Grossa) e em 
mais de 500 polos de educação a distância 
espalhados por todos os estados do Brasil 
e, também, no exterior, com dezenas de 
cursos de graduação e pós-graduação. Por 
ano, produzimos e revisamos 500 livros e 
distribuímos mais de 500 mil exemplares. 
Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 por 
sete anos consecutivos e estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as 
necessidades de todos. Para continuar 
relevante, a instituição de educação 
precisa ter, pelo menos, três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a 
qualidade.Por isso, desenvolvemos para 
os cursos híbridos, metodologias ativas, 
as quais visam reunir o melhor do ensino 
presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão,
que é promover a educação de qualidade
nas diferentes áreas do conhecimento,
formando profissionais cidadãos
que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
Olá, aluno(a), tudo bem? Sou a professora 
Franciele, sou Bióloga, católica e casada. 
Amo viajar, principalmente para lugares 
com lindas paisagens naturais, por exem-
plo, praias, cachoeiras e regiões monta-
nhosas. Apesar de eu ter (um pouco) fo-
bia à altura, eu gosto de atividades, como 
rapel e tirolesa (já realizei duas vezes), e 
também caminhadas na natureza. Além 
disso, eu e meu marido praticávamos cor-
rida de rua. Há cerca de um ano, nossa 
vida mudou, nasceu nossa filha (nosso 
presente de Deus), chama-se Luna. Por 
ela, tivemos que dar uma pausa nas via-
gens, nas atividades radicais e na corrida. 
Às vezes, é necessário darmos algumas 
pausas, respeitar nossas limitações e nos 
reorganizarmos, mas logo voltaremos às 
viagens e às atividades com a nossa filha. 
Neste um ano, já aprendi muito e errei 
também, sinto-me realizada como mãe. 
Minha vida profissional também mudou 
(como de muitas mães/pais), pois tinha 
uma atividade de trabalho intenso e, após 
o nascimento, não havia retornado até 
agora. Estava me organizando para retor-
nar com uma carga horária menor quando 
fui convidada para escrever este livro. A 
princípio fiquei temerosa em aceitar, pois 
tive medo de não conseguir tempo neces-
sário para me dedicar, mas aceitei o desa-
fio, estava na hora de voltar a trabalhar, 
e nada melhor do que fazê-lo em home 
office. Espero que você também consiga 
superar seus medos, respeitar seus limites 
e ter a coragem de se lançar no universo 
da tricologia. Bons estudos!
Aqui você pode 
conhecer um 
pouco mais sobre 
mim, além das 
informações do 
meu currículo.
MEU CURRÍCULO
MINHA HISTÓRIA
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4261145U6
REALIDADE AUMENTADA: sempre que encontrar esse ícone, esteja conectado 
à internet e inicie o aplicativo Unicesumar Experience. Aproxime seu dispositivo 
móvel da página indicada e veja os recursos em Realidade Aumentada. Explore as 
ferramentas do App para saber das possibilidades de interação de cada objeto.
PODCAST: professores especialistas e convidados, ampliando as discussões 
sobre os temas.
PÍLULA DE APRENDIZAGEM: uma dose extra de conhecimento é sempre 
bem-vinda. Posicionando seu leitor de QRCode sobre o código, você terá 
acesso aos vídeos que complementam o assunto discutido.
PENSANDO JUNTOS: ao longo do livro, você será convidado(a) a refletir, questionar 
e transformar. Aproveite este momento!
EXPLORANDO IDEIAS: com este elemento, você terá a oportunidade de explorar 
termos e palavras-chave do assunto discutido, de forma mais objetiva.
EU INDICO: enquanto estuda, você pode acessar conteúdos online que ampliaram a 
discussão sobre os assuntos de maneira interativa usando a tecnologia a seu favor.
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar 
Experience para ter acesso aos conteúdos online. O download do 
aplicativo está disponível nas plataformas: Google Play App Store
IMERSÃO
RECURSOS DE 
https://apps.apple.com/br/app/unicesumar-experience/id1386242696
APRENDIZAGEM
CAMINHOS DE
9
75
43
105
7
Introdução à Tricologia
ESTÉTICA CAPILAR E TRICOLOGIA
Recursos aplicados 
aos cabelos e ao 
couro cabeludo
Anamnese e Alterações 
Patológicas
Cuidados na 
Estética Capilar
1
3
2
4
PROVOCAÇÕES INICIAIS
INICIAIS
PROVOCAÇÕES
Olá, aluno(a), tudo bem? Você ingressou em um curso que trabalhará com a saúde e o bem-estar das 
pessoas, e, uma vez que os cuidados com os cabelos e o couro cabeludo são, fundamentalmente, im-
portantes para os seres humanos, conhecê-los, saber das principais afecções tricológicas e dos cuidados 
são pontos essenciais para a formação do profissional de estética.
Pensando a respeito, este livro foi, cuidadosamente, preparado para a construção do conhecimento da 
disciplina estética capilar e tricologia, abordando, inicialmente, a importância que os cabelos e os pelos 
têm para as pessoas, em seguida, suas características biológicas, químicas, físicas e o ciclo biológico, 
incluindo seu envelhecimento. Após, contemplam-se as recomendações sobre como realizar uma boa 
anamnese, os protocolos de tratamentos e as terapias capilares, as principais afecções tricológicas, seus 
sintomas e os tratamentos mais indicados. 
Para o cuidado do cabelo e do couro cabeludo, são necessários cosméticos específicos, sendo aborda-
dos neste livro, no terceiro ciclo, além de contemplar também seus ativos. Outro ponto importante em 
relação aos cuidados e aos tratamentos na estética capilar são as técnicas utilizadas, tais como as de 
texturização, coloração, massagem, drenagem linfática, argiloterapia, esfoliação, reconstrução capilar, 
laserterapia, radioterapias, microagulhamento,entre outras, que também estão contempladas neste livro. 
Enfim, você percebe que esta disciplina aborda conhecimentos que contribuirão, de forma efetiva, para 
a sua formação como profissional de estética e cosmética? Então, convido-o a mergulhar no universo da 
estética capilar e tricologia. Bons estudos. Vamos lá?!
ESTÉTICA CAPILAR E TRICOLOGIA
1
OPORTUNIDADES
DE APRENDIZAGEM
Introdução à 
Tricologia
Dra. Franciele Neves Moreno
Neste ciclo, você terá a oportunidade de aprender a importância do pelo 
para a vida do homem e as principais características anatômicas, fisiológicas, 
histológicas e químicas dos fios e do couro cabeludo. Também aprenderá 
as diferenças do cabelo entre as raças, a relação das glândulas exócrinas 
(sudorípara e sebácea) com o pelo e com o couro cabeludo, conhecerá os 
tipos de pelos, seu ciclo biológico (anágena, catágena e telógena) e as alte-
rações fisiológicas do seu envelhecimento. Estes conhecimentos fornecerão 
conteúdos fundamentais para exercer sua profissão de esteticista capilar 
com qualidade, uma vez que serão necessários quando, por exemplo, você 
for realizar uma avaliação tricológica, ou sugerir tratamentos ou terapias 
capilares, ou quando for verificar se os hábitos do seu cliente estão corretos, 
entre outros procedimentos estéticos. Por isso, convido-o a mergulhar no 
universo do conhecimento da estética capilar e da tricologia. Vamos lá?!
10
UNICESUMAR
Você sabia que o cabelo sempre ocupou uma posição de destaque na vida dos homens? Um exemplo disso 
é como os reis e as rainhas da Idade Média os tratavam. Para eles, os cabelos tinham um destaque especial 
que sinalizava poder e status, sendo assim, quem governava não poderia ser calvo, careca ou ter alguma 
doença/disfunção capilar. No entanto, como não tinham produtos adequados para cuidados básicos 
com os cabelos, desenvolviam algumas doenças capilares, como infestação de piolhos, caspas, seborreias, 
tricoses da haste, entre outras, e alguns até tornavam-se carecas em função disso, durante o seu reinado. 
Por isso, naquela época, usavam-se perucas, e elas eram consideradas artigos de beleza de luxo, e 
quanto mais volumosa, mais bonitas e caras elas eram, ou seja, se, na época, alguém quisesse ostentar, 
era só usar uma peruca bem volumosa. 
Atualmente, os cabelos também têm sua importância para as pessoas, determinando sua aparência 
e humor, além de continuarem ditando tendências no mundo da moda, fazendo os profissionais desta 
área cada vez mais importantes. Mas, antes de entrar no assunto e aprender tudo o que essa unidade traz, 
gostaria de fazer uma pergunta: Quantas vezes por dia você mexe no cabelo seja escovando, lavando 
seja apenas passando a mão? Tanto o cabelo quanto nossos pelos têm fundamental importância para 
nós enquanto seres humanos. Quando sentimos frio e estamos sem agasalho, nossos pelos se eriçam, 
e este é um mecanismo importante para manutenção da temperatura corporal. 
Ou seja, se pararmos para pensar, desde o início da humanidade, os pelos e cabelos tinham a sua 
importância, e isso foi se modificando ao longo dos tempos, assim como a quantidade desses fios 
pelo corpo. Conforme os hominídeos iam se dispersando pelos continentes, algumas características 
morfológicas foram se modificando e se adequando às variações ambientais, tais como quantidade e 
tipo de pelos e cabelos. Os fios foram se concentrando em algumas regiões corporais com funções e 
características específicas. E aí, você já parou para pensar por que 
algumas regiões do corpo possuem mais pelos que outras? 
O que leva à queda capilar e por que é intensificada 
nos homens após certa idade? Por que os cabelos 
ficam brancos?
Os fios de cabelo e pelos têm funções fisio-
lógicas importantes, como proteção mecânica, 
imunológica, sensorial, térmica etc. e também 
possuem características específicas, um ciclo 
biológico e como todas estruturas do nosso cor-
po, também envelhecem. Suas características 
biológicas podem ser alteradas ou preservadas 
de acordo com seus hábitos, inclusive, com sua 
alimentação. Você já ouviu dizer que “você é o que 
você come”? Embora uma pessoa com alimenta-
ção equilibrada não garanta um cabelo ou 
couro cabeludo saudável, é comprovado 
que a quantidade de nutrientes e água 
que você ingere afetará, diretamente, 
seus cabelos e couro cabeludo.
11
UNIDADE 1
D
IÁ
R
IO
 D
E 
B
O
R
D
O
Uma vez que eles são constituídos por biomoléculas, como as proteínas, que para serem sintetizadas 
e funcionarem, adequadamente, necessitam de uma quantidade adequada de nutrientes (aminoáci-
dos, vitaminas, minerais etc.) e água, absorvidos durante a alimentação. Este é o motivo de distúrbios 
alimentares, tais como dietas radicais e anorexia, causarem a perda de brilho e queda capilar. Além 
disso, outros comportamentos podem causar danos à estrutura dos fios ou do couro cabeludo, como 
excesso de tratamentos químicos, uso inadequado de secadores e pranchas, entre outros. 
Proponho a você, estudante, que faça um simples exercício se imaginando já como profissional da 
área, mas apenas para visualizar qual sua conexão com o que conversamos anteriormente. Imagine 
que você atende uma cliente com característica caucasiana, cabelos ondulados e castanhos, de 35 anos, 
que não está contente com seu cabelo e relata que ele está sem brilho e quebradiço. Para propor um 
tratamento a ela, primeiro você deve conhecer as características de um cabelo normal e o que pode 
causar o problema capilar relatado. Portanto, sugiro que pesquise as características de um cabelo nor-
mal caucasiano e o que pode estar causando o problema mencionado por essa cliente (cabelos sem 
brilho e quebradiço). 
Você percebeu, em nossa breve conversa, que os seres humanos, no processo da sua evolução, tiveram 
adaptações morfológicas de acordo com as alterações ambientais que enfrentavam, desenvolvendo 
características específicas. Além disso, outros fatores influenciam nas características capilares. Pro-
ponho uma reflexão sobre isso. A seguir, no Diário de Bordo, anote o que você acha ser característica 
de um cabelo normal. Anote, também, quais tipos de pelos você acha que existem? E, por fim, anote 
suas impressões, pensando na seguinte pergunta: Será que a raça, o sexo e a idade podem influenciar 
nos pelos e cabelos? 
12
UNICESUMAR
Você já parou para pensar qual é a importância do pelo para a vida do homem moderno? Para 
compreendermos qual a posição de destaque que o cabelo ocupa em nossa vida, primeiro temos que 
entender a sua importância no decorrer da história do homem, iniciando pelo homem das cavernas, 
afinal, para compreendermos o hoje é importante conhecermos o passado, a nossa história. Sendo 
assim, no homem pré-histórico (homem das cavernas), a quantidade de pelos e cabelos era bem 
maior uma vez que serviam de proteção contra os fatores ambientais adversos (frio, calor, radiação 
solar, desidratação, entre outros). Afinal, você deve considerar que, naquela época, eles não tinham 
roupas e calçados para se protegerem dos fatores ambientais adversos. Mas, com o passar do tempo, 
a quantidade de pelos foi reduzida, assim como foram adquiridas novas habilidades, como confecção 
de roupas, calçados, ferramentas etc. Com isso, os pelos conquistaram também outros significados e 
importância ao homem, como representação sexual, de força e de poder.
Ao longo da evolução humana, de acordo com estudos realizados, a pele teve redução de pelos, 
aumento do número de glândulas sudoríparas, alteração na tonalidade, surgimento do tecido adiposo 
subcutâneo e redução das unhas (AZULAY, 2006). Pesquisadores sugerem que os principais fatores 
para a redução dos pelos “através das gerações dos hominídeos foram o processo de desertificação das 
florestas e a aquisição da postura ereta (bipedalismo) (Figura 1), há aproximadamente cinco milhões 
de anos” (FIGUEIREDO; ALBUQUERQUE, 2013, p. 59).
Figura 1 - Evolução da espécie humana (Homo sapiens sapiens) 
Com a desertificação das florestas,originando as savanas, os primatas ficaram mais suscetíveis à radia-
ção solar e ao mesmo tempo adquiriu a capacidade de andar ereto, isto resultou em um maior gasto de 
energia e maior geração de calor (FIGUEIREDO; ALBUQUERQUE, 2013). Sendo assim, indivíduos 
que melhor se adaptaram ao calor químico gerado pelo esforço físico do bipedalismo e ao aumento 
da radiação solar foram selecionados, favoravelmente, como podemos ver na Figura 1. Ao longo da 
evolução da espécie humana, ficou evidente que uma pele desnuda e com altos níveis de transpiração 
constituiu um meio de dissipação de calor eficaz (RIVITTI, 2018).
13
UNIDADE 1
Você sabia que a quantidade de pelos e sua importância 
foram alteradas por meio da evolução, permanecendo as 
características que proporcionaram sucesso evolutivo ao 
homem? Atualmente, os pelos e os cabelos têm importante 
destaque na vida do homem, fazendo parte da construção 
do indivíduo.
Nota-se que, ao longo dos tempos, além da importância biológica, 
os fios capilares tiveram outros significados e outra importância 
e que difere de acordo com os povos, as religiões ou as culturas. 
Para alguns povos, os cabelos e as unhas continuam relacionados 
ao indivíduo mesmo após serem cortados, desta forma não po-
dem ser removidos do seu corpo nem jogados fora. Nesta linha de 
pensamento, na quimbanda, o cabelo é utilizado em rituais. Para 
alguns povos, o cabelo significa virilidade, e, em algumas culturas, 
o primeiro corte de cabelo é uma ocasião importante, sendo rea-
lizadas cerimônias para proteger a criança contra maus espíritos. 
Já os índios do Xingu raspam os pelos do corpo, deixando apenas 
os cabelos, fazem isto porque eles acreditam que assim irão se di-
ferenciar dos macacos. Nesta tribo, eles preservam os cabelos por 
serem relacionados com a sexualidade e a sensualidade, cortando-os 
apenas quando alguém muito próximo morre, sinalizando luto ou 
como mutilação (OLIVEIRA, 2007).
Também é observado que o corte e a disposição dos cabelos 
demarcam personalidade, função social ou mudança no estilo de 
vida, desde a Antiguidade. Na Idade Média, os cabelos eram muito 
importantes, significava poder e status e, a partir desta época, co-
meçaram a surgir vários medicamentos para calvície e para outras 
doenças tricológicas (PEREIRA et al., 2016). Entre os hippies, os 
cabelos desalinhados eram sinal de liberdade e não aceitação aos 
valores da época vigentes. Cabelos Black Power foram e ainda são 
utilizados como afirmação da negritude (OLIVEIRA, 2007). Po-
demos dizer que os cabelos vêm marcando épocas, civilizações, 
religiões, culturas, grupos sociais e ditando tendências (Figura 2). 
14
UNICESUMAR
Figura 2 - Cabelos e tendências
A supervalorização atual do cabelo é evidente uma vez que as pessoas estão em busca do cabelo per-
feito. Para isso, alteram cor, cortes, formas, fazem vários tipos de tratamentos, isto tudo para exaltar sua 
beleza, sua identidade ou, até mesmo, criar um personagem (Figura 3). Você já fez algum tratamento 
ou mudança capilar? Qual importância você dá aos seus cabelos? Será que para sua cliente (do Estudo 
de Caso) o cabelo é importante e realizou algum tratamento em seu cabelo que pode ter o deixado 
quebradiço e sem brilho?
Figura 3 - Frases evidenciando os cabelos
15
UNIDADE 1
Atualmente, a valorização do cabelo é facilmente observada entre os jo-
gadores de futebol. Você notou que, nas últimas décadas, o cabelo vem 
ganhando destaque neste esporte? Muitos dizem que o futebol atual não 
é apenas um esporte, mas uma janela para a moda capilar. Quem nunca 
reparou no cabelo de algum jogador? Eles fazem cortes personalizados, 
alteram a cor, fazem penteados, utilizam técnicas capilares inovadoras e 
ditam tendências. Muitas crianças chegam a pedir a seus pais que querem 
ficar com o cabelo igual do seu ídolo. Isto também é observado em outros 
esportes, entre músicos, atores, youtubers, personagens de desenho ani-
mado/cinema, entre outros.
Além disso, para muitas pessoas, cuidar do cabelo tem efeito terapêu-
tico, isto é comumente observado em salões de beleza, como descrito 
por Oliveira (2007), que, ao entrarem no salão de beleza, algumas pes-
soas chegam, aparentemente, deprimidas e, conforme seus cabelos são 
cortados ou tratados, a postura e o humor se alteram, ficando felizes 
com a nova imagem do cabelo, como se, de repente, tivessem ganhado 
uma nova vida. De acordo com a autora, quando os cabelos crescem, 
perdem o formato e a vitalidade, com isso, a pessoa sente que perdeu 
a beleza e a identidade e, após o novo corte, a pessoa se reencontra. 
Observando o quanto as pessoas valorizam sua aparência e seus 
cabelos, o mercado cosmético e de tratamento capilar vem ganhando 
cada vez mais espaço, inclusive, no mundo masculino, que, até décadas 
atrás, era pouco explorado. São facilmente observados a quantidade 
crescente de produtos para cabelos e barbas, as técnicas e os tratamen-
tos capilares, conforme o que se deseja obter. Além, é claro, do número 
de pessoas que se submete a tudo isso que é enorme, bem como o 
tempo despendido para estes cuidados, medida da importância que os 
pelos e os cabelos têm para nossa sociedade. Dentro desse quadro de 
culto à vaidade ou de cuidados com a vida, os cabelos têm posição 
de destaque (OLIVEIRA, 2007).
Assim, podemos salientar que o cabelo tornou-se fundamental 
para a construção da identidade do indivíduo. Por isso, a estética 
capilar e a tricologia (trichos = cabelo/ logia = estudo) tornam-se 
essenciais para o profissional de estética, principalmente aos que 
desejam trabalhar com cabelos e/ou pelos uma vez que estes pro-
fissionais são responsáveis pelo embelezamento pessoal, pela saúde 
capilar e pelo bem-estar das pessoas. Você já consegue perceber como 
é importante esta disciplina para sua profissão e a responsabilidade 
que você terá? Por estes motivos, você como um futuro profissional 
de estética de sucesso deve estar em busca constante de aperfeiçoa-
mento e aprendizado.
Antes Depois
Antes Depois
16
UNICESUMAR
Visto a importância dos pelos e dos cabelos para a humanidade ao longo dos tempos, percebemos que 
eles têm funções biológicas importantes. Eles podem servir para proteção contra radiação solar, atuar no 
controle térmico, têm ação sensorial, são barreira contra entrada de sujidades e microrganismos, entre 
outras funções, dependendo da região que se encontra. Por exemplo, os cabelos, que são os pelos da cabeça, 
exercem proteção contra radiação, impactos e atua no controle térmico do crânio, e isso é necessário uma 
vez que a nossa cabeça é muito exposta aos raios ultravioletas (UV). O cérebro tem um metabolismo 
elevado com grande sensibilidade ao aquecimento e necessita que a temperatura seja controlada, e a calota 
craniana precisa de proteção contra impactos (AZULAY, 2006; FIGUEIREDO; ALBUQUERQUE, 2013). 
Já os pelos nas axilas, também denominados hircos, e os pelos da genitália, os púbios, atuam na pro-
teção contra organismos patógenos e, de acordo com alguns autores, podem ter funções associadas à 
conservação de moléculas odoríferas produzidas nestas regiões as quais são relacionadas à reprodução, 
servindo para atração de parceiros sexuais (AZULAY, 2006; FIGUEIREDO; ALBUQUERQUE, 2013). 
Mas há quem conteste a permanência de pelos nestas regiões, não é mesmo? A maioria das mulheres e 
alguns homens se submetem a procedimentos dolorosos, ou gastam tempo e dinheiro para removê-los, 
definitivamente. Atualmente, os homens estão removendo os pelos de algumas regiões do corpo, como 
tórax, costas, axilas (os hircos) e da região pubiana (os púbios) e destinam os cuidados para os cabelos, 
pelos da face, a barba, e o bigode (pelos do lábio superior). Os pelos do nariz (vibrissas), da orelha (trágios), 
dos cílios e supercílios (sobrancelhas) também têm função protetora contra a entrada de microrganismos 
e outras partículas. 
Agora, convido você a conhecer a anatomia e fisiologia do pelo e do couro cabeludo bem como 
as principais diferençasdos cabelos nas grandes raças. Os pelos e os cabelos são órgãos anexos da 
pele (ou cútis) e fazem parte do sistema tegumentar. Você sabia que a pele é o maior órgão do corpo hu-
mano e possui diversas funções, tais como proteção mecânica, imunológica, termorregulação, sensorial, 
secretora, barreira contra organismos patógenos e radiação solar? (JUNQUEIRA, 2017; RIVITTI, 2018). 
Dada a importância da pele para o sistema tegumentar e para a estrutura dos nossos fios, foco desta 
disciplina, convido você a rever um pouco mais sobre ela, pois nas disciplinas de Anatomia Humana e 
Dermatologia e disfunções da pele, estudamos a pele e seus órgãos anexos, mas, aqui, a contextualização 
será na área de tricologia e estética capilar.
A pele recobre todo o corpo, formando uma camada protetora e tem a capacidade de regenerar-se 
rapidamente. O couro cabeludo é uma pele que recobre o crânio, possui diversos folículos pilosos (também 
conhecidos como folículos capilares) e glândulas sebáceas cuja epiderme tem alta regeneração. A pele 
é constituída por dois tecidos (Figura 4), que são (HALAL, 2016; JUNQUEIRA, 2017; RIVITTI, 2018):
1. Epiderme (mais externa): constituído por um epitélio estratificado pavimentoso querati-
nizado (com camada córnea), este tecido resiste à água e protege contra os patógenos. Tem a 
espessura de cerca de 50 células, e estas se renovam, constantemente. As células mais abundantes 
são os queratinócitos, os quais são formados por mitose (divisão celular) na camada basal da 
epiderme e se move em direção à camada mais externa da epiderme, a córnea, modificando-se 
pelo processo conhecido como queratinização. A epiderme tem mais três tipos de células: os 
melanócitos, as células de Langerhans e as de Merkel. Esse tecido pode ser dividido em cinco 
camadas: camada basal ou estrato germinativo; camada espinhosa; camada granulosa; 
camada lúcida; camada córnea.
17
UNIDADE 1
2. Derme (mais interna): este tecido fica abaixo da epiderme, compõem cerca de 90% do 
peso seco da pele, ele comunica a hipoderme com a epiderme. Uma vez que a epiderme não 
é vascularizada, a derme transfere os nutrientes do tecido inferior (hipoderme) para o tecido 
superior (epiderme), além disso, oferece termorregulação para a pele. Sua espessura pode variar 
conforme a região do corpo e é importante para a percepção sensorial (tato, temperatura e 
dor) e proteção imunológica da pele. As camadas que compõem a derme são: camada papilar 
(camada superficial) e camada reticular (camada interna), são encontrados nesta camada 
os folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas (entre outras estruturas).
Epiderme
Derme
Hipoderme
Haste do cabelo/Eixo do cabelo
Poro da glândula sudorípara
Cume epidérmico
Papila dérmica
Receptores sensoriais
Músculo eretor do pelo
Glândula sebácea
Ducto da glândula sudorípara
Folículo piloso/Folículo capilar
Glândula sudorípara
Nervo
Veia
Artéria
Figura 4 - Corte da pele
A Hipoderme ou tecido celular subcutâneo (ou tela subcutânea) não faz parte da pele, ele serve 
para unir a pele aos órgãos adjacentes. É constituído de tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo, 
formando o panículo adiposo. A sua vascularização fornece os nutrientes e as trocas gasosas às ca-
madas da pele. O tecido adiposo, responsável pelas famosas gorduras localizadas, possuem funções 
importantes, como curvas ao nosso corpo, reserva energética, proteção contra choques mecânicos e 
como isolante térmico (HALAL, 2016; JUNQUEIRA, 2017; RIVITTI, 2018).
Os pelos e os cabelos possuem estruturas filiformes e queratinizadas que se desenvolvem a partir de uma 
invaginação da epiderme, nos folículos pilosos (Figura 5), estes, por sua vez, são produzidos nos primeiros 
meses de vida intrauterina. São observados em quase toda a superfície corporal, exceto em algumas regiões 
bem delimitadas. A cor, o tamanho e a disposição deles variam de acordo com a cor da pele e região corporal. 
Existem dois tipos de pelos: o vellus (ou lanugo), pilosidade fina e clara e o pelo terminal, que corresponde 
ao pelo espesso e pigmentado (cabelos, barba, pilosidade pubiana e axilar). Eles crescem, descontinuamente, 
intercalando fases de repouso com o de crescimento (JUNQUEIRA, 2017; RIVITTI, 2018).,
18
UNICESUMAR
Você sabe quantos folículos capilares existem no couro cabeludo? Apesar de ter uma variação 
entre as pessoas, de acordo com Halal (2016), existem cerca de 100 mil folículos capilares no couro 
cabeludo e, em condições normais, podem cair, aproximadamente, 100 fios de cabelos por dia.
A unidade folicular é caracterizada por um feixe de folículos pilosos, em uma área de forma hexa-
gonal, envolvido por fibras de colágeno, presente na derme superior ou ao nível da entrada do ducto 
da glândula sebácea dentro do folículo piloso. Cada unidade folicular contém vários pelos do tipo 
terminal e poucos pelos do tipo vellus (PEREIRA et al., 2016). Tanto os pelos quanto os cabelos podem 
ser divididos em duas partes (Figura 5) (FRANGIE et al., 2016; RIVITTI, 2018):
Epiderme
Derme
Hipoderme
Haste do cabelo/
Eixo do cabelo
Raiz do cabelo
Músculo eretor do pelo
Glândula sudorípara
Matiz
Folículo piloso/Folículo capilar
Papila capilar
Nervo
Veia
Artéria
Tecido adiposo
Glândula sebácea
• Raiz (parte interna): é a 
parte intradérmica e por 
onde emerge o eixo do 
pelo ou do cabelo. Sendo 
constituída principalmen-
te pelo folículo piloso, pelo 
bulbo capilar, pela papila 
dérmica; pelo músculo 
eretor do pelo e pelas glân-
dulas sebáceas.
• Haste ou eixo do cabelo 
(parte externa): é a par-
te visível do fio, a que se 
projeta para o exterior da 
epiderme, é nesta região 
onde podem ser alteradas 
a cor e a forma do cabelo. 
É produzida pela matriz e 
é constituída pela medula, 
pelo córtex e pela cutícula. 
Figura 5 - Estrutura do cabelo/pelo
O folículo piloso é uma depressão em forma de túbulo, na pele ou no couro cabeludo, que contém 
a raiz do cabelo, são distribuídos por todo o corpo, exceto nas palmas das mãos e nas plantas dos pés 
(FRANGIE et al., 2016). Toda a descrição morfológica do folículo piloso é baseada no pelo terminal 
em sua fase anágena (período de crescimento dos fios), o qual apresenta toda sua estrutura básica 
(PEREIRA et al., 2016). Ele tem, anatomicamente, dois segmentos: o superior ou permanente e o 
inferior ou transitório.
19
UNIDADE 1
Na região superior do folículo piloso, a glândula sebácea se anexa a ele, estende-se desde a inserção 
do músculo eretor de pelo (ou músculo piloeretor), na bainha radicular externa, até a superfície da 
pele (PEREIRA et al., 2016; RIVITTI, 2018). Na região inferior, encontra-se anexo o músculo eretor 
de pelo cuja contração puxa o pelo para uma posição mais vertical, tornando-o eriçado; compreende a 
região entre a inserção do músculo eretor do pelo até a base do bulbo (PEREIRA et al., 2016; RIVITTI, 
2018). Em algumas regiões corpóreas, está anexado o ducto excretor de uma glândula apócrina, que 
desemboca no folículo acima da glândula sebácea (RIVITTI, 2018).
O folículo piloso (Figura 6) compreende as seguintes estruturas: no segmento superior, encontra o 
infundíbulo, situado entre o óstio folicular, que é à saída do infundíbulo na superfície da pele, e ponto de 
inserção da glândula sebácea; o istmo, compreende a região da inserção do músculo eretor de pelo até a 
desembocadura da glândula sebácea dentro do folículo; o acrotríquio é a porção intraepidérmica do folículo; 
e o segmento inferior, situado abaixo do músculo eretor do pelo (PEREIRA et al., 2016; RIVITTI, 2018).
Ep
id
er
m
e
D
er
m
e
Haste do cabelo/
Eixo do cabelo
Te
ci
do
 a
di
po
so
 (H
ip
od
er
m
e)
Glândula
sebácea
Superfície da pele Nervo
Músculo eretor
do pelo
Glândula
sudorípara
Folículo piloso/
Folículo capilar
Bulbo do folículo piloso
Papila dérmica
Veia
 Artéria
Medula
Cabelo
Córtex
Cutícula
Bulbo do folículo piloso
Matriz
(zona de crescimento)
Papila capilar
Suprimento
sanguine
Bainha radicular
dérmica
Melanócito
Estrato basal
Membranabasal
A queratina é o principal
material estrutural que
compõe os cabelos,
unhas e pele.
External epithelial root sheath:
Internal epithelial root sheath:
Figura 6 - Estrutura anatômica do pelo/cabelo
O músculo eretor do pelo é um pequeno músculo liso, que está representado nas Figuras 5 e 6, que se 
estende da bainha radicular externa até a derme papilar. Ao se contrair, ele deixa o pelo perpendicular em 
relação à pele, caracterizando o arrepio (PEREIRA et al., 2016; RIVITTI, 2018). Este músculo tem a finalidade 
de manter a temperatura corporal quando estamos em ambientes com baixas temperaturas e também está 
relacionado à função sensitiva (FRANGIE et al., 2016; PEREIRA et al., 2016; RIVITTI, 2018). 
20
UNICESUMAR
O bulbo piloso ou bulbo capilar (Figura 6) 
situa-se no segmento inferior do folículo, é a estru-
tura mais espessa e em forma de bastonete. Nesta 
estrutura, contém a matriz do fio, onde os pelos e os 
cabelos crescem, também é o local em que se intro-
duz a papila dérmica (Figura 6). Esta, por sua vez, é 
uma pequena elevação em forma de cone localizada 
na base do folículo piloso, que se molda ao bulbo 
piloso, é ricamente vascularizada e inervada, tendo 
como principal função fornecer nutrientes necessá-
rios para o crescimento dos fios. Se você puxar o fio 
de cabelo desde a raiz conseguirá ver o bulbo piloso. 
E os melanócitos ativos encontram-se na matriz do 
fio (FRANGIE et al., 2016; RIVITTI, 2018).
A parte externa do pelo ou do cabelo, a haste, é 
constituída pela medula, pelo córtex e pela cutícula 
(Figura 6). É a parte que vemos e que, frequentemen-
te, a alteramos com cortes, cores e formas. É desta 
região do cabelo que a sua cliente reclamou e que, 
provavelmente, está prejudicada.
A Medula é a parte mais interna do fio, mas nem 
sempre está presente no cabelo. Quando presente, ela 
é variável, possuindo diferenças morfológicas signi-
ficativas, podendo ser classificada como grossa, fina, 
fragmentada ou ausente. Possui entre duas e cinco 
fileiras de células dispostas lado a lado cujas frequên-
cia e dimensões podem variar, ainda, na cabeleira 
de um mesmo indivíduo (HALAL, 2016). Estudos 
recentes apontam que ela atua nas propriedades me-
cânicas e da cor do cabelo (HALAL, 2016). Mas, de 
acordo com o autor, para a cosmetologia, a medula é 
um espaço vazio e não envolve os serviços de salão.
O Córtex compõe, predominantemente, a massa 
capilar, cerca de 90% do peso total do cabelo, con-
fere a ele resistência, flexibilidade, elasticidade e cor 
(HALAL, 2016; PEREIRA et al., 2016). É constituído 
de células queratinizadas, de forma retangular, que 
se conectam, hermeticamente. O córtex possui dois 
tipos de células denominadas paracórtex (rico em 
enxofre) e ortocórtex (pobre em enxofre). A cor 
natural do cabelo existe em função do pigmento que 
está presente nesta região (HALAL, 2016). Sendo 
assim, quando você altera, permanentemente, a cor ou 
a forma do seu cabelo, é nesta região que os produtos 
atuam. A estrutura proteica do córtex é responsável 
pelas propriedades físicas do cabelo (HALAL, 2016).
As colorações permanentes agem, basicamente, da 
seguinte forma: ocorre o clareamento dos pigmentos 
naturais do cabelo e, ao mesmo tempo, deposita os 
pigmentos que deseja (HALAL, 2016). Você acha que 
as tintas temporárias também atuam no córtex? A 
resposta é não, este tipo de tinta atua em outra estru-
tura do cabelo, na cutícula, que, na maioria das vezes, 
é transparente.
A cutícula, por sua vez, é formada por células so-
brepostas transparentes que revestem o córtex. Con-
tém uma camada externa, a epicutícula a qual recobre 
as células cuticulares e duas camadas mais internas, a 
exocutícula, que se situa logo abaixo da epicutícula e é 
extremamente resistente, e a endocutícula, a qual não é 
queratinizada e é hidrofílica (HALAL, 2016). Em geral, 
a cutícula é rígida e queratinizada, tem a função de 
proteger o córtex e a medula e também é responsável 
por proporcionar brilho, maciez e toque sedoso do ca-
belo saudável (FRANGIE et al., 2016; HALAL, 2016). 
A aparência externa saudável é regular, de textura lisa 
e coesa. A sua deterioração pode ser causada por ação 
mecânica, associada à ação de produtos cosméticos e 
do intemperismo (HALAL, 2016). Se a cutícula é uma 
barreira impenetrável a qual protege o córtex, inclusive 
da ação de produtos químicos, como são possíveis os 
procedimentos de coloração e alisamentos ou per-
manentes? Para que isto ocorra, é necessário um pH 
alto associado ao calor, com isto, a cutícula dilata-se, 
abrindo os poros cuticulares, e os produtos conseguem 
penetrar e chegar ao córtex (HALAL, 2016).
Nos cabelos saudáveis, as três camadas (medu-
la, córtex e cutícula) “se apresentam completamen-
te seladas devido suas proteínas, onde há ceramida 
e gordura que são produzidas naturalmente pelos 
fios, compondo assim o cimento intercelular, quando 
ocorre a deficiência de algum desses componentes, 
as escamas começam a se abrir deixando o fio frágil” 
(AUDI, 2017, p. 6). 
21
UNIDADE 1
Você percebeu que estas informações podem ajudá-lo(a) a explicar o Estudo de Caso? Aqui, 
você começa a entender as características de um cabelo saudável, em que os produtos atuam 
nas possíveis causas dos problemas capilares.
Você já refletiu sobre por que os cabelos possuem formas diferentes uns dos outros (lisos, ondulados, 
enrolados, encaracolados, crespos)? As diferenças nos formatos de cabelos estão relacionadas à origem 
genética do indivíduo. E isto pode ser caracterizado pelos três grandes grupos raciais, que consideram 
a formação primária dos continentes em blocos, provavelmente, na época cenozóica, durante o período 
quaternário (HALAL, 2016). As três grandes classes raciais são a mongolóide, a caucasóide e a negróide, 
suas principais características estão representadas na Figura 7 (BRAGA, 2014; HALAL, 2016).
Mongolóide 
• Inclui os descendentes de esquimós, dos povos do Extremo
 Oriente e dos índios americanos; 
• Cabelos lisos, denominado lisótrico, grossos e resistentes; 
• Possui onze camadas cuticulares; 
• São cabelos difíceis de colorir e de fazer permanente; 
• Quando cortados curtos, �carão perpendiculares ao couro
cabeludo.
Caucasóide 
• Inclui os descendentes de europeus; 
• Cabelos ondulados, denominado cinótrico, e resistentes; 
• Possui de oito a dez camadas cuticulares; 
• Respondem positivamente aos tratamentos desde os mais
simples aos mais complexos, ou seja, são os mais fáceis de
trabalhar.
Negróide 
• Inclui os descendentes de africanos e miscigenados; 
• Cabelos encrespados, denominado ulótrico, �nos e frágeis,
tendem a serem mais ressecados, necessitando de cuidados
especiais;
• Possui seis camadas cuticulares; 
• São os cabelos mais frágeis para alisar e descolorir; 
• Seus �lamentos de micro�brilas, na formação do seu córtex,
possuem poucas ligações dissulfetos, acarretando pouca
resistência;
• Possui algumas variações: cacheados, encaracolados e frisados.
Figura 7 - Características gerais sobre os cabelos dos três grandes grupos raciais 
Fonte: a autora.
22
UNICESUMAR
Lembrando que esta classificação é baseada na formação primária dos continentes, em blocos, que se-
parou a raça humana da época. Atualmente, temos uma alta miscigenação, podendo encontrar pessoas 
descendentes de japoneses com característica caucasóide ou negróide, entre outras variações. Sua cliente 
tem características de cabelo caucasóide, sendo assim, possui as características citadas anteriormente.
Como vimos, o folículo pi-
loso possui pelos, camadas 
proteicas e anexos, tais como 
as glândulas exócrinas (su-
doríparas e sebáceas). Todo o 
folículo piloso é acompanha-
do por uma glândula sebácea 
(BRAGA, 2014). Então, que 
tal conhecer a relação das 
glândulas exócrinas (su-
dorípara e sebácea) com o 
pelo e o couro cabeludo? 
Iniciaremos pela glândula 
sebácea (Figura 8).
Lembre-se: os pelos e os cabelos são órgãos anexos da pele, possuem estruturas filiformes e 
queratinizadas que se desenvolvema partir dos folículos pilosos. Existem dois tipos de pelos: 
o vellus (ou lanugo) e o pelo terminal. Eles crescem, descontinuamente, intercalando fases de 
repouso com fase de crescimento e podem ser divididos, anatomicamente, em:
• Raiz (parte interna): constituída pelo folículo piloso; bulbo capilar; papila dérmica; mús-
culo eretor do pelo e glândulas sebáceas.
• Haste ou eixo do cabelo (parte externa): constituída pela medula, córtex e cutícula.
Os fios possuem um ciclo biológico, constituído por três fases (anágena, catágena e telógena) 
e em, determinado momento, fatores intrínsecos (como hereditariedade) e extrínsecos, que 
determinam o seu envelhecimento.
Glândula sebácea
Folículo piloso e
glândula sebácea
Célula basal
Sebo
Sebócitos
Figura 8 - Glândula sebácea
As glândulas sebáceas situam-se na derme e seus ductos desembocam na porção terminal dos folículos 
pilosos, são glândulas exócrinas e holócrinas (Figura 8). Isto quer dizer que suas células que sintetizam 
a secreção morrem e fazem parte do produto por elas sintetizado, que, posteriormente, é expelido, 
secreção. Neste caso, sua secreção é conhecida como sebo ou óleo, a qual fornece a oleosidade natural 
do cabelo. Seu tamanho é, inversamente, proporcional ao tamanho do pelo e está distribuído pelo 
corpo todo, exceto na palma das mãos, na planta dos pés e no lábio inferior da boca (BRAGA, 2014).
23
UNIDADE 1
O sebo é controlado por hormônios, principalmente a testosterona, equilíbrio emocional, clima 
e alimentação gordurosa (BRAGA, 2014; OLIVEIRA et al., 2008). Ele lubrifica a pele, participa da 
elaboração do filme hidrolipídico de superfície e mantém a flexibilidade do estrato córneo. Além dis-
so, o sebo possui propriedades antibacterianas, antifúngicas e veicula os feromônios, que dão a cada 
indivíduo um odor característico (BRAGA, 2014).
Já as glândulas sudoríparas podem ser classificadas em écrinas e apócrinas e estão localizadas 
em quase toda a extensão da pele, sendo mais concentradas nas axilas, no conduto auditivo, nas pálpe-
bras, nas aréolas dos seios, na região perianal, no púbis, nos pequenos lábios e no prepúcio. Elas nem 
sempre estão anexadas a um pelo, sua secreção ajuda a equilibrar o pH do couro cabeludo e do cabelo 
e é despejada no funil folicular, localizado acima do canal excretor da glândula sebácea, possui canal 
excretor curto e retilíneo e se situa, mais profundamente, na derme (BRAGA, 2014). Estas glândulas 
estão representadas nas Figuras 4, 5 e 6. O problema de cabelo sem brilho, como relatado no estudo de 
caso, pode estar relacionado com alguma disfunção destas glândulas, em especial, da glândula sebácea, 
que proporciona a oleosidade e o brilho natural dos fios.
Você já parou para pensar como ocorre o mecanismo de reposição capilar? Este mecanismo foi 
descrito pela primeira vez, em 1891, pelo Adeodato Garcia e ficou conhecido como ciclo biológico 
do pelo (anágena, catágena e telógena), que está representado na Figura 9 e é composto por três 
fases, as quais são (HALAL, 2016; PEREIRA et al., 2016):
• Fase anágena: consiste no período de crescimento do fio, ou seja, o cabelo encontra-se em 
uma ativa produção de novas células no folículo piloso. É o período em que a matriz se mantém 
em atividade mitótica, produzindo o cabelo e a bainha radicular interna. A duração desta fase 
varia de três a cinco anos. Após o tempo máximo de crescimento do cabelo, a matriz para de se 
proliferar, indicando o término desta fase e iniciando a fase catágena.
• Fase catágena: esta fase consiste no período de transição, sinalizando o final da fase anágena. 
Nela, percebemos o encolhimento do fio de cabelo em cerca de um terço de seu comprimento, 
colocando a papila dérmica bem abaixo e sua parte inferior, abaixo da glândula sebácea. Tam-
bém ocorre o desaparecimento do bulbo capilar e a terminação da raiz fica com aparência de 
um bastão arredondado. As células param de produzir melanina, e a raiz fica com a aparência 
esbranquiçada. Nesta fase, também ocorre a preparação para um novo ciclo biológico do pelo, 
sendo produzidas as células germinativas. Esta fase dura de duas a três semanas, até que a região 
proximal da haste fique totalmente ceratinizada, assumindo a forma ovalada, denominada de 
clava, tendo em seu interior grânulos de melanina, entrando na fase telógena.
• Fase telógena: também conhecida como fase de repouso, pois o folículo permanecerá em repou-
so por um período de três a quatro meses. Esta fase consiste no período de queda do fio. Aqui, 
a bainha radicular interna desapareceu totalmente, e na externa resta apenas um saco epitelial 
que envolve a clava, o cabelo é eliminado após dois a quatro meses. O fio pode se ancorar nas 
paredes foliculares e, desta forma, se mantém na região até que um novo fio o empurre ou por 
meio de ação mecânica direta, como de pentear os cabelos. A desmogleína 3 pode estar envolvida 
na fixação do pelo telógeno ao segmento superior do folículo piloso. O pelo é eliminado com a 
clava limpa, ou seja, sem o saco epitelial. Esta fase não é inativa e apresenta uma atividade me-
tabólica intensa, controlando a fase de expulsão do fio telógeno, que é a teloptose ou exógeno.
24
UNICESUMAR
REALIDADE
AUMENTADA
Ciclo Biológico do Pelo/Cabelo
Figura 9 - Ciclo biológico do pelo/cabelo
Anágena Catágena Telógena Anágena precoce
Haste do cabelo/
Eixo do cabelo
Papila dérmica Matriz do cabelo
Coluna epitelial
Glândula sebácea
Músculo eretor
do pelo
Em um primeiro momento, na clava do pelo telógeno são 
produzidas substâncias que inibem a formação de um novo 
anágeno, e, quando a clava é eliminada, essas substâncias de-
saparecem e um novo pelo anágeno começa a ser formado 
(PEREIRA et al., 2016). Somente no final da fase telógena as 
células-tronco começam a se proliferar, e o novo pelo telógeno 
é projetado (PEREIRA et al., 2016).
O ciclo se repete a cada quatro ou cinco anos de forma 
ininterrupta, sendo que o tempo de vida médio de um fio 
de cabelo é de quatro anos. Nos seres humanos, cada pelo 
está em uma fase independente dos demais, isto é conhecido 
como “crescimento em mosaico”, desta forma nosso couro 
cabeludo e nossa pele não fica desnuda, exceto quando ocor-
rem as alopecias (PEREIRA et al., 2016). Se o ciclo de vida 
de todos os fios fosse ao mesmo tempo, teríamos épocas em 
que ficaríamos sem cabelos ou pelos. Imagine como seria se 
não tivéssemos pelos ou cabelos algum no corpo. Para mim 
seria muito estranho.
25
UNIDADE 1
Quando se analisa o couro cabeludo, 
verifica-se que 85% dos fios se encontram 
na fase anágena, 1% na fase catágena e 14% 
na fase telógena. Admitindo-se uma média 
de 100 mil fios de cabelos no couro cabe-
ludo, uma queda de até 100 fios diários é 
considerada normal. O crescimento dos 
pelos ocorrem sob influência de vários 
fatores, tais como (OLIVEIRA et al., 2008):
• Genético: confere a distribuição, a 
quantidade, a cor, a espessura dos 
pelos, o aumento e a queda capilar.
• Hormonal: vários hormônios são 
envolvidos, entre eles há os tireoi-
dianos que estimulam a atividade 
folicular e os hormônios sexuais 
que influenciam o crescimento 
dos pelos.
• Ambiental: altas temperaturas es-
timulam o crescimento dos fios; 
no verão, os cabelos tendem a cres-
cer mais rápido do que nos demais 
períodos do ano (locais onde pos-
sui as estações do ano definidas).
• Metabólicos: carência de alguns 
nutrientes, como ferro, vitaminas, 
proteínas e minerais, e uma dieta 
hipercalórica podem promover 
aumento na queda dos cabelos.
• Emocionais: alterações emocio-
nais (ansiedade, depressão, estres-
se) podem levar à queda de cabelos 
e, até mesmo, à alopecia areata.
26
UNICESUMAR
O pH do cabelo é uma característica importante dos cabelos, principalmente para você, futuro pro-
fissional de estética capilar. Para compreender esta característica, antes recordaremos a escala do pH 
(Figura 10) à qual se refere o potencial hidrogeniônico de um meio, ou seja, ela indica as concentrações 
de íons de hidrogênio(prótons, H+) e de íons hidróxido (OH-). Ela é logarítmica e representa a con-
centração de H+, indica a acidez ou a alcalinidade em uma solução aquosa. Esta escala mede a acidez 
(H+), mas não a alcalinidade (OH-); no entanto subentende que a alcalinidade aumenta, enquanto a 
acidez diminui, ela varia de 0 (1 × 10-0) à 14 (1 × 10-14), sendo que pH menor que 7 são considerados 
ácidos, acima de 7 alcalinos e 7 neutros (HALAL, 2016; NELSON; COX, 2014). O pH da pele é 5,4 a 
5,8, e o pH do cabelo é 4,5 a 5,5, considerado levemente ácido, como pode ser observado na Figura 10 
(BRAGA, 2014; HALAL, 2016).
ÁCIDO NEUTRO ALCALINO
Figura 10 - Escala do pH
Qual a importância do pH na estética capilar? Ter o conhecimento sobre o pH do cabelo e da pele 
é importante para utilização de soluções e tratamentos. Por exemplo: o que é um xampu neutro? Se 
perguntar a qualquer químico, ele responderá que são xampus com pH igual a 7, este se refere ao pH 
químico, mas, ao considerarmos o pH fisiológico, haverá uma variação, sendo considerado aqueles 
com pH semelhante ao do cabelo (BRAGA, 2014). Ao utilizar produtos capilares com o mesmo pH 
do cabelo, a estrutura capilar não é alterada, e tanto a textura quanto o brilho serão normalizados 
(BRAGA, 2104; HALAL, 2016).
As soluções ácidas (pH 1,0 – 4,5) contraem e endurecem o cabelo, as cutículas fecham, e a porosi-
dade é reduzida, consequentemente, seu brilho aumenta. Agora, se você quer volume no cabelo, pode 
usar produtos com pH 5,5 a 10,0, eles aumentam a porosidade à medida que as cutículas dilatam-se, 
porém os cabelos podem ficar com aparência ressecada e opaca. Substâncias muito ácidas ou muito 
alcalinas podem dissolver os cabelos (HALAL, 2016).
Você notou que o brilho e a maciez do cabelo podem estar relacionados com o pH? Portanto, uma 
possível explicação para o Estudo de Caso pode ser relacionada com este parâmetro. Provavelmente, 
o pH capilar da cliente está acima de 5,5 (fisiologicamente, alcalino) e, consequentemente, as cutículas 
estão dilatadas, resultando em um cabelo ressecado e opaco. Qual seria o tratamento ideal neste caso? 
Qual tipo de produto poderia ser usado para recuperar o pH capilar? 
Você percebeu que nosso cabelo gosta de acidez, portanto, produtos ácidos proporcionarão aos 
cabelos equilíbrio químico e fisiológico, ou seja, recupera o pH fisiológico dos cabelos. Porém, em al-
guns casos, é necessário o uso de produtos alcalinos para alcançar o efeito estético desejado (BRAGA, 
2014), isto será trabalhado um pouco mais nos próximos ciclos.
27
UNIDADE 1
Você que deseja se aprofundar um pouco mais no universo da Trico-
logia, indico a leitura do livro:
Milady® Tricologia e a química cosmética capilar /John Halal (2016).
Este livro explica, de forma minuciosa e com uma linguagem clara, 
os principais conceitos sobre os cabelos, os produtos e as técnicas 
utilizadas na estética capilar. Também pode ajudar você a resolver o 
estudo de caso. Bom estudo!
Agora, convido você a dar um zoom nos fios, mergulhando nas principais características histológi-
cas, químicas e físicas do cabelo, ou seja, nas principais células que os constituem (características 
histológicas), nas moléculas químicas do cabelo (como a queratina) e, por fim, nas características físicas 
(forma, cor, elasticidade etc.).
Começaremos pela raiz do cabelo. Ela é formada na papila dérmica através das células que a recobre 
e de onde emerge o eixo do cabelo (JUNQUEIRA, 2017). Na fase de crescimento, as células da raiz 
multiplicam-se e se diferenciam em vários tipos celulares, da seguinte forma: nos pelos grossos e nos 
cabelos, as células centrais da raiz produzem células grandes, vacuolizadas e fracamente queratiniza-
das, formando a medula; ao redor da medula, diferenciam-se células mais queratinizadas e dispostas, 
compactamente, originando o córtex; as células mais periféricas formam a cutícula, constituída por 
células fortemente queratinizadas que envolvem o córtex como escamas; e, por fim, as células epiteliais 
mais periféricas, originam-se duas bainhas epiteliais, que envolvem o eixo do cabelo na sua porção 
inicial, as quais são (1) a bainha externa contínua com o epitélio da epiderme e (2) a interna que 
desaparece na altura da região onde desembocam as glândulas sebáceas no folículo (JUNQUEIRA, 
2017). Separando o folículo capilar do tecido conjuntivo que o envolve, encontra-se a membrana 
vítrea, que é uma membrana basal muito desenvolvida. O tecido conjuntivo que envolve o folículo 
forma a bainha conjuntiva do folículo capilar (JUNQUEIRA, 2017).
Figura 11 - Filamento intermediário da queratina
28
UNICESUMAR
Você sabia que o cabelo tem uma força extraordinária? Estima-se que o cabelo saudável, 
com cerca de cem mil fios, pode levantar mais de 12 mil toneladas, devido à sua estrutura de 
subfibras e ligações de dissulfeto.
A proteína que constitui o cabelo 
é a α-queratina (Figura 11), co-
mumente conhecida como que-
ratina. É uma proteína fibrosa, 
adaptada à função estrutural e 
é encontrada apenas em mamí-
feros (NELSON; COX, 2014). 
Nos seres humanos, constitui, 
praticamente, todo peso seco 
dos cabelos, pelos, unhas e epi-
derme (NELSON; COX, 2014). 
Elas foram desenvolvidas para 
força, isto foi possível, devido a 
seu arranjo molecular, tendo sua 
conformação primária do tipo 
hélice α voltada para a direita. 
Cutícula sobreposta
Células com 18-MEA
e outros lipídios na
superfície
Seção transversal
da cutícula
Célula cortical
Proteína da matriz
Micro�brila
Macro�brila
Medula
Córtex
Cutícula
Figura 12 - Estrutura do cabelo e seus filamentos
Duas cadeias de α-queratina, orientadas em paralelo, enroladas uma sobre a outra, formando uma es-
piral supertorcida, semelhante às fibras trançadas de uma corda, resultando em força (NELSON; COX, 
2014). Estas se combinam em estruturas mais complexas, chamadas de protofibrilas, e cerca de quatro 
protofibrilas formam os filamentos intermediários, presentes no interior das células do cabelo (Figura 
12) (NELSON; COX, 2014).
As proteínas são formadas por aminoácidos, ligados entre si por uma ligação covalente, denomi-
nada ligação peptídica, também conhecida como ligação terminal, e longas cadeias de aminoáci-
dos formam os polipeptídeos, como a α-queratina (NELSON; COX, 2014). A α-queratina é rica nos 
aminoácidos hidrofóbicos alanina (Ala), valina (Val), leucina (Leu), isoleucina (Ile), metionina (Met) 
e fenilalanina (Phe), os quais conferem a sua característica hidrofóbica (NELSON; COX, 2014).
29
UNIDADE 1
As cadeias polipeptídicas são conectadas por li-
gações peptídicas e ligações laterais. Unidas, elas 
formam as fibras e a estrutura capilar, e estas li-
gações conferem ao cabelo em sua conformação 
natural, força e elasticidade. As ligações peptídi-
cas são as ligações mais fortes do cabelo e, dificil-
mente, ocorre o seu rompimento, porém, quando 
isso ocorre, os fios podem se quebrar (HALAL, 
2016). As ligações laterais unem as cadeias po-
lipeptídicas, aumentando, assim, sua resistência. 
Na α-queratina, são três: as ligações dissulfeto, as 
ligações salinas (ligações iônicas) e as ligações 
de hidrogênio (HALAL, 2016; NELSON; COX, 
2014). Os procedimentos de mudança temporá-
ria e permanente do fio (escovas, relaxamentos 
e alisamentos) são possíveis por meio de alte-
rações destas ligações, então, entendê-las faz-se 
necessário para o domínio das técnicas capilares 
(HALAL, 2016).
As ligações dissulfeto são ligações covalentes, 
que estabilizam a estrutura quaternária da α-que-
ratina. Elas ocorrem entre pares dos resíduos de 
Cys (cisteínas), pela união dos átomos de enxofre 
(S), formando a cistina (HALAL, 2016; NELSON; 
COX, 2014). Os produtos químicos de ondula-
ção permanente, relaxamento e alisamento atuam 
modificando estas ligações.
As ligações salinas ou iônicas são ligações 
Vamos lembrar um pouco da Química 
básica:
• Ligações covalentes: interação en-
tre átomos não metálicos, por meio 
de compartilhamento de elétrons. 
Elas são consideradas fortes umavez que, para romper esta intera-
ção, é necessária uma alta energia 
de dissociação de ligação.
• Ligações salinas ou iônicas: é a 
interação de íons com cargas elé-
tricas opostas.
• Ligações de hidrogênio: ocorre por 
meio de uma atração eletrostática 
entre o hidrogênio (polo positivo) 
de uma molécula com oxigênio, ou 
nitrogênio, ou flúor (polo negativo) 
de outra molécula. Esta interação é 
comumente observada na molécu-
la de água.
fracas, que podem ser alteradas pela ação de soluções alcalinas (pH 8 – 14), isto resulta na abertura 
da cutícula (HALAL, 2016). As ligações de hidrogênio são ligações mais fracas, comparadas com as 
anteriores, podendo ser rompidas apenas com adição de água e retornar à sua conformação natural 
quando seco naturalmente. O cabelo, ao absorver água, as ligações de hidrogênio se rompem e, com 
isto, as cadeias polipeptídicas se afastam, fazendo que o fio se dilate (HALAL, 2016).
As mudanças temporárias na forma do cabelo, muito utilizadas em penteados e escovas, são rea-
lizadas por causa do rompimento das ligações de hidrogênio, que permite mais flexibilidade ao fio, 
o suficiente para ser alinhado com o auxílio de ferramentas (escova ou prancha). Quando a água é 
removida (ao secar), as ligações de hidrogênio são novamente formadas. Lembrando que quando o 
cabelo é molhado novamente, a forma natural retorna (HALAL, 2016). É muito comum vermos as 
mulheres correrem da chuva para não estragar a “chapinha”, aqui está a explicação.
30
UNICESUMAR
Você já percebeu que, em dias muito úmidos, as escovas ou os alisamentos temporários 
não têm um bom resultado? Isso acontece uma vez que o cabelo absorve a água presente 
na atmosfera, as ligações de hidrogênio são rompidas, e o cabelo retorna sua conformação 
natural, não permanecendo na forma desejada.
O Quadro 1 mostra as ligações do cabelo e suas características de forma resumida:
Quadro 1- Cabelo e suas características
LIGAÇÃO FORÇA ROMPIDA POR RECUPERADA POR
Hidrogênio Média Água Secagem
Salina Fraca Alterações no pH Normalizando o pH
Dissulfeto Forte
Permanentes e 
relaxantes de 
tióis; relaxantes 
hidróxidos; calor 
extremo
Oxidação com 
neutralizador; con-
vertido em ligações 
de lantionina (é um 
aminoácido)
Peptídica Forte Depiladores químicos
Não recupera, o 
cabelo se dissolve
Fonte: adaptado de Frangie et al. (2016).
O cabelo é composto, aproxi-
madamente, de 90% de proteína 
(α-queratina) e o restante por 
água e lipídios. Como sabemos, 
todos constituintes do cabelo 
são formados por elementos 
químicos que são o carbono 
(C), oxigênio (O), hidrogênio 
(H), nitrogênio (N) e enxofre 
(S), comumente conhecidos 
como elementos COHNS. O 
Quadro 2 demonstra o percen-
tual médio de cada elemento 
presente nos cabelos.
Quadro 2 - Percentual médio de cada elemento presente nos cabelos
Elemento químico Percentual
Carbono (C) 51%
Oxigênio (O) 21%
Hidrogênio (H) 6%
Nitrogênio(N) 17%
Enxofre(S) 5%
Fonte: Halal (2016, p. 96).
As propriedades físicas do ca-
belo são: espessura, elasticidade, 
permeabilidade, densidade, cor 
e forma ou padrão de onda, ca-
racterísticas que você consegue 
perceber facilmente. A espessu-
ra refere-se ao diâmetro do ca-
belo, podendo ser classificado 
como fino, médio ou grosso. 
Como é uma propriedade im-
portante, será abordada em tó-
pico específico ainda neste ciclo 
(FRANGIE et al., 2016).
31
UNIDADE 1
A elasticidade diz o quanto o cabelo pode ser estirado e con-
traído, naturalmente, sem se quebrar, como um elástico. Esta 
propriedade do cabelo é uma indicação de força das ligações 
laterais que prendem as fibras individuais do cabelo no lugar 
(FRANGIE et al., 2016). Um cabelo normal, quando molhado, se 
esticará até 50% do seu comprimento original, retornando a este 
comprimento sem se quebrar e, quando seco, pode se estender 
cerca de 20% de seu comprimento. O cabelo com pouca elastici-
dade é frágil e quebra facilmente. Quando o cabelo está assim, os 
serviços químicos requerem soluções mais suaves, com pH mais 
baixo para minimizar os danos e evitar novos traumas (FRAN-
GIE et al., 2016). Outra possível explicação para a fragilidade do 
cabelo da cliente do estudo do caso é a pouca elasticidade capilar.
Você consegue verificar a elasticidade dos cabelos fazendo o 
seguinte procedimento: deve pegar quatro mechas pequenas de 
cabelos molhados de áreas diferentes da cabeça (linha frontal, 
têmporas, coroa e nuca), após, segure, firmemente, uma única me-
cha e tente quebrá-la. Se o cabelo quebrar facilmente, ou demorar 
em retornar ao seu comprimento original, este tem elasticidade 
baixa, já se ele retornar ao seu comprimento sem se quebrar, tem 
elasticidade normal (FRANGIE et al., 2016).
A permeabilidade (ou porosidade) refere-se à capacidade de 
o cabelo absorver umidade (Figura 13). O grau da porosidade 
está relacionado à condição da cutícula. Um cabelo saudável 
é, naturalmente, resistente à umidade (baixa permeabilidade), 
denominado hidrofóbico. 
Já cabelos porosos têm uma 
cutícula levantada que absor-
ve facilmente a umidade (alta 
permeabilidade), denomina-
dos hidrofílicos (FRANGIE 
et al., 2016). Para realização 
de procedimentos em cabelos 
com baixa permeabilidade, é 
necessário usar soluções al-
calinas que ajudam a levan-
tar a cutícula e aumentar a 
porosidade capilar, já os ca-
belos com permeabilidade 
média são considerados nor-
mais, e os serviços químicos 
ocorrem como o esperado de 
acordo com a espessura, já os 
cabelos com alta permeabili-
dade são frágeis, danificados 
e quebradiços, necessitam de 
produtos com pH mais baixo, 
que ajudam a prevenir o super 
processamento e novos danos 
(FRANGIE et al., 2016). 
Figura 13 - Porosidade ou permeabilidade do cabelo
A explicação do Estudo de Caso relacionado com o pH pode ser complementada com as informações 
obtidas aqui uma vez que cabelos com pH alto as cutículas se abrem e, consequentemente, aumenta a 
permeabilidade ou a porosidade, o que leva ao rompimento das ligações laterais da queratina, resul-
tando nos cabelos frágeis e quebradiços.
32
UNICESUMAR
A densidade refere-se à quantidade de fios existentes por cm2, ou seja, diz a quantidade de fios 
existentes na cabeça. Ela pode ser classificada como baixa, média ou alta (ou fina, média ou grossa/
densa). Geralmente, a densidade do cabelo é de 2.200 fios de cabelo por 2,5 cm2 (FRANGIE et al., 2016). 
Existe uma relação interessante entre a densidade e a cor do cabelo, em geral, os ruivos (~140.000 fios 
de cabelo na cabeça) e os loiros (~110.000 fios de cabelo na cabeça) possuem uma densidade maior 
que as pessoas com cabelos castanhos (~108.000 fios de cabelo na cabeça) e pretos (~80.000 fios de 
cabelo na cabeça) (FRANGIE et al., 2016).
O pigmento responsável pela cor natural dos cabelos e dos pelos é a melanina. Mas, se apenas a me-
lanina dá a cor, por que existem cabelos de cores diferentes, como castanhos, pretos, loiros, vermelhos? 
Porque a variedade de cor natural é possível, por meio da combinação entre dois tipos de melanina: a 
eumelanina e a feomelanina. Também tem a tricosiderina, derivada da feomelanina, sua diferença 
é a presença do elemento ferro (Fe) em sua molécula, conferindo a cor vermelha (HALAL, 2016).
A coloração dos cabelos é uma característica genética e resultante da combinação dos pigmentos de 
melanina no córtex capilar. A eumelanina é o tipo mais comum de melanina, e a coloração resultante 
vai do marrom ao preto; a feomelanina, do loiro ao vermelho; e o branco é a cor real da queratina sem 
os pigmentos, ou seja, a única diferença dos cabelos brancos é que eles não têm melanina (HALAL, 
2016). A quantidade de grânulos de melanina é importante para a definição da cor do cabelo, que pode 
alterar, significativamente, entre os 13 e 20 anos de idade, escurecendo. A quantidade de melanina 
também pode facilitar ou dificultar a mudança de cor dos fios. Em geral, quanto maior a densidade 
da melanina maior o escurecimento é mais difícil à alteração de cor (HALAL, 2016).
A formado cabelo ou o padrão de onda é classificado, basicamente, em liso, ondulado, enrolado 
ou crespo (Figura 14). Esta é uma característica herdada, geneticamente. Como vimos anteriormente, 
existem três grandes raças (mongoloides, caucasianos e negroides), porém há uma variação entre 
elas, devido, principalmente à miscigenação. Mas, vias de regra, os mongoloides tendem a ter cabelos 
extremamente lisos, os caucasianos tendem a ter cabelos ondulados e os negroides tendem a ter os 
cabelos encaracolados ou crespos (FRANGIE et al., 2016).
Figura 14 - Tipos de cabelo
33
UNIDADE 1
A ondulação pode ter padrão variado de ponta a 
ponta do fio de cabelo de uma mesma pessoa, ou 
ter quantidade de ondas diferentes em diferentes 
áreas da cabeça (FRANGIE et al., 2016). O forma-
to da secção transversal do fio determina o grau 
da ondulação (Figura 15): fio com secção trans-
versal redonda é liso; fio com secção transversal 
ovalada ou achatada é ondulado ou enrolado; e 
um fio com secção transversal achatada ou elíp-
tica é crespo (FRANGIE et al., 2016).
Estrutura e disposição do folículo piloso
Seção transversal do cabelo
Cabelo liso Cabelo ondulado Cabelo encaracolado
Figura 15 - Estrutura e arranjo do folículo capilar e corte 
da seção transversal do cabelo
Nos humanos, existem dois tipos de pelo: o 
vellus/lanugo, que é uma pilosidade fina e clara 
(pouco desenvolvida) e o pelo terminal, que cor-
responde ao pelo espesso e pigmentado (cabelos, 
barba, pilosidade pubiana e axilar) (HALAL, 2016; 
JUNQUEIRA, 2017; PEREIRA et al., 2016; RI-
VITTI, 2018). Um mesmo folículo piloso é capaz 
de produzir os dois tipos de pelos. Estes dois tipos 
de pelos são muito semelhantes, sendo a diferença 
básica o tamanho (PEREIRA et al., 2016).
Os pelos de tipo vellus são curtos, geralmente, 
tem dois cm de comprimento, finos e sedosos, 
não possuem medula, melanina e músculo eretor 
de pelo. São encontrados nas pálpebras, testa, es-
calpo calvo, corpo das crianças e dos bebês. Nos 
bebês recém-nascidos, este pelo recebe o nome 
de lanugo, sendo classificado por alguns autores 
como um terceiro tipo de pelo. Após a puberdade, 
os pelos vellus de algumas regiões do corpo são 
substituídos por pelos terminais (HALAL, 2016; 
PEREIRA et al., 2016).
O pelo terminal é grosso e pigmentado (ex-
ceto os grisalhos), normalmente, possui medula 
e músculo eretor de pelo. Os pelos curtos, como 
os encontrados nas sobrancelhas e cílios, são os 
pelos terminais primários, que, após a puberda-
de, em algumas regiões do corpo, são substituídos 
por pelos terminais secundários. Estes são en-
contrados no couro cabeludo, barba, peito, costas, 
pernas e região pubiana (HALAL, 2016). Na calví-
cie masculina, os folículos param de produzir os 
pelos terminais secundários e passam a produzir 
o tipo vellus novamente (HALAL, 2016).
Alguns pelos terminais possuem denomina-
ções especiais, mencionados no início deste ciclo, 
mas os retomarei, pois você poderá se deparar 
com essas denominações durante o exercício da 
sua profissão, as quais são:
• Cabelos: pelos da cabeça.
• Hircos: pelos das axilas.
• Vibrissas: pelos das narinas.
• Púbios: pelos da região pubiana.
• Trágios: pelos da orelha (meato acústico 
externo).
• Barba: pelos da face.
• Bigode: pelos do lábio superior.
• Cílios: pelos das bordas livres das pálpe-
bras.
• Sobrancelhas: pelos dos supercílios. 
Os pelos podem ser classificados de acordo com 
seu diâmetro, os do tipo vellus são os fios com 
diâmetro menor ou igual a 0,03 mm, os interme-
diários são pelos com diâmetros que variam de 
34
UNICESUMAR
0,03 a 0,06 mm, e os terminais são pelos com diâmetro igual ou maior a 0,06 mm (PEREIRA et al., 
2016), porém esta classificação não é amplamente aceita e pode ser arbitrária.
A espessura do cabelo é o diâmetro do cabelo individual, podendo ser classificada em fina, média 
ou grossa e pode variar de fio para fio na cabeça do mesmo indivíduo (FRANGIE et al., 2016; HALAL, 
2016). A espessura do cabelo é uma das propriedades controlada, geneticamente, assim, varia de acordo 
com a origem racial do indivíduo. Em geral, o cabelo fino é frágil e mais suscetível aos danos causados 
no salão, por este motivo, processa os efeitos dos produtos químicos, rapidamente. Já os cabelos gros-
sos são mais fortes e resistentes aos procedimentos em geral (HALAL, 2016). Os cabelos médios são 
a espessura mais comum e é o padrão de comparação para os demais cabelos, estes não apresentam 
problemas ou precauções especiais (FRANGIE et al., 2016).
Como todas as células vivas, os pelos também envelhecem, e este envelhecimento é gradual e po-
tencializado por fatores extrínsecos, tais como exposição excessiva ao sol, alimentação inadequada, uso 
de álcool, tabaco e poluição do ar (Figura 16), e também fatores intrínsecos ou hereditários, como o 
envelhecimento cronológico (AUDI et al., 2017). Então, que tal conversarmos um sobre as alterações 
fisiológicas do envelhecimento do pelo? 
Fatores
ambientais
Cabelos dani�cados Cabelos normais
Figura 16 - Fatores ambientais causam danos aos cabelos
Quando se inicia o envelhecimento dos fios, observa-se a perda da densidade capilar, da sua espessura 
e da sua cor natural, resultando nos “cabelos brancos” (Figura 17). Além disso, também há a diminuição 
e o encurtamento dos fios na cabeça, este ocorre na fase de crescimento dos fios, e, com o passar dos 
tempos, os folículos terminais secundários transformam-se e voltam a produzir os pelos do tipo vellus 
(AUDI et al., 2017; HALAL, 2016).
Estudos demonstram que a rarefação (redução no crescimento capilar) ocorre, normalmente, em 
ambos os sexos, a partir dos 70 anos de idade. Podem ocorrer algumas tricoses (doenças capilares) 
que intensificam a queda capilar, tais como a alopecia androgenética; alopecia areata; eflúvio telógeno; 
líquen plano pila; alopecias cicatriciais, entre outros (AUDI et al., 2017; HALAL, 2016).
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3474
35
UNIDADE 1
Figura 17 - Envelhecimento dos cabelos e da pele
Pelos motivos mencionados nesta unidade, comumente, as pessoas 
buscam ajuda de um especialista para saberem se a quantidade 
de queda dos cabelos está normal, se os cabelos estão realmente 
saudáveis ou, ainda, quais são os tratamentos recomendados para 
seu tipo de cabelo. Sendo assim, é importante você, como futuro 
profissional da área, conhecer e saber como são as características 
de um cabelo e couro cabeludo saudável e como tratá-los. A partir 
disso, você conseguirá avaliar e indicar o melhor tratamento ou 
cuidados diários a seus clientes.
Bom, acredito que você tenha percebido o quanto é importan-
te conhecer as características dos pelos e do cabelo, como eles se 
desenvolvem e quais possíveis alterações estruturais podem ser 
prejudiciais à saúde capilar. Também é possível resolver o estudo 
de caso do início, tendo a alteração no pH do cabelo da sua cliente 
como uma possível causa do seu problema capilar uma vez que o 
aumento do pH capilar leva à abertura da cutícula. Isso aumen-
ta a permeabilidade/porosidade, que pode causar o rompimento 
das ligações laterais dos filamentos de queratina, resultando na 
fragilidade, na redução do brilho e maciez do cabelo. A alteração 
do pH pode ocorrer, devido ao excesso de tratamentos químicos. 
Para resolver o problema, inicialmente, deve-se recuperar o pH do 
cabelo, indicado por meio de tratamentos. Para ajudar você com a 
escolha dos produtos e dos tratamentos adequados, os próximos 
ciclos ajudarão. Além disso, a causas do problema do Estudo de Caso 
podem ser outras, as quais você terá a oportunidade de conhecer 
nos próximos ciclos.
Jovem Velho
Cabelo
pigmentado
 Pele mais lisa
Cabelo
grisalho
 Rugas
profundas
36
M
A
P
A
 M
EN
TA
L
Olá, aluno(a)! Estamos chegando ao encerramento deste primeiro ciclo e convido 
você a fazer uma verificação crítica dos conhecimentos que você adquiriu, preen-
chendo o Mapa de Empatia a seguir, ao responder às seguintes questões:
O que PENSA E SENTE? O quevocê pensa sobre a importância dos pelos e cabelos 
para o homem? Como você se sente sobre os conhecimentos adquiridos neste ciclo? 
Quais são seus sonhos ao estudar a Estética capilar e Tricologia? E quais são suas 
preocupações?
O que OUVE? Quais pessoas e ideais te influenciam na Estética Capilar e Trico-
logia? O que você escuta sobre os pelos? O que ouve sobre as propriedades físicas do 
cabelo? Quais características do cabelo que você mais escuta as pessoas reclamarem?
O que VÊ? Qual parte do cabelo você vê (haste ou raiz)? Qual(is) forma(s) de 
cabelo você vê com maior frequência (liso, ondulado, enrolado ou crespo)?
O que FALA E FAZ? Que você faz para aprender mais sobre os cabelos? O que 
você fala sobre o ciclo do cabelo? O que você fala sobre os tipos de pelos? O que você 
faz com seus cabelos?
Quais são as DORES? Qual dos conhecimentos, abordados neste ciclo, você teve 
maior dificuldade em compreender? Qual(is) dificuldade(s) precisa superar para 
conseguir o que deseja com o curso?
Quais são as NECESSIDADES? O que você acha que precisa fazer para superar 
suas dificuldades? O que você deseja alcançar com este curso?
37
M
A
P
A
 M
EN
TA
L
A
G
O
R
A
 É
 C
O
M
 V
O
C
Ê
38
1. Os pelos e os cabelos são órgãos anexos da pele (ou cútis) e fazem parte do sistema tegumentar. 
Eles são estruturas filiformes e queratinizadas que se desenvolvem a partir de uma invaginação 
da epiderme, nos folículos pilosos e podem ser divididos, anatomicamente, em duas partes: haste 
e raiz (FRANGIE et al., 2016; JUNQUEIRA, 2017; RIVITTI, 2018).
Com base nas informações apresentadas sobre os pelos e os cabelos, avalie as asserções a seguir:
I) A raiz do cabelo é a parte intradérmica do fio e é constituída principalmente pelo folículo piloso; 
bulbo capilar; papila dérmica; músculo eretor do pelo e glândulas sebáceas.
II) A haste do cabelo ou eixo do cabelo é a parte externa do fio, é produzida pela matriz e constituída 
pela medula, pelo córtex e pela cutícula.
III) O folículo piloso é uma depressão em forma de túbulo na pele ou no couro cabeludo, que contém 
a raiz do cabelo, são distribuídos por todo o corpo, exceto nas palmas das mãos e plantas dos pés.
IV) A unidade folicular é caracterizada por um feixe de folículos pilosos, e esta contém apenas um 
tipo de pelo.
É correto o que se afirma em:
a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
2. Uma mulher negra, de cabelos crespos, foi até uma clínica de estética capilar com o desejo de 
fazer modelagem e finalização dos fios (cachos permanentes). Sabemos que esses cabelos me-
recem uma atenção especial, devido às características dos fios, sendo esses classificados como 
finos e frágeis (BRAGA, 2014; HALAL, 2016). Sendo assim, o esteticista capilar necessita conhecer 
as características biológicas do cabelo crespo e onde e como os produtos atuam, evitando, assim, 
danificar os cabelos de sua cliente.
Levando em consideração as informações apresentadas, qual das afirmações a seguir melhor 
condiz com as características naturais do cabelo desta cliente:
a) Os cabelos crespos são considerados frágeis para alisamentos, isto se deve por ter muitas ligações 
laterais em seus filamentos de microfibrilas.
b) A medula é a camada mais interna dos fios e, nos cabelos crespos, esta estrutura confere resistência 
para descolori-lo uma vez que possui pigmentos de melanina.
c) A cutícula é formada por células sobrepostas transparentes que revestem o córtex e, nos cabelos 
crespos, ela é considerada fina, contendo apenas seis camadas de células cuticulares.
d) Os cabelos crespos são frágeis por não conterem a medula uma vez que esta é a estrutura que 
compõe, predominantemente, a massa capilar, confere ao cabelo resistência, flexibilidade, elasti-
cidade e cor.
e) A cutícula reveste o córtex e, nos cabelos crespos, ela é considerada grossa, contendo onze ca-
madas de células cuticulares.
A
G
O
R
A
 É
 C
O
M
 V
O
C
Ê
39
3. A proteína que constitui o cabelo é a α-queratina, uma proteína fibrosa, adaptada à função es-
trutural e é encontrada apenas em mamíferos. As proteínas são constituídas por aminoácidos 
ligados entre si por ligações peptídicas, formando as cadeias polipeptídicas, que são unidas por 
ligações laterais (NELSON; COX, 2014). Essas ligações conferem ao cabelo, em sua conformação 
natural, força e elasticidade (HALAL, 2016). Quais são as ligações laterais? Diferencie-as.
4. O Córtex compõe, predominantemente, a massa capilar, confere ao cabelo resistência, flexibili-
dade, elasticidade e cor. A cor natural do cabelo existe em função do pigmento que está presente 
nesta região, a melanina (HALAL; 2016; PEREIRA et al., 2016).
Sobre a coloração do cabelo, avalie as asserções a seguir:
I) A variedade de cor natural é possível através da combinação entre dois tipos de melanina: a 
eumelanina e a feomelanina.
II) Os cabelos ruivos são possíveis por causa de um pigmento denominado tricosiderina, este 
é derivado da feomelanina e contém o elemento ferro (Fe) em sua molécula, que confere a 
cor vermelha aos cabelos.
III) A eumelanina é o tipo mais comum de melanina, e a coloração resultante vai do marrom ao pre-
to; a feomelanina, do loiro ao vermelho; e o branco é a cor real da queratina sem os pigmentos.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e II.
5. O pH refere-se ao potencial hidrogeniônico de um meio, sendo que o pH da pele é 5,4 a 5,8, e 
do cabelo é 4,5 a 5,5. Ter o conhecimento sobre o pH do cabelo e da pele é importante para 
utilização de soluções e tratamentos. Sendo assim, diga, de forma sucinta, o que acontece com 
o cabelo quando se utiliza soluções com os seguintes pH:
a) solução com pH 3
b) solução com pH 8
c) solução com pH 5
A
G
O
R
A
 É
 C
O
M
 V
O
C
Ê
40
6. O mecanismo de reposição capilar foi descrito pela primeira vez, em 1891, por Adeodato Garcia, e 
ficou conhecido como ciclo biológico do pelo, que é composto por três fases: anágena, catágena 
e telógena (HALAL, 2016; PEREIRA et al., 2016). O ciclo se repete a cada quatro ou cinco anos, de 
forma ininterrupta, até que se inicie o envelhecimento dos fios, que é gradual e potencializado 
por fatores extrínsecos.
Sobre o ciclo biológico do pelo e seu envelhecimento, avalie as seguintes afirmações:
I) A fase anágena consiste no período de crescimento do fio. Esta fase dura de três a cinco anos, 
após, inicia-se a fase catágena que consiste em um período de transição, sinalizando o final 
da etapa anterior, dura de três a cinco semanas. E, por fim, a fase telógena, que consiste no 
período de queda do fio, tem duração de três a quatro meses.
II) A fase catágena também é conhecida como fase de repouso, importante para a preparação 
da fase telógena e início de um novo ciclo biológico.
III) Durante o envelhecimento, ocorre a diminuição e o encurtamento dos fios na cabeça e, com 
o passar dos tempos, os folículos terminais secundários transformam-se e voltam a produzir 
os pelos do tipo vellus.
IV) O envelhecimento dos fios ocorre de todos ao mesmo tempo, sendo observada a perda da 
densidade capilar, da sua espessura e da sua cor natural, resultando nos cabelos brancos.
É correto o que se afirma em:
a) II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
C
O
N
FI
R
A
 S
U
A
S 
R
ES
P
O
ST
A
S
41
1. Resposta certa é a alternativa d) I, II e III, apenas.
2. Resposta certa é a alternativa c.
3. As ligações laterais presentes nos filamentos de queratina são as seguintes:
Ligação de hidrogênio: é um tipo de ligação fraca, rompida facilmente com água ou calor e recuperadas 
com secagem ou resfriamento.
Ligações iônicas/salinas: são um tipo de ligação fraca, rompida por meio de alterações no pH e recuperada 
ao normalizar o pH.
Ligações dissulfetos: consideradas fortes, rompidas por produtos químicos que desfazem as pontes dis-
sulfeto e são

Continue navegando