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Apostila de armamento , municao e tiro

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FORÇA AÉREA BRASILEIRA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO
(APOSTILA)
CFC
1
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
ENSINO INDIVIDUALIZADO
DISCIPLINA: ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO
MÓDULO ÚNICO
ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO
ELABORAÇÃO: BRUNO AGUILENA DA SILVA – 2S BMB
TIAGO CLAUDINO MARCELO – 2S BMB
2
DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DA EEAR
Todos os Direitos Reservados
Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é proibida a 
reprodução total ou parcial deste documento, utilizando-se de qualquer forma 
ou meio eletrônico ou mecânico, inclusive processos xerográficos de 
fotocópias e de gravação, sem a permissão, expressa e por escrito, da Escola 
de Especialistas de Aeronáutica - Guaratinguetá - SP.
3
SUMÁRIO
PÁG.
INTRODUÇÃO........................................................................................................................04
Texto I – Generalidades Sobre Armamento..............................................................................05
Texto II – Generalidades Sobre Munições ..............................................................................14
Texto III – Pistola Taurus 9 mm ..............................................................................................19
Texto IV – Fuzil HK-33 calibre 5,56 mm ...............................................................................29
Texto V – Generalidades Sobre Teoria De Tiro .......................................................................41
CONCLUSÃO..........................................................................................................................53
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................54
4
INTRODUÇÃO
Caro aluno!
A presente apostila tem como finalidade oferecer ao instruendo noções essenciais de 
armamento e teoria de tiro, bem como apresentar as diferentes armas e munições empregadas na 
FAB.
Os assuntos são desenvolvidos de maneira simples e objetiva, o que permitirá a 
rápida assimilação. Os capítulos, breves e estanques, facilitarão a compreensão aos instruendos.
Cientes de nossas limitações agradecemos as críticas e sugestões que visem, em 
próximas edições, a melhorar este trabalho.
5
TEXTO I
GENERALIDADES SOBRE ARMAMENTO
1 – INTRODUÇÃO
1.1 – Armamento
É tudo que constitui meio de defesa ou ataque em qualquer circunstância de luta dois 
ou mais contendores, a variadíssimas classificações poder-se-iam submeter o armamento, segundo o 
ponto de vista de que se escolha para estuda-lo. Aqui estudaremos somente as armas de fogo.
1.2 – Arma de fogo
Arma que utiliza a pressão dos gases, resultantes da combustão da pólvora, para 
arremessar um projétil à distância.
2 – GENERELIDADES SOBRE ARMAMENTO LEVE
Todas as armas podem ser classificadas como segue:
2.1 – Armas de porte
São armas de pouco peso e dimensões reduzidas, que podem ser conduzidas por um 
só homem, através de coldre e disparada, comodamente e com eficácia, somente com uma das 
mãos.
Exemplo: pistola e revólver.
2.2 – Armas portáteis
São armas de peso e dimensões relativamente pequenos, que podem ser conduzidas 
por um só homem, normalmente através de bandoleira e disparada, comodamente e com eficácia, 
com as duas mãos.
Exemplo: Espingarda, Fuzil HK 33 e Submetralhadora Taurus MT-12AD.
2.3 – Armas não portáteis
São armas de grande peso e volume, que são conduzidas por vários homens ou por 
viatura.
Exemplo: Metralhadora Browning .50"M2 HB e morteiro.
2.4 – Armas individuais
São armas que podem ser conduzidas por um só homem. O mesmo que armas de 
porte e portáteis.
6
2.5 – Armas coletivas
São armas que são conduzidas por mais de um homem. O mesmo que armas não 
portáteis.
2.6 – Armas de tiro simples ou de repetição
São as que, após a deflagração da carga propulsora, utilizam a pressão dos gases 
resultantes, exclusivamente, para lançar o projétil, possuindo, entretanto, dispositivo automático de 
ejeção. Não possuem dispositivo automático de carregamento. Nessas armas, somente uma fase do 
funcionamento não é manual, a ejeção. As armas de tiro simples podem ser classificadas como 
antecarga ou retrocarga.
2.6.1 – Antecarga
São as armas carregadas pela boca do cano.
Exemplo: Bacamarte, morteiro e alguns tipos de espingardas antigas.
2.6.2 – Retrocarga
São as armas carregadas pela câmara, que se localiza na parte posterior do cano.
Exemplo: Mosquetão, cartucheira, rifle, garruchas e espingardas.
2.7 – Armas semiautomáticas
São as armas que só disparam mediante sucessivas pressões sobre a tecla do gatilho. 
Também recebem o nome de Armas Automáticas de Tiro Intermitente. Nelas, a cadência de tiro 
é regulada pelo atirador.
Exemplo: Pistola Taurus 9 mm, Pistola IMBEL 9 mm.
7
2.8 – Armas automáticas
São as armas que, após a deflagração da carga propulsora, utilizam a pressão dos 
gases resultantes para lançar o projétil e fazer recuar o mecanismo da culatra, executando as fases 
gerais do funcionamento, continuamente, até que ocorra um novo disparo. O automatismo inicia no 
primeiro tiro e é sempre precedido pelas operações iniciais de municiar, alimentar, carregar e 
pressionar a tecla do gatilho. Atualmente encontramos modelos de pistolas que executam este 
processo de automatismo. 
Normalmente as armas automáticas possuem cadência constante. Existem, porém, 
armas automáticas que possuem reguladores de cadência, como a Metralhadora MAG 7,62mm.
Exemplo: Metralhadora MAG 7,62mm, Metralhadora Browning .50" M2HB, Pistola 
Glock G18.
2.9 – Armas mecânicas (que tem como princípio de funcionamento a ação muscular do 
atirador)
São armas em que os processos de abertura, destrancamento, extração e ejeção são 
realizados por meio da ação muscular do atirador. Ou arma cujo acionamento do gatilho, para cada 
disparo, recua o cão e alinha o tambor giratório posicionado atrás do cano, e que serve de 
carregador. 
Exemplo: Mosquetão e revólver.
2.10 – Armas que tem como princípio de funcionamento a ação dos gases
São as armas que utilizam a pressão dos gases resultantes para lançar o projétil e 
fazer recuar o mecanismo da culatra, executando as fases gerais do funcionamento.
Exemplo: Pistola Taurus 9mm e Fuzil HK-33.
2.11 – Armas alimentadas por cartucheiras ou discóides
São as que recebem, no bloco de alimentação, um cofre especial, em forma de um 
disco, no qual os cartuchos ficam dispostos segundo um caracol ou parafuso.
Exemplo: Metralhadora Thompson Cal .45" .
8
2.12 – Armas alimentadas por carregadores 
São as que recebem, no bloco de alimentação, um pequeno cofre (carregador), no 
qual os cartuchos ficam superpostos e são impulsionados por meio de uma mola.
Exemplo: Submetralhadora Taurus MT12, Fuzil automático HK33, Pistola Taurus 
9mm e Pistola IMBEL 9mm.
2.13 – Armas alimentadas por fita
São as que recebem, no bloco de alimentação, os cartuchos interligados por elos 
metálicos. Os tamanhos das fitas variam com a capacidade de cada cofre de munição.
Exemplo: Metralhadora MAG 7,62mm.
2.14 – Armas alimentadas por pente
São as que recebem, no bloco de alimentação, um carregador em forma de lâmina, no 
qual os cartuchos se sobrepõem, presos pela gola do culote.
Exemplo: Mosquetão.
9
2.15 – Armas alimentadas por tambor
São as que recebem, no bloco de alimentação, um carregador tipo tambor, no qual os 
cartuchos se alinham com o cano.
Exemplo: Revólver.
3 – NORMAS GERAIS DE FUNCIONAMENTO DE UMA ARMA AUTOMÁTICA (OU 
SEMI AUTOMÁTICA)
No recuo após a percussão: há o destacamento, abertura, extração, ejeção, 
apresentação de novo cartuchoe engatilhamento 1ª fase.
No avanço: carregando, trancamento e engatilhamento 2ª fase.
3.1 – Definições
3.1.1 – Raias
São sulcos helicoidais que se desenvolvem, no interior do cano, para a direita ou para 
a esquerda, guardando inclinação constante com a sua geratriz. Quando as raias se desenvolvem da 
esquerda para a direita, dizemos que são dextrógiras; e, quando as raias se desenvolvem da direita 
para a esquerda, dizemos que são sinistrógiras ou levógiras.
3.1.2 – Cheios
São espaços compreendidos entre duas raias.
3.1.3 – Calibre
É o diâmetro interno do cano tomado entre dois cheios opostos, medido na boca do 
cano. Pode ser expresso em milímetros (ex.: 7,62mm e 9mm) ou em centésimos da polegada (ex.: .
22” e .38”).
10
3.1.4 – Forçamento
É a diferença entre o diâmetro do projétil e o calibre da arma.
3.1.5 – Cadência de tiro
É o número de disparos dados por uma arma automática em um minuto de tempo.
3.1.6 – Velocidade de tiro
É o número de disparos dados por uma arma semi-automático ou de repetição em um 
minuto de tempo, incluindo o tempo gasto em colocar e retirar os carregadores.
3.1.7 – Municiada
Diz-se que uma arma está municiada quando os cartuchos estão colocados em seu 
depósito (em carregador ou não).
3.1.8 – Alimentada
Diz-se que um arma está alimentada quando tem um cartucho em condições de ser 
levado à câmara pelo movimento de avanço do ferrolho, da culatra móvel ou similar.
3.1.9 – Carregada
Diz-se que uma arma está carregada quando tem um cartucho na câmara, em 
condições de efetuar um disparo. Independentemente de estar com carregador ou não.
3.1.10 – Travada
Diz-se que uma arma está travada quando seu mecanismo de disparo tem seu 
funcionamento impedido pela ação de dispositivos próprios (registro de segurança ou trava).
3.1.11 – Trajetória
É a curva descrita pelo centro de gravidade do projétil durante o seu percurso.
3.1.12 – Grupamento de tiro
É o conjunto de impactos verificados sobre um alvo em torno de um ponto médio.
3.1.13 – Ponto médio de um grupamento
É o centro de grupamento de tiro. É determinado praticamente pelo cruzamento de 
dois eixos ortogonais que dividem o grupamento que quatro quadrantes, cada um contendo 25% dos 
impactos.
3.1.14 – Ponto de visada
É o ponto do alvo o qual foi executada a pontaria.
3.1.15 – Precisão
11
A precisão do tiro mede-se pelas dimensões do retângulo de dispersão. O tiro é tanto 
mais preciso quanto mais reduzidas são essas dimensões.
3.1.16 – Regulação
Um tiro está regulado quando o ponto médio do grupamento coincide com o ponto 
visado.
3.1.17 – Justeza
Denominação dada ao tiro que é ao mesmo tempo preciso e regulado. É expressa, 
praticamente, pela relação entre o número de tiros dados e os que atingiram o alvo.
3.1.18 – Descarregar
É o ato de retirar o cartucho da câmara do cano.
3.1.19 – Disparar
Fazer o percussor ou percutor ir para frente com força de mola, ferindo a cápsula do 
cartucho.
3.1.20 – Extrair
Retirar o estojo da câmara do cano.
3.1.21 – Tiro
Deflagração de um cartucho.
3.1.22 – Rajada
Deflagração sucessiva de "N" cartuchos.
3.1.23 – Níveis de desmontagem
3.1.23.1 – Nível Orgânico
Neste processo de desmonta não é preciso o uso de nenhuma ferramenta.
3.1.23.2 – Nível Base
É utilizado apenas ferramentas de uso comum, tais como toca pino, chave de fenda, 
macete de borracha, etc. Neste processo não se desmonta peça que pode se danificar facilmente, 
como por exemplo, pino elástico.
3.1.23.3 – Nível Parque
Podem ser utilizadas ferramentas específicas de cada equipamento. Durante a 
desmontagem normalmente é retirado os pinos elásticos, e descartados para a próxima montagem, 
por motivo de segurança.
Os pinos elásticos é um pino oco, que ao ser introduzido de um orifício se modela, 
prendendo a peça. Quando é retirado, se o mesmo for montado não ficará com a mesma aderência a 
peça, podendo causar assim algum acidente.
12
Observação: mesmo que a desmontagem não ofereça dificuldades ou ferramentas, as 
armas só devem ser desmontadas quando realmente for necessário, como, por exemplo, para ser 
feita manutenção. A cada vez que o golpe para engatilhamento ou desengatilhamento é realizado, 
alguma peça está sendo depreciada. Realize este procedimento apenas para fazer a verificação de 
segurança da arma. E principalmente antes de realizar a desmontagem, sempre faça o procedimento 
de segurança.
4 – REGRAS DE SEGURANÇA
 Considere carregada toda arma de fogo, até que a mesma seja examinada, a fim de se 
verificar se há cartucho na câmara, pois todos os acidentes são efeitos da demasiada 
confiança;
 Nunca apontar uma arma para qualquer coisa em que não se pretenda atirar ou numa direção 
em que possa causar danos, se a arma disparar;
 Não desmonte uma arma de fogo, a menos que ela tenha de ser inspecionada ou limpa.
 Ao inspecionar ou examinar uma arma, aponte a boca do cano para uma área segura, 
normalmente para o chão ou para cima, a fim de que uma descarga acidental não ponha em 
perigo vidas ou propriedades;
 Jamais tente usar uma arma, a menos que compreenda todas as suas características de 
segurança e saiba manejá-la;
 Jamais abandone uma arma carregada num lugar onde alguém possa apanhá-la, 
principalmente uma criança;
 Usar, em cada arma, somente a munição designada para a mesma. CUIDADO com munição 
recarregada, quando você não sabe a procedência;
 Sempre examinar os dispositivos de segurança da arma. Um dispositivo de segurança 
defeituoso é um dispositivo de perigo;
 Nunca usar munição real para comprovar o funcionamento mecânico de uma arma, exceto 
num campo de tiro aprovado (estande de tiro);
 Somente coloque o dedo no gatilho, se a arma já estiver apontada para o local o qual você 
tem absoluta certeza de que deve apontar a arma, seja para atirar seja para pôr em prática os 
procedimentos de segurança;
 Quando for passar uma arma para outra pessoa, sempre entregue aberta e sem o carregador e 
a boca do cano voltado para si;
 Nunca se esqueça de retirar o carregador da arma antes de abri-la, durante o procedimento 
de segurança (verificar se a arma está ou não carregada). A estatística mostra que a maioria 
dos tiros acidentais, durante o procedimento de segurança, acontece exatamente porque o 
indivíduo desatento se esquece de retirar o carregador antes de abrir a arma;
 Jamais engatilhe uma arma antes de estar pronto para atirar;
 Ao receber uma arma realize sempre o procedimento de segurança;
 Ao entregar uma arma a outra pessoa, informe-a sempre do estado da arma;
 Enquanto permanecer no “estande” mantenha, quando não estiver atirando, o revolver com o 
tambor aberto; a pistola com o ferrolho aberto e sem o carregador, e o fuzil com a culatra 
aberta;
 Mantenha a arma perfeitamente limpa. Verifique, antes do tiro, se o cano está desobstruído 
(deverá estar seco, isto é, sem óleo);
 Atire em alvos apropriados e nunca em objetos que possam causar ricochete;
 Quando for praticar “tiro em seco” não se esqueça de inspecionar a arma e obedecer as 
demais regras de segurança;
 Quando um grupo de atiradores estiver executando tipos real, deve haver alguém 
encarregado do controle dos mesmos,por mais que eles sejam experientes; e
 No posto de tiro, mantenha sempre o cano da arma todo contido no plano de tiro.
13
Observação: embora a desmontagem total da arma não apresente dificuldades 
acentuadas, é conveniente não ultrapassar o nível de manutenção em que atua o operador, a fim de 
que se evitem desgastes ou outros danos em certas peças, além do fato de algumas operações 
exigirem ferramentas especiais.
5 – FORMAS DE INDENIZAÇÃO PARA ARMAS E/OU MUNIÇÕES AVARIADAS, 
EXTRAVIADASOU INUTILIZADAS.
5.1 – As causas do extravio ou inutilização de arma e/ou munição pertencente ao Ministério da 
Aeronáutica e fornecida para uso individual em objeto de serviço, deverão ser apuradas, através 
de sindicância. Se durante a rea1izaço da sindicância ou, na sua conclusão, forem encontrados 
indícios de que houve crime na inuti1ização ou no extravio da arma e/ou munição, deve ser 
aberto Inquérito Policial Militar.
5.2 – A solução da sindicância ou IPM devera ser publicada em Boletim da OM detentora do 
material, que dará conhecimento à DIRMAB para fins de controle de estoque e reposição se for 
o caso.
5.3 – Na solução da sindicância ou do IPM deverá constar se o extravio ou inutilização foi culposa, 
ou, em circunstancia que eximam o detentor de responsabilidade.
5.4 – As seguintes formas de indenização ser o aplicadas, obrigatoriamente, nos casos de extravio 
ou inutilização:
5.4.1 – Culposo
Pelo triplo do valor atual da arma e/ou munição sem prejuízo da ação penal ou 
disciplinar aplicável ao caso.
5.4.2 – Doloso
Pelo quintuplo do valor atual da arma e/ou muniço, com prejuízo da ação penal e 
disciplinar que o caso comportar.
5.5 – A DIRMAB organizará o controle e registro das armas extraviada para possíveis consultas, 
em caso de apreensão por autoriade competente, ou de devolução, caso este que ser deduzida a 
quantia necessária aos reparos e entrega do saldo remanescente; ser mantida a punição disciplinar 
aplicável ao caso.
6 – DOS CRIMES E DAS PENAS
Lei 10.826, de 22 de dez, de 2003:
6.1 – Posse irregular de arma de fogo uso permitido
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de 
uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência 
ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável 
legal do estabelecimento ou empresa:
Pena — detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
6.2 – Omissão de cautela
14
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 
(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob 
sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena — detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
6.3 – Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, ter em um depósito, transportar, ceder, 
ainda, que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de 
fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar:
Pena — reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de 
fogo estiver registrada em nome do agente.
2.3.4 – Disparo de arma de fogo
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em qualquer lugar habitado ou 
em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como 
finalidade a prática de outro crime:
Pena — reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável.
Observação: Conforme Art. 20 da Lei n°10.826, de 22 de dez. de 2003, a pena é 
aumentada da metade se os crimes previstos nos Artigos 14 e 15 forem praticados por integrantes 
das Forças Armadas.
15
TEXTO II
GENERALIDADES SOBRE MUNIÇÕES
1- INTRODUÇÃO
1.1 – MUNIÇÕES
Munição é tudo que serve para municiar armas de guerra. Quando nos referimos a 
armas de guerra, não aludimos apenas às armas pequenas, mas, também, a canhões, morteiros, 
aviões, navios e veículos. 
Armas pequenas são aquelas que normalmente acompanham o combatente, desde as 
de caça até as metralhadoras de calibre .50".
2- GENERELIDADES SOBRE CARTUCHOS
2.1 – Cartucho 
É a unidade de contagem da munição integral. Há cartuchos que não são completos, 
como os de festim, manejo, lançador de granada de fuzil ou outros que têm o projétil substituído por 
esferas de chumbo como os de caça. Todos, porém, são cartuchos, isto é, unidade de contagem de 
munição integral a que eles pertencem.
2.2 – Cartucho completo (armas pequenas)
É a reunião de todos os componentes necessários para completar a cadeia de 
fenômenos do tiro, debaixo de circunstâncias e tempo apropriados.
Exemplo: estojo, projétil, carga propulsora e cápsula fulminante.
2.3 – Estojo 
É um recipiente, de latão especial com formato próprio, onde os demais componentes 
da munição se reúnem. Oferece proteção estanque à carga propulsora, e, quando deflagrado, há o 
tiro, dilata-se na câmara, fazendo a obturação da culatra, isto é, impedindo o retorno de gases.
2.4 – Cápsula fulminante
É o ignitor da carga propulsora que se compõe de um recipiente de metal maleável e 
mole, uma composição explosiva, um disco de papel impermeável em forma de concha e, muitas 
vezes, uma bigorna.
2.5 – Bigorna 
É o ressalto metálico coniforme, existente no alojamento da cápsula, sobre o qual o 
percussor vai provocar o atrito necessário à explosão da cápsula.
16
2.6 – Eventos 
São dois orifícios existentes no alojamento da cápsula por onde as chamas do misto 
fulminante, propagando-se, vão provocar a inflamação da carga propulsora.
2.7 – Carga propulsora
É a porção de pólvora que fica dentro do estojo sem enchê-lo completamente. Há 
sempre a carga-padrão para imprimir o projétil de encontro ao alvo, dentro dos limites de pressão 
pré-fixadas para a classe de armas em que vai ser empregado o cartucho. A carga propulsora das 
armas portáteis é constituída de pólvora sem fumaça, misturada com grafite. Isso lhe dá um aspecto 
luzidio, além de facilitar o carregamento.
2.8 – Projétil 
É a parte do cartucho que, no tiro, é impulsionada em direção ao alvo. É chamado de 
projétil, quando tem núcleo inerte; quando explosivo, recebe o nome de obus ou granada. O projétil 
é constituído de um núcleo com um revestimento de metal amarelo, que se chama camisa de 
forçamento. É formado de cobre-estanho.
Nessa camisa é praticado um rebaixo que se chama canelura, por onde o projétil se 
prende à boca do estojo na montagem. A camisa serve para que as raias, penetrando mais facilmente 
na periferia do projétil, lhe dêem mais rotação, sem desgaste apreciável para as raias. 
3 – DIVISÃO DOS CARTUCHOS QUANTO À FINALIDADE
3.1 – Comum
Usada contra pessoal e objetivos de construção leve ou frágil. Usualmente, têm 
núcleo de chumbo endurecido com antimônio. A ponta do projétil é, normalmente, na cor amarela.
3.2 – Perfurante
Possui projétil de aço endurecido, usado contra aviões e veículos blindados, 
construção de cimento armado e outros alvos resistentes, como chapas de aço, proteções de paióis, 
etc. A ponta do projétil é, normalmente, na cor preta.
3.3 – Traçante
Contém o projétil cheio de uma substância química que arde durante certo trecho da 
trajetória. É usado para corrigir a pontaria, fazer sinalização, atear fogo em objetivos de fácil 
ignição, etc. A ponta do projétil é, normalmente, na cor vermelha.
3.4 – Incendiário
Usado com o projétil cheio de uma substância química incendiária para atear fogo a 
inflamáveis, combustíveis, explosivos e materiais congêneres de aplicação imediata na guerra. A 
ponta do projétil é, normalmente, na cor azul.
3.5 – Festim
Usado nas selvas, sinalização e simulacro de fuzilaria. Não possui projétil.
3.6 – Manejo
Sem carga propulsora, sem cápsula fulminante para treinar o pessoal no manejo das 
armas.
3.7 – Cartucho de caça
17
Usado nos exercícios de tiro ao alvo, tiro aos pombos, em serviços de guarda e em 
caçadas. Conhecidos como Gáugio. Converteu-se uma libra (453,6 g) de chumbo puro em 12 
esferas de igual peso e diâmetro.Se uma dessas esferas se encaixava perfeitamente num 
determinado cano, o calibre deste era "12". Assim, para a arma gáugio 16, dezesseis esferas pesarão 
uma libra; para a arma gáugio 12, doze esferas pesarão uma libra, e assim por diante. 
Os gáugios variam de 8 a 44, sendo a variação de 4 em 4. Não confundir a esfera de 
chumbo, que serve para determinação do gáugio da arma, com as esferas de chumbo da carga do 
cartucho.
Observação: Existem modelos de gáugio utilizados, principalmente pelas polícias, 
que ao invés de possuir várias esferas de chumbo utiliza-se um único balote. O que diminui a área 
de impacto e aumento o impacto no alvo.
3.8 – De Wilde
É o cartucho de arma pequena que possui projétil explosivo. Conhecido por bala 
Dundum. Foi proibido por leis de guerra.
3.9 – Munições “NATO”
São aquelas aprovadas pela OTAN, tanto para uso contra blindados como contra 
pessoal.
18
3.10 – Artifícios pirotécnicos
São cargas que produzem luzes brilhantes para iluminação, ou sinais de fumaça nas 
operações militares. De acordo com o uso, artifícios pirotécnicos são classificados em aéreos e 
terrestres.
3.11 – Pirotécnicos de iluminação
São empregados para a iluminação das áreas, de modo a facilitar o reconhecimento 
dos terrenos, a observação, os bombardeios, a aterrissagem, os exercícios de tiro antiaéreo e as 
fotografias aéreas.
3.12 – Munições de sinalização
São usadas em navegação para determinação de derivas, sinalização em caso de 
perigo ou exercícios em operações militares. As bombas são lançadas sobre a água e, após o 
impacto deixam escapar, pela cauda por entre a empenagem, uma substância fumígena.
O cartucho de sinalização apresenta-se com cargas que produzem várias colorações 
quando deflagrado; assim, temos o verde, amarelo, vermelho, etc. A identificação das cargas é feita 
pelas cintas coloridas marcadas no corpo dos cartuchos.
4 – PRECAUÇÕES COM AS MUNIÇÕES
 Evitar que sejam retiradas das embalagens, pois são muito higroscópicas e se decompõem 
facilmente;
 Não desmontar os componentes da munição pirotécnica. É muito perigosa;
 A carga é venenosa. Se ingerida, mata;
 Nunca se deve empregar instrumento abrasivo algum para remover defeitos de corrosão na 
munição; e
 Nunca utilizar munição que esteja amassada ou apresentando sinais de corrosão;
5 – TIPOS DE PROJÉTIL
5.1 – Ogival
Possui um poder moderado de impacto e de perfuração. Utilizados pelas forças 
armadas
5.2 - Pontiagudo
Possui um alto poder de perfuração. Utilizados pelas forças armadas.
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5.3 – Ponta plana
Possui um alto poder de impacto. Utilizados principalmente pelas polícias.
5.4 – Ponta oca (Hollow Point)
Possui um altíssimo poder de impacto. Utilizador normalmente pelas polícias. 
Quando penetram em meio líquido sofrem um brutal aumento de pressão no interior da cavidade, 
causando a expansão.
Uma variação do projétil de ponta oca é o conhecido como HYDRA - SHOK, que 
apresenta um pino no centro da cavidade, buscando aumentar ainda mais a pressão.
20
TEXTO III
PISTOLA TAURUS 9 mm
1- APRESENTAÇÃO
A PISTOLA TAURUS 9 mm MOD PT-92 uma arma de tiro semi-automática, com 
trancamento realizado por um bloco oscilante na vertical e com o destrancamento realizado pelo 
recuo do cano. Este sistema reduz a velocidade do retrocesso da massa recuante, com a consequente 
diminuição do recuo da arma durante o disparo.
Não obstante seu peso limitado (0,950 Kg), a PISTOLA TAURUS MOD. PT-92 foi 
projetada para utilizar aços e ligas epeciais e os mesmos cartuchos empregados pela 
Submetralhadora TAURUS 9 mm MOD MT-l2.
Em condições normais de ação, a velocidade inicial, e a correspondente energia 
cinética do projétil, proporciona um alto poder de impacto até 150/220 metros.
Ressalta-se ainda que adotando o sistema de dupla ação, pelo simples acionamento 
do dedo no gatilho, possibilita uma maior rapidez no manuseio, mesmo com o cão desarmado.
Um carregador de tipo bifilar, com capacidade para 15 cartuchos, proporciona uma 
dupla autonomia de fogo em relação aos carregadores comuns de mesmo comprimento.
21
2- CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E GERAIS
2.1- CARACTERÍSTICAS
Comprimento 217 mm
Altura máxima 137 mm
Espessura 37 mm
Peso com carregador vazio 0,950 Kg
Comprimento do cano 125 mm
Carucho 9 mm x 19 mm “parabellum”
Raiamento 6 raias, com sentido à direita e passo de 250 mm
Tipo do carregador bifilar, alojado no punho
Capacidade do carregador 15 cartuchos
Sistema de funcionamento curto recuo do cano, com trancamento por meio de um bloco oscilante
Retirada do carregador através do botão de pressão, localizado na parte inferior, do lado esquerdo do punho
Posição do ferrolho após o último disparo aberto
Segurança
- registro de segurança que bloqueia o mecanismo 
de disparo e também o ferrolho em posição fechada
- dente de travamento sobre o cão
- aviso de cartucho na câmara, seja visual ou pelo 
tato
Massa de mira tipo lâmina, integrada no ferrolho
Alça de mira incrustada no ferrolho
Comprimento da linha de mira 155 mm
Acabamento - parte em aço: oxidadas- parte em liga: anodizadas
Cabos em resina termoplástica polianimide, na cor preta
Sistema de disparo - cão externo com possibilidade de manobra manual- disparo simples ou à dupla-ação
Retém do ferrolho e aviso do carregador 
vazio
- externo com funcionamento automático
- possibilidade de manobra manual
Desmontagem primária extremamente rápida, por meio de uma só alavanca de desmontagem
Acessórios presilha para cordão de segurança incorporada na 
22
coronha
3- PRINCIPAIS COMPONENTES
3.1- CANO - BLOCO DE TRANCAMENTO
O cano da PISTOLA TAURUS MOD PT-92 tem 9 mm de calibre e possui 6 raias, 
com sentido à direita e passo de 250 mm de comprimento.
O referido componente apresenta na sua parte inferior duas sa1iências: a primeira 
contêm um rebaixo cilíndrico onde se articula o bloco de trancamento e a segunda contém o 
alojamento do mergulhador do bloco de trancamento que movimenta e aprisiona o bloco de 
trancamento, por sua vez, retido pelo pino do mergulhador do bloco de trancamento.
3.2- FERROLHO
O ferrolho da PISTOLA TAURUS MOD. PT-92 obtido da usinagem de uma única 
peça forjada de aço-cromo-níquel e submetido a determinados tratamentos térmicos.
O referido componente apresenta na sua parte interior as guias de deslocamento e o 
alojamento das asas laterais do bloco de tratamento.
Ao ferrolho estão conjugadas as seguintes partes:
• percussor e mola do percussor;
• bloco com entalhe de mira; e
• extrator, pino do extrator e mola do 
extrator.
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3.3- ARMAÇÃO
A armação da PISTOLA TAURUS MOD. PT-92 é uma só peça de liga especial leve, 
estampada, servindo de base ao grupo ferrolho e cano, constituindo-se também como empunhadura.
A armação, na fase de montagem da arma, serão conjugadas as seguintes partes:
• gatilho, eixo do gatilho e mola do gatilho;
• tirante do gatilho e mola do tirante do 
gatilho;
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• armadilha, mola da armadilha e eixo da 
armadilha;
• cão, bucha do cão, eixo do registro de 
segurança, guia da mola do cão, mola do cão, apoio da mola do cão e pino de 
apoio da mola do cão;
• registro de segurança, pino do registro de 
segurança, mergulhador do registro de segurança e mola do mergulhador do 
registro de segurança;
• retêm do ferrolho, mola do retém do 
ferrolho;
• ejetor e pinos do ejetor;
• alavanca de desmontagem, retém da 
alavanca de desmontagem, mola do retém da alavanca de desmontagem;
• retém do carregador, mola do retém do 
carregador, bucha do retém do carregador e pino do retém do carregador;
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• placas do punho-esquerda e direita que 
estão fixadas armação com buchas das placasdo punho e parafusos das placas do 
punho.
3.4- CARREGADOR
O corpo do carregador da PISTOLA TAURUS MOD. PT-92, de tipo bifilar, obtido 
de chapa de aço soldada e tratada termicamente, contendo o transportador, a mola do carregador, a 
chapa da mola do carregador, sendo completa como o fundo do carregador.
4- LIMPEZA E MANUTENÇÃO
4.1- LIMPEZA
Para proceder à limpeza da arma, quando esta não esta por demais suja, é suficiente 
tirar o cano, o ferrolho, a mola recuperadora e respectiva guia, além das placas.
Por outro lado, é importante lembrar que depois do uso, o cano deve ser sempre 
limpo, de preferência com querosene, em seguida enxuto e lubrificado com óleo leve de 
armamento.
4.2- MANUTENÇÃO
As princiais regras a observar, objetivando o correto uso da arma, são as seguintes:
• inspecionar o interior do cano, antes de 
disparar, verificando o funcionamento dos diversos dispositivos;
• verificar se o carregador não apresenta 
deformações nos lábios e se o transportador está funcionando regularmente; e
• depois de disparar, proceder a sua limpeza 
e lubrificaçao.
26
5- FUNCIONAMENTO
5.1- GENERALIDADES
Empunha-se a arma com a mão direita e com a esquerda introduz-se o carregador, 
empurrando-o até que seja agarrado pelo retém do mesmo.
Agarra-se o ferrolho (com a mão esquerda), pela parte recartilhada, puxando-o 
vigorosamente para trás e largando-o bruscamente. Essa operação será facilitada se o cão for 
armado antes. A pistola está carregada e pronta para o tiro.
Pressionando o gatilho, este através do tirante faz girar a armadilha. O cão, que com 
seu dente estava preso à armadilha, esta agora livre e empurrado pela guia da mola comprimida, 
avança chocando-se violentamente sobre o percussor, determinando o disparo do cartucho.
Caso a arma já tenha um cartucho na câmara e o cão esteja desarmado, será 
suficiente, graças à dupla ação, o acionamento do gatilho para que o tirante agindo diretamente 
sobre o cão, provoque o seu recuo, o destravamento simultaneo da armadilha e o conseqüente 
impacto no percussor, disparando-o. Tal sistema permite também a imediata repetição da percussão 
do mesmo cartucho, admitindo-se uma eventual falha de percussão.
Também nesse modelo de arma, o cão é dotado de dois dentes. O primeiro, 
denominado dente de segurança, trava o cão, no caso deste ser largado antes de completamente 
armado, impedindo a percussão. O segundo, é chamado dente de disparo.
Depois do disparo, a pressão exercida pelos gases, agindo sobre o fundo do cartucho, 
faz com que este e também o grupo ferrolho-cano retrocedam. Isto ocorre porque o cano esta preso 
ao ferrolho através do bloco de trancamento.
Ao recuar cerca de 7 mm, o mergulhador do bloco de trancamento, alojado na parte 
posterior do cano, bate no plano trabalhado na armação e com a sua parte anterior age no bloco de 
trancamento, obrigando este último a girar para baixo, livrando as asas que estavam alojadas no 
ferrolho.
A partir deste momento, o cano interrompe o seu movimento ao mesmo tempo em 
que o ferrolho prossegue o seu curso de recuo, extraindo e expulsando o estojo.
O tempo do movimento efetuado pelo conjunto cano-ferolho, quando rigidamente 
unidos, suficiente para permitir a saída do projétil e do gás pela boca da arma, antes mesmo do 
desligamento do referido conjunto. Isso possibilita um menor solavanco da arma durante a ação.
Durante o recuo realiza-se a compressão da mola recuperadora e, ao mesmo tempo, o 
cão é obrigado a girar para trás e a agarrar-se com o próprio dente de disparo, à armadilha, 
permanecendo armado.
Terminado o movimento de recuo, a ação da mola recuperadora faz retornar o 
ferrolho à frente, o qual retira um novo cartucho do carregador, introduzindo-o na câmara.
O cano, por sua vez, também transportado à frente pelo ferrolho, retornando à sua 
posição inicial, ao mesmo tempo em que o bloco de trancamento, pela ação de um plano inclinado, 
é obrigado a girar para o alto recolocando as suas asas no alojamento do ferrolho.
Por outro lado, durante o retrocesso do ferrolho, o tirante do gatilho é obrigado por 
aquele a abaixar-se fazendo com que a armadilha volte à sua posição normal. Permanece impedindo 
o disparo contínuo (rajada), ainda que o atirador permaneça pressionando o gatilho.
Imediatamente após relaxado o gatilho, o tirante, levantando-se, entra em contato 
com a armadilha deixando a arma pronta para o disparo subsequente.
Renovando-se sucessivamente a pressão sobre o gatilho, repetem-se todas as 
operações e movimentos acima mencionados até o término dos cartuchos contidos no carregador.
5.2- AVISO DE CARREGADOR VAZIO
Disparado e expulso o último cartucho, o transportador do carregador levanta o 
retém do ferrolho bloqueando este último na sua posição de recuo máximo.
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A arma permanece na posição “aberta”, alertando o atirador do término da 
disponibilidade de tiros.
Para recarregar a arma é sufuciente extrair o carregador vazio, substituindo-o por 
outro cheio e puxar o retém do ferrolho para baixo, liberando o ferrolho que volta à posição 
“fechada” ao mesmo tempo em que, um cartucho é retirado do carregador é levado à câmara. 
Assim, a arma encontra-se novamente em condições de disparo.
5.3- AVISO DE CARTUCHO NA CÂMARA
Quando o cartucho encontra-se alojado na câmara, a extremidade do extrator fica 
saliente, revelando a marca vermelha; tal sinal do extrator é perceptível também com o tato, o que 
permite este tipo de controle também às escuras.
6- SEGURANÇA
6.1- DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
O principal dispositivo de segurança foi estudado para funcionar tanto com o cão 
armado como desarmado, pois trava o cão e armadilha, simultaneamente, pelo simples acionamento 
do registro de segurança para cima.
Tal dispositivo foi ainda projetado para possibilitar uma rápida passagem da posição 
de segurança para a posição de disparo.
A arma, apresenta ainda outro recurso de modo a não permitir um disparo 
imprevisto. Referimo-nos ao dente de travamento do cão, que age no momento em que este é 
puxado acidentalmente, não alcançando a posição de disparo, bloqueando o cão num estágio 
intermedirio, evitando assim, a percussão do cartucho.
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7- OPERAÇÕES ESSENCIAIS PARA O MANEJO E UTILIZAÇÃO
7.1- MANEJO
É o conjunto de operações simples, necessárias ao emprego da arma no tiro.
7.2- MUNICIAR O CARREGADOR
Segurar o carregador com a mão. Colocar os cartuchos um a um, por cima da boca 
do carregador. Empurrar o cartucho para baixo das abas externas.
7.3- ALIMENTAR
Segurar a arma pelo punho, com a mão direita e com a mão esquerda, introduzir o 
carregador cheio no seu alojamento, até que o retém o prenda produzindo um estalido característico.
7.4- CARREGAR
Segurar a arma pelo punho com a mão direita e com o polegar e o indicador da mão 
esquerda, puxar o ferrolho para trás na sua parte serrilhada e solta-lo.
7.5- TRAVAR
Estando a arma empunhada, levantar o registro de segurança.
7.6- DESTRAVAR
Baixar o registro de segurança.
7.7- DISPARAR A ARMA
Acionar lentamente a tecla do gatilho com a falangeta do dedo indicador, até que o 
tiro saia normalmente.
Observação: após série de tiros a pistola ficará aberta.
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7.8- RETIRAR O CARREGADOR
Segurar a arma com a mão direita pelo punho, colocando a mão esquerda espalmada 
por baixo do carregador e com o polegar pressionar o retém do mesmo.
8- MUNIÇÃO
A Pistola Taurus MOD. PT-92 utiliza a munição de calibre 9mmx19mm 
“parabellum”, de conformidade com as especificações “OTAN”.
9 – TIPOS DE TIRO
Como havia sido relatado anteriormente, a Pistola Taurus MOD. PT-92 realiza dois 
tipos de tiro, sendo o tiro de ação única e o dedupla ação.
9.1- TIRO DE AÇÃO ÚNICA
Para o tiro de ação única, a arma deve está engatilhada, o que será efetuado 
automaticamente durante o carregamento, ou, caso a arma já esteja carregada e com o cão à frente, 
poderá ser recuado manualmente. Em ambos os casos, ao recuar o cão, este, devido ao seu formato 
ovalado, faz movimentar automaticamente a armadilha, fazendo-a girar.
O cão, ao ser recuado, empurra o tirante do gatilho à frente, o qual faz girar o gatilho. 
Com a arma engatilhada, ou seja, a parte posterior superior do tirante em seu rebaixo 
do ferrolho (isso é possível somente com a arma trancada e se o gatilho não estiver pressionado), 
premendo-se o gatilho, este, através do tirante do gatilho, age diretamente no ressalto da armadilha. 
A armadilha então gira para frente em torno de seu eixo, libertando o cão que se 
encontrava preso em seu dente de engatilhamento. 
O cão, agora livre, empurrado pela guia da mola do cão, avança, chocando-se com o 
percussor.
Observação: caso a arma esteja travada, o cão não poderá ser armado, pois o registro 
de segurança restringe o movimento da armadilha, e o cão fica retido em seu dente de segurança.
9.2- TIRO DE DUPLA AÇÃO
O sistema de dupla ação permite realizar o recuo do cão através do tirante do gatilho, 
que este, é acionado pelo gatilho.
Com o cão avançado, acionando-se o gatilho, este faz com que o tirante do gatilho 
aja diretamente no cão, fazendo-o recuar até o ponto em que o tirante do gatilho escape do cão, para 
atuar no ressalto da armadilha. Isso faz com que esta gire para frente, não prendendo o cão durante 
o movimento de avanço no seu dente de segurança.
Caso fosse possível soltar o gatilho durante o movimento de avanço do cão, a 
armadilha iria atuar no dente de segurança do cão, retendo o cão.
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Tal sistema de dupla ação permite também a imediata repetição da percussão do 
mesmo cartucho, admitindo-se uma eventual falha de percussão.
Início do movimento
Fim do movimento
31
TEXTO IV
FUZIL HK-33 CALIBRE 5,56 mm
1- INTRODUÇÃO
Tendo em vista o progresso tecnológico e o constante aperfeiçoamento das armas de 
guerra, viu-se a Força Área Brasileira impelida a reequipar-se em determinados setores.
Após longos estudos e testes, foi decidida a aquisição do fuzil automático HK-33, 
destinado a substituir com êxito o mosquetão, tendo em vista sua grande eficiência, reforçando 
desta forma a segurança de suas Unidades.
2- DESENVOLVIMENTO
O Fuzil automático HK-33, calibre 5,56 mm x 45 (.223) é uma arma de fogo, cuja 
construção obedece aos princípios tecnicos mais modernos. Ele permite, com a culatra fechada, dar 
tiro a tiro e rajada, qualquer que seja a posição do atirador. O fuzil HK-33 é uma arma carregada 
pelo avanço, com cano fixo e uma culatra móvel de roletes.
3- MODELOS DO FUZIL
A arma com a coronha fixa, para uso eventual com baioneta.
Arma com a coronha retrátil.
Arma com bipé.
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Arma para tiros de precisão, com mira telescópica.
Fuzil curto HK-33.
4- GRUPOS DE MONTAGEM
1. Caixa de mecanismo com cano, mecanismo carregador e dispositivo de pontaria.
2. Culatra.
3. Empunhadura com mecanismo de disparo.
4. Coronha.
5. Guarda-mão.
6. Carregador.
7. Bandoleira.
8. Reforçador para tiro de festim.
9. Mira telescópica.
10. Sabre e bainha. 
33
5- DADOS TÉCNICOS DO FUZIL HK-33
Calibre 5,56 x 45mm (.223’)
Comprimento do fuzil com coronha fixa 920 mm
Comprimento do fuzil com coronha retrátil 750 mm
Comprimento da linha de mira 480 mm
Comprimento do cano 390 mm
Peso do fuzil com coronha fixa s/carregador 3,350 Kg
Peso do fuzil com coronha retrátil s/carregador 4,000 Kg
Peso do sabre 0,250 Kg
Peso do carregador de metal leve, vazio, para 20 cartuchos 0,115 Kg
Peso do carregador de metal leve, vazio, para 40 cartuchos 0,160 Kg
Peso do cartucho completo 0,011 Kg
Cadência de tiro Aprox. 750 tiros por minuto
Velocidade inicial = V Aprox. 980 m/seg
Energia de disparo na boca do cano = E Aprox. 170 kgm
Graduação da alça 100, 200, 300 e 400m
Numeros de raias 6 (seis) raias à direita (da esquerda para a direita)
6- DESCRIÇÃO DOS GRUPOS DE MONTAGEM
6.1- GRUPO 1
Caixa de mecanismo com cano, mecanismo carregador e dispositivo de pontaria.
A caixa de mecanismo une o cano com o mecanismo carregador e o dispositivo de 
pontaria e abriga todos os demais grupos de montagem. O cano embutido sob pressão na peça de 
travamento e fixado com um pino. O quebra-chama, parafusado na boca do cano, serve ao mesmo 
tempo de guia para a granada de fuzil. O mecanismo carregador encontra-se em cima do cano. Ele 
serve para carregar a arma e para fixar a culatra na sua posição mais recuada. O dispositivo de 
pontaria consiste em massa de mira e alça de mira. A alça de mira consta de três orifícios e de um 
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entalhe aberto. O dispositivo de pontaria pode ser ajustado para uma distância de 100, 200, 300 e 
400 metros. A alça de mira é ajustável tanto em altura como lateralmente.
6.2- GRUPO 2
A culatra consiste das seguintes peças:
• suporte da culatra com tubo da mola 
recuperadora e tranca;
• vareta com mola recuperadora;
• cabeça da culatra com roletes, extrator e 
mola do extrator;
• peça de trancamento da culatra;
• mola do percussor; e
• percussor.
A culatra, que conduzida por dentro da caixa de mecanismos, serve, juntamente com 
a mola recuperadora, para percutir o cartucho, extrair e ejetar o cartucho vazio, depois de dado o 
tiro, e para armar o cão.
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6.3- GRUPO 3
Empunhadura com mecanismo de disparo:
• a empunhadura é rebatível e pode ser 
desmontada da caixa de mecanismos. Ela abriga o alojamento do gatilho com as 
peças de disparo e do mecanismo de segurança. A empunhadura esta unida ao 
alojamento do gatilho pelo pino de registro de segurança. (OBS: o conjunto do 
mecanismo de disparo não deve ser desmontado, a não ser por escalão superior 
de manutenção).
6.4- GRUPO 4
Coronha fixa e Coronha retrátil:
• a coronha fixa fecha a caixa de 
mecanismos por trás. Ela esta unida à caixa por intermédio de um pino de 
fixação. O suporte da bandoleira esta fixado na coronha, por meio de rebites 
tubulares, onde se guardam os pinos de fixação, enquanto se desmontam o fuzil; 
e
• caso de necessidade, a coronha fixa pode 
ser substituída pela coronha retrátil. Os tubos de guia, montados dos 2 (dois) 
lados, correm ao longo da caixa de mecanismos. Eles são fixados com uma 
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alavanca, tanto em estado estirado como encaixado. A caixa de fixação apresenta 
uma alça para fixar a bandoleira.
6.5- GRUPO 5
Guarda-mão:
• O guarda-mão é desmontável e envolve o 
cano por baixo. Ele esta sujeito à arma por meio de um pino de fixação. Uma 
alça no guarda-mão serve para enganchar a bandoleira.
6.6- GRUPO 6
Carregador:
Pode-se usar, à escolha, um carregador de 20 cartuchos ou um de 40 cartuchos.
O carregador consiste nas seguintes peças:
• caixa do carregador;
• tampa do carregador; e
• transportador com mola e chapa de 
segurança.
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6.7- GRUPO 7
Bandoleira R-2 Universal:
• a bandoleira serve para transportar o fuzil e 
o atirador estará sempre pronto para atirar, qualquer que seja a posição que 
assuma.
6.8- GRUPO 8
Reforçador para tiro de festim:
• O reforçador permite atirar com cartuchos de festim. Ele é aparafusado na boca 
do cano em lugar do quebra-chama. A passagem dos gases pode ser ajustada, 
girando-se o pino regulador com o fundo de um cartucho.
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6.9- GRUPO 9
Mira telescópica
• É possível adaptar uma mira telescópica, sem necessidade de preparação, em 
qualquer modelo do fuzil.
6.10 – GRUPO 10
Sabre e bainha.
7- CARACTERÍSTICAS DO REGISTRO DE SEGURANÇA
A asa do registro de segurança encontra-se do lado esquerdo da empunhadura. Ela 
pode ser ajustada em três posiçes:S- travado; E- tiro a tiro; F- rajada. As letras S, E e F também encontram-se no lado 
direito da empunhadura, permitindo reconhecer imediatamente o estado em que a arma se encontra. 
Um traço marcador no pino do registro indica a posição da asa.
• Travar: Coloque a asa do registro de 
segurança na posiçao S. Não é possível acionar o gatilho. A arma pode ser 
carregada em estado travado.
• Atirar: Tiro a tiro - coloque a asa na 
posições.
• Atirar: Rajada - coloque a asa na posição F.
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8- COLOCAR E TIRAR O CARREGADOR
Trave o fuzil. Coloque o carregador, na abertura em frente do guarda-mato. O porta-
carregador deve encaixar audivelmente. Para tirar o carregaador, aperte o pino do porta-carregador.
9- CARREGAR O FUZIL
Trave o fuzil: puxe o punho de manejo para trás com a mão esquerda e engate-o no 
rebaixo do tubo. Coloque o carregado cheio na abertura de tal maneira que suporte encaixe 
audivelmente. Deixe o punho de manejo saltar para frente da sua posição mais recua. O fuzil agora 
está carregado e travado.
10- TIRO COM GRANADAS DE FUZIL
Trave o fuzil:
• tire o carregador;
• puxe o punho de manejo e engate-o no 
rebaixo do tubo:
• coloque o cartucho propulsor com a mão; e
• deixe saltar o punho de manejo da posição 
mais recuada para frente.
Coloque a granada e a alça de mira correspondente.
Granada de bocal no Fuzil HK-33
40
Tipos de granada para serem utilizadas no fuzil.
11- DESMONTAGEM DO FUZIL
Trave o fuzil:
• tire o carregador;
• descarreque a arma; puxe o punho de 
manejo, certifique-se de que a câmara do cartucho está vazia, depois deixe saltar 
a culatra para frente:
• tire o sabre e a bainha;
• desenganche a bandoleira;
• tire a coronha;
• abaixe ou tire a empunhadura;
• puxe a culatra com a mola recuperadora 
por meio do punho de manejo e tire-a da caixa de mecanismo; e
• tire o guarda-mão.
12- MONTAGEM DO FUZIL
• Monte o guarda-mão.
• Coloque a culatra montada com a mola 
recuperadora na caixa de mecanismo.
• Monte o fixe a empunhadura. (coloque a 
asa de registro na empunhadura S).
• Monte a coronha fixa ou retátil na caixa de 
mecanismo e aperte o pino de fixação.
• Enganche a bandoleira.
• Enganche o sabre e recoloque a bainha.
• Verifique a montagem correta do fuzil, 
acionando várias vezes o punho de manejo.
• Recoloque o carregador.
Atenção: carregue o fuzil com o punho de manejo e inicie o tiro. Se o fuzil não disparar, trave-o, 
tire o carregador, descarregue o fuzil e procure o defeito.
41
13- MANUSEIO E EMPREGO DO ARMAMENTO
13.1- Manuseio
• Ao receber a arma, verifique de imediato 
se a alavanca de segurança está em sua posição “S”.
• Constatada a posição da alavanca em “S”, 
segure a arma com a mão direita, pela empunhadura e com o cano voltado para 
cima; nunca para os lados, ou para baixo.
• A seguir, sempre com o dedo fora do 
gatilho, com o cano apontado para cima e em local descoberto, retire o 
carregador com a mão esquerda e encaixando-o no rebaixo do tubo, 
permanecendo com a mão direita na empunhadura.
• Verifique visualnente se há cartucho na 
câmara de disparo e confirme, se necessário, a verificação, colocando o dedo 
mínimo no interior da câmara.
• Constatada a inexistência de cartucho na 
câmara, a arma deve ser fechada, soltando o punho de manejo.
• Ao ser solto, o punho de manejo irá saltar 
para a sua posição máxima a frente, fechando a arma.
• Coloque a alavanca de segurança na 
posição “E” ou “F” e acione a tecla do gatilho para que a arma fique desarmada 
ou desangatilhada.
• Volte agora a alavanca de segurança para a 
sua posição “S”, quando então a arma estara travada.
• A seguir, coloque o carregador, 
audivelmente para que ele permaneça fixo e travado.
• Realizadas estas operações, coloque a arma 
na posição a tiracolo, pois esta é uma posição própria para serviço com a arma e 
para o seu transporte.
13.2- Emprego
• Municiar, colocar os cartuchos no 
carregador.
• Alimentar, introduzir o carregador com os 
cartuchos no alojamento do carregador.
• Carregar, o manejo necessário para a 
colocação de um cartucho na câmara de disparo da arma.
• Travar, colocar a alavanca de segurança em 
“S”.
• Descarregar, é o manejo necessário para 
retirar o cartucho que estiver contido na câmara de disparo.
• Quando a arma for retirada para instrução 
ou formatura, obviamente estará com o carregador desmuniciado e descarregado.
• Quando retirada para o serviço, a arma 
deverá, em situações normais, permanecer simplesmente alimentada, porém 
jamais carregada.
• Sendo necessário o emprego da arma, 
segure-a conforme orientação anterior; empunhadura com a mão direita e com a 
esquerda, traga o punho de manejo até rebaixo do tubo, deixando-o saltar para 
frente de sua posição mais recuada.
42
• A arma estará, então, alimentada, 
carregada e travada.
• Selecione o tipo de fogo desejado, usando 
a alavanca de segurança. “E” (fogo intermitente) o mais indicado e dar-se-á tiro a 
tiro, cada vez que se pressionar e soltar a tecla do gatilho. “F” (fogo de rajada) só 
em situação especial e normalmente, quando previamente determinado.
Caso não seja necessário o emprego da arma, estando ela alimentada, carregada e 
travada, proceda da seguinte maneira:
• destrave o retém do carregador; retire o 
carregador com a mão esquerda e guarde-o no bolso;
• descarregue a arma: segure-a com a mão 
direita, de modo que a palma da mão fique na altura de janela de ejeção, 
alcançando com os dedos a abertura da janela;
• com a mão esquerda, puxe o punho de 
manejo para efetuar a extração do cartucho que esta na câmara de disparo, 
apanhando-o com a mão direita e colocando-o novamente no carregador;
• volte com a alavanca de segurança para a 
posição “E” e puxe o gatilho para desarmar ou desengatilhar a arma;
• coloque novamente a alavanca de 
segurança na posição “S”;
• proceda a seguir, conforme o que já foi 
citado.
Para passar a arma a um companheiro ou para restitui-la ao material bélico, faça-o 
sempre com o carregador em separado, arma descarregada, aberta, com o cano voltado para você e 
seguindo com rigorosidade as normas de segurança.
Todo manejo com a arma sempre o faça com o dedo fora do gatilho, local 
descoberto, apontando para cima.
14- FUNCIONAMENTO
Estando o fuzil HK-33 engatilhado, carregado e destravado, puxando-se o gatilho, o 
cão é liberado e bate no percussor. O cartucho é percutido. Os gases da pólvora impelem o projétil 
para frente.
14.1- Abertura
Ao mesmo tempo, os gases exercem uma pressão sobre o estojo. As forças que assim 
agem, sobre a base da cabeça da culatra, são transmitidas através dos roletes em parte à caixa de 
mecanismo e em parte, por intermédio da peça de trancamento da culatra, ao suporte da culatra, 
enquanto a configuração angular da peça de trancamento da culatra e da peça de travamento do 
cano causa um movimento de recuo retardado da cabeça da culatra.
O trancamento faz com que a culatra realize a obstrução do cano, até que no projétil 
tenha deixado a boca deste. Após o destrancamento, quando os roletes entram completamente na 
cabeça da culatra, a culatra pode deslizar mais para trás. 
Ao mesmo tempo, o cartucho vazio é extraído e ejetado durante a abertura. O cão é 
recuado e a mola recuperadora comprimida desde o início do movimento de recuo da culatra.
43
14.2- Fechamento
A mola recuperadora, que fez o amortecimento da culatra no recuo, distende-se 
fazendo a culatra avançar, dando início à fase do avanço.
No avanço, o cão é armado, e a culatra retira o cartucho da mesa de alimentação para 
introduzi-lona câmara, fazendo o carregamento. O extrator encaixa-se na gola do cartucho quando 
a cabeça da culatra termina seu movimento de avanço, fechando a arma. 
O suporte da culatra continua avançando para realizar o trancamento e, 
consequentemente, o engatilhamento.
Com fuzil selecionado em “intermitente”, no final do avanço do suporte da culatra, 
este age na alavanca do comutador de tiro, para liberar o cão do comutador e deixá-lo preso pelo 
armador, no dente de engatilhamento do cão.
Se o cão estiver preso pelo comutador o fuzil não está pronto para o tiro, ou seja, o 
fuzil não está engatilhado. O HK-33 só encontra-se engatilhado quando o cão estiver preso pelo 
armador.
No trancamento, os roletes de trancamento da culatra são apertados sobre as faces de 
apoio da peça do travamento do cano, por intermédio das faces oblíquas da peça de trancamento da 
culatra. 
O fuzil está pronto para o tiro seguinte, quando selecionado em “intermitente”.
44
Com fuzil selecionado em “rajada”, o armador ficará fora de alcance do entalhe de 
engatilhamento do cão. Enquanto o atirador não aliviar a pressão sobre o gatilho, o cão só é retido 
pelo comutador de tiro e liberado no trancamento, através da alavanca do comutador.
45
TEXTO V
GENERALIDADES SOBRE TEORIA DE TIRO
1- INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO
Você pode ser um bom atirador, se ler e seguir estas instruções. O grau de pericia 
alcançado por você dependerá em muito do seu entusiasmo e de sua dedicação.
1.1 – Definições
1.1.1 – Fotografia
É o que você vê, pela alça de mira, a massa de mira e o alvo. A obtenção da 
“fotografia” implica em tomar a linha de mira e tomar a linha de visada.
1.1.2 – Linha de mira
Linha imaginária que vai do olho do atirador até a massa de mira, passando pela alça 
de mira. Consiste em alinhar corretamente, alça e massa de mira. Você deve observar pela alça, 
fazer com que a parte superior da massa de mira, ocupe o centro deste visor. 
1.1.3 – Linha de visada
Linha imaginária que vai do olho do atirador até o alvo, passando pelo aparelho de 
pontaria. Consiste em prolongar a linha de mira até o alvo, de modo que ele apareça exatamente 
sobre a massa de mira.
1.1.4 – Stock Weld
E o firme contato estabelecido entre o maxilar do atirador e a coronha. Obtido o 
“Stock Weld”, arma e cabeça do atirador recuarão como em bloco permitindo a manutenção da 
pontaria, e ainda a manutenção da distância constante entre o olho.
46
1.1.5 – Gatilhada 
É a compressão inadequada da tecla do gatilho. Fazendo com que o atirador erre o 
alvo.
1.1.6 – Olho diretor
O olho de maior acuidade visual é chamado “Olho Diretor”. Como a maior parte dos 
indivíduos ao atirar usa somente um olho, torna-se necessário determinar qual o olho a ser usado.
1.1.7 – Linha de tiro
Linha demarcada no solo que limita a posição mais avançada do atirador durante a 
execução do tiro.
1.1.8 – Pista quente
É pronunciado pelo instrutor de torre para avisar a pessoas presente que irá começar 
a seção de tiro.
1.1.9 – Pista fria
É pronunciado pelo instrutor de torre para avisar as pessoas presentes no estande, que 
o tiro foi encerrado.
2 – IMPORTANCIA DA TOMADA DA LINHA DE MIRA
Atingida determinada fase do treinamento, a dificuldade em acertar o alvo pode ter 
como causas a tomada incorreta da linha de mira ou da linha de visada.
Tomar a linha de mira é mais importante do que tomar a linha de visada.
Para você fazer uma boa tomada da linha de mira, seu olho deve estar focado sobre a 
massa de mira no momento do disparo. Entretanto, você não pode esquecer o alvo, então, deve 
focalizar ao mesmo tempo o ponto de pontaria e a massa de mira.
Como solução, obedeça a seguinte sequência:
 tomar a linha de mira - focalizar a massa de mira;
 tomar a linha de visada - focalizar o alvo;
 enquanto comprime a tecla - manter a focalizarão sobre o alvo;
 atingido o descanso do gatinho - focalizar a massa de mira e assim permanecer ate o disparo.
3 – COLOCAÇÃO DO OLHO EM RELAÇÃO AO VISOR
O olho deve ser colocado sempre a uma mesma distancia do visor e próximo deste 
para possibilitar uma visão completa do alvo. Essa posição não pode ser forçada e incomoda para 
não haver contração muscular do pescoço e consequente muito próximo ao visor para ser ferido por 
este no momento do disparo.
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4 – MASSA E VISOR LIMPOS E ESCURECIDOS
Massa e o visor devem estar limpos e escurecidos por ocasião do disparo qualquer 
sujeira como qualquer brilho no visor e na massa de mira prejudica sua pontaria. Limpe-os 
cuidadosamente e depois escureça-os com a fumaça de um fogo qualquer.
5 – FATORES QUE AFETAM A FIRMEZA DA EMPUNHADURA
Empunhar uma arma e segura-la com firmeza, de modo a diminuir os efeitos 
causados por um movimento indesejável, realizando ao mesmo tempo a pontaria correta e o disparo.
Oito fatores afetam a firmeza da empunhadura:
 Colocação da mão e braço esquerdo;
 Chapa da soleira no cavado do ombro;
 Empunhadura pela mão direita;
 Posição do cotovelo direito;
 Stock Weld;
 Respiração;
 Descontração; e
 Controle do gatilho.
6 – EMPUNHADURA PELA MÃO DIREITA
A mão direita segura a arma pelo punho, firme, mas sem rigidez. O dedo indicador é 
colocado sobre o gatilho, sem que haja contato com o lado da tecla, guarda-mato ou lado do fundo 
(o espaço entre o dedo e a arma é chamado de "luz"). O dedo indicador deve tocar a parte 
anteroinferior à tecla com o espaço compreendido entre a ponta e a primeira articulação, sendo a 
ponta a parte mais conveniente.
7 – CHAPA DA SOLEIRA NO CAVADO DO OMBRO
No tiro realizado com o fuzil, a chapa da soleira deve ser colocada no cavado do 
ombro direito. A colocação correta da arma no ombro diminui o efeito do recuo e auxilia a firmar o 
fuzil.
8 – RESPIRAÇÃO
Se você respira por ocasião do tiro , acaba movimentando a arma. É necessário que 
suspenda a respiração pelos poucos segundos para apontar e disparar. A respiração suspensa, 
todavia nunca por um tempo superior a 8 segundos, o que acarretaria uma turvação em sua vista e 
contrição muscular do pescoço.
9 – DESCONTRAÇÃO
Você deve, dentro de cada posição de tiro, procurar a maneira mais cômoda para 
realizar o tiro, isto é, deve deixar relaxados aqueles músculos que não participaram diretamente na 
obtenção de sua pontaria. Chegando à conclusão de que determinados detalhes de uma posição 
causam tensão muscular excessiva, deve modificar ligeiramente. Essa adaptação não pode, 
entretanto, violar quaisquer dos outros fatores que contribuem para a firmeza da empunhadura.
10 – CONTROLE DO GATILHO
O gatilho deve ser pressionado diretamente para a retaguarda com aumento gradativo 
da pressão até haver o disparo da arma. O disparo deve ocorrer normalmente em consequêcia desse 
aumento gradativo de pressão sobre a tecla do gatilho, e nunca em virtude da compressão rápida do 
gatilho. 
O atirador não deve prever ou antecipar o movimento do disparo, pois dessa maneira 
acabará fatalmente caindo no erro da “gatilhada”. 
Mantenha o gatilho comprimido mesmo após o disparo. Libere-o vagarosamente.
48
11 – EMPUNHADURA PARA ARMAS DE PORTE
A posição da mão na arma é tratada com certo destaque, face à importância que a 
empunhadura representa na obtenção de um bom disparo. Empunhadura é, portanto, a posição 
correta da mão na arma, o que resulta em:
 Perfeito alinhamento pulso-arma;
 Firmeza no momento do disparo e, consequentemente, controle do recuo;
 Maior facilidade na consecução do disparo seguinte;
 Posicionamento correto do dedo indicador no gatilho;
 Facilidade no enquadramento do aparelho de pontaria; e
 Diminuição da fadiga.
A boa empunhadura deve ser feita com as duas mãos, sendo que a mão forte 
empunha a arma, ficandoesta envolvida pela mão fraca.
A empunhadura deve ser firme para minimizar os movimentos causados pelo recuo 
sem, porém, causar tensão ou fadiga na musculatura dos braços e das mãos. Se o braço do lado da 
mão forte estiver tremendo, é sinal que a pressão na arma está excessiva.
Não deve haver, na empunhadura, nenhuma pressão lateral, pois isto faria a arma 
girar no momento do disparo. O dedo polegar da mão forte deve apenas encostar-se à placa do 
punho, porém, sem que aí exerça a menor pressão. A pressão exercida na empunhadura deve ser a 
mais uniforme possível.
Se a arma, quando apontada naturalmente para o alvo, não exigir nenhum esforço 
excessivo do pulso, isto significa que a empunhadura está correta.
Quando utilizando a pistola, o atirador deve ter o cuidado para não deixar o polegar 
da mão fraca atrás do ferrolho, a fim de evitar ferimentos. A pistola deve ser empunhada o mais alto 
possível na mão, sem, contudo, ultrapassar o limitador da armação
49
11.1 – Tomada da Linha de mira com armas de porte
Você deve observar pela alça de mira, fazer com que a parte superior da massa de 
mira, ocupe o centro deste visor. Para isto deve imaginar duas linhas, uma horizontal e outra 
vertical, passando ambas pelo centro do visor. À parte superior da massa parecer tocar a linha 
horizontal e parecer dividida pela linha vertical.
11.2 – Posições
11.2.1- Deitado
O atirador toma essa posição facilmente e tem estabilidade para fazer o tiro de mais 
de 25m. Propicia silhueta baixa, mas reduz a visibilidade. Deite-se perpendicularmente à linha de 
alvos, com as pernas abertas e os pés colados ao solo. Os braços devem estar o mais esticados 
possível. Empunhe a arma com as duas mãos. mantenha a cabeça reta e sempre na mesma posição.
11.2.2 – Ajoelhado
Posição utilizada para o tiro rápido à longa distância. Para tomar a posição, o atirador 
posta-se de frente para o alvo e gira para a direita até 45°. Ajoelha-se apontando o pé esquerdo para 
o alvo, fazendo a coxa esquerda um ângulo de 45º com a direita.
A perna esquerda fica na vertical para receber a parte chata do braço esquerdo sobre 
a patela do joelho.
50
11.2.3 – De pé
É a posição mais rápida de ser tomada apesar de ser a menos precisa.
Inicialmente de frente para o alvo, o atirador fará uma oitava à esquerda e colocará a 
mão esquerda no bolso ou em outro lugar que suporte o peso do braço.
Fecha os olhos e, após subir a arma até a posição de tiro, os abre verificando o seu 
ponto de pontaria. As eventuais correções que se fizerem necessárias serão executadas deslocando-
se todo o corpo e não somente o braço.
O braço ficará esticado, sem esforço, com a arma no prolongamento do antebraço.
12 – EMPUNHADURA PARA ARMAS PORTÁTEIS
Na empunhadura das armas longas, a colocação correta da cabeça sobre a coronha 
proporciona o estabelecimento de firme contato com a face do atirador (“stock weld”), o que 
possibilita que recuem como um bloco, após o disparo, e permite a manutenção da pontaria. Esse 
firme contato permite, ainda, a manutenção da distância constante entre o olho e a alça de mira 
(“eye relief”). 
51
A arma deve ser apoiada pelo “V” formado pelo polegar e demais dedos da mão 
fraca e repousar sobre a palma da mão. Não deve haver contração muscular. O apoio é fornecido à 
altura do guarda-mão. O pulso é mantido tão reto quanto possível. O apoio deve ser ósseo e não 
muscular e, para tanto, é imprescindível que o cotovelo fique embaixo da arma. Quanto mais 
afastado estiver o cotovelo desta posição, maior é o esforço muscular. Não apoie a arma pelo 
carregador.
A parte posterior da coronha (soleira) deve ser colocada no cavado do ombro, de tal 
forma que a posição diminua o efeito do recuo e auxilie a firmar a arma.
A mão forte segura a arma pelo punho ou delgado da arma, com firmeza, mas sem 
rigidez excessiva, e exerce pressão para a retaguarda, a fim de manter a parte posterior da coronha 
no “cavado” do ombro. O dedo indicador é colocado sobre o gatilho, sem que haja contato com o 
lado da tecla, a armação ou o lado do punho.
A situação do cotovelo do lado da mão forte dá equilíbrio à posição de tiro. Quando 
corretamente colocado, ajuda a acentuar o cavado do ombro que se adapta à parte posterior da 
coronha. Sua colocação exata varia com as posições de tiro.
52
12.1 – Tomada da Linha de mira com armas de porte
Você deve observar pela alça de mira, fazer com que a parte superior da massa de 
mira, ocupe o centro deste visor. Para isto deve imaginar duas linhas, uma horizontal e outra 
vertical, passando ambas pelo centro do visor. À parte superior da massa parecer tocar a linha 
horizontal e parecer dividida pela linha vertical. Exatamente da mesma forma que foi feito na 
pistola.
12.2 – Posições
12.2.1- Deitado
O atirador toma essa posição facilmente e tem estabilidade para fazer o tiro de mais 
de 25m. Propicia silhueta baixa, mas reduz a visibilidade.
Detalhes:
 mãos no punho e guarda-mão;
 posição do corpo em relação e arma;
 frente para o alvo;
 pernas afastadas (confortavelmente);
 cotovelo esquerdo o mais possível embaixo da arma;
 antebraço toca o carregador;
 cotovelo direito afastado do corpo (não muito);
 ombros no mesmo nível;
 chapa da soleira no cavado do ombro;
 mão direita puxa o punho para o ombro;
 “stock weld”; e
 descontraia os músculos não empenhados.
53
12.2.2 – Ajoelhado
Posição utilizada para o tiro rápido à longa distância. Para tomar a posição, o atirador 
posta-se de frente para o alvo e gira para a direita até 45°. Ajoelha-se apontando o pé esquerdo para 
o alvo, fazendo a coxa esquerda um ângulo de 45º com a direita.
A perna esquerda fica na vertical para receber a parte chata do braço esquerdo sobre 
a patela do joelho.
Detalhes:
 mãos no punho e guarda-mão;
 frente para o alvo;
 faça direita volver;
 joelho direito no solo;
 pé esquerdo aponta para o alvo;
 perna esquerda na vertical;
 coxas formam 90º;
 senta no calcanhar;
 parte chata do braço esquerdo sobre a patela;
 mão direita puxa o punho para o ombro;
 chapa da soleira no cavado do ombro;
 cotovelo direito na horizontal;
 corpo ligeiramente inclinado para a frente;
 “stock weld”; e
 descontraia os músculos não empenhados.
12.2.3 – De pé
É a posição mais rápida de ser tomada apesar de ser a menos precisa.
Inicialmente de frente para o alvo, o atirador fará um direita volver e as eventuais 
correções que se fizerem necessárias serão executadas deslocando-se todo o corpo e não somente o 
braço.
54
Detalhes:
 mãos no punho e guarda-mão;
 frente para o alvo;
 faça direita volver;
 pés afastados confortavelmente (mais ou menos 30 cm);
 mão direita puxa o punho para o outro;
 cotovelo direito na horizontal;
 chapa da soleira no cavado do ombro;
 “stock weld”; e
 descontraia os músculos não empenhados.
13 – POSIÇÃO DE TIRO
Você naturalmente já deve ter aprendido as seis posições de tiro que foram ensinadas 
visando atender as mínimas necessidades do combate.
Para que você sempre tenha a mão um exemplo correto de como deve ser tomado 
uma posição e os detalhes que não devem ser esquecidos em cada uma delas, por isso utilizamos 
uma série de fotografias e os nossos “lembretes”.
Observe atentamente as fotografias, leia os detalhes que são mencionados, pratique 
uma ou duas vezes a tomada da posição e peça a um companheiro que lhe corrija.
14 – ALVOS E CONFECÇÃO DA PISTA
14.1 – Tipos de alvos
Existem vários tipos de alvos, porém os padronizados na FAB são:
 P1 - é utilizado para carabina de pressão;
 P2 - para pistola e revólver a 25 ou 50 metros para precisão;
 P3 - utilizado para o TMB;
 P4 - utilizado como alvo inimigo do TMA;
 P5 - utilizado como alvo amigo no TMA; e
 P6 - utilizadocomo alvo inimigo/refém.
55
15 – CONFECÇÃO DE PISTA
Os alvos serão utilizados, observando-se a distância e o tipo de arma com que se 
pretende fazer o tiro e o tipo de instrução. Exemplo:
 TMB de pistola a distância dos alvos serão de 15 metros.
 TMB fuzil HK a distância dos alvos serão de 50 metros.
 TMB de MT-12 a distância dos alvos serão de 50 metros.
Observação: o tipo de pista pode ser modificado de acordo com a finalidade da 
instrução, podendo as distâncias dos alvos serem diferentes das preconizadas na MCA 50-1.
16 – FATORES QUE INTERFEREM NO TIRO
16.1 – Não continuar a visada
Em outras palavras, isto significa “não manter o alinhamento das miras após o tiro”. 
A manutenção da visada evita o fenômeno da “Antecipação”.
16.2 – Gatilhada
É uma puxada brusca do gatilho e responsável por quase todos os insucessos do 
atirador. Como você já sabe, uma puxada brusca no gatilho causa um desvio na linha de mira.
16.3 – Antecipação
56
É um fenômeno muscular e involuntário, que consiste na contração dos músculos do 
punho e da mão para receber o recuo da arma; ocorre um pouco antes do disparo e faz com que o 
atirador desvie o tiro.
16.4 – Olhar o alvo
É a perda da linha de mira. Às vezes, o atirador não focaliza a massa de mira e nem o 
alvo, mas, como não vê o alvo muito nítido, presume que está focalizando a massa; (na realidade, o 
cristalino está acomodado para uma distância intermediária entre o alvo e a massa de mira).
16.5 – Vacilação
É um erro que pode ser definido como falta de obstinação. O atirador permite que 
pequenos erros, que poderiam ser corrigidos, prejudiquem o seu desempenho. Ele espera que saia 
um “bom tiro”, porém não se esforça para consegui-lo.
16.6 – Ansiedade
O atirador, após preparar o disparo, verifica que ele não ocorre no momento 
esperado. O tempo passa, as condições ideais se deterioram, e afinal, surge o desejo de que o tiro 
aconteça de qualquer maneira.
16.7 – Perda de concentração
O atirador permite que outros pensamentos, que não se relacionam aos fundamentos 
do tiro, penetrem na sua mente, e como consequência, não se esforçará para conseguir um disparo.
Observação: Qualquer desvio na massa de mira irá provocar um erro que, em última análise, será a 
variação angular desse desvio na distância considerada. O erro resultante tende a aumentar 
proporcionalmente à distância de tiro. Nas armas curtas, a um desvio de massa de mira de 1 
milímetro, corresponderá, num alvo situado a 25 metros, a uma variação de 17 (dezessete) 
centímetros.
17 – ANALISES BÁSICAS DOS ERROS
ANÁLISE CAUSA POSSÍVEL CORREÇÃO
Não há 
impactos no 
alvo
1 – Gatilhada (observe se existem 
marcas no chão).
1 – Orientar o instruendo quanto à técnica 
de acionamento do gatilho.
2 – A alça de mira pode estar solta. 2 – Regular a alça de mira.
3 – Impactos no alvo ao lado. 3 – Identificar o alvo correspondente.
4 – O atirador está fechando os 
olhos (com medo). Não está 
utilizando os fundamentos 
corretamente.
4 – Informar ao atirador que o medo 
impossibilita o mesmo de utilizar as técnicas 
e fundamentos. (O aluno deve aceitar o 
barulho e o recuo da arma como normais).
Impactos 
dispersos
1 – Atirador nervoso, não 
concentrado nos fundamentos.
1 – Tentar acalmá-lo, conversando sobre os 
fundamentos.
2 – O atirador pode estar fechando 
os olhos no momento dos disparos.
2 – Orientar o atirador quanto aos 
fundamentos, principalmente a visada e 
acionamento do gatilho.
Impactos 
grupados fora 
do local 
desejado
1 – Uso incorreto do aparelho de 
pontaria. 1 – Orientar a utilização correta.
2 – Posição do dedo no gatilho, fora 
do local adequado.
2 – Orientar o posicionamento do dedo de 
maneira correta.
3 – Empunhadura incorreta. 3 – Orientar quanto à empunhadura correta.
4 – Gatilhada. 4 – Orientar quanto à técnica de 
57
acionamento do gatilho.
18 – QUADRO DE ERROS MAIS COMUNS COM ARMAS LONGAS
ANÁLISE CAUSA PROVÁVEL CORREÇÃO
Grande 
dispersão 
vertical
1 – Erro na tomada da linha de 
mira.
1 – Orientar com relação ao correto 
enquadramento alça/massa de mira.
2 – Respiração inadequada. 2 – Orientar com relação ao fundamento respiração.
Grande 
dispersão 
horizontal
Erro na tomada da linha de mira. Orientar com relação ao correto enquadramento alça/massa de mira.
Pequena 
dispersão 
horizontal ou 
vertical
Erro na tomada da linha de visada. Orientar com relação ao correto enquadramento alça/massa/alvo.
Tiro baixo à 
direita
1 – Falta de controle de gatilho. Orientar com relação aos respectivos 
fundamentos.2 – Cotovelo esquerdo não estava sob a arma.
Grande 
dispersão 
horizontal e 
vertical
Nervosismo excessivo. Toda instrução do atirador deve ser revista.
58
CONCLUSÃO
Ao findar este módulo, só nos resta a esperança de um bom aproveitamento por parte 
dos instruendos e a certeza da importância de nos empenharmos para colocarmos em prática, dia 
após dia, os conhecimentos adquiridos. Desejamos a todos uma bela carreira na Força Aérea; que 
sejam felizes e tenham uma estada produtiva e edificante. 
Boa sorte!!!
59
REFERÊNCIAS
Apostila da disciplina de Armas portáteis, da Especialidade BMB, do Curso de Formação de 
Sargentos, 2011.
Apostila da disciplina de Bombas e Espoletas, da Especialidade BMB, do Curso de Formação 
de Sargentos, 2011.
Apostila da disciplina de Explosivos e Cartuchos, da Especialidade BMB, do Curso de 
Formação de Sargentos, 2011.
Apostila da disciplina de Instrutor de Tiro, da Especialidade BMB, do Curso de Formação de 
Sargentos, 2011.
Apostila da disciplina de Princípios de Armamento, da Especialidade BMB, do Curso de 
Formação de Sargentos, 2011.
CENTRO TÉCNICO AEROESPACIAL. Instituto de Atividades Espaciais. Glossário de 
armamento e itens correlatos. São José dos Campos, 1989.
COMANDO DA AERONÁUTICA. MCA 50-1, manual de instrução de tiro com armamento 
terrestre no âmbito do comando da aeronáutica.
COMANDO DA AERONÁUTICA. OT FAB 11W3-2-3: características, partes principais, 
funcionamento, manutenção, incidente e acidentes de tiro e catalogo de peças. Rio de Janeiro, 
1973.
HECKLER E KOCH GMBH. Manual técnico do Fuzil Hk-33. Oberndorf-Neckar, 1987.
Manual de Inspeção MCA 136-1
Manual de Segurança MCA 135 – 2
TAURUS S.A. Manual técnico da pistola Taurus 9 mm – São Leopoldo, 1983.
60
			FORÇA AÉREA BRASILEIRA
	ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
	ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO
	CFC
	DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DA EEAR
	Todos os Direitos Reservados
	SUMÁRIO
	PÁG.
	INTRODUÇÃO

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