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29/10/2022 19:21 wlldd_221_u3_com_lin_vis
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INTRODUÇÃO
É praticamente impossível imaginar uma vida sem a beleza. O belo (assim como suas variações, como “bonito”,
“elegante”, “atraente”) são adjetivos que utilizamos com tanta frequência, mas normalmente não pensamos
muito nos seus signi�cados. A�nal, o que é a beleza? Por que nós achamos as coisas belas? Será que a beleza é
uma questão que depende de cada um, ou será que as nossas noções de beleza são impostas pela sociedade?
Todas essas são perguntas que surgem quando nós pensamos um pouco mais a fundo acerca do que é a
beleza. Essas questões estão no campo da análise estética, a qual nós conheceremos ao longo dessa aula. A
ideia aqui é que você aprenda a respeito do que é a beleza e as suas diferentes formas, além de ver como elas
aparecem na comunicação e na arte.
O QUE É A ANÁLISE ESTÉTICA?
A Estética é o campo de estudos que trata do belo em geral, além dos sentidos que ele desperta no homem: a
beleza. Dentro da �loso�a, a Estética também se ocupa das questões ligadas à arte: belo, feio, estilos, gostos,
teorias da criação e percepção artística. Além da beleza e da arte, a Estética também estuda as nossas
percepções a respeito da natureza. Os três assuntos estão fundamentalmente relacionados por razões que nos
levam à Grécia antiga: a ideia de beleza normalmente leva a uma interpretação de algo que está em equilíbrio e
harmonia com a natureza, o que leva a sentimentos de atração e bem-estar emocional.
É evidente que as ideias acerca do que é bonito mudaram muito desde a antiguidade, mas assim como muitas
outras coisas no nosso mundo ocidental, as noções básicas estabelecidas na antiguidade continuam sendo
relevantes para as nossas interpretações atuais em relação ao que é a beleza.
Claro, o conceito do que é belo vai além das regras de um concurso de beleza; a discussão pode ir muito longe.
A beleza não é uma qualidade objetiva, isto é, o que é belo para uma pessoa pode não ser belo para outra. Ela
também não é uma característica única de cada pessoa, sendo algo que se dá na relação entre o apreciador e a
beleza que é apreciada. Dessa forma, podemos dizer que a beleza é algo relativo, ou seja, “a beleza está nos
olhos de quem vê”.
Atualmente, a estética é uma disciplina que re�ete a respeito das emoções produzidas pelos objetos que são
admirados pelos seres humanos:
Fi 1 | Vê d Mil M d L
Aula 1
A ESTÉTICA DA LINGUAGEM VISUAL
É praticamente impossível imaginar uma vida sem a beleza. O belo (assim como suas variações,
como “bonito”, “elegante”, “atraente”) são adjetivos que utilizamos com tanta frequência, mas
normalmente não pensamos muito nos seus signi�cados.
26 minutos
29/10/2022 19:21 wlldd_221_u3_com_lin_vis
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Figura 1 | Vênus de Milo no Museu do Louvre
Fonte: Wikimedia.
O substantivo “estética” designa hoje qualquer conjunto de ideias (�losó�cas) com o
qual se procede a uma análise, investigação ou especulação a respeito da arte e da
beleza. Ou seja: estética é a parcela da �loso�a (e também mais modernamente, da
psicologia) dedicada a buscar sentidos e signi�cados para aquela dimensão da vida na
qual o homem experiência a beleza. Estética é a ciência da beleza. 
— (DUARTE JÚNIOR, 1991, p. 8)
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Os estudos são feitos de forma subjetiva, ou seja, a partir da consciência de cada indivíduo. Também é muito
importante levar em consideração outros aspectos sociais, como questões culturais, referências artísticas e
questões psicológicas. Uma análise estética se dá entre todas essas coisas: trata-se de entender como o que
será apresentado ao público será interpretado. Quais são os elementos que tornam aquilo bonito? Quais são as
suas qualidades sensíveis de belo ou de feio? Como os objetos, os modelos, as cores e formas se relacionam e
qual o efeito que elas surtem no espectador?
Falar que algo está bonito é uma das formas mais básica que temos de elogiar determinada coisa. Fazemos isso
sem dar muita atenção aos signi�cados que essa palavra carrega. Para entender um pouco melhor o que está
em jogo quando usamos adjetivos relacionados ao belo (como “bonito”, “elegante”, “atraente), vamos procurar
entender como foram construídos, ao longo da história, os nossos valores de beleza, além de outras questões
relacionadas à estética.
VIDEOAULA: O QUE É A ANÁLISE ESTÉTICA?
Apresentar a Estética como campo de estudos dentro da Filoso�a. Mostrar como a beleza, a arte e a natureza
estão relacionadas, através da faculdade da percepção. Introduzir as ideias basilares acerca da beleza, oriundas
a antiguidade clássica. A seguir, mostrar quais são os pressupostos de uma análise estética.
O BELO, O FEIO E O GOSTO
A de�nição básica de beleza é tudo aquilo que agrada os nossos sentidos: o belo é tudo o que gostamos de ver,
ouvir, tocar – belo é tudo aquilo que gostamos de sentir. Mas, agora, vamos nos concentrar nos aspectos visuais
da beleza, isto é, o belo que agrada aos nossos olhos. 
Será que é possível de�nir com precisão o que é a beleza, ou será que esse é um conceito relativo, que vai variar
de acordo com a época, o país, as pessoas? Em outras palavras, será que a beleza é um valor objetivo, que
pertence ao objeto e pode ser medido, ou subjetivo, que pertence ao sujeito e que, portanto, pode mudar de
indivíduo para indivíduo? 
Ambas as perguntas são válidas – e as duas respostas estão corretas. Filósofos debatem essas questões há
séculos: é um debate entre idealistas, que acreditam que a beleza é um ideal universal; e entre empiristas, que
acreditam que as concepções de beleza são relativas, valorizadas conforme o gosto de cada um. Foi o �lósofo
alemão, Hegel, no século XIX, quem passou a analisar a beleza usando como pano de fundo a história: o belo
muda com o tempo, dependendo mais da cultura e da visão de mundo das pessoas de determinada época do
que de algum ideal universal de beleza. 
Videoaula: O que é a análise estética?
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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Além de mudar conforme o período histórico, devemos ter em mente que as concepções de beleza mudam
drasticamente de uma sociedade para a outra: a beleza para nós aqui no Brasil possui características diferentes
da beleza no Japão, por exemplo. As noções de belo são um aspecto da nossa cultura – inclusive, por meio das
noções de belo é possível estudar diversos aspectos de diferentes culturas e, para isso, usamos a história da
arte. 
De toda forma, alguns dos pressupostos do que é belo que surgiram na antiguidade continuam tendo valor até
hoje: assim como diversos outras aspectos de nossa sociedade, a beleza também possui seus fundamentos nas
ideias criadas pelos gregos antigos. Para eles, a beleza estava na ausência de excessos, na simetria, na
harmonia e no equilíbrio das formas. Um corpo belo era um corpo bem de�nido, de porte atlético e aparência
saudável: para as mulheres, isso estava idealizado nas representações da deusa Afrodite; para os homens, nas
representações do deus Apolo. Por mais antigos que sejam, esses padrões ainda são extremamente in�uentes
nas nossas concepções de beleza.
Figura 2 | “A Duquesa Feia”, do pintor Quentin Massys
Fonte: Wikimedia.
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Por �m, o que é o feio? A ideia do feio só existe porque existe a ideia do que é belo, elas aparecem como uma
dicotomia, isto é, conceitos opostos: se o belo é o que agrada os sentidos, o feio é o que desagrada. Aquilo que,
por um ou outro motivo, nos incomoda: o feio é algo que chama atenção por fugir aos padrões esperados.
Na atualidade, essa é uma questão delicada; muito tem se discutido a respeito dos padrões de beleza: devemos
ter a noção de que o belo não é só o que é estabelecido pelas academias de arte ou pelos in�uenciadores da
moda. Dessa forma, nem tudo que foge desses padrões deve ser taxado como feio: a beleza não possui forma
única. Existe muito espaço para a subjetividade, opiniões pessoais e plurais, que vão muito além das
concepções da estética clássica. 
 Saiba mais
Neste vídeo, o professor Clóvis de Barros Filho apresenta, de uma forma muito bem-humorada, o debate
acerca do que é a beleza. Somos todos diferentes, certo? Dessa forma, é de se imaginar que houvesse
inúmeras de�nições do que é beleza para cada um – porém, não é difícil constatar a existência de um certo
padrão de beleza na nossa sociedade. Resta a pergunta: por quê? Clique aqui para assistir.
VIDEOAULA: O BELO, O FEIO E O GOSTO
Introduzir a dimensão histórica e o debate �losó�co acerca do tema do belo, com as ressalvas cabíveis quanto o
período histórico, cultura e fatores sociais. Trazer o conceito do feio em oposição ao belo. Terminar com uma
ressalva quanto ao debate atual a respeito dos padrões de beleza.
OS SENTIDOS E A ESTÉTICA
A palavra “estética” vem do grego aisthesis, que signi�ca percepção, sensação, sensibilidade. Essa capacidade de
sentir as coisas depende dos nossos cinco sentidos, que são a nossa porta de comunicação com o mundo que
nos cerca.
Dessa forma, é preciso que a gente veja, ouça ou toque as coisas para que possamos a�rmar que gostamos de
algo, certo? Então podemos dizer que tudo que é belo agrada os nossos cinco sentidos. A beleza possui um
elemento sensitivo: belas são as coisas que gostamos de ver, ouvir, tocar – belo é tudo aquilo que gostamos de
sentir.
Videoaula: O belo, o feio e o gosto
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Figura 3 | Os cinco sentidos
https://www.youtube.com/watch?v=ZOvIN_wQIes
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Porém, o visual não é o único caminho para interpretar a beleza. É muito comum dizer que uma música é
bonita, por exemplo – e a beleza da música é uma questão que intriga os �lósofos a séculos. Por que uma
música é bonita? Porque ela agrada quem a ouve. O olfato talvez seja o mais intrigante, pois está ligado
diretamente à memória emocional: quando sentimos um cheiro, imediatamente fazemos uma viagem pelas
nossas lembranças, que nos transporta para o exato momento em que sentimentos aquela fragrância.
Memórias afetivas são algumas das coisas mais agradáveis que temos e, por consequência, algumas das mais
bonitas. 
Quanto ao tato, devemos lembrar que a pele é o maior órgão do corpo humano, constantemente coletando
informações a respeito do mundo sensível: o toque pode ser uma ferramenta de comunicação muito poderosa
– basta pensar na quantidade imensa de informações que recebemos quando abraçamos alguém, processadas
Fonte: Shutterstock.
Cada um dos cinco sentidos é muito importante para a beleza. A visão é o sentido que mais utilizamos, sem
dúvida. Com ela, vemos as formas, as cores, os tamanhos e aprendemos sobre o mundo. Mais do que isso, é
com base na visão que começamos aguçar os nossos outros sentidos: é utilizando-a que fazemos muitos dos
juízos de valor acerca das coisas novas, logo que entramos em contato com elas. Assim que você vê alguma
coisa, começa a criar suas opiniões – talvez seja por isso que as questões da aparência visual sejam tão
importantes para as nossas concepções de beleza.
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instantaneamente e entendidas intuitivamente. 
O paladar talvez seja o mais subjetivo quando se trata de beleza, porque o paladar é uma espécie de conexão
nossa com o resto do mundo. O paladar não é muito utilizado na comunicação, mas é um sentido que
exercitamos diariamente, durante toda a vida. Através dele temos o prazer do bom alimento ou da aversão a
algo que não nos agrada. Pensar a beleza no paladar é uma tarefa desa�adora: é esse o trabalho dos
sommeliers e degustadores, por exemplo.
Concluindo, temos uma de�nição básica do que é belo: é tudo aquilo que agrada os nossos cinco sentidos.
Ainda que o visual seja o mais utilizado, pela natureza do nosso ofício, os outros sentidos são igualmente
importantes. Agora, vamos nos aprofundar mais nas de�nições de belo e feio.
Figura 4 | Os pressupostos de uma análise estética
Fonte: Canva ([s. d.]).
VIDEOAULA: OS SENTIDOS E A ESTÉTICA
Apresentar a relação existente entre os estudos de Estética, a sensibilidade e a percepção, e os cinco sentidos.
Mostrar como a beleza se faz presente nos cinco sentidos, trazendo exemplos para um, buscando traçar
paralelos com o mercado de trabalho das áreas de comunicação.
ESTUDO DE CASO
Videoaula: Os sentidos e a Estética
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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Imagine que você trabalha em uma agência de comunicação e está discutindo com seu coordenador acerca de
quais modelos usarem em uma campanha publicitária. A ideia é ter pessoas de per�l variado e isso não é difícil
de encontrar, mas na hora de decidir quais modelos serão chamados para uma sessão de fotos, a equipe entra
em um impasse: entre os inúmeros candidatos, não conseguem decidir quais pessoas chamar. É claro que
todos querem pessoas bonitas, mas isso é o que todos os seus colegas de trabalho dizem para justi�car as suas
escolhas. Como conseguir encontrar uma solução sem criar um clima de con�ito entre a equipe? 
A solução está na pergunta mais simples que existe: por quê. Por que as pessoas escolhidas são consideradas
bonitas? Quais são as características que de�nem isso? Com base nos conceitos apresentados ao longo da aula,
apresente uma argumentação justi�cando as suas escolhas de modelos que serão chamadas para a campanha.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Espera-se que o estudante aplique os conceitos de belo e feio como argumentos para justi�car suas escolhas de
modelos, fazendo as devidas ressalvas quanto a como esses conceitos variaram ao longo da história, suas
qualidades objetivas e subjetivas, a in�uência social nessas questões e os atuais debates acerca de padrões de
beleza.
Resolução do Estudo de Caso
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Na primeira aula, aprendemos os principais conceitos relativos à beleza e como eles se situam dentro do campo
de estudos da Estética: quais são seus fundamentos e suas principiais características. Agora, entenderemos
como a arte se relaciona com a beleza: por que o belo é um tema tão importante para a Arte? De quais formas
ele foi representado, com quais �nalidades? Essas respostas estão na Teoria da Arte, um campo muito próximo
dos estudos de Estética. Esses conhecimentos podem ser muito úteis para a análise estética, pois treinam o
nosso olhar para reconhecer linguagens, estilose referências clássicas da arte, mas que podem passar
despercebidas para o observador desatento. 
Aula 2
ARTE E BELEZA – APROXIMAÇÕES E DISTINÇÕES
Na primeira aula, aprendemos os principais conceitos relativos à beleza e como eles se situam
dentro do campo de estudos da Estética: quais são seus fundamentos e suas principiais
características.
26 minutos
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Existe um ditado que diz que “beleza não se põe na mesa”. Isso até pode ser verdade, mas com certeza se põe
muita beleza nas telas – vamos entender como?
A BELEZA NA ARTE
Quando buscamos uma de�nição do que é o belo, encontramos palavras como “aquilo que é agradável” ou
“conjunto de qualidades”. Até o início do século XX, a arte caminha junto com as noções de belo, isto é, criando
relações complexas de representações, linguagens e signi�cados. Com a instauração da arte moderna e depois
das guerras mundiais e o advento da arte contemporânea, as noções de beleza estética se descolaram um
pouco das belas-artes, mas de forma alguma deixaram de ser importantes para as discussões de crítica e teoria
da arte. 
De um modo geral, a ideia de beleza está fortemente associada à Arte – mas por quê? Porque foram os artistas
(pintores, poetas, músicos, etc.) que se preocuparam em pensar, estudar e procurar produzir a beleza, criar
coisas belas. Isso não quer dizer que outras pessoas não tenham feito coisas belas, mas apenas que os
documentos que temos (como obras de arte, textos ou objetos) são, em sua maioria, feitos por artistas. De toda
forma, por meio da arte, é possível ver o que foi considerado beleza ao longo da história – para então
compreender o que nós entendemos por belo na atualidade.
Como a�rma o crítico de arte inglês Harold Osborne:
Pelas obras de arte, podemos extrair informações sobre os artistas, suas técnicas, as suas temáticas, quais os
assuntos eram importantes para a outras sociedades além da nossa. A crítica de arte é, inicialmente, uma janela
para outras culturas – é essa sua importância fundamental. 
A percepção estética é importante em diversos aspectos da vida humana, e a arte é uma ferramenta que
exercita e aprimora essas faculdades. Boas referências culturais, um vocabulário rico e domínio da linguagem
crítica podem ser úteis em diversos momentos: as referências do mundo da arte podem ajudar no processo
criativo, por exemplo. Elas também podem ser ferramentas poderosas na análise estética, esclarecendo quais
A Estética formal, como a conhecemos, é uma recém-chegada na história do
pensamento humano. Mas os homens ponderaram, especularam, tiveram as suas
convicções acerca da natureza da arte, do porque e do para que da atividade artísticas,
muito antes do século XVIII. As diferentes épocas e culturas tinham um ponto de vista
diferente sobre esses assuntos, manifestando não só no que os artistas diligenciavam
fazer ou no que se esperava que �zessem, mas também nos critérios pelos quais se
avaliavam as suas obras. 
— (OSBORNE, 1974, p. 13)
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são os elementos usados na linguagem visual e quais os seus efeitos desejados, além de treinar o nosso olhar
para qualidades relativas as cores, formas e simbologias. São indispensáveis para quem deseja ampliar o seu
repertório cultural. 
VIDEOAULA: A BELEZA NA ARTE
A História da Arte e a beleza são dois temas intimamente relacionados, desde a antiguidade. Porém, �ca a
pergunta: por quê? Porque foram os artistas que se preocuparam com a beleza, em criar coisas belas. No vídeo,
procuraremos nos aprofundar nessa relação de mútua dependência entre esses dois temas.
FORMAS DE EXPRESSAR O BELO
De um modo geral, existem três categorias básicas de teorias da arte. Cada uma dessas categorias tem suas
próprias correntes críticas de estética e história da arte.
Primeiramente, existe o que se chama de interesse pragmático pela arte – essas são as teorias instrumentais
da estética. No geral, essas correntes abordam os propósitos práticos que as obras de arte possuem: é
importante ter em mente que, durante boa parte da história, a arte era criada com uma função prática dentro
das sociedades. Era mais comumente empregada como instrumento de educação ou religião: seu potencial de
comover era usado para passar adiante valores morais ou religiosos, além de exaltar grandes �guras de suas
sociedades, por exemplo.
A �gura de Cristo na cruz, muito frequente em pinturas, vitrais e esculturas, é um bom exemplo de uso
pragmático da arte: o assunto nessas obras é transmitir a maior mensagem do Cristianismo.
Videoaula: A beleza na arte
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Figura 1 | Cristo Cruci�cado, pintura do espanhol Francisco Goya (1780)
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Figura 2 | Evangelho nas Selvas (1893), de Benedito Calixto
Fonte: Wikipedia.
Figura 3 | Independência ou Morte: o grito do Ipiranga (1888), de Pedro Américo
Fonte: Wikimedia.
Uma segunda categoria de interesse é a da arte como re�exo da realidade. Essas teorias críticas são chamadas
de teorias naturalistas da arte: a ideia aqui é que a arte possa funcionar como uma janela para outras
realidades além da nossa – a atenção vai através da arte para aquilo que ela representa. O naturalismo tem
interesse maior no assunto da obra, do que na obra propriamente dita. As diferentes formas de arte
naturalista, por sua vez, serviram a diferentes propósitos ao longo da história: dessa forma, as teorias
naturalistas da arte se aliam às teorias instrumentais no campo da crítica. Aristóteles já a�rmava que a arte
naturalista buscava representar de forma �el a realidade; pode ter funções didáticas ou informativas, por
exemplo. Também pode inspirar ou exaltar determinada coisa, por meio de representações emotivas ou
gloriosas – esse tipo de arte teve papel fundamental na história da Igreja Católica ou na formação dos Estados.
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Fonte: Wikipedia.
As duas pinturas são exemplos do naturalismo na teoria da arte: O Evangelho na Selva narra um episódio da
biogra�a de Padre José de Anchieta, um dos fundadores da cidade de São Paulo. Independência ou Morte é
uma representação histórica do episódio de 7 de setembro, a Proclamação da Independência.
Por �m, a terceira atitude para com as obras de arte se dá pelo interesse na sua capacidade de promover o
prazer estético: essas são as teorias formalistas de arte. Essa atitude depende de uma certa consciência
estética em relação aos objetos e não necessariamente do conhecimento do mundo a sua volta ou daquilo que
a arte busca representar. O valor de uma da arte quando interpretada segundo essa corrente crítica está no
exercício estético feito quando entramos em contato com a obra: quais as sensações ela nos proporciona? Com
qual intensidade?
Hilma, autora da obra na imagem a seguir, foi uma das pioneiras no movimento abstracionista, que ao romper
com a necessidade da representação na obra de arte, deu início às teorias formalistas, segundo as quais o
objetivo é atingir uma espécie de efeito sensorial no observador.
Figura 4 | Svanen n.17 (1915), da pintora sueca Hilma af Klint
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VIDEOAULA: FORMAS DE EXPRESSAR O BELO
Apresentar as três categorias básicas na teoria da arte: as teorias instrumentais, com interesse nas aplicações
utilitárias da arte; as teorias naturalistas, que tratam a arte como um meio de representação; e as teorias
formalistas da arte, interessadas na experiência estética que uma obra de arte pode proporcionar.
Fonte: Wikimedia.
Essa última corrente tem sido dominante desde o advento da arte contemporânea, após a Segunda Guerra
Mundial: a arte passa a ser interpretada (e, por consequência, avaliada) segundo as sensações que ela causa no
expectador – o objetivo das diferentes expressões artísticas é excitar os sentidos. Outras funções da arte, como
sua aplicação prática (crítica pragmática) e a qualidade de suas representações (crítica naturalista), passam a
ocupar um papel secundário em relação à contemplação sensível dos objetos.
Para ampliar seus conhecimentos, veja o mapa mental a seguir, que apresenta as teorias da arte e sua relação
com a estética.
Figura 5 | As diferentes teorias da arte e sua relação com a estética
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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DEFINIÇÕES DO BELO NA TEORIA DA ARTE
Tendo em mente as diferentes formas de interesse pelas artes, como �cam os conceitos de beleza? 
Em primeiro lugar, a nossa de�nição básica de que belo é tudo aquilo que agrada aos sentidos continua
valendo. Os conceitos de beleza dos gregos antigos (ausência da excessos, equilíbrio das formas, harmonia)
continuam sendo válidos, pois foram predominantes durante toda a história, até o surgimento das vanguardas
modernistas no começo do século XX. 
Agora, o que é a beleza para dentro das teorias funcionais da beleza? Para as teorias que encaram as obras de
arte como artigos criados para serviram a um determinado �m, não existe distinção entre o que nós chamamos
de “belas-artes” e “artesanato”. Aqui, a beleza faz parte da utilidade da obra, isto é, a beleza está nos
propósitos que levaram a sua criação – existe um elemento de utilitarismo. Dois exemplos disso: na Grécia
Antiga, as esculturas eram feitas sob encomendas para as cidades, normalmente para representar �guras
religiosas ou lideranças políticas – quanto mais pessoas admirassem e idolatrassem essa obra, mais bela ela
seria, justamente por ter impactado grandes números de pessoas. Outro exemplo de beleza funcionalista está
no design: existe algo de belo nos projetos extremamente funcionais, como móveis planejados ou
acessórios que atendem bem a diversas funções. Todas essas concepções estão dentro das teorias funcionais
da Estética.
Já as teorias naturalistas consideram a obra de arte como uma forma de imitação do mundo real que ela busca
representar. Assim sendo, as críticas estéticas focam aquilo que está sendo representado: a beleza está no
assunto e não na obra. Aqui, é importante ressaltar que a representação não implica, necessariamente, uma
cena da vida real: dentro do naturalismo, podemos ter representações daquilo que é real, daquilo que é
considerado ideal ou ainda de algo imaginário, idealizado. Além de comentários sobre aquilo que é
representado, a crítica também aponta detalhes da técnica e do estilo particular de cada artista. Com a
popularização da fotogra�a, as teorias naturalistas perderam muito espaço, pois essa nova tecnologia permitia
a reprodução em massa da imagem, sem a necessidade de descrições escritas daquilo que é representado.
Nesse cenário, surgem as teorias formalistas da arte, em que a beleza está nas sensações que as obras de
arte provocam no expectador: o critério crítico aqui é a capacidade da obra em relacionar diferentes
materiais, formas, cores (tudo aquilo passível de sensibilidade) para produzir a contemplação estética no
espectador. Essas coisas operam no que é chamado de “campo expandido das artes”, em que as categorias
clássicas de obra de arte (como pintura, escultura, música ou teatro) não apresentam limites bem de�nidos: a
arte contemporânea quebra com a necessidade de representação e no seu lugar entram os conceitos – agora o
importante é a ideia que motivou o artista a criar a obra, ainda que seja algo abstrato. A avaliação da
qualidade se dá pela fruição estética que o objeto proporciona. Se antes a arte tinha alguma �nalidade
prática ou buscava representar algo, agora ela passa a seguir a fórmula da “arte pela arte”: seu objetivo é o de
criar emoções e proporcionar experiências.
Videoaula: Formas de expressar o belo
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todo o mundo e visualizar as obras em altíssimo detalhe. Além disso, ela traz opções de jornadas
temáticas, perfeitas para aprender sobre diferentes períodos, estilos e temáticas da arte. Clique aqui para
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VIDEOAULA: DEFINIÇÕES DO BELO NA TEORIA DA ARTE
Existem diferentes concepções de beleza: nas teorias funcionais da beleza, o que é belo é o que cumpre sua
�nalidade; para os naturalistas, a beleza está naquilo que é representado; nas teorias formalistas da arte, a
beleza está nas sensações que as obras de arte podem provocar.
ESTUDO DE CASO
Imagine que você trabalha como diretor artístico em uma agência de publicidade. Parte da sua rotina diária de
trabalho é criar imagens que serão veiculadas em diversos meios de comunicação, mas todas essas peças
publicitárias têm o mesmo objetivo: promover as marcas de seus clientes. 
Agora, sabendo das correntes básicas de teoria da arte, tente imaginar como cada uma delas (as teorias
instrumentais, naturalistas e funcionais) podem ser empregadas na linguagem visual da propaganda, para
impactar de forma positiva os seus espectadores. 
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
As teorias instrumentais poderiam ser úteis caso a imagem representasse valores que você quisesse relacionar
com a sua marca: a ideia é atrelar a imagem do seu produto a outras imagens que simbolizem coisas positivas e
desejadas pelo público. Um bom exemplo disso são as propagandas de moda: sempre associam a roupa a
pessoas que seguem os padrões estéticos valorizados pela sociedade.
Por outro lado, as concepções naturalistas poderiam relacionar o seu produto com outras realidades. Por
exemplo: colocar um carro em um cenário de trilha ou dirigindo fora da estrada, mostrando as possibilidades
de aventura que podem vir junto com a aquisição do veículo. 
Por �m, as teorias formalistas estão fortemente associadas à estética: as imagens procuram exaltar a
sensibilidade e criar experiências nos usuários. Bons exemplos disso são as propagandas feitas pela Apple: mais
do que aparelhos eletrônicos, as peças publicitárias se concentram na experiência de uso que aqueles itens
podem proporcionar. 
Videoaula: De�nições do belo na Teoria da Arte
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Resolução do Estudo de Caso
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INTRODUÇÃO
Nas aulas anteriores, tratamos dos preceitos básicos da análise estética e da beleza, e vimos os principais
tópicos da teoria da arte. Agora, aplicaremos esses conhecimentos na história da arte: partindo da Antiguidade
Clássica e indo até o Renascimento, vamos ver como a artee os artistas foram evoluindo em suas sociedades
até conquistarem o status de atividade intelectual e erudita, posição que mantêm até os dias atuais.
Nesse percurso histórico, veremos como a ideia de beleza mudou ao longo do tempo, sendo uma característica
marcante de cada cultura – e que também pode nos dizer muito a respeito da nossa própria sociedade. 
O BELO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Como quase tudo no mundo Ocidental, as origens da beleza estão na Grécia antiga. Historicamente, esse
naturalismo grego é importante porque determinou as características predominantes da arte ocidental por
mais de dois milênios: desde o século V a.C. até o surgimento das vanguardas modernas no �m do século XIX.
As qualidades básicas daquilo que é belo (harmonia e simetria, proporção e equilíbrio das formas, perfeição no
domínio da técnica) surgiram nesse período e continuam relevantes até hoje.
Nesse passado distante, não havia distinção entre arte e utilidade – isto é, a arte possui uma �nalidade prática.
Na Grécia antiga, os gregos se referiam à arte com a palavra techné, que signi�ca técnica: para eles, o artista e o
artesão eram iguais, não havia uma distinção entre o que nós conhecemos por artesanato e as belas-artes.
De forma geral, a arte grega era naturalista: eles buscavam fazer representações das aparências visíveis dos
objetos. Existe um conceito próprio para descrever essa atitude grega para com a arte: a mimese. Basicamente,
essa palavra signi�ca “imitação” (é a raiz da palavra “mímica”). O que nós entendemos hoje como belas-artes (a
pintura e a escultura, mas também incluía a música, o teatro e a poesia) eram consideradas artes miméticas: do
mesmo modo que as palavras imitam as coisas que elas representam, as artes imitam os objetos e emoções.
Figura 1 | O Discóbolo, do escultor Míron
Aula 3
OS CONCEITOS ESTÉTICOS DA ANTIGUIDADE E DA IDADE
MÉDIA
Nas aulas anteriores, tratamos dos preceitos básicos da análise estética e da beleza, e vimos os
principais tópicos da teoria da arte.
24 minutos
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Fonte: Wikimedia.
Para os gregos, o esporte tinha uma forte ligação com o belo, devido a sua �nalidade de aprimorar o corpo e
exaltar suas qualidades.
A arte na Antiguidade servia a propósitos morais: os gregos eram um povo emocionalmente instável e a arte
tinha uma necessidade de refrear o sentimentalismo. Deveriam incentivar o racionalismo da �loso�a e o
aprimoramento do caráter. Avaliavam-se as artes em função do seu efeito no caráter do público: quanto mais
forte fosse a transmissão desses valores e quanto mais pessoas fossem atingidas, melhor era a arte.
Para eles, também não havia diferença entre o que é belo e o que é bom: a ética e a estética quase sempre
coincidiam, ou seja, as coisas belas também eram boas e as pessoas boas também eram consideradas belas.
Os gregos possuíam um conceito próprio para essa junção das ideias de beleza e bondade: o adjetivo kalós
compreendia os conceitos de bondade, nobreza e beleza, mas também poderia ser usado para tratar dos
deveres da cidadania. Para Platão, era a soma de todas as virtudes do homem; para Aristóteles, a alta
capacidade intelectual. Era essa a forma como a sociedade de Atenas se referia a sua cultura, ideia fortemente
associada à classe aristocrática privilegiada da sociedade antiga, que poderia se dedicar exclusivamente à
política e à vida pública.
Para os gregos, o trabalho manual era algo que desmerecia o homem: as atividades manuais eram reservadas
para indivíduos escravizados e outras pessoas que não possuíam cidadania plena. Os cidadãos (que eram uma
minoria na população), deveriam se ocupar com a política, a �loso�a ou os esportes, as ideias e discussões da
cidade – em suma, o exercício das virtudes era característica fundamental de tudo que era considerado bom e
belo.
VIDEOAULA: O BELO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Este vídeo pretende explicar por que a arte grega ainda é relevante para o estudo da Estética e História da arte.
Introduzir uma caracterização básica do período e apresentar os fatores sociais relevantes para a interpretação
dos objetos artísticos. Mostrar a equivalência entre bom e belo para os gregos.
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O BELO NA IDADE MÉDIA
Na Idade Média, essa função moral da arte tomou uma nova forma: a de arte eclesiástica. Isso se deve, em
grande parte, à ascensão da Igreja Católica como o poder dominante no período: o mundo grego foi dominado
pelo Império Romano, que adotou o Catolicismo como religião o�cial no século IV. Com a queda do Império, no
século seguinte, a Igreja passou a ocupar o papel de denominador comum entre os diversos reinos que
surgiram na Europa.
Durante toda a Idade Média, a arte foi criada a partir de um ponto de vista naturalista, ainda que marcado pela
doutrina religiosa: a ideologia predominante era de que tanto a natureza quanto os homens eram criações
divinas, portanto, as artes eram tidas como teofanias, isto é, manifestações de uma divindade, ou então de
ícones, objetos de devoção que colocavam o homem em contato com Deus.
Assim como na Antiguidade, apesar da grande produção artística, as obras não eram avaliadas por padrões
estéticos nem pelo prazer sensorial que elas poderiam proporcionar, mas por motivos secundários, como seus
usos religiosos e didáticos. As questões de estética se tornaram um ramo da Teologia por tratar de questões
religiosas. Não se concebia a beleza como valor independente de outras virtudes: a qualidade das coisas estava
na sua origem divina; assim, o belo era algo que dialogava mais com o intelecto do que com os sentidos: a
verdadeira beleza transcendia o sensorial, sendo acessada pelo pensamento ou pela fé.
Figura 2 | Coroação de Maria. Pintura de Beato Angélico, 1435
Fonte: Wikimedia.
A produção artística do período apresentava um forte caráter didático e decorativo, ensinando a religião e
glori�cando a Igreja na terra. O que a fala ensinava aos ouvidos, a imagem ensinava pela representação:
Videoaula: O belo na antiguidade clássica
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Na Idade Média a arte seria supér�ua se toda a gente soubesse ler e seguisse uma
corrente abstrata de raciocínio; a arte foi originalmente considerada como simples
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Outro aspecto interessante da arte no período medieval é que começa a surgir uma distinção entre o que é
artesanato (o que tem utilidade prática, como utensílios e artesanatos) e as belas-artes (o que foi feito apenas
para ser contemplado por ser belo). Essa ideia pode ser encontrada nos escritos de São Thomás de Aquino,
�lósofo cristão do século V. Ele é o primeiro a a�rmar que as coisas possuem uma beleza própria, uma
qualidade objetiva – assim, a arte começa a criar uma autonomia em relação a sua utilidade prática, isto é,
começa a ter um valor próprio por ser bela: as obras de arte começam a ser a vistas como um tipo especial de
objeto. 
No infográ�co a seguir, veja algumas características dos períodos da arte na Antiguidade.
Figura 3 | As principais características dos períodos artísticos da Antiguidade, Idade Média e Renascimento/Romantismo
concessão às massas ignorantes, tão facilmente in�uenciáveis pelas impressões dos
sentidos. Não se permitia, por certo, que ela consistisse num ‘mero prazer para os
olhos’ como disse São Nilo. O caráter didático é um traço mais típico da arte cristã, emconfronto com a dos antigos. 
— (HAUSER, 1951, p. 45)
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VIDEOAULA: O BELO NA IDADE MÉDIA
Este vídeo pretende mostrar a função moral da arte na Idade Média como função religiosa e apresentar o seu
caráter didático e as formas como isso se manifestou no período.
Videoaula: O belo na Idade Média
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O BELO DO RENASCIMENTO E DO ROMANTISMO
A Idade Média terminou com o advento do Renascimento, no século XIV. Se na Idade Média, a �nalidade de
tudo era o divino (teocentrismo), no Renascimento o foco mudou para o ser humano (antropocentrismo). Esse
movimento não foi exatamente um rompimento com a religiosidade, mas o reconhecimento de que o homem
foi a principal criação divina, portanto deveria estar no centro das atenções artísticas. 
Foi um período de grandes avanços técnicos: a criação de teorias matemáticas de proporção e a descoberta de
que era possível imitar a tridimensionalidade em uma superfície plana (criando a perspectiva) revolucionaram o
desenho e a pintura. No mesmo período, surgiram as pinturas em tela, o que mudou a relação dos
espectadores com as belas-artes: a arte passou a ser algo concebido para ser admirado, sem necessariamente
ter uma utilidade prática. Surgiram, na mesma época, as primeiras academias de arte e os primeiros museus. 
Uma ideia fundamental nesse contexto é a de que as artes eram um ramo do conhecimento e não apenas uma
questão de artesanato. A sua apreciação era algo que se fazia com a mente, colocando os artistas em um
elevado status social. No século XVIII, já na saída do Renascimento, ainda tivemos um século de Romantismo: se
no Renascimento a �gura humana era o centro das atenções, no Romantismo, essa atenção se concentrou na
sentimentalidade, na expressão do que é individual de cada um. Quando pensamos na �gura do artista como
um sujeito genial, com uma imaginação criativa além da média, como alguém de tem pleno domínio das
técnicas e por isso conseguir abrir brechas para fazer grandes inovações, sabemos que todas essas ideias
pertencem ao Romantismo e foram fundamentais para a arte Moderna, no século seguinte.
Os ideais da arte greco-romana foram resgatados e transformados em uma teoria artística que passou a ser
ensinada nas escolas de pintura e escultura. Assim como na Grécia Antiga, a arte deveria imitar a natureza e
buscar ideais de perfeição, características que estavam intimamente relacionadas à razão e à ciência. 
O quadro a seguir mostra um resgate da mitologia e das tradições de beleza da Grécia Antiga, agora
reinterpretados sob uma ótica renascentista.
Figura 4 | O Nascimento de Vênus (1483), de Sandro Botticelli
Fonte: Wikimedia.
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Nesse movimento, surgiu a ideia de que a beleza não era uma característica objetiva das coisas, mas sim algo
subjetivo – ou seja, que depende de cada um. A pergunta agora não era mais “o que é belo?” e sim “por que algo
é belo?” Como é que existem coisas que são consideradas belas por diferentes pessoas, em diversas épocas?
Alguns �lósofos, racionalistas, dizem que essas obras transcendem o tempo por causa de algum tipo de razão
universal. Outros, empiristas, a�rmam que a arte excita nossas emoções e, assim, quanto melhor a arte, mais
pessoas seriam afetadas por essa catarse ao longo do tempo. Kant, um dos maiores pensadores do período,
propôs uma resposta conciliadora: ambos os lados teriam razão, mas essa discussão não será capaz de
responder à pergunta “por que isso algo é belo?” – no tocante às belas artes, existe uma união entre a razão e
sentimento, entre o entendimento e imaginação. O belo é uma “�nalidade sem �m”, ou seja, a função da beleza
é simplesmente ser bela.
 Saiba mais
Clique aqui e acesse uma exposição virtual do Museu do Louvre que mostra a transição do artesão
anônimo do período clássico para o artista do Renascença. 
Figura de Artista:
“Foi no Renascimento que o artista a�rmou sua independência e buscou deixar o status de artesão para
reivindicar um lugar especial na cidade. Essa invenção da �gura do artista tem, no entanto, uma história
mais antiga e complexa do que a extensão das coleções do Louvre pode medir, desde as primeiras
assinaturas de artesãos na Antiguidade até autorretratos da era romântica.”
VIDEOAULA: O BELO DO RENASCIMENTO E DO ROMANTISMO
Apresentar as rupturas do Renascimento em relação à Idade Média e os principais avanços técnicos do período.
Tratar do surgimento da classe artística como categoria intelectual e do debate acerca da �nalidade da beleza.
ESTUDO DE CASO
Imagine que você está trabalhando junto à diretoria criativa para a produção de um comercial – é o lançamento
de um perfume. Na hora de elaborar a linguagem visual, surge a ideia de buscar referências estéticas da história
da arte que sejam facilmente reconhecidas pelo público. Quais obras você levaria para o brainstorm?
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Videoaula: O Belo do Renascimento e do romantismo
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
https://petitegalerie.louvre.fr/visite-virtuelle/saison5/
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Até mesmo quem não é entusiasta das artes reconhece algumas pinturas famosas. Algumas obras,
especialmente da Antiguidade Clássica ou do Renascimento, são referências fundamentais da linguagem visual.
No caso de um lançamento de um perfume, são interessantes imagens que remetem à beleza, ao requinte, às
coisas elaboradas: a vênus de Milo ou então o nascimento da Vênus do Botticelli, por exemplo.
Resolução do Estudo de Caso
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INTRODUÇÃO
Nesta aula, entenderemos a transição do século XIX para o século XX: como a arte moderna rompeu com as
tradições do Renascimento e quais foram as novidades que ela trouxe para o campo artístico contemporâneo.
Também analisaremos os avanços na tecnologia da comunicação ocorridos na virada do século e quais foram
os seus efeitos na nossa sociedade: o surgimento da indústria cultural e de produtos culturais feitos para as
massas. Por �m, trataremos dos padrões de beleza da atualidade, como eles se con�guram dentro dessa lógica
de indústria de cultural e como eles afetam a nossa vida cotidiana.
BLOCO 1
As artes seguiram um movimento de relativa continuidade até o �m do século XIX – momento em que surge a
arte moderna. O Modernismo foi uma ruptura radical com toda a tradição neoclássica, mas principalmente
rompeu com a necessidade de representação do real nas obras.
Na perspectiva do Renascimento, havia a busca por um universo semelhante ao do olhar do espectador. É uma
beleza da razão, leis cientí�cas, reproduzindo o real na tela. Já na modernidade não existe essa preocupação: a
arte é marcada pela emoção e pela autonomia em relação ao mundo racional. A obra é o espaço no qual o
artista cria alegrias, medos, angústias, faz criações livres e re�ete a respeito do mundo, para a imaginação do
outro.
Aula 4
OS CONCEITOS ESTÉTICOS DA MODERNIDADE E DA
CONTEMPORANEIDADE
Nesta aula, entenderemos a transição do século XIX para o século XX: como a arte moderna
rompeu com as tradições do Renascimento e quais foramas novidades que ela trouxe para o
campo artístico contemporâneo.
25 minutos
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Isso se deve à posição que os artistas passaram a ocupar durante o Romantismo, no século XVIII: sempre que,
na atualidade, um artista é elogiado pela expressividade, pela originalidade ou pela sua imaginação, estão em
efeito ideias que surgiram na era romântica. Foi neste período que surgiu o mito do artista como um gênio,
dono de um dom intelectual fora do comum, e não apenas alguém habilidoso ou talentoso. 
Essa ideia de genialidade está ligada à originalidade na arte: o gênio não se manifesta seguindo regras, mas
criando seu próprio estilo e deixando sua marca na história. Essa noção é fundamental para compreender os
movimentos artísticos do Modernismo (as Vanguardas Modernas), pois cada uma buscou, à sua maneira,
desa�ar as correntes vigentes e criar a sua própria forma de expressão artística. 
O fruto mais característico dessas ideias são as teorias que encaram a arte como uma forma de expressão dos
sentimentos do artista. Dizer que um artista se expressa através da sua arte, que é algo comum para nós hoje,
seria imaginável durante toda a Antiguidade ou Idade Média. Na arte moderna, o assunto da obra não é mais
uma representação, mas sim o próprio artista: seus sentimentos e sua imaginação.
Figura 1 | A Traição das Imagens (1928), de René Magritte
Fonte: Wikiart.
A pintura do um cachimbo com a legenda ce n’est pas une pipe (isto não é um cachimbo) procura dizer que o
que vemos não é um cachimbo de fato, mas sim uma representação, um desenho de um cachimbo. O pintor
faz um jogo de interpretações entre quem observa o quadro e as suas intenções ao pintá-lo, procurando
quebrar com a noção de que a arte deve procurar imitar a realidade.
Ao contrário das teorias naturalistas da arte, que consideravam o tema representado, a arte moderna opera
dentro de teorias instrumentais da arte, que consideram a obra um espelho que re�ete o artista que a criou.
Nessa lógica, a arte é uma linguagem da emoção: a beleza está na capacidade de comunicar sentimentos ao
público ou permitir ao espectador experimentar emoções de uma forma nova ou com mais clareza. Por isso,
existe a exigência da originalidade: esse é o signi�cado de “criatividade” no contexto da arte moderna. 
VIDEOAULA: A BELEZA NA ARTE MODERNA
Neste vídeo, o objetivo é mostrar o rompimento da arte moderna com o renascimento no século XIX, suas
motivações e as suas in�uências no campo cultural: as mudanças na forma de apreciar e de teorizar a arte.
Ainda, de apresentar a noção de belo como estímulo sensorial.
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O SÉCULO XX E A INDÚSTRIA CULTURAL
O início do século XX foi um período extremamente traumático para a humanidade: as duas guerras mundiais, a
gripe espanhola e a bomba atômica, o surgimento de diversos regimes fascistas ao redor do mundo. A razão, a
ciência e a tecnologia, extremamente valorizadas como virtudes da humanidade, mostraram seu potencial
destrutivo. Tudo isso gerou profundos impactos na arte: os artistas do período (as vanguardas modernas)
�caram desiludidos com o humanismo. O belo, que sempre foi um tema principal na produção artística, passou
a ser um tema minoritário: a expressão dos sentimentos e a ideia por trás da obra (o conceito) passaram a ser
os valores mais importantes na produção artística.
Insatisfeitos, muitos artistas tentavam desenvolver técnicas de expressão para mostrar uma crise de fé nos
valores tradicionais decadentes nesse período de con�ito. A primeira metade do século XX também foi um
período de grandes avanços tecnológicos: a difusão em massa do rádio, a fotogra�a, o cinema, novas
ferramentas grá�cas. Todas essas tecnologias também afetaram a nossa relação com mundo da arte: as obras
que antes eram objetos únicos, extremamente valorizados por serem fruto do trabalho do artista, passaram a
ser reproduzidas em massa nos veículos de comunicação.
Se por um lado esse movimento poderia democratizar o acesso popular às artes, outro produto desse
movimento foi o surgimento de uma indústria da cultura: a arte passa a fazer parte de uma lógica de mercado,
em que o interesse �nal é �nanceiro. Se, para Kant, a beleza da arte estava nela ser uma “�nalidade em si
mesma”, ou seja, a função da beleza é simplesmente ser bela, ser nenhuma outra utilidade, agora a situação é
outra: a arte passa a servir o gosto, para que seja consumida e gere lucro.
No �m da Segunda Guerra Mundial, essa ideia foi proposta por dois sociólogos alemães: Theodor Adorno e Max
Horkheimer. Eles analisaram os impactos dos avanços tecnológicos proporcionados pela Revolução Industrial e
o capitalismo no mundo das artes e propuseram o conceito de indústria cultural: ele se refere à ideia de
produção em massa, comum nas fábricas e indústrias, adaptada à produção artística. É uma nova concepção
de se fazer arte e cultura, utilizando-se técnicas do sistema capitalista.
Dessa maneira, as obras artísticas, em especial as artes de entretenimento, são desenvolvidas sob a lógica de
produção em massa. Há um pensamento dominante que dita o modo como os artistas produzem e como os
espectadores consomem a cultura. Mesmo que possuam estilos ou temas diferentes, as obras são
padronizadas porque são produzidas dentro da mesma lógica: seus objetivos principais são o lucro, a
massi�cação dos produtos, a padronização dos gostos e interesses dos consumidores. Também há um trabalho
na direção de homogeneizar a produção artística e a tornar fácil de ser consumida.
Essa ideia levou os intelectuais a re�etirem em como a cultura também pode ser utilizada para legitimar
determinados interesses. Os autores acreditam que a indústria cultural trata as pessoas como simples
consumidores, que são de�nidos a partir dos produtos consumidos – incluindo a produção artística. Assim,
Videoaula: A beleza na arte moderna
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existe um padrão ao qual as produções culturais devem se adequar para fazerem sucesso, caso contrário,
não tem espaço nos principais meios de comunicação.
A seguir, veja um infográ�co que trata da indústria cultural e a cultura de massas.
Figura 2 | A Indústria Cultural e a cultura de massas
Fonte: Canva ([s. d.]).
VIDEOAULA: O SÉCULO XX E A INDÚSTRIA CULTURAL
Apresentar o século XX como um momento de avanços na tecnologia da comunicação. Tratar do surgimento da
indústria cultural e suas principais características, além dos seus efeitos na esfera cultural de nossa sociedade.
PADRÕES DE BELEZA: DISCUSSÕES NA ATUALIDADE
Nesse contexto, a indústria cultural passa a ser um mecanismo de controle dos indivíduos. A sua imposição
acontece verticalmente e tem como objetivo padronizar e fortalecer determinados valores e comportamentos
de consumo nas grandes massas. Dentro desse contexto, a ideia de belo se torna um padrão de beleza. 
Videoaula: O século XX e a indústria cultural
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Padrões de beleza sempre existiram. No século XVIII, por exemplo, o espartilho passou a ser muito usado pelas
mulheres, pois já havia produtosculturais que podiam representar e difundir essa moda, sejam os jornais ou a
pintura. Porém, no século XX, com os avanços tecnológicos da comunicação, essas difusões de ideias tomaram
outras proporções com a cultura de massas: nos tornarmos uma sociedade extremamente midiática, com
uma crescente preocupação com a nossa imagem pessoal. 
O cinema de Hollywood foi fundamental nesse processo de criar padrões de aparência e beleza, difundindo
valores da cultura de consumo e imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo inteiro. A televisão
também veicula imagens de corpos perfeitos, associando a beleza à imagem da juventude, de corpo perfeito e
de�nido, com pouco espaço para variações estéticas.
Marilyn Monroe segurando seu vestido branco, por exemplo, é com certeza uma das imagens mais famosas do
século XX, em se tratando de beleza. Ainda que tenham evoluído, as noções básicas do que é belo,
estabelecidas na antiguidade, ainda estão presentes e são fundamentais para a beleza da imagem. Repare que
a maioria dos artistas que estão nos �lmes e na televisão, os modelos e pessoas in�uentes na moda, os
famosos, todos eles apresentam fenótipos parecidos: o mesmo porte físico, cor de pele, as mesmas feições –
esse é o padrão de beleza. 
Os programas da mídia dedicam boa parte do espaço de suas programações para apresentar novidades em
setores de cosméticos, de alimentação e vestuário. Propagandas estão o tempo todo tentando vender que
esses padrões de beleza são indispensáveis para ter sucesso e felicidade. Esse discurso da indústria cultural
usa argumentos relacionados a questões de beleza e preocupação com a saúde. Esse discurso diz que a beleza,
saúde, a felicidade e o sucesso são indissociáveis e que não poderemos jamais viver plenamente sem esses
elementos. A ideia é que cuidar do corpo é indispensável ao bem-estar e à felicidade: temos uma criação
constante de necessidades pelo sistema das mídias e pelo mercado da beleza que vem alimentando o
narcisismo e o hedonismo.
Figura 3 | Representação artística de Marilyn Monroe
Fonte: Shutterstock.
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Segundo Pierre Bourdieu, importante sociólogo francês, a linguagem corporal é fundamental na distinção
social: isso implica que o consumo alimentar e forma física, os hábitos culturais e sua imagem pessoal são os
modos mais importantes de se distinguir dos demais indivíduos. Na atualidade, essas questões estão com a
nossa identidade pessoal, com quem somos. O importante é ter em mente que esses padrões são produtos
criados com a �nalidade de gerar lucro: a indústria cultural tem plena noção de que a vasta maioria das pessoas
não se enquadra nesses padrões e, justamente por isso, ela incentiva determinados comportamentos e padrões
de consumo. Como vimos nas últimas aulas, a beleza é algo muito mais complexo (e abrangente) que os rostos
que vemos com frequência na televisão. Mantenha isso em mente: os padrões da indústria cultural não são a
única forma de beleza que existe no mundo.
 Saiba mais
O vídeo de Rita von Hunty (nome artístico do ator e professor Guilherme Terreri) traz uma re�exão bem-
humorada, mas muito precisa, acerca dos padrões de beleza, na história e na atualidade. Clique aqui para
acessar.
VIDEOAULA: PADRÕES DE BELEZA: DISCUSSÕES NA ATUALIDADE
Neste vídeo, vamos apresentar a lógica dos padrões de beleza dentro da sociedade de mídias e da indústria
cultural, além de mostrar como operam e problematizar a sua existência. 
ESTUDO DE CASO
Vamos retornar ao primeiro exercício, da nossa primeira aula acerca da beleza: imagine que você trabalha em
uma agência de comunicação e está selecionando modelos para uma campanha publicitária. Obviamente todos
querem pessoas bonitas, mas agora nós sabemos um pouco mais a respeito da beleza e podemos re�etir mais
sobre a escolha desses participantes: como escolher pessoas bonitas, sem reproduzir os padrões da indústria
cultural? Quais critérios você utilizaria nessa seleção?
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
A resposta para essa situação está na representatividade: após toda essa re�exão, precisamos ter em mente
que existem diferentes tipos de beleza, dos mais variados possíveis – e não somente os padrões da indústria
cultural. Para uma campanha publicitária em que serão necessários atores bonitos, a ideia é que se procure por
Videoaula: Padrões de beleza: discussões na atualidade
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
https://www.youtube.com/watch?v=fnq9oIefeSQ&ab_channel=TemperoDrag
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per�s variados, para que o maior número de espectadoras possa se identi�car com as pessoas que estão na
peça publicitária. Os assuntos relativos à representatividade vêm sendo frequentemente pautados na mídia e é
interessante que você se atente para isso.
Resolução do Estudo de Caso
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
A BELEZA está no corpo ou no olhar? | Clóvis de Barros Filho. [S. l.], [s. d.]. 1 vídeo (4 min. 32 seg.). Publicado
pelo canal Casa do Saber. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZOvIN_wQIes. Acesso em: 21 jun.
2021.
CANVA. Os pressupostos de uma análise estética. Canva, ([s. d.]).
DUARTE JÚNIOR, J.-F. O que é beleza: experiência estética. São Paulo: Brasiliense, 1991.
ECO, U. História da beleza. Rio de Janeiro: Record, 2004.
ECO, U. História da feiura. Rio de Janeiro: Record, 2007.
FRANZIM, M. S. Estética. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
MORAES, D. B. M. Estética. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019.
Aula 2
GOOGLE ARTS & CULTURE. Página inicial. Google, [s. d.]. Disponível em:
https://artsandculture.google.com/explore. Acesso em: 21 jun. 2021.
OSBORNE, H. Estética e Teoria da Arte. São Paulo: Cultrix, 1993.
SANT'ANNA, P.; TREVISAN, P. S. Estética e história da arte. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2017.
Aula 3
GOMBRICH, E. H. A História da arte. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
OSBORNE, H. Estética e Teoria da Arte. São Paulo: Cultrix, 1993.
SANT'ANNA, P.; TREVISAN, P. S. Estética e história da arte. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2017.
REFERÊNCIAS
7 minutos
https://www.youtube.com/watch?v=ZOvIN_wQIes
https://artsandculture.google.com/explore
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https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=nadieledauzacker_16%40hotmail.com&usuarioNome=NADIELE+ROQUE+DAUZAKER+DE+ALENCASTRO&disciplinaDescricao=COMUNICAÇ… 30/30
Aula 4
ARGAN, G. C. Arte Moderna – do iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Cia. das Letras,
1996.
BARREIROS, E.; ANTONIO, M. C. A. Antropologia social e cultural. Londrina: Editora e Distribuidora S.A, 2016.
BOURDIEU, P. Sobre a Televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
CANVA. Indústria Cultural e indústria de massas. Canva, [s. d.]. Disponível em:
https://www.canva.com/design/DAEgKdqwprg/JFlNiglV3XQLzKvC4iX--g/view?
utm_content=DAEgKdqwprg&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=sharebutton.
Acesso em: 21 jun. 2021.
RITA em 5 minutos: Padrão de Beleza. [S. l., s. d.]. 1 vídeo (4 min. 53 seg.). Publicado pelo canal Tempero Drag.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fnq9oIefeSQ. Acesso em: 21 jun. 2021.
https://www.canva.com/design/DAEgKdqwprg/JFlNiglV3XQLzKvC4iX--g/view?utm_content=DAEgKdqwprg&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=sharebutton
https://www.youtube.com/watch?v=fnq9oIefeSQ

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