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resumo cinesiologia - 2 período- 3 semestre

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CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA – NP2 
 
 1 
 
 
COLUNA VERTEBRAL 
- o esqueleto é dividido em apendicular (ossos das extremidades, 
como clavícula, escapula e pelve) e axial (crânio, coluna, costelas, 
esterno e hioide) 
- crânio: envolve e protege o cérebro, assim como nos olhos, 
ouvidos, nariz e sistema vestibular 
- coluna vertebral: consiste geralmente em 33 segmentos ósseos, 
sendo 7 cervicais, 12 torácica, 5 lombares , 5 sacrais e 4 coccígeos 
- curvaturas da coluna: a cifose é a curvatura primaria, presente no 
feto, e a lordose é um curvatura secundária, quando a criança 
começa a explorar o mundo 
 
 
Curvaturas planas sagitais 
- As curvaturas planas sagitais dentro da coluna vertebral também 
fornecem força e resiliência ao esqueleto axial, pois uma coluna 
vertebral reciprocamente curvada atua como um arco flexível, mas 
estável. 
-As forças de compressão quase vertical entre as vértebras são 
parcialmente compartilhadas pela tensão nos tecidos conjuntivos 
alongados e músculos localizados ao longo do lado convexo de cada 
curva. 
-Assim como ocorre com os ossos longos, como o fêmur, a força e a 
estabilidade da coluna vertebral são derivadas mais da sua 
capacidade de “ceder” ligeiramente sob uma carga, em vez de sua 
capacidade de suportar grandes forças de compressão 
estaticamente. 
- Linha de gravidade que passa através do corpo 
 
Ligamentos da coluna vertebral 
- suportada por um conjunto de ligamentos, onde os ligamentos 
espinhais limitam os movimentos, ajudam a manter as curvaturas 
naturais e, por conta de sua estabilização, protegem a medula 
espinhal e raízes nervosas 
- todos os ligamentos limitam diferentes angulos de movimento, mas 
atuam limitando especificadamente apenas um 
- ligamento longitudinal anterior limita extensão e rotações, sendo 
mais denso, dando estabilidade 
- o ligamento longitudinal posterior limita a flexão, sendo mais 
denso, dando estabilidade 
- ligamento amarelo limita a flexão, mais fino, pois apresenta muita 
elastina e é mais flexível 
- ligamentos interespinhais: entre os processos espinhosos, 
limitando a flexão e rotações 
 
- supraespinhais: passa pelas pontinhas dos processos espinhosos, 
limitam a flexão e rotações 
- ligamentos intertransversais: entre os processos transversos, que 
limitam as inclinações laterais 
- ligamento nucal: presente apenas na nuca 
 
 
Artrologia 
- Os processos transversos e espinhosos fornecem estabilizadores 
mecânicos, ou alavancas, que aumentam o efeito de alavanca mecânica 
de músculos e ligamentos. 
- As articulações apofisárias são as principais responsáveis por guiar o 
movimento intervertebral, tanto quanto os trilhos orientam a direção 
de um trem; é uma articulação sinovial, presente entre as facetas 
articulares 
- As articulações intercorporais ligam um disco intervertebral com um 
par de corpos vertebrais. A função primária dessas articulações é 
absorver e distribuir as cargas através da coluna vertebral. 
- os movimentos ocorrem nas facetas articulares, onde os movimentos 
vão mudar de vertebra para vertebra (cervical, torácica e lombar) por 
conta do posicionamento das facetas 
- para nomear o disco, usados as duas vertebras com quem ele se 
articula, ex: disco intervertebral L1-L2 
 
Articulações apofisárias 
- são duas (direita e esquerda) por cada vertebra e são planas, apenas 
realizando movimentos de deslizamento 
- as últimas vertebras (cervicais, torácicas ou lombares) são vertebras 
de transição, que mudam um pouco a inclinação das suas facetas 
articulares para se articularem com as vertebras abaixo 
- a orientação do plano dentro de cada articulação afeta diretamente a 
cinemática em diferentes regiões através da coluna vertebral; a forma 
da faceta influencia na predominância do movimento 
- cervical: predominantemente rotações, com o axis proporcionando a 
maior angulação de rotação por conta do seu dente do axis 
- torácica: predominantemente inclinação lateral 
- lombar: predominantemente flexão e extensão 
 
 
CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA – NP2 
 
 2 
 
 
Articulações intercorporais 
- vai da C2-C3 e L5-S1, existem 23 articulações intercorporais na 
coluna vertebral. 
- Cada articulação intercorporal contém um disco intervertebral, 
placas terminais vertebrais e corpos vertebrais adjacentes. 
Anatomicamente, essa articulação é classificada como uma sinartrose 
cartilaginosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vertebras 
- Além de proporcionar estabilidade vertical em todo o tronco e 
pescoço, a coluna vertebral protege a medula espinal, as raízes 
nervosas ventral e dorsal, e as raízes nervosas espinais. 
- Acidentes ósseos: corpo vertebral, processos espinhosos, processos 
transversos, lâmina, processos articulares e pedículos 
 
Cervicais 
- menores e mais moveis, com todos os movimentos, mas 
principalmente com rotação (principalmente no atlantoaxial) 
- apresentam forame transverso e são divididas em tipicas e atípicas 
(atlas e axis) 
- articulação atlantoociptal: primeira articulação formada entre o 
crianio e atlas, fornecem um movimento independente do crânio em 
relação ao atlas e são caracterizada como elipsoide (côndilo convexo 
e facetas côncavas) 
- articulação atlantoaxial: a articulação mediana (articulação pivô) e 
um par de articulações apofisárias (planas) lateralmente 
posicionadas. 
- apofisárias intracervicais: vai de C2 - C7, onde as facetas são 
orientadas como telhas em um telhado inclinado 45 graus, 
aproximadamente a meio caminho entre os planos frontal e 
horizontal. Essa orientação aumenta a liberdade de movimento em 
todos os três planos. 
-protracao: botar a cabeça para frente 
-Retração: botar a cabeça para trás 
- rotação axial caeça-pescoço: é uma função muito importante, 
intimamente relacionada com a visão, audição e a segurança. 
 
Vértebras torácicas 
- O tórax é constituído por uma caixa torácica relativamente rígida, 
formada pelas costelas, vértebras torácicas e esterno. 
- A rigidez da região proporciona uma base estável para os músculos 
controlarem a região craniocervical, uma área de proteção para os 
órgãos intratorácicos, e um gradiente mecânico favorável para a 
respiração. 
- Se articulam com as costelas e portanto apresentam facetas costais. 
O movimento predominante será o de inclinações laterais. 
 
Esterno e costelas 
- Esterno: é dividido em três partes: o manúbrio, corpo e processo 
xifoide; se situa na frente do tórax e se articula com as 
costelas, protegendo o coração e os pulmões 
- existem doze pares de costelas envolvem a cavidade torácica, 
formando uma gaiola protetora para os órgãos cardiopulmonares, 
possuindo os acidentes ósseos: Cabeça, Pescoço e Tubérculo articular 
-A cabeça e o tubérculo se articulam com uma vértebra torácica, 
formando duas articulações costovertebrais sinoviais: costocorporal e 
costotransversária, respectivamente 
- A extremidade anterior de uma costela consiste em cartilagem 
hialina achatada. 
- Costelas verdadeiras: 1 a 7, pois se fixam diretamente à borda lateral 
do esterno através de sete articulações esternocostais. 
- Costelas falsas: 8 a 10, pois se ligam ao esterno por fusão com a 
cartilagem da costela imediatamente superior. 
- Costelas flutuantes: As costelas 11 e 12 são conhecidas como de 
“flutuação livre” porque não se fixam anteriormente ao esterno. 
- osteocinemática: na flexão o deslizamento é para cima, enquanto 
que na extensão o deslizamento é para baixo 
 
Vértebras lombares 
- As vértebras lombares têm corpos maciços e amplos, adequados 
para suportar todo o peso sobreposto da cabeça, tronco e braços. O 
movimento predominante será o de flexão/extensão. 
- osteocinemática: na flexão o deslizamento é para cima, enquanto 
que na extensão o deslizamento é para baixo 
 
 
 
A INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO DO PLANO DAS SUPERFÍCIES DA 
FACETA DENTRO DE CADA REGIÃO ATRAVÉS DA COLUNA VERTEBRAL 
 
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CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA – NP2 
 
 3 
 
 
 
Palpação muscular da coluna 
Grande dorsal 
- paciente em decúbito lateral, partindo de uma abdução de ombro 
completa para a adução, com o examinador aplicando resistência no 
punho e palpando a linha axilar posterior 
- origem: processos espinhosos de t7-t12, aponeurose toracolombar 
e crista ilíaca 
- inserção: sulco intertubercular do úmero 
- ação: extensão, hiperextensão, adução e rotação medial do braço 
- inervação: nervo toracodorsal 
 
Trapézio 
- paciente em decúbito ventral e realizando elevação da escapula 
- palpação feita latero-posterior do pescoço 
- origem: linha nucal, processo occipital externo e no processo 
espinhoso de c7-t12 
- inserção: clavícula, acrômio e espinha da escápula. 
- ação: elevação, depressão e retração da escápula 
- inervação: nervo acessório 
 
Romboides maior e menor 
- paciente em decúbito ventral, procurando o bordo medial da 
escapula 
- pedir para o paciente elevar os ombro (retração), com o 
examinador colocando a mão entre as escapula 
- origem: processos espinhosos de c7-t1 (menor) e t2-t5 (maior). 
- inserção: bordo medial da escápula 
- ação: elevação e retração da escápula 
- inervação: nervo dorsal da escápula 
 
Eretor da espinha 
 - agrupamento de três músculos: espinhal, longuíssimo do dorso e 
iliocostal (sendo o espinhal o mais medial e o iliocostal, lateral) 
- mais fácil de palpar na lombar por ter menos camadas musculares 
- origem: sacro, crista ilíaca e processos espinhosos e lombares 
- inserção: processo transverso e espinhais da cervical e torácica 
- inervação: nervos espinhais 
- função: estende e inclina lateralmente o tronco 
- palpação: paciente decúbito ventral, braços ao longo do corpo, 
realizar extensão de tronco (elevar as pernas e a cabeçada maca); 
aplicar resistência entre as escápulas 
 
Quadrado lombar 
- mais lateralmente ao eretor da espinha, onde identificamos 
primeiro as últimas costelas, crista ilíaca e coluna, palpando cerca de 
4 dedos lateralmente à coluna, entre costelas e crista ilíaca. 
- palpação: paciente em decubito ventral ou lateral, solicitar ao 
paciente para tentar encostar a mão no pé, sendo o decúbito lateral 
mais efetivo por ser contra a ação da gravidade. 
- origem: 12° costela 
- Inserção: crista iliaca 
- inervação: nervos espinhais 
- Ação: unilateralmente atua na inclinação lateral e bilateralmente faz 
extensão da coluna 
 
 
Esplênio da cabeça 
- origem: ligamento nucal e processos espinhosos de C7-T4 
- inserção: processo mastoide 
- função: bilateralmente estende a cabeça e unilateralmente roda e 
inclina a cabeça pro mesmo lado (homolateral) 
- inervação: nervos cervicais 
- palpação: paciente em sedestação, identificar o trapézio e ECOM, 
subir até abaixo do processo mastoide, entre trapézio e ECOM, pedir 
para o paciente realizar lateralização e rotação pro mesmo lado da 
cabeça, aplicando resistência na cabeça contra o movimento no 
mesmo lado a ser avaliado 
 
 
Biomecânica da respiração 
- a ventilação é o processo mecânico pelo qual o ar é inalado e 
exalado através dos pulmões e vias aéreas 
- esse processo ocorre 12-20 vezes por minuto em repouso e é 
essencial para a manutenção da vida 
- A ventilação só ocorre, além da diferença de pressão, pela contração 
do diafragma, que contrai e relaxa alterando a pressão interna 
 
Inspiração 
- é sempre ativa, onde o principal musculo é o diafragma, contando 
também com os intercostais externos, escalenos, peitoral menor, 
serrátil anterior, serrátil posterior superior, ECOM, com auxílio do 
peitoral maior e grande dorsal 
- há o movimento de alça de balde que ocorre laterolateralmente nas 
costelas, enquanto o braço de bomba ocorre no esterno, ambos com 
os intercostais externos 
- O diafragma contrai, aumentando o volume intratorácica e 
diminuindo a pressão, fazendo o ar entrar 
- O nervo frênico inerva o diafragma, tendo origem de C3-C5, mais 
difícil de ser lesionado 
 
CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA – NP2 
 
 4 
 
 
Expiração forçada 
- a expiração normal ocorre de forma passiva, sem músculos, mas a 
forçada é ativa e com recrutamento da musculatura abdominal 
-intercostais internos, obliquo abdominal, reto abdominal , quadrado 
lombar, serrátil posterior inferior, transverso do tórax e abdominal 
-com o pulmão cheio de ar, a pressão intratorácica fica positiva, com 
maior volume, e quando ocorre a saída de ar, o volume cai assim 
como a pressão 
 
 
Articulação esternocostal 
- há a articulação costocondral, da costela com a cartilagem, e a 
articulação condroesternal, da costela com o esterno (sinovial) 
- As junções costocondrais constituem a transição entre osso e 
cartilagem das extremidades anteriores de cada costela, não 
havendo nenhuma cápsula ou ligamento para reforçar essas 
articulações, além de permitirem muito pouco movimento. 
- As junções condroesternais são sinoviais, permitindo leves 
movimentos de deslizamento com exceção da primeira junção 
condroesternal (primeira costela) que é uma sinartrose, fornecendo 
uma conexão relativamente rígida com o esterno, por conta dos 
diversos ligamentos dessa região. 
 
Alguns músculos e suas ações respiratórias 
- Serrátil posterossuperior: Aumenta o volume intratorácico 
elevando as costelas superiores. 
- Serrátil posteroinferior: Estabiliza as costelas inferiores para a 
contração inicial do diafragma. 
- Levantadores das costelas (longos e curtos): Aumentam o volume 
intratorácico elevando as costelas. 
- Esternocleidomastóideo: Aumenta o volume intratorácico elevando 
o esterno e as costelas superiores. 
- Latíssimo do dorso: Aumenta o volume intratorácico elevando as 
costelas inferiores; exige os braços para ser fixado. 
- Iliocostal torácico e cervical (eretor da espinha): Aumenta o volume 
intratorácico alongando o tronco. 
- Peitoral menor: Aumenta o volume intratorácico elevando as 
costelas superiores; exige ativação de músculos tais como trapézio e 
levantadores das escápulas para estabilizar a escápula. 
- Peitoral maior (cabeça esternocostal): Aumenta o volume 
intratorácico elevando as costelas médias e o esterno; essa ação 
exige os braços para ser mantido em uma posição de pelo menos 90 
graus de flexão ou abdução do ombro. 
- Quadrado lombar: Estabiliza as costelas inferior para a contração do 
diafragma durante a inspiração forçada precoce. 
 
 
Palpação muscular do tórax 
Serrátil anterior 
- pedir para o paciente colocar a mão dele sobre o ombro do terapeuta, 
pedindo que ele empurre você (realizando protração) 
- identificar as costelas na linha axilar média-posterior, onde o grande 
dorsal salta primeiro, já que o serrátil é mais profundo 
- tem origem nas 1-9 costelas e se insere no bordo medial da escápula 
- inervação: nervo torácico longo 
- ação: protração (afastar) das escápulas 
 
Peitoral menor 
- paciente em decúbito dorsal ou sentado, com o terapeuta na frente 
- encontrar processo coracóide (inserção do peitoral menor) e descer um 
pouco até o ventre muscular; pedir para o paciente realizar um 
abaixamento do ombro 
- se o paciente estiver deitado, o terapeuta fica sentado ao lado do 
paciente e apoia o cotovelo dele em uma mão enquanto realizar a 
palpação com a outra 
- origem: 3-5 costelas 
- inervação: nervo peitoral medial e lateral 
- ação: depressão da escápula e elevação das costelas (inspiração) 
 
 
Esternocleidomastóideo 
- paciente em decúbito dorsal, cabeça em posição neutra para avaliação 
bilateral ou cabeça em rotação para avaliação unilateral e pedir para o 
paciente realizar flexão de cabeça, podendo colocar resistência na testa 
- origem: manúbrio e terço medial da clavícula- inserção: processo mastoide 
- Inervação: nervo acessório 
- ação: bilateralmente flexiona a cabeça, unilateralmente promove a 
rotação contralateral e inclinação homolateral 
 
Intercostais externos 
- paciente em sedestação, avaliador posteriormente a ele, identificar as 
costelas e espaços intercostais e pedir para o paciente inspirar e expirar 
- se origina na margem inferior das costelas e se insere na margem 
superior da costela abaixo, inervado pelos nervos intercostais e atua na 
elevação das costelas na inspiração. 
 
CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA – NP2 
 
 5 
 
 
Escalenos 
- paciente em decúbito dorsal, paciente realizar flexão com rotação de 
cabeça para identificar ECOM, palpar acima da clavícula, paciente com 
cabeça em posição neutra e pedir para o paciente realizar inclinação 
homolateral 
- origem: processo transverso C4-C7 
- inserção: escalenos anterior e médio na primeira costela, escaleno 
posterior na segunda costela 
- inervação: nervos cervicais 
- ação: inclinação lateral 
 
Diafragma 
- pressionar levemente logo embaixo das costelas, pedindo para o 
paciente inspirar e expirar 
- encontrar o processo xifoide e descer lateralmente um pouco 
- se origina nas primeiras vertebras lombares, face interna do processo 
xifoide e ultimas costelas e se insere no tendão central 
 
 
Cíngulo pélvico 
Vertebras sacrais 
- São cinco vertebras fundidas, formando um aspecto triangular, com sua 
base sendo o promontório e o ápice sendo a região acima do cóccix; tem 
a importante função de transmitir o peso da coluna para a pelve, onde 
tudo acima dele é transferido para a pelve através da articulação sacro-
ilíaca 
- No sacro há o braço maior e menor nos processos 
auriculares,responsáveis por não permitir uma rotação direta, realizando 
então primeiro deslizando pra baixo, parando e deslizando para frente 
 
Articulação sacroilíaca 
- é a região da junção do sacro com os ossos ilíacos, através do processo 
auricular de ambos 
- são em parte uma articulação sinovial e em parte sindesmoidal, sendo 
rígida e com pouco movimento, mas que se move muito durante o parto 
- marcam a transição da extremidade caudal do esqueleto axial 
(sacrococcígea) com o esqueleto apendicular (ilíacos e MMII) dos 
membros inferiores; O sacro entre os ílios fornece uma transferência 
eficaz de forças potencialmente grandes entre a coluna vertebral, as 
extremidades inferiores e o chão. 
- relação da dor lombar com a articulação sacroiliaca: podem ser gerados 
por traumas, parto difícil por conta da não-liberação do sacro, torções 
repetitivas (que é normal até certo nível por conta da rotação da pelve, 
mas se for unilateral ou unidirecional pode causar problema), alterações 
posturais ou estruturais e assimetria pélvica (lordose lombar excessiva, 
escoliose ou pernas com comprimentos desiguais) 
- a pelve feminina apresenta uma formação mais larga, repercutindo em 
outros fatores, como a inclinação do fêmur que gera um valgo maior 
- o sacro sempre deve acompanhar os movimentos da coxa e do tronco 
 
Ligamentos 
- sacroiliaco anterior, iliolombar (como se fosse uma extensão so 
sacroiliaco anterior), interosseos (mais profundo, estando dentro da 
articulação, unindo o sacro e o ilio), sacroiliaco posterior curto (mais 
superiores), sacroiliaco posterior longo (mais comprido), sacrotuberal 
(conecta o sacro com a tuberosidade do isquio) e sacroespinhal (liga o 
sacro à tuberosidade espinhal do isquio) 
 
Cinemática 
- vão ocorrer pequenos movimentos de rotação e translação 
(deslizamento), onde a movimentação do sacro em relação à pelve é 
entre 1-4° de rotação e 1-2° de deslizamento 
- na pelve, temos dois estreitos, o superior (entre S2 e púbis sup.) e o 
inferior (entre cóccix e púbis inf.), que mudam sua abertura de acordo 
com os movimentos que acompanham a passagem do bebê no parto 
- o ideal é o sacro acompanhar os ilíacos durante o movimento, e vice-
versa; quando não há essa sintonia, pode ocorrer lesões principalmente 
articulares 
- nutação e contranutação: pode ocorrer no sacro, ilíacos ou em ambos 
 - nutação: ocorre pela rotação anterior sacroilíaca (movimento do sacro 
em relação ao ilíaco), rotação posterior iliosacral (movimento do ílio em 
relação ao sacro) ou ambos simultaneamente; 
- o promontório sacral vai para frente, sendo equivalente a uma flexão 
do sacro; na nutação, o ilíaco se posterioriza (indo para trás) sendo 
equivalente a uma extensão; o estreito superior fecha e o inferior abre, 
pois há a aproximação do promontório com o púbis 
- contranutação: ocorre pela rotação posterior sacroilíaca, rotação 
anterior iliosacral ou ambos simultaneamente; há a verticalização do 
sacro, podendo causar retificação da coluna em casos patológicos 
- o promontório sacral vai pra cima e pra trás, equivalente a uma 
extensão; enquanto que os ilíacos se inclinam para frente, sendo 
equivalente a uma flexão; o estreito superior abre e o inferior fecha, 
pois há o afastamento do promontório, enquanto que o sacro se 
aproxima do púbis 
 
--------------------- PROMONTÓRIO ILÍACOS ESTREITOS 
NUTAÇÃO Vai para frente Vai para trás Superior fecha; 
inferior abre 
CONTRANUTAÇÃO Vai para trás Vai para frente Superior abre; 
inferior fecha 
 
 
os movimentos de ilíacos e sacro são opostos, mas agem em sintonia 
 
- O ilíaco pode ser restringido, por exemplo, por um encurtamento do 
reto abdominal, puxando o púbis pra cima e impedindo-o de descer, 
realizando uma nutação constante e prendendo a pelve; se o sacro 
tentar realizar nutação, pode ocorrer uma hiperlordose lombar 
- na flexão de tronco, há uma contranutação da pelve, pois durante esse 
movimento há uma retificação da lombar, fazendo o sacro acompanhar 
seu movimento e se inclinando para trás 
- no parto, há a nutação para aumentar o espaço da cavidade pélvica, 
- na marcha, um ilíaco faz nutação e o outro faz contranutação, 
enquanto que o sacro tenta acompanhar e nivelar o movimento, 
inclinando levemente para cada lado 
 
 
 
 
CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA – NP2 
 
 6 
 
 
- A estabilidade na articulação sacroilíaca vai além das estruturas e 
tecidos que a circundam 
- o torque de nutação aumenta a estabilidade nas articulações 
sacroilíacas, pois há a ação da gravidade e a questão do 
posicionamento dos processos auriculares, que aumentam a 
congruência (encaixe) das peças ósseas (sacro e ilíaco) 
- este torque é gerado por três forças: Tensão passiva dos ligamentos 
esticados, ativação muscular e a ação da gravidade. 
 
Ação da gravidade 
- A força da gravidade resultante do peso do corpo passa através das 
vértebras lombares (linha imaginária), girando o sacro anteriormente 
em relação ao ílio 
- Ao mesmo tempo, as cabeças femorais produzem uma força de 
compressão direcionada superiormente através dos acetábulos, 
girando o ílio posteriormente em relação ao sacro 
- Esse torque de nutação “bloqueia” as articulações gerando mais 
estabilidade, já que o fêmur influencia o ilíaco a ir para posterior, 
enquanto que a gravidade tende a fazer o promontório ir para frente, 
favorecendo a nutação. 
- a cabeça do fêmur influencia a rotação posterior do ilíaco, por conta 
da inserção horizontalizada dela (caso o fêmur fosse completamente 
vertical ao tronco, haveria maior compressão e riscos de lesões) 
 
 
Tensão passiva dos ligamentos esticados 
- O torque de nutação (gerado pela gravidade ou qualquer outra força) 
estende os ligamentos interósseos, sacroespinal e sacrotuberal, 
acabando por comprimir ainda mais o espaço articular e estabilizar 
ainda mais as articulações sacroilíacas, pois o sacro vai para frente e 
estica os ligamentos; os ligamentos esticados puxam o sacro para 
dentro, aproximando-o do iliaco (principalmente o ligamento 
sacrotuberal), reduzindo o espaço articular e estabilizando ainda mais a 
articulação 
 
 
Ativação muscular 
- Músculos do tronco, quadril e lombopélvicos reforçam e estabilizam 
as articulações sacroilíacas através: 
- geração de forças de compressão ativascontra as superfícies 
articulares, 
- aumento da magnitude do torque de nutação e acoplamento 
subsequente de um mecanismo de bloqueio ativo e 
- repuxo ou enrijecimento de tecidos conjuntivos que reforçam direta 
ou indiretamente as articulações. 
- os músculos adutores, por conta de sua origem no púbis, puxam os 
ilíacos para baixo, realizando contranutação 
- o músculo eretor da espinha e os multifidos puxam os processos 
espinhosos sacrais para cima, promovendo a nutação do promontório 
 
 
- os isquiotibiais puxam os ilíacos para baixo, realizando nutação do 
ilíaco 
- Músculos que Ajudam a Reforçar e Estabilizar a articulação 
Sacroilíaca: Eretor espinal e multífido lombar, músculos do diafragma e 
assoalho pélvico, músculos abdominais (Reto e oblíquos), músculos 
extensores do quadril (tais como os bíceps femorais e glúteo máximo), 
grande dorsal, Ilíaco e piriforme 
 
 
Espondilite Anquilosante 
- artrite inflamatória autoimune que afeta a coluna vertebral e as 
articulações grandes. O problema é mais comum entre os homens e, 
geralmente, começa no início da idade adulta. Os sintomas costumam 
aparecer no início da idade adulta e incluem a redução da flexibilidade 
na coluna. Essa flexibilidade reduzida eventualmente resulta em uma 
postura curvada para frente. É comum sentir dores nas costas e nas 
articulações. O tratamento inclui medicação, fisioterapia e, em casos 
raros, cirurgia. 
- as inflamações frequentes enrijecem a coluna, havendo calcificação 
anterior dos corpos ou, posterior, das facetas articulares. Geralmente 
se inicia na lombar, afetando diretamente a articulação sacroilíaca e vai 
“subindo”, causando dores na extensão de tronco. 
 
Espondilolistese 
- A espondilolistese ou o escorregamento vertebral é quando uma das 
vértebras da coluna desliza sobre a outra, caracterizando a perda do 
alinhamento da coluna; A listese (escorregamento) pode ocorrer em 
qualquer parte da coluna e é mais comum afetar a região lombar. 
 
PALPAÇÃO MUSCULAR 
M reto anterior do abdome 
- paciente em decúbito dorsal, identificar o reto abdominal, pressiona a 
mão levemente sobre o músculo, pedindo para o paciente realizar 
flexão de tronco (pedindo para ele “tentar se sentar”) 
- possui origem no púbis e insere-se no processo xifoide e ultimas 
cartilagens costais, atuando na flexão de tronco 
 
Obliquo externo do abdome 
- as fibras são no sentido de mão no bolso 
- paciente com joelho flexionado com pé na maca e com mãos na nuca, 
tentando encostar cotovelo no joelho oposto 
- o avaliador pressiona levemente nas duas laterais do abdome, onde o 
lado que eleva o cotovelo avalia o obliquo externo (contralateral) e o 
outro lado avalia o obliquo interno (homolateral) 
 
 
 
NUTAÇÃO CONTRANUTAÇÃO 
Eretores da 
coluna 
Quadrado lombar 
multifÍdos Adutores de coxa 
isquiotibiais ------------------ 
Reto abdominal -------------------- 
Obliquo ext. -------------------- 
 
Ob. int Ob. Ext.

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